domingo, 16 de maio de 2010

Cine Music MUSICA - CD História musical de Noel Rosa por Marília Batista

 
 
 
 
BIOGRAFIA AO FINAL DA POSTAGEM
 
 
MUSICA - História musical de Noel Rosa por Marília Batista
 
 
 
 
 
 
Não pretendo me ater à história do encontro e Marília Batista e Noel Rosa, mas é sabido que ela foi uma das mais constantes interpretes da musica desse genial compositor e também sua favorita. O disco apresentado aqui, na verdade em dois volumes, é um relançamento em cd duplo de dois discos de Marília, "Marília Batista com orquestra" de 1962 e "História musical de Noel Rosa" de 63, lançados na época pela Musidisc.
 
 
 
BIOGRAFIA:
 
A cantora Marília Batista [*13.04.1918 - +09.07.1990] incentivada pela mãe, pianista e pelo pai, médico, desde cedo desenvolveu sua aptidão para música. Empunhando violão [fato incomum para as meninas na época], aos oito anos já compunha e sonhava em ser solista. Aos doze fez seu primeiro recital, apresentando composições suas entre sambas e canções regionais. Aos quinze anos - em 1932 - gravou seu primeiro disco em 78 rpms com duas parcerias feitas com o irmão Henrique Batista. No ano seguinte, já está acompanhada por Noel Rosa, como destaque no famoso Programa do Casé, na Rádio Philips, o mais ouvido na época. A cada programa, novos sambas do também famoso poeta da vila eram apresentados.
 
 
 
 

Foto histórica pertencente ao acervo do cantor Almirante, nos estúdios da rádio Mayrink Veiga: Mário Moraes, Cyro de Souza, Henrique Batista [irmão de Marília, também compositor], Marília Batista, Fernando Pereira, Renato Batista [irmão de Marília, também compositor] e Noel Rosa.

Marília Batista e Noel Rosa se conheceram em 1931, ela tinha quatorze anos, quando ele a viu se apresentar em uma festa, a sintonia foi imediata. Ao lado de Aracy de Almeida, Marília Batista foi a mais importante intérprete das composições de Noel Rosa. Boa moça, Marília tricotava nos intervalos da programação, enquanto Aracy acompanhava os rapazes em intermináveis noitadas pelos bares cariocas. Dona de voz e personalidade igualmente fortes, Marília também possuía humor refinado, como seu amigo Noel. No Programa do Casé ela criou o seu próprio prefixo: "Fala o Programa do Casé... / Veja se adivinha quem é... /Faço a pergunta por troça / Pois todo mundo já conhece / A garota da voz grossa...". Além dos programas de rádio, Noel e Marília também dividiram os microfones em diversas gravações históricas, lançadas em 78 rpms pela Odeon, em algumas acompanhados pelo regional do Benedito Lacerda.
O "garota da voz grossa" não pegou, Marília Batista ficou conhecida mesmo pelo apelido delicado de: "Princesinha do Samba". Com a inauguração da Rádio Nacional ela passa a integrar o cast como parte do conjunto vocal As Três Marias, que além de estrelas do elenco, também acompanhavam outros artistas. As Três Marias também gravam alguns discos e aparecem no filme "É Proibido Sonhar" de Moacir Fenelon, lançado em 1943.
No início de Maio de 1937, uma notícia nos jornais abala o Rio de Janeiro: Noel Rosa morre aos 27 anos de idade, vítima de sucessivas enfermidades, agravadas pelo estilo de vida boêmio. Marília Batista ainda mantém a carreira com sucesso por mais alguns anos, mas ao casar-se em 1945, se ausenta dos palcos e microfones.

Até 1952, quando é convidada pela gravadora Rádio para estrelar o primeiro LP produzido no Brasil. Uma homenagem a Noel Rosa, com arranjos do maestro Aldo Taranto. Oito sambas, sendo três, instrumentais. O resultado é uma obra-prima. Dos primeiros compassos de "Feitio de Oração" [parceria de Noel com o pianista Vadico], até a última frase de "Dama do Cabaré", Marília Batista e Aldo Taranto registram versões perfeitas, senão definitivas, em arranjos que ao mesmo tempo evocam e transcendem as gravações originais feitas na década de trinta. As belas "Quando o Samba Acabar", "Pra Esquecer" e "Dama do Cabaré" são os maiores exemplos. Não há como não destacar a partitura orquestral nas faixas. Nem mesmo o arranjo ousado do pequeno conjunto em "Pela Primeira Vez" [parceria com Cristovão de Alencar], onde Taranto coloca sopros dialogando com uma guitarra elétrica de maneira magistral. "Quem Ri Melhor" sobrepõe o conjunto e a orquestra, com grande beleza nos desenhos melódicos dos violinos - enquanto o samba come solto, com percussão marcada, pandeiros e a participação vocal das Três Marias. Já "Com Que Roupa?" comparece instrumental com solo de guitarra - músico infelizmente não creditado [seria o grande Laurindo Almeida?] - e um solo assombroso de piano do mestre Taranto em pessoa.

 
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