quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

{clube-do-e-livro} GUIMARÃES ROSA , PROUST



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>> *Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister, de Goethe*
>>
>>
>> O livro de Johann Wolfgang von Goethe "criou", segundo Marcus Vinicius
>> Mazzari, "o gênero que mais tarde foi chamado de 'romance de formação'
>> (Bildungsroman), a mais importante contribuição alemã à história do romance
>> ocidental. (…) Goethe empreendeu a primeira grande tentativa de retratar e
>> discutir a sociedade de seu tempo de maneira global, colocando no centro do
>> romance a questão da formação do indivíduo, do desenvolvimento de suas
>> potencialidades sob condições históricas concretas". (Editora 34, tradução
>> de Nicolino Simone Neto.)
>> *A Consciência de Zeno, de Italo Svevo*
>>
>> [image: A Consciência de Zeno]
>>
>> Svevo às vezes é mais citado como "o" amigo italiano de James Joyce. O
>> irlandês foi seu professor de inglês. Poucas vezes um burguês foi retratado
>> com tanta felicidade quanto neste romance. Zeno, um fumante inveterado —
>> nada politicamente correto —, submete-se à psicanálise e, em seguida,
>> desiste, porque deixa de acreditar na "ciência" de Freud. O livro é de
>> 1923. Zeno, grande personagem, faz um mergulho poderoso na sua própria
>> vida. Otto Maria Carpeaux qualificou o romance de "genial". (Tradução de
>> Ivo Barroso. Editora Nova Fronteira.)
>> *Folhas de Relva, de Walt Whitman*
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>> [image: Folhas de Relva]
>>
>> Walt Whitman não é "um" e sim "o" poeta norte-americano. Segundo Otto
>> Maria Carpeaux, é um "poeta para poetas". Dado o uso intensivo do verso
>> livre, que ele "criou" como um método — então novo e rebelde em relação à
>> poesia metrificada —, o poema longo de Whitman deveria ser de fácil acesso.
>> Se fosse russo, seria cantado nas ruas, como se faz com Púchkin. A
>> dificuldade teria a ver mais com o poema longo do que com o poema em si?
>> Pode ser. O que a poesia de Whitman exige é um leitor atento. Harold Bloom
>> o apresenta como "fundador" da poesia americana. "O" poeta. Há algumas
>> traduções no Brasil. As mais citadas são as de Bruno Gambarotto (Hedra),
>> Rodrigo Garcia Lopes (Iluminuras) e Geir Campos (Civilização Brasileira).
>> Há uma da Editora Martin Claret.
>> *A Montanha Mágica, de Thomas Mann*
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>> [image: A Montanha Mágica]
>>
>> É o segundo grande romance de formação alemão. O livro conta a história do
>> jovem Hans Castorp, que, ao visitar uma clínica para tuberculosos na Suíça,
>> amadurece, participa de debates filosóficos. Enfim, vive e cresce. Mann
>> escreveu: "E que outra coisa seria de fato o romance de formação alemão, a
>> cujo tipo pertencem tanto o 'Wilhelm Meister' como 'A Montanha Mágica',
>> senão uma sublimação e espiritualização do romance de aventuras?" (Nova
>> Fronteira, tradução de Herbert Caro.)
>> *A Lebre Com Olhos de Âmbar, de Edmund de Waal*
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>> [image: A Lebre Com Olhos de Âmbar]
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>> O romance de Wall parece, à primeira vista, um trabalho de arqueologia
>> literária escrito por uma sensibilidade do século 19. Há, aqui e ali, uma
>> percepção meio proustiana da vida. Porém, a obra é de 2010. O belíssimo
>> livro, escrito por alguém que tem a percepção de que Deus às vezes está nos
>> detalhes, ganhou elogios de pesos pesados. "De maneira inesperada, combina
>> a micro arte das miniaturas com a macro história, em um efeito grandioso",
>> disse Julian Barnes. "Uma busca, descrita com perfeição, de uma família e
>> de um tempo perdidos. A partir do momento em que você abre o livro, já está
>> numa velha Europa inteiramente recriada", afirma Colm Tóibín. (Tradução de
>> Alexandre Barbosa de Souza. Editora Intrínseca.)
>> *Guerra e Paz, de Liev Tolstói*
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>> [image: Guerra e Paz]
>>
>> Se tivesse lido cuidadosamente o romance "Guerra e Paz" — literatura e
>> história —, Adolf Hitler não teria invadido a União Soviética, em 1941, ou
>> seja, 129 anos depois, mas com os mesmos resultados funestos das tropas de
>> Napoleão Bonaparte. Liev Tolstói examinou a história cuidadosamente e
>> escreveu um romance poderoso a respeito da invasão napoleônica de 1812. Seu
>> trabalho literário rivaliza-se com as melhores histórias sobre o assunto.
