Confiss��es Intimas, pela
seriedade e pela soma de
elevados prop��sitos que
motivaram a sua cria����o,
antes num
desmembramento de
Peteca e hoje com sua
vida pr��pria. Aceita����o
que vem crescendo, m��s a
m��s, nas bancas do
Brasil inteiro.
Nesta fase de final de ano,
duas boas surpresas de
nosso grupo de revistas: j��
est�� nas bancas o livro
anual de Nina "Astrologia,
Sexo e Amor" e, a partir
da segunda quinzena de
dezembro, o "Manual de
Peteca". O primeiro com
hor��scopo completo de
1979 e o segundo com
agenda completa e um
calend��rio colorido
de 1979.
Boas festas e at�� o
pr��ximo m��s.
e timidez sexual
"AOS 28 ANOS SOU UM HOMEM VIRGEM: N��O CONHE��O
UMA MULHER"... "AOS 18 ANOS N��O TENHO CORAGEM DE
PROCURAR MULHERES"...
'Tive uma educa����o muito r��gida,
onde tudo que eu fazia era pecado.
Com 14 anos, n��o tinha o direito de
falar em mulheres com medo de ser
castigado. Resultado: hoje, com 28
anos, ainda n��o sei o que �� mulher,
caso raro no mundo, eu penso. Tampouco
seu corpo, ainda n��o tive o
prazer de descobrir. N��o porque eu
tenha receio delas, mas pelo medo do
pecado. Vejo meus amigos contarem
suas hist��rias amorosas, finjo n��o ligar,
mas intimamente aquilo me destr��i
cada vez mais. Ouvi dizer que gente
assim tem tend��ncias homossexuais,
por��m n��o os suporto e tamb��m n��o
tenho muito interesse em casar. Vivo
muito nervoso, e nas horas vagas tiro
o p��nis e fico contemplando-o como
se ele fosse a coisa mais importante do
meu corpo. Sei que o meu problema
�� grave, por favor, d��em-me um conselho.
Ser�� que minha vida sexual acabou?".
. . ("Virgem Frustrado" Campo
Grande/Para��ba)
Um dos autores mais consagrados da
atualidade, o padre, m��dico e psic��logo
franc��s Mare Oraison, diz "Sexo ��
uma d��diva divina, faz parte da natureza
e, principalmente, da natureza humana".
Por que ent��o associar sexo a
pecado e vergonha? Um ser humano
que �� infeliz com a sua sexualidade
certamente �� tamb��m infeliz em todos
os demais setores de sua vida. Como
j�� foi dito in��meras vezes, s�� se deve
excluir desse quadro a maldade e a
viol��ncia.
Nunca �� tarde para que se promova
a inicia����o sexual, mesmo porque
n��o h�� uma idade "marcada" para
quando um jovem deve prover esse
desenvolvimento e viver a express��o
de sua sexualidade. Uma educa����o
repressiva conduz �� timidez, certamente
um dos maiores embara��os,
por acabar determinando algo pior,
0 chamado temor do desempenho.
Por n��o saber ��� ou n��o poder ��� estabelecer
relacionamento com o sexo
oposto, o jovem acaba sendo v��tima
de muitos conflitos, acreditando-se
incapaz ou at�� mesmo impotente.
N��o raro, �� afligido por um outro
pensamento alternativo: "Serei eu um
homossexual?"
Todos esses conflitos in��teis podem
ser eliminados com o desenvolvimento
de um programa individual, envolvendo
uma total mudan��a de comportamento,
exigindo do rapaz muita persist��ncia
e determina����o.
1 - Aumentar o c��rculo de rela����es
de amizades, especialmente com o sexo
oposto. N��o se deve conhecer uma
garota com o pensamento fixo em sexo.
O processo de desenvolvimento ��
gradativo: na amizade �� que se perde
o "medo de mulher".
2 - Com o estabelecimento do namoro,
surgem as car��cias e �� na troca de
carinhos que v��o desaparecendo os
"grilos" da timidez. A explora����o das
partes ��ntimas �� um universo que deve
ser vivido e n��o pode ser explicaconfiss��s
5
do. N��o existem duas pessoas iguais.
Assim, n��o existe um m��todo, uma
"t��cnica" de como agir. Tudo deve
ser espont��neo e natural.
3 - Quando h�� consentimento m��tuo
de ambas as partes, chega-se ao ato
sexual mesmo sem sentir. O processo
�� natural, biol��gico, j�� faz parte da
natureza do homem e da mulher.
