quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Baixar livros esotéricos e ocultistas em formato .pdf (e-books) gratuitos

 

  

Baixar livros esotéricos e ocultistas em formato .pdf (e-books) gratuitos


Ensinamentos de Prahlada Maharaja, de A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada

Posted: 09 Feb 2010 02:15 PM PST


TRECHO:
A pessoa mais querida

Hoje contarei a história de um pequeno devoto chamado Prahl€da Mah€r€ja. Ele nasceu numa família de
ateístas ferrenhos. Há duas espécies de homens neste mundo: os demônios e os semideuses. Qual é a diferença
entre eles? A principal diferença é que os semideuses, ou pessoas divinas, são devotados ao Senhor Supremo,
ao passo que os demônios sãoateístas. Eles não acreditam em Deus porque são materialistas. Essas duas classes
de homens sempre existiram neste mundo. No momento atual, devido à era de Kali (a era das desavenças), o
número de demônios tem aumentado, mas a classificação existe desde o início da criação. O incidente que
estounarrando a vocês ocorreuhá muitíssimo tempo, alguns milhões de anos depois do momento da criação.
Prahl€da Mah€r€ja era o filho do homem mais ateísta e poderoso da época. Porque a sociedade era
materialista, este menino não tinha oportunidade de glorificar o Senhor Supremo. A característica de uma
grande alma é que ela é muito ávida de disseminar as glórias do Senhor Supremo. O Senhor Jesus Cristo, por
exemplo, era muito ávido de disseminar as glórias de Deus, mas as pessoas demoníacas o interpretaram mal e o
crucificaram.
Quando tinha apenas cinco anos de idade, Prahl€da Mah€r€ja foi mandado para a escola. Sempre que havia
um período de recreio, quando o professor estava ausente, ele dizia a seus amigos: "Meus queridos amigos,
venham. Vamos falar sobre a consciência de K Ša". Esta cena é narrada no Sétimo ®r…mad-Bh€gavatam,
Canto, Sexto Capítulo. O devoto Prahl€da disse: "Meus queridos amigos, agora é a hora, enquanto somos
crianças, de buscar a consciência de K Ša".
Seus amiguinhos responderam: "Agora vamos brincar! Por que adotar a consciência de K Ša?"
Em resposta, Prahl€da Mah€r€ja disse: "Se vocês são inteligentes, então devem começar bh€gavata-
desde a infância". dharma
O oferece ou o processo que conduz ao conhecimentocientífico ®r…mad-Bh€gavatam bh€gavata-dharma,
sobre Deus. significa "a Suprema Personalidade de Deus", e significa "princípios Bh€gavata dharma
reguladores". Essa forma de vida humana é muito rara. É uma grande oportunidade. Portanto, Prahl€da disse:
"Meus queridos amigos, vocês nasceram como seres humanos civilizados. Desse modo, embora os seus corpos
humanos sejam temporários, eles oferecem a maior oportunidade". Ninguém sabe a duração de sua vida.
Calcula-se que nesta era o ser humano possa viver até cem anos. Porém, à medida que a era de Kali avança, a
duração de vida, a memória, a misericórdia, a religiosidade e todas as outras boas qualidades diminuem. Logo,
nesta era ninguém temnenhuma garantia de que viverá muito.
Ainda assim, embora a forma humana seja temporária, a pessoa pode lograr a perfeição mais elevada da
vida enquanto se encontra nessa forma humana. Qual é esta perfeição? Compreender o onipenetrante Senhor
Supremo. Para outras formas de vida isso não é possível. Através do gradual processo evolutivo chegamos a
esta forma humana; assim sendo, ela é uma oportunidade rara. Mediante a lei da natureza, a pessoa recebe um
corpo humano como qual pode elevar-se à vida espiritual e voltar ao lar, voltar ao Supremo.
A meta última da vida é Vi Šu, ou K Ša, a Suprema Personalidade de Deus. Num verso posterior, Prahl€da
Mah€r€ja dirá: "Neste mundo, aqueles que estão encantados com a energia material não conhecem qual é a
meta da vida humana. Por quê? Porque estão fascinados com a deslumbrante energia externa do Senhor. Eles
esqueceram que a vida é uma oportunidade para se compreender a meta última da perfeição: Vi Šu". Por que
devemos estar muito ansiosos para conhecer Vi Šu, ou Deus? Prahl€da Mah€r€ja apresenta uma razão: "Vi Šu é
a pessoa mais querida. nós esquecemos". Todos buscamos algum amigo querido — todos buscam isso. O Isso
homem busca a amizade de uma mulher, a mulher busca a amizade de umhomem. Ou então um homem busca
a amizade de um homem, e uma mulher a de uma mulher. Todos buscam algum amigo querido, algum amigo