>> Detalhe: além da guerra, ele examina minuciosamente a vida civil do
>> período. Como complemento, o leitor pode consultar "1812 — A Marcha Fatal
>> de Napoleão Rumo a Moscou", de Adam Zamoyski. (Tradução de Rubens
>> Figueiredo, a única feita a partir do russo. Editora Cosac Naify.)
>> *Paradiso, de Lezama Lima*
>>
>> [image: Paradiso]
>>
>> Trata-se do mais importante romance escrito por um cubano. Lezama Lima é o
>> James Joyce ou o Guimarães Rosa de Cuba. Sua prosa barroca é densa, às
>> vezes de difícil apreensão, mas uma leitura cuidadosa, observando-se seus
>> vieses, leva o leitor ao paraíso. Julio Cortázar escreveu sobre o livro:
>> "'Paradiso' é como o mar… Surpreendido em um começo, compreendo o gesto de
>> minha mão quando toma o grosso volume para olhá-lo uma vez mais; este não é
>> um livro para ler como se leem os livros, é um objeto com verso e reverso,
>> peso e densidade, odor e gosto, um centro de vibração que não se deixa
>> alcançar em seu canto mais entranhado se não se vai a ele com algo que
>> participe do tato, que busque o ingresso por osmose e magia simpática".
>> (Brasiliense, com tradução de Josely Vianna Baptista. A poeta refez a
>> tradução, mas um imbróglio jurídico a impede de publicá-la.)
>> *Enquanto Agonizo, de William Faulkner*
>>
>> [image: Enquanto Agonizo]
>>
>> "O Som e a Fúria", de William Faulkner, é o "Ulysses" norte-americano. Mas
>> o escritor que resgatou a história do sul profundo dos Estados Unidos por
>> meio da literatura tem um romance menor (em tamanho) e de alta qualidade —
>> "Enquanto Agonizo". Neste livro, todos os personagens têm vozes,
>> apresentadas em igualdade de condições. As vozes parecem um coro e as
>> pessoas estão carregando um caixão, com o corpo da matriarca da família,
>> mas é como se não saíssem do lugar. (Tradução de Wladir Dupont, L&PM.)
>> *Aquela Confusão Louca da Via Merulana, de Carlo Emilio Gadda*
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>> [image: Aquela Confusão Louca da Via Merulana]
>>
>> James Joyce "inventou" clones em alguns países: William Faulkner, nos
>> Estados Unidos, e Guimarães Rosa, no Brasil, são, quem sabe, os mais
>> conhecidos. Chamá-los de clones contém um certo desrespeito, mas, sem
>> Joyce, Guimarães Rosa certamente teria sido um José Lins do Rego melhorado.
>> Assim como Faulkner seria um Mark Twain mais denso. Mas pode-se falar num
>> Joyce italiano? É possível. Carlo Emilio Gadda, autor de "Aquela Confusão
>> Louca da Via Merulana" (Record, tradução de Aurora Bernardini e Homero de
>> Freitas Andrade), é uma espécie de Joyce que "canibalizou" Rabelais. É
>> visto como intraduzível. Acima de tudo, é um belíssimo escritor, autor de
>> histórias fortes contadas de modo inventivo e de uma maneira às vezes
>> frenética.
>> *Três Tristes Tigres, de Guillermo Cabrera Infante*
>>
>> [image: Três Tristes Tigres]
>>
>> O livro é uma orgia linguística e, por isso, às vezes assusta o leitor
>> desavisado. Mas, se passar da página 50, o leitor não vai mais parar a
>> leitura deste livro de arquitetura perfeita, que não se revela assim, dada
>> sua fragmentação. Cabrera Infante diverte o leitor, em cada página, ao
>> resgatar, com precisão, a oralidade e a vida comum e a vida cultural de
>> Cuba. Logo no início, no qual há mistura de línguas, Carmen Miranda e Joe
>> Carioca são citados. Oswald de Andrade veria, neste belíssimo romance, a
>> antropofagia trabalhada com mestria. (Luís Carlos Cabral traduziu o romance
>> com rigor, decifrando ao máximo suas muitas dificuldades linguísticas e
>> culturais. José Olympio Editora.)
>> *A Branca Voz da Solidão, Emily Dickinson*
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>> [image: A Branca Voz da Solidão]
>>
>> Esclareça-se: a poeta norte-americana Emily Dickinson não publicou nenhum
>> livro. Seus quase 2 mil poemas foram publicados depois de sua morte, em
>> 1886. Ela tem sido bem traduzida no Brasil, desde Manuel Bandeira até
>> Augusto de Campos e Aíla de Oliveira Gomes. Mas ninguém fez tanto pela
>> poesia de Emily Dickinson no Brasil quanto José Lira, tradutor desta
>> coletânea. Lira não introduziu sua poesia no país, mas pode-se dizer que a
>> consolidou — tanto com as traduções inventivas quanto com a crítica
>> refinada. Outro livro traduzido por ele: "Emily Dickinson: Alguns Poemas".