Entre duas pessoas maiores de idade,
tudo �� permitido, desde que consentido.
4 - Antes de tudo, �� preciso avaliar
tamb��m as conseq����ncias, preparar-se,
conhecer e utilizar os m��todos anticoncepcionais
para evitar uma gravidez
inesperada e indesejada.
5 - N��o se pode pensar que o primeiro
relacionamento sexual ser�� algo
maravilhoso, inesquec��vel, perfeito em
todos os sentidos. Esse grau de aperfei��oamento
s�� se adquire com o tempo,
ap��s in��meras pr��ticas.
6 - Se alguma coisa falhar, isso n��o
deve constituir motivo de afli����o.
Deve-se insistir e procurar repetir a
experi��ncia quantas vezes seja necess��rio,
at�� adquirir autonomia de desempenho.
Isso �� como nadar ou
andar de bicicleta: �� necess��rio persistir
at�� aprender.
7 - N��o acredite na hist��ria de rapazes
cuja primeira vez foi algo de espetacular,
embora isso possa acontecer.
Mas �� algo raro. Todo mundo j�� passou
por este medo de errar, de fracassar, e
ningu��m �� o primeiro.
'Tenho 18 anos, o ano que vem serei
soldado do Ex��rcito, passei em todos
os testes. J�� tive rela����es sexuais quando
tinha 12 ou 13 anos, com meninas
da mesma idade. Depois disso, nunca
mais tive rela����es, n��o tenho coragem
de procurar prostitutas (n��o tenho colegas
para ir junto). Tive contatos com
dois homens, um de 30 outro de 25
anos (n��o tive rela����es, fizemos m��tua
6 confiss��es
masturba����o). Quando eu os masturbava,
pensava em acabar com tudo, bater
neles, arrancar seus p��nis. Quando vejo
fotografias de homens e mulheres nus,
meu p��nis fica ereto, e me masturbo e
me satisfa��o. J�� fiquei v��rias vezes nu
em vesti��rios, clubes, n��o sinto nada
(perto de outros rapazes) e �� s�� fotografia
que me faz ficar excitado". . .
(W. S. N. - Belo Horizonte/Minas Gerais)
A timidez ou a falta de oportunidade
em estabelecer relacionamento com o
sexo oposto, pode conduzir o jovem a
experimentar o ato sexual com pessoas
do mesmo sexo, sem que isso signifique
que ele seja homossexual. Quando,
na realidade, seu maior desejo �� o encontro
com o sexo oposto, essa procura
deve ser incentivada: o jovem deve
se empenhar em fixar-se com pessoas
que lhe confiram sua aut��ntica identidade
sexual. Deve procurar mais a
companhia feminina, mesmo que sejam
puras amizades. O constante envolvimento
com a imagem feminina
ir�� determinar sua identidade heterossexual,
j�� que isso constitui a express��o
de sua vontade. N��o h�� nada de
anormal em procurar excita����o atrav��s
de revistas er��ticas. O que n��o se pode
�� ficar nessa procura exclusiva de fotos
para conduzir seus impulsos sexuais ��
masturba����o. Embora o ato solit��rio
nada tenha de prejudicial (veja cap��tulo
adiante) o jovem n��o deve se deter
nessa fase da inicia����o sexual. Deve
ir al��m, buscando o relacionamento
completo e satisfat��rio, com uma parceira
que revele o mesmo desejo.
Essa atra����o m��tua homem/mulher se
encarregar�� de prover os dois jovens
dos demais conhecimentos necess��rios
ao estabelecimento do ato sexual
completo.
Anatomia do ��rg��o
"�� COMO SE ME FALTASSE UM BRA��O"...
"H�� TRATAMENTO PARA AUMENTAR O P��NIS?"
'Tenho 37 anos e n��o sou feliz, mesmo
tendo uma companheira que diz
me amar. Acontece que eu tenho o
p��nis muito pequeno, quando ereto
mede s�� 10 cm e 3 cm de di��metro.
Isso para mim �� um desastre, o mesmo
que faltasse um bra��o ou uma perna.
Eu preferia que tivesse uns 18 cm e
5 de di��metro, a�� estaria tudo certo.
Acontece que me casei com 24 anos,
ela j�� n��o era mais virgem, mas para
mim s�� era preciso que ela me amasse.