gentil. Por quê? Porque queremos a cooperação de um benquerente que nos ajudará. Isto faz parte da luta pela
existência, e é natural. Porém, não sabemos que nosso melhor amigo é Vi Šu, a Suprema Personalidade de
Deus.
Aqueles que leram o conhecem este ótimo verso no Quinto Capítulo: "Se desejas a paz, Bhagavad-g…t€
então deves entender perfeitamente que tudo neste mundo e em outros mundos faz parte da propriedade de
K Ša, que Ele é o desfrutador de tudo e que Ele é o amigo supremo de todos". Por que executar austeridades?
Por que executar rituais religiosos? Por que dar caridade? Todas essas atividades destinam-se à satisfação do
Senhor Supremo, e a nada mais. E quando o Senhor Supremo estiver satisfeito, obteremos o resultado. Quer
a pessoa deseje felicidade material mais elevada ou felicidade espiritual, quer deseje levar uma vida melhor
neste planeta ou em outros planetas — tudo o que ela desejar, ela obterá caso satisfaça ao Senhor Supremo.
Portanto, Ele é o mais sincero amigo. Tudo o que ela desejar dEle, poderá obter. Mas o homem inteligente
não deseja nada que seja materialmente contaminado.
No K Ša diz que através das atividades piedosas é possível elevar-se ao planeta material Bhagavad-g…t€
mais elevado, conhecido como Brahmaloka, onde a duração de vida é de milhões e milhões de anos. Não
podemos imaginar a duração de vida lá; nossa aritmética será ineficiente. A afirmação do é Bhagavad-g…t€
de que a vida de Brahm€ é tão longa que 4 bilhões e 320 milhões dos nossos anos correspondem a apenas
doze de suas horas. K Ša diz: "Qualquer posição que desejes, desde a de uma formiga até a de Brahm€,
podes tê-la. Mas a repetição de nascimentos e mortes continuará ocorrendo. Todavia, se, através da prática
da consciência de K Ša, vieres a Mim, então não terás de voltar a essa miserável condição material".
Prahl€da Mah€r€ja disse a mesma coisa: Devemos buscar nosso mais querido amigo, K Ša, o Senhor
Supremo. Por que Ele é o nosso mais querido amigo? Por natureza Ele é querido. Neste momento, o que
você considera o objeto mais querido? Você já analisou isto? Você mesmo é o objeto mais querido. Estou
sentado aqui, mas se houver um alarme de incêndio, imediatamente cuidarei de mim mesmo: "Como posso
me salvar?" Esquecemos nossos amigos e até nossos parentes: "Antes de tudo, vou me salvar".
Autopreservação é a primeira lei da natureza.
No sentido mais grosseiro, a palavra —"eu" — refere-se ao corpo. Na esfera mais sutil a mente ou a €tm€
inteligência é o e no verdadeiro sentido quer dizer a alma. Na fase grosseira queremos proteger €tm€, €tm€
e satisfazer o corpo, e na fase mais sutil queremos satisfazer a mente e a inteligência. Porém, acima dos
planos mental e intelectual, onde a atmosfera é espiritualizada, podemos compreender: "Eu não sou esta
mente, intelecto ou corpo. — sou espírito, parte integrante do Senhor Supremo". Essa é a Ahaˆ brahm€smi
plataforma de verdadeira compreensão.
Prahl€da Mah€r€ja disse que de todas as entidades vivas, Vi Šu é o benquerente supremo. Portanto,
todos estamos à procura dEle. Quando uma criança chora, o que ela deseja? Sua mãe. Mas ela não tem
linguagem para expressar isso. Por natureza ela tem um corpo, nascido do corpo de sua mãe; logo, existe
uma relação íntima com o corpo da mãe. A criança não gostará de nenhuma outra mulher. A criança chora,
mas quando a mulher que é a mãe da criança vem e a pega, ela de imediato se acalma. Ela não tem
linguagem para expressar tudo isso, mas esse relacionamento com sua mãe é uma lei da natureza. Da
mesma forma, por natureza tentamos proteger o corpo. Isto é autopreservação. É uma lei natural da
entidade viva, assim como o comer é uma lei natural e o dormir é uma lei natural. Por que protejo o corpo?
Porque dentro do corpo está a alma.
O que é esta alma? A alma é parte do Senhor Supremo. Assim como queremos proteger a mão ou o dedo
porque eles fazem parte do corpo, do mesmo modo tentamos nos salvar porque esseéoprocesso defensivo
do Supremo. O Supremo não precisa de defesa, mas essa é a manifestação de nosso amor para com Ele, que
agora está pervertido. O dedo e a mão destinam-se a satisfazer os interesses do corpo inteiro; tão logodesejo
que a mão venha aqui, ela vem, e tão logo desejo que o dedo toque o tambor, ele toca. Essa é a posição