>> (Editora Iluminuras.)
>> *Vida Querida, de Alice Munro*
>>
>> [image: Vida Querida]
>>
>> Alice Munro é uma das maiores escritoras canadenses. É considerada como a
>> Tchekhov da América, embora seja menos ousada do que o russo. Seus contos
>> são romances em miniatura, amplamente desenvolvidos e, às vezes, sutis.
>> Neste livro, além dos contos, há narrativas autobiográficas — um artifício
>> inteligente no qual se usa a ficção para iluminar pedaços sempre escuros da
>> vida dos indivíduos. (Tradução de Caetano W. Galindo, Companhia das Letras)
>> *Sagarana, de Guimarães Rosa*
>>
>> [image: Sagarana]
>>
>> Todos sabem: a obra-prima de Guimarães Rosa é "Grande Sertão: Veredas", o
>> romance brasileiro que mais dialoga com a literatura internacional — e sem
>> submissão. Nos contos não há a mesma invenção, aquela linguagem rodopiante,
>> que às vezes deixa o leitor tonto. Ainda assim, os contos de "Sagarana"
>> merecem uma leitura atenta, alguns são "Pequenos Sertões: Veredas". Alguém
>> é capaz de ler e esquecer, por exemplo, "A hora e a vez de Augusto Matraga"
>> e "Corpo Fechado"? (Editora Nova Fronteira)
>> *Memorial de Aires, de Machado de Assis*
>>
>> [image: Memorial de Aires]
>>
>> Se der ouvidos a certa crítica, o leitor patropi passará a acreditar que
>> Machado de Assis só escreveu três romances: "Dom Casmurro", "Quincas Borba"
>> e "Memórias Póstumas de Brás Cubas". O mago dos contos raramente é citado,
>> exceto por alguns especialistas, como o inglês John Gledson. Mas há um
>> "romancinho" de Machado de Assis que é maravilhoso. "Memorial de Aires" é
>> muito bem escrito. É de uma sutileza rara no panorama cultural brasileiro.
>> E, claro, é divertido, talvez porque menos "pretensioso" (a grande arte é
>> sempre pretensiosa) do que as obras-primas "Dom Casmurro" e "Memórias
>> Póstumas de Brás Cubas".
>> *Reparação, de Ian McEwan*
>>
>> [image: Reparação]
>>
>> Pense em Ian McEwan como uma espécie de Henry James modernizado, pós-jazz
>> e pós-rock. O autor, talvez o mais refinado escritor inglês vivo — acima de
>> pares como Martin Amis e Julian Barnes (este, às vezes subestimado, ao
>> menos no Brasil) —, aparentemente mistura, aqui e ali, tanto Virginia Woolf
>> quanto Henry James em suas histórias. Mas sua dicção para mostrar a
>> ambivalência dos indivíduos é moderna, não é do século 19, quando James, o
>> Henry, se formou. McEwan conta, em "Reparação", uma história
>> extraordinária, mas o modo como a relata, com personagens "manipulados"
>> pelo meio e pelas próprias personagens, ou por uma delas, é que torna o
>> romance interessante. Fica-se com a impressão de que há duas histórias —
>> uma dominante e uma alternativa. O que é e o que poderia ter sido.
>> *Ulysses, de James Joyce*
>>
>> [image: Ulysses]
>>
>> É o romance dos romances. Não é à toa que o idiossincrático Harold Bloom —
>> que avalia que Shakespeare é Deus, e não apenas da literatura, pois teria
>> inventado o homem que se tem hoje nas ruas — considere James Joyce como um
>> par do autor de "Hamlet" e "Rei Lear". "Ulysses" reinventa o romance
>> moderno, tornando os posteriores espécies de sombras, não raro pálidas.
>> Mesmo quem não o segue, rumando para outra estética, acaba se tornando
>> tributário. As três traduções são de Antônio Houaiss (Civilização
>> Brasileira), Bernardina Pinheiro (Objetiva) e Caetano W. Galindo (Companhia
>> das Letras).
>> *São Bernardo, de Graciliano Ramos*
>>
>> [image: São Bernardo]
>>
>> O romance mais importante de Graciliano Ramos é "Vidas Secas? Sem dúvida.
>> Mas, num tempo de hegemonia dos estudos de gênero — que matam a literatura
>> em nome de uma ideologia primária —, nada mais significante do que indicar
>> "São Bernardo". Este livro, se as feministas atuais lessem — as que leem
>> são exceções —, se tornaria uma bíblia. Mas uma bíblia sem concessões
>> moralistas. Poucos autores patropis, mesmo entre as mulheres, construíram
>> tão bem um homem autoritário, até totalitário, quanto o Velho Graça.
>> (Editora Record)
>> *Retrato de uma Senhora, de Henry James*
>>
>> [image: Retrato de uma Senhora]
>>
>> Mestre da ambiguidade, Henry James construiu romances de alta voltagem
>> sobre grandes mulheres, americanas ou inglesas. Pode-se dizer, até, que
>> suas mulheres, sempre mais sutis, são mais bem construídas do que as
>> personagens masculinas. Neste romance, há uma grande personagem, Isabel
>> Archer. O leitor poderá sugerir: "Mas ela é enganada por um homem". Por
>> certo, é. Mas permanece como uma grande personagem. Este livro — ao lado de
>> "As Asas da Pomba" — deveria ser lido por todos os leitores, sobretudo
>> pelas mulheres. Os homens deveriam amarrá-las para que lessem esta
>> obra-prima? Nem tanto. É crime. A Lei Maria da Penha é um perigo.
>> (Companhia das Letras, tradução de Gilda Stuart.)
>> *Conversa no Catedral, de Mario Vargas Llosa*
>>
>> [image: Conversa no Catedral]
>>
>> O percurso literário de Vargas Llosa é curioso. Começou como um autor
>> inventivo, na linhagem de Faulkner, e se tornou, nos romances mais
>> recentes, um escritor mais tradicional, tão límpido quanto, digamos,
>> Flaubert. Tornou-se um grande narrador clássico, mais acessível. Seu
>> romance mais experimental é "Conversa no Catedral", no qual diálogos de
>> personagens diferentes são misturados, numa bela orgia linguística. É como
>> se o Nobel de Literatura nos dissesse que a Linguagem é uma personagem tão
>> ou mais importante do que Santiago e Ambrosio. (Alfaguara, tradução de Ari
>> Roitman e Paulina Wacht.)
>> *Poesia 1930-1962, de Carlos Drummond de Andrade*
>>
>> [image: Poesia 1930-1962]
>>
>> O poeta Carlos Drummond de Andrade talvez tenha apenas dois rivais em
>> língua portuguesa — Camões e Fernando Pessoa. No Brasil, quem mais se
>> aproximou, a uma distância de 10 mil quilômetros, foi João Cabral de Melo
>> Neto. Ninguém mais. "Poesia 1930-1962 — Edição Crítica" contém o que há de
>> melhor do escritor mineiro. É, digamos, sua bíblia. Aí está o Drummond,
>> modernista total, de corpo e alma. Como presente de Natal, o preço é
>> salgado, 179 reais, mas a edição, caprichada, vale a pena. O preço será
>> esquecido, mas o presenteador e o livro decerto jamais serão olvidados.
>> (Editora Cosac Naify)
>> *O Deserto dos Tártaros, de Dino Buzatti*
>>
>> [image: O Deserto dos Tártaros]
>>
>> O maior crítico brasileiro Antonio Candido aponta o romance do escritor
>> italiano como um dos mais importantes da história da literatura. Fica-se
>> com a impressão de que a história não anda, ou que anda para trás, ou
>> melhor, que a personagem central, o tenente Giovanni Drogo, espera tanto
>> que insinua-se paralisada, como se a história estivesse estancada. De
>> permeio, a linguagem refinada de Dino Buzatti. (Editora Nova Fronteira,
>> tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero de Freitas Andrade.)
>> *Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust*
>>
>> [image: Em Busca do Tempo Perdido]
>>
>> Harold Bloom percebe Marcel Proust como o maior escritor francês, acima de
>> Flaubert, o "santo" de devoção de Mario Vargas Llosa. Proust não sabia
>> avaliar se "Em Busca do Tempo Perdido" era um romance, ou algo mais. Talvez
>> seja muito mais do que um romance. Quiçá uma bíblia da civilização humana,
>> mais do que da francesa. Ciúme, memória-tempo, amizade, sexualidade — eis
>> alguns dos temas candentes do escritor. Duas editoras se encarregaram de
>> traduzir a obra-prima, a Globo e a Ediouro. No time de tradutores da Globo
>> estão Mario Quintana, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, entre
>> outros. Fernando Py enfrentou solitariamente as centenas de páginas de um
>> autor de prosa densa (quem só defende literatura concisa não sabe a delícia
>> que é Proust). Mario Sergio Conti prepara a terceira tradução para a
>> Companhia das Letras.
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