MARIA PAULA DA COSTA
A África
Maria Paula da Costa _ Licenciada em Filosofia
Susana Marta Pinheiro _ Licenciada em História
A µFRICA NEGRA
Contribui‡Ço para o Conhecimento HISTàRICO/GEOGRµFICO
APRESENTAۂO
A África ‚ um Continente que desempenhou um papel important¡ssimo na
Histària geral da Humanidade. A África Negra ‚ um conjunto belo e
misterioso de que os homens sempre se empenharam em desvendar os seus
segredos... e, cujas potencialidades ainda nÆo foram de todo
aproveitadas nem estudadas. Empenhadas as autoras em revelarem aos
leitores um pouco deste mundo diferente, transmitem-nos atrav‚s desta
obra, informa‡äes gerais que permitem travar conhecimento com a
África-fonte das maiores riquezas do Globo. Esta necessidade
fundamental de dar uma informa‡Æo geral, surgiu aquando da sua
frequˆncia do curso sobre µfrica Negra, na Faculdade de Letras de
Lisboa e, para a conclusÆo do qual lutaram com dificuldades de ordem
bibliogrµfica. Paradoxalmente surgiu a constata‡Æo de que poucas eram
as obras editadas de autores portugueses, que estudassem uma zona,
onde tÆo importante e determinante papel desempenharam ao longo dos
s‚culos, pois foram indubitavelmente os Portugueses que por via
Atlƒntico descobriram a µfrica Negra para a Europa". Pena ‚ que
tantas vezes a vinda dos Europeus · África tivesse sufocado a cultura
africana, como aliµs refere Jomo Kenyatta no seu livro "Au Pied do
mont Kenya" ao descrever a vida tribal dos Kikuyu (ou Gikuyu) do
K‚nia, dando-se conta de que a cultura africana-tipo, frequentemente
foi lesada no equil¡brio pela invasÆo colonial ocidental (1 ) Assim,
surgiu a ideia e a concretiza‡Æo de um livro escrito por autoras de
l¡ngua portuguesa, sobre povos onde se incluem alguns cujo idioma
oficial ‚ a mesma l¡ngua. Deste modo atrav‚s do esbo‡o da Histària
dos povos e entidades nacionais africanas, se propicia o despertar do
interesse por um conhecimento m¡nimo divulgando-o nÆo de uma forma
fragmentada atrav‚s de v rias obras que abranjam todos os seus
per¡odos histàricos, ou um s¢ per¡odo espec¡fico, mas sim--de modo
sint‚tico--dando uma panorƒmica geral dos seus vÁrios aspectos,
condensados num s¢ volume, muito ter ficado por fazer ou dizer, mas
os objectivos de uma abordagem de †frica Negra terÆo sido atingidos.
Este livro revela-nos sob um aspecto simples e de f cil compreensÆo a
sua natureza Æcaracteristicamente africanaÆ de uma cultura e
geografia espec¡ficas que revelam particularidades tÆo interessantes
quanto inolvid veis. Reconhe‡amos o seu m‚rito j que se encontram
apenas tradu‡Æes de autores de grande nome, mas estrangeiros, e por
vezes de dif¡cil compreensÆo. Tentando tamb‚m familiarizar os
leitores com as realidades africanas recorre-se ... imagem, favorecendo
a Æmemoriza‡Æo visualÆ, importante como forma de desenvolvimento dos
sentidos de observa‡Æo relativamente ... †frica que ‚ tÆo diferente do
Continente Europeu. A memària abstractiva deve sempre
complementar-sacom a literatura e a visualiza‡Æo, donde a preocupa‡Æo
com a ilustra‡Æo da obra. Tanto o pensamento abstractivo e conceitual
quanto a memària eid‚tica sÆo fundamentais, recordemos que a memària
eid‚tica est muito longe de ser como imagem visual. Tamb‚m era
importante familiarizar o p£blico com os trabalhos art¡sticos
liter rios africanos (signos e s¡mbolos criadores de emo‡Æo), da¡ as
figuras a arte e a presen‡a de poesias relacionadas aos assuntos
focados; para al‚m de mapas, armas e bandeiras contribuindo para o
conhecimento particular do pa¡s. De forma documentada e acess¡vel
aqui se nos apresenta uma obra coerente e importante, sobre †frica
Negra, orientada numa perspectiva em que o p£blico em geral tem
acesso, onde todos os pa¡ses, todas as etnias, todas as cren‡as e
opiniÆes pol¡ticas sÆo apresentadas sem excep‡Æo. Mais importante do
que uma opiniÆo pessoal sem coment rios, sÆo os factos. Aos leitores
se deixa a liberdade de uma interpreta‡Æo a seu gosto das realidades
descritas, resta a convic‡Æo e a esperan‡a de que o esclarecimento a
apreensÆo se liguem com interesses j em vigor ou a despertar, a
respeito desta tem tica essencial: a afirma‡Æo dos valores
civilizacionais da †frica Negra.
A terra onde nascemos vem de longe com o tempo
E foi tamb‚m aqui que eu e tu nascemos
Terra quente de sol nascente
Terra verde de campos plenos
Terra meiga de colo largo
foi a nàs que se entregou cheia de vida e amorosa ƒnsia
Marcelino dos Santos Kalungano ÆAqui nascemosÆ
NOTA PR�VIa
†frica Negra, uma contribui‡Æo Histàrico-Geogr fica, at‚ que ponto a
oportunidade de uma tal proposta de abordagem e an lise? Certos
historiadores afirmaram a nega‡Æo do duo Ɔfrica-NegraÆ, apontando o
segundo termo como uma proposta produzida sob um conceito de racismo
Mas, em nossa opiniÆo, a palavra, valendo por ela mesma, sem mais
implica‡Æes ou subentendidos, est correctamente empregue, na medida
em que se nÆo deve exagerar certos termos e cair no extremo de
encontrar referˆncias e sequˆncias ideologicamente tendenciosas onde
elas nÆo existem. Mas, por outro lado, superada esta primeira
questÆo, como falar da histària da †frica Negra, quando se diz muitas
vezes que tal problema nÆo ‚ verdadeiramente vi vel, uma vez que a
ÆHistària da †frica Negra como tal existeÆ, confrontando-nos, pelo
contr rio com a Histària de cerca de uma centena de povos e de
tribos, que criavam reinos ou federa‡Æes e, que com a chegada dos
Europeus, teriam sido arbitrariamente agrupadas em colànias Isto
leva-nos directamente ... outra questÆo, ou antes, ...s outras duas
questÆes que tÆo intimamente se ligam: o europocentrismo e o problema
da periodiza‡Æo directamente relacionado com a Histària da †frica
entendida como Negra em oposi‡Æo ... †frica Branca, a Norte do deserto
do Saara, ocupada por povos de pele mais clara. Estes problemas,
ali s, tˆm sido tratados ultimamente e disciplinarmente por
historiadores, sociàlogos, etnàlogos, antropàlogos quem por eles se
interessam em geral, quer sejam ou nÆo africanistas. Se,
efectivamente antes da chegada dos Europeus, uma periodiza‡Æo
coerente pode ser efectuada, o mesmo j nÆo se poder dizer em
rela‡Æo a parte da Histària da †frica Negra, sempre intimamente
associada ... sua geografia. Se, como se diz, a ExpansÆo Colonial ‚
fruto da pol¡tica industrial protagonizada pela Europa e
correspondendo ...s suas solicita‡Æes de interesses territoriais e
financeiros, a Histària de †frica ‚ consequentemente indissoci vel da
Europa, apàs a chegada e estabelecimento dos enviados desta.
Tentando todavia superar uma visÆo etno ou europocentrista, que hoje
inclui toda a †frica Negra no Terceiro Mundo, uma vez que considera
subdesenvolvida, sintetizamos a Histària sobre a realidade cultural e
socio-econàmica africana de v rias ‚pocas, reunindo sucintamente uma
grande soma de informa‡Æes que se destinam a um p£blico em geral.
Deste modo ‚ nossa inten‡Æo darmos acesso a problem ticas referentes
... †frica Negra fazendo-a conhecer melhor atrav‚s deste modesto livro.
Nele abordam-se grandes ‚pocas de mudan‡a, que marcaram toda uma
parte de um Continente que tÆo importante ‚, e que tÆo importante
ainda vir a ser no futuro, apesar de ter conservado sempre o seu
esp¡rito e Æmemària socialÆ, peculiar, onde a Cultura Popular e
Tradicional se associa permanentemente com a Erudita, a ponto de ser
imposs¡vel demarcar verdadeiramente uma fronteira. Uma anota‡Æo que
todos os estudiosos de †frica Negra fazem e, que os preocupa
sobremaneira: a quase inexistˆncia de fontes liter rias, pelas quais
se poder construir uma Histària coesa, relativamente aos per¡odos
mais recuados, pois que para a ‚poca contempor�nea tal problema j
nÆo se pÆe. De um modo geral, sà a partir da literatura rabe ou de
obras geogr ficas do exterior, temos not¡cias acerca dos primeiros
tempos da que se convencionou chamar Histària africana, e muito bem,
ali s, apesar da ausˆncia da escrita, o que nÆo implica ausˆncia de
cultura. A nossa op‡Æo relativamente ... cronologia, foi tomada por
nos parecer a solu‡Æo mais apta a um livro tÆo pequeno sobre †frica
Negra, embora tenhamos em conta, as propostas amplamente positivas e
igualmente aceit veis de historiadores ou investigadores conceituados
como, para citar alguns dos mais actuais: Jean Suret-Canale, Endre
Sik, Spengler, J. Vansina, Pierre Bertaux, Samir Amin. Este £ltimo
prop(tm)e um primeiro per¡odo, que intitula de pr‚-mercantilista, que se
estenderia desde as origens at‚ ao s‚culo XVII. O segundo per¡odo,
ÆmercantilistaÆ, estender-se-ia dos princ¡pios do s‚culo XVII at‚
1800, e dar-se-ia nele, um ÆretrocessoÆ da †frica Negra, esta agora
entendida como uma unidade claramente inferior, porque diferente,
inclusiv‚ a n¡vel das for‡as produtivas. O terceiro per¡odo ia desde
1800 a 1890. O quarto per¡odo, seria o da coloniza‡Æo por excelˆncia,
onde a †frica se mant‚m na periferia do sistema capitalista mundial.
Sik prop(tm)e igualmente quatro divisÆes, uma primeira at‚ ao s‚culo XV,
uma segunda do s‚culo XV a XVIII (apogeu do com‚rcio de escravos);
uma terceira, com a conquista e partilha de †frica pelos Europeus, do
s‚culo XVIII ao XIX e, finalmente, uma quarta do s‚culo XIX ao XX, em
que nos deparamos com uma †frica Negra sob o dom¡nio imperialista e a
posterior afirma‡Æo das v rias independˆncias. Estes sÆo apenas dois
exemplos significativos da tentativa de novas periodiza‡Æes segundo a
evolu‡Æo africana. Outras, mais complexas e originais h , como
divisÆo bi, tri ou quadripartidas, em que na primeira, para citarmos
mais um exemplo de posicionamento, se ir incluir todo o per¡odo
desde a Pr‚-Histària at‚ ao s‚culo XIX Mas, apesar de todas as
problem ticas e razÆes contra, consideramos, como Huizinga, que a
periodiza‡Æo ‚ um mal necess rio por motivos de ordem pedagàgica e de
necessidade de situa‡Æo no concreto das rupturas que inexoravelmente
se vÆo dando. Mais do que ÆperiodizarÆ toda a †frica Negra, e numa
tentativa de assumir posi‡Æes mais realistas, tentamos tamb‚m no
nosso livro dar uma visÆo e periodiza‡Æo regional e nacional,
partindo do todo--†frica Negra--para a parte--Na‡Æo. A †frica Negra ‚
constitu¡da por Povos com Histària (como diz Henri Moniot), mesmo
antes de as sociedades tradicionais serem substitu¡das por outras
ÆsubdesenvolvidasÆ ou Æperif‚ricasÆ, dependentes, processo que se
acelera e remonta ... ExpansÆo Mar¡tima Colonial, que ir difundir a
separa‡Æo dos trabalhadores do meio de produ‡Æo, deslocando as trocas
para O plano do mercado mundial. Precisamente como reac‡Æo ao
progressivo ataque ...s bases econàmicas, sociais da sociedade
tradicional, ‚ que vai surgir o movimento de negritude que foi
consider vel representante Aim‚ C‚saire, bem como L. S‚dar Ser luta
contra a aceita‡Æo da inferioridade de todo um povo, consagrada pela
irradia‡Æo colonial e rela‡Æes econàmicas de acumula‡Æo e excedentes
(1). Desde a tomada de consciˆncia das suas riquezas tradicionais,
identidade e problemas colocados face ao mundo novo, que a cultura e
formas de vida, de longe de se reduzirem, se vÆo antes enriquecendo
procurando novas, perspectivas tamb‚m a n¡vel social e econàmico, que
substituam positivamente estruturas j destru¡das. Poesia e
literatura enriquecem-se, a Histària avan‡a, com este pequeno livro
pensamos contribuir para um conhecimento Histàrico-Geogr fico da
†frica Negra, despertando o interesse por uma zona que constitui uma
parte importante e inolvid vel da Histària da Evolu‡Æo Humana.
(1) ÆA negritude ‚ um humanismo do s‚culo XXÆ, diz L. S‚dar Senghor.
Vide pref cio de s‚e de Dakar, Boulogne, Delroisse, s.d.
As autoras
Maria Paula da Costa e Susana Marta Pinheiro
8
†FRICA NEGRA
Embora nÆo abundem as not¡cias do Continente africano na antiguidade,
segundo historiadores e arqueàlogos a Costa africana foi visitada e
conhecida pelos Gregos, Fen¡cios, Romanos e Cartagineses os quais
nela estabeleceram colànias e feitorias. Em ‚pocas remotas †frica foi
pois circunavegada visto que no s‚culo VII a.C. por ordem do Faraà
Necau foi enviada uma expedi‡Æo composta de Fen¡cios, os quais
partindo do Mar Vermelho, ao longo da Costa africana cruzaram as
Colunas de H‚rcules--o Estreito de Gibraltar--no Mediterr�neo (1)
Tamb‚m Pl¡nio mencionava a viagem de Hannon, marinheiro cartaginˆs,
que saindo de Alexandria regressou pelo Mar Vermelho percorrendo as
costas no sentido inverso da expedi‡Æo de Necau. Ainda outras
viagens semelhantes se fizeram existindo provas de que 21 s‚culos
antes de Vasco da Gama, pelo menos uma parte da forma do Continente
africano j era conhecida. Entretanto, o relato dessas viagens foi
esquecido e pode-se afirmar que realmente o conhecimento de †frica
iniciou-se com a Navega‡Æo Portuguesa por volta do s‚culo XV. Os
Portugueses dirigindo-se para o Oriente navegaram e dobraram o Cabo
das Tormentas a que foi posto o nome de Cabo da Boa Esperan‡a,
seguindo-se-lhes os Espanhàis pelo Ocidente e, mais tarde, igualmente
outros seguiram o seu exemplo. No entanto, a sua geografia continuou
motivando o nome de Æcontinente misteriosoÆ isto, porque o Continente
nÆo ‚ prop¡cio ... penetra‡Æo partindo das costas, e apresenta muitas
depressÆes de enorme extensÆo juntamente com a imbat¡vel barreira da
selva ou do deserto. Sà o esp¡rito aventureiro dos investigadores no
s‚culo XIX deu acesso ao conhecimento total de †frica, a †frica
ber‡o de antiqu¡ssimas culturas de que sà nos fins do s‚culo XVIII
Bruce fixava com rigor as linhas gerais do curso do Nilo. Tamb‚m sà
em pleno s‚culo XIX Livingstone e Stanley descobriram o Alto Congo e
as regiÆes da †frica junto aos Grandes Lagos e, Serpa Pinto, Capelo e
Ivens, as vastas regiÆes da †frica Austral compreendidas entre o
Cunene e o Zambeze. Os habitantes deste vasto Continente descendem
de uns quantos grandes troncos ‚tnicos, sendo considerada a †frica
Negra todos os territàrios compreendidos a Sul do Saara. As
expedi‡Æes das tribos lend rias, os relatos dos viajantes ou
investigadores limitam-se a mostrar o aspecto externo, e folclàrico,
sendo poss¡vel apenas delinear os tra‡os essenciais do que foi a
civiliza‡Æo negra antes da penetra‡Æo europeia. Sobre a sua
Histària, referimo-nos tal como alguns historiadores a que talvez
†frica tenha sido o Continente onde a Humanidade teve o seu ber‡o,
Lisboa, ed. Arc dia, 1978, 298 ps.) os Antigos Eg¡pcios j possuiam
barcos que lhes permitiam navegar em pleno Oceano. Heyerdahl chegou
mesmo a exemplificar a sua teoria atrav‚s de duas expedi‡Æes, a Ra I
e Ra II, em embarca‡Æes de papiro. (2)
Vd. Luis Pericot Garcia e Juan Maluquer de Motes, ÆA Humanidade
Pr‚-HistàricaÆ, Ed.
embora o homem de pele negra como entidade tipolàgica fosse o £ltimo
a surgir dentro dos representantes das grandes etnias cujos vest¡gios
foram descobertos pelos antropàlogos (2). Territorialmente a N£bia
(regiÆo do Nordeste da †frica e de ambos os lados da actual fronteira
egipcia e sudanesa) e Abiss¡nia (Etiàpia) reino do Prest JoÆo, teriam
sido as primeiras regiÆes a receberem influˆncias externas
nomeadamente eg¡pcias, as quais a partir do terceiro mil‚nio a.C. se
propagaram pelo SudÆo Ocidental e atingiram a Rod‚sia. Sà que, a
Histària do Interior do Continente africano continuou desconhecida
durante os chamados Æs‚culos obscuros isto ‚, at‚ ... sua conquista
pelos Europeus, per¡odo que muitos designam pela ÆIdade M‚diaÆ
africana. Dos Imp‚rios Negros, o primeiro a prosperar foi o Gana,
que ao que parece deve ter sido fundado no s‚culo V e que no seu
apogeu--s‚culo XI--¡a do Atlƒntico at‚ ao Niger e Saara. Tamb‚m o Mali
(Shongoi) e os reinos Bantos fazem parte dos primeiros imp‚rios. A
partir do s‚culo VIII os Estados sudaneses sofreram a ac‡Æo
mu‡ulmana, tornando-se desde entÆo fortemente islamizados pelos
†rabes no s‚culo VIII e os Portugueses no s‚culo XV estabeleceram
feitorias no litoral africano. Nos s‚culos seguintes XVI-XVIII os
Europeus Portugueses, Holandeses Franceses e Ingleses partindo do
Litoral penetraram pouco a pouco no Interior encontrando na popula‡Æo
negra uma enorme reserva para o tr fico de escravos, do qual o
Continente Americano foi o principal benefici...rio. Desta forma em
quatro s‚culos, a †frica perdeu cerca de 12 milhÆes de habitantes.
Constitu¡ram-se Novos Estados Negros esclavagistas entre outros
(Achantis, Abom‚ Yoruba), organizados em fun‡Æo do tr fico de
escravos e depois, do com‚rcio do azeite-de-dend‚m. Portanto, no
come‡o do s‚culo XV iniciaram-se os contactos com costas africanas
pelos Portugueses. Em 1480 era conhecida toda a Costa da Guin‚ e,
1482 o Congo, por Diogo CÆo. Em 1487 Bartolomeu Dias atravessou o
Cabo da Boa Esperan‡a, em 1498 Vasco da Gama tornou poss¡vel o
conhecimento de todo o litoral africano, dando-se a partir da¡ o j
referido com‚rcio de escravos cuja aboli‡Æo sà foi decretada no fim
do s‚culo XVIII. Apesar das viagens realizadas pelo escocˆs James
Bruce (1773 e 1778) atrav‚s da Abissinia e do Sennar (Senegal) e, de
Mungo Park ter em 1795 alcan‡ado o N¡ger pelo Segu, o interior de
†frica mantinha-se um enigma para a Europa. Da¡ que outros seguissem
o exemplo de modo a obterem grandes descobertas. Entretanto, em
1770-1870 um segundo avan‡o mu‡ulmano parecia assegurar a progressÆo
do IslÆo na †frica, mas foi impedido pela influˆncia de s‚culos de
Coloniza‡Æo Europeia. A partir do SudÆo--conquistado pelos Franceses
e pelos Ingleses depois de 1870--os Europeus ocuparam a bacia do
Congo, onde os Belgas estabeleceram o seu dom¡nio, enquanto os
Ingleses partindo do Sul do Continente se dirigiam para o Nilo.
A conferˆncia de Berlim--1884-1885--consagrou a partilha colonial da
†frica Negra. ' resistˆncia dos auctàtones os colonizadores impunham
uma Æpacifica‡ÆoÆ. A †frica Negra em poder dos Europeus era
considerada por eles fonte de mat‚rias-primas e mercado para os seus
produtos da ind£stria sob a sua ac‡Æo ÆcivilizadoraÆ. Sà que de
possessÆes coloniais passaram a imp‚rios coloniais e, passa-se do
colonialismo ao imperialismo e, deste finalmente ao processo de
descoloniza‡Æo. As Potˆncias Europeias dominavam em 1875, 11% das
Terras africanas e, em 1902 atingiram cerca de 90% de modo a que no
fim da Primeira Guerra Mundial no mapa de †frica sà havia dois pa¡ses
independentes: Abiss¡nia (Etiàpia) e Lib‚ria, pois o resto do
Continente salvo as possessÆes italianas, belgas, espanholas e
portuguesas, havia sido repartido entre a GrÆ-Bretanha e a Fran‡a. O
processo de descoloniza‡Æo iniciou-se por volta de 1960, 17 pa¡ses
negros obtiveram o seu ÆstatusÆ de na‡Æes livres e, logo em seguida a
pol¡tica mundial acusava, o impacto de uma presen‡a que impunha a
necessidade de uma revisÆo nas condi‡Æes do equil¡brio mundial.
Posteriormente--em 1975-novos processos de Independˆncia se
completaram abrindo outras possibilidades de realiza‡Æo.
Actualmente, os africanos vivem empenhados decididamente em
consolidar a sua Independˆncia nos campos pol¡ticos e econàmico e, se
por um lado, Sekou Tour‚ em ÆLe Dossier AfriqueÆ referiu: Æ...Nas
actuais condi‡Æes da independˆncia e da plena soberania nacional nas
perspectivas de liberta‡Æo do Continente africano, cada homem, cada
mulher, cada jovem e cada velho--devem tomar consciˆncia da sua total
mobiliza‡Æo a favor dos imperativos nacionais da p tria africana...
Quantos africanos se dÆo ao trabalho de estudar as condi‡Æes de
lan‡amento dos sat‚lites artificiais mas nÆo dispÆem nem de tempo nem
de coragem necess ria para adquirir os conhecimentos essenciais que
regulam a vida econàmica, social e cultural do seu pa¡s...Æ Por outro
lado, Jomo Kenyatta afirmou: Æ...a tirania de trˆs inimigos tÆo
tem¡veis como sÆo a pobreza, a ignorƒncia e a doen‡a... ainda
persistem.Æ Que pensar e dizer nÆo sà destas frases mas sobretudo das
realidades actuais? A †frica Negra vive pois a viragem de p gina da
sua Histària e, nela serÆo escritos os nomes dos dirigentes, dos
estudiosos e dos artistas, que actualmente lutam para marcar os rumos
capazes de a levar rapidamente a atingir as metas desejadas. Na
pol¡tica alternam-se as vozes do Pan-africanismo e as do
regionalismo. O campo da educa‡Æo e da cultura ‚ marcado por grandes
contrastes, conforme as regiÆes e os pa¡ses, tˆm alento e a
necessidade comum de mostrar ao mundo a sua capacidade. Entretanto,
muitos sÆo os obst culos que atrasam a marcha para o progresso por
maior que seja o entusiasmo com o qual esses pa¡ses se lan‡aram na
empresa do desenvolvimento. Em primeiro lugar, a administra‡Æo dos
bens p£blicos ainda requer a forma‡Æo de institui‡Æes nÆo existentes,
al‚m da necess ria habilita‡Æo de homens idàneos para executarem as
novas tarefas.
Os elevados ¡ndices de mortalidade, e de analfabetismo demonstram uma
alarmante falta de m‚dicos e professores embora a situa‡Æo tenha
tendˆncia a melhorar gra‡as ao dinamismo de alguns governantes que em
alguns pa¡ses abrem as portas para um refor‡o de coopera‡Æo. Mas
vejamos como ‚ geograficamente: A †frica Negra fica a Sul do Saara
entre os Oceanos Atlƒntico e o ‹ndico e apresenta um contorno mais ou
menos regular tendo o Equador como eixo e sendo um Continente quente.
Tem ao centro a bacia do Zaire submetida a um clima equatorial
coberta por densa floresta, em que de regiÆo para regiÆo observa-se
uma varia‡Æo que se vai tornando tropical, prevalecendo duas
esta‡Æes: a quente e chuvosa, a do cacimbo e fresca. A rede
hidrogr fica da †frica Negra ‚ insuficiente, devido ao relevo e ...
grande extensÆo dos desertos. O seu maior acidente ‚ o golfo da
Guin‚ tendo no seu seio a bacia Benim. Destaca-se o canal de
Mo‡ambique que separa Madag scar do Continente africano. As costas
tˆm o clima muito quente, no interior ‚ vari vel, consoante os
pa¡ses, mas de modo geral a †frica ‚ a zona mais quente do planeta,
j que quatro quintas partes do seu territàrio encontram-se na zona
tàrrida. Para al‚m de v rios lagos e pƒntanos, mencionamos alguns
dos principais rios: o Zambeze, o Zaire, o Congo, o Senegal, o
Gambia, o N¡ger, o Og�e Mulwa, o Quanza, o Cunene e o Limpopo. O
Zaire e o Zambeze nascem nas regiÆes equatoriais e sà chegam ao mar
tal como outros depois de vencer numerosas quedas. Embora noutros
Continentes os rios sejam valiosos meios de comunica‡Æo, na †frica
com os seus r pidos cursos e quedas, impedem o trƒnsito. O
desenvolvimento de actividades de produtos destinados ... exporta‡Æo
entre outros: amendoins, cacau, caf‚, algodÆo, cana do a‡£car e
oleaginosas hoje uma realidade. Mat‚rias-primas: metais, fosfato,
diamantes e petràleo. petràleo ‚ uma das grandes riquezas do subsolo
africano considerado o Æ ouro negroÆ. Dos metais ‚ o ouro fino o mais
valioso, que existe especialmente no Congo, Gana, Rod‚sia (Zimbabu‚)
e †frica do Sul em maior quantidade. [ minerais, os valiosos
diamantes, abundam especialmente na †frica do Sul e Angola. As
montanhas mais altas de †frica sÆo: Quilimanjaro (Kilimandjaro), Qu‚
(Kenya), Jebel Tanjurt, Fako e Pico Cathkin.
A Flora Africana
A FLORA AFRICANA ‚ bastante rica e extensa. O Continente encontra-se
dividido em cinco zonas caracter¡sticas, a Nordeste uma distinta
flora atlƒntica, que apresenta eric ceas (planta tipo urze) de
constante cor verde, e em v rios locais predominam bosques de sobros
e, entre as con¡feras, o pinho de alepo e o cedro atlƒntico; os
bosques de carvalho com formas atarracadas acham-se nos grandes
montes do Atlas e nas regiÆes ridas, prevalece a erva de folhas
duras. A rvore que identifica o o sis ‚ a tamareira (palmeira) e, os
bosques de genu¡no car cter tropical encontram-se na regiÆo central
dos lagos na Guin‚ e na parte Norte do Congo. Nas savanas estÆo
rvores isoladas tal como o (baob ) imbondeiro, a rvore
mais grossa do mundo. Os bosques margeiam os cursos dos rios
frequentemente adornados de nen£fares. A magnificˆncia dos juncos e
de outras plantas desenvolvem-se nas selvas do Oeste e, as cercanias
da linha equatorial estÆo rodeadas de mangues (plantas arom ticas).
Destaca-se ainda a zona das rvores sempre verdes do Cabo.
FAUNA AFRICANA
Representa um papel importante na vida das suas popula‡Æes. Os
africanos vivem em contacto quase directo com os animais selvagens.
O Sul do Saara ficou relativamente isolado durante milhÆes de anos,
da¡ a sua fauna caracter¡stica. A diversidade de animais ‚
extraordin ria: existem p ssaros tÆo brilhantes como borboletas e
borboletas tÆo grandes como p ssaros; animais de aspecto
antidiluviano como o rinoceronte, o maior animal depois do elefante,
mam¡feros enormes como o elefante e o hipopàtamo, girafas vistosas,
grandes r‚pteis insectos tem¡veis. A fim de evitar o desaparecimento
de determinadas esp‚cies pelos ca‡adores furtivos foram criados
parques nacionais ou reservas, alguns muito extensos onde os animais
vivem livres e os turistas passeiam proibidos de sairem dos seus
ve¡culos. As licen‡as para as ca‡adas ou Æsaf risÆ especialmente na
‚poca em que certas esp‚cies se multiplicam, sÆo limitadas. Isto,
porque nos fins do s‚culo passado come‡ou-se a sentir certa
inquieta‡Æo acerca do destino da fauna africana, Kruger-boer, alertou
para o facto de as grandes reservas de animais estarem em processo de
desaparecimento dvido ' ca‡a indiscriminada. Com base nisso criou-se
em 1898 o Parque Nacional, nele os turistas podem admirar de perto
toda a vida animal e vegetal da regiÆo respectiva. Entre outras
reservas de animais existem as de Natal Umfolozi; Kalahari Prov¡ncia
do Cabo; no Congo Albert na fronteira entre Uganda e o Ruanda
cataratas de Murchison no Uganda; no Qu‚nia Alberdare e Tsavo; em
Angola Quissama. Pela Conferˆncia de Arusha, na Tanzania em 1961,
ficou garantida no Continente Negro a protec‡Æo ... vida brava na
selva.
Sobre os saf ris, vemos no princ¡pio do s‚culo, dois irmÆos de origem
inglesa, residentes na †frica do Sul, transferirem-se para o Qu‚nia
com a fun‡Æo de estabelecerem uma granja para a cria‡Æo de
avestruzes. Concedida ampla faixa de terra pelo governo colonial, os
irmÆos Hill estabeleceram-se sem suspeitar que, de imediato, para
tornar poss¡vel a cria‡Æo de tÆo apreciadas aves, teriam de se
converter em ca‡adores de leÆes, e talvez nos primeiros da †frica
Oriental, que o fizeram de modo sistem tico e organizado. Mas, as
continuas incursÆes nocturnas das feras contra os seus animais
levaram-nos a declarar-lhes guerra total, iniciando-se assim a era
das expedi‡Æes de ca‡a. Logo, o que havia sido uma necessidade
premente para os irmÆos Hill transformou-se numa das maiores
actividades desportivas da †frica. Turistas europeus e
norte-americanos come‡aram a procurar os irmÆos Hill e os seus
representantes, para encomendar-lhes a prepara‡Æo de saf ris, e
expedi‡Æes de fotografia e de filmagem de grandes animais. A fauna
escondida no deserto ‚ principalmente nocturna e entre outros
gazelas, os gerbos, a raposa do deserto, a cabra de berb‚ria, cujo
leite ‚ apreciado, o dromed rio, que ‚ o navio do deserto (as suas
patas adaptadas aos terrenos pouco firmes e muito quentes, e a sua
corcova armazena gorduras para as longas travessias e as suas narinas
fecham-se durante as tempestades de areia); a cobra eg¡pcia que lan‡a
aos olhos das suas v¡timas um veneno que provoca a cegueira; as
moscas sÆo as principais transmissoras do tracoma e de outras
infec‡Æes oculares o que igualmente significa a cegueira; as moscas
por sua vez viajam pelo deserto no lombo dos camelos e detˆm-se nos
o sis. A Savana abriga todo um reino de herb¡voros sendo o elefante
o maior dos animais e dif¡cil de domesticar. A maior escola de
adestramento fica em Gangala-Rep£blica Democr tica do Congo. A lenda
dos grandes cemit‚rios de elefantes onde se teriam acumulado
fabulosas fortunas de marfim, nasceu da febre que este despertava; no
entanto, os elefantes quando velhos procuram os rios para fugirem do
calor e eventualmente morrem a¡; o marfim considerado mais fino ‚ o
de CamarÆes. Tamb‚m ‚ poss¡vel domesticar o leÆo o chamado Ærei da
selvaÆ, sendo a sua presa favorita a zebra. O leopardo ataca directo
a garganta das suas v¡timas arranhando-lhe ao mesmo tempo o estÆmago
com as patas traseiras. A sua pele ‚ muito valiosa, ‚ um felino que
habita quase toda a †frica, a sua v¡tima favorita ‚ a gazela
abundante nas pradarias do Qu‚nia. O leopardo figura nas tape‡arias
da Idade M‚dia bem como nos mosaicos da Antiguidade. A girafa ‚ um
dos mais belos animais exclusivamente africano, procura as plan¡cies
pouco arborizadas e com boa visibilidade e alimenta-se de folhas de
mimosas e ac cias. O hipopàtamo,que atinge 4 metros de comprimento e
4 toneladas de peso, vive quase sempre na gua, o b£falo cafre ‚
talvez o animal mais perigoso do Continente pois ataca a grande
velocidade com os seus chifres de cerca de 1 metro, quando est
ferido, e ‚ o terror dos ca‡adores. O rinoceronte ‚ rude, tem m
vista, tomba automàveis e camiÆes, tem dois chifres (os da esp‚cie
africana) e apresenta um aspecto antidiluviano. O gnu tipicamente
africano ‚ um estranho animal do tamanho de um asno com a parte
traseira de cavalo e a dianteira de bovino. O ant¡lope negro ‚ um
dos mais nobres animais e ‚ grande a quantidade de macacos e
chimpanz‚s que vivem no bosque nas ramagens das rvores de grande
porte. O gorila, o maior dos primatas ‚ naturalmente pac¡fico mas
torna-se perigoso quando provocado. O ocapi, parece uma combina‡Æo de
girafa, ant¡lope e zebra, e ‚ encontrado no Congo bem como o
majestoso faisÆo. Para alem destes existem muitos mais na fauna
africana. Da infinidade de serpentes, a mais perigosa ‚ a venenosa
mamba negra que ataca e causa a morte em trˆs minutos. A piton
igualmente perigosa enrosca-se ao redor da v¡tima apertando-a at‚
asfixi -la. Dos insectos o gafanhoto ‚ o flagelo das regiÆes imensas
e multiplica-se com rapidez; a mosca ts‚-ts‚ ‚ a transmissora da
doen‡a do sono. As t‚rmitas devoram alimentos, roupas e madeiras.
Entre as aves destaca-se o grou real com a sua harmoniosa plumagem (‚
o emblema nacional da Nig‚ria). A fauna aqu tica: SÆo abundantes os
batr quios e peixes, fonte de riqueza de alguns pa¡ses. Nos rios
vivem animais de grande porte como o crocodilo, o gigante dos r‚pteis
com 5 metros, passando a maior parte do dia imàvel sobre as margens,
o qual protegido pelo seu tamanho e for‡a nÆo teme nada e duracerca
de 50 anos. O hipopàtamo africano ‚ anf¡bio e o segundo em tamanho
(tal como o rinoceronte) dentre os animais terrestres, cujo peso
atinge 4000 quilos e 4 metros de comprimento, por‚m ‚ t¡mido, e as
suas crias permanecem no dorso da mÆe a salvo dos crocodilos.
Apito de madeira ornado com cabe‡a de bailarino mascarado. Os apitos
sÆo usados na m£sica e dan‡as rituais e, tamb‚m por ca‡adores; e
foram muito usados na guerra
Banco art¡stico em madeira executado na regiÆo do Lembe, Angola. O
toucado da figura ‚ de tradi‡Æo quioco
Caba‡a, fruto da cabaceira que constitui um utens¡lio histàrico.
(Para àleo de toucador)
Crucifixo de madeira
M scara de Quioca, madeira
Na †frica Negra para os nativos o maior prazer ou divertimento. ‚ a
dan‡a t¡pica na modalidade Batuque. al‚m dos adornos caracter¡sticos
plumas de avestruz sobre a cabe‡a os bra‡os enfeitados com anilhas e
missangas existem os instrumentos m£sicais espec¡ficos fabricados
pelo artesanato africano.
Principais viagens portuguesas atrav‚s da †frica 1831-1886 (Segundo
Teixeira da Mota simplificado)
1--Monteiro e Gamito, 1831-32
2--Rodrigues Gra‡a, 1843-46
3--Bernardino Jos‚ Brochado antes de 1850
4--Silva Porto, 1853
5--Pombeiros de Silva Porto 1853-54
7--Henrique de Carvalho, 1884-85
8--Capelo e Ivens 1877-80
9--Serpa Pinto, 1877-79
10--Antànio Maria Cardoso, 1883
11--Capelo e Ivens, 1884-85
12--Serpa Pinto, 1885-86
O mapa-m£ndi de Andrea Bianco, de 1436, orientado ... maneira rabe
para o Sul, representa a †frica; alongada muito mais no sentido do
paralelo que do meridiano. O deserto do Saara est ocupado, de lado a
lado, pelas tendas dos nàmadas cameleiros. Na Costa ocidental de
†frica singra uma nau em direc‡Æo ao Sul.
60
segundo o mapa de Fra Mauro (1459), comparado com a sua configura‡Æo
real
Homens da etnia Masai da Tanzƒnia, com afinidade et¡ope dedicam-se ...
agricultura e pecu ria.
Fam¡lia Boer, descendentes dos camponeses europeus dos Pa¡ses Baixos,
emigrados para o Sul de †frica no s‚culo XVII
Em 1482 Diogo CÆo atinge o Congo, onde na altura reinava Nzinga
Nkuwu, o ÆManicongoÆ, chefe dos Bacongo. Deste entÆo, os reis do
Congo e de Portugal come‡am a cooperar, convertendo-se o rei africano
ao cristianismo e adoptando o nome de JoÆo I. A dinastia real ficar
cristÆ at‚ ao s‚culo XVII. A primeira igreja foi constru¡da na
capital Mbanza, que toma o nome de S. Salvador. Em 1512 uma
expedi‡Æo enviada D. Manuel de Portugal ir contribuir para a
constru‡Æo de um pal cio de pedra e a organiza‡Æo de uma corte ...
maneira ocidental. Um membro da fam¡lia real, ser mesmo ordenado
bispo de Utica, pelo Papa, e regressar ao seu pa¡s em 1512, apàs ter
estudado na Europa.
Bosqu¡manos ca‡adores, etnia nàmada, cuja maioria vive no deserto do
Kalahari; segundo alguns historiadores teriam sido os primeiros
habitantes da †frica Austral
Palanca preta gigante tamb‚m chamada real
Tr fico de escravos em Angola.
Engenho de cana de a‡£car, no Brasil nos s‚culos XVI e XVII. Foi a
mÆo de obra escrava vinda de †frica que permitiu o grande
desenvolvimento desta Æind£striaÆ
A ARTE DA †FRICA NEGRA
� a arte de uma realidade fantasiada, profundamente ligada aos
poderes sobrenaturais. A abstrac‡Æo ‚ uma necessidade que leva ...
figura‡Æo e por sua vez substitui os detalhes em favor de uma
preocupa‡Æo mais simbàlica e esquem tica das coisasÆ. Nesta pequena
an lise, encontra-se reunida a essˆncia da Arte Negra--uma das
manifesta‡Æes de maior vitalidade e for‡a expressiva. O m gico e
abstracto sÆo os dois elementos radicais da concep‡Æo do criador das
obras influindo sobremaneira, na evolu‡Æo da arte contempor�nea. Os
aspectos sobrenaturais da natureza desempenham papel predominante na
vida das tribos africanas, da mesma forma que em outros povos no
mesmo estado de desenvolvimento cultural do presente ou do passado.
Da¡ que a natureza e o homem se integrem num todo, no qual a
imagina‡Æo tem pleno campo. Entre os povos africanos houve intenso
intercƒmbio, cultural; as influˆncias grega, fen¡cia e
eg¡pcia--chegadas em ‚pocas pr‚-cristÆs--mantiveram-se presentes na
t‚cnica dos artesÆos negros durante s‚culos e, logo se fundiram com
influˆncias mu‡ulmanas de novo cunho. A etnologia do s‚culo XIX,
tratou de diminuir o car cter original das culturas Negras--foi
resultado do europocentrismo. A moderna investiga‡Æo nos campos da
sociologia, etnografia e histària da arte permitiu verificar a
profunda personalidade da arte negra em cada um dos seus n¡veis, seja
no mais primitivo dos povos ca‡adores, nàmadas--cuja expressÆo fica
nos marcos do expressionismo vitalista--seja nos povos de cultura,
agricultores e pastores, que formam a imensa maioria da †frica
Negra--cuja arte apresenta a maior gama de varia‡Æes formais dentro
de uma £nica linha expressiva, derivada da j citada Ærealidade
fantasiadaÆ. M scaras, figuras humanas, escudos e armas, vasilhas
zoomàrficas, màveis esculpidos, adornos faciais, pinturas de parede e
dan‡as de coreografia complexa constituem um todo org�nico, uma
estruturada cultura negra que nÆo pode ser deixada de lado e cuja
influˆncia se manifestou em v rias ‚pocas e de v rias maneiras no
mundo Ocidental. Distinguem-se numerosos estilos de arte rupestre,
em reas bastante extensas (Tassili, Tibesti, †frica do Sul, Shaba
Katangal). A sua data ‚ problem tica (de 4600 a 1200 no caso das
pinturas antigas), mas at‚ o come‡o do s‚culo XX os Bosqu¡manos
refugiados no deserto de Kalahari, executavam pinturas parietais
semelhantes ...s do Paleol¡tico europeu: a maior parte das pinturas
representam ca‡adores de tipo negroide. Poucos vest¡gios resistiram
ao clima e ...s vicissitudes da Histària. Entretanto, a descoberta em
1943 de numerosos objectos de uma mesma camada geolàgica permitiu a
B. Fagg datar a mais antiga civiliza‡Æo actualmente conhecida-a de
Noque na Nig‚ria a qual se desenvolveu de 500 a.C a 200 d.C. Existe
certa semelhan‡a (pintura do corpo humano e adornos) entre Noque e
Ife, que conheceu o seu apogeu por volta do s‚culo XIII e ainda hoje
‚ o centro cultural dos lorubas, assim passado e presente quase que
caminham de mÆos dadas. Segundo a tradi‡Æo, um pr¡ncipe loruba
estabeleceu cerca do s‚culo XIII uma nova dinastia no reino de
Benim. Nessa mesma ‚poca um artista vindo de Ife transmitiu aos
fundidores Binis a t‚cnica do trabalho em bronze. Outro foco de
cultura revelada por J. P. Lebeuf, foi o dos Saos. Esta
estabeleceu-se no Sul do lago Chade exercendo a sua hegemonia entre
os s‚culos XI e XIV e desaparecendo no s‚culo XVI. Na Rod‚sia, no
territàrio outrora ocupado pelos Chonas, aproximadamente uma centena
de ru¡nas monumentais formam o conjunto arqueolàgico de Zimbabu‚,
capital do imp‚rio Monomotapa. Numerosos per¡odos foram revelados
pela an lise com o m‚todo do carbono 14--um dos maiores progressos
alcan‡ados na Arqueologia, inventado pelo Dr. Willard F. Libby da
Universidade de Chicago. Este m‚todo provou apresentar apenas uma
margem de erro de 10%, e consiste no seguinte: Todos os esp‚cimes de
vida animal e vegetal contˆm um tipo de carbono radioactivo
(14--carbono) que absorvem enquanto sÆo vivos. Assim que morrem
come‡am a perder gradualmente este componente. Apàs 5568 anos o
esp‚cime ter perdido metade da quantidade de carbono que continha ao
morrer e assim sucessivamente. Ora esta quantidade de carbono
radioactivo pode ser medida pelo contador Geiger mediante um n£mero
acusado de ÆcliquesÆ isto ‚, suponhamos que um bocado de madeira
pr‚-histàrica ‚ achado e confrontado com o contador e com um outro
peda‡o de madeira actual. Acusando metade de ÆcliquesÆ que o recente,
‚ presum¡vel que o primeiro deva contar cerca de 5568 anos.
Actualmente este m‚todo ‚ usado por toda a parte em arqueologia. Os
pràprios c‚lebres manuscritos do Mar Morto foram-lhe submetidos. Os
mais antigos objectos africanos datam do s‚culo IV. As t‚cnicas e
pe‡as mais utilizadas na arquitectura tradicional da †frica Negra sÆo
as de cerƒmica (zona tropical) e as de fibra tran‡adas (zona
equatorial). As cubatas de forma muito variada sÆo agrupadas em
torno dos celeiros. . A arte tradicional das popula‡Æes sedent rias
tem na escultura a sua manifesta‡Æo mais rica e os seus centros mais
importantes situam-se na †frica Ocidental. Ao trabalhar a madeira,
material preferido, o escultor africano associa outras t‚cnicas
(cestaria, pintura, colagem de tecidos). Entretanto, apesar de
certas caracter¡sticas comuns, as produ‡Æes sÆo muito diversificadas,
tornando dif¡cil estabelecer uma no‡Æo de ÆestiloÆ. A tradi‡Æo
tribal ‚ fonte primeira de inspira‡Æo, na arte genuinamente africana,
distingue-se por umm lado, as obras com tendˆncia ... geometriza‡Æo,
nas quais ‚ privilegiada a forma vertical da rvore original
(estatu ria bambara, ancestrais m¡ticos de bra‡os elevados, entre os
dogàs, est tuas-pilÆo nos senufos), e por outro lado, uma produ‡Æo
mais naturalista de formas mais realistas, nas quais as figuras estÆo
em movimento, sem uma frontalidade rigorosa (obras dos Lobis).
NÆo ‚ poss¡vel citar todas as etnias, que elaboraram produ‡Æes
marcantes --obras como os lint‚is e portas trabalhadas em
baixo-relevo, est tuas de ancestrais cujos tra‡os receberam
tratamento primoroso, objectos rituais e m scaras, estas
frequentemente encimadas por aves. A arte dos bamileques, organizados
em chefarias reflecte tamb‚m a estrutura social desse povo. O tipo
de assento revela a condi‡Æo social daquele que ocupa o trono que
reservado ao chefe ‚ profusamente ornado de p‚rolas e todo esculpido.
Embora a produ‡Æo de arte obede‡a a normas r¡gidas que nÆo a leis e a
fun‡Æes, e o significado da m scara seja muito preciso, o escultor
usufrui de certa liberdade. Tem como £nico propàsito imprimir ...
m scara--que se torna espelho do deus --a for‡a da expressÆo interior
e do poder exterior. O escultor utiliza sobretudo a policromia e o
simbolismo das cores, bem como diversos procedimentos: formato em
cora‡Æo (kuelles) ou o redondo de rostos volumosos (bamuns), volumes
convexos (tchokwes), profusa decora‡Æo geom‚trica (tek‚s),
idealiza‡Æo dos rostos (dangs e mpongwes), tendˆncia ... abstrac‡Æo
(baul‚s), planos rectos que penetram a face e rect�ngulos ou
paralel¡p¡pedos encimados por esculturas de grande altura (dogàs).
Origin rio de uma casta em certas sociedades, mas nÆo obstante
temido, o ferreiro, em outras sociedades, tal como na nossa Idade
M‚dia, ‚ assimilado ao herài cultural sendo o seu papel social sempre
importante: o ferreiro nÆo se restringe ... produ‡Æo de pe‡as
utilit rias, ‚ tamb‚m o artista, que trabalha a madeira e o metal.
As tatuagens, os penteados, a pintura do corpo e a pintura das
habita‡Æes sÆo igualmente meios importantes de expressÆo dessa arte e
m¡stica africana, que verdadeira emana‡Æo de uma sociedade de
tradi‡Æes, se ressente do contacto com o Ocidente e se encontra hoje
em dia em completa muta‡Æo.
Existem dois grupos distintos: Povos-Bantos e Povos NÆo-Bantos ou
Pr‚-Bantos.
Histària da popula‡Æo ÆBantoÆ
O nome ÆBantoÆ que significa homem africano, Æser humanoÆ designa o
maior grupo do Continente africano, que falam dialectos de uma l¡ngua
comum neles, associada a uma definida conjuga‡Æo de tra‡os sociais e
culturais. SÆo cerca de 42 milhÆes a totalidade pr tica das
popula‡Æes Bantos de †frica Negra que se repartem por trˆs grandes
grupos tradicionalmente designados: Bantos Orientais (ou lacustres),
Bantos Meridionais e Bantos Ocidentais. Os Bantos, designa‡Æo
lingu¡stica, algo ‚tnica, constituem um aglomerado de popula‡Æes mais
ou menos diferenciadas entre si, e que retiram o seu nome do tipo
particular da l¡ngua que falam. Por este motivo, a sua classifica‡Æo
apresenta-se dum crit‚rio fundamentalmente lingu¡stico. Eles tˆm
realmente sido definidos, simplificadamente, como um grupo de povos,
que se servem de qualquer forma da ra¡z ntu, para qualificar as
pessoas humanas. Essa ra¡z com o prefixo do plural ba, forma o
conjunto ba-ntu; e da¡ formas Bantu ou Banto que os designa (1).
Assim o exprime Seligam, que diz tamb‚m que a unidade deste grupo
tida como primeiro ponto adquirido no dom¡nio da l¡ngua africana
comparado Neste crit‚rio de classifica‡Æo lingu¡stica usado para a
grande fam¡lia Banto encontramos uma classifica‡Æo e distin‡Æo dos
grandes grupos de †frica, por isso designados etnolingu¡sticos, e em
pormenor, na designa‡Æo das diversas tribos, constituindo
verdadeiramente uma regra. Nestes termos, ... margem os diversos
dialectos que constituem o motivo distin‡Æo entre os corpos ‚tnicos,
‚ a l¡ngua banto, que forma o fundo lingu¡stico dos povos autàctones
da †frica com excep‡Æo, em especial, dos n£cleos Hoter totes e
Bosqu¡mano, por isso designados nÆo-Bantos, a que se pode
acrescentar, um n£mero reduzido de pr‚-Bantos. Admite-se que a l¡ngua
banta teria nascido na vizinhan‡a dos Grandes Lagos (2) Uma forte
infusÆo de sangue cam¡tico ‚ tida como o principal agente que
diferencia os Bantos dos verdadeiros Negros. Este caldeamento ‚ mais
sens¡vel no Leste e no Sul, e mais fraco no Norte e no Oeste. Dadas
as dimensÆes do dom¡nio banto, e as diferencia‡Æes grupais que
constituem os dados antropolàgicos, sÆo muito vari veis, correndo,
entre os Bantos Ocidentais, desde dolicoc‚ falos com uma estatura
m‚dia de cerca de 1,68 m, a braquic‚falos de pequeno estatura (1,62 m
em m‚dia). Mesàcefalos atingindo quase a braquicefalia sobem na
estatura a 1,69 m, e sÆo variadas as diferen‡as antropolàgicas de
v ria ordem, regist vel nesta grande fam¡lia humana. Quanto ...
antropog‚nes, os Bantos sÆo ainda um assunto de discussÆo; os Povos
Negros surgem no Neol¡tico, e a †frica nÆo forneceu at‚ agora um
antepassado aceit vel do tipo Negro, segundo os crit‚rios mais
aceites. Os Bantos seriam um povo que h cerca de 5000 anos teria
invadido a Som lia, para um mil‚nio depois ser expulso por nova vaga
banto, a que se seguiram outras. As primeiras not¡cias dos Bantos, no
entanto, estÆo datadas de 943 (A.C.) e sÆo atribu¡das a Mas'Oudi, nas
suas descri‡Æes do Golden Meadows. Segundo ele, os Zindj ou ÆZendjÆ
(nomes por que os †rabes designavam os Bantos) ocupavam a princ¡pio a
parte leste da †frica, entre o Nilo superior e o Oceano. Cosmas
Indicopleustes, monge eg¡pcio, escrevendo em 547 na nossa era, refere
a existˆncia de rela‡Æes de diversos povos com os Bantos, pela costa
de Zanzibar, e para Sul ao longo do ‹ndico, entÆo chamado o Mar dos
Zindj (Bantos). SupÆe-se que as l¡nguas bantos iniciaram a sua
invasÆo no Sul da †frica h cerca de 2000 ou 2500 anos, e a mesma
data, por outro lado, ‚ dada por Johnston, para as migra‡Æes dos
Negros que povoam a metade meridional de †frica. Alguns autores
admitem ‚pocas mais tardias, e que sà no final do primeiro mil‚nio da
nossa era, e da¡ ao s‚culo XVI, os Bantos se espalharam por toda a
bacia conguesa, escorra‡ando, destruindo ou assimilando as popula‡Æes
mais antigas. A ‚pocas mais ou menos aproximadas do s‚culo XIV, tˆm
alguns autores relacionado intensas agita‡Æes populacionais, que
movimentaram toda a †frica Central. Os Bantos, cultivadores
extensivos, com as suas tribos de ca‡adores, alastraram continuamente
... procura de novas terras. Pensa-se que com eles se tenha iniciado
em †frica a Idade do Ferro, e parece aceite, em todo o caso, que a
eles se deve a difusÆo do ferro na †frica Negra. Aos Bantos se deve a
forma‡Æo de diversos Estados africanos, apreciavelmente organizados,
alguns deles em Angola ou influindo sobre ela. Paralelamente ... ideia
de que as l¡nguas banto teriam nascido na vizinhan‡a dos grandes
lagos, o foco de desenvolvimento banto ‚ situado a leste da
intersep‡Æo do paralelo 0ø, com o meridiano de 30ø Long. Oriental
(Hambly). Admite-se, geralmente, que os Bantos sà chegaram ao Sul da
†frica no s‚culo XVI ou XVII. Realmente ‚ aceite que, ... volta de
1500, os Bantos eram tÆo estranhos ...s terras extremas do Sul de
†frica como os Europeus (H. Stckil). No final do s‚culo XIX, apàs a
ocupa‡Æo europeia, os grandes movimentos migratàrios dos Bantos
foram-se sustendo, acabando por serem dados por findos.
NÆo-Bantos ou pr‚-Bantos
Bosqu¡manos: existem pequenos grupos de etnia Negra, nÆo Banta,
designados Pr‚-Bantos ou V tua, encontrando-se alguns deles numa
posi‡Æo taxonàmica algo indecisa, e outros em franca via de extin‡Æo.
A par destes grupos, e a partir do paralelo 14ø para Sul,
dispersaram-se irregularmente, por entre os Bantos, buscando de
preferˆncia os territàrios mais indesejados, n£cleos de povos
nÆo-Negros e nÆo-Bantos. SÆo constituintes do j referido grupo,
Koisan ou Hotentotes-Bosqu¡mano, tamb‚m designado esteatop¡gico por
alguns autores, por motivo de fenàmeno de acumula‡Æo de gordura na
regiÆo cocc¡gea, observ vel nos indiv¡duos que os formam. Possuem uma
l¡ngua monossil bica, em grande parte caracterizada por numerosos
sons clis, ou estalinhos palatais da linguagem. SÆo os ÆtartamudosÆ
dos nossos cronistas. Estes povos Koisan ou Hotentotes-Bosqu¡mano,
tˆm caracter¡sticas pràprias, que dum golpe os distingue dos Povos
Negros, como sejam a cor da pele dum castanho avermelhado ou amarelo
em boa parte dos seus efectivos, e o cabelo em ÆgrÆo de pimentaÆ.
Apresentam cabe‡a mesoc‚fala, face ortognata e plana de malares
proeminentes, nariz chato, fonte bombeada, e a fenda palpebral
estreita, algumas vezes obl¡qua e atribuindo-se-lhes uma estatura
m‚dia de 1,52. Admite-se que a sua pequenez, apenas superior ... dos
pigmeus, seja de natureza fenot¡pica, explicada como um caso de
patologia alimentar. Tanto os Hotentotes como os Bosqu¡manos, em
conjunto designado Koisan, encontram-se representados em v rios
pa¡ses africanos entre os quais em Angola. Estes £ltimos
dispersaram-se tamb‚m pelo (Sudoeste africano) Nam¡bia,
(Bechuanalandia) Botswana, (Rod‚sia) Zimbabw‚ e (UniÆo Sul africana)
†frica do Sul, nÆo excedendo 40 000 indiv¡duos, na sua totalidade.
Empurrados pelos Bantos e pelos Hotentotes para as zonas mais pobres,
os seus efectivos tendem a diminuir. Tamb‚m os Hotentotes se
assinalam por um pequeno n£mero, junto ... fronteira do Sudoeste
africano, de onde procedem. Alguns antropàlogos Sul-africanos
repartem os Bosqu¡manos em dois grupos: Bosqu¡manos amarelos,
incluindo Mucancalas e Cassequeles, e Bosqu¡manos pretos a que
pertencem os Cazamas. Trata-se segundo Antànio de Almeida, que
observou milhares de indiv¡duos deste grupo, e em cujos trabalhos nos
apoiamos, duma classifica‡Æo por motivo de nÆo satisfazer uma
sistematiza‡Æo alicer‡ada, exclusivamente, na elabora‡Æo cutanea (1)
Os Bosqu¡manos, que em tempos somariam centenas de milhares, se nÆo
milhÆes de pessoas na †frica Meridional, teriam efectuado duas
grandes migra‡Æes: a primeira atingiria a prov¡ncia do Cabo da Boa
Esperan‡a. A segunda teria alcan‡ado o Atlƒntico, refluindo para
leste, indo ocupar regiÆes onde se encontra Maputo (Louren‡o
Marques), deslocando-se mais tarde para Oeste e Norte do Sudoeste
africano. A estes movimentos se poderÆo relacionar vivas tradi‡Æes de
Bosqu¡manos certamente do grupo tamb‚m designado por Mucancalas (1)
Buscando-lhes a antrog‚nese, tem-se admitido para os Bosqu¡manos uma
filia‡Æo nos homens de Grimaldi, negroides descendentes de popula‡Æes
da †sia central, e portadores da cultura aurinhacense, que ha mais de
25 000 anos e durante o Paleol¡tico Superior, habitaram a Europa
Ocidental (2), Autores tˆm admitido que do mesmo centro antropolàgico
provieram Bosqu¡manos, Mongà¡s e Negros. Alguns, como Boule, assentam
a ascendˆncia grimaldiense, situando o seu tronco genealàgico no
Norte ou no Centro africano; outros que do ramo dos sul-homin¡deos ou
dos homens mesol¡ticos de Boskop e Florisbed (†frica do Sul), tenham
descendido os Bosqu¡manos e Hotentotes. Para os Bosqu¡manos, tˆm
alguns cientistas considerado datas menos recentes, admitindo-os como
resultado do mesti‡amento de mulheres somalis, eg¡pcias com homens
mongà¡s, ou mesmo persas e indianos (exploradores de oiro de SalomÆo
nos territàrios de Sab ). Para Antànio de Almeida, prevalece a tese
negro¡de por encontrar certos elementos em que esta se alicer‡a. Dum
modo geral, a origem dos Bosqu¡manos ainda se discute, e, ...
semelhan‡a do Banto, a †frica ainda nÆo forneceu um tipo remoto
Bosqu¡mano propriamente dito. Os Bosqu¡manos teriam sido descobertos
na †frica do Sul pelos Navegadores Portugueses, em 1497, mas o seu
conhecimento concreto foi feito por Botelho de Vasconcelos, em 1863.
Admite-se que atingiram o seu habitat actual no Sul da †frica,
provindo do Norte, e os seus antepassados teriam ocupado parte do
Leste africano tropical, incluindo a zona adjacente do Centro do
Continente. As s‚ries de estaturas de Bosqu¡manos de Angola, tornadas
em Mucancalas e Cassequeles adultos, apresentam 1,60 m para os
homens, 1,50 m para as mulheres. As conhecidas e not veis pinturas
rupestres destes povos teriam atingindo a culminƒncia h 4 ou 5 mil
anos, e h pinturas Bosqu¡manos com menos de um s‚culo. Existem delas
alguns testemunhos em Angola. O ciclo cultural dos Bosqu¡manos (assim
como o dos V tuas) equivale ao da ca‡a e colheita. No cap¡tulo
temperamental, o Bosqu¡mano ‚ descrito como Æperseverante e r pidoÆ.
Acentua-se a bantuiza‡Æo dos seus costumes e modo de vida, e procura
de contactos com o Europeu, para efeito de rela‡Æes de trabalho. No
que se refere aos Hotentotes, a tese mais geralmente admitida
considera os Hotentotes um resultado de uniÆes entre os Bosqu¡manos e
Pr‚-Bantos, ou mesmo com os primeiros Bantos. No entanto, Bosqu¡manos
e Hotentotes evidenciam afinidades morfolàgicas e etnolingu¡sticas.
Da¡ a sua reuniÆo sob a denomina‡Æo auctàtone de Koisan a que j se
fez referˆncia.
(1) Os Quiocos referem que era seu alimento preferido o caranguejo.
(2) A diferen‡a de estatura, superior no homem de Grimaldi, seria
justificada fenotipicamente, por motivos de patologia alimentar,
respons vel pela baixa estatura e menor constitui‡Æo dos Bosqu¡manos.
Nossa terra ‚ de esperan‡a aberta ao franco amplexo
e como irmÆos mais novos de um s‚culo mais velho vamos levando em
largas mÆos a heran‡a dos nossos avàs
e com folhas do cora‡Æo continuar a obra humana o grande desenho da
vida.
Marcelino dos Santos --Kalungano--ÆAqui nascemosÆ
O furor do vento no deserto A coragem, a sede e a fome Quem grita
senÆo nàs no deserto? O Mundo e a sua solidariedade No deserto a
independˆncia e a orbe A justi‡a, a luta, tudo, no deserto Quem grita
tendo a voz da Verdade O Mundo despreza a Verdade
Jonas Savimbi-ÆQuando a Terra voltar a sorrir um diaÆ
PROTOHISTàRIA AFRICANA E AS SUAS Influˆncias EXTERIORES A †frica
Antiga: mediterrƒnica
Sal£stio (1), dando-se conta de uma realidade importante, afirmava
que o Norte de †frica era considerado Æcomo fazendo parte da EuropaÆ.
J PlatÆo, anteriormente no seu ÆFedroÆ, indo mais longe e, de certo
modo complementarizando o pensamento de Sal£stio, dava-se conta de
que os homens seus contemporƒneos viviam como ÆrÆs em volta de um
charcoÆ, o charco, entendido como sendo evidentemente o mar
Mediterr�neo. O Imp‚rio Romano desenvolvia-se com efeito em redor do
Mediterr�neo. A †frica Negra, conhecida e, nalguns pontos
inexplorada, suspeitada, nÆo fazia contudo parte integrante do
Imp‚rio, embora o fornecesse e as trocas comerciais fossem intensas,
levadas a cabo atrav‚s do deserto do Saara. Relembremos tamb‚m que a
configura‡Æo ambiental e geogr fica da ‚poca nÆo era propriamente
igual ... que hoje se observa. A grande desertifica‡Æo do Saara, por
exemplo, nÆo era tÆo intensa como actualmente, e fez-se
progressivamente. Pinturas rupestres de Tassili atestam um local
ainda verdejante e fervilhante de vida animal de grande e pequeno
porte. Os seus per¡odos h£midos ao que se crˆ, tiveram lugar no
quatern rio per¡odo terrestre, que se inclui na chamada Era Cenezàica
(com os seus 70 milhÆes de anos) e que se caracterizou pelo avan‡o
das geleiras. As glacia‡Æes que a¡ se deram, influ¡ram intensamente
no desenvolvimento da vida org�nica, e esta precedeu ou como alguns
afirmam, integrou-se na Pr‚-Histària. Crˆ-se que o homem como tal,
surgiu neste per¡odo. A configura‡Æo dos Continentes era j a actual,
tendo sido abafados os istmos continentais, que permitiam a passagem
de um continente para o outro, pois estes foram invadidos por trechos
de mar. Apesar de uma tentativa de supera‡Æo, ainda hoje a passagem
da pr‚-Histària para a Histària de †frica, ‚ tida como se tendo
iniciado com os primeiros documentos escritos. Ora, estes, pelo
menos os conhecidos, sÆo de origem europeia, inicialmente gregos ou
romanos. Contudo, em contrapartida, admite-se de um modo geral que a
†frica foi o ber‡o da humanidade e das primeiras ind£strias,
come‡ando por produzir o ÆHomo erectusÆ (com capacidade cerebral j
muito desenvolvida) e todas as consequˆncias de progresso que esse
facto comporta em si. Sucessivamente lega-nos
exemplares-paralelamente a outras regiÆes do globo que tamb‚m as
produzem--de Austrolopithecus (primeira descoberta em
1924--Taungs--†frica Meridional), de Pithecantropus (descobrem-se
muitos no s‚culo XX na †frica Oriental--Olduvai e nas costas
marroquinas); do homem do Neanderthal (1863--primeira descoberta
fàssil em Gibraltar), este j considerado como Homo Sapiens
(caracter¡sticas: fonte inclinada, arcos supraciliares salientes,
dolicocefalia).
O grupo do Neanderthal, surge de um antecessor que deu tamb‚m origem
... ra‡a de Cro-Magnon que surge no Paleol¡tico Superior. � aqui que
encontramos vest¡gios que parecem dar-nos a ra¡z de alguns povos
actuais. Por exemplo, o crƒnio de Boskop, descoberto na †frica do
Sul, ‚ poss¡vel que constitua um antepassado do povo bosqu¡mano; o
crƒnio da gruta de Gamble (Qu‚nia pode por sua vez representar um
antepassado long¡nquo dos Bantos. Em 192 perto de Tombuctu, um outro
crƒnio apareceu, com n¡tidos tra‡os protonegràides Massas de gelo
polares vindas na era quatern ria, atingindo a zona mediterrƒnica,
levaram ... consolida‡Æo de fases pluviais de clima h£mido e temperado
e posteriormente, correspondendo ao recuo dos glaciares, fases secas
de clima rido e quente. No grande deserto do Saara o clima h£mido ‚
alterado, e a desertifica‡Æo come‡a num local at‚ entÆo h£mido com
grandes extensÆes lacustres e, numerosa fauna semi aqu tica
sobretudo, para al‚m de grandes bosques de pinheiros-de-alepo, o
pinheiro actual do Mediterrƒneo. Na parte da †frica Oriental e
Austral alteram-se os per¡odos pluviais com os per¡odos secos.
Julga-se que os grandes per¡odos pluviais correspondam em †frica ...s
glacia‡Æes nos outros Continentes, embora nÆo lhe tenham sido
rigorosamente paralelos. � por esta altura que come‡am a definir-se
os diversos grupos de mam¡feros, inclusiv‚ j herb¡voros e
carn¡voros. No Quatern rio, o estreito de Gibraltar j se encontra
aberto, enquanto, em contrapartida, o canal da Mancha ainda unia o
Continente Europeu ...s Ilhas inglesas. Ser precisamente este primeiro
facto apontado, que dar posteriormente aos Gregos a ideia de um deus
H‚rcules que tinha separado com um golpe de massa, a †frica da
Europa, cavando o estreito que durante toda a antiguidade se iria
chamar as Æcolunas de H‚rculesÆ. Por isso mesmo e, porque segundo a
lenda, H‚rcules teria a¡ erguido, de cada lado, dois pilares,
dividindo a terra, e assinalando que os homens nÆo se deveriam
aventurar no oceano, que se estendia al‚m dos ditos pilares. Durante
a ‚poca da Antiguidade, paralelamente ao desenvolvimento diferente do
resto da †frica, todo o Norte deste Continente foi recebendo
influˆncias civilizadoras vindas do Ocidente. Gregos, Fen¡cios,
exploraram o Mediterrƒneo Ocidental e chegam ao Norte de †frica.
Alguns provinham do reino de Tartessos, situado no Sul da Pen¡nsula
Ib‚rica na bacia do Guadalquivir e que era famoso pela sua riqueza em
minas de prata e estanho e ouro, para al‚m de cobre, era com
facilidade que se deslocavam por mar, pois j entÆo possuiam avan‡ada
experiˆncia de navega‡Æo. SÆo precisamente os Fen¡cios, povo que
fazia parte do mesmo complexo de povos semitas, dos Ass¡rios e
Hebreus, que se estabeleceram na costa marroquina e que fundam uma
cidade, a cidade de Lixus em face da actual Larache onde terminavam
algumas rotas comerciais. Cartago (cerca de 814 a. C.) e Rusadir
(M‚lilla) e Tingi (Tanger actual), seguem-se a Lixus. Ser Cartago
quem dominar e se tornar numa poderosa possessÆo. O Estado
cartaginˆs toma um car cter acentuadamente Norte-africano, governado
por uma aristocracia de comerciantes ricos, armadores e grandes
propriet rios fundi rios, que formavam o Senado, que por sua vez
fornecia os ÆsufetasÆ magistrados, que desempenhavam o papel de
consules e sacerdotes. Daqui partirÆo duas expedi‡Æes em busca das
rotas de estanho e do ouro. Uma, comandada por Himilcon, ir ao
Atlƒntico Norte, outra, dirigida por Hannon, que percorrer em cerca
de 450 a.C. as costas marroquinas do Atlƒntico, e cujos relatos no
retorno terÆo sido gravados em placas de bronze suspensas no grande
templo do deus Baal. A tradu‡Æo grega deste relato chegou at‚ aos
dias de hoje, ao que parece ter-se-iam aventurado at‚ ao golfo da
Guin‚, mas segundo os historiadores, nÆo teriam passado a Sul do Cabo
Bojador (1). Contudo um com‚rcio mudo ter-se-ia verificado entre os
cartagineses e os habitantes da †frica Atlƒntica. O Povo Grego tamb‚m
se tentou estabelecer no Norte de †frica, mas cedo teria sido
afastado pelos Fen¡cios. Roma surgiu entretanto, como rival poderosa
e fatal de Cartago e, enquanto uma luta sem tr‚guas se desenvolvia
entre elas, os pequenos reinos num¡dias e mouros, aparecem e
desenvolvem sucessivamente a cena histàrica, o que Roma logo
aproveita para os sublevar contra Cartago; foi no meio do s‚culo III
que as rela‡Æes entre Roma-cidade e Cartago se tornaram numa sucessÆo
de guerras chamadas de Æp£nicasÆ. Cartago perde a sua frota, Imp‚rio
e dom¡nios africanos e em 146 a.C. foi arrasada e criada a prov¡ncia
romana de †frica, que ocupava o ter‡o Nordeste da actual Tun¡sia. Em
seguida ... guerra de Jugurta (112-105 a.C.), Roma estende o seu
protectorado para o Este e divide o reino Num¡da. Contudo em 46 a.C.
J£lio C‚sar suprime os reinos Num¡da u que tinham apoiado os
partid rios do seu rival Pompeu, e anexa a parte Oriental da Num¡da,
criando assim outra prov¡ncia, a †frica NovaÆ, enquanto o seu aliado
Bogos, rei mouro, expede mensageiros e manda explorar a Etiàpia,
missÆes estas que chegam ao Senegal e ao alto N¡ger. Em 27 a.C. as
duas †fricas passam a formar um £nico territàrio, chamado de †frica
Proconsular. Cl udio, imperador romano, mais tarde dividir o reino
da Mauritƒnia em ÆMauritƒnia CesarianaÆ e ÆMauritƒnia TingitanaÆ. Ao
todo, no decorrer da conquista romana, a †frica do Norte ficou pois
dividida em quatro prov¡ncias: †frica Proconsular com capital em
Cartago, governada por um procÆnsul; a Num¡dia, destacada da †frica
Proconsular em 37 d.C. e confiada ao legado comandante da III LegiÆo
Augusta (prop‚tor); e em Mauritƒnia Cesariana e Mauritƒnia Tingitana,
prov¡ncias governadas por procurador. Assim dividida a †frica do
norte, pretendia-se impedir uma resistˆncia nacional consolidada.
Todo este processo de conquista foi levado a cabo nÆo sem o
abafamento de violentas revoltas. Com o fito de proteger o territàrio
conquistado, estabeleceu-se um ex‚rcito (a III LegiÆo Augusta) no
Saara, medida que para al‚m de defesa, pretendia favorecer a
sedentariza‡Æo dos nàmadas dentro da protec‡Æo do ÆlimesÆ
(fronteira). Paralelamente, seguia-se uma pol¡tica de progressiva
promo‡Æo nativa no sentido de povoar terras rec‚m-conquistadas, e de
a fixar ...s terras impedindo a exagerada emigra‡Æo para as cidades,
que entÆo se dava. Os altos funcion rios do Norte de †frica provinham
de Roma-Imp‚rio j , os pequenos funcion rios recrutavam-se entre os
nativos. Contudo, foi a burguesia municipal o agente mais activo de
romaniza‡Æo no Norte de †frica. A Africa romana, economizando
recursos humanos, distinguiu-se na cria‡Æo de cavalos, cultura de
trigo, cria‡Æo de mulas, captura de animais selvagens, produ‡Æo de
m rmore de luxo e madeira, produtos farmacˆuticos e, a partir do s‚culo
II d.C., produz em grande escala vinho e azeite que, recorde-mo-lo,
era fundamental na Antiguidade nÆo tanto como condimento da comida,
mas como meio de ilumina‡Æo. Frutas tamb‚m foram criadas em larga
escala, bem irrigadas pelos nÆo menos competentes hidr ulicos
africanos de entÆo, que emparceiravam com os nÆo menos competentes
engenheiros e arquitectos. A vida urbana atingiu grande apogeu.
Ficaram famosas as cidades de Leptis Magna, de Timgad, Volubilis, que
atingiram grande prosperidade, e que se situavam em flancos doces,
colinas ou plan¡cies f‚rteis em gua. Foi a †frica romana tamb‚m o
ber‡o de homens de letras e intelectuais famosos (Apuleio,
Tertuliano, Sto. Agostinho: 350-430 d.C.), e agrupou homens de v rias
proveniˆncias sendo contudo a grande maioria Berberes: Mouros ou
Num¡das, alguns descendentes de cartagineses que haviam casado com
mulheres ind¡genas. Trˆs l¡nguas oficiais coexistiam: o l¡bico, o
p£nico e, evidentemente o latim, que se passou a falar depois da
conquista no Norte de †frica pelos Romanos, mesmo entre os escravos
negros provindos do SudÆo ou entre os Berberes. A partir do s‚culo III
verifica-se uma crise econàmica e no s‚culo IV eclode uma crise
pol¡tica e social a par de conflitos religiosos. Com efeito, o
Cristianismo surgido no s‚culo I d.C. em †frica, propagou-se
rapidamente, depois da liberaliza‡Æo religiosa de Constantino e a
Igreja de †frica foi rasgada por um sisma (o donatismo), propagado
pelos partid rios do bispo Donato de Cartago, cuja doutrina Sto.
Agostinho combateu. Por estas alturas j a Africa romana estava
mergulhada na desordem. O Imp‚rio do Ocidente fora separado do
Oriente desde 395, e fora invadido pelos B rbaros; em †frica os
Berberes agitavam-se tamb‚m. Em 429-438, os Vandalos (provenientes
da Germania) invadem a †frica romana e serÆo estes e os bizantinos
que irÆo suceder aos Romanos na Tun¡sia e na Num¡dia. Na restante
†frica do Norte, os Berberes tornam-se Independentes. O reino
vandalo cai em 534 com a conquista de Belis rio, general de
Justiniano, o Imperador bizantino de Constantinopla. A Tun¡sia,
Dellys, Tipasa, Cherchel, Ceuta e Tanger ficam sob o dom¡nio de
Justiniano, com ele a antiga ordem romana foi restabelecida a n¡vel
administrativo, mas durante todo o tempo, a †frica bizantina foi
constantemente agitada por revoltas camponesas e insurrei‡Æes. � num
pa¡s arruinado e decomposto que entra a primeira armada rabe em 47
mas, apàs a chegada dos rabes, portadores da Cultura islƒmica e de
uma nova religiÆo, o Cristianismo e o Latim subsistiram ainda em
algumas localidades, para se extinguir a pouco e pouco noutras.
Cerca de 610 d.C., Maom‚ conseguiu congregar e propulsionar os seus
companheiros de modo a criar uma nova f‚. As primeiras passagens do
AlcorÆo, o livro Sagrado ditado por Maom‚, demonstram que este se
situa na tradi‡Æo do monote¡smo Judeu-CristÆo, pelas suas concep‡Æes
do Deus criador, da revela‡Æo, da ressurrei‡Æo e do julgamento e, no
£ltimo ano de vida de Maom‚, este j era o soberano de quase toda a
Ar bia. O Estado Islƒmico, em 632 (ano 10 da ÆH‚giraÆ) era um
aglomerado de tribos aliadas a Maom‚ em condi‡Æes diferentes, tendo
como centro os habitantes de Medina e de Meca. A comunidade islƒmica
oferecia estabilidade perante os Imp‚rios bizantinos e persas do
Oriente, em plena desagrega‡Æo e, ir futuramente determinar a
Histària de †frica tanto ao Norte como ao Sul do Saara, bem como a
Histària da Europa, pois dois anos apàs a morte de Maom‚, come‡arÆo
as conquistas bedu¡nas e posteriormente, a domina‡Æo mu‡ulmana
estender-se- dos Pirin‚us ao Senegal e ao IrÆo. Em 640, encabe‡ados
pelo califa Omar, os rabes mu‡ulmanos penetram no Egipto derrotando
o ex‚rcito bizantino que a¡ se encontrava. Alguns berberes nÆo
convertidos ao islamismo irÆo passar ... †frica Negra. Por‚m, entre os
Berberes islamizados tamb‚m se dÆo fugas para o Sul. A confedera‡Æo
de tribos Tuaregues-Sanhadja, ir emigrar at‚ ao rio Senegal e tomar
conta da importante pista Saariana comercial estabelecida entre
Marrocos e o Gana e, ser em Marrocos que os califas Om¡adas lan‡arÆo
em 734 uma primeira expedi‡Æo contra o SudÆo, que j na Antiguidade
era um importante fornecedor do Imp‚rio Romano. No Senegal, ‚
fundado um ÆmosteiroÆ islƒmico numa ilha, a¡ se constituem os
Almor vidas (palavra que traduzida do rabe significa Æos do
conventoÆ), que em 1042 se lan‡aram ... conquista do mundo at‚ entÆo
conhecido, come‡ando por se estabelecerem na capital do Gana em 1076
e, sendo da¡ expulsos em 1240 pelo novo reino do Mali, puramente
negro e, que se constitu¡ra numa prov¡ncia exclusivamente mandinga,
com capital em Niani. Este imp‚rio que se estendia do deserto ao
N¡ger, produziu tamb‚m um Kankan Mussa, filho de Abubakary II, que
reinou de 1312 a 1337 e, que ficou c‚lebre pela sua conversÆo ao
islamismo, sendo imortalizado pelos famosos historiadores rabes Ibn
Batuta (m. 1377) e Ibn Kaldum (m. 1406). Deste modo se estabeleceu
uma liga‡Æo entre o mundo Negro e o rabe. Mussa chegou mesmo a
empregar o arquitecto rabe Es-Saheli, na reconstru‡Æo de Tombuctu e,
por outro lado, suspeita-se que manteve com‚rcio com a Espanha. Ser
precisamente aquando da decadˆncia deste imp‚rio, que os Portugueses
irÆo entrar em contacto com ele. Em 1400 a capital do Mali ‚ pilhada
pelos Sonrha¡, habitantes do reino do mesmo nome, que se tinha
formado a partir do agrupamento de pescadores Sorko, membros do grupo
‚tnico Sonrha¡, instalados junto do rio N¡ger. Em 1468 tomam Tombuctu
que os Tuaregues ocupavam a partir de 1435. Ali Ber, um dos maiores
reis e conquistadores da †frica Negra, torna-se num advers rio do
IslÆo considerando este um perigo para as tradi‡Æes Negras. Mas em
1591, conquistadores marroquinos chefiados por um jovem sultÆo, Mulay
Ahmed, conquistam Tombuctu, que durante muito tempo seria um centro
cultural important¡ssimo. No Gana tamb‚m se formara um volumoso
imp‚rio, que chega a enviar delegados a Portugal a D. JoÆo II. Mas,
juntamente com os trˆs imp‚rios importantes do SudÆo nigeriano, de
que acab mos de falar (Gana, Mali, Sonrhai), coexistem outros
imp‚rios de menos importƒncia. Em 1591, j tardiamente, surge um
grupo ‚tnico din�mico, os Bambara, agricultores, e no in¡cio do
s‚culo XVII, formam-se no N¡ger dois reinos: ao Sul do N¡ger, os
Mossi, uma casta guerreira. Nos rios do Senegal, os Tekrur,
incluindo entre si berberes assimilados. A verdade ‚ que quando se
iniciam os tempos histàricos para a †frica Negra, se vivia j uma
Idade M‚dia contemporaneamente na Europa e no Norte de †frica. Da¡ o
facto de se fazer referˆncia a Æmedievalismo-islamismoÆ no Norte de
†frica nesta ‚poca. Com efeito ela ‚ bem parte integrante do mundo
mediterrƒnico de Henri Pirenne, contrapondo Carlos Magno ... expansÆo
preconizada por Maom‚. Ser posteriormente ÆO Mediterrƒneo e o Mundo
Mediterrƒnico na ‚poca de Filipe IIÆ de Fernand Braudel. A Sul do
Saara, na †frica Negra, o Estado considerado mais antigo, por esta
altura ‚ a Etiàpia (depois de 1941 chamada de Abissinia). No s‚culo
III existia j o porto de Adoulis, que tinha rela‡Æes comerciais com
o mundo †rabe, Persa, Indiano e de CeilÆo. Axum, a sua magn¡fica
cidade convertida ao Cristianismo desde 333 e j integrada numa
Etiàpia cristÆ, decai no s‚culo VIII conquistada pelos rabes. Mas,
a partir do s‚culo VI, formam-se outros reinos cristÆos, outros
tantos focos de resistˆncia ao islamismo: o reino de Nobatia (N£bia),
de Dongola e de Aloa, com capital em Soba, perto da actual Cartum
(que em rabe significa ÆTromba de elefanteÆ). Mais a Sul, coexistem
tribos de ca‡adores, pastores, pescadores negros, que se associam
tribalmente, evoluindo progressivamente primeiro a civiliza‡Æo antiga
de Nok, o Chade, depois o lar Bantu, a Norte dos CamarÆes, unidade
cultural mas nÆo ÆracialÆ e que no s‚culo X atingir a Rod‚sia e o
Congo. Na floresta, os Pigmeus (que j EstrabÆo referenciava), mais
a Sul ainda, os primeiros bosqu¡manos; na costa Oriental os Hamitas.
Formam-se posteriormente entidades pol¡ticas a Sul do Equador no
s‚culo XIV e XV, como o Congo, pois foi entre o Saara e a zona de
floresta tropical, que se desenvolveram os mais antigos reinos
Negros. Relembremos contudo que na Antiguidade o ouro vinha do Gana
(reino que teve o seu apogeu do s‚culo IX a XI), junto da actual
Guin‚, bem como o sal (1) Neste reino a sucessÆo era de ordem
matrilinear. Outras sociedades coexistiam sem Estado nem organiza‡Æo
pol¡tica especializada, algumas, Æan rquicasÆ, o que nÆo quer dizer
que fossem desordenadas, mas antes baseadas na autoridade de quatro
formas disfar‡adas de poder emanado pelos chefes respectivamente da
fam¡lia, da linhagem, do clÆ e da etnia. Usava-se o crit‚rio de que a
experiˆncia directa e o conhecimento aumentavam com a idade, donde a
proveniˆncia da assembleia dos velhos, que sempre assistia os chefes.
Nos reinos j formados e dos quais demos exemplos, uniam-se para os
formar, conjuntos de clÆs (reclamando um antepassado comum) ou de
etnias. Foi neste processo de agrega‡Æo ou desagrega‡Æo, que os
Europeus rec‚m-chegados por mar, trazendo novos interesses,
tecnologias e ideais, jogaram um papel determinante.
(1) Recordemos que antes da chegada dos europeus, muitos grupos
tribais sabiam extrair o ferro, usando muito embora processos
primitivos, com cavamento de buracos no chÆo e cosedura at‚ ...
liquefac‡Æo.
Noite de grande lua e um cƒntico subindo do porÆo do navio. O som
das grilhetas marcando o compasso!
Foste o homem perdido em terras estranhas!... No Brasil ganhaste
calo nas costas nas vastas planta‡Æes de caf‚ No Norte foste o homem
enrodilhado nas vastas planta‡Æes do fumo! Francisco Jos‚
Tenreiro--ÆEpopeiaÆ
Para¡so, minha infƒncia africana, que guardava a inocˆncia da Europa.
Rodeado dos meus companheiros lisos e nus, enfeitados com flores da
selva! L‚opold S‚dar Senghor-ÆAcompanhem-me KÆras BalafonÆ
A VINDA DOS EUROPEUS.
SUA PERMAN‰NCIA EM †FRICA E FACTORES DA¡ DECORRENTES
Quando os Europeus atingem a †frica Litoral e Austral, o modo de
produ‡Æo dos povos Negros encontrava-se em alguns locais na fase de
transi‡Æo do nomadismo para o sedentarismo. Noutros, j nitidamente
sedent rio, como seja o caso do Senegal, Niger e SudÆo. Transitava-se
da tribo para o Estado unit rio e para a propriedade privada, embora
a unidade social mais representativa ainda fosse a tribo. Trˆs
civiliza‡Æes se distinguem entre o N¡ger e o litoral Atlƒntico: o
povo Yoruba, o reino do Benim e o reino de Noup‚. O primeiro possuia
j organiza‡Æo pol¡tica de base urbana com centro na cidade de
Ibadan. Os seus reis eram eleitos de 7 em 7 anos por um conselho de
anciÆos. As suas cidades contudo administravam-se autonomamente por
um conselho municipal designado por um sindicato, o ÆOgboniÆ. O
segundo, o reino do Benim, remonta ao s‚culo XII, recebendo em 1484 a
visita do portuguˆs Afonso d'Aveiro, que leva as primeiras armas de
fogo; este reino distinguiu-se pelos seus famosos escultores e
sobreviveu at‚ ao s‚culo XIX. O reino do Noup‚ ‚ j mencionado em
1350 por Ibn Batuta (m. em 1377). No s‚culo XVIII, ‚poca mais
brilhante, o seu rei converte-se ao IslÆo. Por outro lado, o reino
de Kanem-Bornu, teve a sua prosperidade no in¡cio do s‚culo XVI e,
era um dos muitos Estados do SudÆo central. Entre o Chade e o baixo
N¡ger desenvolveram-se os Estados de Haussa. Mas, nÆo esque‡amos e,
da¡ a importante referˆncia ... periodiza‡Æo que estabelecemos na nota
pr‚via-que a Sul da linha do Equador, o per¡odo histàrico
propriamente dito, sà come‡a para muitos povos no s‚culo XIX,
estendendo-se a proto-Histària do s‚culo XV (Idade do Ferro) ao
s‚culo XVI. Recordemos que os Bosqu¡manos, do s‚culo XII ao s‚culo
XIV ainda se encontravam na Idade da Pedra. Nesta ‚poca, outros
Reinos ou Estados se formam. Por volta do s‚culo XIII, os Peuls, ou
Pe£les (etnia africana dispersa), emigraram atrav‚s da †frica
Ocidental, para o Senegal e o Chade, estabelecendo em 5 locais
hegemonias importantes: no Senegal, na Guin‚, no Mali, Alto-Volta e
em ÆAdamannaÆ, espa‡o entre o norte da Nig‚ria e os CamarÆes e
sobrevivem at‚ ao s‚culo XVIII. Mas os reinos que tiveram maior
impacto, senÆo maior publicidade, foram os reinos cristÆos das
cataratas da †frica Oriental, respectivamente: Nobatia, Dongola, Aloa
(perto de Cartum), no Alto Nilo e na Etiàpia. Estes reinos contˆm
grande vitalidade, mas sÆo isolados pelos †rabes. Em 878 sÆo pilhadas
as minas de ouro da N£bia. Soba, capital do reino de Aloa,
distingue-se pelos seus mosteiros e Igrejas, embora pertencendo a um
cristianismo sism tico: eram monofisitas (1). No s‚culo XIV,
contudo, cristÆos do Ocidente, contactam com estes reinos e sÆo
enviadas missÆes dominicanas. No s‚culo XV, outro reino, o de Funy,
junto do Nilo, constitui-se com os descendentes de nàmadas rabes e
de negros. Manter-se- at‚ ao s‚culo XVIII. Na Etiàpia, o reino de
Axum, que no s‚culo XII possuir uma dinastia cristÆ e que envia uma
delega‡Æo em 1123 ao papa Calisto II. Mas aqui, devido ao relevo e
comunica‡Æes dif¡ceis, os reis e as cortes nÆo se fixam em capital,
mas, pelo contr rio, levam uma vida errante. Identifica-se com o seu
rei o lend rio Preste JoÆo a quem D. JoÆo ii de Portugal envia em
1487 por Afonso Paiva e Pero da CovilhÆ um pedido de amizade a este
poderoso e lend rio rei. Em 1520 uma nova delega‡Æo Portuguesa
estabelece contacto com este reino e ajuda-o contra as pretensÆes do
IslÆo. Em 1541, nova Expedi‡Æo Portuguesa, comandada por um filho de
Vasco da Gama que o defende contra o reino mu‡ulmano de Adal. Em
meados do s‚culo XV, o reino da Abiss¡nia (Etiàpia) ou do Preste
JoÆo, englobava mais ou menos os mesmos territàrios de hoje. Governou
entre 1433 e 1467 a Abiss¡nia o rei Zara Jacob, prestigioso e letrado
que se relacionou com a Europa CristÆ, assumindo-se como Preste JoÆo,
cuja lenda se gerara anteriormente em redor das riquezas fabulosas e
cristianismo assumido por este reino, ainda pouco conhecido dos
Europeus. Outro Estado, o de ÆZendjÆ, constituido (desde fins do
s‚culo IX) por negros et¡opes e nilàticos, misturados com Bantos, que
emigraram para o Sul atrav‚s da floresta, desenvolvem um grande
com‚rcio, sobretudo de metais, apresentando cidades j plenamente
desenvolvidas no s‚culo XIV. Mantinha rela‡Æes com a costa Oriental
de †frica e a China, que no s‚culo XVI decaem mercˆ da vontade dos
chineses. Esta civiliza‡Æo ser destru¡da apàs a chegada dos
Europeus. Por outro lado, h a assinalar ainda o reino de
Monomotapa, anterior ao s‚culo X, com a ocupa‡Æo da Rod‚sia do Sul
(Zimbabu‚) reino explorador sobretudo de metais, mas que j cultivava
em terra‡os e irrigava a terra artificialmente; no s‚culo XVI os
Portugueses tamb‚m atingem Monomotapa. A Sul, os Louba, tamb‚m
mineiros desde o s‚culo X, que sÆo dispersos no s‚culo XIX pelos
Belgas e que atingiram o seu apogeu nos s‚culos XVI, XVII e XVIII.
No baixo vale do Congo, as hegemonias de Loango, Kakongo, Ngoyo,
Mbata, Mbamba, Mpemba, Nsundi, Mpangu, Sonoyo, Ndondo (a Sul do rio
Cuanza). No Centro, o reino do Congo propriamente dito, ocupado pelo
povo banto dos Bacongo, com capital em Mbanza, fundada nos in¡cios do
s‚culo XV. Diogo CÆo em 1482 estabelecer contactos com o rei Nzinga
Nkuwu, de grande prest¡gio. No SudÆo ocidental, o imp‚rio dos
Mandingas que come‡a a declinar no s‚culo XV e ao qual j fiz‚ramos
referˆncia atr s, e o dos Sonrais. Os primeiros ocupavam desde o
Norte do Saara ... grande floresta tropical, Atlƒntico, Gambia e rio
Grande, e o seu poderio baseava-se no tr fico do ouro. Tinha
entendimentos com os †rabes e adoptara a f‚ do IslÆo, contava com as
cidades de Dien‚.
(1) Monofisita: Doutrina her‚tica dos que reconhecem uma sà natureza
em Jesus Cristo.
Tombuctu, Gao. Toda esta regiÆo desde o Senegal ... Serra Leoa possuia
a agricultura, ind£stria artesanal e com‚rcio muito desenvolvidos e,
muitas aglomera‡Æes urbanas no s‚culo XV, quando ‚ abordada pelos
Europeus, Portugueses, que foram indiscutivelmente os primeiros a
explorarem e a estabelecerem contactos com estes povos
sistematicamente. Da Serra Leoa para baixo, nÆo se verificava o
intenso urbanismo, a popula‡Æo distribuia-se antes por pequenas
aldeias, sem organiza‡Æo pol¡tica unificada. Ao fundo do golfo da
Guin‚, entre o rio do Lago e do N¡ger, numa zona baixa e alagada,
novamente grande surto urbano. O facto ‚ que, antes de os Europeus
chegarem, j se conhecia o golfo da Guin‚ e outros lugares da †frica,
pelos relatos dos Negros islamizados levados como escravos para o
Norte. Ali s, j na Antiguidade se suspeita do conhecimento da costa
Oriental de †frica, pois um p‚riplo do s‚culo III d.C. descreve a
costa africana at‚ Zanzibar e tamb‚m por se encontrarem moedas
romanas na †frica Oriental. Do Senegal at‚ ao N¡ger, e no Benim,
deparou-se pois aos Europeus uma civiliza‡Æo comercial e mar¡tima
comum, tendo como pàlo comercial Tombuctu. Para o Sul, at‚ ao Cabo,
as tribos dos Bosqu¡manos na savana e, dos Hotentotes, que tinham
emigrado para o Sul aquando dos Bantos. Na floresta, os Pigmeus, eram
os que estavam no est dio menos avan‡ado cultural negro-africano e
dedicavam-se sobretudo ... pastor¡cia. Alguns antropàlogos afirmam que
estes teriam sido os primeiros habitantes de †frica. J tinham sido
referidos na antiga poesia grega e muitas lendas se teceram ... sua
volta. Os Pigmeus medem cerca de 1 m a 1,5 m. A restante costa
Oriental encontrava-se sob a dependˆncia de pequenos sultanatos
urbanos fundados pelos †rabes de Mascate e Persas, que traficavam com
a Ar bia. O mais poderoso era Quiloa, fundado em 980 e suserano dos
sultanatos de Mo‡ambique, Zanzibar, Sofala, Angoche, Pemba, Mocamba,
Melinde e Mogadocho. A civiliza‡Æo islƒmica tinha ramifica‡Æes em
todo o ‹ndico at‚ ... Mal sia. Neste enquadramento inicia-se a
pol¡tica europeia de expansÆo que ambiciona sobretudo atingir a rota
das Indias, esta personificada no labor do Povo Portuguˆs, que foi
fora de d£vida a sua grande iniciadora. Pretendia-se o emancipamento
fora do controle dos †rabes em geral, dos judeus de Maiorca, dos
Marroquinos e dos Venezianos ou Genoveses, que detinham o controle
das rotas do ouro e especiarias e ainda escravos, que provinham do
Centro e do Sul de †frica ou que por a¡ passavam vindos das Indias.
Tentativas anteriores por parte dos Venezianos ou Genoveses tinham
fracassado, ‚ o caso da expedi‡Æo dos irmÆos Vivaldi, enviada ... India
pelo Atlƒntico pelo armador Jacopo Doria em 1291. Marco Polo,
concluindo o seu livro, ainda contribu¡a contemporaneamente para
excitar maiores curiosidades e desejos de conquista. Da¡ a sua
pol¡tica de ÆdescobrimentosÆ (europeia), alguns dos quais reais,
outros fict¡cios, como depois se veio a provar. Donde a pol¡tica de
ÆsegredoÆ dos reinos ib‚ricos, por exemplo, as Can rias j eram
conhecidas em 1339 em 1364 os Normandos j tinham dobrado Cabo Verde.
Em Abril de 1500 †lvares Cabral ÆdescobreÆ o Brasil, do qual se crˆ
D. JoÆo II de Portugal j tivera not¡cias da sua segura existˆncia e
localiza‡Æo. Em 1434 os Portugueses passam o .Cabo Bojador, fundando
em 1445 em Arguim uma feitoria para com‚rcio. Entre 1444 e 1447
atingem Cabo Verde e embocadura do Senegal, a ilha de Cor‚ (Dakar), a
Gambia e a Guin‚ que posteriormente iriam ocupar. Cadamosto e o
genovˆs Uso Dimare, ao servi‡o de Portugal, inspeccionam o Cabo Verde
em 1456, em 1462 atingem a Serra Leoa e exploram a costa nos anos que
se seguem. No actual Gana, ‚ fundada uma nova feitoria, a de Mina,
em 1471. Em 1472 atingem a ilha de FernÆo Pà e o rio dos CamarÆes,
assim baptizado pela abundƒncia efectiva de camarÆes, que apresentava
nas suas guas. Em 1485 inicia-se a coloniza‡Æo da ilha de S. Tom‚,
tendo antes Diogo CÆo descoberto o rio e o reino do Congo.
Finalmente, em 1487 Bartolomeu Dias e o seu famoso piloto Pero
d'Alenquer dobram o Cabo das Tormentas, que se passar a chamar da
Boa Esperan‡a. Paralelamente, CristàvÆo Colombo atinge em 1493 o
continente Americano, no mesmo ano a 4 de Maio o Papa Alexandre VI
Borgia, emitir importante bula ÆInter caeteraÆ, que partilhar o
Novo Mundo entre Portugueses e Espanhàis. A ExpansÆo mission ria
pelos Portugueses na †frica, foi not vel sobretudo nos s‚culos XVI e
XVII, com a chegada dos Jesu¡tas. Estabelecem-se prov¡ncias
eclesi sticas. Portugal possu¡a o padroado da organiza‡Æo e expansÆo
em †frica e †sia. At‚ ao fim do s‚culo XVII fundavam-se missÆes,
noviciados, hospitais. Muitos africanos se converteram com convic‡Æo,
outros por motivos pol¡ticos ou de prest¡gio social, mas o facto ‚
que a ac‡Æo mission ria prosperou se desenvolveu. Com a chegada
europeia come‡a a recuar a evolu‡Æo do IslÆo pelo menos
comparativamente aos s‚culos anteriores. Em 7 de Junho ‚ ratificado
o Tratado de Tordesilhas em 1494, cuja cl usula fundamental era a que
estabelecia a linha divisària a 370 l‚guas a ocidente das ilhas de
Cabo Verde. Em 1498 Vasco da Gama e a sua expedi‡Æo, atinge Calicut,
amea‡ando definitivamente os †rabes (turcos tamb‚m), Eg¡pcio ÆZendjÆ
e Venezianos, que detinham o monopàlio do com‚rcio ¡ndico
-mediterrƒnio, e que o governador enviado de Portugal, Afonso de
Albuquerque, de que o cronista Gaspar Correia autor das ÆLendas da
IndiaÆ foi secret rio e a que descreve, ir combater e infligir
derrota, tomando Aden e pontos estrat‚gicos na Ar bia, com a
conivˆncia dos abiss¡nios. Enquanto os Espanhàis se vÆo implantando
algo brutalmente nas Am‚ricas Central e na do Sul, os Portugueses vÆo
optando pela funda‡Æo de feitorias e estabelecimento de rela‡Æes
comerciais com os chefes ou reis Negros da †frica costeira O com‚rcio
tem como base o tr fico de escravos necess rios como mÆo-de-obra ou
moeda de troca com outros reinos europeus do s‚culo XVI-XVII. De
†frica seguem para a Am‚rica escravos que garantem a produ‡Æo de
pedras preciosas e de cana-de-a‡£car. Estabelecem-se contactos com
Nzinga Nkuw rei do ÆManicongoÆ em pleno s‚culo XV. Nzinga envia
tamb‚m uma embaixada a Lisboa. Constroem-se Igrejas em Manicongo. O
rei de Mbanza em 1490 baptiza-se com os seus s£bditos e recebe o nome
de JoÆo 1, estabelece-se a¡ uma dinastia Bantu cristÆ, que durar at‚
ao s‚culo XVII e permitir a fixa‡Æo de Portugueses. Um pr¡ncipe
chega a estudar em Portugal e a ser ordenado bispo de Utica em Roma.
D. SebastiÆo, rei de Portugal, neto de D. JoÆo III, ajudar †lvaro
I em guerra com os amea‡adores JAGGAS. Æsistema em marchaÆ, como os
classifica Pierre Bertaux, errantes e guerreiros, sociedade militar
que adoptava os filhos dos vencidos e vivia de razias. (1) Ali s,
mais tarde os pràprios Portugueses irÆo favorecer os Jaggas, numa
tentativa de travarem a emancipa‡Æo do poder dos reis cristÆos, que
eles pràprios tinham ajudado a criar. Em 1620 distingue-se Nzinga (ou
Jinga), rainha de Ngola (Anqola), que abjura o cristianismo e se
retira para a prov¡ncia independente de Matamba (Quango). A¡
resistir , ajudada pelos Jaggas e, aproveitando-se das rivalidades
entre Holandeses e Portugueses. Contudo, voltar-se- a converter-se
morrer em 1663, de rela‡Æes abertas com os Portugueses. Tamb‚m em
Monomotapa estabeleceram os Portugueses rela‡Æes e em 1514 j a¡ se
encontram. Em 1560 fundam os portos fluviais de Sena e Tete.
Portugal ajuda o seu rei militarmente no s‚culo XVII contra os
Chang mir‚ (dinastia emancipada no fim do s‚culo XVI). Em 1628 tomam
militarmente a sua capital. A partir de 1600 surgem em †frica
Ingleses e Holandeses (que se tinham tornado independentes em 1581
contra a coroa Espanhola) na senda dos Portugueses e das riquezas
africanas e indianas. Ambos se opunham naturalmente aos Portugueses
que na ‚poca se encontravam sob a dependˆncia do rei de Espanha
Filipe II, advers rio dos Pa¡ses Baixos e da Inglaterra. Seguindo o
exemplo portuguˆs, os Holandeses fundam duas companhias: a Companhia
Neerlandesa das Indias Ocidentais, que eclipsa a feitoria da Mina, e
a Companhia das Indias Orientais, que pretende apropriar-se do
com‚rcio do Cabo da Boa Esperan‡a ao JapÆo. A Sul de †frica,
funda-se a cidade do Cabo, atrav‚s da fixa‡Æo dos (Boers), camponeses
provindos da Holanda, que se autonomizam. Em pleno s‚culo XVII,
fixam-se Huguenotes vindos de Fran‡a, em Fish River, a 800 km a Este
da cidade do Cabo. Ingleses, Suecos, Dinamarqueses, Prussianos,
fixam-se tamb‚m em †frica: os primeiros apàs 1581, altura em que
Francis Drake dobra o cabo da Boa Esperan‡a; os segundos no actual
Ghana; os terceiros na costa Litoral perto de Accra; os quartos na
ilha de Arguim. Em 1629 uma companhia francesa implanta-se na †frica
Ocidental, perto do Senegal. Europeus irÆo digladiar-se pela posse
de territàrios africanos e empurrar os povos autàctones para fora das
suas terras tradicionais. A luta em si nÆo visava tanto--pelo menos
antes da conferˆncia de Berlim os territàrios em si, como a
instaura‡Æo de entrepostos comerciais, pois que o tr fego escravo era
algo de essencial na ‚poca para aproveitamento local no exterior.
Estabelecia-se o tÆo falado Æcom‚rcio triangularÆ de quem os escravos
eram o eixo central, e cujo apogeu se deu no s‚culo XVIII e que
envolvia trˆs continentes, que de modo esquem tico poderemos enumerar
associando-o com as mercadorias: a †frica que fornecia mÆo-de-obra
escrava, que seguia principalmente para as ‹ndias Ocidentais, ou seja
o Continente Americano, que por sua vez exportava a‡£car, metal e
outros produtos. A Europa recebia a mat‚ria-prima e transformava-a
nas suas manufacturas reenviando-a sob a nova forma adquirida e, sob
a forma de armas de fogo, que eram comercializadas e utilizadas no
Continente africano (e na †sia tamb‚m) Os locais mais frequentados
para o abastecimento escravo eram a costa do Ouro, o Senegal, a
Gambia, Gana, o Delta do N¡ger (s‚culo XVIII-XIX), Daorr Togo e a
Nig‚ria (s‚culo XVII-XVIII). Espanhàis, Ingleses, Holandeses,
Portugueses, revezam-se no negativo com‚rcio. Correctores residentes
Europeus Negros intermedi rios, levavam a cabo as negocia‡Æes de
compra e venda. Recordemos por‚m que as sociedades africanas de um
modo geral tamb‚m repousavam sobre o trabalho escravo e sà assim se
compreende a amplitude que este abomin vel negàcio pode atingir,
mesmo apàs a aboli‡Æo oficial da escravatura os contrabandistas ainda
continuam a levar a cabo o com‚rcio dos Negros No s‚culo XVIII
come‡a a reac‡Æo humanit ria contra a escravatura, encabe‡ada pela
Fran‡a logo seguida de outros pa¡ses. Locke, Diderot, Wilberforc S.
Harp, Rosseau, Jean-Jacques Rosseau escreve no seu ÆDiscurso sobre
origem da DesigualdadeÆ, em 1775: Æ...Toda a Terra est coberta de
na‡Æes que nÆo conhecemos senÆo os nomes e nÆo nos gabemos de julgar
o g‚ne humano:Æ Opunha-se assim ao pressuposto que estava na base da
escravatura demarca‡Æo entre o ÆoutroÆ e o ÆeuÆ, este £ltimo
considerado superior, face ao animismo (1) do ÆoutroÆ identificado ...
selvajaria e ... ignorƒncia. Em 1765, na Inglaterra, forma-se uma
sociedade anti-esclavagista, e abole-se a Escravatura em 1772. Nos
Estados Unidos, em 1865, no Brasil, em 1882 na Fran‡a em 1848.
Em.Portugal desde h muito que vinha sendo condenada por leis
portuguesas a Escravatura. Desde as leis de 20 de Mar‡o de 1570 e de
12 de Setembro de 1595 que esse esp¡rito de reprova‡Æo vinha tomando
corpo(2). O Marquˆs de Pombal condena-a tamb‚m pelos alvar s de
Setembro de 1761 e Janeiro de 1773. O liberalismo, pela voz de S da
Bandeira fez da Aboli‡Æo da Escravatura uma questÆo de Honra. S da
Bandeira, Secret rio de Estado dos Negàcios da Marinha e Ultramar.
Leu um relatàrio de 19 de Fevereiro de 1836, dando conta do estado do
tr fico de escravos de cujo fim era fervoroso defensor. Em Dezembro
de 1836
(1) Animismo--Concep‡Æo de um mundo onde os seres e as coisas sÆo
todas iguais e que recusa um mundo inanimado.
(2) GastÆo S Dias, ÆJulgareis Qual ‚ mais excelente..Æ, p 214.
publicado um decreto abolindo o tr fico de escravos, mas sà em 29 de
Abril de 1858 este termina no territàrio nacional. A 25 de Fevereiro
de 1869 era assinado o diploma que abolia definitivamente a
escravatura dos Territàrios Portugueses. A Inglaterra formar na
Serra Leoa uma colània para escravos livres. Os Estados Unidos em
Monràvia e a Sociedade Americana de Coloniza‡Æo promove o seu
estabelecimento na zona da Lib‚ria e atribui-lhe um estatuto de
Estado. No GabÆo o mesmo sucede em 1849 em Libreville, donde, o nome
desta cidade, ÆCidade livreÆ. Na Costa do Ouro Holandeses e
Dinamarqueses cedem direitos aos Ingleses e retiram-se. O Com‚rcio
Atlƒntico Esclavagista cessa, mas nÆo o que sempre se desenvolveu
atrav‚s dos mercados tradicionais do deserto do Sahara. Os Prussianos
e Suecos retiram-se tamb‚m de †frica. Ficam no s‚culo XIX face a
face trˆs potˆncias: os Franceses, os Ingleses e os Portugueses. Os
Franceses fixam-se na zona do Senegal e GabÆo, os Ingleses dirigem o
com‚rcio no delta do N¡ger e Costa do Ouro, administrando as suas
colànias directamente. Colonizam tamb‚m a Gambia, a Serra Leoa,
Lagos. Os Portugueses restringem-se ... Guin‚, Angola e Mo‡ambique,
tendo perdido a partir de 1650 o monopàlio do com‚rcio no Oriente e
Extremo Oriente, em proveito dos †rabes e Turcos. Em 1891, todo o
Continente Sul africano e a partir do Sahara com excep‡Æo da Etiàpia
e da Lib‚ria, se encontra sob o controle das potˆncias coloniais. No
Extremo Sul da †frica Austral, os colonos do Cabo e de •utras zonas
vÆo-se assenhoreando das zonas tribais tradicionais dos povos a¡
residentes. Ao f cil conv¡vio com os Hotentotes (pastores, ao que se
crˆ resultantes de cruzamento de Bosqu¡manos com pastores Hamitas do
Norte) sucedem-se incompatibilidades com os Bosqu¡manos, ca‡adores
errantes e h beis pintores rupestres, e com os Negros Bantos
agricultores que a¡ se tinham h pouco fixado e que se repartiam
desde o s‚culo X em trˆs grupos principais: os Tonga, os Ngumi (da¡
prov‚m a etnia Zulo que se fixar no Natal, com apogeu no s‚culo
XVIII e, que leva o g‚nero de vida guerreiro ao estilo dos Jaggas de
que fal mos atr s); e os Soto-Tchuama, que se fixaram na
Basutolandia. Os Bosqu¡manos, considerados por alguns dos mais
primitivos, dos grupos humanos, constantemente empurrados, acabaram
por se refugiar no deserto de Kalahari. Concluindo, vemos em pleno
s‚culo XV, mercˆ da erup‡Æo de novos interesses e classes sociais
sa¡das do ÆTerceiro EstadoÆ medieval, partir-se ao descobrimento e ...
conquista de Novos Mundos, ou de mercados j conhecidos, outras
tantas futuras formas de deten‡Æo de poder econàmico e pol¡tico.
Procura-se paralelamente, segundo v rios modelos, empregues conforme
a Æciviliza‡ÆoÆ encontrada segundo os modelos Europeus, ou a
conquista pelas armas aos Æinfi‚isÆ ou a conquista por interm‚dio da
religiÆo, com a qual se joga associando-a ... pol¡tica, ou a conquista
atrav‚s de estabelecimento de t‚rminus comerciais. No fundo, todas
estÆo intimamente ligadas, mas o grau de crueldade ou de
permissibilidade ou persuasÆo varia, conforme os casos. Negoceia-se
com Autàctones ou outras potˆncias Europeias, introduzem-se novas
tecnologias (armas de fogo), joga-se com religiÆo, joga-se com as
rivalidades locais. Foi durante o s‚culo XVI que o capital mercantil
alcan‡ou um relativo predom¡nio, contribuindo
significativamente--atrav‚s do com‚rcio ultramarino--para a
acumula‡Æo do capital metropolitano com o fornecimento de capital
externo, Æperif‚ricoÆ, extra¡do ao mundo colonial. O desenvolvimento
da colània ou entreposto ‚ assim todo orientado no sentido do
desenvolvimento europeu, integrado no processo de acumula‡Æo mundial
de capital, tornando-se a¡ no factor de grande peso. Ela ‚ a fonte da
ind£stria e o mercado para produtos dela provenientes. Apàs a
pol¡tica mercantilista, absolutismo e rivalidades do s‚culo XVII,
acompanhadas nitidamente dos interesses da ÆclasseÆ burguesa, surge o
s‚culo XVIII caracterizado significativamente pelo desenvolvimento
de complexos de planta‡Æes esclavagistas, com‚rcio de escravos e
tr fego triangular de mercadorias entre as ‹ndias Ocidentais
(Am‚rica), Europa, e †frica. Ser posteriormente, e j dentro do
s‚culo XIX que com a conferˆncia de Berlim, e tendo em considera‡Æo a
ocupa‡Æo efectiva se irÆo partilhar os territàrios coloniais.
Nàs da †frica imensa
e por cima da trai‡Æo dos homens
atrav‚s das florestas magestosas invenc¡veis
atrav‚s do fluir da vida
ansia fervente caudalosa nos rios rugidores
pelo som harmonioso das marimbas e, surdina
pelos olhares juventude das multidÆes
multidÆes de bra‡os de ƒnsia de esperan‡a
Agostinho Neto-ÆSangrantes e GerminantesÆ
Sofrimento e m goas outra natureza nossa,
O Sol nasce mais cedo p'ra castigos nossos,
O c‚u tem outra cor da dos velhos tempos idos...
Nossa Terra, Nosso Povo, Nosso queixume...
Jonas Savimbi-ÆQuando a Terra voltar a sorrir um dia'
PARTILHA DE †FRICA E VIRAGEM DA HISTŸRIA DA HUMANIDADE
Foi entre 1870 e 1880 que se reuniram os factores que iriam levar ...
partilha da †frica Negra. Descobrira-se em 1867 no Transval,
diamantes, ouro no Rand e cobre na Rod‚sia, o que fizera
imediatamente subir o valor deste Continente ... escala comercial. A
ocupa‡Æo pura e simples do territàrio por parte da Europa seguia-se 2
ocupa‡Æo por interm‚dio de companhias concession rias, colonizando-se
preferencialmente, atrav‚s do prest¡gio industrial e comercial das
principais potˆncias. ÆQuadrosÆ e t‚cnicos superiores, come‡am a
imigrar para †frica apoiados pelos futuros governos coloniais dos
principais potentados europeus. Os pràprios soberanos europeus
sonhavam acumular aos seus Estados, Estados Negros sob os quais
tivessem jurisdi‡Æo. Os novos investigadores e os pràprios membros
de algumas Sociedades de Geografia, sÆo impelidos a assentar nas suas
anota‡Æes algo mais do que as observa‡Æes cient¡ficas decorrentes. Em
suma, os pa¡ses Europeus interessavam-se grandemente pela †frica
Negra. As potˆncias que j a¡ estavam estabelecidas, inquietavam-se.
Portugal negociava com a Inglaterra, enquanto a It lia e a Fran‡a se
digladiavam apàs a instala‡Æo da Fran‡a na Tun¡sia. Por seu lado,
tanto a Inglaterra quanto a R£ssia, rivalizavam entre si no
AfeganistÆo e na P‚rsia. O Egipto tamb‚m fora um factor de separa‡Æo
entre a Fran‡a e a Inglaterra. Bismark, chanceler do Imp‚rio
Prussiano, resolve entÆo promover uma conferˆncia internacional sobre
a †frica Central. NÆo se falava em partilhar a †frica, mas sim em
assegurar a continua‡Æo do livre-cambio tradicional costeiro e
assegurar a efectiva‡Æo, ainda a decidir da ocupa‡Æo nova de costas
de †frica. Contudo a partilha estava impl¡cita e pela primeira vez
este Continente entra com grande barulho no palco da diplomacia
internacional. A 15 de Novembro de 1884 inicia-se a abertura da
Conferˆncia. Convidaram-se 14 potˆncias, dentre as quais os
signat rios do Tratado de Viena. Aproximava-se do cimo, como diz E.
J. Hobsbawm, Æos quatro s‚culos da Histària Universal em que um
punhado de Estados Europeus e a for‡a Europeia do Capitalismo
estabeleceram uma domina‡Æo absoluta, embora tempor ria... de todo o
mundo (1) A conquista territorial aliava-se o interesse por novos
mercados que dessem vazÆo aos produtos do surto industrial verificado
na Europa e acelerado pela Revolu‡Æo Industrial, e que, por outro
lado lhe enviassem mat‚rias-primas. A Coloniza‡Æo agora ganha um
valor de implanta‡Æo efectiva. De possessÆes coloniais passa-se aos
Imp‚rios coloniais.
106
Com a Conferˆncia de Berlim, marca-se indubitavelmente, o in¡cio da
partilha da †frica Negra. Esta inicia-se em 15 de Novembro de 1884 e
estender-se- at‚ 26 de Fevereiro de 1885, e nela participaram
representantes de 12 Na‡Æes Europeias, os Estados Unidos e a Turquia.
Em Berlim, re£nem-se estes representantes, instiga‡Æo de Bismarck que
pretende a sua pràpria afirma‡Æo na pol¡tica mundial e encorajar a
posse de colànias por parte da Fran‡a, para a compensar da perda na
Europa--da Als cia e minerais da Lorena (tratado de Francfort-1871) e
para se opor ... sua tradicional advers ria, a Inglaterra. O pretexto,
tanto para a Conferˆncia de Berlim como para a posterior partilha,
foi a situa‡Æo criada na bacia do Congo pelas actividades implantadas
e exploradoras comerciais por parte do rei dos Belgas, Leopoldo II.
Leopoldo sair contudo favorecido desta Conferˆncia, pois
oficialmente ‚-lhe reconhecido o Estado Independente do Congo que se
estender do Atlƒntico a Tanganyka, do Egipto ... Rod‚sia, e onde se
implanta uma sociedade controlada pelo rei. Bismarck, por seu lado,
anexar para si territàrios africanos em forma de tratados passados
com a concordƒncia e alian‡a de soberanos negros locais, mas sem se
implantar pol¡tica ou administrativamente. A pol¡tica inglesa, por
sua vez, visa impedir a uniÆo dos Boeres revoltados com os alemÆes.
Lord Salisbury, escudando-se por detr s de um dos pretensos motivos
essenciais da conferˆncia: a explora‡Æo e investiga‡Æo de †frica para
a favorecer, primeiro-ministro e ministro dos Negàcios Estrangeiros
de 1886 a 1892, confirma a sua posi‡Æo no Egipto e anexa o K‚nia,
Uganda, Rod‚sia do Norte e Nyassaland. ImpÆe-se aos Portugueses a
ren£ncia do ÆMapa cor de rosaÆ, que pretendia o territàrio
compreendido entre Mo‡ambique e Angola, cujos territàrios juntamente
com outros, grandes viajantes a partir do exemplo de David
Livingstone, de H. M. Stanley, Speke, Brazza, Serpa Pinto e Silva
Porto, tinham tentado visitar e explorar cientificamente. Abramos um
parˆntesis para referir que estes viajantes e respectivas expedi‡Æes,
que tiveram a sua maior incidˆncia no s‚culo XIX, muito contribu¡ram
para o conhecimento do Continente africano, da sua Natureza e da
domina‡Æo das suas amea‡as naturais (doen‡as, etc.). J no s‚culo
XVI Duarte Lopes viajara pelo interior de †frica e crˆ-se que
atingira as nascentes do rio Congo e possivelmente do Nilo. No
entanto, o facto ‚ que se estabeleceu um Estado de tensÆo entre a
Inglaterra e Portugal, posteriormente acalmada pela eclosÆo da guerra
anglo-boer (em 1899), resumida num tratado assinado em Outubro de
1899 em Windsor. Os Boeres, descendentes de colonos Holandeses que se
tinham estabelecido na zona de Natal e na colània do Cabo, apàs
v rias rivalidades sangrentas com os Ingleses que pretendiam os seus
territàrios, sÆo subjugados. Em Dezembro de 1880 declaram-lhes
guerra, refugiando-se na zona do Transval, Rep£blica fundada em 1836.
Sà em 1902 se estabelece a paz com a anexa‡Æo das Rep£blicas boeres,
que mais tarde se determinam na UniÆo Sul-africana.
Com os Italianos, que tentam conservar a Etiàpia, os Ingleses
delimitam a fronteira ao mesmo tempo que cedem aos AlemÆes a ilha de
Heligolandia, situada no mar do Norte, em troca do protectorado
alemÆo de Zanzibar. Como resultado de tudo isto, assentam-se as
potˆncias coloniais que ficam com territàrios na †frica Negra: a
Alemanha, Portugal, a Fran‡a, a Inglaterra e a It lia na costa Somali
e na Eritreia. A Fran‡a que tinha anteriormente conseguido para si a
regiÆo do Congo inferior e do GabÆo, mercˆ da ac‡Æo de Savorgnan de
Brazza (de 1879 a 1885), conservar estas regiÆes e a regiÆo do lago
Chade, a ilha de Madagascar, o porto de Djibuti (Jibuti) e ao Norte,
Marrocos e a Tun¡sia. No Interior de †frica Negra, os mais
importantes Imp‚rios Autàctones desagregavam-se lentamente mercˆ da
actividade desenvolvida pelas opera‡Æes de conquista e de subjuga‡Æo
das tribos africanas. Foi assim que no territàrio de Mo‡ambique, os
Portugueses, fazendo face ao Imp‚rio V tua, aprisionaram o seu
imperador Gungunhana, ao qual os Ingleses se tinham aliado na
inten‡Æo de substituir a autoridade portuguesa. Ser precisamente do
conjunto da desagrega‡Æo de Imp‚rios africanos com a demarca‡Æo de
Colànias Europeias, que posteriormente se irÆo formar novas entidades
pol¡ticas que se auto-afirmarÆo e emanciparÆo e atingirÆo em seguida
a Independˆncia. Mas por ora, em pleno s‚culo XIX, a Europa tenta
absorver a †frica ligando-a indissoluvelmente a si, atrav‚s dos seus
interesses econàmicos. Associam-se ... metràpole as colànias
partilhadas em Berlim, estabelece-se progressivamente uma liga‡Æo de
cariz pol¡tico, dependˆncia econàmica, jur¡dica e cultural, mediante
o relegamento para segundo plano da cultura local e ÆnÆo eruditaÆ e
centraliza-se a Administra‡Æo. Optam-se por sistemas diversos. A
Inglaterra desenvolve o Æindirect ruleÆ ou Administra‡Æo Indirecta,
coloniza‡Æo de base mercantil, que respeitava os costumes locais e
que procurava reconhecer a originalidade entre colonizador e
colonizadores, sendo as leis emitidas por um Administrador Geral
residente na colània. NA Fran‡a, a mais intervencionista, opta pela
Administra‡Æo Directa, na qual a diferen‡a entre as duas sociedades
postas em confronto ‚ reconhecida e a economia de tr fego e a L¡ngua
Europeia impera tendo como Autoridade suprema a Metràpole ... qual se
deve fidelidade. Tenta-se fazer do cidadÆo africano um francˆs (no
governo metropolitano com capital em Dakar colocam-se ministros
negros). Portugal tenta converter o africano num portuguˆs (em 1820
sÆo declarados CidadÆos Portugueses todos os habitantes do Territàrio
Ultramarino). Angola Mo‡ambique, a Guin‚ Portuguesa e as ilhas de
Cabo Verde e S. Tom‚ e Pr¡ncipe, tornam-se segundo as normas da
miscigena‡Æo (cruzamentos de indiv¡duos de Æra‡asÆ humanas
diferentes), que se d , e pelo Cristianismo vigente que torna todos
iguais. Portugal define-se como Na‡Æo ÆEuro-africanaÆ. Na B‚lgica
visa-se sobretudo atingir a prosperidade mediante o desenvolvimento
das companhias privadas e dos africanos. A Alemanha, embora mostrasse
inicialmente algumas reservas e entregasse o estabelecimento das
Colànias AlemÆs a iniciativas privadas, interessava-se agora
fortemente pela †frica e declara os seus direitos sobre o Sudoeste
africano, o Togo e os CamarÆes, em 1884. Algo rudemente, administra
os africanos tornando-os disciplinados e rent veis. Recordemos que a
Pr£ssia, foi uma antiga regiÆo da Alemanha constitu¡da por v rias
prov¡ncias, que se identificam com a Histària da Alemanha desde 1871,
ao tornar-se na cabe‡a dos Estados AlemÆes, que haviam proclamado
Imperador da Alemanha o rei da Pr£ssia, Guilherme 1. A tentativa
italiana de construir um grande imp‚rio colonial na †frica Oriental
acrescentando ... Abiss¡nia as suas possessÆes na Eritreia e Som lia,
fracassou com a derrota em †dua em 1896, mas por outro lado, a
B‚lgica manteve a sua soberania no Estado do Congo at‚ 1908. Em 1900
a †frica, com excep‡Æo da Etiàpia e da Lib‚ria (que se tornara
independente em 1847), estava repartida. Inicia-se a Afirma‡Æo dos
dom¡nios por meio de presen‡a militar, ao mesmo tempo que se procura
o equil¡brio entre as Potˆncias Europeias. Evolui-se de modo a que na
primeira metade do s‚culo XX, trˆs potˆncias colociais menores
possuam territàrios em †frica: a B‚lgica, a Holanda--logo abafada
pela Inglaterra--e Portugal. Quatro potˆncias mais importantes
dominam igualmente este Continente: a Am‚rica (domina‡Æo econàmica e
t‚cnica); a R£ssia (mar Negro, C ucaso, TurquestÆo, Sib‚ria) e a
Inglaterra e a Fran‡a. A Alemanha perde o seu imp‚rio apàs a Primeira
Guerra Mundial. (1) A It lia perde o seu imp‚rio apàs a Segunda
Guerra Mundial (os ex‚rcitos de Mussolini tinham ocupado a Etiàpia em
Outubro de 1935) e Adis-Abeba em Maio de 1936. Em 1941 apàs a
ofensiva inglesa no Norte de †frica, as for‡as britƒnicas a 5 de
Abril capturarÆo aos Italianos Adis-Abeba, capital da Etiàpia. Apàs
a Primeira Guerra Mundial, a partilha de †frica encontrava-se
acabada, a¡ as ac‡Æes da I e da II Guerra Mundial foram muito
limitadas. Apàs a I Guerra Mundial as possessÆes africanas da
Alemanha foram transformadas em mandatos da Sociedade das Na‡Æes, mas
a †frica ficaria um Continente de forte Implanta‡Æo Colonial at‚ ao
fim dos anos 50.
(1) Pelo Tratado de Versalhes (28 de Junho de 1919) pÆs-se fim ... I
Guerra Mundial. � nesta altura que a Alemanha perde todas as suas
colànias, em proveito das Na‡Æes Aliadas.
Eis as nossas mÆos abertas para a fraternidade do mundo pelo futuro
do mundo unidas na certeza pelo direito, pela concàrdia e pela paz.
Pelo futuro eis os nossos olhos pela Paz eis as nossas vozes pela Paz
eis as nossas mÆos da †frica unida no amor
Agostinho Neto-ÆSangrantes e GerminantesÆ
O futuro sonhado alto desvaneceu, O sorrir preparado alto fundiu, A
lua nasceu tarde e pÆs-se cedo det
Jonas Savimbi ÆQuando a Terra voltar a sorrir um diaÆ
CONSEQU‰NCIAS E INDEPEND‰NCIAS
A pol¡tica colonial e ocupa‡Æo consequente mudaram a face da †frica e
remodelaram definitivamente o aspecto deste Continente. Tendˆncia
provinda desde a mais alta Antiguidade, a Aventura Colonial sempre
atraiu o Homem. contudo, ligados aos factores negativos que j
largamente apont mos o etnocentrismo, as campanhas de Æpacifica‡ÆoÆ,
o deslocamento dos centros de actividades africanas tribais ou nÆo,
do Interior para a Costa, a destrui‡Æo de tradi‡Æes e tribos, tamb‚m
foram revelados factores positivos que contribu¡ram para a afirma‡Æo
deste Continente e sua Independˆncia. Da Europa veio o conceito de
propriedade privada e de Estado Nacional englobando um territàrio bem
delimitado, permitindo a unifica‡Æo de tribos, castas profissionais e
grupos e a sua sedentariza‡Æo. Unificam-se as numerosas l¡nguas
faladas, d -se in¡cio a um grande surto demogr fico, ao mesmo tempo
que se elimina a escravatura (se de in¡cio a Europa se dedica ao
com‚rcio esclavagista, foi ela por‚m no in¡cio do per¡odo efectivo
quem acabou com a escravatura), a antropofagia, a poligamia, os
sacrif¡cios humanos (ac‡Æo que se deve sobretudo aos mission rios
religiosos), as doen‡as tipicamente africanas; forneceu-se
desenvolvimento tecnolàgico. As consequˆncias da presen‡a europeia
foram sem d£vida complexas, bivalentes, bipolizadoras, mas o facto ‚
que as Sedes de Administra‡Æo Colonial se tornaram nas capitais dos
Estados africanos Independentes, ao despertar a Consciˆncia Nacional.
Desde os anos 60 que a †frica tenta adquirir a sua identidade
assimilando e africanizando contribui‡Æes v lidas exteriores e
unindo-as a sistemas internos tradicionais ou nÆo, altura esta em que
17 antigas colànias alcan‡am a sua Independˆncia na maior parte das
vezes, em ordem, outras vezes em desordem --outras tantas amea‡as ao
Povo africano--e promovem uma nova forma de racismo e etnocentrismo,
que ainda hoje a Organiza‡Æo de Unidade africana e os intelectuais
enfrentam. (1) Os territàrioS britƒnicos emancipam-se logo a partir
dos anos 50: a Rep£blica Sul africana rompe com a domina‡Æo inglesa
para manter o separatismo racial, que ainda hoje mant‚m, partindo do
pressuposto da superioridade branca e proibindo casamentos mistos. Em
1964, a coroa britƒnica autonomiza a Basutolandia, que toma o nome de
Lesoto. Em 1966 a Bechuanalandia, torna-se na Rep£blica do Botswana.
Em 1968 O Ngwane torna-se na independente Suazilandia. Mas o primeiro
Estado a atingir a independˆncia foi o Ghana (antiga Costa de Ouro
ex-britƒnica) a 6 de Mar‡o de 1957 e que ir precipitar outras
tomadas de Independˆncia. A Federa‡Æo
() O.U.A.--Organiza‡Æo a que aderiram todos os Estados que se
tornaram Independentes desde 1963. Visa a promo‡Æo da Paz e
coopera‡Æo no Continente africano e elimina‡Æo da ingerˆncia
estrangeira nos conflitos africanos.
da Nig‚ria em 1960 proclama-se independente, tornando-se na Rep£blica
da Nig‚ria em Outubro de 1963. A Serra Leoa torna-se membro da
Commonwealth (1) e ganha a independˆncia em 1961 de acordo com a
Coroa britƒnica. Revoltas em 1955 marcam partida para a
independˆncia do Uganda, e o K‚nia (Qu‚nia) e a Tanzania (Tanganica e
Zanzibar) proclamam-se independentes respectivamente em Dezembro de
1963 (1.ø Ministro: Jomo Kenyatta) e em 1964 (Presidente: Juli
Nyerere). A Rod‚sia e Malawi (Niassalandia), a Zambia (antiga Rod‚sia
do Norte) sÆo alvo de um projecto britƒnico de Federa‡Æo que nÆo
resulta. Em 1964 o Estado autànomo do Malawi (Niassalandia),
auto-proclama-se e sai da Federa‡Æo Centro-africana, no mesmo ano a
(Rod‚sia do Norte) Zambia atinge a independˆncia (Primeiro-Ministro:
Kenneth Kaunda); a (Rod‚sia do Sul Zimbabw‚ atinge a independˆncia a
11 de Novembro de 1965 e proclama-. Rep£blica a 2 de Mar‡o de 1970.
Nos territàrios franceses, tenta-se ultrapassar um impasse, atrav‚s
da Conferˆncia de Brazzaville em 1944. Ren‚ Pleveu, comiss rio das
colànias organiza uma reuniÆo de 20 governadores a fim de Æconfrontar
ideias e experiˆncias na comunidade francesaÆ, englobando o
territàrio da †frica Negra, cujos territàrios constitu¡am uma
Assembleia eleita que contudo nÆo desempenhava nenhum papel
legislativo. Em Abril de 1955, a Conferˆncia afro-asi tica de
Bandoeng manifesta a sua solidariedade com os Povos Colonizados e
cristaliza a sua aspira‡Æo ... Independˆncia. Em Dezembro de 1958 o
l¡der Pan-africanista do Ghana, Kwame Nkr mah organiza em Accra a
Conferˆncia dos Povos de Toda a †frica. O Pan-africanismo adopta a
consciˆncia de negritude, ou seja, a dimensÆo do homem negro unido e
profundamente humano, detentor de uma cultura espec¡fica. O
intelectual W. E. Burghardt Du Bois (n. 1868 no Massachusetts)
considerado o pai do Pan-africanismo. A partir de 1919 fazem-se
v rios congressos pan-africanos. Ser a partir destes congressos que
sair o conceito de Negritude em 1933, e a inten‡Æo de integrar a
cultura negro-africana na realidade do s‚culo XX e sua emancipa‡Æo e
coexistˆncia de culturas sem assimila‡Æes for‡adas por parte dos
povos europeus. Em Setembro de 1959, a Federa‡Æo Mali pede a De
Gaulle a Independˆncia, que ‚ proclamada a 22 de Setembro de 1960.
Forma-se a Rep£blica do Mali que corresponde ao antigo SudÆo francˆs.
A Guin‚ (ex-francesa) ‚ desde Outubro de 1958 independente. No
Senegal, L‚opold Senghor toma a presidˆncia da Rep£blica. Apàs
negocia‡Æes amig veis com a Fran‡a em Agosto de 1960 o Estados da
Costa do Marfim, o Alto Volta, o N¡ger, o Daom‚ (Benim), atingem
independˆncia. A Rep£blica Centro-africana (Ubangui-Chari) forma-se
no 1.ø de Dezembro de 1958, ao mesmo tempo que a 22 de Novembro de
1958 se forma a Rep£blica do Congo com capital em Brazzaville. A
Fran‡a d a independˆnci
a aos CamarÆes em 1 de Janeiro de 1960
(l¡der: Ahmadou Ahidjo), ao Togo em Abril de 1960, que ‚ nesta mesma
data admitido como membro das Na‡Æes Unidas (constitu¡da pelos
Estados africanos do Sul do Saara, Etiàpia, SudÆo e pa¡ses da
Europa). A Rep£blica (Malgaxe) Madag scar torna-se Estado
independente e soberano a 27 de Junho de 1960. A Independˆncia do
Congo Belga processa-se menos pacificamente; ‚ liderada por Patrice
Lumumba que ‚ executado em 1961, sà ‚ atingida em Junho de 1960,
tomando o nome de Zaire, cujo Presidente desde 1961 ‚ o general
Joseph Mobutu. O Congo tinha tomado anteriormente alguns nomes: em
66, Rep£blica do Congo, depois Kinshasa e torna-se por fim no Zaire.
Na 1.a dec‚nia de 70, quase toda a †frica se tinha tornado
Independente. Em 74 e 75 foi a vez dos territàrios de Angola, Guin‚,
Mo‡ambique, Cabo Verde e S. Tom‚ e Pr¡ncipe, pelo golpe de Estado de
25 de Abril de 1974 em Portugal. A Guin‚ ‚ tornada Estado a partir de
10 de Setembro de 1974, Mo‡ambique a 25 de Junho de 1975, Cabo Verde
a 5 de Julho, S. Tom‚ e Pr¡ncipe a 13, em Angola a 11 de Novembro de
1975. V rias;formas de regime se instauram no Continente africano a
Sul do Saara. Mas simultaneamente, tenta-se a valoriza‡Æo dos
sistemas tradicionais africanos. Etnias unem-se no sentido de
resolverem problemas locais e de eliminar tiranias e totalitarismos.
Tentam-se resolver ressentimentos intertribais e ideologias rivais,
amea‡as ao conceito de Na‡Æo. Procura-se alargar a democracia na
†frica do Sul, o elemento popular reage ... guerra, como entidade
destruidora ao ÆsubdesenvolvimentoÆ, ... dependˆncia econàmica e
tecnolàgica. Com ou sem enquadramento partid rio a †frica avan‡a para
o futuro, tentando a isen‡Æo, nem sempre conseguida devido aos
interesses econàmicos internacionais. A †frica de ber‡o da Humanidade
converter-se- no futuro da mesma.
(9 Commonwealth--Conjunto de pa¡ses unidos por uma comum alian‡a ...
†FRICA OCIDENTAL:
A †frica Ocidental que representa um ter‡o de todo o Continente
africano, est enquadrada entre o Oceano Atlƒntico e a imensidade de
areia do Saara, que constitui a maior barreira terrestre do planeta.
Em 1957 o mapa sà mostrava um Estado independente, a pequena Lib‚ria.
A †frica Ocidental Francesa reunia em federa‡Æo de 1895 a 1958, os
territàrios do Senegal, Mauritƒnia, SudÆo, Alto Volta, N¡ger, Guin‚,
Costa do Marfim e Daom‚, com capital em Dakar. Em 1967 o Oeste de
†frica era independente com excep‡Æo de um min£sculo territàrio: a
Guin‚ ex-Portuguesa e o territàrio enorme de Angola. Em 1975 tamb‚m
estes se tornaram Independentes. A l¡ngua oficial de cerca de 70
milhÆes de habitantes ‚ o inglˆs; 29,5 milhÆes o francˆs e meio
milhÆo o portuguˆs. Portanto, o inglˆs e o francˆs sÆo o factor
aglutinante de uma enorme pluralidade de povos, sÆo os idiomas da
instru‡Æo e do intercƒmbio, pois para al‚m disso falam-se dialectos
Bantos. Pela vertente Atlƒntica os rios descem ... ribeira; pela
vertente Interior a gua desce ao Saara e forma o rio Senegal e a
grande corrente do N¡ger. O Saara ‚ relativamente baixo e, o seu
grande lago, o Chade, fica situado abaixo do n¡vel do mar. Da †frica
Ocidental do Saara ... costa do Golfo da Guin‚, sucedem-se diferentes
regiÆes clim ticas. O Sahel volta-se para a cria‡Æo extensiva, a
savana, para os pastores e camponeses, a floresta ‚ o dom¡nio
pioneiro das planta‡Æes. O Interior ‚ a zona privilegiada e permitia
a grandeza dos Imp‚rios Negros mas a Coloniza‡Æo vai inverter pap‚is
e d aos Estados Litorais uma superioridade que se acentua.
Planta‡Æes perto da costa: caf‚, cacau e h‚veas. Min‚rios: petràleo,
ferro, bauxite. etc. e, algumas ind£strias dÆo caracter¡stica
africana a esta parte do Continente. As capitais portu rias: Senegal,
CamarÆes, Guin‚, Costa do Marfim, Nigeria Togo, (Daom‚) Benim,
Gambia, sÆo zonas dinƒmicas; sucede o contr rio com Mali, Alto Volta,
N¡ger, Chade, que sÆo mais isoladas. Os pa¡ses situados na †frica
Ocidental: Lib‚ria, CamarÆes, Chade, Mali, Nig‚ria, N¡ger,
Senegal-Gambia (Senegambia), Burkinafaso (Alto Volta), Benim (Daom‚),
Costa do Marfim, Serra Leoa, Gana (Costa do Ouro), Togo, S. Tom‚ e
Pr¡ncipe, Cabo Verde, Guin‚ Bissau, Guin‚.
Os homens do norte os mais l£cidos e cheios de ideais deram-te do que
era teu um peda‡o para viveres... Lib‚ria! Lib‚ria!
Ah! Os homens nas ruas da Lib‚ria sÆo dollars americanos
repticiamente deslizando
Francisco Jos‚ Tenreiro ÆEpopeiaÆ
LIB�RIA, um pa¡s de origem diferente
A Lib‚ria foi criada no in¡cio do s‚culo XIX por uma entidade
filantràpica que comprou um peda‡o de terra africana para que os
escravos libertos podessem recome‡ar nova vida. Os terratenentes
esclavagistas para quem se tornou perigosa esta proximidade de negros
livres hostilizavam esse movimento unit rio de repatria‡Æo. Em 1822
foi desembarcada a primeira leva de emigrantes pela Marinha
norte-americana e, a pouco e pouco a terra foi-se povoando de
escravos libertos e negros cativos. Abandonada numa costa inàspita,
sem meios, hostil pelos nativos, a nova comunidade (cujos
descendentes formam a actual a aristocracia liberiana) sofreu
terr¡veis priva‡Æes. Os primeiros colonizadores foram brancos,
alguns provenientes da V¡rginia A Lib‚ria solicitou, e obteve a sua
Independˆncia em 1847, tornando-se a segunda Rep£blica negra no mundo
(o Haiti precedera-a). O primeiro presidente negro, natural de Ohio,
E.U.A., depois de um curto e tempestuoso governo durou de 1870 a
1872, morreu afogado, quando j deposto tentava fugir. Os
am‚rico-liberianos (como gostavam de chamar-se a si mesmos) 8000 em
1848. Levaram para †frica o sistema patrÆo-escravo que tinham
conhecido nas planta‡Æes do Sul dos Estados Unidos. Eles como
Senhores entregavam-se a uma complicada vida social e a manobras
pol¡ticas, enquanto que os ind¡genas que mantinham o mais lament vel
atraso, eram os escravos Lib‚ria foi chamada ÆO Para¡so do DemànioÆ,
porque a chegada dos novos libertos foi uma cat strofe para os seus
irmÆos de ra‡a. Cerca de 80 000 nativos na sua maioria pescadores,
podem ser considerados ÆcivilizadosÆ. Tornou-se um h bito adquirir o
sobrenome do Senhor documenta‡Æo de genealogia era comprada pelos
nativos mais h beis que se conseguiam infiltrar na aristocracia
local. Esta opunha-se tenazmente ao progresso. Quando um negro
jamaicano, Marcus Garrey, fundou em 1932 a Companhia de Navega‡Æo
para que os seus irmÆos de ra‡a pudessem regressar dos Estados Unidos
para †frica, o governo da Lib‚ria receoso dessa emigra‡Æo
indiscriminada, criou toda a esp‚cie de obst culos ao projecto. At‚
... Segunda Guerra Mundial, a Monràvia nÆo possu¡a telefones, corrente,
esgotos, estradas de ferro, rodovias e portos. O moderno
desenvolvimento da Lib‚ria come‡ou em 1926, quando uma grande
companhia americana comprou terrenos para montar uma planta‡Æo de
rvores de borracha. empresa modelar, tinha escolas, energia,
estradas, emissora radiofànica e hospitais pràprios. Por‚m sà deu
trabalho a cerca de 4% da mÆo-de-obra do pa¡s Nas colinas de Bomi, a
70 Km a noroeste de Monràvia, capital com 295.000 habitantes situada
na costa pantanosa, sÆo extra¡dos anualmente 2 milhÆes de toneladas
de um min‚rio de ferro tÆo rico que pode ser fundido directamente
como se fosse sucata. Em 1951 foi constru¡da uma via f‚rrea para
transport -lo para exporta‡Æo pelo porto de Monràvia, feito poucos
anos antes da instaura‡Æo do governo norte-americano (os Estados
Unidos compram ... Lib‚ria quase toda a sua produ‡Æo, 90% das suas
exporta‡Æes). Depois de revigorar a sua incerta economia e pÆr um
pouco de ordem nos seus assuntos internos, a Lib‚ria come‡ou a ocupar
um lugar de respeito entre a Comunidade das Na‡Æes africanas.
REP-BLICA FEDERAL DOs CAMAR(tm)ES, Estado da †frica Ocidental
No fundo do golfo da Guin‚, com cerca de 474 000 Km2 e, 9 667 000
habitantes. Capital-laound‚, os idiomas oficiais sÆo o francˆs na
regiÆo Ocidental e o inglˆs na Oriental, tamb‚m ‚ falado o banto, o
semi-banto e o sudanˆs. Quanto ... religiÆo os pagÆos e os mu‡ulmanos
predominam, embora exista grande n£mero de catàlicos. No Centro e
Norte do pa¡s a maioria da popula‡Æo ‚ sudanesa, no Sul ‚ banto e
semi-banto. Os CamarÆes, conjunto de pequenos principados e terra
onde se buscavam escravos, foram submetidos ... soberania distante de
Bornu no s‚culo XVI e de Barguimi nos s‚culos XVII e XVIII. A
conquista pe£l teve in¡cio no s‚culo XIX. Os europeus portugueses que
tiveram contacto com as costas desde o s‚culo XV, sà intervieram
verdadeiramente nos CamarÆes a partir de 1860, quando foram
instalados as primeiras feitorias britƒnicas e os mission rios,
advers rios da escravatura. Todavia, foi um alemÆo delegado por
Bismark, Gustav Nachtigal, que obteve dos Dualas o primeiro tratado
de protectorado (Julho de 1884). Colània alemÆ, os CamarÆes--cujas
fronteiras foram fixadas por tratados com a Fran‡a (1894) e a
GrÆ-Bretanha (1886 e 1893) --beneficiaram em 1911 de uma extensÆo
territorial consider vel (Neues Kamenum): em contrapartida ... Fran‡a
obteve da Alemanha liberdade para agir em Marrocos. Conquistados
pelos franceses (1914-1916), os CamarÆes foram partilhados entre a
Fran‡a e a GrÆ-Bretanha, que em 1919, obtiveram o mandato sobre os
territàrios dos CamarÆes que lhes foram concedidos. Ligados desde 27
de Agosto de 1940 ... Fran‡a livre, os CamarÆes franceses tornaram-se,
apàs a guerra, territàrio sob sua tutela, sob pressÆo dos movimentos
nacionalistas e, em especial da UniÆo das Popula‡Æes dos CamarÆes
(U.P.C.), criada em 1948 por Ruben Um Nyob‚ e obtiveram autonomia
interna no 1.ø de Janeiro de 1959 e a sua independˆncia no 1.ø de
Janeiro de 1960. Em 1961, um referendo provocou a anexa‡Æo aos
CamarÆes ex-franceses da parte meridional dos antigos CamarÆes
britƒnicos, cuja zona norte foi anexada ... Nig‚ria. Dotado de uma
constitui‡Æo federal, o Estado dos CamarÆes ‚ dirigido desde 1960
pelo presidente Ahmadou Ahidjo. Todavia, este, apoiado pela UniÆo
Nacional dos CamarÆes (U.N.C.), conta com a oposi‡Æo da UniÆo das
Popula‡Æes dos CamarÆes. Em 1972, o pa¡s adoptou uma nova
constitui‡Æo que abolia a separa‡Æo dos Estados, tornando os CamarÆes
uma Rep£blica Unit ria. O pa¡s estende-se por trˆs conjuntos
naturais. Na parte meridional, a plan¡cie costeira, dominada pela
grande zona vulcƒnica do monte CamarÆes (4070 m) ‚ substitu¡da em
direc‡Æo Este. por uma outra zona de colinas e a seguir de planaltos;
o clima equatorial explica a grande extensÆo da densa floresta. O
centro do pa¡s corresponde ao grande maci‡o de Adamua, de clima
tropical coberto pela savana. No Norte uma s‚rie de planaltos descem
at‚ a depressÆo do Chade; o clima torna-se progressivamente seco e a
vegeta‡Æo torna-se est‚pica. A popula‡Æo banto composta de grupos
variados, sà ‚ densa na regiÆo litoral. A agricultura ocupa 80% das
pessoas activas e varia segundo as zonas clim ticas.
REP-BLICA DO CHADE Estado da †frica Ocidental
Com cerca de 1280 000 km2 e, 5179 000 habitantes. Capital N'
Djamena: Devido ... deficiˆncia das comunica‡Æes, pelo aeroporto de
Fort Lamy passa mais carga a‚rea (gado e produ‡Æes agr¡colas) que por
qualquer outro de l¡ngua francesa. O in¡cio do actual ressecamento
da regiÆo provocou em 3000 a. C. o desaparecimento das popula‡Æes que
ocupavam a regiÆo setentrional (TibeEnnedi) e, importantes migra‡Æes
na direc‡Æo do lago Chade, onde no s‚culo d. C. os Tubus do Tibesti
fundaram o reino de Kanem, que controlavam as caravanas, que cruzavam
o Saara. Lutas internas obrigaram os soberanos de Kanem, no s‚culo
XIV, a refugiar-se no Bornu, dominado pela sociedade canuri,
conquistado pelo IslÆo, tanto aos poucos Tubus e Fulas foram
absorvidos pelos †rabes ou pelos Negros islamizados. No s‚culo XIX,
os Europeus, AlemÆes, Britƒnicos e sobretudo Franceses foram atra¡dos
pelo mist‚rio do lago Chade. Em 1884-1885, a conferˆncia de Berlim
fixou os limites da actual Rep£blica do Chade. As duas campanhas
francesas (Gentil, Lamy) contra o Imp‚rio de Rabah levaram, em 1900,
... forma‡Æo da colània francesa do Chade. Muito heterog‚nea, amputada
em proveito dos AlemÆes (1911-1918), ela sà se organizou lentamente,
estando at‚ 1922, integrada ao Ubangui-Chari. Em 1940, liberta-se sob
o impulso do governador F‚lix Ebou‚ (1884-1944). O Chade foi a
primeira colània a unir-se ... Fran‡a livre, antes de ser base para as
opera‡Æes da coluna Leclerc na L¡bia (1941-1945). Fundado em 1946
pelo antilhano Gabriel Lisette, o Partido Progressista do Chade teve
papel central no Movimento da Independˆncia. O Chade tornou-se
Rep£blica independente em 1960 e, o primeiro presidente foi Fran‡ois
Tombalbaye. Uma administra‡Æo negligente e a ressurgˆncia de
conflitos tribais provocaram a constitui‡Æo de uma Frente de
Liberta‡Æo Nacional do Chade, respons vel pela rebeliÆo de 1968.
Contra esta, a Fran‡a forneceu uma Æajuda excepcional e limitadaÆ
(3000 homens) ...s for‡as chadeanas. Em 1972, instauraram-se paz e um
equil¡brio prec rios. O assass¡nio de Tombalbaye (1975) deu o poder a
F‚lix Malloum. Mas as rebeliÆes alcan‡aram sucessos decisivos e um
dos seus chefes, HissŠne Habr‚, tornou-se primeiro-ministro em 1978.
Os acordos de Kano (Mar‡o de 1979) pretenderam evitar novos
conflitos, Foram seguidos pelo ex¡lio do presidente Malloum. Um
governo de UniÆo mal assumiu o poder em Novembro de 1979, sob a
presidˆncia de Gou Oueddei. Em 1980, novo conflito opÆs os
partid rios deste aos de Hissene Habr‚, a vitària de Queddei foi
assegurada pela interven‡Æo militar L¡bia. O pa¡s estende-se sobre a
metade Oriental da bacia sedimentar do Chade elevando-se na
periferia, esta ‚ contornada pelo maci‡o vulcƒnico de Tibesti ao
Norte, o Ennedi e Uddai a Eeste e a cumeada do Ubangui ao Sul. O
clima permite distinguir: no Norte, uma zona des‚rtica, extremidade
meridional do Saara; no Centro, uma zona de estepes, de longa esta‡Æo
seca; no Sul, uma zona de savana, que se desenvolve com o aumento das
precipita‡Æes. A popula‡Æo pouca densa distribui-se em dois grupos
muito diferentes. No Norte, os †rabes, mu‡ulmanos, dedicam-se ...
cria‡Æo seminàmada de ovinos e bovinos. No Sul, os Negros, mais
numerosos, Animistas, sÆo agricultores. O milhete ‚ a base da
alimenta‡Æo; mas, gra‡as ... irriga‡Æo, a regiÆo situada entre o Chari
e o Logono tornou-se na ‚poca colonial, produtora de algodÆo,
principal produto de exporta‡Æo. O pa¡s precisa de importar bens de
consumo e ressente-se de seu isolamento e da falta de sa¡da para o
mar. A balan‡a comercial ‚ deficit ria e o n¡vel da vida da
popula‡Æo permanece baixo. A moda dos ÆpratosÆ nos l bios nasceu no
Chade, como recurso para desfigurar as mulheres e evitar que os
rabes as raptassem. As mulheres de boca de prato nÆo podiam falar e,
sà se alimentavam com l¡quidos. Essa pr tica que exigia uma
prepara‡Æo desde a infƒncia, actualmente est proibida.
REP-BLICA DO MALI Estado da †frica Ocidental
Com cerca de 1 240 000 Km2 e, 7 600 000 habitantes, quase todos se
concentram no vale pantanoso do N¡ger numa infinidade de pequenas
aldeias camponesas. A capital Bamako une-se a Dakar por uma estrada
de ferro que transporta cerca de 90% das exporta‡Æes do Mali. 's
portas do Saara encontra-se a legend ria Tombuctu, que j foi chamada
a Ærainha das areiasÆ e foi a capital do Imp‚rio Medieval do Mali que
monopolizava at‚ ao ano 1300 o com‚rcio e o ouro da regiÆo. Esse
imp‚rio ocupou rea de Senegambia, Guin‚ e Mauritƒnia; com os golpes
dos Mossis, Tuaregue e Bambaras,desagregou-se. Depois do
esfacelamento do Imp‚rio Mali no s‚culo XVII o reino de Seg fundado
pelos Bambaras, dominou parte do SudÆo (s‚culo XVIII). No s‚culo XI
v rios pa¡ses mais fortes dividiram o territàrio: O imp‚rio Pe£l de
Macina o de El-Hadj Omar, o de Malink‚ Samory Tour‚. A penetra‡Æo
europeia iniciada no fim do s‚culo XVIII a partir de 1857. Os
territàrios conquistados passaram a constituir em 1904 e dentro do
quadro da †frica Ocidental Francesa (A.O.F.)a colània do Alto Senegal
(cap. Kaye e depois Bamako), que em 1920 se transformou no SudÆo
Francˆs mas sem Alto Volta. A Rep£blica Sudanesa criada em 1958
inicialmente esteve associada ao Senegal, dentro da federa‡Æo do
Mali. Quando esta se rompeu foi criada a Rep£blica do Mali (1960) em
22 de Setembro, de orienta‡Æo socialista e presidida da por Modibo
Keita. Em 1968 assumiu o poder o coronel Moussa Traor apoiado pelo
ex‚rcito e pelos funcion rios p£blicos e que criou um partido £nico
em 1976. O Norte e o centro do pa¡s ocupam parte do deserto do Saara
(Adrard Iforas) e das suas bordas, tendo um clima do tipo Sahel
(menos 400 mm de gua por ano), o que permite o crescimento de uma
rala vegeta‡Æo de estepe planta herb cea. Para essa regiÆo muito
pouco povoada as tribos nàmadas trazem rebanhos de animais ao pasto.
O Sul do pa¡s ocupa a bacia do m‚dio N¡ger, por onde tamb‚m corre o
Alto Senegal. O clima ‚ sudanˆs mais h£mido (em Bamako a m‚dia ‚ de
1000 mm por ano de chuva), permitindo a vegeta‡Æo natural das savanas
e principalmente a existˆncia de culturas. A popula‡Æo est
concentrada nos vales do Senegal e do N¡ger, mais neste £ltimo onde
estÆo as cidades principais; essencialmente rural, cultiva milho,
sorgo e arroz. As obras realizadas no curso do N¡ger permitiram o
aumento das superf¡cies cultiv veis e da renda da popula‡Æo; o
amendoim e principalmente algodÆo sÆo os principais produtos de
exporta‡Æo. A industrializa‡Æo ainda muito limitada, algumas
f bricas constru¡das gra‡as ... ajuda dos pa¡ses socialistas, que
trabalham as mat‚rias-primas agr¡colas. O n¡vel de vida da popula‡Æo
ainda ‚ baixo.
TOMBUCTU (MALI) a misteriosa capital do deserto
Conta-se que um viajante sedento, cansado (a um quilàmetro atr s o
seu camelo morrera), olhando o horizonte distante acreditou estar a
ver uma cidade atravessada por canais cujas guas corriam lentamente;
mas, estava no Saara. Por‚m, um rabe, antigo condutor de caravanas,
que tamb‚m atravessava o deserto, desiludiu o viajante ao dizer-lhe
que nÆo eram canais o que os seus olhos viam, mas somente sulcos
infinitos e inacabados, que aumentavam como l¡nguas de fogo sobre as
areias quentes do Saara e, que eles nesse instante estavam na blad al
atach (em †rabe quer dizer terra de sede) e, para chegar a esses
canais era necess rio seguir na direc‡Æo do Æmeio-diaÆ at‚ encontrar
Tombuctu, a capital do deserto no SudÆo francˆs (actual M li). No
dia seguinte o viajante chegou a Tombuctu e, pode ver aquilo que
anteriormente fora uma ilusÆo de àptica provocada pela sede. Isto ‚,
viu os canais, os verdadeiros canais que a atravessam, com as guas
que correm lentamente ou desaparecem absorvidas pelo insuport vel
calor, que se ergue na atmosfera. Um desses canais que permite a
navega‡Æo foi constru¡do pelo Imperador Mohammed Askia, por‚m, em
seguida, foi devorado pelas areias levadas pelos ventos persistentes
e implac veis. No entanto, ...s vezes nÆo sÆo as areias mas sim as
guas que avan‡am sem se deterem, como aconteceu em 1640: Uma grande
inunda‡Æo fez desaparecer El Baguidi, um dos bairros de Tombuctu. Por
outro lado, as chuvas prejudicam as constru‡Æes assentes sobre bases
fr geis, as casas sÆo constru¡das com ladrilhos, que eram feitos ...
mÆo, antigamente. As cabanas tˆm formas esf‚ricas e, geralmente, toda
a constru‡Æo possuia um mesmo tipo; algumas casas tˆm outra.na parte
superior e em nenhuma delas falta o terra‡o para fugir do grande
calor, quando o Sol se pÆe na profundidade das areias do deserto. As
cheias come‡am no VerÆo e nessa ‚poca, Tombuctu enche-se de pirogas,
a cidade do deserto transforma-se num lugar sulcado de bra‡os de
gua, que lhe dÆo um aspecto m gico e fascinante. A respeito desses
canais poder ser dito o que Her clito imaginou para o mundo grego:
Ænada pode banhar-se duas vezes nas mesmas guasÆ. Por‚m, aqui as
guas passam ou secam e, a meio dessa natureza tÆo inàspita e febril,
nessa estranha cidade em forma de tri�ngulo, a vegeta‡Æo ‚ escassa e,
se aparecem algumas palmeiras em lugares distantes, formam somente um
pequeno grupo. Em Tombuctu, somente se pode falar de arbustos
pequenos, que surgem nos caminhos esbranqui‡ados das areias, fora
disso, nada mais do que o espa‡o, as casas baixas e algum edif¡cio de
pedra nessa terra, que os rabes chamam blad al atach. A Tombuctu,
cuja grafia ainda ‚ discut¡vel, da forma adoptada pelos primitivos
habitantes da regiÆo, Tombuctu j foi Tin-Bouktou, Ten-Bouktou e
Tombuctu, que no idioma sornhai significa ÆcavidadeÆ. Tombuctu, como
a chamaremos segundo a metamorfose da grafia, j aparecia no livro de
Ahmed-Baba, historiador sudanˆs do s‚culo XVII. De acordo com esse
historiador, Tombuctu fundada no s‚culo V da H‚gira, ou mais
precisamente, no ano 1077 da nossa era; os conquistadores eram
oriundos das tribos de Imeddider e de Idd Nessa ‚poca, havia a cidade
de Qualata, que era o empàrio do Saara SudÆo; por‚m, os Tuaregues,
ra‡a indàmita do deserto, arrasaram esta cidade em 1325 dando
oportunidade a que Tombuctu--a cidade das cavidades se tornasse a
capital do deserto. Est situada ao 10 Km ao Norte do bra‡o
setentrional do N¡ger e, por sua vez, esse bra‡o passa para Kabara,
que ‚ um dos portos da cidade; esse abarca o bairro mais importante
de Tombuctu, onde se comercializa com sal borracha, noz, tecidos e
diversos artigos de metal vindos das zonas europeias Tamb‚m se
comercializa caf‚ e a‡£car e ‚ o ponto final de grandes caravanas, de
camelos carregadas de sal. De Tombuctu partem as rodovias comerciais
que chegam at‚ Marrocos Senegal e outros pa¡ses que tˆm de ir ...
capital do deserto a fim de realizar os seus negàcios, alguns deles
de grande importƒncia pelo intercƒmbio ou quantidade de dinheiro que
se emPrega.
REP-BLICA FEDERAL DA NIG�RIA, Estado da †frica Ocidental
Membro da Commonwealth, com cerca de 924 000 km2 e, 89 600 000
habitantes, sendo em popula‡Æo o maior de toda a †frica Negra.
Nig‚ria deriva da palavra N¡ger, que significa ÆnegroÆ; a sua
capital-Lagos; a Nig‚ria e um pa¡s agr¡cola e mineiro. Como Centro
da civiliza‡Æo de Nok (c. 900 a. C. 200 d. C.), a Nig‚ria foi
submetida durante toda a Idade M‚dia a um intenso ir e vir de
popula‡Æes, durante o qual entre os s‚culos VII e XI os Ha£ssas se
instalaram ... marcha do Islame com a conversÆo de Hum‚ 1097, soberano
de Kanem: mas esse reino enfraqueceu pouco a pouco beneficiando com
isso os reinos ha£ssas sobretudo o de Kane cuja dinastia abra‡ou o
islamismo no s‚culo XIV e, que atingiu o seu apogeu com Muhammud
Rimfa (1463-1499). No s‚culo XVI o Kane foi eclipsado pela
revivescˆncia do Bornu. O conjunto Kanem-Bornu conheceu o seu apogeu
com Idris-Alaoma no fim do s‚culo XVI. No s‚culo XVII os reinos
ha£ssas entraram numa fase de regressÆo, tocando aos Pe£les
mu‡ulmanos o papel de inovadores. No come‡o do s‚culo XIX
desenvolveu-se a revolta desses, que culminou com a forma‡Æo de um
Estado teocr tico e centralizado, com Sotoko como capital e, a cujo
controle sà o Bornu escapou. No sul, onde se desenvolveu, no s‚culo
XIII, a civiliza‡Æo de Ife, a situa‡Æo foi caracterizada pelo
crescente dom¡nio do reino de Benim, que a partir de 1472 estabeleceu
rela‡Æes comerciais com os Portugueses fundamentalmente centradas no
tr fico de escravos. Aos Portugueses sucederam os Ingleses em 1553,
mas sà em 1851 esses ocuparam Lagos e da¡ lan‡am as bases dos seus
futuros protectorados na Nig‚ria. A funda‡Æo em 1879 da United
african Company que em 1886 se tornou a Royal Niger Company marcou o
in¡cio de uma sistem tica penetra‡Æo britƒnica no pa¡s. Desaparecendo
essa empresa concession ria. a Nig‚ria passou em 1900 ... jurisdi‡Æo do
colonial Office; em 1914 o Sul e o Norte fundiram-se para formar a
colània e protectorado da Nig‚ria, ao qual uma parte dos CamarÆes
seria em seguida anexada. Paralelamente a explora‡Æo do pa¡s
tornou-a uma das mais activas zonas colonizadas da †frica. O
nacionalismo nigeriano despertou apàs 1945, particularmente entre os
Ibos j que os lorubas se revelaram mais conservadores. De facto, a
cria‡Æo de um governo representativo em 1951 e o estabelecimento da
Constitui‡Æo Federal (trˆs regiÆes) de 1954 foram bloqueados na
pr tica pelas tensÆes tribais. Essas evidenciaram-se nas elei‡Æes de
1959, um ano antes da independˆncia (1.ø de Outubro 1960) da
totalidade do pa¡s. Transformada em Rep£blica em 1963, sob a
presidˆncia do doutor Azikiwe, a Nig‚ria logo foi sacudida por
agita‡Æes, principalmente na regiÆo oeste, que resistiu em
sujeitar-se ... efectiva domina‡Æo do Norte. Em 1966 um Ibo o general
Ironsi apossou-se do poder e tomou medidas centralizadoras em
detrimento do Norte. Sangrentas revoltas raciais contra os Ibos
manifestaram-se entÆo. Apàs o assass¡nio de Ironsi em 1966, o
tenente-coronel Yakubu Gowon, novo chefe de Estado foi incapaz de
conter os massacres de Ibos no Norte, e assim explodiu a terr¡vel
guerra de Biafra (1967-1970) que terminou com a capitula‡Æo das
tropas biafrenses. Dois novos golpes militares derrubaram Y. Gowon
(em 1975) e o seu sucessor (em 1976). Os civis retornaram ao poder
em 1979, com a elei‡Æo do presidente Shagari. A Nig‚ria com uma
s‚rie de planaltos mais ou menos cobertos de sedimentos desce para a
costa do golfo da Guin‚. As terras altas, ao Norte ultrapassam 500 m
de altitude. As terras baixas, ao Sul sÆo constitu¡das por planaltos
cristalinos e a ocidente e por colinas arenosas a Este limitando-se
al‚m disso com o litoral pantanoso. A Nig‚ria ‚ drenada pelo curso
inferior do N¡ger e o seu principal afluente, o Benu‚. Mas ‚
sobretudo o clima sempre quente, embora desigualmente h£mido, que
contribui para estabelecer diferen‡a entre as paisagens naturais.
Sudanˆs ao Norte em particular ... beira do lago Chade, torna-se cada
vez mais h£mido para o Sul e francamente tropical na costa.
Paralelamente, a vegeta‡Æo passa da estepe (plantas herb ceas) ...
savana, depois ... floresta rala e por fim, no litoral, ... floresta
densa; no vasto delta do N¡ger, torna-se vegeta‡Æo de mangue. A
popula‡Æo ‚ constitu¡da por diversos grupos ‚tnicos entre os quais
sobressaem quatro: os Pe£les e os Ha£ssas, ao Norte, dedicam-se
principalmente ... cria‡Æo de gado; os Ibos, a Sueste, desbastaram a
floresta densa, a sua densidade pode atingir 500 hab/Km2; os lorubas,
a ocidente sÆo os que h mais tempo se deram ... vida urbana. A
coexistˆncia desses dois grupos nÆo se faz sem problemas. O ¡ndice de
crescimento da popula‡Æo ‚ elevado mas a urbaniza‡Æo continua a ser
modesta, pois sà 1/4 dos habitantes reside em cidades. As duas mais
importantes, Lagos, Ibadan, estÆo situadas no Sudoeste e o pa¡s seja
como for, tem 25 cidades com mais de 100 000 habitantes. A economia,
se bem que tenha sido fortemente marcada pelo per¡odo colonial j
possui transforma‡Æes em marcha que visam diminuir a parte das
mat‚rias-primas nas exporta‡Æes. A agricultura emprega 2/3 da
popula‡Æo activa, mas j nÆo chega a representar metade do Produto
Nacional Bruto. As lavouras comerciais fornecem milhete ao Norte e
mandioca ao Sul ao passo que o milho e o arroz acham-se bem
disseminados, em escala modesta, por quase todo o territàrio. As
grandes planta‡Æes concentram-se na zona tropical; fornecem cacau
(segundo lugar mundial), azeite-de-dend‚n, amendoim, algodÆo e
borracha. Ao Norte, predomina a cria‡Æo (bovinos, caprinos), que
permanece no entanto extensiva. O desenvolvimento industrial
baseou-se nÆo sà na abundƒncia de mat‚rias-primas agr¡colas, mas
tamb‚m nas riquezas minerais, estanho, niàbio e sobretudo
hidrocarbonetos (a produ‡Æo anual de petràleo ‚ da ordem de 100
milhÆes de toneladas). Paralelamente ... transforma‡Æo de produtos
agr¡colas (f bricas de àleos vegetais e de pneus), surgiram f bricas
de tecidos de pl sticos e de automàveis (montagem).
A produ‡Æo industrial permanece contudo insuficiente e o pa¡s tem de
importar os seus bens de equipamento. Mas a balan‡a comercial gra‡as
ao petràleo, conta com excedentes. A Nig‚ria, al‚m disso,
beneficia-se com uma boa rede de comunica‡Æes, herdada do per¡odo
colonial e ligada aos dois portos principais: Lagos e Port Harcourt.
O n¡vel de vida m‚dio da popula‡Æo ainda ‚ baixo, mas o futuro
econàmico do pa¡s ‚ promissor desde que consiga resolver os seus
problemas internos.
REP-BLICA DO NIGER � um dos Estados mais antigos da †frica Ocidental
Com cerca de 1 267 000 Km2 e, 6 000 000 habitantes que se concentram
na fronteira com a Nig‚ria, pa¡s a que est unido por la‡os
geogr ficos e culturais a Capital-Niamey; a sua maior riqueza ‚ a
pecu ria. O N¡ger nÆo se tornou uma entidade pol¡tica senÆo na ‚poca
Colonial, a ocupa‡Æo humana, foi contudo a¡ muito antiga
principalmente no Saara, em que o processo de secagem (cerca de 5000
a. C.) provocou a emigra‡Æo dos cultivadores para o Sul. Esses por
sua vez foram repelidos pelos Berberes Brancos, antepassados dos
Tuaregues. Um Imp‚rio Sonrai, islamizado bem cedo se desenvolveu
desde o s‚culo VII a partir de Gao: destru¡do em 1591 pelos
Marroquinos, deu lugar a pequenos reinos, que pouco a pouco passaram
para o controlo dos Pe£les. No extremo final do s‚culo XIX a
progressÆo francesa do N¡ger para o Chade ocorreu num pa¡s muito
fragmentado e cujas possibilidades de resistˆncia eram por isso muito
fracas. Os primeiros postos franceses do N¡ger datam de 1897 mas a
submissÆo dos Tuaregues sà se tomou efectiva a partir de 1906 sem
todavia impedir revoltas durante a primeira Guerra Mundial. Em 1900
o N¡ger tomou Ægrosso modoÆ a sua configura‡Æo actual sob domina‡Æo
de III Territàrio Militar e com Zinder e depois Niamey como capital
Passando a territàrio do N¡ger (1921) depois a colània do N¡ger
(1922), dotado em 1946 de uma assembleia territorial onde desde 1956
domina o partido Sawaba; Rep£blica em 1958, independente em 3 de
Agosto de 1960, o pa¡s ‚ dirigido de facto pelo Agrupamento
Democr tico africano, cujo l¡der Hami Diori (nascido em 1916) foi
eleito presidente da Rep£blica. Reeleito em 1965 em 1970, Hamani
Diori foi derrubado em 1974 por um Golpe de Estado dirigido pelo
pràprio chefe do Estado Maior, o Tenente-Coronel Seyni Kuntch‚
(nascido em 1931). O N¡ger estende-se por um conjunto de plan¡cies e
planaltos onde o maci‡o cristalino define os principais acidentes, o
pa¡s acha-se em contacto com duas zonas clim ticas ao Norte a zona
des‚rtica, parte do Saara, onde a vegeta‡Æo est quase ausente (erg
do Tener‚), e, ao Sul a zona Saheliana onde as precipita‡Æes de
origem tropical ultrapassam 300 mm e permitem o crescimento da estepe
(plantas herb ceas). A popula‡Æo distribui-se de maneira bem espa‡ada
sendo composta por tribos de Tuaregues nàmadas ao Norte e por negros
(sobretudo do Ha£ssas) em geral sedent rios, ao Sul e concentra-se na
parte meridional do pa¡s, que agrupa as principais cidades e
principalmente no vale do N¡ger, que abriga a capital Niamey. A
agricultura continua a ser a base da economia; as plantas herb cea
servem de pasto a grandes rebanhos de bovinos e caprinos. As lavouras
restringem-se ao vale do N¡ger, onde ao lado do milhete e do sorgo
desenvolvem-se hortali‡as, amendoim e a cultura do arroz ... irriga‡Æo.
As jazidas de estanho e de urƒnio (Arlit) sÆo exploradas mas a
ind£stria limita-se ... transforma‡Æo dos produtos agr¡colas; o
com‚rcio externo deficit rio ressente-se da falta de um escoadouro
mar¡timo.
� a hora das estrelas e da Noite que sonha E se debru‡a nesta colina
de nuvens, envolta em sua longa tanga de leite. O tecto das cubatas
brilha meigamente
L dentro, o fogo extingue-se numa intimidade de cheiros agr¡doces.
mulher, acende a candeia de manteiga clara, para que ... sua volta
conversem os antepassados. tal como na cama os pais e os filhos.
P d S‚dar Senghor (1) '(Noite de Si
Presidente da Rep£blica do Senegal
132
REP-BLICA DO SENEGAL Estado da †frica Ocidental
Com cerca de 197 000 Km2 e, 6 680 000 habitantes e entre eles se
encontram os negros de pele mais escura de toda a †frica. A sua
capital ‚. Dacar (Dakar) a ÆParis da †fricaÆ. O enclave formado pelo
Gambia, obrigou os Franceses a constru¡rem o porto artificial de
Dakar e uma estrada de ferro, o que teria sido dispens vel se
tivessem acesso ao rio Gambia. O Senegal com as suas fronteiras
actuais foi criado na segunda metade do s‚culo XIX, quando os
Franceses reuniram sob um mesmo governo, sediado em Sain-Louis, os
Ulofes, os Seleres, os Tucolores, os Malinques, etc., povos
estabelecidos em torno do deserto central de Ferlo, percorrido pelos
Pe£les. A ocupa‡Æo humana da regiÆo ‚ muito antiga, no s‚culo XV
esta fazia parte do imp‚rio do Mali, apàs o desmembramento deste
£ltimo, formaram-se pequenos reinos mais ou menos islamizados. Mas a
partir do s‚culo XV, os Portugueses chegaram ao litoral, onde
fundaram feitorias (Rufisque); no s‚culo XVI chegaram os Holandeses
(Gor‚ia), os Ingleses e os Franceses; estes fundaram Saint-Louis em
1659. Na verdade o com‚rcio colonial (marfim, borracha, ouro) foi
entregue a companhias privilegiadas. Restitu¡dos pelos Ingleses, de
direito em 1814, de facto em 1817, os empàrios Franceses do Senegal
(Saint-Louis, Gor‚ia) conheceram sua ascensÆo econàmica no per¡odo do
governador Faidherbe (1854-1865), que estendeu a influˆncia francesa
ao interior, a tal ponto que as primitivas feitorias se transformaram
em colània, tendo Dacar, fundada em 1857, como capital efectiva. A
conquista do Senegal foi terminada em 1879 e 1890; os Franceses
exploraram principalmente, o amendoim cujo com‚rcio foi facilitado
pela constru‡Æo das ferrovias Saint-Louis-Dacar (1881-1885) e
Thies-Kayes (1923). A partir de 1848, a Fran‡a concedeu um regime
democr tico e representativo aos Æquatro munic¡piosÆ (Saint-Louis,
Dacar, Rufisque e Gor‚ia), que em 1914 elegeram um negro, Blaise
Diagne (1872-1934) para represent -los junto ... Cƒmara francesa dos
deputados. Os habitantes das matas, por outro lado, passaram a
conhecer o jugo do regime colonial. Integrada em 1902 ... †frica
Ocidental Francesa (capital:Dacar), a colània do Senegal passou a
receber numerosa popula‡Æo europeia, fixada principalmente em Dacar.
Apàs a Segunda Guerra Mundial, Amadou Lamine-Gueve (1891-1968)
conseguiu que a assembleia constituinte francesa estendesse a
cidadania a todos os habitantes. Apàs o fracasso da Federa‡Æo do
Mali, o Senegal tornou-se um Estado Independente, em 1960 a 20 de
Agosto, dotado em 1963 de uma Constitui‡Æo de tipo presidencialista e
cuja vida pol¡tica era dominada pela personalidade de L‚opold S‚dar
Senghor. Em 1981, Abdou Diout, primeiro-ministro, sucedeu a Senghor
na presidˆncia da Rep£blica. Em 1982. o pa¡s acordou com a Gambia
formar uma federa‡Æo com o nome de Senegambia, cabendo a presidˆncia
a Abdou Diout, presidente do Senegal, e a vice-presidˆncia a Sir
Dawda lawara, presidente de Gƒmbia, por‚m, cada pa¡s conserva a sua
soberania. O Senegal estende-se sobre uma bacia sedimentar, limitada
a Este por colinas cujo cume est situado a 581 m. Aberta para o
Atlƒntico, esta bacia ‚ delimitada pelo rio Senegal ao Norte o Gambia
ao centro e o Casamance ao Sul. O clima tropical, seco ao Norte do
pa¡s, coberto pela estepe (plantas herb ceas), mais h£mido ao Sul
possibilitando o crescimento da savana arborizada e da
floresta-galeria. A popula‡Æo composta de diversas etnias (Bantos)
entre as quais dominam os Uolofes, est concentrada no vale do
Senegal e pràximo ao litoral. A agricultura ainda ‚ o sector
essencial da economia. A cultura do amendoim, do per¡odo colonial, ‚
associada ... produ‡Æo de milho-mi£do ao Norte e de arroz ao Sul. As
culturas de hortali‡as, em parte destinadas ... exporta‡Æo,
desenvolvem-se em torno de Dacar. Entretanto, o rendimento continua
reduzido devido ... moderniza‡Æo das explora‡Æes. A pesca ajuda a
complementar os recursos Al‚m da explora‡Æo de fosfatos, as
actividades industriais (fabrica‡Æo de conservas, ind£strias tˆxteis)
estÆo concentradas na regiÆo de Cabo Verde em torno de Dacar, cujo
porto assegura o com‚rcio exterior, principalmente ligado ... Fran‡a.
134
@REP-BLICA DA GAMBIA Estado da †frica Ocidental
Membro do Commonwealth, com cerca de 11 200 Km2 e, 737 000
habitantes, capital Banjul (situada pouco acima do n¡vel do mar). A
Gambia ‚ um enclave dentro do Senegal com cerca de 450 Km de
comprimento e apenas 20 Km de largura, abrangendo ambas as margens do
rio Gambia. Portanto, aberta para o Atlƒntico estende-se ao longo do
curso inferior do Gambia, enquadrado por baixos planaltos de gr‚s
(rocha macia). O Clima tropical permite o crescimento da floresta,
mas esta tem sido amplamente devastada pelo homem. A popula‡Æo,
composta de diferentes grupos ‚tnicos (Mandingos, Pe£les, Uolofes,
etc.), pratica culturas aliment¡cias de milho, arroz e mandioca. Mas
o amendoim constitui a riqueza essencial do pa¡s e seu £nico produto
de exporta‡Æo. Da¡ a que a sua popula‡Æo seja camponesa dedicando-se
a maioria ao com‚rcio do amendoim, colheita importante de modo a
tornar-se necess rio recorrer a trabalhadores tempor rios do Senegal,
Mali e Guin‚ (pa¡ses vizinhos), que recebem terras e casas em troca
do seu trabalho. Em 1816, na embocadura do rio Gambia, na ilha Santa
Maria, os Ingleses, que h muito se enriqueciam com o tr fico de
escravos, fundaram o posto de Bathurst. Entretanto, os Britƒnicos
desinteressaram-se dessa longa faixa territorial, a ponto de pensar
em abandon -la. Mas os objectivos dos Franceses levaram-nos a
permanecer e, em 1888, a destacar a Gambia do governo de Serra Leoa,
para a¡ construir ao mesmo tempo uma colània (a zona costeira) e um
protectorado (o interior). Autànoma em 1963, monarquia (1965),
Rep£blica independente (1970). Em 1982, passou a formar com o Senegal
o Estado Federativo de Senegambia.
REP-BLICA BURKINA fASO (Alto Volta), †frica Ocidental
Com cerca de 274 200 Km2e, 6 600 000 habitantes, o idioma oficial
francˆs; a sua capital Uagadugu, nome que significa Æterra do povo
UagaÆ A grande densidade da sua popula‡Æo ‚ devida ... vitoriosa
resistˆncia tribos Mossi, frente ...s incursÆes dos fulani-ca‡adores de
escravos. O Alto V foi ocupado no s‚culo XII pelos Mossis e
Gurmacheses, que a¡ fundaram reinos guerreiros; O Volta Oriental foi
o primeiro a ser povoado. Na parte Oeste o povoamento foi mais
tardio; os Uataras, de 1715 a 1850, a¡ levaram a cabo a £nica
tentativa not vel de unifica‡Æo estatal com Bobo-Diulasso como
capital. A interven‡Æo francesa preparada por diversas explora‡Æes,
principalmente as de Inger (1886-1888) e Monteil (1890-1891), tomou
sentido o colonialismo partir de 1891, quando Monteil obteve um
tratado de protectorado de Lipt (1891). De 1897 a 1899, opera‡Æes
limitadas garantiram a instala‡Æo dos franceses em territàrio Mossi,
ao passo que no Sul P. C. Caudrelier, em luta COm o sudanˆs Samory
Tur‚, ocupou Bobo-Diulasso (1898). Englobado de in¡cio no territàrio
do Alto Senegal-N¡ger, o Alto Volta foi dele desmembrado em 1919,
desaparecendo enquanto colània separada entre 1932 a 1947. O
movimento de independˆncia foi liderado por um sindicalista crisl
Maurice Yameogo, vice-presidente do Conselho local em 1957 e
primeiro-ministro em 1958. Dois anos depois Yameogo tornou-se
presidente da Rep£blica Independente do Alto Volta em 5 de Agosto
(1960). Reeleito em 1965, foi derrubado em 3 de Janeiro de 1966 por
um Golpe de Estado militar, que levou ao poder Sangoul‚ Lamizana; em
1980, este foi deposto pelo Cel. Saye Zerbo, que assumiu o poder. O
pa¡s estende-se sob um vasto planalto cristalino parcialmente coberto
de sedimentos e drenado para o Sul pelos trˆs rios do Volta. '
excep‡Æo do extremo Norte, onde predomina a estepe de tipo litoral
encontrada na Tun¡sia e Arg‚lia o clima tropical com esta‡Æes secas
permite o crescimento de uma floresta rala em toda a extensÆo
nacional. Degradada pelo homem, tal floresta foi substitu¡da em
muitos pontos pela savana. A popula‡Æo ‚ constitu¡da principalmente
por Mossis, aos quais somam diversas outras ‚tnias, e vive da
agricultura. ' produ‡Æo de (milhete, sorgo) acrescentam-se algumas
culturas comerciais (amendoim e algodÆo) que fornecem, com a cria‡Æo
de bovinos, o essencial das exporta‡Æes. A ind£stria resume-se a umas
poucas f bricas de alimentos e tˆxteis, localizadas nas duas cidades
principais, Uagadugu e Bobo-Diulasso. O pa¡s ressente-se muito da
falta de um escoadouro mar¡timo, e o seu com‚rcio exterior passa por
Abidjan, na Costa do Marfim. Diante da escassez de recursos, a
popula‡Æo parece ser excessiva, e numerosos habitantes partem para a
Costa do Marfim ou Gana em busca de trabalho.
@REP-BLICA DE BENIM (Daom‚) Estado da †frica Ocidental
Com cerca de 115 800 Km e, 3 800 000 habitantes, a capital Porto Novo
era um antigo reino que prosperava vendendo escravos; nome Daom‚
significa ÆVentre de DanÆ um antigo rei antropàfago. Em 1960 ‚
Independente a 1 de Agosto. Em 1975 adoptou a denomina‡Æo de
Rep£blica de Benim. A Fran‡a assinou em 1883 um tratado de
protectorado com o rei de Porto Novo, cuja morte em 1908, antecipou o
regime de coloniza‡Æo directa. Com o soberano de Abom‚, os primeiros
tratados de com‚rcio com a Fran‡a datam de 1851 (feitoria de Uidah) e
de 1868 (Cotonu); uma vez afastados o rei Gl‚-Gl‚ (de 1858 a 1889) e
seu filho Behanzin (de 1889 a 1894), a Fran‡a constituiu
artificialmente o Daom‚, colània da †frica Ocidental Francesa, que
era administrada directamente pela metràpole a partir de 1904,
ligando-se o Sul mais evolu¡do econàmica e culturalmente que o Norte.
Membro da uniÆo Francesa em 1946, o Daom‚ passou a ser dominado pelo
Partido Progressista Daomeano (P.P.D.), sec‡Æo local do.Partido de
Reagrupamento africano (P.R.A.) dirigido por Suru Migan Apithy
(nascido em 1913), que em 1958, se tornou primeiro-ministro da
Rep£blica de Daom‚, esperando tornar-se presidente da Rep£blica (de
1964 a 1965), depois de Hubert Maga, primeiro presidente (de 1960 a
1964). A rivalidade cada vez mais acentuada entre o presidente da
Rep£blica e o primeiro-ministro era arbitrada pelo ex‚rcito; da¡ uma
instabilidade pol¡tica crànica. Quando em 26 de Outubro de 1972 o
comandante Ahmed Kerekou (nascido em 1933) tomou o poder e se tornou
a um sà tempo chefe do Estado e chefe do governo, o Daom‚ sofria o
seu quarto golpe de Estado desde 1960. Daom‚-Benim antigo pa¡s da
†frica Ocidental Francesa, estende-se por trˆs regiÆes naturais,
desde a Costa do Golfo da Guin‚, ao Sul at‚ o N¡ger, ao Norte do S.
ao Norte sucedem-se a regiÆo litoral baixa, de clima subequatorial
h£mido, os planaltos cristalinos do Centro, onde o surgimento de uma
esta‡Æo seca explica a extensÆo da savana, e o Norte do pa¡s,
frequentemente est‚pico, onde reina um clima sudanˆs. A popula‡Æo,
densa, sobretudo na costa, vive principalmente da agricultura; ...s
culturas de produtos aliment¡cios acrescentam-se a cultura do algodÆo
no Norte e sobretudo a do dend‚m no Sul; elas fornecem a
quase-totalidade das exporta‡Æes, que passam pelo porto de Cotonu,
recentemente modernizado. Essa cidade a principal do pa¡s, concentra
as raras actividades industriais: alimenta‡Æo (f bricas de àleo,
f bricas de cerveja) e ind£strias de cimento. O com‚rcio exterior ‚
muito deficit rio. A Fran‡a, principal parceiro, perde pouco a pouco
a sua preponderƒncia. Benim ‚ um pa¡s de recursos limitados.
@REP-BLICA DA COSTA DO MARFIM Estado da †frica Ocidental
Na costa do golfo da Guin‚ com cerca de 322500Km2 e, 8610000
habitantes. Capital Abidjan cidade cosmopolita onde se encontram
muitas mulheres vietnamitas esposas de emigrados da antiga Indochina;
a cidade situada sobre uma lagoa converteu-se em um pequeno grande
porto onde se centraliza o com‚rcio exterior do pa¡s e do Alto Volta.
A grande quantidade e consequentemente o com‚rcio de elefantes em
tempos, deram ... regiÆo o nome. Nesse pa¡s em que actualmente ‚
dif¡cil diferenciar os autàctones, como os Senufos, dos invasores
Mandingas, Akans ou Ba£les, os Europeus nÆo fizeram qualquer
tentativa s‚ria de se instalar antes de 1842, quando os Franceses se
interessaram pelos s¡tios dos canais-lacunas, de Grand-Bassam e
Assinie. A domina‡Æo francesa da Costa do Marfim foi oficialmente
criada pelo decreto de 10 de Mar‡o de 1893; contudo o primeiro
governador, Binger, e coronel Monteil precisaram lutar alguns anos
(1893-1898) at‚ vencerem Samory o senhor das savanas. A Costa do
Marfim foi incorporada na †frica Ocidental Francesa (criada em 1895).
As £ltimas resistˆncias foram vencidas pelo governador Angoulvant
(1908-1915), que refor‡ou a centraliza‡Æo administrativa colonial.
As liga‡Æes ferrovi rias estabelecidas a partir de 1912, em fun‡Æo de
Abdijan-capital em 1934, explicam, em parte, a incorpora‡Æo do Alto
Volta, Costa do Marfim de 1932 a 1947. A partir de 1944, o jovem
m‚dico F‚li Houphouet-Boigny assumiu a lideran‡a do sindicato
agr¡cola africano, primeiro movimento da Costa do Marfim, que
transbordou o ƒmbito das resistˆncias ‚tnicas. Eleito para a
assembleia nacional francesa (1945), fundou a UniÆo Democr tica
Africana. Quando a Costa do Marfim, a princ¡pio Rep£blica autànoma
(1958) se tornou um Estado independente a 7 de Agosto (1960), foi
eleito presidente da Rep£blica; desde entÆo, tem sido reeleito
constantemente. O pa¡s estende-se sobre um conjunto de planaltos,
que decrescem progressivamente at‚ ... costa baixa, orlada de lagoas
isoladas do mar por eleva‡Æes litorais. O clima, tropical h£mido na
regiÆo litoral, coberta por densa floresta torna-se pouco a pouco,
cada vez mais seco, ... medida que se avan‡a para Norte, enquanto a
vegeta‡Æo passa a floresta rala e, em seguida, a savana. A popula‡Æo
compÆe-se de diversas etnias, perfazendo os Europeus apenas 1 % do
total. � escassamente urbanizada e, com excep‡Æo de Abidjan, nenhuma
cidade possui mais de 100 000 habitantes. A agricultura ocupa a maior
parte da popula‡Æo economicamente activa, produz importantes
exporta‡Æes de caf‚, bananas azeite-de-dend‚n etc. A explora‡Æo da
floresta ‚ uma actividade igualmente importante (mogno). O subsolo
(que encerra apenas um pouco de min‚rio) pouco favoreceu o
desenvolvimento industrial. As escassas f bricas, voltadas para o
mercado urbano, concentram-se ao redor de Abidjan. NÆo obstante a
debilidade da ind£stria, a Costa do Marfim desfruta de uma situa‡Æo
relativamente pràspera. A balan‡a comercial tem saldo positivo (a
Fran‡a vem perdendo, progressivamente, a sua posi‡Æo principal de
parceira comercial). O crescimento recente da economia foi
espectacular. e o n¡vel m‚dio de vida ‚ um dos mais elevados da
†frica Tropical; subsistem, entretanto, acentuadas desigualdades
sociais e espaciais.
@REP-BLICA DA SERRA LEOA Estado da †frica Ocidental
Membro da Commonwealth, com cerca de 72320 Km2 e, 3700000 habitantes.
A Serra Leoa j foi chamada a Ætumba do homem brancoÆ pelas febres de
1814 e 1885 que mataram 12 dos seus governadores. Freetown ‚ a sua
capital com excelente porto natural. Por volta de 1460, o portuguˆs
Pedro de Sintra deu o nome de Serra Leoa ... pen¡nsula montanhosa que
obstrui o estu rio dos rios Mitomobo e Maipula; os Portugueses
instalaram a¡ entrepostos e fortes. Mas, durante o s‚culo XVII os
Ingleses expulsaram-nos em proveito pràprio; no s‚culo XVIII, o
principal recurso foi o tr fico de Negros. Contudo em 1786, criou-se
a cidade de Freetown para receber ex-escravos. Em 1787 a Inglaterra
desembarcou em Freetown quatrocentos africanos libertos--antigos
soldados na luta contra os nascentes Estados Unidos-juntamente com
trinta mulheres brancas e desse n£cleo deriva a alta sociedade
chamada ÆcrioulaÆ, que tinha acesso ... Educa‡Æo Superior, enquanto o
resto do territàrio era um protectorado desamparado. Quando o tr fico
negreiro foi abolido pelo parlamento britƒnico em (1807), a Serra
Leoa possessÆo de uma companhia privilegiada, tornou-se colània da
coroa; Freetown passou a atrair os escravos libertos de toda a
†frica. No s‚culo XIX, a Inglaterra instalou o seu protectorado
sobre uma zona de influˆncia pràxima das fronteiras com a Lib‚ria e a
Guin‚ Francesa. Estabeleceu-se uma coexistˆncia entre o protectorado
e a colània, que receberam uma Constitui‡Æo em 1924. Depois, a ac‡Æo
do Sierra Leone People's Party (SLPP) culminou na independˆncia a 27
de Abril de 1961. Aos poucos instalou-se um regime presidencial com
Siaka Stevens, que em 1971, proclamou a Rep£blica. O pa¡s estende-se
sobre uma por‡Æo de savana arborizada e nivelada, parcialmente
recoberta de sedimentos gredosos. Os altos planaltos do Leste
revelados por relevos residuais (1948m), ligam-se ... Ædorsal
guineenseÆ. Dominam uma vasta plan¡cie, parcialmente inund vel,
aberta sobre o Atlƒntico numa costa entalhada por largos estu rios.
O clima subequatorial, muito h£mido (mais de 3000 mm de chuvas por
ano no litoral), permite o crescimento da floresta densa (amplamente
desmatada pelo homem) e de mangue, na costa. A popula‡Æo, composta
principalmente de Mendes e Timnes, ‚ em grande maioria rural.
Concentra-se na zona litoral, cultiva o arroz, mandioca e milho para
sua alimenta‡Æo. As culturas comerciais, pouco desenvolvidas,
fornecem azeite-de-dend‚n caf‚ e cacau. Mas o pa¡s extrai grande
parte dos seus recursos do subsolo. As minas de ferro, bauxita e,
sobretudo, diamantes asseguram em valor mais de 2/3 das exporta‡Æes.
As trocas quase equilibradas, passam pelo porto de Freetown,
principal cidade do pa¡s. A GrÆ-Bretanha continua sendo o principal
parceiro comercial.
@REP-BLICA DO GANA (Costa do Ouro) Estado da †frica Ocidental
Membro da Commonwealth, com cerca de 240 000 Km2 e 14 000 000
habitantes sendo a densidade maior a Sul onde o cacau absorve a
quinta parte dos agricultores. A capital--Accra. Gana foi o primeiro
Estado africano a tornar-se independente depois da Segunda Guerra
Mundial. O sistema educacional ‚ dos mais desenvolvidos da †frica
Ocidental; Costa do Ouro foi o seu nome origin rio de um rico Imp‚rio
Negro, que caiu gradualmente sob ataques mu‡ulmanos. Gana ‚ o mais
antigo dos grandes Imp‚rios que se sucederam no SudÆo Ocidental. No
s‚culo XI era o Æpa¡s de ouroÆ atingindo o seu apogeu; foi destru¡do
pelos Almor vidas por volta de 1076 e de 1240, pelo Mandingo Sundita.
Independente a 6 de Mar‡o de 1957, apàs dois s‚culos de competi‡Æo
entre as grandes potˆncias coloniais, que se aproveitaram, na Costa
do Ouro, de um activo com‚rcio de escravos, os britƒnicos tornaram-se
os £nicos senhores do pa¡s no in¡cio do s‚culo XIX. A aboli‡Æo do
tr fico em 1807 provocou queda econàmica, mas a ac‡Æo eficaz do
governador George Maclean (de 1830 a 1843) e depois do British
Colonial Office fortaleceram a presen‡a britƒnica multiplicando com
os dirigentes locais, tratados de protectorado (1). Em 1874, a Costa
do Ouro destacou-se da Serra Leoa. A partir de 1901, compuseram-na
trˆs elementos: a ÆcolàniaÆ, o Achanti e os territàrios do Norte,
onde as autoridades tradicionais foram conservadas.
O desenvolvimento econàmico (manganˆs, ouro, diamante, bauxita,
cacau) foi r pido; explica, ali s, a precocidade do movimento
nacionalista, que obrigou os britƒnicos a outorgarem desde 1925 uma
constitui‡Æo, que se ampliou em 1946. Mas o programa de autonomia
imediata e de Æac‡Æo positivaÆ preconizado pelo partido de Kwame
Nkrumah, o Partido da Conven‡Æo do PovoÆ precipitou os
acontecimentos. Em 1951, uma nova constitui‡Æo criou um governo
semi-respons vel: Nkrumah, como primeiro-ministro (1952), obteve a
responsabilidade integral do governo (1954), e depois a independˆncia
do seu pa¡s no quadro do Commonwealth (1957). Mas a sua vontade de
modernizar rapidamente o pa¡s e, ao mesmo tempo, unificar a †frica,
levou-o a exercer uma ditadura pessoal, que foi derrubada por um
golpe militar em 1966. Proclamada a II Rep£blica (1969), o poder
retornou aos civis, mas um novo golpe militar (1972) reinstaurou um
novo regime. Em Setembro de 1979, os militares entregaram o poder a
um governo civil dirigido por Hilla Liman, eleito presidente da
Rep£blica em Julho. Em 31 de Dezembro de 1981, Liman foi afastado
por outro golpe militar. O pa¡s estende-se sobre um conjunto de
planaltos, sobre uma cobertura sedimentar prim ria, nos quais se
encaixam o Volta e seus afluentes. � limitado ao Sul pela plan¡cie
costeira do golfo da Guin‚. O clima tropical h£mido da costa,
torna-se seco progressivamente em direc‡Æo ao Norte e a vegeta‡Æo
transforma-se paralelamente da floresta densa para floresta esparsa,
e depois volta a savana arborizada. A popula‡Æo que aumenta a um
ritmo muito r pido, concentra-se na parte Sul do pa¡s, onde se
localizam as principais cidades: Sekondi-Takoradi, Kumassi e
sobretudo Acra. A agricultura ‚ ainda o sector essencial da economia.
Ao lado das culturas alimentares (milho, milhete), que sÆo
insuficientes para alimentar a popula‡Æo, dominam as planta‡Æes de
cacau (cerca de 400 000 t. primeiro lugar na produ‡Æo mundial),
principal produto de exporta‡Æo. O subsolo cont‚m importantes jazidas
de bauxita, manganˆs, ouro e diamantes, mas a sua explora‡Æo quase
nÆo tem progredido. A constru‡Æo da Barragem do Volta e a da Central
Hidroel‚ctrica de Akosembo permitiram aumentar a produ‡Æo de energia.
A electricidade alimenta fundi‡Æes de alum¡nio, que se somam ...s
diversas f bricas alimentares, tˆxteis e mecƒnicas.
Recordemos que foi no Gana (Costa da Mina), descoberto em 1471, que
se situou o famoso forte e feitoria de S. Jorge da Mina, iniciado em
1481 por Diogo de Azambuja em nome do rei de Portugal, D. JoÆo II
com vista ... recolha de escravos e de ouro--da¡ o nome de Costa do
Ouro-que aflu¡a tamb‚m de Tombuctu, via Gao. A fortaleza ‚ constru¡da
em pouco mais de 2 meses e pedras j trabalhadas foram enviadas de
Portugal para esse efeito. Em 1596, h um ataque holandˆs ... Mina e e
sob o dom¡nio Filipino que os portugueses a perdem. Em 1872 os
holandeses vendem a Mina aos ingleses.
@REP-BLICA DO TOGO Estado da †frica Ocidental
Com cerca de 56 000 Km2 e, 2 937 000 hab. Capital--Lom‚, idioma
oficial --francˆs embora falem o Owe e o inglˆs como no Gana com o
qual subsistem la‡os estreitos. Uma grande parte da popula‡Æo lˆ e
escreve a l¡ngua nativa, isto porque quando colània alemÆ, os AlemÆes
criaram e ensinaram uma gram tica local. No fim do s‚culo XV
instalaram-se na costa do Golfo da Guin‚, os Portugueses. No s‚culo
XIX Franceses, Ingleses e AlemÆes estabeleceram os seus respectivos
postos, gra‡as a Gustav Nachtigal e ... eloquˆncia da conferˆncia de
Berlim, a Alemanha pode impÆr o seu protectorado ao pa¡s em 1885,
sendo as fronteiras com o Daom‚ fixadas em 1897 sob a influˆncia da
Fran‡a. Ocupado pelos aliados de 1914 a 1919, o Togo caiu em parte
sob o dom¡nio britƒnico e em parte sob o dom¡nio francˆs. A tutela
das Na‡Æes Unidas foi posta em pr tica em 1946; os habitantes do
Norte do Togo britƒnico votaram em massa pela sua incorpora‡Æo ...
Costa do Ouro--Gana, ao contr rio dos Ewes do Sul que repeliram essa
solu‡Æo. A Rep£blica autànoma do Togo foi proclamada em 30 de Agosto
de 1956. Nicolas Grunitzky (1913-1969) tornou-se primeiro-ministro
antes de ser substitu¡do por Sylvanus Olympio (1902-1963), primeiro
presidente da Rep£blica independente do Togo em 27 de Abril de 1960.
Olympio instaurou entÆo um regime presidencialista que beneficiou o
Sul mas foi assassinado em 1963 e substitu¡do por N. Grunitzky. Este
foi por sua vez derrubado em 1967 por um nortista, o general �tienne
Eyadema (nascido em 1935). Togo, um planalto cristalino que se
alteia a ocidente nos montes do Togo, cobre a maior parte do
pequeno pa¡s. Ao Sul orla-o uma plan¡cie costeira arenosa. O clima
tropical com uma esta‡Æo seca explica a grande extensÆo da savana. A
popula‡Æo ‚ composta por diversos grupos ‚tnicos, entre os quais os
do Ewes, que ‚ basicamente rural. Vive da planta‡Æo do dend‚n, milho,
milhete e mandioca. O caf‚, o cacau e o algodÆo destinam-se ...
exporta‡Æo. Em Lom‚ agrupam-se as actividades industriais, que estÆo
limitadas ... transforma‡Æo dos produtos agr¡colas. A exporta‡Æo dos
fosfatos da jazida do lago Togo facilitou o equil¡brio da balan‡a
comercial.
@REP-BLICA DEMOCR†TICA DE S. TOM� E PR¡NCIPE Estado insular no Oceano
Atlƒntico
No golfo da Guin‚, perto do equador;--com cerca de 946 Km2 e, 87 000
habitantes. Capital S. Tom‚ com excelente porto de mar onde fazem a
exporta‡Æo dos numerosos vegetais da ilha. Este arquip‚lago ‚
constitu¡do por duas ilhas a de S. Tom‚ e a do Pr¡ncipe, o idioma
oficial--portuguˆs, embora falem o dialecto banto. Em 13 de Julho de
1975 deu-se a Independˆncia. Ligado ... Histària de S. Tom‚ e Pr¡ncipe:
arquip‚lago de SÆo Tom‚ composto da ilha do mesmo nome e da ilha do
Pr¡ncipe situa-se no golfo da Guin‚ onde tamb‚m se encontram as ilhas
de Ano Bom e Fernando Pà, que com aquelas constituem o chamado
arquip‚lago da Guin‚. Esta designa‡Æo ainda era corrente no s‚culo
XIX mesmo depois de Ano Bom e Fernando Pà terem sido cedidas ...
Espanha, pelo tratado de 11 de Mar‡o de 1 778. Uma tradi‡Æo nÆo
documentada data dos anos de 1470 e 1471 o descobrimento de SÆo Tom‚,
de Santo Antànio (nome primitivo da ilha do Pr¡ncipe) e de Ano Bom.
Os nomes que os navegadores lhes deram indicariam os dias em que as
avistaram: os descobridores teriam sido Pedro Escobar e JoÆo
Santar‚m, ao servi‡o de FernÆo Gomes arrendat rio do com‚rcio da
Guin‚. A ilha Formosa (primeira designa‡Æo de Fernando Pà) teria
sido descoberta algum tempo depois pelo navegador de quem depois
tomou nome. A primeira tentativa de povoamento de SÆo Tom‚ data de
1486 e o primeiro foral de 1485. Apàs o segundo foral em 1496 †lvaro
Caminha pode iniciar o seu povoamento efectivo com descendentes de
Judeus e degredados a quem deu escravas trazidas da costa fronteira.
Caminha morreu na ilha em 1499, mas a comunidade a¡ criada j
progredia e, alguns anos depois justificou a cria‡Æo de um bispado em
1534. A ilha do Pr¡ncipe, sà teve foral em 1500 iniciando-se entÆo o
povoamento por Antànio Carneiro. Jorge de Melo obteve a donataria de
Ano Bom em 1503, mas a ilha continuou deserta por alguns anos. A
instala‡Æo dos Portugueses em Fernando Pà, £nica das ilhas do
arquip‚lago da Guin‚ que estava habitada ... data do descobrimento, foi
extremamente dif¡cil, a popula‡Æo autàctone resistiu dezenas de anos
... penetra‡Æo. A ilha do Pr¡ncipe sà come‡ou a ser povoada
principalmente com Negros transportados da Costa Africana, nos
primeiros anos do s‚culo XVI, quando D. Manuel a doou a Antànio
Carneiro. Em 1534 uma constitui‡Æo do Papa Paulo III reuniu a ilha do
Pr¡ncipe com a de S. Tom‚ e outros territàrios numa diocese.
@REP-BLICA DE CABO VERDE Estado insular no Oceano Atlƒntico
Ao largo da Senegambia, com cerca de 4033 Km2 e, 284 000 habitantes.
Capital--Praia na ilha de Santiago com excelente porto de Mar.
CompÆe-se de dois grupos de ilhas. O de Barlavento ao Norte e
Sotavento ao Sul, que tˆm enorme importƒncia para a navega‡Æo
mar¡tima e a‚rea. Este arquip‚lago ‚ de origem vulcƒnica. O
cabo-verdiano canta ÆmornasÆ com profunda exPressÆo que revela bem o
car cter pac¡fico e a brandura dos seus costumes. O idioma oficial ‚
o portuguˆs embora falem entre os dialectos bantos o crioulo (1 ) O
principal cultivo ‚ do milho, caf‚, batata doce, feijÆo e farinha de
mandioca; o arquip‚lago tornou-se importante base de com‚rcio. Em
1975 a 5 de Julho deu-se a Independˆncia, o seu presidente Aristides
Pereira e o primeiro ministro Pedro Pires. Cabo Verde est para al‚m
de outros ligado ... Histària do veneziano Alvise de CadaMosto, em que
no decurso da segunda viagem ao longo da costa Ocidental Africana, ao
servi‡o de Portugal, descobriu quatro ilhas: Santiago, Maio, Boa
Vista e Sal, que sÆo as mais pràximas do Continente e estÆo dispostas
pela ordem referida do Sul para Norte. O veneziano notou
correctamente que Santiago ‚ a ilha maior, ao seguir de Boa Vista
para Santiago encontra outra ilha, que ‚ de certeza Maio. De Boa
Vista vˆ, escreve ele, uma ilha ao Norte contra o vento o que ‚
correcto; sà pode ser a ilha do Sal. Para Sudoeste havia duas outras
ilhas: Maio e Santiago, nÆo obstante limitou-se a visit -las conforme
seu relato. O genovˆs Antànio da Noli ‚ que recebeu o encargo de
levar a efeito a ocupa‡Æo, embora nÆo tivesse sido o primeiro a
descobrir as ilhas de Cabo Verde, o seu nome esteve ligado a elas
durante algumas d‚cadas, porque exerceu as fun‡Æes de capitÆo durante
trinta anos. Um diploma real de 19 de Setembro de 1462 afirma que
sete ilhas foram encontradas pelo infante D. Fernando e, ainda a
outro diploma a 28 de Outubro do mesmo ano, esclarece que o
descobrimento de tais ilhas foi levado a cabo pelo seu escudeiro
Diogo Afonso. Assim, em 1468 aparecem nos mapas as ilhas Boavista,
Santiago, SÆo Filipe, (Fogo) Maio, Sal, SÆo Vicente, SÆo Nicolau e
Brava e o nome de Antànio da Noli aparece num mapa de 1488-93
atribuido outrora a inspira‡Æo de CristàvÆo Colombo. No mapa
espanhol de Juan de la Cosa de 1500 o arquip‚lago ‚ denominado:
ÆYslas de Antànio del Cavo VerdeÆ, no entanto, o Portuguˆs que
descobriu a maior parte do arquip‚lago foi Diogo Afonso. As ilhas de
Cabo Verde foram dadas em donataria ... volta de 1460 a Antànio da Noli
e Diogo Afonso. Os povoadores destas ilhas usufruiram de direitos de
com‚rcio (do Senegal ... Serra Leoa, de Cabo Verde, Benim ao Congo e S.
Tom‚). Procurando quebrar o monopàlio Portuguˆs, h uma forte ac‡Æo
de traficantes Franceses bem como de Ingleses e mais tarde de
Holandeses. As ilhas de Cabo Verde de caracter¡sticas maci‡as, e de
simplicidade da costa Atlƒntica de †frica sÆo definidas pela escassez
de ilhas associadas ao Continente. As ilhas do Atlƒntico que ficam
pràximas da costa Africana, como as Can rias, A‡ores (onde um vulcÆo
submarino formou a ilha Nova, em 1957), Cabo Verde, AscensÆo, Santa
Helena e Gough sÆo estruturas oceƒnicas e nÆo africanas . As costas
da †frica e da Am‚rica sÆo quase paralelas, entre elas, e
equidistante, corre uma verdadeira cordilheira submarina--‚ chamada a
Dorsal Atlƒntica, nasce em profundidades muito superiores aos 2000
metros e vai da Islƒndia at‚ ... ilha de SÆo Paulo no Equador, ali
interrompida por uma gigantesca fractura (marcada pela profunda fenda
de Romanche, de 7370 m) que se estende do Amazonas ao Golfo da Guin‚
e corta o Atlƒntico em duas metades. A Dorsal Atlƒntica reaparece no
hemisf‚rio meridional, onde os seus picos sÆo as ilhas de AscensÆo,
TristÆo da Cunha, Santa Helena, Gough e Bouvet. Do lado Este da
Dorsal erguem-se as ilhas vulcƒnicas de Cabo verde, Can rias e
A‡ores. As actividades vulcƒnicas sÆo relativamente frequentes em
Cabo Verde pois desde 1564 j foram registadas cerca de quinze no
Pico do Fogo (2830 m) sendo as £ltimas em 1951 e 1995. O arquip‚lago
de Cabo Verde (ex-prov¡ncia ultramarina portuguesa) est a 450 Km da
†frica, em frente de Dakar. � formado por picos vulcƒnicos, divididos
nas ILHAS DE BARLAVENTO, que recebem o vento oeste do Atlƒntico
(Santo AntÆo, SÆo Vicente, Santa Luzia, SÆo Nicolau e os ilhotes
Branco e Raso) e as ILHAS DE SOTA-VENTO (Sal, Boa Vista. SÆo Tiago,
Fogo, Maio, Brava e ilhas Secas). Estas ilhas tˆm como
capital--Praia, na ilha de SÆo Tiago. O clima ‚ muito seco devido aos
ventos c lidos do Saara, durante o verÆo,(Maio a Agosto) h uma
pequena esta‡Æo chuvosa. A ilha de SÆo Vicente nÆo recebe chuvas por
estar a sota-vento de Santo AntÆo, que ‚ maior e mais alta e forma
como que uma esp‚cie de barreira. SÆo Vicente, rida mas preferida
pela administra‡Æo por estar livre das tempestades, precisa de
importar nÆo sà a alimenta‡Æo como tamb‚m a gua pot vel. A £nica
razÆo para justificar que a ilha esteja habitada ‚ o seu excelente
porto natural, onde deixando-se levar pelas correntes marinhas e
pelos ventos al¡sios, que as arrastavam para o Sul, os Portugueses, a
partir do s‚culo XV, partiram para as grandes aventuras mar¡timas. A
s‚rie de novas terras conquistadas come‡ou com um grupo de ilhas
Desertas: A‡ores, Madeira e Cabo Verde. O Arquip‚lago de Cabo Verde,
transformou-se em base vital para o com‚rcio portuguˆs. Os dialectos
do SudÆo ainda sÆo falados em Cabo Verde, juntamente com o portuguˆs.
Essas ilhas foram povoadas por camponeses portugueses, que associaram
os seus costumes e as suas t‚cnicas rurais aos cultivos tropicais.
As ilhas desempenharam um papel importante nas rotas mar¡timas do
Atlƒntico e para a propaga‡Æo na Am‚rica de m‚todos de cultivo; estas
ilhas sÆo muito visitadas por barcos de carga, no seu porto de
Mindelo na ilha de SÆo Vicente. H uma base a‚rea na ilha do Sal.
NÆo h outras actividades al‚m da agricultura, que j por si est
restrita a um terreno pouco prop¡cio e escarpado. Os cultivos sÆo de
caf‚, a‡£car, fumo (1) e bananas. O milho, cultivo b sico, ‚
prejudicado pela falta de gua e pelos m‚todos de lavoura que sÆo
muito primitivos. As principais exporta‡Æes sÆo o caf‚ e as conservas
de peixe. Grande parte de sua popula‡Æo procura emigrar.
HISTŸRIA DO GOLFO DA GUIN�
Durante a Idade M‚dia os †rabes controlavam todo o transporte de
especiarias vindas do ‹ndico. Veneza teve o direito de compr -las com
exclusividade em Alexandria e conseguiu assim o monopàlio da sua
distribui‡Æo pela Europa. Os Portugueses pretendiam acabar com a
navega‡Æo comercial rabe, decisÆo que tamb‚m acabaria com a
hegemonia veneziana. Os Espanhàis j tinham as Can rias e chegado ao
Cabo Bojador quando os Portugueses chegaram ... Madeira (JoÆo Gon‡alves
Zarco, 1419), descobriram oficialmente os A‡ores (Diogo de Sevilha,
1427-31), chegaram ... desembocadura do Senegal depois de passar o Cabo
Branco (Nuno TristÆo, 1441-46), dobraram o Cabo Verde, a extremidade
mais Ocidental da †frica (Dinis Dias, 1445) e descobriram as ilhas do
Cabo Verde (Lu¡s de Cadamosto, 1456) ultrapassando o Gambia em 1460,
exactamente o ano da morte de Dom Henrique o Navegador. Depois de um
breve intervalo, foi iniciada a terceira tentativa; os navegantes
portugueses arribaram ... Costa do Ouro (actual Gana) j em pleno Golfo
da Guin‚ (Santar‚m e Escobar, 1471) e, nesse mesmo ano atravessaram o
Equador. Fernando Pà descobriu a ilha que recebeu o seu nome, em
1472, e dez anos depois Diogo CÆo penetrou na desembocadura do Rio
Congo, muito mais ao Sul, e passou o paralelo 22, al‚m de Angola.
Bartolomeu Dias, dobrou o Cabo das Tormentas (hoje, Cabo da Boa
Esperan‡a)--Vasco da Gama atingiu a sonhada meta: Calicute, hoje
Kozhicoda, na India. Imediatamente as esquadras portuguesas atacaram
e destru¡ram todos os navios rabes, de modo que em 1504 os barcos
venezianos regressavam vazios de Alexandria e Lisboa estava
abarrotada de especiarias. Enquanto isso, alguns navegadores
foram-se detendo para melhor examinar a Costa Africana. Faziam escala
no golfo de Benim, na parte mais profunda do Golfo da Guin‚, e vinte
anos antes da viagem de Colombo j exportavam escravos por via
mar¡tima. Compreenderam que seria muito caro e desnecess rio penetrar
no Continente para a‡ambarcar riquezas e, usaram os nativos como
intermedi rios. Obtinham por esse meio, pimenta da Costa dos GrÆos
(Lib‚ria), marfim na costa do pa¡s que ainda se chama Costa do
Marfim, ouro da Costa do Ouro (hoje Gana) e, cativos negros da Costa
dos Escravos (Togo, Benim, Nig‚ria) . As outras potˆncias navais
europeias rivalizavam em actividades com os Portugueses, mas tamb‚m
nÆo passavam da costa, pois os rios nÆo eram naveg veis, o Continente
inacess¡vel nÆo convidava ... coloniza‡Æo e a selva era mais perigosa.
A †frica continuava sendo o Continente Misterioso; somente depois de
Mungo Park, finais do s‚culo XVIII, que explorou o N¡ger (vestido
com batina azul e chap‚u alto), se verificou que os rios Senegal e
Gambia nÆo eram a desembocadura do grande rio; esta sà foi descoberta
em 1830, podendo entÆo ser separada do estu rio do Congo. A
descoberta da Am‚rica transformou e aumentou o com‚rcio negreiro
durante o dom¡nio do IslÆo. Os negreiros inundaram de lcool barato,
a †frica Ocidental, a aguardente tornou-se uma esp‚cie de moeda e
alguns sobas chegaram a entesourar cerca de dez mil caixas. Por outro
lado, cerca de cinquenta milhÆes de habitantes do Continente
Americano possuem antepassados da regiÆo do Golfo. Os negreiros do
Atlƒntico levaram para a Am‚rica cerca de doze milhÆes de escravos,
exceptuando o importante tr fico rabe pelo ‹ndico e pelo Saara. A
escravatura tirou de †frica os seus filhos e, desencadeou no
Continente uma intermin vel guerra entre tribos, cujo lema era
capturar ou ser capturado e, facilitou ...s tribos mais brutais
subjugar as mais civilizadas, despovoando reas e destruindo, com os
seus intermin veis saques, importantes regiÆes culturais. Professores
ou mission rios, como Livingstone, perceberam perfeitamente o
interesse dos esclavagistas em propagar a lenda do ÆContinente
MisteriosoÆ.
@REP-BLICA DA GUIN�-BISSAU Estado da †frica Ocidental
Ao Sul do Senegal, com cerca de 36 120 Km2 e, 835000 hab. Capital
Bissau, que possui excelente porto de Mar. Este pa¡s ‚ banhado a
Oeste pelo Oceano Atlƒntico, a Norte e a Este tem fronteiras com a
Rep. do Senegal, a Sul com a Rep. da Guin‚-Conacri; junto da costa
ficam as ilhas de Bolama e Bissau e o arquip‚lago dos Bijagàs. O
idioma oficial ‚ o portuguˆs, embora falem dialectos bantos. As
tribos mais importantes sÆo a dos agricultores e a dos pastores. Esta
parte da Costa da Guin‚ sà foi verdadeiramente colonizada pelos
Portugueses depois de 1580. Em 1879 a Guin‚ foi separada
administrativamente das ilhas de Cabo Verde com Bolama (Bissau) como
capital. As fronteiras da Guin‚ Portuguesa tinham sido fixadas em
1886. As revoltas das diferentes etnias retardaram certa valoriza‡Æo
... ac‡Æo combativa durante muito tempo e portanto clandestina do
Partido Africano da Independˆncia da Guin‚ e do Cabo Verde
(P.A.I.G.C.) fundado em 1956 e liderado por Amilcar Cabral, que
assumiu a forma de luta armada contra os Portugueses a partir de
1963. Em 1973 no dia seguinte ao assass¡nio de Amilcar Cabral, o
movimento de Liberta‡Æo liderado por Lu¡s Cabral meio-irmÆo do l¡der
do P.A.I.G.C., proclamou nos territàrios sob seu controle a Rep£blica
da Guin‚-Bissau, que foi reconhecida pela maioria dos pa¡ses
africanos e, por Portugal em Agosto de 1974. Em 1980 apàs um golpe de
Estado Lu¡s Cabral foi substitu¡do na chefia dos Estados pelo
comandante J.B. Vieira. Os rios Cacheu e Geba sÆo os mais utilizados
como vias de comunica‡Æo. Os crocodilos enormes e os hipàpàtamos bem
como a vegeta‡Æo nas margens constituem o panorama das viagens dos
rios e canais cor de lama. Ligado ... histària da Guin‚: A guin‚ do
s‚culo XV abrangia grande parte da †frica Ocidental estendendo-se
para Sul do Cabo Bojador dobrado por Gil Eanes em 1434. As
designa‡Æes do golfo da Guin‚ continuam em vigor: Rep. da
Guin‚-Bissau--Guin‚ ex-Portuguesa, Rep. da Guin‚--Guin‚ ex-Francesa
e, Guin‚--ex-Espanhola-Conacri. A primeira povoa‡Æo portuguesa foi
Cacheu constru¡da em 1588 por iniciativa do Cabo-Verdiano Manuel
Lopes Cardoso e, embora sujeita ... jurisdi‡Æo do Arquip‚lago de Cabo
Verde veio a tornar-se a sede das primeiras autoridades de nomea‡Æo
r‚gia, os capitÆes mores. Em 1642 Gon‡alo Ganhoa Aiala fundou as
povoa‡Æes de Farim e Zuguinchor, utilizando habitantes de Geba um dos
primitivos n£cleos de fixa‡Æo portuguesa. Assim, a ocupa‡Æo Lusitana
come‡ava a constituir-se nos rios Casamansa, Cacheu, Geba e Buba,
n£cleo da futura prov¡ncia da Guin‚ Portuguesa.. Em 1687 iniciou-se
a constru‡Æo de uma fortaleza em Bissau, mandada demolir em 1707
pelos Portugueses. De novo ‚ constru¡da de 1753 a 1775
a nova fortaleza de Bissau que liga os novos destinos da Guin‚ aos
interesses do GrÆo-Par e MaranhÆo. Pela conven‡Æo de 1886 Portugal
acabou por abandonar ... Fran‡a a pra‡a de Zinguinchor, enquanto esse
pa¡s desistia das suas pretensÆes na rea do rio Cacine; esta
conven‡Æo estabeleceu as fronteiras entre a Guin‚ Portuguesa e a
†frica Ocidental Francesa. Em meados do s‚culo XIX a Guin‚ consegue
sobreviver em grande parte mercˆ dos esfor‡os de Honàrio Pereira
Barreto, guineense que governou v rias vezes a Prov¡ncia entre 1837 e
1858. A Guin‚ est bastante recortada pelos estu rios de numerosos
rios que facilitam as comunica‡Æes com o interior. A selva tropical
acompanha os rios e a savana o interior, da mesma forma que na Serra
Leoa, no litoral drenam-se os pƒntanos para o aumento do cultivo do
arroz. O pa¡s estende-se sobre um conjunto de plan¡cies costeiras
pantanosas e baixos planaltos, que se elevam em direc‡Æo a Sueste
sobre os contrafortes de Futa-Djalon. O clima tropical h£mido da
costa onde cresceu a planta herb cea e a floresta densa, torna-se
seco em direc‡Æo ao interior onde a vegeta‡Æo se modifica em
Savana--plan¡cies de florestas. A popula‡Æo concentra-se nas
proximidades do litoral e pratica a cultura do arroz e a cria‡Æo de
bovinos. Planta‡Æes de amendoim e palmeiras oleoginosas fornecem as
exporta‡Æes de um pa¡s onde nÆo existe ind£stria. As trocas
efectuam-se no porto de Bissau, principal cidade.
@REP-BLICA DA GUIN� Estado da †frica Ocidental
Com cerca de 250 000 Km2 e, 5 600 000 hab. cujo idioma oficial ‚ o
francˆs; e capital Conakri--com um porto importante. A partir do
s‚culo XIII, a alta Guin‚ fez parte do imp‚rio Mali, cuja capital
Niani. se localizava no seu territàrio. Duas grandes etnias--os
Malinques e os Pe£les--dominaram a Histària da Guin‚. O com‚rcio a
longa distƒncia foi monopàlio dos Mascates Mu‡ulmanos. os Diulas, que
praticavam o tr fico dos Negros. Apàs o aniquilamento do Imp‚rio
Mali, no s‚culo XVI o pa¡s perdeu a unidade pol¡tica, enquanto se
desenvolvia o com‚rcio Europeu em particular os Portugueses--tr fico
de escravos. No s‚culo XVIII, o Imp‚rio Mandinga dos Bambaras de
Segu que estendeu a autoridade at‚ Curussa, foi substitu¡do, no
in¡cio do s‚culo XIX pelo reino dialonque de Tamba. Ocorreu entÆo o
apogeu do tr fico de negros para a Am‚rica. Em 1850, El-Hadj Omar,
destruiu Tamba e come‡ou a sua carreira de conquistador. A partir de
1870, Samory Tur‚ criou um vasto imp‚rio, destru¡do em 1891 e 1898
pelos franceses. A alta Guin‚ de in¡cio ligada ao SudÆo Francˆs foi
transferida para a Guin‚ em 1900. Por sua vez os Pe£les a Oeste no
Futa-Djalon, criaram um imp‚rio no s‚culo XVI, influenciados pelos
Islame (IslÆo) organizaram no s‚culo XVII uma dura sociedade
pseudo-feudal que trouxe grande progresso no plano cultural. Mas
tiveram de inclinar-se diante do avan‡o francˆs em 1896. Em 1893, foi
constitu¡da a colània da Guin‚ Francesa capital Conacri, que
englobada na †frica Ocidental Francesa em 1895, encontrou a sua
disposi‡Æo definitiva pela anexa‡Æo do alto N¡ger (1900) e cessÆo do
arquip‚lago de Los pelos britƒnicos (1904). Entretanto o seu
desenvolvimento foi muito lento; a economia sà se transformou
verdadeiramente depois de 1945, pela valoriza‡Æo de suas grandes
riquezas minerais. A luta pela descoloniza‡Æo sà tomou forma com seu
chefe carism tico, o sindicalista malinque Sekou Tour‚ (nascido em
1922), que prefeito de Conacri (1955) e depois vice-presidente do
Conselho de governo (1957), levou o seu pa¡s em 2 de Outubro de 1958,
... Independˆncia total e imediata. Desde entÆo a Histària da Guin‚
confundiu-se com a vida de Sekou Tour‚, chefe absoluto da Rep£blica
da Guin‚ e ao mesmo tempo l¡der de um partido £nico, que nÆo admite
rivalidade nem oposi‡Æo. Os Altos Planaltos de Futa-Djalon separam a
plan¡cie costeira do Atlƒntico, de clima tropical h£mido, do planalto
mandinga drenado pelo alto N¡ger onde o clima ‚ muito mais seco. Ao
Sul, o Planalto ergue-se na Dorsal guineense (1752 m), onde o clima
sub-equatorial explica a extensÆo da floresta densa. O restante do
pa¡s ‚ coberto pela floresta clara, que passa ... savana quando o clima
se torna muito seco ou em consequˆncia da devasta‡Æo devida ... ac‡Æo
do homem (arroteamento muito frequente. superpastagem). A popula‡Æo
composta de diversas etnias, principalmente de Pe£les, concentra-se
na plan¡cie costeira e sobretudo no Futa-Djalon; insuficientemente
urbanizada, vive principalmente da agricultura. As produ‡Æes variam
de acordo com as regiÆes: arroz, banana e àleo de palmeira dominam na
costa atlƒntica; cria‡Æo bovina extensiva no Futa-Djalon; mandioca,
milho e arroz no planalto mandiga; caf‚ e palmeira oleoginosa no Sul.
O subsolo cont‚m ricas jazidas minerais: diamantes, ferro e
sobretudo bauxita. Apesar da ajuda estrangeira (E U.A, China
Popular), respons vel pelo desenvolvimento hidroel‚ctrico, a
industrializa‡Æo ‚ insuficiente. O pa¡s exporta mat‚rias-primas e
importa produtos manufacturados, sobretudo pelo porto de Conacri.
†FRICA EQUATORIAL
Situada entre os tràpicos e a Oeste do planalto Oriental africano,
estende-se at‚ ao litoral Atlƒntico e ‚ dif¡cil de ser definida com
precisÆo. � uma regiÆo de grandes chuvas e, cursos de gua que
correm duma pequena eleva‡Æo sÆo: Logone e o Chari circundados por
uma camada achatada de aluviÆo. Assim, entre os rios h uma vasta
depressÆo que se inunda com as chuvas. Existem duas etnias uma
pac¡fica e a outra combativa que repele aquela para a Costa
Ocidental. A †frica Equatorial a partir de 1910 integrava os pa¡ses
que faziam parte das possessÆes francesas, agrupados em federa‡Æo de
1910 a 1958: GabÆo, M‚dio Congo, (Ubangui-Chari) Rep£blica Centro
Africana e o Chade, com capital em Brazzaville. Depois foram-se
transformando em Rep£blicas. Esta parte do Continente com floresta e
clima dif¡cil cont‚m uma grande popula‡Æo espalhada pelos
(ex-L‚opoldville). A popula‡Æo vive da ca‡a, colheita e da
agricultura. As riquezas: florestas (no Koum‚ do GabÆo); grande
potencial hidro-el‚ctrico; jazidas de Katanga (cobre, cobalto, zinco,
urƒnio) e do GabÆo (ferro, magan‚sio, urƒnio); Para al‚m das regiÆes
industriais em redor do Porto Gentil . Os pa¡ses situados na †frica
Equatorial: Guin‚ Equatorial, GabÆo, Rep£blica Centro Africana
(Ubangui-Chari), Zaire (Congo Kins), Congo (Braz), Ruanda e Uaganda.
@REP-BLICA DA GUIN� EQUATORIAL Estado da †frica Equatorial
No Golfo da Guin‚, com cerca de 28 110 Km2 e, 310 000 habitantes,
Capital Malabo. Idioma oficial--espanhol. Os pƒntanos e as lagoas
tornam o litoral insalubre. Antiga Guin‚ Espanhola. porque a Espanha
apossou-se do pa¡s quando Portugal lhe cedeu em 1777 (tratado de San
Idelfonso), a ilha de Annobon--descoberta em 1471 e, a ilha de
Fernando Pà (hoje Biyogo) descoberta em 1472. Ponto importante no
tr fico dos negros, a regiÆo sà se assumiu verdadeiramente como
colània em 1858, e a sua valoriza‡Æo foi ainda mais lenta (1898);
ali s as fronteiras da Guin‚ Espanhola sà foram fixadas em 1900. Rio
Muni e Fernando Pà, reunidos em prov¡ncia espanhola em 1959, chegaram
... autonomia em 1964 e ... independˆncia em 1968. Francisco Macias
Niguema tornou-se presidente da Rep£blica da Guin‚ Equatorial e
estabeleceu sangrenta ditadura. Em 1979 foi deposto por um Golpe de
Estado militar e executado. O pa¡s estende-se pelo territàrio
continental do Mbni (ant. Rio Muni), recoberto pela floresta densa, e
por diversas ilhas como Corisco Elobey, Chico e, sobretudo Biyogo,
que ‚ de origem vulcƒnica. Em Mbni parte da popula‡Æo pratica
agricultura de subsistˆncia (mandioca). Raras planta‡Æes fornecem
caf‚, cacau, banana e amendoim. Em Macias Niguema, regiÆo da capital,
a popula‡Æo ‚ mais densa e as culturas comerciais sÆo mais
desenvolvidas.
@REP-BLICA DO GABŽO Estado da †frica Equatorial
� limitado a Oeste pelo Oceano Atlƒntico e fronteira Oriental da
Guin‚ Equatorial; ao Norte por este pa¡s e pelos CamarÆes; a Este e a
Sul, pelo Congo-Brazzaville. A sua superf¡cie, cerca de 267 000 Km2
com cerca de 1 200 000 habitantes, muitos dos quais habitam a
capital, Libreville. O territàrio, que depois seria a Rep£blica do
GabÆo foi at‚ ao s‚culo XIX constitu¡do por um mosaico ‚tnico
(Mpangwes, Orungus, Nkomis, Lumbus, Galoas, Fangos, Okandas, Mbambas,
Punus... ), e sà surgiu com a anula‡Æo do tr fico de escravos em
1839, o que sucedeu apàs o estabelecimento de um acordo entre um
chefe da enseada do GabÆo e um oficial da marinha francesa. � em
1849 que surge Libreville! logo povoada por escravos libertos. Em
1886 constitui-se em colània francesa, juntamente com o Congo
fundindo-se os dois entre 1888 e 1904. Aquando da sua integra‡Æo na
†frica Equatorial francesa, possui identidade administrativa, mas a
sua autonomia sà surge a 23 de Junho de 1956, sendo proclamada a
independˆncia a 17 de Agosto de 1960. L‚on M'Ba dirige o pa¡s de 1961
a 1967 e Albert Bongo em seguida. O seu regime pol¡tico ‚
presidencialista e uma Assembleia £nica participa no governo. A
Rep£blica do GabÆo ‚ o pa¡s de toda a †frica mais escasso em
popula‡Æo, donde se verifique um grande incentivo ... natalidade por
parte do governo e uma grande protec‡Æo ... maternidade. As densidades
demogr ficas regionais sÆo fracas e h uma desigual reparti‡Æo da
popula‡Æo pelas regiÆes. Geograficamente, h a assinalar que a parte
Oriental do pa¡s se dispÆe em planaltos, que se erguem em maci‡os na
direc‡Æo Oeste (sÆo os montes de Cristal e de Du Chaillu), ao mesmo
tempo que dominam a costa Atlƒntica que por sua vez ‚ uma regiÆo de
colinas e plan¡cies pantanosas. Tamb‚m uma densa floresta, Æorgia da
vidaÆ, como algu‚m a descrevia, cobre grande parte do pa¡s. O rio
Ogou‚ e afluentes banham a Rep£blica do GabÆo. A popula‡Æo por seu
lado, concentra-se sobretudo na regiÆo costeira (Libreville e
Port-Gentil) e constitui-se de Bantos, Pigmeus, Negritos, Pau£nos e
Bacotas. A sua economia ‚ sobretudo de exporta‡Æo e baseia-se em
grande parte na explora‡Æo de madeira (ocum‚), e na extrac‡Æo de
minerais (ferro, urƒnio, mangan‚s, petràleo), o que permite o
desenvolvimento industrial que contudo nÆo ir impedir a necessidade
de importa‡Æo de bens de consumo, alguns dos quais provenientes dos
pa¡ses do Mercado Comum Europeu (C.E.E.). Foi no GabÆo que um
alsaciano, o Dr. Albert Schweitzer (1875-1965), se distinguiu,
fundando um hospital junto do rio Oguo‚, e desenvolvendo intensa
actividade humanit ria. Schweitzer, foi ali s uma personalidade
fascinante: doutorado em medicina, filosofia, teologia e m£sica,
poliglota, arquitecto, escritor, cirurgiÆo e agricultor, luterano,
dirigiu-se apàs os trinta anos para Lambar‚n‚, na entÆo Rep£blica do
GabÆo, situada na †frica Equatorial Francesa. A¡ fundou um hospital,
que mudou algum tempo depois para 3 km, situado junto ao rio Oguo‚.
Juntamente com a sua ac‡Æo humanit ria, transportou para a pràpria
†frica a reafirma‡Æo, dos valores do homem, tÆo abalados entÆo
ideologicamente, sobretudo a n¡vel da discussÆo est‚ril e demagàgica
do valor da pigmenta‡Æo da pele. Albert Schweitzer, ou ÆOganga, o
Homem MedicamentoÆ, como era conhecido, obteve a imortalidade que os
seus conceitos humanit rios, democr ticos e igualit rios, justamente
lhe conferem. Recordemos que a partir de 20-7-1963, a C.E.E. conta
com 16 Estados Africanos Associados. SÆo eles o Alto Volta, Burundi,
CamarÆes, Rep£blica do Congo, Costa do Marfim, Chade, Daom‚, GabÆo,
M li, N¡ger, Senegal, Togo, Madagascar, Mauritƒnea, Ruanda e Som lia.
Em 17 7 66 entra tamb‚m a Nig‚ria.
@REP-BLICA CENTRO AFRICANA (Ubangui-Chari) Estado da †frica
Equatorial
Com cerca de 617 000 Km2 e 2 600 000 habitantes. Capital Bangui, que
possui um importante porto fluvial e um movimentado aeroporto. O
idioma oficial ‚ o francˆs e os dialectos mais falados sÆo o sangho e
o sudanˆs. A maioria da popula‡Æo ‚ mu‡ulmana, embora existam cerca
de 400 000 catàlicos e 45 000 protestantes. Pigmeus Bangas da
floresta e tribos Bantos sucederam se a partir do s‚culo XVI, mas a
regiÆo foi enfraquecida e despovoada pelo tr fico de escravos. Apàs
a desocupa‡Æo da bacia do baixo Congo por Savorgnan de Brazza
(1875-1885) os Franceses procuraram abrir caminho para o Chade e o
Nilo. O Ubangui entrou assim aos poucos na zona de influˆncia
francesa, e a missÆo Marchand (1896 1898) acelerou o processo de
coloniza‡Æo. Em 1905, o Ubangui-Chari foi constitu¡do como colània
em 1910, foi integrado ... †frica Equatorial Francesa (A.E.F.). O pa¡s
foi entÆo abandonado, sem grande proveito pràprio ...s sociedades
concession rias (florestas, algodÆo, ouro). Foi o padre Barth‚lemy
Boganda (1910-1959), deputado da UniÆo Francesa em 1946, que
despertou o nacionalismo local, fundando o Movimento de Evolu‡Æo
Social da †frica Negra (ME SAN). Presidente em 1958, do governo de
Ubangui Chari, transformado em Rep£blica Centro-Africana, conduziu o
pa¡s ... independˆncia em 1960 a 13 de Agosto. O regime orientou-se
para um estilo cada vez mais pessoal com os presidentes David Dacko
(1959-1965) e Jean Bedel Bokassa, que se proclamou imperador em 1976.
Deposto Bokassa em 1979, o pa¡s retomou ... condi‡Æo de Rep£blica, sob
uma junta chefiada por D. Dacko. Em 1981, por ocasiÆo da elei‡Æo
presidencial, Dacko foi confirmado nas fun‡Æes de chefe de Estado.
Uma linha de montanhas orientada WSW E Nordeste, entre o maci‡o de
Yade e os montes de Bong, abaixa-se por uma s‚rie de planaltos em
direc‡Æo ... bacia do Chade ao Norte e a bacia do Congo ao Sul O clima
em todo o pa¡s ‚ tropical h£mido ao Sul e seco ao Norte o que explica
a grande extensÆo de savana, mais ou menos arborizada. A popula‡Æo
pouco densa distribui-se desigualmente e concentra-se sobretudo na
regiÆo de Bangui, fracamente urbanizada, que vive principalmente da
agricultura. Ao lado das culturas de subsistˆncia (mandioca, milhete,
milho), h algumas planta‡Æes de caf‚, sisal, tabaco, amendoim e
sobretudo algodÆo. Mas o pa¡s tira a maior parte da sua renda das
minas de diamante, principal produto de exporta‡Æo.
@REP-BLICA DO ZAIRE CONGO KINSHASA (Congo ex-Belga) Estado da †frica
Equatorial
@Com cerca de 2 354 000 Km2* e, 30 940 000 habitantes, capital
Kinshasa (Leopoldville). A maior parte da popula‡Æo ‚ negra e, na
regiÆo setentrional h grupos Sudaneses e Pigmeus. O idioma oficial ‚
o franc‚s embora se fale dialectos Bantos, o Sudanˆs e o Olamengo. †
maior parte da popula‡Æo ‚ pagÆ, os catàlicos e protestantes sÆo
cerca de 6 000 000 embora em maioria catàlicos. Os maiores portos
sÆo o de Boma e o de Matadi ambos no estu rio do rio Congo (1). O
porto da navega‡Æo fluvial existe em Kinshasa ...s margens do Stanley
Pool. Foi durante a conferˆncia de Berlim (1884-1885) que o rei da
B‚lgica, Leopoldo II, obteve das Potˆncias Ocidentais o
reconhecimento de uma imensa possessÆo pessoal na bacia do Congo;
esse sucesso sancionou projectos marcados , p‚la Constitui‡Æo em
1876, de uma associa‡Æo Internacional do Congo, fruto de mais de 400
Tratados com os chefes de tribos e da qual o rei belga tinha o
controle total. O Estado independente do Congo, reconhecido em
Berlim, foi at‚ 1900, progressivamente delimitado. Leopoldo II
incrementou a sua explora‡Æo, tanto por decisÆes pràprias quanto
atrav‚s de companhias concession rias. mas a¡ enterrou a sua fortuna
pessoal. Sà em 1895 o Congo se tornou verdadeiramente Ærent velÆ. No
entanto, uma campanha internacional, provocada pelos abusos
constatados na explora‡Æo dos autàctones, obrigou a pràpria B‚lgica a
assumir directamente o controle do Congo (1908): Uma carta colonial
que praticamente nÆo conferia poder algum aos autàctones, a for‡a das
missÆes catàlicas e o poder das companhias comerciais (lavouras,
f bricas de àleo, minas de cobre de Katanga) fizeram do Congo Belga
uma colània t¡pica submetida ... explora‡Æo sem freios. Apesar disso,
sà em 1956 o movimento nacionalista se manifestou realmente. Duas
for‡as pol¡ticas congolesas constitu¡ram-se entÆo com acentuado
relevo: o Abako (bakongo), de Joseph Kasavubu (1917-1969), que
exprimia o nacionalismo tribal, e o Movimento Nacional Congolˆs
(M.N.C.), de Patrice Lumumba (1925-1961)cujas bases estavam nas
cidades. Quando a B‚lgica, em 1959, prometeu ao Congo a independˆncia
para 30 de Junho 1960, essas for‡as dividiram-se. As elei‡Æes de 1960
parecem aclarar a situa‡Æo: Lumumba tornou-se chefe de governo, e
Kasavubu chefe do Estado do Congo-Kinshasa. Na realidade, a
independˆncia desencadeou for‡as centr¡fugas: o Katanga deu-se ao
separatismo com Mois‚s Tschomb‚, ajudado pela UniÆo Mineira; noutras
partes, constitu¡ram-se governos independentes, enquanto se
desenvolvia a rivalidade entre Kasavubu e Lumumba. Interveio entÆo o
coronel Joseph Mobutu, chefe da for‡a p£blica, que afastou Kasavubu;
em 1961, Lumumba foi entregue aos Katanguenses, que o executaram. Uma
interven‡Æo de for‡as da O.N.U. (1961-1964) obteve a redu‡Æo da
secessÆo do Katanga e uma relativa tranquilidade sob o governo de
Cyrille Adoula, um moderado. Mas, apàs a sua partida, o retorno de
Kasavubu ... frente do Estado e a designa‡Æo de Tschomb‚ para a chefia
do governo provocaram nova crise, que obrigou o ex‚rcito nacional
congolˆs a intervir. Finalmente, o poder ficou com o ex‚rcito;
Mobutu fez-se proclamar presidente da Rep£blica e designou L‚onard
Mulamba para primeiro-ministro. Perdurando a crise, Mobutu acumulou
as fun‡Æes de presidente e primeiro-ministro (1966), e estabeleceu
um regime presidencialista que foi refor‡ado pela reforma
constitucional de 1970 e, sobretudo, a de 1972-1974, que al‚m disso
fez de Mobutu j dirigente supremo do partido £nico, o Movimento
Popular da Revolu‡Æo, (M.P.R.) o presidente do Conselho Legislativo
Nacional, do Conselho Executivo Nacional e do Conselho Judici rio. Em
1971, o Congo-Kinshasa tornou-se o Zaire: multiplicaram-se as medidas
de Æzairiza‡ÆoÆ, acompanhadas pela elimina‡Æo dos advers rios do
regime. Em 1977, ac‡Æes rebeldes do Shaba colocaram por um momento em
perigo o regime de Mobutu. O pa¡s estende-se pela maior parte da
bacia do rio Congo ou Zaire. Com uma depressÆo central aterrada por
espessas camadas de aluviÆo, esta alteia-se na periferia, onde
aflora a savana arborizada. A E os montes Mitumba dominam as
profundas fossas da crosta terrestre, flanqueadas de eleva‡Æes
vulcƒnicas. A oeste certos relevos costeiros, que o Congo transpÆe
penosamente, separam a sua bacia do litoral atlƒntico. Atravessado
pelo Equador, o Zaire tem um clima quente, h£mido na parte central,
coberto pela floresta densa, que se torna mais seco na periferia,
onde grassa a savana. A popula‡Æo ‚ maioritariamente constitu¡da por
Bantos. Na floresta, estes conservaram seu modo de vida tradicional,
baseada numa economia de subsistˆncia. O r pido aumento da popula‡Æo
engendrou contudo um significativo desenvolvimento urbano:1/4 dos
habitantes reside hoje em cidades. A agricultura absorve 3/4 da
popula‡Æo; paralelamente ...s lavouras de v¡veres (mandioca, milho,
arroz), ... ca‡a, ... pesca e ... colheita de frutos, os Belgas haviam
implantado certas lavouras comerciais, na ‚poca de coloniza‡Æo.
Localizadas em grandes propriedades, tais lavouras forneciam cacau,
borracha e azeite-de-dend‚m na zona florestal, e ch , caf‚ e algodÆo
nas savanas perif‚ricas. A produ‡Æo sofreu uma queda apàs a
independˆncia, mas actualmente est sendo reactivada, sobretudo no
tocante ao caf‚, ao ch e ao azeite-de-dend‚m; a explora‡Æo da
floresta fornece grandes quantidades de madeira. A explora‡Æo dos
recursos do subsolo ‚ um dos esteios da economia, iniciada na ‚poca
colonial, foi nacionalizada e levou a um aumento de produ‡Æo. No
Shaba (antigo Katanga) e no Kasai h jazidas de cobre (500 000
toneladas), zinco, cobalto, manganˆs, urƒnio, ouro e diamantes. Na
sua maioria, os min‚rios sÆo concentrados antes de serem exportados,
garantindo ao pa¡s uma balan‡a comercial que indica bons excedentes.
Entretanto, as instala‡Æes hidroel‚ctricas sà atendem em parte ...
actual pen£ria de recursos energ‚ticos. O vasto pa¡s tamb‚m se
ressente das dificuldades da comunica‡Æo, apesar de constantes
melhoras.
' Sendo em extensÆo o maior de toda a A. N. (1) A palavra Congo
significa Æca‡adorÆ.
@REP-BLICA POPULAR DO CONGO CONGO BRAzzAVILLE (Congo ex-Francˆs)
Estado da †frica Equatorial
Com cerca de 342 000 Km2 e, 1 700 000 habitantes. Capital
Brazzaville, o seu aeroporto ‚ internacional. O idioma oficial ‚ o
francˆs, embora se fale dialectos bantos. A maioria da popula‡Æo ‚
pagÆ, os catàlicos sÆo 28000. Point Noire ‚ o maior porto mar¡timo e
fluvial em Brazzaville sobre o rio Congo. No seio do Congo francˆs
(1891), depois da †frica Equatorial Francesa (1910), o pa¡s era a
colània do Congo M‚dio. A penetra‡Æo europeia foi lenta; os Franceses
imitando o sistema leopoldiano, inauguraram em 1899, durante trinta
anos, um sistema de explora‡Æo concession ria que resultou em
pilhagem e em manter a popula‡Æo na mis‚ria. A resistˆncia ... opressÆo
colonial manifestou-se, de 1928 a 1935, pela grande revolta da regiÆo
da ba¡a. O Congo M‚dio reuniu-se ... Fran‡a livre em 28 de Agosto de
1940 sob o est¡mulo do governador F‚lix �bou‚, e foi em Brazzaville,
durante uma conferˆncia presidida por Charles de Gaulle (1944), que
foram lan‡adas as bases da UniÆo francesa (1946). A funda‡Æo, em
1956, pelo abade Fulbert Youlou, da UniÆo democr tica de defesa dos
interesses africanos (U.D.D.I.A.), iniciou a cria‡Æo, em 1958, da
Rep£blica do Congo, de que F. Youlou foi o primeiro presidente
(1959), e depois a independˆncia completa do pa¡s (1960) a 15 de
Agosto. Apàs a substitui‡Æo de F. Youlou por Alphonse Masoemba-D‚bat,
o Congo confirmou a sua op‡Æo socialista, que o isolou dos seus
parceiros da UniÆo aduaneira africana e nÆo impediu a manuten‡Æo das
graves dificuldades econàmicas. Em 1970, o pa¡s-dirigido de 1969 a
1977 pelo presidente Marien Ngouabi e posteriormente, de 1977 a
Fevereiro de 1979 pelo coronel Yhombi-Opango, e desde entÆo pelo
coronel Denis Sessau Nguesso tornou-se a Rep£blica Popular do Congo,
oficialmente marxista. O pa¡s estende-se sobre uma parte do estu rio
aluvial, pantanoso do Congo, margeado a Noroeste por uma sucessÆo de
planaltos e colinas. A cadeia costeira do Mayomb‚ separa a estreita
franja do litoral do resto do pa¡s. O clima equatorial explica a
grande extensÆo da floresta densa. A popula‡Æo maiorit ria ‚ banta e
pouco numerosa, concentra-se no Sudoeste do pa¡s, nas proximidades de
Brazzaville e de Point-Noire. A agricultura continua sendo o sector
fundamental da economia. Os recursos do subsolo sÆo variados, mas
pouco abundantes, com excep‡Æo do petràleo, explorado h pouco
tempo, e a ind£stria limita-se ... transforma‡Æo dos produtos
agr¡colas. O pa¡s necessita de importar bens de equipamento. A Fran‡a
continua a ser o parceiro principal de um com‚rcio exterior
deficit rio, efectuado pelo porto de Point-Noire.
Ligado ... histària de Brazzaville Pedro Paulo Francisco Savorgnan
conde de Brazza
Ligado ... histària de Brazzaville est o investigador: Pedro Paulo
Francisco grandt Savorgnan conde de Brazza, um dos investigadores de
†frica, que ao servi‡o da Fran‡a emocionou os homens da sua ‚poca.
Principiou pela ida na fragata V‚nus a diversos pa¡ses da †frica
entre eles ao GabÆo e ao Senegal. Em 1875, decidiu investigar algumas
regiÆes africanas porque, de acordo com a sua ideia, a Europa nÆo
seria uma entidade geogr fica completa se nÆo investigasse e
constatasse esses povos tÆo distantes e tÆo importantes que
habitavam o Continente Misterioso e a respeito dos quais eram criadas
fantasias inadmiss¡veis para esse s‚culo em que a ciˆncia j
triunfava de modo incontest vel. Decidido a realizar esse trabalho
que considerava redentor, dedicou-se ... tarefa de procurar
companheiros e partiu de Bordeaux com o seu amigo, o Doutor Noel
Ballay e com o investigador Alfred Marche; o contramestre Hannon
acompanhou-os, estando convenientemente equipados. A primeira etapa
da investiga‡Æo foi dirigida para o rio Ogou‚, cujo curso subiram at‚
Olope. Em seguida tomaram a direc‡Æo Sudeste e descobriram uns grupos
de homens muito pequenos, que pensaram serem anÆes. Por‚m, eram os
Pigmeus, cuja altura oscilava entre 1 m e 1,50 m e, Os investigadores
prosseguiram at‚ ao Alima e o Licona, perto do Congo. Um deles,
Marche, adoeceu e teve de ficar num posto de Aruma. Isto ocorreu em
1878; Brazza e Ballay regressaram ao Ogou‚, em seguida investigaram
o territàrio e Brazza fundou o Comit‚ Francˆs da Associa‡Æo Africana,
nas margens do M' Pada. Mais tarde, sem aux¡lio de ningu‚m e decidido
a realizar os seus sonhos, o Conde de Brazza investigou a regiÆo de
Bafuru e chegou ao Congo, onde, em 1880, fundou a esta‡Æo Ntamo
Neuna, a qual foi chamada Brazzaville para perpetuar o seu nome. O
conde tomou posse em nome da Fran‡a e o Rei Makoko resolveu
colocar-se sob a protec‡Æo das autoridades europeias. Imaginando
sempre novas possibilidades, novas terras que algum dia seriam as
terras de futuro, chegou a Mdamli-Mbongo onde foi realizado o c‚lebre
encontro com Stanley. Pouco se sabe dessa conferˆncia, por‚m
guardou-se uma frase de Brazza, de acordo com o que pensavam os
homens que se embrenharam no territàrio africano e mostravam novas
terras para a civiliza‡Æo, para a futura civiliza‡Æo universal,
conforme o pràprio Brazza dizia. Em 1883, foi nomeado Comiss rio da
†frica Ocidental e foi-lhe permitido prosseguir o seu trabalho,
colocaram recursos financeiros ... sua disposi‡Æo entÆo, voltou para a
†frica. Procurou a colabora‡Æo dos chefes Negros e assinou uma
conven‡Æo com Makoko para assegurar a liberdade de navega‡Æo para os
barcos franceses. Em 1886, foi nomeado Comiss rio Geral do Congo. Em
1891, investigou o Sangha, partindo de Brazzaville e, fundou uma nova
localidade. Em 1892, embarcou no navio Le Coubert e chegou a Gazza,
cujo territàrio investi- gou at‚ Kunde. Investigando o rio Ogou‚ e a
regiÆo entre Franceville e o Alima realizou grande n£mero de cartas
geogr ficas. Estudou a fauna e a flora dos territàrios que descobriu
e, levou para o estudo os primeiros exemplares da mosca ts‚-ts‚ que
atacam os animais da †frica at‚ aniquil -los, lentamente, atrav‚s da
debilidade e da perda gradativa das suas for‡as. A luta contra
doen‡as tropicais, sobretudo desde o s‚cculo XIX, foi uma das
preocupa‡Æes da Europa. A descoberta da doen‡a do sono por Robert
Koch fundador da ,bacteriologia em princ¡pios do nosso s‚culo 1906,
foi uma das vitàrias.
@REP-BLICA DE RUANDA Estado da †frica Equatorial
Com cerca de 26 300 Km2 e, 5 290 000 habitantes. Capital Kigali. De
1916 a 1962 formou com Burundi o Ruanda-Urundi. Idioma oficial
francˆs. O verdadeiro fundador da Ruanda moderna foi, no s‚cculo
XVII, Ruganzu Ndori, que fixou a capital em Nduga, e cujos sucessores
desenvolveram uma pol¡tica expansionista. No s‚culo XIX, Kigeri
Rwabugiri (de c. 1860 a 1895) estendeu seus dom¡nios a Norte e oeste
do lago Kivu; a administra‡Æo concentrou-se entÆo, em torno de um
rei, ou mwami, considerado sagrado; o poder pertencia ...s grandes
fam¡lias Tutsis aparentadas ao rei. Os AlemÆes entraram em Ruanda a
partir de 1894, ali estabelecendo, em 1907, um protectorado. Foram
substitu¡dos pelos Belgas em 1916. Ruanda-Urundi (formado por Ruanda
e o actual Burundi) toi, entÆo, submetido ao mandato (1923) e depois
... tutela (1946) Belga, que favorecia os Tutsis. Mas as dificuldades
econàmicas e o recrudescimento dos àdios tribais provocaram em Julho
de 1973, um golpe militar chefiado pelo general Juvenal Habyarimana.
Este foi, em 1978, eleito presidente da Rep£blica com a adop‡Æo de
uma nova Constitui‡Æo. O pa¡s estende-se sob um conjunto de planaltos
elevados, dominado ao Norte pelo maci‡o vulcƒnico dos montes Birunga
(4507 m). � limitado a oeste pela fenda da †frica central, ocupada
pelo lago Kivu. O clima, tropical, ‚ muito h£mido mas a floresta
reduz-se, em boa parte, a savana arborizada. A popula‡Æo constitui-se
de 85% de Hutus, agricultores bantos, e de uma minoria de Tutsis,
pastores ham¡ticos, muito densa, ‚ essencialmente rural. A
agricultura ‚ ainda o sector primordial da economia: mandioca, sorgo,
feijÆo e milho sÆo a base da alimenta‡Æo; as culturas sÆo pouco
desenvolvidas (caf‚, ch ). A cria‡Æo bovina ‚ de pouco rendimento. †
industrializa‡Æo est apenas iniciada, e o pa¡s ‚ prejudicado pelo
isolamento.
@REP-BLICA DO UGANDA Estado da †frica Equatorial
Membro do Commonwealth, com cerca de 243 400 Km2 e, 15 220 000
habitantes em maioria Negros Sudaneses, al‚m do Hindus, Camitas,
Nil¡ticos e †rabes, existe a tribo dos Bugandas a mais numerosa. O
idioma oficial ‚ o inglˆs embora falem o banto, luganda e sudanˆs. A
maioria ‚ catàlica, no entanto existe ainda a pr tica de cultos
pagÆos. Uganda ‚ um dos pa¡ses de †frica, que possuem uma fauna rica
e variada, a capital Kampala. Povoado por camponeses, Uganda foi
entre os s‚culos XVI e XIX, invadido por pastores Camitas, que
repeliram os agricultores para os grandes lagos. Os reis-sacerdotes,
que entÆo se instalaram, controlaram mal os Estados vassalos: O
Buganda libertou-se assim sob Mutesa I em. 1884) que amea‡ado pelo
Egipto, acolheu mission rios protestantes e padres brancos
(1862-1879). O sucessor de Mutesa, Mwanga, nÆo pÆde impedir que o seu
pa¡s entrasse em 1890 na zona de influˆncia britƒnica, para em 1894
tornar-se o protectorado de Uganda. O desenvolvimento econàmico foi
entÆo r pido, gra‡as em parte ... imigra‡Æo asi tica. Contudo, no
interior do protectorado vigorou o desejo de conservar sua autonomia
quando, apàs 1945, come‡ou a entrar em pauta a ideia de dar
independˆncia a Uganda. Em 1952, o pa¡s ao mostrar-se desejoso de
levar rapidamente ... independˆncia um Estado ugandense unificado, foi
com concordƒncia do rei do Buganda, Mutesa II, que o governador Sir
Andrew Cohen democratizou a Constitui‡Æo. Mas Mutesa II protestou,
quando ocorreu ... GrÆ-Bretanha em Junho de 1953, a possibilidade de
constituir uma confedera‡Æo da †frica Oriental; os Ingleses
exilaram-no, mas tiveram de aceitar finalmente a forma‡Æo de uma
Federa‡Æo ugandense onde coube ao Buganda um papel preponderante. Em
9 de Outubro de 1962, com Apollo Milton Obote como primeiro-ministro,
a Federa‡Æo dos cinco Estados ugandenses foi proclamada
Independente. Em 1963, tornado soberano mas membro do Commonwealth,
o Uganda entregou a presidˆncia a Mutesa, o ex-rei do Buganda. Sem
demora, conflitos opuseram os Bugandenses aos demais Estados. Em
1966, Obote suspendeu a Constitui‡Æo e instituiu um regime militar e
contralizador cujo parlamento elegia o presidente; Mutesa teve de
fugir para Londres. Deteriorando-se a situa‡Æo econàmica, Obote foi
derrubado em 25 de Janeiro de 1971 pelo general Idi Amin Dada, que
expulsou os asi ticos e pÆs em pr tica uma pol¡tica a um tempo
ditatorial e demagàgica. Em Abril de 1979, obrigaram Amin Dada a
fugir e assumiram o controle de Kampala, a Frente Nacional de
Liberta‡Æo de Uganda instalou um governo provisàrio, dirigido por
Yusuf Lule. Em Junho de 1979, Godfrey Binaisa sucedeu a este e, em
Maio de 1980, os militares tomaram o poder e destitu¡ram Binaisa. Em
Dezembro, Milton Obote voltou ... chefia do Estado apàs a vitària dos
seus partid rios nas elei‡Æes legislativas. A anarquia generalizada,
a economia devastada e a seca agravaram a fome, que assolou todo o
Nordeste do pa¡s. Em Janeiro de 1986 o Uganda teve um golpe de
Estado em Kampala e governa actualmente uma junta militar presidida
por um general. O conjunto do pa¡s corresponde a um vasto planalto
coroado por grandes maci‡os vulcƒnicos e onde se dispÆem os lagos
Kiroga e Victària. Tal planalto ergue-se para oeste dominando o Riff
Valley do Este africano, que ‚ ocupado pelos lagos Mobutu e Eduardo
separados pelo pico de Ruwenzori (5119 m). Situado abaixo do
Equador, Uganda tem um clima h£mido, que se torna um pouco mais seco
em direc‡Æo ao Nordeste onde a altitude influi sobre as temperaturas
e, a savana arborizada cobre a maior parte do pa¡s. A popula‡Æo
relativamente densa ‚ composta em maioria por Bantos ‚
fundamentalmente rural, com 90% dos habitantes concentrados no campo,
a £nica cidade not vel ‚ a capital, Kampala. No pa¡s predomina o
cultivo de banana, substitu¡da no Norte pelo sorgo, a mandioca e
legumes variados. Certas planta‡Æes fornecem os principais produtos
de exporta‡Æo: algodÆo, ch e, sobretudo caf‚ (mais de 50Æ%, em
valor, das exporta‡Æes). A industrializa‡Æo ‚ limitada; o cobre,
principal recurso do subsolo, ‚ em grande parte exportado em bruto.
Em Kampala concentram-se as constru‡Æes mecƒnicas e as ind£strias
aliment¡cias e tˆxteis; o com‚rcio externo ressente-se da falta de um
escoadouro mar¡timo nacional.
@†FRICA AUSTRAL
Sobre a Costa Ocidental, entre a floresta congolesa e o deserto
litoral, a popula‡Æo dedica-se sobretudo ... agricultura. Altos
planaltos de Grange e Vaal, que baixam a Oeste para as grandes
depressÆes des‚rticas do Kalahari e da Nam¡bia revelam-se a Este e a
Sul numa importante barreira montanhosa. Muitos contrastes existem na
†frica Austral, enormes reservas universais de ouro, diamantes,
urƒnio, cobre, carvÆo, etc. A Federa‡Æo da Rod‚sia e Niassalƒndia que
desde 1953 at‚ 1963 reuniu trˆs pa¡ses: Rod‚sia do Sul, Rod‚sia do
Norte e Niassalƒndia configurava as possessÆes britƒnicas da †frica
Central. Esta vasta regiÆo adquiriu a partir de 1963 crescente
autonomia at‚ formar actualmente Estados independentes dentro do
Commonwealth com os nomes respectivamente de Zimbabwe Rod‚sia do Sul.
Z mbia Rod‚sia do Norte e, Malawi Niassalƒndia. A †frica Austral com
a Ocidental, forma a parte mais povoada da †frica Negra. Na †frica
Austral o rio Zambeze ‚ naveg vel 400 km a partir de Tete at‚ ... foz
formando as quedas do Victària no Centro, do Limpopo no Sul e do
Congo no Norte. Os pa¡ses situados na †frica Austral: Angola, †frica
do Sul (Azƒnia), Botswana (Bechuanalƒndia), Lesoto (Basutolƒndia),
Nam¡bia (Sudoeste africano), Suazilƒndia (Neguane ou Ngwane),
Zimbabw‚ (Rod‚sia do Sul), Zƒmbia (Rod‚sia do Norte), Malawi
(Niassalƒndia), Mo‡ambique e Madag scar (Malgaxe).
@REP-BLICA POPULAR DE ANGOLA Estado da Costa Ocidental da †frica
Austral
Com cerca de 1246 700 Km2 e 6 570 000 habitantes. Capital Luanda;
idioma oficial o portuguˆs, embora a popula‡Æo fale v rios dialectos
bantos. Os povos Bantos e nÆo Bantos constituem a maioria absoluta da
popula‡Æo. Os primeiros povos a habitarem Angola pertencem ao grupo
Bochimane (Bosqu¡mano), que fazem parte do grupo nÆo-Banto como
igualmente, os V tuas, grupo que tamb‚m existe em alguns pa¡ses
inclusiv‚ em Mo‡ambique. A ReligiÆo que conta maior n£mero ‚ a
catàlica, cerca de trˆs milhÆes, a seguir a protestante, embora
grande parte dos cultos sejam pagÆos. Todo o litoral deste pa¡s ‚
banhado pelo Oceano Atlƒntico, da¡ a sua popula‡Æo se dedicar ...
pesca; al‚m desta actividade outras, de agricultura tradicional,
cria‡Æo de gado e, ainda a da actividade mineral sobretudo diamantes
e ferro. Do territàrio de Cabinda na embocadura do rio Congo e a
Norte do rio Zaire, (dependˆncia de Angola pelo tratado de
Simulambuko de 1885), extrai-se o petràleo uma das grandes riquezas
mineiras de exporta‡Æo. Angola tornou-se conhecida dos Europeus desde
a segunda viagem de Diogo CÆo (1485), mas durante quase um s‚culo a
regiÆo nÆo despertou o interesse a Portugal at‚ que em 1575, Paulo
Dias de Novais, na segunda viagem a Angola desembarca na Ba¡a de
Luanda e deu in¡cio ... coloniza‡Æo de Angola. Nomeado donat rio da
Capitania de Angola criada em 1574, em 1576 ele fundou a vila de
Luanda, hoje cidade capital de Angola. O dom¡nio Lusitano ‚ posto a
rude prova na primeira metade do s‚culo XVII, quando o negàcio de
escravos o assento, o resgate se tornara uma actividade lucrativa e
cobi‡ada por v rias na‡Æes. Assim, em 23 de Maio de 1641, uma
expedi‡Æo holandesa sa¡da do Recife ocupou Luanda, para servir o
com‚rcio negreiro de Pernambuco. Os Portugueses retiraram-se para o
Interior, mostrando a sua resistˆncia em Massangano, at‚ que em 1648
Salvador Correia de S e Benevides. com uma frota preparada no Rio de
Janeiro, subjugou os Holandeses em Angola, restituindo-a ao dom¡nio
Portuguˆs. Da¡, que no s‚culo XVII o pa¡s ficasse sujeito ao governo
geral do Brasil, na Ba¡a e ao vice-rei no Rio de Janeiro. Em 1667
houve a revolta de Luanda que levou ... nomea‡Æo dos governadores de
Angola em Portugal. No s‚culo XIX, por ocasiÆo da Independˆncia do
Brasil, houve em Angola um movimento prà-liga‡Æo com o Novo Estado
Brasileiro, mas devido a tratados da Coroa Portuguesa com a
GrÆ-Bretanha esta assegurou a integridade dos Territàrios
Ultramarinos de Portugal. O com‚rcio de escravos iria ter a sua
repressÆo, quando em 1836, S da Bandeira secret rio do Estado e do
Ultramar leu perante as cortes o seu not vel relatàrio propondo a
aboli‡Æo da escravatura por completo, (a Sul de Angola existe uma
cidade com o seu nome: S da Bandeira Lubango). Com a repressÆo ao
tr fico abre a ‚poca do grande desenvolvimento no sentido da
individualiza‡Æo territorial, criando-se uma nova economia baseada
nos recursos do solo. Assim, as conquistas Lusitanas no interior de
Angola fixaram os limites em em 1921, criando-se o regime dos Altos
Comiss rios. O Acto Colonial de 1930 organizou a Administra‡Æo. Na
d‚cada de 60 1961-1970, outras leis deram ao pa¡s o status de
Prov¡ncia Ultramarina. Mas j entÆo crescia o movimento
prà-independˆncia do pa¡s e a luta armada contra o dom¡nio
portuguˆs. O primeiro passo para a Independˆncia foi dado em Julho de
1974 com a anula‡Æo do artigo primeiro da Constitui‡Æo Portuguesa de
1933, que pro¡bia a ren£ncia de Portugal a qualquer parte de seu
territàrio. A queda do salazarismo em 25 de Abril de 1974 propiciava
o in¡cio da descoloniza‡Æo entre as tropas portuguesas e as
organiza‡Æes de liberta‡Æo. e A Independˆncia de Angola d -se em 11
de Novembro de 1975, com o nome de Rep£blica Popular de Angola, cujo
primeiro Presidente foi Agostinho Neto, l¡der do Partido Pol¡tico do
M.P.L.A., da¡ a Bandeira Nacional ter a sigla deste Partido. Com o
reconhecimento do novo governo pela O.U.A. e por grande n£mero de
pa¡ses, destacando-se o Brasil, consolidou-se a posi‡Æo do
presidente Agostinho Neto. Com a morte de Agostinho Neto, em 1979,
Jos‚ Eduardo dos Santos foi nomeado presidente. A capital de Angola ‚
chamada S. Paulo de Luanda, fundada por Paulo Dias de Novais neto de
Bartolomeu Dias, este ligado ... histària: ÆPodem l passar sem medo
que o Gigante Adamastor nÆo ‚ mais que um penedoÆ. Paulo In Dias de
Novais na 1.a viagem chega ao rio Cuanza regressa a Portugal e, na 2a
viagem desembarca na ilha de Luanda em 1575, a 70 Km da foz do rio
Cuanza e a¡ funda em 1776 a Vila de S. Paulo. (Depois segue viagem
para o Cuanza e em 1582 para Massangano onde fica morrendo a 1589). A
ilha de Luanda tem a Ba¡a de um lado e a costa mar¡tima do outro e,
no morro de nome S. Miguel foram constru¡das casas e uma fortaleza
sob o mesmo nome, que ainda hoje existe. A capital ‚ conhecida
tamb‚m pelo nome de Æcidade das ac cias rubras e buganv¡lias em
florÆ, considerada uma das mais belas, cuja vista do morro ou
fortaleza de S. Miguel ‚ deslumbrante. A ilha de Luanda foi ligada ...
terra pelo trabalho da mÆo humana, para transformar a ilha em
Pen¡nsula. Hoje a moderna cidade vista do morro tem um encanto diurno
e outro nocturno j que as luzes dos edif¡cios reflectidas na Ba¡a
torna-a uma das mais belas do Continente Africano. A plan¡cie
litoral de Angola marcada pela existˆncia de mangues ‚ orlada a Este
por um grande escarpamento que limita o planalto do Bi‚. Este, cuja
altitude m‚dia vai de 1000 a 2000 m ‚ drenado para o Norte pelos
afluentes do Congo, para o Sul pelos do Zambeze. Por todo o planalto,
as precipita‡Æes sÆo abundantes, ao passo que a costa ainda sob
influˆncia equatorial ao Norte seca progressivamente na direc‡Æo do
deserto da Nam¡bia, ao Sul. Pa¡s vasto, Angola ‚ escassamente
povoada, os Europeus, Portugueses, abandonaram-na por ocasiÆo da
Independˆncia. Constitu¡da na sua maioria por Bantos, a popula‡Æo
vive principalmente em zonas rurais. Uma parcela da popula‡Æo
dedica-se ... agricultura tradicional (mandioca) e ... cria‡Æo de gado
bovino. As grandes planta‡Æes de origem colonial fomecem caf‚, milho,
cacau e algodÆo: os recursos minerais sÆo abundantes e ainda pouco
explorados com excep‡Æo do petràleo, o ferro e os diamantes. Rios
principais: Cuanza ‚ o maior, nasce e desagua em Angola, nele se
situa a barragem de Cambambe; o seu afluente rio Lucala fomia as
quedas, das mais belas do mundo, do Kalandula (Duque de Bragan‡a). O
Zaire ‚ dos maiores rios de †frica corre a Norte e, serve de
fronteiras desde Noqui at‚ Soyo (Sto. Antànio do Zaire). O Zambeze
igualmente dos maiores. apenas passa a Este de Angola, serve de
fronteira ... Zƒmbia e ao Zimbabw‚ (Rod‚sia) e vai desaguar em
Mo‡ambique, nele se situa a barragem de Cabora Bassa (Cahaora Bassa).
O Cunene atravessa o planalto de Hu¡la e serve de fronteira com o
Sudoeste Africano (Nam¡bia) nele se situa a barragem de Matala. Al‚m
destes muitos mais existem em Angola da¡ a frase: ÆAngola
tr
ansborda em riosÆ. Por outro lado, as costas mar¡timas de Angola
sÆo das zonas mais ricas do mundo em crust ceos. As eleva‡Æes: as
serras de Canganza e Tala-Mugongo forma o rebordo montanhoso entre a
plan¡cie costeira e a Zona dos planaltos do Norte de Angola; nas
suas encostas produz-se o caf‚, -ma das riquezas do pa¡s. Os
planaltos de Malanje e Lunda ao Norte e, ao Sul de Benguela, Bi‚ e
Hu¡la sÆo f‚rteis. A serra de Chela a Sul marca o ponto de mudan‡a do
litoral para o planalto Interior, na base desta serra est uma
importante cria‡Æo de gado. Na exuberante flora de Angola, descobriu
Lu¡s Sambo 450 plantas medicinais para cura das mais variadas
doen‡as; a rosa de porcelana ‚ a Rainha da beleza da floricultura
angolana; descobriu o Dr. Frederico Welwistsch a Tumbo, considerada
um dos seres mais famosos do reino veget...l; £nica no mundo, existente
nas areias escaldantes do deserto de Namibe (Mo‡ƒmedes) e Kalahari
Nam¡bia (Sudoeste Africano).
Lu¡s Sambo
Lu¡s Sambo nasceu em Colibir a 15 de Agosto de 1874, de uma fam¡lia
real de Cabinda. Este homem de Angola, distinguiu-se como ervan rio,
conheceu e utilizou centenas de plantas no tratamento das mais
variadas doen‡as, tendo obtido curas em Africanos e Europeus que a
ele recorriam desenganados pela medicina. Al‚m do seu interesse pela
sa£de, tamb‚m se dedicou ... educa‡Æo com a cria‡Æo de escolas de
m£sica, o povo Bengalense perpetuou a memària do c‚lebre ervan rio
com um mausol‚u.
Frederico Welwitsch
Frederico Welwitsch, doutor austr¡aco, investigador Botƒnico, em
1853 embarca para Luanda, em 1854 inicia a sua investiga‡Æo no
Interior de Angola, inclusiv‚ Pungo-Andongo considerado um verdadeiro
jardim botƒnico; segue em 1859 para (Mo‡ƒmedes) Namibe, onde a poucos
quilàmetros no deserto se d a maior descoberta do s‚culo no mundo da
Botƒnica: um ser vegetal nascido nas areias escaldantes, disfomie com
enormes folhas semelhantes a um polvo, uma planta extraordin ria como
valor cient¡fico a que os africanos davam o nome de ÆN'Tumbà'ouÆ
ÆtumboÆ, mas a ela foi dado o nome definitivo de Welwitschia
Mirabilis, ligando-a ao nome do descobridor e este ... planta gravada
em 1872 na placa do seu t£mulo em Inglaterra no cemit‚rio de Kensal
Green. Como investigadores portugueses do sertÆo africano
destacam-se: Hermenegildo Brito Capelo, oficial da marinha, Roberto
Ivens, Silva Porto e Serpa Pinto. No s‚culo XIX recrudescia uma
Campanha Internacional movida por viajantes ingleses, que acusavam
Portugal de nÆo impedir a escravatura. Para a expedi‡Æo cient¡fica
destinada a investigar os territàrios entre Angola e Mo‡ambique e as
bacias hidrogr ficas do Zaire e do Zambeze foram designados entre
outros os Portugueses acima referidos, que procuravam desvendar os
segredos dos sertÆes e dos rios, que os atravessavam realizando
viagens de estudo, contribuindo desse modo para tornar conhecido o
Interior de †frica e Povos, que nele viviam (j em 1725 D. Lu¡s da
Cunha e, em 1664 o CapitÆo Jos‚ Rosa investigavam estes territàrios).
Os seus estudos sobre o que observaram fauna, flora, cursos de gua,
costumes etc. abriram extraordin rias possibilidades a esses povos e
a um mais racional aproveitamento dos dons da Natureza. Portanto ‚
justo que nÆo esque‡amos os que se sacrificaram ao penetrarem nas
selvas, em pƒntanos, areias de fogo, sofrendo sede e fome; entre
tantos, Capelo e Ivens de 1877 a 1880, percorreram as regiÆes de
Benguela ...s terras do laca, tendo determinado os cursos dos rios
Cubango, Luando e Tchicapa. Em 1884, percorreram a costa e o planalto
de Hu¡la e depois atrav‚s do Interior at‚ Quelimane em Mo‡ambique. A
fauna ‚ importante: a girafa, gnu (boi cavalo), gunga (cefo), zebra
da plan¡cie e da montanha, guelengue, leÆo, leopardo, chita,
hipàpotamo, b£falo vermelho e b£falo preto, cabra leque, rinoceronte,
elefante, palanca vermelha e palanca preta (real) e a avestruz sÆo
alguns de entre tantos animais da rica fauna angolana a que chamam:
ÆPara¡so da ca‡aÆ. O subsolo ‚ rico em minerais: diamantes, ouro,
prata, cobre, ferro, magn‚sio, petràleo, etc.
Mapungo e N'Zinga As famosas Pedras Negras de Pungo-Andongo Mapungo
sÆo o espect culo grandioso para o viajante da linha de
Luanda-Malanje, que percorre a distƒncia entre a cidade do litoral e
a cidade do planalto. Ali teve o rei Dongo (N'Dongo) a sua fortaleza
e a sua corte; ali esteve, tamb‚m a c‚lebre rainha Jinga (N'Zinga),
que enche uma boa parte da Histària de Angola. Jinga tornou-se
c‚lebre pela sua coragem e resistˆncia, porque havia cerca de 30
anos, que os Portugueses lutavam contra ela sem nada conseguirem nem
com diplomacia nem com guerra. Em 1622 ‚ baptizada em Luanda com o
nome de D. Ana de Sousa, da¡ a chamarem-lhe tamb‚m Anne Zingha,
embora o seu nome original seja N'Zinga M'Bandi. Zinga foi rainha de
Matamba, que fazia parte do reino do Dongo, este ficava ao Sul do
reino do Congo. O reino de Matamba tinha-se formado no s‚culo XIV,
quando N'gola, a N'Zinga, a Inene, chefiando as migra‡Æes do centro
de †frica se instalou nesse territàrio. Mais tarde os Jagas (Jacas)
fugidos do Congo nos fins do s‚culo XVI, invadiram a Matamba e foi
entÆo, que este reino perdeu a sua unidade. A rainha Jinga no s‚culo
XVII reconstituiu o reino de Matamba e, durante muito tempo Jinga
fez de Matamba o seu ref£gio e o seu quartel general para combater
os Portugueses e o Ari Kiluanje, que estava no trono do Dongo.
@REP-BLICA DA †FRICA DO SUL (AZ�NIA) Estado situado na †frica Austral
Estado situado na extremidade meridional com cerca de 1221000 Km2 e,
30 480 000 hab. Capital Pretària e Cabo. Idioma oficial o inglˆs,
falando-se o africƒnder e dialectos bantos. As popula‡Æes de ra‡a
Khoisan foram as primeiras que povoaram a †frica do Sul, donde
advieram os Bosqu¡manos, depois (s‚culo XI) os Namas e (s‚culo XV) os
Bantos (Ovambos, Sotos, Zulos, Tsuanas), que repeliram os seus
predecessores, os Zulos ainda hoje sÆo das tribos mais guerreiras. Os
Portugueses atracaram v rias vezes no litoral do pa¡s no s‚culo XV,
mas ali nÆo se instalaram no local. A Companhia Holandesa das ‹ndias
Ocidentais, fundada em 1602 veio logo a servir de base ... ExpansÆo
Colonial das Prov¡ncias Unidas. Em 1652 os Holandeses fundaram no
Cabo o seu primeiro estabelecimento permanente na †frica do Sul. Os
colonos os Free Burghers ou Boeres agiram como verdadeiros pioneiros
insurgindo-se, ora contra os autàctones, que repeliram para o Norte
ou reduziram ... escravidÆo, ora contra a Companhia das ‹ndias ao
recusar-lhe a autoridade. A revoga‡Æo do Edito de Nantes (1685)
provocou forte migra‡Æo de Hu o guenotes franceses que veio refor‡ar
a Coloniza‡Æo Holandesa. Ao genoc¡dio dos Bosqu¡manos sucederam-se
numerosos conflitos sangrentos com os Bantos (guerra cafre,
1779-1780). Em 1814 o pa¡s passou a ser administrado pelos
Britƒnicos. As rela‡Æes com os novos senhores nÆo tardaram a ficar
tensas o que provocou em 1834 o Grande Trek, que levou os Boeres para
o Norte. Se Natal escapou dos £ltimos (tornou-se possessÆo britƒnica
em 1844), SE o Transval e o Orange foram reconhecidos como Rep£blicas
Independentes (1852-1854). Mas a descoberta de diamantes na regiÆo
de Kimberley e de ou Ca ro no Transval incitou Cecil Rhodes e os
britƒnicos a marcharem para o Noreste provocando a extenuante guerra
dos Boeres (1899-1902), que terminou com a vitària dos Britƒnicos.
Entretanto, os Boeres reavivaram rapidamente a vida cultural e
pol¡tica dentro de uma entidade inicialmente chamada UniÆo
Sul-Africana 1910. membro da Commonwealth brit nica depois Rep£blica
Independente da †frica do Sul (1961). A Histària desse Estado ‚
marcada por dois elementos consider veis: a anexa‡Æo do Sudoeste
Atricano e o desenvolvimento do nacionalismo ÆafricanoÆ, que se
fecham numa pol¡tica de apartheid em rela‡Æo aos nÆo-brancos. A
resistˆncia a tal pol¡tica intensifica-se constantemente e, no
princ¡pio de 1986 a †frica do Sul anuncia o fim da pol¡tica do
apartheid e a liberta‡Æo de Nelson Mandela l¡der da luta
anti-apartheid, preso ... cerca de 20 anos. O meio a †frica do Sul ‚
uma velha plataforma aplainada e parcialmente recoberta de
sedimentos, ...s vezes entrecortados de desmoronamentos bas lticos
(sistema de Karroo). Rebaixada no centro, na bacia do Kalahari
drenada pelo Orange, tal plataforma eleva-se nas bordas, nos
planaltos de Transval. do Alto Veld e do Karroo, estes. na parte
Oriental do pa¡s, reordenaram-se e dominam a estreita plan¡cie
cosceira de um grande escarpamento (Drakensberg). O ciima opÆe a
parte Ocidental do pa¡s, rida no litoral atlƒntico (deserto do
Kalahari) e coberta de savana no interior, ... parte Oriental, mais
h£mida. A prov¡ncia de Natal, que recebe ventos al¡sios, tem clima
tropical enquanto a regiÆo do Cabo goza de clima mediterrƒneo. A
popula‡Æo Concentra-se nas regiÆes Oriental e Meridional do pa¡s e
compÆe-se de quatro grupos bem distintos: os Brancos (cerca de 17%)
dominam a administra‡Æo e a economia, impÆem uma pol¡tica de
segrega‡Æo racial, o apartheid. Os Negros (cerca de 70%)
principalmente, Bantos, Zulos e Sotos sÆo os mais numerosos, grande
parte deles sÆo mantidos em reservas praticando a agricultura
tradicional; os outros, em zonas ind£striais e minerais. A cria‡Æo de
Estados Bantos (bantustans) relativamente autànomos politicamente nÆo
diminui a dependˆncia econàmica. Os Coloreds (cerca de l0o/o)
mesti‡os constituem categoria social intermedi ria. Os Asi ticos (3%)
estÆo geralmente ligados ao com‚rcio. Em rela‡Æo ao resto do
Continente, a †frica do Sul ‚ um pa¡s fortemente urbanizado, conta
com muitas cidades de mais de 100 000 hab. A economia o essencial da
riqueza da †frica do Sul ‚ retirado do subsolo. As minas de
diamantes de Kimberley e Pretària, o carvÆo (75 000 000) e o ferro
(10 000 000 t) do Transvaal e Natal, o urƒnio, o manganˆs, o cromo, a
platina e sobretudo o ouro (c 700 t mais de metade da produ‡Æo
mundial) do Witwatersrand. respondem pela maior parte das
exporta‡Æes, que partem dos portos do Cabo. Durban, Port Elizabeth e
East London. Contudo tais mat‚rias-primas igualmente permitiram
sobretudo depois da Segunda Guerra Mundial o desenvolvimento de
poderosa ind£stria no pa¡s. instalada com a ajuda de capitais
anglo-saxÆes. As fontes de energia locais sÆo o carvÆo e a
hidroel‚ctricidade, o pa¡s tem de importar petràleo. A actividade
essencial ‚ a metalurgia (7 000 000 t de a‡o por ano) A qu¡mica est
em plena expansÆo produzindo adubos e mat‚rias-pl sticas. As
ind£strias texteis (lÆ e algodÆo) e alimentares sÆo igualmente
importantes Tais actividades estÆo localizadas em quatro zonas
industriais no Transvaal. em particular no Witwatersrand, perto de
Johanesburgo especializado em industrias. pesadas, e nas regiÆes
litorais de Durban. Cabo e Port Elizabeth. Estas regiÆes estÆo
ligadas por um sistema de vias de comunica‡Æo cuja constru‡Æo data do
in¡cio da explora‡Æo das minas. A agricultura por sua vez permanece
como um sector importante Nas regiÆes mais irrigadas dominam
culturas de alimentos (milho) ou comerciais vinhas e c¡trinos na
regiÆo do Cabo, tabaco no Transvaal e cana-do-a‡£car domina a
pecu ria, sobretudo ovina, cuja lÆ ‚ em parte exportada Gra‡as ...
irriqa‡Æo proporcionada pelo Orange deve ser aumentada a superf¡cie
cultivada. A frica do Sul ‚, assim, a primeira potˆncia econàmica do
Continente Africano
A CAPITAL DO DIAMANTE
Desta vez, a ben‡Æo nÆo ca¡u do C‚u, subiu das entranhas da Terra,
porque debaixo da terra encontra-se a riqueza em ouro e diamantes. Os
homens atra¡dos pelo brilho do metal precioso e pela cintila‡Æo das
pedras preciosas, chegaram rapidamente e em grande n£mero. Em pouco
tempo fundaram uma cidade,que em ritmo vertiginoso, converter-se-ia
na terceira do Continente estamos a falar de Joanesburgo
(Johannesburg). Com efeito, esta cidade, a que faltam ainda anos para
que complete um s‚culo nasceu em fins do s‚culo passado , conta hoje
com cerca de 2 000 000 habitantes, somando com os das cidades, que
nasceram como sat‚lites atra¡das pela sua riqueza. Cidade jovem mas
poderosa devido ...s suas minas de ouro na regiÆo, os seus primeiros
habitantes foram os cl ssicos e decididos aventureiros ca‡adores de
ouro. Aqueles mineiros curtidos vinham do Sul em carretas puxadas por
bois e levantavam ali as suas toscas tendas. Chegavam continuamente
e, a popula‡Æo crescia de maneira assombrosa. Era uma grande atrac‡Æo
aquelas terras de Witwatersrand, onde se encontra Johanesburgo e, que
constituem o depàsito aur¡fero mais rico do mundo, chegando a
produzir metade do ouro mundial. As carretas come‡aram a ser
abandonadas e os homens desarmaram as suas tendas de campanha para
erguer sàlidos edif¡cios. Vinte e seis anos depois da sua funda‡Æo
em 1892, Johanesburgo contava com 30 000 habitantes. Em 1921, j era
de 290 000, actualmente atinge cerca de 2 000 000 de habitantes. SÆo
uma caracter¡stica da actual Johanesburgo as brancas colinas que se
levantam ao seu redor, estas colinas sÆo formadas de res¡duos
extra¡dos na explora‡Æo das minas. A regiÆo urbana apresenta a imagem
da cidade moderna, com grandes edifica‡Æes, arranha-c‚us e sociedades
banc rias, que atendem os interesses, que flutuam na esfera do ouro e
dos diamantes. O ouro ‚ a sua principal fonte de riqueza, mas a
cidade converteu-se no maior mercado mundial de diamantes, pela sua
proximidade das zonas de extrac‡Æo. A riqueza do subsolo e a
actividade dela consequente, regida pelos grandes interesses, fizeram
que Johanesburgo se elevasse ... categoria de primeira cidade da
Rep£blica da †frica do Sul (Sul Africana) e a terceira do Continente
Africano depois do Cairo e de Alexandria. Al‚m de se constituir no
maior mercado mundial de diamantes, Johanesburgo ‚ tamb‚m um grande
centro ferrovi rio da †frica meridional com linhas f‚rreas que partem
em direc‡Æo a todos os pontos do Sul, ... Rod‚sia-Zƒmbia e Zimbabwe e a
Mo‡ambique. � o ponto central da rede rodovi ria da Rep£blica, assim
como esta‡Æo terminal das linhas a‚reas. � ...s vezes chamada ÆCidade
do OuroÆ outras, ÆCapital do DiamanteÆ. Ali, no Sul do Continente
Africano, ergue-se orgulhosa do seu poderio, constru¡da a mais de
1600m de altura, na vertente sul dos montes Witwater sobre um rido
promontàrio a‡oitado pelos ventos. L de cima pode-se contemplar, ...
noite, o piscar das luzes das cidades-sat‚lites que surgiram ao seu
redor, que tamb‚m sÆo cidades mineiras e industriais: Germiston,
Benoni, Boksburgo, Brakpan, Springs e Nigel, a leste; serra,
Roodepoort, Krugersdorp e Randfontein a oeste. Nestas cidades
convivem hseparados em bairros, como ocorre em tantas cidades
sul-africanas brancos, negros, mesti‡os, e asi ticos. Embora a
riqueza mineira seja caracter¡stica de Johanesburgo, os seus
habitantes nÆo descuidaram outros aspectos da vida moderna. No que se
refere ... cultura para citar um factor que nÆo se relacione com a
minera‡Æo ali se ergue a famosa Universidade de Witwatersrand (com o
mesmo nome daquelas ricas terras) fundada em 1921, com cerca de 400
professores e um grande n£cleo estudantil. Possui t...mb‚m galerias de
arte, bibliotecas e observatàrios. Como marcos histàricos, erguem-se
a orgulhosa Fortaleza levantada pelo governo Boer e o Monumento
Nacional Boer, erigido para comemorar a proclama‡Æo da Independˆncia,
em 1886. Afastemo-nos da activa e rica cidade, ela prossegue com a
sua laboriosa e . prof¡cua agita‡Æo, observamos alguma coisa de
estranho no seu clima; a temperatura ‚ muito quente durante todo o
ano, as chuvas, entretanto, caem durante o verÆo, a esta‡Æo seca ‚
invernal... Um contraste a mais, na †frica dos grandes contrastes.
A HISTŸRICA CIDADE DO CABO A Sul da †frica, olhemos desde o mar.
Entre as lindas praias que se nos apresentam no primeiro plano e as
montanhas, que servem de cortina de fundo e maci‡o de Table (da
mesa) serpenteia uma formosa, ordenada e moderna cidade; chegamos
por mar ... cidade do Cabo, a Capetown dos ingleses a Kaapstad dos
ÆafrikandersÆ. Surpreende-nos ver nos confins da jovem †frica, uma
cidade tÆo semelhante a qualquer das mais antigas e desenvolvidas da
Europa ou da Am‚rica. Por um lado, a imponˆncia dos arranha-c‚us, as
modernas avenidas o s¡mbolo da era moderna; por outro lado, os
velhos recantos quase sagrados, com cal‡adas ecasas que contam
factos, que aconteceram num long¡nquo passado. Uma cidade moderna,
evolu¡da, a cidade do Cabo ‚ uma cidade histàrica. No princ¡pio do
s‚culo XVII, os Holandeses perceberam a grande utilidade que lhes
oferecia a Ba¡a da Mesa; era nos tempos em que a Companhia Holandesa
das indias Orientais fazia as suas naves singrarem essas guas da
†frica do Sul, rumo ao long¡nquo Oriente. Em 1562, o holandˆs Jan
Van Riebeeck, fundou o Cabo e ali estabeleceu os seus homens para
que fizessem um porto mar¡timo de abastecimento para os barcos da
companhia comercial holandesa. Com o passar dos anos, o Cabo foi
ponto de lit¡gio entre as diferentes companhias mar¡timas em
cont¡nua concorrˆncia: os Ingleses ocuparam-na desde 1795 at‚ 1802,
para evitar que aquele ponto estrat‚gico no caminho para as ‹ndias
fosse aproveitado pelos Franceses. Em 1806 foi declarada possessÆo
permanente e, a histària seguiu o seu curso at‚ chegar ...
Independˆncia da Rep£blica Sul-Africana. Antes de come‡armos a falar
da actual cidade do Cabo, ‚ digno citar a zona do centro da cidade,
perto do Ajuntamento, onde se encontravam algumas casas do s‚culo
XVII; esse foi o primeiro ponto de fixa‡Æo dos Europeus. Erguida de
frente para o mar com a montanha ...s suas costas, a cidade moderna
cresceu alongada e serpenteante, seguindo o litoral por um lado e,
beirando as montanhas por outro. � a maior cidade da sua prov¡ncia e
a segunda da Rep£blica (Sul-Africana) †frica do Sul, depois de
Johanesburgo, actualmente tem mais de 1400000 habitantes; deles,
aproximadamente a metade sÆo mesti‡os ou ÆcoloredsÆ descendentes dos
primeiros colonos europeus casados, com mulheres Hotentotes -; cerca
de uns 600 000 sÆo brancos; 95 000 pretos; e quase 10 000 asi ticos.
Na cidade moderna, de grandes edif¡cios, luxuosas casas comerciais e
brilhantes letreiros luminosos, encontram-se bairros residenciais de
acordo com a situa‡Æo de seus habitantes. no centro e em certos
bairros residenciais das proximidades vivem os Europeus; perto do
porto encontra-se o pitoresco bairro malaio, com numerosas mesquitas,
j que quase a totalidade dos seus habitantes sÆo mu‡ulmanos; tamb‚m
neste bairro vivem os Æcolored's. enquanto os negros se encontram nas
ÆlocationsÆ das proximidades. A actividade da Cidade do Cabo
desenvolve-se por terra. mar e ar com efeito, ‚ ponto de partida de
v rias ferrovias que comunicam o mar com o interior do pa¡s para o
tr fego de lÆs, carnes, diamantes e diferentes produtos industriais.
O seu porto ‚ o principal da Rep£blica com intenso movimento dessas
mercadorias, al‚m de outras da pràpria cidade do Cabo que conta com
ind£strias mecƒnicas, qu¡micas e aliment¡cias e, tamb‚m um intenso
movimento de passageiros, que para negàcios ou atra¡dos pelas suas
lindas praias e o seu clima agrad vel utilizam esse meio de
transporte. Com os mesmos fins se apresentam as suas numerosas linhas
a‚reas. nas quais o movimento mais intenso faz-se notar no
importante aeroporto de F.D.Malam, a 64 quilàmetros da cidade. A
Cidade do Cabo ‚ tamb‚m, a capital legislativa e sede do Parlamento
da Rep£blica da †frica do Sul e, ainda, importante centro cultural,
com uma moderna Universidade. Al‚m das suas praias e do seu clima,
conta com outros elementos, que a convertem em centro tur¡stico de
primeira ordem. Podemos citar, alguns dos seus mais importantes
edif¡cios e monumentos: uma catedral catàlica, e outra anglicana; o
Parlamento, o Pal cio do governo, o Museu da †frica do Sul, um
castelo do s‚culo XVII, o Aqu rio de Sea Point, a Biblioteca P£blica,
a Galeria Michaelis, os jardins Botƒnico e Municipal e o Parlamento
Marine Drive, que se estende ao Sul, na costa do Atlƒntico, rodeado
pela pen¡nsula e pela Ba¡a de False Ba¡a Falsa atravessando numerosos
sub£rbios e, que seguindo o Monte da Mesa, volta a desembocar na
cidade. Mas, foram os esfor‡os m‚dicos que deram outro motivo para
que os olhos do mundo voltem seu olhar ... cidade dos confins da
†frica do Sul, os m‚dicos esfor‡ados entre eles, o doutor Barnard
come‡aram a realizar grandes opera‡Æes cir£rgicas entre outras o
transplante de cora‡Æes, donde partiu o brilhante exemplo, agora
tamb‚m desenvolvido em Portugal. Um erro ‚ pensar que viram a
†frica do Sul, sà por terem visitado estas cidades. †frica do Sul ‚
um mundo de diferen‡as com grandiosos cen rios de montanhas e de mar,
florestas, vinhedos, pesqueiros, pomares e vistas histàricas.
#BOTSWANA (BECHUANAL�NDIA)
Estado da †frica Austral Membro da Commonwealth, com cerca de 560 000
Km2 e, 1089 000 hab. Falam o inglˆs e o tswana misturado com
dialectos bantos. A capital - Gaborone. Por ser pa¡s pobre, parte da
popula‡Æo emigra para a †frica do Sul, pa¡s de que depende
economicamente. Povoado por Tswanas ou Bechuanas, Negros do grupo
Soto, no s‚cculo XIX o pa¡s sofreu incursÆes dos Boeres, atra¡dos
pelo ouro o que levou os Tswanas a buscarem a protec‡Æo Britƒnica. O
protectorado tornou-se efectivo em 1885, sobre a entÆo
Bechuanalƒndia. A independˆncia do pa¡s que passou a chamar-se
Botswana, foi proclamada em 30 de Setembro de 1966. O pa¡s fica num
vasto planalto, que corresponde ... parte central e setentrio- nal do
Kalahari. O clima tropical seco (250 a 500 mm de chuva por ano)
formou uma vegeta‡Æo de savana, com (baob s) imbondeiros. A popula‡Æo
‚ de maioria banta e concentra-se na parte Oriental do pa¡s sobretudo
ao longo do rio Limpopo. Nàmada vive da cria‡Æo de bovinos e
caprinos. Os recursos minerais sÆo quase inexplorados.
@LESOTO (BASUTOLANDIA) Estado da †frica Austral
Membro da Commonwealth, com cerca de 30 340 Km2 e, 1 500 000 hab. A
sua popula‡Æo Basutos-Bantos fala o soto e o idioma inglˆs Sesuto.
Capital --Maseru, com o melhor acesso ferrovi rio de 25 Km ...s linhas
de †frica do Sul. Lesoto foi, sob o nome de ÆBasutolandiaÆ, uma
cria‡Æo pol¡tica do s‚culo XIX. Era entÆo dominado pela personalidade
pol¡tica do rei Moshoeshoe I (1787-1870), que conseguiu impÆr a sua
autoridade sobre os clÆs Sotos e repelir as amea‡as dos Zulus e
Matabeles. Mas, amea‡ado pelos Boeres, recorreu ... tutela da
Inglaterra, que fez da Basutolandia um protectorado britƒnico (1868).
A partir de 1943, o pa¡s encaminhou-se para a Independˆncia: Conselho
Legislativo (1960), Assembleia Nacional (1964). Em 4 de Outubro de
1966, Lesoto tornou-se independente tendo como soberano, Moshoeshoe
II. Em 1970, este entrou em conflito com seu primeiro-ministro,
Leabua Jonathan. o qual depÆs o rei. A tal ponto que Jonathan,
verdadeiro chefe de Estado restabeleceu a realeza a t¡tulo puramente
honor¡fico. O pa¡s estende-se sobre um conjunto de terras de gr‚s,
bas lticas elevadas cobertas pela savana. A popula‡Æo pouco densa,
compÆe-se principalmente de Basutos. Escassamente urbanizada, cultiva
milho, trigo e sorgo em culturas tradicionais. Mas a principal
actividade ‚ a cria‡Æo bovina e ovina. A industrializa‡Æo nÆo existe,
e os diamantes extra¡dos do subsolo, constituem, com a lÆ, o
principal produto de exporta‡Æo. Uma complementa‡Æo de recursos ‚
proporcionada pela emigra‡Æo tempor ria de numerosos habitantes que
vÆo trabalhar na †frica do Sul. (Em 1986 apàs um golpe de Estado,
Lesoto ‚ governado por um conselho militar).
NAM‹BIA (SUDOESTE AFRICANO) Territàrio da †frica Austral
Autànomo, dependente de †frica do Sul (embora se preveja para breve
data da independˆncia). Com cerca de 820 000 Km2 e, 800 000 hab.
Capital Windhoek. Ocupada pelos Bosqu¡manos, que se juntaram no
s‚culo XII aos Hotentotes foram expulsos pelos Bantos no s‚culo XVI,
a regiÆo nÆo interessou aos Boeres Tanto que gra‡as aos mission rios,
passou ... influˆncia AlemÆ a partir de 184 Em 1 844, Bismark assegurou
ao grande negociante alemÆo Adolf Luderit (1834-1886) e aos seus
estabelecimentos a protec‡Æo do Reich. Pouco depois os Bantos
reconheceram o protectorado alemÆo sobre o que se denominava
ÆSudoeste AfricanoÆ. Mas os AlemÆes tiveram de enfrentar fortes
subleva‡Æes locais, que repliram com muita dureza. Conquistado pelos
Sul-Africanos em 1915. o pa¡s passou em 1920 a mandato da †frica do
Sul, que em 1944, foi inclu¡do no apartheid. A partir de 1966 tomou
corpo no pa¡s um movimento de liberta‡Æo SWAPO (South West African
People's Organization); a †frica do Sul respondeu ... sua ac‡Æo em prol
da independˆncia do que denominou, a partir de 1968, a Nam¡bia com a
cria‡Æo de territàrios autànomos, mas essas medidas foram rejeitadas
pelo SWAPO, que vem instigando, desde 1974, ac‡Æes de boicote ...s
elei‡Æes.
Os Altos planaltos. entalhados ocupando o centro do pa¡s, sÆo
margeados a oeste pelo deserto costeiro de Namibe a Este, pela bacia
des‚rtica do Kalahari, um pouco mais h£midos cobertos pelas plantas
herb ceas, concentram a maior parte de uma popula‡Æo muito dispersa.
Esta. composta sobretudo de Bantos. compreende uma minoria de
brancos que controla a economia. A cria‡Æo de (bovinos, ovinos e
caprinos ‚ a principal actividade rural. pesca industrial ‚
desenvolvida na costa em torno do encrave de Walvis Bay Mas o pa¡s
extrai o essencial de suas riquezas das minas de diamante cobre e
chumbo.
SUAZILANDIA (Ngwane) Estado da †frica Austral
Com cerca de 17 000 Km2 e, 630 000 habitantes Capital Mbabane, o
idioma oficial ‚ o inglˆs embora a popula‡Æo fale dialectos bantos.
Sob o regime de Sobhuza I (de 1815 a 1836) e de Mswaizi (de 1836 a
1868), clÆs Bantos especificamente os Dlaminis, fundiram-se com os
Autàctones; bateram os Zulus ao lado dos Boeres (1877), que
terminaram por amea‡ar a soberania da Suazilandia. O protectorado
britƒnico instaurou-se em 1902, com o apartheid. Tendo obtido a
autonomia interna em 1967, a Suazilandia tornou-se independente em
1968, com Sobhuza II como soberano; este instaurou um regime pessoal
em 1973. A parte Ocidental deste pequeno Estado, situado entre a
†frica do Sul e o Mo‡ambique, ‚ um conjunto montanhoso (Grande
Escarpamento) da parte Ocidental. O clima, tropical na esta‡Æo seca,
permite o crescimento de arbustos ou da floresta, muitas vezes
degradada. A popula‡Æo composta de Bantos, vive principalmente da
agricultura. ' produ‡Æo aliment¡cia (milho, milho-mi£do, sorgo) e ...
cria‡Æo de gado bovino juntam-se algumas culturas comerciais
(cana-do-a‡£car, algodÆo). Mas o pa¡s tira o essencial de seus
recursos do subsolo: exporta‡Æo de ferro e amianto.
ZIMBABW� (Rod‚sia do Sul) Estado da †frica Austral
Ao Norte da †frica do Sul com cerca de 389 300 Km2 e 8 140 000
habitantes, Capital Salisb£ria (Harare) (Rod‚sia e Zambia em tempos
formaram um bloco de participa‡Æo na federa‡Æo da †frica Austral).
Idioma oficial--inglˆs A Rod‚sia ant. Estado da †frica Oriental em
1980 converteu-se no Zimbabw‚ Foi em 1895, que as regiÆes ocupadas
pelos pioneiros de Cecil Rhodes tomaram o nome Rod‚sia, com Salisbury
como capital. Depois de vencidas as revoltas dos Matebeles
(1896-1897), a British South †frica Campany explorou os recursos
naturais do pa¡s, at‚ 1902 ali s, a Rod‚sia do Norte permaneceu sob
sua administra‡Æo antes de se tornar, em 1924, protectorado britƒnico
(Zambia a Niassalandia beneficiou-se desse Estatuto em 1911. A
Rod‚sia do Sul, apàs um referendo sà entre brancos (34 000 hab.),
portanto interdito aos Negros (770000), tornou-se colània da Coroa
Britƒnica com governo autànomo (1923). O primeiro-ministro mais
popular, Sir Godfrey Huggins (Lord Malvern), constantemente reeleito
de 1933 a 1953 pelo Partido da Rod‚sia, embora condenasse o
apartheid, nada fez para dar aos Negros paridade com os Brancos.
Estes foram os £nicos a beneficiar-se de uma espectacular
prosperidade econàmica, fornecida por mÆo-de-obra barata vinda de
Niassalar dia, pobre, ou das reservas ind¡genas superpovoadas. Em
1953, a Niassalandia e as duas Rod‚sias foram englobadas em uma
Federa‡Æo da †frica Central. Esta, por‚m desfez-se em 1963: a
Rod‚sia do Norte proclamou-se entÆo Independente sob o nome de
Zambia. o mesmo fazendo a Niassalandia sob o nome de Malawi. A
Rod‚sia (do Sul) viu entÆo crescer uma posi‡Æo negra conduzida pelo
Partido Nacional Democr tico, fundado em 1960, por Joshua Nkmo, e
que. proscrito, foi substitu¡do pela UniÆo do Povo Africano do
Zimbabw‚ (UNAZ), c pastor Ndabaningi Sthole. Enquanto os dois
l¡deres negros eram postos em residˆncia vigiada, a Rod‚sia reclamou
de Londres a sua independˆncia, contudo a Inglaterra exige
primeiramente o fim do apartheid. EntÆo o chefe da Frente Rodesiana
Nacionalista, Ian Smith, proclamou unilateralmente a independˆncia da
Rod‚sia (11 de Novembro de 1965), isto apesar de Londres, que desde
entÆo tratou a Rod‚sia como colània rebelde. A Rep£blica da Rod‚sia
nasceu em 2 de Mar‡o de 1970 NÆo reconhecida pela ONU, sem
representa‡Æo diplom tica, boicotada pela GrÆ-Bretanha, a Rod‚sia,
ajudada pela †frica do Sul, continuou a prosperar Mas a fusÆo em
1972, dos dois partidos Autàctones num conselho Nacional Africano
refor‡ou a oposi‡Æo, a pràpria guerrilha intensificou-se pela ajuda
fornecida pelos pa¡ses vizinhos, especialmente por Mo‡ambique. Tal
situa‡Æo cada vez mais perigosa para os brancos, levou Smith a
entabular dif¡ceis negocia‡Æes com os nacionalistas africanos. As
negocia‡Æes empreendidas por Ian Smith, primeiro-ministro da Rod‚sia
com certos l¡deres nacionalistas moderados, culminaram em 1978 num
acordo do que previa a transferˆncia do pa¡s ... maioria negra. As
elei‡Æes de Abril de 1979 traduziram-se efectivamente pela cria‡Æo de
um parlamento de maioria negra e o bispo negro Muzorewa tornou-se
primeiro-ministro. Mas, a entidade internacional contestou
amplamente o car cter democr tico dessa evolu‡Æo. Por iniciativa da
GrÆ-Bretanha, que restabeleceu provisoriamente a sua autoridade sobre
o pa¡s, o acordo entre os insurrectos e Muzorewa levou a um
cessar-fogo, em Novembro de 1979. Novas elei‡Æes, em Fevereiro de
1980, foram marcadas pelo l¡der nacionalista R. Mugabe, de tendˆncia
socialista, que formou um governo. A Independˆncia de Zimbabw‚ foi
proclamada em Abril de 1980. O pa¡s estende-se sobre um conjunto de
planaltos cristalinos (Matabeland, Mashonaland) que se eleva a Este e
‚ limitado pelo vale do Zambeze, ao Norte pelo do Limpopo, ao Sul e
pela bacia de Kalahari a oeste. O clima tropical relativamente seco,
embora em Salisbury as precipita‡Æes permitam o crescimento da savana
em alguns locais da floresta pouco densa. A popula‡Æo composta em
grande maioria por Bantos, compreende uma minoria de 275 000
europeus. A densidade ‚ baixa mas cresce num ritmo muito r pido,
superior a 3% devido ... taxa de natalidade de Bantos. A popula‡Æo
concentra-se em torno de Bulawayo e de Salisbury, as duas cidades
principais do pa¡s, ali s pouco urbanizado. A economia ‚
inteiramente controlada pela comunidade branca. Parte das terras ‚
dedicada ... cultura tradicional de alimentos (milhete, milho), pelos
africanos. Mas as principais produ‡Æes vˆm das planta‡Æes
ÆeuropeiasÆ: fumo, algodÆo, cana-do-a‡£car, ch , que fornecem com os
produtos da cria‡Æo bovina, parte das exporta‡Æes sendo o restante
assegurado pelas riquezas do subsolo (ouro, cromo, amianto, ferro,
carvÆo). A energia el‚ctrica ‚ produzida pela barragem de Kariba, no
rio Zambeze, mas a industrializa‡Æo permanece limitada.
@Cecil Rhodes
Cecil Rhodes, foi outro dos homens. que entraram na Histària de
†frica:defensor das anexa‡Æes colocou a Inglaterra em lugar
privilegiado no (Continente Negro. Viveu 49 anos (nasceu em
Bishop-Stortford em 1853, e morreu em Muizenburg, em 1902) e esse
tempo foi o bastante para que se compactuasse com o rei negro
Lobengula, com dom¡nio sobre o territàrio Norte do Limpopo, que logo
se chamou Rod‚sia. A †frica do Sul fascinava-o com o visionamento dos
metais extra¡dos das minas dominando-o de maneira obsessiva.
Lan‡ou-se para o Cabo, envolveu as suas empresas mineiras com a
pol¡tica e, convenceu-se que o melhor modo de colonizar o Continente
Negro era a anexa‡Æo. O Æmeu pa¡sÆ, dizia aos Africanos, Ætrar as
conquistas da civiliza‡Æo, mas, antes devemo-nos unir. A †frica e a
Inglaterra serÆo uma sà e £nica coisaÆ. Os discursos habitualmente
apresentados, fascinavam os habitantes do Continente. A consequˆncia
de um desses discursos foi a anexa‡Æo de Mafeking, que a Inglaterra
ocupou em seguida. Um jornalista perguntou a Rhodes o que pensava
fazer com a cidade, Æuma segunda capital inglesaÆ--respondeu o
aventureiro. Eram as promessas douradas, como diziam os antigos,
migalhas que os autàctones engoliam para nÆo enfurecerem o senhor de
pele branqu¡ssima. Porque Rhodes tamb‚m era violento, e quando se
irritava apelava para todo o g‚nero de repres lias. Em 1889, em
troca da funda‡Æo de uma grande empresa para o intercƒmbio comercial
do territàrio ocupado pelos Portugueses ao Norte da Bechuanalandia,
prometeu a ferrovia e o tel‚grafo, que sà chegavam a Kimberley e a
Mafeking. Obteve a soberania da regiÆo para desgosto dos
Portugueses, porque nestes assuntos Rhodes era inflex¡vel. NÆo
prometia nem fazia nada, que nÆo trouxesse em troca uma vantagem
consider vel para o seu pa¡s. Esse pacto de intercƒmbio levou-o,
entretanto a tra‡ar uma estrada de 600 quilàmetros, que inclusiv‚
teve um forte a que chamou Salisbury. Esta localidade, com o seu
edif¡cio levantado para conter o ataque dos autàctones
transformou-se, em 1890, na capital da Rod‚sia. Cansados desse
colonizador, os Matabeles, como na ‚poca de Khasna, lan‡aram-se
contra os Ingleses mas, as hostes de Rhodes derrotaram-nos; este,
tempos depois em 1892, alcan‡ou o posto de primeiro-ministro da
colània do Cabo. A partir desse instante, a †frica do Sul ficou nas
suas mÆos, ingleses e autàctones ficaram submetidos ...s suas
disposi‡Æes. A liberdade e as garantias constitucionais eram simples
conceitos, que passavam previamente pelo seu gabinete. Mais que um
ministro parecia um fundador de um pa¡s inexistente; os Boeres,
entretanto conspiravam perto dali e, Rhodes nÆo pode conter esta
outra guerra.
194
@REP-BLICA DA ZAMBIA (Rod‚sia do Norte) Estado da †frica Austral
Membro do Commonwealth, com cerca de 746 200 Km2 e, 6 550 000
habitantes. Capital Lusaka. Idioma oficial--inglˆs. No come‡o do
s‚culo XIX o pa¡s era um mosaico de povos dentro do qual sobressaiam
trˆs organiza‡Æes unit rias: a dos Bembas, a dos Lozis e o reino do
Kazemb‚. Tais popula‡Æes viram-se expostas a invasÆes de Kolonos e
Ngonis, ao passo que os †rabes, vindos da costa, introduziram o
tr fico esclavagista. ' penetra‡Æo europeia definiu-se com as
investiga‡Æes de Livingstone (1851-1873), em 1890, a British South
†frica Company (de Cecil Rhodes) assinou com Lewanika, rei dos Lozis,
um acordo que lhe concedia a exclusividade dos direitos comerciais e
de minera‡Æo. Em 1911, todo o conjunto situado ao Norte do Zambeze,
unido administrativamente sob o nome de Rod‚sia do norte passando em
1924 ... condi‡Æo de protectorado da Coroa. Em 1948, surgiu um
movimento nacionalista, o Congresso que encontrou o seu lider no
professor Kenneth Kaunda (nascido em 1924). A minoria Europeia,
inquieta acreditou, que lhe seria ben‚fica uma †frica Central,
federa‡Æo que agrupou as duas Rod‚sias e a Niassalandia (1953) e onde
se estabeleceu de facto o regime do apartheid. As revoltas ocorridas
em 1959 na Niassalandia obrigaram os britƒnicos a libertarem Kenneth
Kaunda. agora l¡der do United National Independence Party (UNIP), que
obteve a dissolu‡Æo da Federa‡Æo (1963) e depois a proclama‡Æo da
Independˆncia da Rod‚sia do Norte com o nome de Zambia (1964). Desde
entÆo esse Estado est dotado de um regime presidencialista encarnado
em K. Kaunda, que se esfor‡a por promover, no contexto de uma
democracia participante baseada em seu partido £nico, um Æsocialismo
humanistaÆ e um neutralismo positivo. A Zambia ‚ um conjunto de
planaltos de altitude m‚dia, alteia-se a Este, nos montes Muchinga,
que dominam as fossas da fenda rochosa africana. O clima tropical,
temperado pela altitude, permite o crescimento da floresta, que no
entanto j foi quase totalmente degradada em savana. A popula‡Æo
Banta pouco densa, dedica-se a lavouras de subsistˆncia de milhete e
sorgo, associadas a uma cria‡Æo bovina extensiva. As lavouras
comerciais (tabaco, caf‚) localizam-se nas planta‡Æes criadas pelos
antigos colonos Europeus. Mas a economia depende fundamentalmente da
ind£stria extractiva: o subsolo cont‚m manganˆs, chumbo, prata, zinco
e sobretudo cobre de que Zambia ‚ um importante produtor mundial (700
000 toneladas). Algumas f bricas de tratamento de min‚rio foram
implantadas perto dos locais de extrac‡Æo, mas na sua maioria os
produtos sÆo exportados em bruto. O pa¡s ressente-se da ausˆncia de
um escoadouro mar¡timo e o seu intercƒmbio comercial efectua-se
principalmente pelo porto de Dar-Es-Salaam na Tanzƒnia, servido por
via f‚rrea.
Æ... Ajudai (as crian‡as) a desempenharem o seu papel na nossa grande
fam¡lia. E acima de tudo. deixai-as ensinar-vos o que se calhar
tinheis esquecido--a compreensÆo. a tolerƒncia, a amizade, a paz, a
fraternidade e acima de tudo o amorÆ. SÆo frases de Kenneth Kaunda
em: H‚lŠne Gratiot-Alphand‚ry, le droit ... um nom et ... une patrie, le
Courrier Unesco, Paris, 32 (8)
@REP-BLICA DO MALAWI (Niassalandia) Estado da †frica Austral
Com cerca de 120 000 Km2 e, 6 180 000 habitantes quase todos Bantos,
distribu¡do em tribos; capital Zomba antiga, Lilongwe actual. Os
seus habitantes como nÆo contam com riquezas minerais emigram j que
por um lado a agricultura nÆo oferece possibilidade est vel e, por
outro ‚ uma popula‡Æo desintegrada. O idioma oficial ‚ o inglˆs,
embora falem o myanja, o tumbuco e o Jao; a maior parte ‚ pagÆ e, a
religiÆo mu‡ulmana ‚ a que predomina, a seguir a catàlica e,
finalmente Anglicanos e Hindus. Embora Malawi seja um pa¡s pobre, em
vegeta‡Æo ‚ rico. Um imp‚rio Marawi (Malawi), que nÆo era mais de
que uma federa‡Æo de tribos, desagregou-se no s‚culo XIX sob o efeito
de dupla invasÆo dos Ngonis da †frica do Sul e dos Yaos de
Mo‡ambique. Percorrendo este pa¡s (1858-1863), D. Livingstone deu ao
lago de Malawi o nome de Niassa, em seguida o pa¡s dos Malawis foi o
ponto de partida de intensa actividade mission ria. A era colonial
abriu-se em 1889, quando o administrador Hany H. Johnston (1858-1927)
fez tratados de protectorado com os chefes autàctones. Em 1907. a
Niassalandia britƒnica teve as suas fronteiras delimitadas. Em 1953
na Federa‡Æo da †frica Central, foi trabalhada pelo movimento de
Independˆncia conduzido pelo Congresso Africano de Niassalandia, cujo
l¡der era Hastings Kamuzu Banda. Em 1958, recebeu verdadeira
autonomia; Independente em 6 de Julho de 1964, tornou-se o Malawi,
erigido em Rep£blica, presidida por H. K. Banda, proclamado
presidente perp‚tuo em 1970, apoiando-se num partido £nico, o Partido
do Congresso do Malawi. O pa¡s estende-se por um conjunto de altos
planaltos dominando no Este uma estrutura da crosta terrestre, que
constitui a termina‡Æo meridional das fissuras africanas e que ‚
ocupada pelo lago Malawi. O clima, tropical na esta‡Æo seca, ‚
temperado pela altitude. Permite o crescimento da floresta que foi
quase em toda a parte reduzida a savana arborizada. A popula‡Æo de
Bantos, ‚ essencialmente rural, (a £nica cidade importante ‚
Blantyre) e concentra-se no Sul do pa¡s. O milho constitui, a base da
produ‡Æo de subsistˆncia, sendo o arroz cultivado nas regiÆes baixas.
As culturas comerciais fornecem o essencial das exporta‡Æes: ch ,
tabaco, amendoim, algodÆo. A pesca ‚ praticada no lago Malawi. A
industrializa‡Æo permanece limitada ... transforma‡Æo de produtos
agr¡colas, e numerosos habitantes tˆm de emigrar para a Zambia e
Zimbabu‚ e (Rod‚sia) em busca de trabalho. O pa¡s, cujo balan‡o
comercial ‚ deficit rio, sofre da ausˆncia de uma sa¡da mar¡tima.
@REP-BLICA POPULAR DE MO€AMBIQUE Estado da Costa Oriental da †frica
Austral
Com cerca de 785 000 Km2 e, 13 200 000 habitantes. Capital Maputo
(Louren‡o Marques), o idioma oficial ‚ o portuguˆs, embora falem
dialectos bantos. Faz parte da sua rea o enorme lago Niassa; o
litoral ‚ banhado pelo canal de Mo‡ambique (1), que separa o pa¡s da
ilha de Madagascar, esta no Oceano ‹ndico. Na parte meridional
encontra-se a Ba¡a de (De lagoa) Lagoa descrevendo uma curva e
fechando-se no Golfo de Sofala onde a Nordeste fica a Ba¡a de Mocambo
(2). Um dos rios mais importantes o Zambeze, que penetra no
territàrio na altura de Zoumba, recebe o Konocki, forma cascatas e
desemboca ao Sul de Quelimane, formando um delta depois de atravessar
o centro do pa¡s. A popula‡Æo ‚ formada pelos V tuas, Chopes e
Matabeles que constitui a maioria absoluta; a religiÆo que conta
maior n£mero segue cultos pagÆos. Foram os Bantos que repeliram os
primeiros habitantes Bosqu¡manos. Em 1490, o primeiro Portuguˆs
chegou ao pa¡s, por onde passou tamb‚m Vasco da Gama. Em 1502 havia
ali uma Feitoria Portuguesa, instalada na ilha de Mo‡ambique; em
1505, foi constru¡da em Sofala uma Fortaleza. Em 1561, os
mission rios Portugueses converteram o Monomotapa; mas a violenta
reac‡Æo dos Mu‡ulmanos provocou uma expedi‡Æo militar portuguesa, que
foi dizimada (1569) . Desde entÆo, a penetra‡Æo portuguesa seria do
tipo comercial, pois os conflitos interafricanos permitiram aos
Portugueses inserir-se no pa¡s atrav‚s do sistema de concessÆes. Em
1544, Louren‡o Marques fundou a cidade que teria seu nome. Em 1752
cria-se a capitania-geral de Mo‡ambique separando-o do governo da
‹ndia, em 1763 a colània tem um estatuto original. A partir de entÆo,
por um lado, fomenta entre os colonos a cultura de esp‚cies
caracter¡sticas de zonas tropicais importantes: mandioca, caf‚,
cana-de-a‡£car, os citrinos e o cajueiro. Por outro lado, surgem
tentativas para ligar as duas costas a de Mo‡ambique e a de Angola,
as terras do mapa cor-de-rosa. Na conferˆncia de Berlim em 1885 foi
decidido que os Portugueses teriam de deixar essas terras
(actualmente Rod‚sia e Congo ex-Belga) as quais em 1890 a Inglaterra
exigia a sua posse ... partida para a cria‡Æo dum grande dom¡nio
Europeu na †frica Austral. No come‡o do s‚culo XIX, o dom¡nio
Portuguˆs era ainda prec rio, as pretensÆes Inglesas avolumaram-se
nas fronteiras meridionais. Mais tarde os AlemÆes ocupariam a Ba¡a de
Kionga. Ali s, os limites da Colània Portuguesa sà foram fixados em
1893; a crise pol¡tico-financeira que grassou em Portugal na passagem
do s‚culo permitiu at‚ que as potˆncias coloniais rivais chegassem a
pensar numa partilha de Mo‡ambique. Este permaneceria portuguˆs mas ...
custa de repetidos choques com a popula‡Æo autàctone.
(1) Mussa-bin-Mbiko. SultÆo da ilha de Mo‡ambique deu o seu nome ...
dita ilha. (2) A Norte existem ainda as Balas de Nacala e Pemba
sendo esta importante na Histària de Mo‡ambique no per¡odo de
influˆncia †rabe e tamb‚m por ser considerada a terceira mais bonita
do mundo e a segunda em condi‡Æes de navegabilidade ,
Gungunhana senhor das terras de Gaza
Na Histària da Resistˆncia de Mo‡ambique, destaca-se Gungunhana chefe
dos V tuas uma das tribos que mais lutaram na Histària da Resistˆncia
de Mo‡ambique. Gungunhana senhor das terras de Gaza, contra o qual
foi enviada em 1895 uma expedi‡Æo pelos Portugueses, resiste aos
combates de Marracuene, Mogul, Coolela e outros. At‚ que-preso por
Mouzinho de Albuquerque em Chaimite, ‚ levado para Portugal,
encarcerado em Monsanto--de onde mais tarde ‚ transferido para os
A‡ores, onde morreu cerca de 1906. Apàs a pacifica‡Æo, o
desenvolvimento econàmico do pa¡s beneficiou sobretudo os
capitalistas Ingleses e Belgas. Quando Tanganica se tornou
Independente em 1961, uma sàlida organiza‡Æo Nacionalista
implantou-se em Mo‡ambique (Frelimo) de Eduardo Mondlane (1961-1969)
e iniciou as suas opera‡Æes de guerrilha em 1964, com o que contou
com a Resistˆncia Portuguesa. Em 1972, uma lei orgƒnica transformou a
Æprov¡nciaÆ de Mo‡ambique em Estado dotado de uma Assembleia Eleita
essa medida nÆo interrompeu a Guerra de Liberta‡Æo. Foi a mudan‡a de
regime em Lisboa, em Abril de 1974, que precipitou os acontecimentos.
Em 7 de Setembro um Acordo com a Frelimo foi um prel£dio ...
Independˆncia, esta efectivou-se em 25 de Junho de 1975, Mo‡ambique
tornou-se entÆo Rep£blica Popular, tendo como presidente o chefe da
Frelimo, Samora Mois‚s Machel*. As obras da Barragem de Cabora Bassa
(1), situada no rio Zambeze e iniciadas a cargo dos Portugueses estÆo
ainda em curso. A vasta plan¡cie costeira que orla o Oceano ‹ndico
eleva-se progressivamente para o ocidente atrav‚s de uma s‚rie de
planaltos que atingem 1000m de altitude na fronteira Zimbabwense. O
clima tropical cuja dura‡Æo aumenta em direc‡Æo ao Sul com
temperatura amena, embora exista algumas diferen‡as, permite o
crescimento da savana, que cobre a maior parte do territàrio passando
... floresta rasteira ao longo dos rios Zambeze, Limpopo e Incomati. A
popula‡Æo concentra-se na regiÆo costeira, sendo esta ainda pouco
urbanizada. A agricultura ainda ‚ o sector essencial da economia. Ao
lado da policultura e subsistˆncia tradicional (milho, mandioca),
existem planta‡Æes (desenvolvidas durante a Coloniza‡Æo Portuguesa),
que fornecem produtos destinados ... exporta‡Æo: algodÆo,
cana-de-a‡£car, coqueiros (copra) (2). Os recursos do subsolo sÆo
pouco explorados, e a ind£stria limita-se ... transforma‡Æo dos
produtos agr¡colas. A flora com v rias esp‚cies de palmeiras, o
coqueiro--que cresce nas zonas costeiras e a tamareira--que eleva a
sua figura esguia nas proximidades das vias fluviais; tamb‚m os
cedros, pau-rosa, ‚bano, (baob ) imbondeiros, carvalho, bambu e nas
regiÆes mais secas predominam as ac cias rubras bem como os arbustos.
A fauna ‚ o motivo da atrac‡Æo da ca‡a em †frica, tamb‚m em
Mo‡ambique ‚ extensa e variada: panteras, leopardos, leÆes,
elefantes, rinocerontes, b£falos, ant¡lopes e zebras etc., a grande
quantidade de macacos que habitam as regiÆes das florestas e, os
crocodilos, tartarugas e lagartos nos rios; os (of¡dios) cobras e a
sua rela‡Æo com os insectos: gafanhotos, escorpiÆes, formigas dos
mais diversos tipos e a perigosa mosca ts‚-ts‚ que transmite a doen‡a
do sono cujo v¡rus tamb‚m pode ser transmitido atrav‚s do crocodilo
este como agente transmissor da doen‡a do sono--descoberta de Robert
Koch. Fazem parte da fauna as aves marinhas. No campo-base da
economia, embora o solo cultivado representa cerca de 3% da sua
superf¡cie, a economia de Mo‡ambique baseia-se fundamentalmente nos
produtos agr¡colas: arroz, milho, amendoim, gergelim o ch e outros:
os cultivos da cana-de-a‡£car nos vales do Limpopo Incomati e Buzi: o
algodÆo. os cocos; a madeira pau-rosa, cedro sÆo o forte da
exporta‡Æo deste pa¡s. Por outro lado, como mais de 50% do pa¡s est
coberto de pastos. a pecu ria constitui grande importƒncia. A
actividade pesqueira (2) ‚ rica e, a mineira limita-se ... extrac‡Æo de
carvÆo bauxita, mica, cassiterita, sal gema e quantidades
desconhecidas de ouro embora se tenha comprovado a existˆncia de
urƒnio e amianto, fluorita: a turmalina e reduzida. As poucas
ind£strias dedicam-se a transformar os produtos agr¡colas. Os Portos
tˆm grande importƒncia para a exporta‡Æo dos produtos: as vias de
comunica‡Æo: sistema ferrovi rio, as rodovias e aeroportos que unem
Mo‡ambique com o Mundo.
Apàs a morte de Machel, no desastre a‚reo de 1986, foi seu
sucessor--Joaquim Chissano.
Cahaora Bassa (quer dizer--garganta apertada). (
2) O maior coqueiral da †frica (Zambeze).
() Zona do Gorn‚ (Zamb‚zia).
(2) Devido ... influˆncia da corrente quente do Canal de Mo‡ambique
toda a costa ‚ rica em peixes e crust ceos (exporta‡Æo de camarÆo).
@REP-BLICA DEMOCR†TICA DE MADAG†SCAR (Malgaxe) Estado constitu¡do
pela ilha de Madag scar no Oceano ‹ndico
Com cerca de 587 000 Km2 e, 9 729 000 habitantes. Capital
(Antananarivo) Tananarive . Madag scar ‚ uma das maiores ilhas do
mundo, separada da †frica, pelo canal de Mo‡ambique, de origem
vulcƒnica ‚ constitu¡da por montanhas e, por trˆs regiÆes clim ticas
com grandes florestas. A sua popula‡Æo ‚ de origem tribal e embora
sejam chamados malgaxes, pertencem a diferentes tribos-destas a
malgaxe ‚ a mais importante; (malgaches) a religiÆo predominante ‚ o
cristianismo. O idioma oficial ‚ o malgaxe, mas tamb‚m falam o
francˆs e numerosos dialectos. Os habitantes sÆo chamados Malagueses.
As mulheres tˆm a tendˆncia de se manterem castas, tabu principal da
vida social malgaxe. O povoamento malgaxe resultou da mistura de um
povo negro-africano com outro. indon‚sio. No s‚culo XII os †rabes
instalaram-se na costa Ocidental. Desde o ano 1500 os Portugueses iam
... ilha; em seguida vieram os Holandeses e depois os Ingleses, que em
1644 fundaram uma feitoria de curta dura‡Æo. Os Franceses criaram, em
1642-1643, uma feitoria mais dur vel, Fort-Dauphin. que teve certa
prosperidade mas foi abandonada em 1674. Madag scar. abandonada
pelos Europeus, tornou-se um covil de piratas e uma reserva de
escravos. Nessa ‚poca estava dividida em reinos de constitui‡Æo
tribal. Foi o reino Imerina que tomou a iniciativa da unifica‡Æo da
ilha, cerca de 1787. o rei Andrianampoinimerina (m. 1810) transferiu
a capital para Tananarive. Seu filho. Radama I (de 1810 a 1828),
obteve da Inglaterra instalada na ilha Maur¡cio. o t¡tulo de rei de
Madag scar; quando morreu, a maior parte da ilha estava aberta ao
com‚rcio exterior e dependia de Tananarive. Em compensa‡Æo,
Ranavalona I (de 1828 a 1861) exerceu uma pol¡tica de reac‡Æo
xenàfoba, e o verdadeiro ÆrenascimentoÆ malgaxe data do reinado de
Radama II (de 1861 a 1863), que multiplicou os tratados comerciais
com o Ocidente favoreceu as missÆes cristÆs. Essa tentativa de
abertura e de moderniza‡Æo foi continuada por Rasoherina (de 1863 a
1868), Ranavalona II (de 1868 a 1883), que se converteu ao
protestantismo (1869) e, Ranavalona III (de 1883 a 1895), cujos
reinados foram dominados pelo todo-poderoso ministro Rainilaiarivony,
tamb‚m ele convertido ao protestantismo pela influˆncia
anglo-saxànica. Mas as aspira‡Æes dos colonos da ilha da ReuniÆo e
as queixas dos grupos catàlicos determinaram a interven‡Æo da Fran‡a
em 1883. Como a Fran‡a tivesse deixado os Ingleses ... vontade no
Egipto, Londres permitiu, que os Franceses agissem na Grande ilha que
em 1885 foi colocada sob o seu protectorado. Em 1895, a expedi‡Æo de
Duchesne levou ... deposi‡Æo de Ranavalona III e ... coloniza‡Æo directa
da ilha pela Fran‡a.
202
A actua‡Æo do general Gallieni, governador de 1896 a 1905,
impulsionou o progresso econàmico e demogr fico de Madag scar, que no
decurso da primeira metade do s‚culo foi dotada de infra-estrutura
escolar, administrativa, ferrovi ria e rodovi ria. A oposi‡Æo
nacionalista sà se manifestou, realmente, depois da Segunda Guerra
Mundial, quando a ilha j possu¡a uma representa‡Æo parlamentar e se
tornara territàrio Ultramarino Francˆs (1946). Em 1947-1948 uma
violenta rebeliÆo ensanguentou o Este da ilha, e foi duramente
reprimida; o Movimento Democr tico pela Renova‡Æo Malgaxe (M.D.R.M.),
considerado o principal respons vel pelo incidente, foi perseguido.
Quando em 1956 a ilha recebeu certa autonomia, Philibert Tsiranana
tornou-se o chefe do executivo. Dentro do contexto da Comunidade
(1958), foi outorgada uma Constitui‡Æo Republicana, Tsiranana foi
eleito presidente (1959) de uma Rep£blica proclamada independente em
27 de Junho de 1960. Tsiranana--apoiado no Partido
Social-Democr tico, foi amplamente maiorit rio.Imediatamente apàs sua
reelei‡Æo (1965), esta pol¡tica provocou uma repulsa crescente,
censurando-o a oposi‡Æo pelo bipartidarismo formal e pelas
discrimina‡Æes mantidas: uma revolta dos camponeses (1971) foi
severamente reprimida. Reeleito em 1972, Tsiranana enfrentou a
insatisfa‡Æo estudantil: outorgou, em Maio plenos poderes ao general
Ramanantsoa, que concedeu uma amnistia ampla e tirou Madag scar da
influˆncia francesa mas, nÆo chegou a resolver as dificuldades
econàmicas. Depois da exonera‡Æo de Ramanantsoa em Fevereiro de
1975. o poder ficou com os militares, que orientaram o novo regime
para o socialismo. sob a direc‡Æo de Didier Ratsiraka. Este, em 15 de
Junho de 1975. foi investido na chefia do Estado e do governo,
recebendo apoio da esquerda: em 30 de Novembro de 1975, Ratsiraka
proclamou a segunda Rep£blica Malgaxe. Em 1977. a chefia do governo
passou ao primeiro-ministro Desir‚ Rakotoarijoana, permanecendo
Ratsiraka como presidente. A maior parte da ilha Madag scar fica sob
um terreno de planalto de origem gran¡tica, ...s vezes coroado de
maci‡os vulcƒnicos. A Este. h uma estreita plan¡cie costeira, e a
Oeste o planalto ‚ flanqueado pelas bacias sedimentares de Majunga e
de Morondava, onde predominam o arenito e o calc rio e nas quais se
desenvolveu um relevo. A ilha fica inteiramente na zona tropical e
tem clima quente. temperado pela altitude. A influˆncia dos ventos
al¡sios de Sudeste ‚ o motivo de contraste existente entre as duas
vertentes. A vertente Oriental. exposta aos ventos e onde chove
muito (3562 mm de chuvas em Tamatave). ‚ coberta por uma floresta
densa. A vertente Ocidental, protegida e muito mais seca (1567mm em
Majunga), apresenta florestas mais abertas, savanas, e, no Sul
cerrados. A popula‡Æo ‚ composta por diversos grupos malagaxes. Em
m‚dia, ‚ pouco densa e tamb‚m pouco urbanizada. Est concentrada nos
planaltos, em tomo de Antananarivo e em v rios pontos da costa
(Tamatave, Diego Su rez, Majunga). Vive basicamente da agricultura; o
arroz, cultivado em campos irrigados, ‚ a base da alimenta‡Æo, que
est associada ... mandioca, ao milho e sobretudo ... cria‡Æo de gado de Zebu.
As culturas comerciais (caf‚, cana-de-a‡£car, baunilha e
cravo-da-¡ndia) fornecem o suporte da exporta‡Æo. A pesca, em bases
artesanais ‚ um recurso complementar. O subsolo ‚ rico em jazidas de
cromita, mica, grafite, urƒnio e pedras preciosas. O desenvolvimento
comercial ainda ‚ limitado, principalmente pela insuficiˆncia de
meios de comunica‡Æo. O pa¡s precisa de importar bens de consumo e
equipamento em geral.
@†FRICA ORIENTAL
Estende-se entre os tràpicos, ao longo do Oceano ‹ndico o que permite
a rela‡Æo com a †sia do Sudoeste. A influˆncia inglesa foi durante
muito tempo um elemento unificador, facilitado pelas direc‡Æes
maiores do relevo e da hidrografia (Alto Nilo grandes fracturas,
maci‡os vulcƒnicos e grandes lagos). O conjunto da †frica Oriental ‚
dominado entre Altas Terras com paisagens variadas: savana,
floresta, montanhas e colinas ...s vezes cobertas de lavas ou edif¡cios
vulcƒnicos; Lagos e rios; VulcÆes: Kilimandjaro, Kenya, cadeia de
Virunga. Grande variedade clim tica em fun‡Æo da altitude; quanto
mais altas mais frescas as florestas; precipita‡Æes irregulares. Por
outro lado, nota se diferen‡as regionais: a Norte o Imp‚rio da
Etiàpia em altos planaltos e com origem ‚tnica e religiosa
espec¡fica. A Som lia, deserta, mais ao Sul dom¡nio dos pastores,
Tuskana e Nandi no Kenya, com forte densidade, re£ne muitos pequenos
Estados Pol¡ticos. Ao Sul Estados diferentes, Mo‡ambique ex-tutela
portuguesa; Zambia quarto exportador mundial de couro, para al‚m de
outras riquezas. Ocupada pelos rabes desde a Idade M‚dia, a costa
da †frica Oriental foi disputada pelos Portugueses no s‚culo XVI e
XVIII. Deste per¡odo restam as minorias †rabes e Goanesa e o papel do
IslÆo sobre a costa. As explora‡Æes come‡aram cerca de 1850 e, foi sà
no fim do s‚culo, que Britƒnicos e AlemÆes partilharam o espa‡o
Este-Africano (1886 1890). Deram se mudan‡as onde existem maior
influˆncia Europeia. a S.D.N. (1) confiou o Tanganhica ... GrÆ-Bretanha
e o Ruanda Urundi ... B‚lgica. que o ligou ao Congo Belga. Nesta parte
da †frica nota-se grande diversidade ‚tnica mais ao n¡vel da l¡ngua
do que caracteres f¡sicos; existem quatro grandes grupos: Pigmeus.
Bantos (j agricultores mais ou menos numerosos); Nilotas (pastores).
Hamitas, pastores Nàmadas, pràximos dos Somalis (2) Os pa¡ses
situados na †frica Oriental sÆo a Tanzania (Tanganhica e Zanzibar),
Burundi, Qu‚nia, Jibuti Djibuti (Afar e Issas), Som lia. SudÆo e
Etiàpia (Abiss¡nia).
(1) Sociedade das Na‡Æes. (2) OS Suaili (ou Sauili)--que hoje dÆo o
nome a um idioma africano--foram originariamente um povo de
marinheiros que dominou toda a costa oriental africana. Possu¡am uma
cultura pràpria e abra‡aram o islamismo. Faziam a liga‡Æo do ocidente
com o oriente, pois comerciavam com a india e a China (em 1414 uma
pintura chinesa mostra-nos o imperador junto de uma girafa africana).
Em 1200 tiveram o seu apogeu, mas a partir do s‚culo XVI, com a
chegada e fixa‡Æo dos portugueses, entram em decl¡nio.
@REP-BLICA UNIDA DA TANZANIA (TANGANICA E ZANZIBAR) Estado da †frica
Oriental
Membro do Commowealth com cerca de 939 700 Km2 e, 24 000 000 hab.
capital-Dar-es-Salam. Idioma oficial--Sau¡li e inglˆs. Quase todo o
pa¡s ‚ acidentado sendo comum as alturas superiores a 1500 m, nele
existe o ponto mais alto de †frica--monte Kibo 5993 m na montanha
Kilimanjaro (Uhuru) e ainda os montes Livingstone. Entre os rios
destaca-se o naveg vel Rufiji seguido pelo Rovuma, que marca a
fronteira com Mo‡ambique; tamb‚m o Kalambo ‚ digno de men‡Æo, que ao
desembocar no lago Tanganica forma a espectacular catarata de
Kalambo--215m de altura. A Tanzania foi remotamente ocupada e, a
regiÆo prosperou desde o s‚culo XII, gra‡as ...s cidades mercantis da
costa: Kilwa e Zanzibar. O litoral portuguˆs a partir de 1498,
passou em seguida ...s mÆos dos sultÆes de OmÆ (1752): um deles
instalou-se em Zanzibar em 1832 e fez-se reconhecer pela Inglaterra.
Os portos do Continente--Tanga, Bagamoyo, Lindi--prosperaram com o
apoio dos financeiros indianos e dos negociantes ocidentais. No
interior. a penetra‡Æo †rabe foi rapidamente substitu¡da pela dos
Europeus (Livingstone. Stanley, etc.) atra¡dos pelos Grandes Lagos.
A partir de 1886, o sultanato de Zanzibar--protectorado britƒnico a
partir de 1890--ficou reduzido a uma estreita faixa litoral, sendo o
interior partilhado entre AlemÆes e Britƒnicos, que exploravam o
sisal. A Primeira Guerra Mundial pÆs fim ... domina‡Æo AlemÆ. e a
antiga †frica Oriental AlemÆ tornou-se o territàrio de Tanganica,
confiado em mandado aos Britƒnicos pela Sociedade das Na‡Æes (1922).
Entretanto, um movimento de Independˆncia multiracial ampliou-se em
decorrˆncia da ac‡Æo de Julius Nyerere, l¡der da UniÆo Nacional
Africana de Tanganica (TANU); as vitàrias eleitorais dessa forma‡Æo.
em 1858 e 1960 culminam na independˆncia, concedida em 1961.
Presidente da Rep£blica em 1962, J. Nyerere anexou o Zanzibar a
Tanganica, o que deu origem ... Tanzania (1964): instaurou entÆo
(1965-1967) un regime de tipo socialista. Em 1979, as for‡as
tanzanianas deram o seu apoio aos opositores ugandeses para pÆr fim
ao regime ditatorial de Idi Amin Dada Zanzibar a ÆP‚rola da †fricaÆ
denomina‡Æo que se deve aos †rabes. que na Ilha se estabeleceram em
tempos remotos e, constitu¡ram o principal grupo nÆo autàctone da sua
popula‡Æo: como foi um protectorado nÆo inglˆs at‚ 1963 ano em que
logrou sua autonomia para unir-se depois com a Tanganica e formar a
Rep£blica da Tanzania em 1964, era portanto uma das provincias
britƒnicas da †frica Oriental Inglesa. A sua jurisdi‡Æo abrangia a
ilha de Zanzibar e outra ilha adjacente a 48 Kn chamada Pemba, as
duas constituiam um territàrio. A costa Oriental de Zanzibar ‚
escarpada e bastante rida; a costa Ocidental pelo contr rio, tem
rvores e pƒntanos e o solo de aluviÆo ‚ f‚rtil. Por outro lado, esta
costa apresenta muitas colinas possuindo ba¡as profundas de f cil
acesso ... navega‡Æo, estas ba¡as cont‚m um grande n£mero de pequenas
ilhas que fazem despertar a voca‡Æo mar¡tima nos seus habitantes.
Zanzibar ‚ uma das mais f‚rteis regiÆes de †frica, produz:
cana-de-a‡£car, sorgo, mandioca, pimenta, etc. Os donos das
ind£strias maiores sÆo †rabes, economicamente menos poderosos estÆo
os Negros Swahilis. Os †rabes sÆo maometanos Sunitas e na ‚poca do
protectorado inglˆs, o SultÆo que os governava e quase todo o seu
s‚quito pertenciam ... seita de Ibadhi. A maior parte das ind£strias de
Zanzibar sÆo do cravo-de-cheiro o mesmo de Pemba--a tal como que sÆo
considerados os grandes fornecedores desse produto no mundo.
@DAVID LIVINGSTONE Entre os grande investigadores da †frica
Entre os grandes investigadores da †frica, ligados tamb‚m ... Histària
da Tanzania os que abdicaram de uma vida tranquila para penetrar nas
selvas, nos seus pƒntanos, nas areias de fogo, na sede e na
fome--estÆo os irmÆos Gautier, A. G. Laing, Anthony Fergunson e o
bondoso David Livingstone que sÆo alguns dos nomes de um quadro
heràico que a Histària recorda para honra da civiliza‡Æo. De todos
eles, David Livingstone foi talvez, a figura mais pura--o
investigador. que levou por um lado, a faca para abrir o caminho
entre as rvores fechadas e, por outro, a verdade de um Deus que os
Negros desconheciam. Nasceu em Blantyre, Escàcia, em 19 de Mar‡o de
1813. Aos nove anos foi aprendiz de fia‡Æo; inteligente, de grande
persistˆncia, estudou sempre e como pÆde; levava os seus livros ...
f brica e lia-os enquanto trabalhava. O esfor‡o era duplo, sem se
prejudicarem mutuamente, a letra e a ac‡Æo filtravam atrav‚s da sua
capacidade de aprender e, desta maneira, formou-se em Medicina. O
mesmo modo de agir (trabalhar e estudar a um sà tempo) levou-o a
obter a sua gradua‡Æo em Teologia. Com ambos os t¡tulos m‚dico e
mission rio, inscreveu-se na Sociedade das MissÆes, de Londres, da¡
foi mandado para a †frica lugar onde os seus sonhos de reden‡Æo e os
seus ideais em favor dos Africanos--vendidos e reduzidos ... escravidÆo
num com‚rcio aviltante, que ia aumentando--concretizaram-se
definitivamente . Dobrou o Cabo da Boa Esperan‡a, depois, passou por
Algoa e deteve-se em Kuruman. A¡, com a mesma tenacidade com que
estudava na sua terra natal, dedicou-se a aprender o idioma dos
Bechuanas. Depois, prosseguiu atrav‚s da selva, at‚ ...s regiÆes do
Norte, onde teve contacto com os Bakuenas, que significa Ægente dos
crocodilosÆ. Isto aconteceu em Litobaruba, de onde partiu para
explorar caminhos desconhecidos, selvas imprecisas, que se levantavam
como signos imbat¡veis da †frica. Em pouco tempo, regressou a
Kuruman. Conheceu Maria, Filha de Moffat, outro esfor‡ado paladino,
que levou a b¡bl¡a a essas regiÆes tÆo distanciadas; casa-se com
Maria e, funda uma missÆo em Mabotsa. Primeiramente, teve que lutar
com os leÆes, que assolavam a prov¡ncia. Num desses encontros,
inutilizou o seu bra‡o esquerdo. Pronunciou o Evangelho, convertendo
ao cristianismo Sechele, chefe negro de Kolobeng, que abjurou a magia
e as suas mulheres, ficando somente com uma, ante a indigna‡Æo dos
outros chefes. Construiu uma Igreja e oficiou durante trˆs vezes por
semana, ante o assombro da gente africana que via nele o Homem Bom,
como diziam. Enquanto impunha as li‡Æes do Evangelho e socorria os
enfermos, investigava os angustiosos labirintos da †frica e
enfrentava os Boeres, vindos da Rep£blica do Transval. Duas vezes se
ausentou da sua missÆo e outras tantas vezes a encontrou destru¡da,
com os livros que constituiam seu acervo. Mas duas vezes e muitas
outras levantou edifica‡Æes e prosseguiu a sua ac‡Æo de investigador
e civilizador. Enviou a sua fam¡lia a Londres (j tinha 3 filhos
africanos de Maria), e em 1851, investigou a regiÆo dos africanos
makolos em Secheke e descobriu o rio Zambeze. Trˆs anos depois
chegou a Chinte, com o s‚quito de africanos que o seguiam fascinados.
Ali contraiu uma febre maligna, mas recuperou-se e, a 12 de Dezembro
de 1856 regressou a Londres, onde foi recebido pela rainha Vitària.
Aproveitando a oportunidade somente pediu ... rainha apoio ao seu
esfor‡o para acabar com a escravidÆo dos Negros. A rainha atendeu o
seu pedido e enviou-o, como diplomata, a Zanzibar. Ao voltar a †frica
penetrou na selva perdendo-se nela atrav‚s das demon¡acas
encruzilhadas, consternando o Ocidente que o deu como morto, todavia,
Livingstone continuava vivo. Quem o encontrou foi o jornalista Henry
Moreland Stanley, o Herald de Nova York, que havia chegado ... †frica
com o propàsito de o procurar, isto aconteceu em 1871. Agora ambos
unidos e apàs superadas as febres malignas, exploraram o Norte do
lago Tanganica. Depois, Livingstone parte ... busca das fontes do Nilo
e, em 1873, chegou a Chitambo, novamente com rumo perdido. Ali no 1.ø
de Maio de 1873, morreu ajoelhado ao lado da sua cama de ervas. Chuma
e Suzi, dois africanos que o acompanharam durante os seus anos de
pobreza, embalsamaram-no e, enviaram o seu corpo a Londres, onde foi
sepultado na Abadia de Westminster. No entanto, o cora‡Æo e as
entranhas foram enterradas ao p‚ de uma rvore em Chitambo, onde
estÆo gravadas estas duas linhas: David Livingstone 1.ø de Maio de
1873
ÆCoqueiristas do desertoÆ
Foi em Zanzibar ao iniciar a expedi‡Æo ...s nascentes do Nilo que
Livingstone e Mogueh originaram os Æcoqueiristas do desertoÆ, para
resolverem o problema da falta de gua, que cheia de impurezas em
algumas zonas, embora sugada atrav‚s de bambus ocos (recurso empregue
entre Bosqu¡manos e Pigmeus) provocavam a peste-comum em †frica;
Livingstone aceitara a ideia do seu amigo Mogueh de juntar ...
caravana, um destacamento especial, apenas com a fun‡Æo de
transportar cocos e, durante a viagem reabastecer-se deles, para que
a gua do coco solucionasse a falta de gua pot vel. Foi Livingstone
e Mogueh em Zanzibar que a partir da¡ deram origem aos Æcoqueiristas
do desertoÆ.
@REP-BLICA DO BURUNDI Estado da †frica Oriental
Com cerca de 28 000 Km2 e 4480 000 habitantes. Falam o kirundi e o
kiswahili, mas o idioma oficial ‚ o francˆs. A capital--Bujumbura,
(Usumbura) tem um importante aeroporto e, nas guas de Tanganica h
um intenso tr fego, que liga este pa¡s ... Tanzania e ao Congo.
Burundi ‚ um dos raros Estados africanos que existiu tal qual antes
da coloniza‡Æo O reino cuja dinastia poderia remontar pelo menos ao
s‚culo XVII, goza at‚ de uma unidade lingu¡stica atrav‚s do kirundi,
l¡ngua banto, suporte de uma refinada literatura oral e do francˆs.
No s‚culo XIX, o soberano mais not vel foi Mwezi Gisabo. O pa¡s faz
parte da †frica Oriental ex-AlemÆ a partir de 1892. De 1916 a 1962,
formando com Ruanda o Ruanda-Urundi, esteve na àrbita do Congo Belga,
com o estatuto de Æmandato BÆ 1923), depois com o de Æpa¡s sob
tutelaÆ (1946). Em 1959, o Burundi foi dotado de um regime autànomo.
Adquiriu a Independˆncia no 1.ø de Julho de 1962. Em 1966 foi
abolida a realeza, que deu lugar ... Rep£blica (28 de Novembro), mas as
oposi‡Æes tribais entre os Hutus e os Tutsis continuam a subverter a
vida pol¡tica. Uma cadeia montanhosa central (que culmina a 2670 m)
domina a Oeste uma fossa de afundamento ocupada pelo lago Tanganica e
desce suavemente para Este por uma s‚rie de planaltos escalonados. O
clima, equatorial pela latitude, ‚ temperado pela altitude, sendo a
regiÆo recoberta pela savana arborizada. A popula‡Æo (Banto) muito
densa, compÆe-se de dois grupos ‚tnicos: os Hutus (85%) e os Tutsis
e, vive da agricultura. 's produ‡Æes de subsistˆncia (mandioca) e
comerciais (algodÆo, caf‚, ch ) associa-se a cria‡Æo (bovinos,
caprinos). A ind£stria ‚ inexistente, e as duas cidades principais,
Bujumbura e Gitega, sÆo pequenos centros administrativos. Sem acesso
ao mar, o pa¡s ‚ ligado por uma rodovia, e depois por ferrovia (a
partir de Kigoma, na Tanzania), ao porto de Dar Es-Salaam, atrav‚s do
qual recebe o essencial das importa‡Æes.
@REP-BLICA DO QU�NIA (K�NIA) Estado da †frica Oriental
Membro do Commonwealth, com cerca de 583 000 Km2 e, 19 320 000
habitantes. A Sul povoado pelos Bantos, a Nordeste tribos Nilàticas,
nas fronteiras com a Som lia, os Gallas e Somalis, nas regiÆes do
litoral Swabilis (bantos- rabes) e Hindus. A maioria ‚ pagÆ alguns
sÆo maometanos e outros catàlicos. O idioma oficial ‚ o inglˆs e o
Sau¡li, falam ainda Kikuyu e Kamba. A capital Nairobi. A partir dos
meados do s‚culo XIX o litoral foi o centro das rivalidades
germano-britƒnicas. Em 1888 em virtude de um acordo de influˆncia com
Bismark, a Imperial British East †frica Company, obteve a concessÆo
de importantes territàrios, que em 1895 foram transferidos ... coroa
britƒnica excepto uma parte do litoral, que permaneceu como
protectorado. Desde 1920 os Kikuyus empreenderam um movimento de
Independˆncia, que sà se fortaleceu realmente em 1925 com a cria‡Æo,
por Jomo Kenyatta, da Kikuyu Central Association (K.C.A.). Em 1944
criou-se um verdadeiro partido intertribal, o Kenya African Union
(KAU), movimento de massa que o mesmo J. Kenyatta presidiu a partir
de 1947. Ao mesmo tempo desencadeou-se o terrorismo anti Europeu dos
Mau Mau (1952). Em 1961, J. Kenyatta, que se tornou em 1959
presidente da Kenya African National Union (KANU), foi libertado
pelos britƒnicos que, em 1963, a 12 de Dezembro, acabaram por
conceder a Independˆncia ao Qu‚nia. Por ter obtido em 2 de Dezembro
de 1964, a alian‡a do principal partido da oposi‡Æo, Kenyatta, entÆo
presidente da Rep£blica, pode modificar a Constitui‡Æo num sentido
centralizador, favor vel, ali s, aos Kikuyos. Quando morreu (1978)
foi sucedido por Daniel Arap Moi. O pa¡s estende-se por dois
conjuntos naturais muito diversos: a Este, uma s‚rie de plan¡cies que
diminuem de altitude na direc‡Æo do Oceano ‹ndico, ao passo que no
Oeste ocorrem planaltos expressivos, limitados pelo lago Vitària.
Estes planaltos parcialmente cobertos por derramamentos de lavas e
dominados pelo vulcÆo extinto do monte Qu‚nia, sÆo interrompidos pela
fenda rochosa Valley, de orienta‡Æo Norte-Sul que caracteriza toda a
†frica Oriental, o fundo ‚ ocupado por uma sucessÆo de lagos. O
relevo explica a diversidade de climas: a metade Sudoeste h£mida,
apresenta tendˆncia equatorial atenuada pela altitude dos planaltos;
a metade Nordeste, muito mais seca, ‚ coberta de savanas planas e
ridas. A popula‡Æo, em m‚dia pouco densa, ‚ repartida
desigualmente. Concentra-se no litoral, ...s margens do lago Vitària, e
nos planaltos, em torno de Nairobi vivendo principalmente da
agricultura, apresenta taxas fracas de urbaniza‡Æo. Al‚m das
culturas de subsistˆncia, que fornecem milho mi£do e sorgo
desenvolvem-se culturas destinadas ... exporta‡Æo: caf‚, ch , algodÆo e
amendoim no planalto cana-de-a‡£car sisal e banana nas plan¡cies
orientais. Mant‚m-se a actividade tradicional da pecu ria (ovinos,
caprinos e bovinos). O desenvolvimento industrial ainda ‚ mais
limitado. As principais cidades (Nairobi, Momba‡a) concentram as
poucas f bricas (alimentos, pequena metalurgia) mas, o Quenia precisa
de importar o essencial dos produtos de base e de consumo (pelo porto
de Momba‡a). O turismo permite a compensa‡Æo parcial do d‚ficit da
balan‡a comercial. O Qu‚nia possui uma rica flora e fauna variada
considerada como um para¡so para ca‡adores.
@REP-BLICA DE DJIBUTI (JIBUTI) (ex-Soni lia Francesa Territàrio dos
afares e Issas) situado na costa do Oceano ‹ndico, Estado da †frica
Oriental
Com cerca de 21 700 Km2 e, 315000 habitantes, na maioria nàmadas, que
subsistem gra‡as ... cria‡Æo de caprinos, ovinos e camelos. As
actividades econàmicas sÆo: a extrac‡Æo de pequenas quantidades de
mica, gesso, enxofre, petràleo e a pesca de ostras perl¡feras (que
Henry de Monfreid descreve nos seus livros). Territàrio rido, a
regiÆo oferece sobretudo interesse estrat‚gico pela sua situa‡Æo no
golfo de Aden e no estreito de Bab al-Mandab, na entrada do mar
Vermelho. A popula‡Æo justapondo duas etnias dominantes, que por um
per¡odo, deram nome ao territàrio, vive principalmente da cria‡Æo
ovina no interior. Mas a metade dos habitantes concentra-se em
Djibuti, terminal da ferrovia para a Etiàpia (Adis-Abeba) e porto,
cujo tr fego tem sua importƒncia amplamente ligada ... actividade do
canal do Suez. Capital, Djibuti--levantada na margem Sul do golfo de
Tadjoura, por L‚on Lagarde o primeiro governador e criador da ÆcÆte
Fran‡ais des SomalisÆ. O rio subterrƒneo de Ambuli assegura gua
pot vel ... cidade. O porto de Djibuti ganhou maior destaque ao ser
dragado para permitir a entrada de navios de maior calado, com cerca
de dois quilàmetros com depàsitos de carvÆo e petràleo. O territàrio
de Obock, ocupado pelos franceses em 1884, tornou-se Costa francesa
dos Somalis em 1896, depois de Djibuti ser preferida a Obock, como
porto. Territàrio Ultramarino (1946), a Costa francesa dos Somalis
foi dotada de uma Assembleia e um Conselho de governo em 1957. Desde
entÆo, correntes internas, por vezes violentas, buscaram a autonomia
e at‚ a Independˆncia. Em 1967, nos termos de um estatuto de
autonomia interna, o pa¡s foi denominado Territàrio Francˆs dos
Afares e dos Issas, tornou-se independente em 27 de Junho de 1977.