natural. De modo semelhante, estamos buscando a Deus, para dedicar nossa energia ao serviço do
Supremo, mas sob o encanto da energia ilusória não sabemos disso. Esse é nosso erro. Agora, na vida
humana, temos a oportunidade de compreender nossa posição verdadeira. Apenas porque vocês são seres
humanos é que vieram aqui para aprender sobre a consciência de K Ša, sobre a verdadeira meta da vida.
Não posso convidar cães e gatos para sentarem-se aqui. Essa é a diferença entre os seres humanos e os cães
e gatos. O ser humano pode entender a necessidade de buscar a verdadeira meta da vida. Mas se ele perde a
oportunidade, é uma grande catástrofe.
Prahl€da Mah€r€ja disse: "Deus é a pessoa mais querida. Temos de buscar a Deus". E quanto às
necessidades materiais da vida? Prahl€da Mah€r€ja respondeu: "Vocês estão atrás do gozo dos sentidos, mas
o gozo dos sentidos é obtido automaticamente através do contato com este corpo". Porque o porco tem
certa espécie de corpo, seu gozo dos sentidos advém de comer excremento, essa mesma coisa que é
muitíssimo detestável para nós. Logo após evacuar, você parte dali para se livrar do mau cheiro — mas o
porco fica esperando. Tão logo você evacue, ele então irá desfrutar. Dessa maneira, existem diferentes
espécies de gozo dos sentidos de acordo com as diferentes espécies de corpos. Todos aqueles que têm um
corpo material desfrutam de gozo dos sentidos. Não pensem que os porcos que comem excremento são
infelizes. Não, eles estão engordando dessa maneira. Eles são muito felizes.
Outro exemplo é o camelo. O camelo gosta muito de comer ramos espinhosos. Por quê? Porque quando
ele come ramos espinhosos, os espinhos cortam sua língua, o sangue verte e ele saboreia o próprio sangue.
Então ele pensa: "Estou desfrutando". Isso é gozo dos sentidos. A vida sexual também é assim. Saboreamos
nossopróprio sangue, e pensamos que estamos desfrutando. Essa é a nossa tolice.
Neste mundo material, a entidade viva é um ser espiritual, mas porque tem a tendência a desfrutar, a
explorar a energia material, ela entra em contato com o corpo. Existem 8.400.000 espécies de entidades
vivas, cada qual com um corpo diferente, e, de acordo com o corpo, elas têm sentidos específicos com os
quais desfrutam uma classe específica de prazer. Digamos que você receba ramos espinhosos para comer:
"Senhoras e senhores, eis aqui um ótimo alimento. É garantido pelos camelos. É muito bom". Vocês
gostariam de aceitá-lo? "Não! Que porcaria você nos está oferecendo?" Porque temos um corpo diferente do
corpo do camelo, não nos agrada comer ramos espinhosos. Mas se os oferecermos a um camelo, ele
considerará uma ótima refeição.
Então, se os porcos e camelos podem desfrutar do gozo dos sentidos sem demasiado esforço, por que
não seria possível para nós seres humanos? Sim, seria — mas essa não é a nossa realização máxima. As
facilidades para desfrutar do gozo dos sentidos são oferecidas pela natureza, quer a um porco, a um camelo
ou a um ser humano. Desse modo, por que devemos nos esforçar por facilidades que estamos destinados a
receber de qualquer maneira, pela lei da natureza? Em todas as formas de vida as demandas corpóreas são
satisfeitas através do arranjo da natureza. Esse desfrute é providenciado, assim como existe um arranjo para
provocar o sofrimento. Você gosta de ter febre? Não. Por que ela vem? Eu não sei. Mas ela vem, não? Sim.
Você se esforçou para obtê-la? Não. Então, como ela veio? Pela natureza. Essa é a única resposta. E se sua
miséria vem através da natureza, sua felicidade também virá do mesmo modo. Não se preocupe com isso.
Essa é a instrução de Prahl€da Mah€r€ja. Se você recebe as misérias da vida sem esforço, da mesma maneira
você obterá felicidade sem esforço.
Então qual é o verdadeiro propósito da forma de vida humana? Cultivar a consciência de K Ša. O
restante será obtido através da lei da natureza, que em última análise é a lei de Deus. Mesmo que eu não me
esforce, devido ao meu trabalho passado e à minha classe específica de corpo, receberei tudo o que estou
destinado a obter. Nossa verdadeira preocupação, portanto, deve ser a de buscar a meta mais elevada da
vida humana.

Bookmark e Compartilhe
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário