quinta-feira, 19 de agosto de 2010

[eBook] - Arthur C. Clarke - O Terceiro Planeta

De: Lancelot



Edgar Madruga
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Salvador/BA





Da "orelha":

É possível a vida no Planeta Três? Para os astrônomos marcianos tal perspectiva é extremamente pobre. A atmosfera, com a sua grande quantidade de oxigênio, é altamente venenosa. A intensa gravidade exclui quaisquer formas maiores de vida. E assim por diante. Naturalmente que a pilhéria é sobre nós, porque o "Planeta Três" é o nosso planeta Terra e este trecho da abertura do livro mais recente de Arthur Clarke é uma deliciosa sátira sobre os modos de especulação dos nossos astrônomos quanto ao Espaço, sobre a barreira do tempo entre nós e as estrelas mais próximas.
Atualmente o nosso conhecimento do universo está avançando de maneira prodigiosa, conforme é enfatizado por Clarke, assim como o nosso domínio do espaço. Altamente instrutiva foi a reimpressão, aqui, de uns poucos trechos da sua primeira coleção de ensaios. "O Desafio da Espaçonave". Nesse livro especulou sobre a possibilidade de o homem ser enviado à Lua: e exatamente dentro de uma década, Neil Armstrong ali pisaria. A realidade está alcançando a especulação, distanciando-se assim da fantasia. Por exemplo, um dos itens mais frívolos (aparentemente) do presente livro. "Férias no Vácuo", é o do projeto de um hotel posto em órbita espacial (sobre o qual Kubrick baseou a sua estação-espacial no filme "2001") e agora os jornais já noticiam aos planos em estudo para um "Hilton" no espaço. Em conseqüência, talvez a sátira altamente divertida de Clarke, nos seus roteiros típicos de viagens, apresentando Marte como um dos pontos de chegada, ao invés da Áustria ou Costa Brava, não esteja assim tão fora da realidade. E na verdade o seu conselho pode ser altamente pertinente, por exemplo: — "Se você não reservou ainda a sua passagem, lembre-se que o seu custo varia consideravelmente de acordo com a posição de Marte em relação à Terra."
Não obstante, no capítulo "É possível: apenas isto", a visão de Clarke torna-se sóbria quanto a algumas ficções científicas, que provavelmente não passarão de fantasia, conforme sente. Por exemplo, a viagem no tempo. No capítulo "Deus e Einstein", adiciona a fascinante especulação sobre como pode Deus manter-se em contacto com tantos mundos que se acham afastados por inumeráveis anos-luz — se Ele observa as leis do Universo, não podendo em conseqüência viajar mais rápido do que a luz.
O espaço não é o único assunto deste livro, que abrange também a tecnologia do futuro (o mundo dos lares deslocáveis, dos alimentos sintéticos, da atmosfera controlada e de vinte e quatro horas de luz do dia), a possibilidade do desenvolvimento de novos sentidos (em analogia ao radar do morcego, por exemplo) e a identificação da estrela que guiou os Magos até Belém. De qualquer maneira, Clarke oferece leitura esplêndida e altamente estimulante. Sem dúvida alguma "2001" trouxe-lhe um aumento considerável de audiência, como não havia atingido antes. As últimas duas partes deste livro versam sobre este extraordinário filme e a tremenda receptividade que alcançou.



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