213
@REP-BLICA DA SOM†LIA estende-se desde a entrada do mar Vermelho ao
golfo de †den, Estado da †frica Oriental
Com cerca de 637 600 Km2 e, 5 260 000 habitantes; onde a religiÆo
mu‡ulmana tem cerca de 99% de adeptos. Capital Mogad¡scio (Mudisho).
O rabe, o italiano e o inglˆs sÆo considerados idiomas
administrativos mas a popula‡Æo emprega dialectos somali e rabe. Foi
a partir da pen¡nsula somaliana que se expandiu o Imp‚rio de Askum.
Mais tarde (s‚culo III), a costa viu-se movimentada por comerciantes
†rabes, Iranianos e Eg¡pcios, os futuros propagadores do Islame
(IslÆo). Os Somalis, divididos em duas grandes tribos, Darod e Isaq,
ocuparam provavelmente a regiÆo entre os s‚culos X e XII, repeliram
os Portugueses, que entraram em cena no fim do s‚culo XV e os turcos
dela se assenhorearam, caindo os portos, progressivamente sob a
soberania dos SultÆes de Zanzibar. No s‚culo XIX, os Somalis, por
sua vez, atingiram as fronteiras do Qu‚nia, onde os Britƒnicos os
contiveram, enquanto os Franceses, instalados em Obock, puseram fim ...
sua expansÆo para o Norte. Depois, speras rivalidades opuseram,
nesse ÆchifreÆ da †frica, a Fran‡a, a GrÆ-Bretanha e a It lia. Os
Britƒnicos ocuparam Brava (1822) e Berbera (1856), deixando o Egipto
apossar-se do Harar (1875-1885); mas quando o Egipto passou para a
sua tutela, instalaram-se na Somalilandia (1887). Desejosos de
facilitar uma implanta‡Æo da It lia para fazer com que a expansÆo
francesa fracassasse, deixaram que os Italianos comprassem alguns
portos da costa do Benadir. Constitui-se assim, em 1905, a Som lia
Italiana. Mas o fracasso dos Italianos em †dua (1896) permitiu que
Menelik II obrigasse os Europeus a assinarem com ele uma s‚rie de
acordos fronteiri‡os que limitaram as estreitas faixas costeiras. Em
1925, a Som lia italiana aumentou com o Transdjuba e Kismyu, cedidos
pelos Britƒnicos em sinal de reconhecimento pela participa‡Æo da
It lia na Primeira Guerra Mundial. A partir de 1934, a Som lia
italiana serviu de base ... agressÆo fascista contra a Etiàpia que
vencida, foi unida ... Eritreia e ... Som lia para formar uma Ɔfrica
Oriental ItalianaÆ. Os Britƒnicos superados em 1940, libertaram
esses territàrios j em 1941. A Som lia e a Somalilandia ascenderam ...
Independˆncia em 1960, fundindo-se para formar a Rep£blica da
Som lia. Em 1969 apàs o assass¡nio do presidente Abdirachid Ali
Shemmarke, uma junta militar tomou o poder; actualmente--1986 o
presidente da Som lia ‚ o Tenente-General Mohanied Siad Barr. Em
1976, o Partido Socialista Revolucion rio Somali passou a ser o £nico
existente, herdando poderes do Conselho da Revolu‡Æo. Pouco tempo
depois, a Som lia, que reivindicava uma parte de Ogaden, envolveu-se
num conflito fronteiri‡o com a Etiàpia. A Som lia estendendo-se pela
extremidade oriental da †frica, corresponde a um planalto
parcialmente coberto de sedimentos. Desca¡do para Sul esse planalto
domina a estreita plan¡cie costeira do golfo de †den por um
escarpamento de falha de 2000 m de altitude, ao passo que para o
litoral do Oceano ‹ndico ele abaixa-se em suave inclina‡Æo. O clima,
tropical na esta‡Æo seca do Sul, que recebe 600mm de chuvas por ano,
passa no Norte, a ser coberto pela estepe (planta herb cea) da regiÆo
rida. A popula‡Æo muito pouco densa, ‚ composta de Somalis. Denota
um baixo ¡ndice de urbaniza‡Æo, sendo a capital a £nica cidade
importante. A cria‡Æo nàmada de ovinos, caprinos e camelos
constitui, com o incenso e a mirra, o principal recurso das terras
elevadas do interior. As lavouras limitam-se ... Costa Sul, que gra‡as
... irriga‡Æo, produz bananas. Pa¡s de balan‡a comercial deficit ria,
a Som lia beneficiou-se com ajudas externas em virtude da sua
situa‡Æo estrat‚gica.
@REP-BLICA DO SUDŽO Estado situado na parte Oriental de †frica
A Sul do Egipto estendendo-se pela bacia do alto Nilo, com cerca de 2
506 000 Km2 e, 21 320 000 habitantes. Capital Cartum. Idioma oficial
rabe. O litoral no mar Vermelho proporciona ao pa¡s uma situa‡Æo
excelente: o Porto do SudÆo est a metade do caminho do canal Suez e
do golfo de †den. A Histària do SudÆo antes da conquista eg¡pcia
(1820-1823) confunde-se com a N£bia. Mehemel Ali conquistou o SudÆo
setentrional, que ele dotou da nova capital, Cartum. Expedi‡Æes
foram enviadas para Sul, a partir de 1840, e o com‚rcio de marfim e
de escravos desenvolveu-se malgrado a luta dos Quedivas do Egipto e
dos ocidentais contra o tr fico de escravos. O Mahadi sublevou as
popula‡Æes do SudÆo (1881-1885), do qual se assenhorou. A expedi‡Æo
anglo-eg¡pcia de Kitchener derrotou os Madistas em Omdurman (1898) e
atingiu Fachoda, onde encontrou a coluna francesa de Marchand, que
devia retirar-se no ano seguinte. O SudÆo tornou-se entÆo condom¡nio
anglo-eg¡pcio (1899). Apàs a den£ncia unilateral do condom¡mio pelo
Egipto (1951) e o acordo anglo-egipcio de 1953, o SudÆo teve de
escolher entre a UniÆo com o Egipto e a Independˆncia. Em 1955, as
popula‡Æes do Sul revoltaram-se e a Independˆncia foi proclamada em
1956 a 1 de Janeiro. A ditadura militar do marechal Ibrahim Abbud
(1958-1964) foi derrubada pelos motins de 1964. O general Djatar
al-Nimeyri subiu ao poder em 1969 e outorgou em 1972 autonomia ...s
popula‡Æes do Sul, em guerra com o poder central havia quinze anos.
A Constitui‡Æo de 1973 fez da UniÆo Socialista Sudanesa o partido
£nico do pa¡s. Pa¡s mais vasto da †frica, o SudÆo ‚ um conjunto de
planaltos e com pl tanos baixos que se alteiam a ocidente na soleira,
que o separa da bacia do Chade flanqueada pelos relevos vulcƒnicos e
a Este pela cadeia que domina o mar Vermelho. O centro ‚ ocupado
pela zona pantanosa Bahr-el-Ghazal e, a montante da confluˆncia do
Nilo Branco e do Nilo Azul, pela plan¡cie de Gezireh. O alongamento
em latitude explica a disposi‡Æo das zonas dos climas. Ao Norte,
des‚rtico, termina‡Æo oriental do Saara, sucedem o Centro, saheliano,
coberto pela estepe cheia de espinhos (de 300 a 600 mm de chuvas ano)
e o Sul, sudanˆs onde se estende a savana ...s vezes arborizada (mais
de 600 mm). O Estado sudanˆs agrupa popula‡Æes muito variadas:
†rabes no Norte, Negros, mais numerosos ao Sul. As regiÆes
perif‚ricas, quase vazias, constituem o dom¡nio de uma cria‡Æo bovina
nàmada e sobretudo ovina. O essencial dos habitantes concentra-se no
vale do Nilo, nomeadamente no Gezireh (ao Sul de Cartum), parte
vital do pa¡s. A irriga‡Æo favorece o cultivo do algodÆo, riqueza
principal do pa¡s, exportada pelo Porto SudÆo. A goma ar bica e o
amendoim trazem um complemento de recursos, o sorgo e o milho mi£do
destinam-se ... alimenta‡Æo. A industrializa‡Æo tem falta de capitais e
de mat‚rias-primas e limita-se ... transforma‡Æo de produtos agr¡colas.
Os Tesouros da N£bia Sudanesa
Os Tesouros da N£bia Sudanesa (N£bia--antiga regiÆo do Nordeste da
†frica e de ambos os lados da actual fronteira Eg¡pcia Sudanesa): as
obras de constru‡Æo da represa de AssuÆ deram um not vel impulso ...
pesquisa arqueolàgica na N£bia Sudanesa em que missÆes de
especialistas de todo o mundo aproveitaram antes que as guas
cobrissem uma vasta regiÆo, rica de vest¡gios da ‚poca cristÆ, de
ru¡nas da cuHura n£bia e do chamado novo Imp‚rio Faraànico. Aos
poucos, a popula‡Æo n£bia do SudÆo teve de abandonar as suas terras,
em silenciosa homenagem a um afÆ civilizador, que na realidade pode
mudar em poucos anos a fisionomia da regiÆo. Trata-se de um povo
forte, alto, de pele negra, embora a rigor, seja de ra‡a
mediterrƒnea; h muito, houve um ˆxodo que inclu¡a os jovens das
fam¡lias n£bias, ficando nas suas terras somente os velhos, as
mulheres e as crian‡as. Cairo, Beirute e outras grandes cidades do
Oriente pràximo atra¡am os N£bios com as suas ofertas de trabalho.
Foram v rias vezes tra‡ados os inconvenientes, que a popula‡Æo
sudanesa at‚ entÆo residente na N£bia, encontraria em terras
chuvosas, isto porque o clima do Nilo ‚ seco. Os arqueàlogos
obtiveram esplˆndidos resultados; descobriram verdadeiros tesouros
rapidamente, num prazo ex¡guo condicionado pelo iminente
transbordamento das guas do Nilo. Nesta tarefa, foram auxiliados
por pequenos ex‚rcitos de cidadÆos Sudaneses, e, sobretudo, Luxor,
que se caracterizam pela sua extrema habilidade nas escava‡Æes com
fins cient¡ficos. Nessa aldeia, praticamente todos os habitantes sÆo
escavadores, aperfei‡oando-se de gera‡Æo em gera‡Æo, os Kuhftis
alcan‡aram uma apurada t‚cnica para a explora‡Æo, levantamento
topogr fico e a classifica‡Æo das mat‚rias encontradas. Enquanto
trabalham, cantam versos do AlcorÆo e imprimem ... sua arte um zelo
admir vel. Como exemplo do que se alcan‡ou na N£bia Sudanesa,
mencione-se o trabalho realizado pela Expedi‡Æo Espanhola,
principalmente na Necràpole de Nag-el-Arba, da ‚poca cristÆ, e da
denominada X Cultura da N£bia. As ru¡nas encontradas correspondem ao
per¡odo que se inicia no s‚culo I a.C. As descobertas, muito
esclareceram a influˆncia copta (o Cristianismo eg¡pcio) no Norte do
SudÆo. Testemunhos eloquentes dessa influˆncia sÆo as tumbas, que
foram encontradas encimadas por cruzes feitas com lama do rio ou com
adobe cozido ao sol. NÆo faltaram achados de elementos da ‚poca
faraànica, as missÆes arqueolàgicas de v rios pa¡ses trabalharam
febrilmente para salvar das guas esses tesouros. Os trabalhadores da
represa serviram, sem d£vida, para que se concretizassem em pouco
tempo, certos descobrimentos de grande importƒncia para o mundo
cient¡fico.
@ETIŸPIA (Abiss¡nia ou reino do ÆPreste JoÆo) Estado Imperial da
†frica Oriental
Na costa do mar Vermelho, com cerca de 1 237 000 Km2 e, 30 678 000
habitantes: Abiss¡nios, Gallas, Somalis e Negros Sudaneses. Capital
Addis-Abeba. O idioma oficial amhari (am rico), fala-se tamb‚m o
agau, o somali, o rabe e o italiano. A Etiàpia manteve uma guerra
com a It lia sob o reinado de V¡tor Manuel, que com Menelik I firmou
em 1896 o tratado que fixou definitivamente os limites actuais do
pa¡s. Cerca do ano 363, o cristianismo fora introduzido na
Abiss¡nia, as tribos que habitavam o centro montanhoso permaneceram
fi‚is perante a expansÆo violenta do Islamismo. A lenda associa a
primeira dinastia et¡ope ... descendˆncia de SalomÆo e da rainha de
Sab . Constitu¡do no s‚culo I da era cristÆ, apàs a instala‡Æo de
tribos Semitas vindas da Ar bia do Sul, o reino de Axum, cujo chefe
tinha o t¡tulo de Negusa Negast (Ærei dos reisÆ), estendeu o seu
dom¡nio ... Etiàpia do Norte, at‚ ao Nilo Azul. Cristianizado no
s‚culo IV, acompanhou a Igreja Eg¡pcia no monofisismo; mais tarde,
apàs um per¡odo brilhante (s‚culo II-IV), sofreu a expansÆo do
Islame (IslÆo) que o privou do litoral do mar Vermelho e arruinou-se
no s‚culo X. O per¡odo pouco conhecido que entÆo se inaugurou foi
marcado pelo reinado da dinastia Zagu‚, no Lasta (de 1149 a 1270),
seguido por uma brilhante renova‡Æo com Yekuno Amlak de (1270 a
1285), que pretendia restaurar a dinastia salomànica no Choa. No
s‚culo XVI, a Europa descobriu a Etiàpia atrav‚s dos Portugueses e
identificou essa Terra CristÆ em plena regiÆo Mu‡ulmana ao lend rio
reino do 'Preste JoÆoÆ. Quase inteiramente conquistada pelos †rabes
de 1527 a 1543. a Etiàpia libertou-se com a ajuda dos Portugueses,
mas logo se revoltou contra a ac‡Æo dos mission rios catàlicos e
fechou-se aos Ocidentais. At‚ ao s‚culo XIX, o pa¡s desenvolveu-se
no isolamento: a autoridade real enfraqueceu-se ante as ambi‡Æes dos
chefes heredit rios das prov¡ncias. os ÆrasÆ cujas rivalidades
amea‡avam a sobrevivˆncia do Imp‚rio. Apesar do decl¡nio pol¡tico
que caracterizou esse per¡odo ÆfeudalÆ. desenvolveu-se um brilhante
centro cultural em Gondar, que se tornou numa grande metràpole
religiosa. No s‚culo XIX, Teodoro II (de 1855 a 1868) conquistou o
poder sobre os outros reis, fez-se proclamar Ærei dos reisÆ e
restaurou a autoridade central sobre as prov¡ncias. Com a abertura do
canal de Suez (1869), a Etiàpia passou a ser alvo de rivalidades
econàmicas e militares dos Europeus. A Fran‡a instalou-se em Obock
(1881) e em Djibuti, os Italianos em Assab (1882) e Massaua (1885).
O apoio dos Italianos permitiu a Menelik II, rei de Choa, subir ao
trono (de 1889 a 1909). Em troca, este reconheceu aos Italianos a
possessÆo da Eritreia pelo tratado de Uccialli (1889), que denunciou
j em 1893 ante as pretensÆes italianas ao protectorado. Apàs a
vitària et¡ope de †dua (1896) a It lia reconheceu a soberania da
Eritreia. Menelik II transferiu a capital para Adis-Abeba, ampliou e
modernizou o Imp‚rio e refor‡ou a autoridade real, procurando ao
mesmo tempo limitar a ExpansÆo Europeia no litoral. Mas os Europeus
imiscu¡ram-se nos negàcios internos do pa¡s, favorecendo a deposi‡Æo
de Yassu, filho e sucessor de Menelik e a ascensÆo do rei Tafari como
regente (1917). Este introduziu a Etiàpia no cen rio internacional
aderindo ... Sociedade das Na‡Æes (1923) e ao pacto Briand-Kellogg
(1928); posteriormente proclamado Negus (1928), subiu ao trono em
1930 com o nome de Hail‚ Selassi‚ 1. J em 1931, promulgou uma
Constitui‡Æo do tipo Ocidental e empreendeu vasto programa de
moderniza‡Æo, interrompido pela conquista italiana (1935-1936).
Derrotada, a Etiàpia passou entÆo a constituir, com a Eritreia e a
Som lia, a †frica Oriental Italiana. Libertada pelas tropas
franco-inglesas em 1941, recuperou a Independˆncia em 5 de Maio,
ingressou na O.N.U. em 1945, reconquistou o acesso ao litoral do mar
Vermelho pela Federa‡Æo (1952) e, depois pela anexa‡Æo (1962) da
Eritreia. O seu papel na evolu‡Æo da †frica contemporƒnea tornou-se
preponderante com a cria‡Æo da Organiza‡Æo da Unidade Africana, cuja
sede ‚ em Adis-Abeba (1963) e dentro da qual a Etiàpia exerce
influˆncia moderadora. No plano interno, o Imperador levou adiante
sua pol¡tica reformadora mas a liberaliza‡Æo do regime foi
considerada insuficiente. Uma primeira tentativa de golpe de Estado
fracassou em 1960. Amea‡ado desde o in¡cio de sua histària por
divisÆes ‚tnicas e religiosas, o governo imperial foi for‡ado a
enfrentar o desenvolvimento de movimentos separatistas na Eritreia (a
partir de 1962) e em Ogaden (1964). A essas dificuldades
acrescentaram-se problemas de limites com o SudÆo e o Qu‚nia
(resolvidos pelos acordos de 1967 e 1970, respectivamente) e
sobretudo com a Som lia. A persistˆncia de grande atraso econàmico e
baix¡ssimo n¡vel de vida, de desigualdades sociais e ‚tnicas muito
profundas levaram ... crescente degrada‡Æo da situa‡Æo interna. A fome
e o desenvolvimento da guerrilha na Eritreia e em Ogaden provocaram
em 1974, uma Revolu‡Æo liderada por militares progressistas. Apàs a
deposi‡Æo de Hail‚ Selassi‚ (que morreu em 1975), o conselho militar
orientou a Etiàpia rumo a um socialismo espec¡fico, acentuado em
1977, quando os elementos mais radicais desse conselho deram o golpe
de Estado e tomaram o Poder. A Etiàpia ‚ considerada o ber‡o do caf‚
suave e semiforte, com os nomes de (ÆmokaÆ) e Æabiss¡niaÆ. A
coloniza‡Æo italiana introduziu melhoras no cultivo do caf‚. A maior
parte do pa¡s estende-se sobre um maci‡o montanhoso coberto de
derrames bas lticos e cortado por vales profundos. � cercado a
Nordeste pela bacia dos Danakil, zona de instabilidade da crosta
terrestre, de vulcanismo activo, e a Sudeste por vastos planaltos
(Ogaden).
O clima ‚ fortemente diferenciado segundo a altitude: muito quente
nos vales ao abrigo das precipita‡Æes, tempera-se nas montanhas, que
recebem chuvas abundantes. Em Adis-Abeba, a 2500 m de altitude, as
temperaturas m‚dias mensais oscilam em torno de apenas 15øC, enquanto
o total das precipita‡Æes excede a 1000mm. A popula‡Æo compÆe-se de
grupos ‚tnicos variados, de diversas religiÆes e divididos por
antagonismos, concentra-se nas eleva‡Æes do maci‡o et¡ope. O pa¡s ‚
pouco urbanizado; as £nicas cidades importantes sÆo a capital,
Adis-Abeba, e Asmara (na Eritreia). A agricultura ainda ‚ o sector
essencial da economia; o Leste dedica-se ... cria‡Æo nàmada de gado,
mas no maci‡o et¡ope as culturas escalonam-se em fun‡Æo da altitude.
Nas zonas baixas, culturas muitas vezes tropicais (algodÆo,
cana-de-a‡£car, milho, tabaco) fendem a floresta densa. O n¡vel
intermedi rio, de 1800 a 2500 mm, ‚ o mais rico: nele se cultivam o
caf‚, principal produto de exporta‡Æo, durah (Variedade de milhete),
frutas e legumes. As terras altas sÆo o dom¡nio da cria‡Æo bovina
que fornece peles para exporta‡Æo. A actividade industrial mant‚m-se
em n¡vel quase artesanal e, o pa¡s precisa importar bens de consumo.
Os dois principais portos sÆo Assab e Massaua, que suplantaram
Djibuti apàs a reintegra‡Æo da Eritreia. A Campanha de 1894-1896:
Tendo o Negus Meneleik II denunciado em 1893, o tratado de Uccialli,
firmado com os Italianos em 1889, o corpo expedicion rio do general
Baratieri (1841-1901), apàs algumas vitàrias no in¡cio de 1895, foi
vencido em †dua (1 de Mar‡o de 1896) pelos Et¡opes, que impuseram ...
It lia a paz de Adis-Abeba (26 de Outubro de 1896). A Campanha de
1935-1936 deu-se em 3 de Outubro de 1935, quando dez divisÆes
italianas refor‡adas por carros blindados e numerosa avia‡Æo,
iniciaram combate ao ex‚rcito do Negus Hail‚ Selassi‚, de estrutura
feudal. Ainda assim esse ex‚rcito conseguiu resistir por sete meses.
chegando at‚ a obter algumas vitàrias como a do lago Achanghi (4 de
Abril de 1936), nÆo conseguiu, no entanto, impedir que Badoglio,
vindo da Eritreia, e Graziani, vindo da Som lia, se juntassem (10 de
Maio) depois da queda de Gondar (1.ø de Abril), Dessi‚ (15 de Abril)
Adis-Abeba (5 de Maio). Assim, o Negus teve de embarcar em Djibuti e
seguiu para Genebra, onde defendeu em vÆo a sua causa ... Sociedade das
Na‡Æes (Junho), antes de se refugiar na Inglaterra.
Adis-Abeba--rei hebreu SalomÆo--rainha de Sab
Adis-Abeba, que antes se chamou Finfinai ‚ a capital da Etiàpia
regiÆo antiga conhecida nos tempos do rei hebreu SalomÆo. Conta a
lenda que SalomÆo encontrou-se com a rainha de Sab no que hoje
constitui o limite de Adis-Abeba, que tamb‚m se chamou Adi Abbas em
fins do s‚culo passado. Os historiadores, entretanto, tem colocado
em d£vida este encontro real em teniKrio limites da sua rea
geogr fica, a partir da qual os caudilhos come‡avam a conspirar
contra a autoridade real. Seja como for, os actuais Et¡opes
orgulham-se de que o seu territàrio tenha sido o cen rio de um
encontro tÆo importante como o de SalomÆo com a rainha de Sab
apaixonada por ele. Outra versÆo conta que foi a rainha quem partiu
da Etiàpia para se encontrar com o homem mais importante da ‚poca de
cuja inteligˆncia se enamorara. Aos Ocidentais tudo isto interessa
apenas na medida em que tais relatos tornem poss¡vel o conhecimento
do antiqu¡ssimo pa¡s da Etiàpia--que foi o £nico Estado africano, que
sempre gozou de Independˆncia, atrav‚s de reis e imperadores, por sua
vez honestos e leais com os pa¡ses vizinhos, inclusiv‚ na ‚poca em
que as grandes potˆncias Ocidentais se lan‡aram sobre a †frica, a
Etiàpia foi respeitada pelas Na‡Æes expansionistas. Os Et¡opes
acreditam que este facto se deve ao prest¡gio de SalomÆo e da rainha
de Sab os quais sÆo considerados protectores do pa¡s. Adis-Abeba ‚
capital desde 1894 e, o seu nome, significa ÆNova FlorÆ, a qual se
encontra ao n¡vel do mar e ‚ a residˆncia do Negus, o chefe Imperador
da Etiàpia: esta regiÆo paradis¡aca, de clima temperado ‚ prop¡cia
para os doentes dos pulmÆes. Adis-Abeba ‚ procurada pelos habitantes
dos pa¡ses vizinhos como centro tur¡stico que faz da cidade um dos
lugares mais importantes da regiÆo. Conta-se que NapoleÆo manifestou
em certa ocasiÆo o desejo de se radicar nessa antiga cidade et¡ope, o
que nÆo deixa de ser uma homenagem ... Etiàpia: o conhecimento vem
atrav‚s do di logo que Fouch‚ seu chefe de Pol¡cia teve com NapoleÆo:
Æ...Porquˆ a Abiss¡nia? NapoleÆo esteve indeciso um instante, depois
com um sorriso respondeu: --� f cil de dizer--gosto de Paris como
gosto de outras capitais do mundo que conheci com as minhas tropas e,
pode acontecer que algum dia tenha de escolher uma, em tal caso nÆo
vacilaria em tomar o caminho da Abiss¡nia, ali ningu‚m me perseguiria
e eu gozaria por outro lado, do seu clima temperadoÆ. Este facto est
relatado no primitivo original ÆMemàrias de Fouch‚Æ. Adis-Abeba em
‚pocas remotas comunicava com a Costa e, por conseguinte com a
Som lia, atrav‚s das rotas percorridas pelas caravanas. Adis-Abeba
foi constru¡da em 1885 sob governo do Imperador Menelik 1, por
iniciativa da sua mulher, Imperatriz Taitou. A cidade de Adis-Abeba
est rodeada de montanhas, o terreno por sua vez est cortado de
arroios, nÆo sucedendo nesta regiÆo, o que acontece noutras quanto ...
gua, que aqui existe em quantidade, a grande vantagem em rela‡Æo a
essas regiÆes onde a aridez ‚ regra, impondo uma vida prec ria.
@BIBLIOGRAFIA
D. ABSHIRE e Ed. SAMUELS, Portugu‰s †frica, Londres, Ed. Pall Mall.
1969. Samir AMIN, Imp‚rialisme et sous d‚veloppement en Afrique,
Paris, Antropes, 1976. H. BAUMANN. Les Peuples et les Civilizations
de l'Afrique, Paris, Payot, 1948. G. BENDDER, Angola under the
Portuguese, the myth and the reality, Londres, Ed. Einemann,1978.
Ives BENOT, Id‚ologies des ind‚pendances africaines, Paris, Maspero,
1969. Pierre BERTAUX, L'†frique Noire. De la pr‚histoire ... l'‚poque
contemporaine. Paris--Montr‚al, Ed. Bordas, 1973, 349 p. C. R.
BOXER, The portuguese seabome empire 1415-1825, London, Pelican
Books, 1973. H. BRUNSCHWIG, L' av‚nement de l'Afrique. Noire du XIX
Šme ... nos jours, Paris, Colin Ed. 1963. A Partilha da †frica,
Lisboa, Publ. D. Quixote, 1972, 137 p. J. CAPELA, Escravatura,
Porto, Afrontamento 1974. Armando de CASTRO, O sistema colonial
portuguˆs em †frica, Lisboa, Ed. Caminho, 1978. Ronald CHILCOTE,
Portuguese †frica, N. Jersey, Englewood, 1967. C.
COQUERY--VIDROVITCH e H. MONIOT, L'Afrique Noire de 1800 ... nos
jours, Paris, PUF, 1974. A descoberta da †frica, Lisboa, Ed. 70,
1981. R. CORNEVIN, Histoire de l'Afrique, Paris, Payot, 1978.
Jaime CORTESAO, Histària dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa, Ed.
do C¡rculo dos Leitores, 1979. M. CROWDER, West †frica under
colonial rule, London, Hutchinson, 1976. Ph. CURTIN, The Atlantic
slave trade, a census, Univ. Wisconsin Press, 1 969. H. DESCHAMPS,
Histoire G‚n‚rale de l'Afrique Noire de Madagascar et des archipels,
2 vol., Paris, PUF, 1970-71. E. EVANS-PRITCHARD e M. FORTES,
SystŠmes politiques africains, Paris, PUF, 1964. Yoro FALL--Hist.
geral de †frica, †frica entre Los Siglos XII e XVI (Direc‡Æo de D.T.
Niame) Vol. IV, Tecnos, Unesco, 1985, cap. 27. L. GANN e P.
DVIGNAN, Colonialism in †frica 1870-1960, 5 vol., CUP, 19691975. A.
GUNDER -FRANK, L'accumulation mondiale, 1500-1800, Paris,
Calmann-L‚vy, 1977. HIST. GERAL DE †FRICA, IV Volumes, Tecnos,
Unesco, 1979-85. J. Kl--ZERBO, Histoire de l'Afrique Noire, Paris,
Natier, 1972.
Z. A. KONCZACKI, An economic history of tropical †frica, 2 vol.,
London, Frank Cass, 1977. J. MAQUET, Les civilisations noires,
Paris, Horizons de France, 1967. A. H. Oliveira MARQUES, Histària
de Portugal, I, Il, Ill, Lisboa, Ed. Palas, 1984. Cl. MEILLASSOUX,
L'esclavage pr‚coloniale, Paris, Maspero, 1975. Manuel M-RIAS,
Imp‚rio Africano, S‚rie E, Col. Class. da ExpansÆo Port. no mundo,
Lisboa, 1937. F. NOVAIS, Estrutura e dinamica do sistema colonial,
Lisboa, Livros Horizonte, 1975. R. OLIVER e G.MATHEW, History of
East †frica, 2 vol., Oxford, Clarendon, 1971. Denise PAULME, Les
civilisations africaines, Paris, PUF, 1969. Jos‚ REDINHA,
Distribui‡Æo �tnicaJ Angola, Inst. de Inv. Cient¡fico de Angola,
1974. REVISTA INTERNACIONAL de Estudos Africanos, Lisboa, Funda‡Æo
C. Gulbenkian, 1984. P. Ph. REY, Colonialisme, N‚o--colonialisme et
transition au capitalisme, Paris, Maspero, 1971. W. RODNEY, Como a
Europa subdesenvolveu a †frica, Lisboa, Seara Nova, 1975. P. SALMON,
ÆEn Marge d'une Histoire de l'Afrique NoireÆ, in Revue Belge de
G‚ographie, 1962, ano n.ø 86, n.ø 2. L'Afrique Noire, Histoire et
Culture Bruxelles, Medden's, 1976. Joel SERRŽO, Histària de
Portugal, Porto, Ed. Figueirinhas, 1981. J. SURET--CANALE, Afrique
Noire occidentale et centrale. G‚ographie, civilisations, Histoire,
Paris, Ed. Sociales, 1968. J. VANSINA (col.), The historian in
tropical †frica, OUP, 1964. V†RIOS, ÆLes Latitudes de la
Beaut‚--I--AfriqueÆ--Le Courrier UnesCo, a XVIII Dez. 1965, pp.
10-15. V†RIOS, O Com‚rcio de Escravos. s‚culos XV-XIX Lisboa, Ed. 70,
1981. Galbraith WELCH, L'Afrique avant la colonisation, Paris,
Fayard, 1970. 353 p. Renate ZAHAR, Colonialismo e Aliena‡Æo,
Lisboa, Ed. Ulmeiro, 1976, 207 p
OS GRANDES ACONTECIMENTOS do s‚culo XX, Lisboa, Ed. Selec‡Æes de
Readers Digest, 1979.
QUADRO SINŸPTICO
Pa¡ses da A.N.
Lib‚ria CamarÆes Chade
Forma de governo:
Rep£blica presidencialista Rep£blica Federal presid. Rep£blica presidencialista
Superf¡cie em km2:
111.400 474.000 1.280. 000
Popula‡Æo:
2.150.000 9.667.000 5.179.000
Capital:
Monràvia Yaound‚ N'Djamena
densidade populacional:
295000 habitantes 313700 habitantes 303000 habitantes
L¡nguas:
Inglˆs, linguas tribais Francˆs, inglˆs, Francˆs, rabe
l¡nguas afrcanas
ReligiÆes:
70% animistas 40% animistas / 40% mu‡ulmanos
15% mu‡ulmanos 25% mu‡ulmanos 30% animistas
10% cristÆos 20% catàlicos romanos . 20% catàlicos romanos
Moeda:
Dolar Franco CFA Franco CFA
Riquezas do subsolo:
Min‚rio de ferro, ouro, Petràleo..... NatrÆo diamantes
Mali Nig‚ria Niger
Forma de governo:
Rep£blica presidencialista Rep£blica fed presid. Rep£blica presidencialista
Superficie em km2:
1.240.000 924.000 1.267.000
Popula‡Æo:
7.600.000 89.600.000 6.000.000
Capital:
Bamako Lagos Niamey
Densidade populacional:
620.000 habitantes 1.476.000 habitantes 300.000 habitantes
L¡nguas:
Francˆs, bambara / Inglˆs, ha£ssa, ionuba, ibo / Francˆs, ha£ssa, djemma
ReligiÆes:
90% mu‡ulmanos 47% mu‡ulmanos 85% mu‡ulmanos
0% 34% cristÆos 14% animistas
0% 19% animistas0%
Moeda:
Franco Naira Franco CFA
Riquezas do subsolo:
Bauxite, ferro, ouro, sal / Petràleo, g s natural, Uranio, estanho, ferro,
carvÆo, estanho, min‚rio carvÆo, fosfatos
de ferro
Senegal Gimbia Burkina-Faso (Alto Volta)
Forma de governo:
Rep£blica presidencialista Rep£blica presidencialista Rep£blica presidencialista
Superf¡cie em km2:
197000 11 200 274200
Popula‡Æo:
6.680.000 737.000 6.600.000
Capital:
Dacar Banjul Uagadugu
978.500 habitantes 49.100 habitantes 200.000 habitantes
L¡nguas:
Francˆs, l¡nguas africanas / Inglˆs, mandinga, jaloto, / Francˆs, linguas africanas
ReligiÆes:
80% mu‡ulmanos 85% mu‡ulmanos sunitas 50% animistas
Animistas, islÆos Animistas, cristÆos 16% mu‡ulmanos
0% 0% 8% catàlicos romanos
Moeda:
Franco CFA Dalasi Franco CFA
Riquezas do subsolo: Fosfatos Manganes bauxite
grafne, cobre, van dio
Benim (Daom‚) Costa do Marfim Serra Leoa
Forma de governo:
Rep£blica presidencialista Rep£blica presidencialista Rep£blica popular
Superf¡cie em km2:
115800 322500 72320
Popula‡Æo:
3.800.000 8.610.000 3.700.000
Capital:
Porto Novo Abidjan Freetown
44.000 habitantes 1.686100 habitantes 375.000 habitantes
L¡nguas:
Francˆs cerca de Francˆs, lingua africanas Inglˆs, kno,
60 l¡nguas africanas 60 l¡nguas africanas
ReligiÆes:
65% animistas 63% animistas 66% animistas
15% catàlicos romanos 15% mu‡ulmanos 28% mu‡ulmanos
13% mu‡ulmanos 12% cristÆos 8% cristÆos
Moeda: Franco CFA Franco CFA Leone
Riquezas do subsolo: Diamantes, manganes, Diamantes, feno,
petroleo, min‚rio de ferro bauxite, nut¡lio
Gana (Costa do Ouro) Togo SÆo Tom‚ e Pr¡ncipe
Forma de governo:
Rep£blica Rep£blica presidencialista Rep£blica democr tica
Superf¡cie em km2:
240.000 56.000 946
Popula‡Æo:
14.000.000 2.937.000 87.000
Capital:
Accra Lom‚ SÆo Tom‚
1.045.000 habitantes 283.000 habitantes 17.380 habitantes
L¡nguas:
Inglˆs, linguas africanas Francˆs, linguas africanas Portugues, crioulo
ReligiÆes:
45% animistas 75% animistas 80% catàlicos romanos
45% cristÆos 20% cristÆos 0%
0% 0%6% mu‡ulmanos
Moeda: Cedi Franco Dobra
RRiquezas do subsolo: Manganˆs, ouro Fosfatos
diamantes, bauxite
Cabo Verde Guin‚-Bissau Guin‚-Conacri
Forma de governo:
Rep£blica Rep£blica Rep£blica popular
Superf¡cie em km2:
4033 36120 250000
Popula‡Æo:
284.000 835.000 5.600.000
Capital:
Praia Bissau Conakri
36600 habitantes 109500 habitantes 575000 habitantes
L¡nguas:
Portuguˆs, crioulo Portugues, crioulo, linguas Francˆs, manfinga, fula
africanas
ReligiÆes:
65% catàlicos romanos 50% animistas 65% mu‡ulmanos sunitas
0% 38% mu‡ulmanos 30% animistas
0% 5% catàlicos romanos
Moeda: Escudo Peso Syli
Riquezas do subsolo:
Min‚rio de ferro, bauxite,
diamAntes
Guin‚ Equatorial GabÆo Rep£blica Centro-Africana
Forma de governo:
Rep£blica presidencialista Rep£blica presidencialista Rep£blica presidencialista
Superf¡cie em km2:
28.110 267.000 617000
Popula‡Æo:
310.000 1.200.000 2.600.000
Capital:
Malabo Libreville Bangui
37237 habitantes 180000 habitantes 375000 habitantes
Linguas:
Espanhol, linguas africanas Francˆs, linguas bantas Francˆs. sangho. sudanˆs
ReligiÆes:
6% catàlicos romanos 46% catàlicos romanos 40% animistas
30% animistas 25% protestantes
0% 25% catàlicos romanos
Moeda: Ekuele Franco CFA Franco CFA
Riquezas do subsolo:
Petràleo, g s natural, Diamantes, uranio, ferro
manganˆs, uranio, min‚rio cobre
de ferro, chumbo, zinco,
cobre, diamantes
Zaire--Kinshasa Con9O--Brazzaville Ruanda
Forma de governo:
Rep£blica presidencialista Rep£blica popular Rep£blica presidencialista
Superf¡cie em km2:
2.354 000 342.000 26.300
Popula‡Æo:
30.940.000 1.700.000 5.290.000
Capital:
Kinshasa Brazzaville Kigali
2.242.200 habitantes 350.000 habitantes 150.000 habitantes
Linguas:
Francˆs, linguas africanas Francˆs, linguas bantas Francˆs. kinyarwandu
suaili
ReligiÆes:
40% animistas 50% cristÆos 60% cristÆos
40% catàlicos romanos 47% animistas 34% animistas
19% protestantes 2% mu‡ulmanos
Moeda: Zaire Franco CFA Franco
Riquezas do subsolo:
Cobalto, cobre,
ouro, diamantes, prata,
estanho ferro, petràleo
uranio, r dio, manganˆs
Petràleo, pot ssio
Uganda
Forma de governo: Rep£blica presidencialista
Superf¡cie em km2: 243400
Popula‡Æo: 15.220.000
Capital: Kampala
458.000 habitantes
L¡nguas: Inglˆs, luganda, sua¡li
ReligiÆes: 50% cristÆos
35% animistas
5% mu‡ulmanos
Moeda: Xelim
Tunqstenio, estanho. ouro
Angola
Forma de governo:
ReP-blica popular
Superf¡cie em km2: 1.246.700
Popula‡Æo: 6.570.000
Capital: Luanda
739000hab.
Linguas: Portuguˆs, l¡nguas bantas
ReligiÆes: 45% animistas 40% catàlicos-romanos
Moeda: Kwanza
Riquezas do subsolo: Diamantes, petràleo, Ouro, uranio, diamantes, Diamantes, cobre, ouro
min‚rio de ferro, cobre, platina, antimànio, manga- niquel e manganes
Manganˆs, uranio e ouro nˆs, van dio, cràmio, litio,
carvÆo, fenro, niquel
fostatos, estanho, cobre
†frica do Sul (Azanb)
Forma de governo:
Estado unit rio parlamentar
Superf¡cie em km2: 1.221.000
Popula‡Æo: 30.480.000
Capital: Pretària
1.500.000 habitantes Cid. do Cabo: 1 490 000 hab.
L¡nguas: Africander, inglˆs
linguas bantas
ReligiÆes: 73% cristÆos 13% animistas
Moeda: Rand
Riquezas do subsolo: Diamantes, petràleo, Ouro, uranio, diamantes, Diamantes, cobre, ouro
min‚rio de ferro, cobre, platina, antimànio, manga- niquel e manganes
Manganˆs, uranio e ouro nˆs, van dio, cràmio, litio,
carvÆo, fenro, niquel
fostatos, estanho, cobre
Botswana (BechuNnalandia)
Forma de governo:
Democracia parlamentar
Superf¡cie em km2: 560.000
Popula‡Æo: 1.089.000
CCapital: Gaborone
59.700 habitantes
Linguas: Tswana, inglˆs
ReligiÆes:
85% animistas 15% cristÆos
Moeda: Pula
Riquezas do subsolo: Diamantes, petràleo, Ouro, uranio, diamantes, Diamantes, cobre, ouro
min‚rio de ferro, cobre, platina, antimànio, manga- niquel e manganes
Manganˆs, uranio e ouro nˆs, van dio, cràmio, litio,
carvÆo, fenro, niquel
fostatos, estanho, cobre
Lesoto (dia) Nam¡bia Suazilandia (Negwane)
Forma de governo:
Monarquia constitucional Territàrio sob o dominio da Monarquia absoluta
Republlca da †fnca do Sul
Superf¡cie em km2:
30340 820000 17000
Popula‡Æo:
1.500000 800000 630000
Capital:
Masenu Windhoek Mbabane
75.000 habitantes 61 300 habitantes 33 000 habitantes
L¡nguas:
Soto, inglˆs Africander, inglˆs, alemÆo Skwab, inglˆs
ReligiÆes:
70% cristÆos 60% cristÆos 60% cristÆos (maiona
30% animistas 40% animistas protestantes) 40% animistas
Moeda: Maloti Rand Lilangeni
Riquezas do subsolo: Diamantes Diamantes, uranio, cobre. Asbesto, bno, carvÆo,
chumbo, zinco ouro, estanho. amianto
(Rod‚sia Sul) (Rod‚sia Norte) Malawi(N&assalind&a)
Forma de governo:
Democracia parlamentar Rep£blica presidencialista Rep£blica presidencialista
Superf¡cie em km2:
389300 746200 120000
Popula‡Æo:
8.140.000 6.550.000 6.180.000
Capital. (
Harare) Salisburia Lusaka Liion&qwe
641.000 habitantes 130000 habitantes
L¡nguas:
Inglˆs, shona, ndebeh Inglˆs, linguas bantas Inglˆs, l¡nguas bantas
ReligiÆes:
65% aministas 70% animistas, 21% catàli- 67% aministas
Anglicanos, presbiterianos, cos&s- min riasprc& CristÆos, mu‡ulmanos
catàlicos romanos tante, hindu¡sta, muculmana
Moeda: Dàlar Kwacha Kwacha
Riquezas do subsolo:
Cràmio, ouro, carvÆo,
asbesto, ferro, cobre,
niquel, amianto
Cobre, cobalto, zinco
ouro, chumbo, manganˆs
van dio, carvÆo
Mo‡ambique Madag scar (Malgaxe) Tanzania
(Tanganica e Zanzibar)
Forma de governo:
Rep£blica popular Rep£blica socialista Rep£blica presidencialista
Superf¡cie em km2:
785000 587000 939700
Popula‡Æo:
13.200.000 9.729.000 24.000.000
Capital:
Maputo Tanananve dares-salam
785.000 habitantes 820.000 habitantes 757.346 hab.
l¡nguas:
Portuguˆs, linguas bantas Malgaxe, francˆs Suaili, tnglˆs
ReligiÆes:
65% animistas 45% animistas 35% mu‡ulmanos
22% catolicosromanos 40% cristÆos 35% cristÆos
11% mu‡ulmanos 5% mu‡ulmanos 30% animistas
Moeda: Metical Franco Xelim
Riquezas do subsolo. CarvÆo, femo, bauxite. ouro Cromio, grame, mica Diamantes, sal, ouro
cobre, urÆnio, petr£leo, estanho, tun&qst‚nio, cobre
m mmore (montepuez) chumbo, prata, pedras
preciosas, carvÆo, fen&,
fosfatos
Burundi Quenia(Kenia) Dlibuti(Afareissis)
Forma de governo:
Rep£blica socialista Rep£blica presidencialista Rep£blica presidencialista
Superf¡cie em km2:
28.000 583.000 21.700
Popula‡Æo:
4.480.000 19.320.000 315.000
Capital:
Bujumbura Nairobi Djibuti
78810 habitantes 959000 habitantes 200000 habitantes
L¡nguas: Kinundi, francˆs Sauili, inglˆs, rabe kabe, somali
afar, francˆs
ReligiÆes:
50% catàlicos romanos 38% animistas, 37% pro- 90% mu‡ulmanos
30% animistas testantes, 22% catolicos
7% protestantes romanos, 3% mu‡ulmanos
Moeda: Franco Xelim Franco
Riquezas do subsolo: Estanho, . . Ouro, diatomitos, sal, ban- Petràleo, carvÆo
te, magnesite, espatofl£or,
cobre, feldspato, safiras
Som lia SudÆo Etiàpia (Abiss¡nia)
Forma de governo:
Rep£blica socialista Rep£blica presidencialista Rep£blica popular
Superf¡cie em km2:
637.600 2.506.000 1.237.000
Popula‡Æo:
5.260.000 21.320.000 30.678.000
Capital:
Mogadiscio Cartum Adis Abeba
400.000 habitantes 1.089.300 habitantes 1.408.000 habitantes
L¡nguas:
Somali, rabe kabe, linguas africanas Am nco, rabe e outras
ReligiÆes:
99% mu‡ulmanos sunnas 73% mu‡ulmanos sunnas 40% mu‡ulmanos sunitas
0%18% animistas 35% cristÆos coptas.
0% 9% cristÆos 20% animistas
Moeda: Xelim Libra BjN
Riquezas do subsolo: Feno, estranho, gesso Cromio, ouro, cobre, mica,
Bauxite, uranio asbesto, vemmeulne
Platina, carvÆo, ouro,
cobre, potassio, asbesto
‹NDICE
Apresenta‡Æo
Poema - Aqui Nascemos
Nota pr‚via
Introdu‡Æo Geral - †frica Negra
Flora Africana
Fauna Africana
Imagens Africanas
A Arte da †frica Negra
Na Popula‡Æo da †frica Negra--Hist Popul Banto
NÆo Bantos ou Pr‚-Bantos
Poema - Aqui Nascemos
Protohistària Africana--†frica Antiga
Poemas--Epopeia e Acompanhem-me
A Vinda dos Europeus--Sua permanˆncia
Poema--Sangrantes e Germinantes
Partilha da †frica
Poema--Sangrantes e Germinantes
Consequˆncias e Independˆncias
Mapa do Continente Africano
†frica Ocidental
Poesia - Epopeia
Lib‚ria
Lib‚ria, um pa¡s de origem diferente
CamarÆes
Chade
Mali
Tombuctu (Mali)
Nig‚ria
N¡ger
Poesia - Noite de Sine
Senegal
Gambia--Senegambia
Burkina Faso (Alto Volta)
Benim (Daom‚)
Costa do Marfim
Serra Leoa
Gana (Costa do Ouro)
Togo
S Tom‚ e Pr¡ncipe
Cabo Verde
Histària do Golfo da Guin‚
Guin‚ - Bissau
Guin‚ Conacri
†frica Equatorial
Guin‚ Equatorial
Gabao e Schweitzer
R Centro Africana (Ubangui Chari)
Poesia--Congo
Zaire--Congo Kinshasa '
Congo Brazzaville
Ligado ... histària de Brazzaville
Ruanda
Uganda
†frica Austral
Angola
Lu¡s Sambo
Frederico Welwitsch
Mapungo e N'Zinga
†frica do Sul (Azania)
A Capital do Diamante
A Histàrica Cidade do Cabo
Botswana (Bechuanalandia)
Lesoto (Basutolancia)
Nam¡bia (Sudoeste Africano)
Suazilandia (Ngwane)
Zimbabw‚ (Rod‚sia do Sul)
Cecil Rhodes
Zambia (Rod‚sia do Norte)
Malawi (Niassalandia)
Mo‡ambique
Gungunhana Senhor das Terras de Gaza
Madag scar (Malgaxe)
†frica Oriental
Tanzƒnia (Tanganica e Zanzibar)
David Livingstone
Coqueiristas do Deserto
Burundi
Qu‚nia (K‚nia)
Djibuti (Jibuti)
Som lia
SudÆo
Os Tesouros da N£bia Sudanesa
Etiàpia (Abissinia ou Reino do l'Preste JoÆoÆ)
Adis-Abeba - Rei Salomao - Rainha de Sab
Bibliografia
Quadro Sinàptico dos Pa¡ses da AN
¡nriiCQ
Nig‚ria, o pa¡s da A N que contem maior populasÆo
Zaire, o pa¡s da A N de maior extensÆo territorial
O lac&o de algumas armas dos palses estarem a duas cores deve-se a nÆo se ter tido acesso a
todo o seu conlun&o
cromatlco Assim optou-se pela aplicasÆo de uma cor nacional que tambem e utilizada na
bandeira Por outro ladomgualmente
nÆo se consegulu obter as armas de Djibuti
ImpressÆo e acabamento:
Antunes & Amilcar, Lda
NOTA: O facto de algumas armas dos pa¡ses estarem a duas cores
deve-se a nÆo se ter tido acesso a todo o seu conjunto crom tico.
Assim optou-se pela aplica‡Æo de uma cor nacional que tambem ‚
utilizada na bandeira Por outro lado igualmente nÆo se conseguiu
obter as armas de Djibuti
ImpressÆo e acabamento: Antunes & Am¡lcar, Lda.
Bjos!
Edilma
http://blogdosamigosdaedilma.blogspot.com/
--
Seja bem vindo ao Clube do e-livro
Não esqueça de mandar seus links para lista .
Boas Leituras e obrigado por participar do nosso grupo.
==========================================================
Conheça nosso grupo Cotidiano:
http://groups.google.com.br/group/cotidiano
Muitos arquivos e filmes.
==========================================================
Você recebeu esta mensagem porque está inscrito no Grupo "clube do e-livro" em Grupos do Google.
Para postar neste grupo, envie um e-mail para clube-do-e-livro@googlegroups.com
Para cancelar a sua inscrição neste grupo, envie um e-mail para clube-do-e-livro-unsubscribe@googlegroups.com
Para ver mais opções, visite este grupo em http://groups.google.com.br/group/clube-do-e-
Nenhum comentário:
Postar um comentário