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Numa civilização da imagem digital podemos reter o carácter publicitário das novidades. A onda digital atravessa discursos, mecanismos, instituições e promove-se como que um reclamo luminoso e incandescente. O néon digital é o que contemplamos na actualidade, momento este em que nada fica de fora dos ciberespaços e tudo por lá promete passar. Dos videojogos à Inteligência Artificial, da Realidade Virtual ao Homem-Máquina, do Ciberespaço Acústico à Fotografia Digital o néon adverte que o digital veio mesmo para "ficar". A grande questão não é "se entendemos o que a comunicação electrónica nos apresenta", mas sim, "se antes de mais reparamos que a comunicação digital já faz parte da nossa vida". Todas as inovações nos parecem normais por estarmos dentro dos media, directa ou indirectamente. O que fica do remoinho da técnica voraz e da cultura profunda é a promoção eléctrica na era da cibercultura supersónica.
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