Ela sabia de tudo, mas disse que o
tamanho era suficiente, mesmo ela
conhecendo outros homens de p��nis
maior. Mas n��o era verdade, ela logo
me traiu e procurou outros homens
"mais dotados". Casei-me com minha
CONFISS��ES 7
cunhada, que diz ser feliz assim, pois
eu procura satisfaz��-la totalmente.
Nos preparativos, pratico nela o sexo
oral e da�� noto que ela chega ao cl��max
total do prazer. Assim mesmo
gostaria de saber se ainda existe possibilidade
de aumentar". . . (A. F.
S. Jos�� Campos/S��o Paulo)
A quest��o das dimens��es do ��rg��o sexual
tem se tornado obsessiva para
jovens e adultos tamb��m. 0 leitor
revela, em sua pr��pria carta, que h��
muitas formas de se compensar aquilo
que simplesmente se imagina constituir
uma falha. Na verdade, as dimens��es
do ��rg��o sexual n��o prejudicam a
"qualidade" que se pode obter num
relacionamento. Muito pelo contr��rio:
h�� homens bem dotados que simplesmente
ejaculam, n��o sabendo levar
sua companheira ao orgasmo e nem
sequer se preocupando com que a
mulher se satisfa��a ou n��o. 0 ato,
para estes, �� quase que uma masturba����o,
um ato solit��rio. Temos dito
aqui, in��meras vezes, que �� muito
mais importante a qualidade do relacionamento
do que o fator "quantidade"
��� ou seja, um ��rg��o bem dotado,
como se costuma dizer.
Estrutura sexual da mulher, vista lateral.
A ��rea de satisfa����o no aparelho
sexual feminino est�� concentrada no
clit��ris, portanto, na regi��o superficial.
Dessa forma, a mulher pode ser satisfeita
sexualmente por qualquer garoto.
Comprovadamente, segundo a pesquisadora
americana Shere Hite, "sem
estimula����o clitor��dea a mulher n��o
8 confiss��es
consegue atingir o orgasmo. N��o basta
a simples penetra����o intravaginal".
"Tenho 18 anos de idade, ainda n��o
pratiquei o ato sexual. Meu problema
�� que tenho o p��nis muito pequeno.
H�� um tratamento para isso? Qual ��
a causa disso?". . . ("Lalau" - Ribeir��o
Preto/S��o Paulo)
0 conjunto de caracteres anat��micos
pode ser heran��a familiar, como tamb��m
efeito de algum dist��rbio glandular
na inf��ncia. Antes da puberdade,
o tratamento m��dico pode solucionar
esse problema. Mesmo depois, sabe-se
que h�� possibilidade de tratamento,
em alguns casos. A administra����o
de horm��nios masculinos, no caso,
s�� pode ser feita sob rigoroso controle
de um m��dico especialista,
um endocrinologista. S�� ap��s um
completo exame cl��nico e de laborat��-
Estrutura sexual do homem.
rio, o m��dico poder�� determinar a
validade ou n��o do tratamento atrav��s
de horm��nios. Em qualquer idade,
a consulta m��dica �� recomend��vel.
O que n��o se pode e n��o se deve fazer
�� a auto medica����o, ir a uma farm��cia
comprar horm��nios e tomar qualquer
medicamento sem orienta����o
m��dica. Os resultados poder��o ser
desastrosos e, o que �� pior, sem
solu����o posterior. �� muito importante
obedecer a essa recomenda����o.
Masturba����o
"EU N��O CONSIGO PARAR MAIS". . .
"Ainda sou virgem (nunca tive rela����es
com mulheres) e chego a me masturbar
3 ou 4 vezes por dia. Conforme
a ocasi��o, at�� mais. E j�� n��o consigo
mais parar com isso. N��o durmo se
n��o me masturbar, tenho medo de que
isso me prejudique de alguma forma"...
i A. N. - Recife/Pernambuco)
Em si, a masturba����o n��o significa amea��a
de qualquer preju��zo ao desenvolvimento
f��sico ou �� sa��de mental.
N��o h�� nenhum fator prejudicial na
masturba����o a n��o ser o sentimento
de culpa que os jovens experimentam
depois do ato, em raz��o dos conceitos
que herdaram de que "masturba����o ��
pecado, prejudica a pot��ncia sexual futuramente,
torna o homem est��ril (incapaz
de gerar filhos) e pode at�� conduzir
�� loucura". . . Todos esses conceitos
s��o err��neos e �� o medo, exclusivamente,
o ��nico fator prejudicial na
pr��tica do ato masturbatorio.
No entanto, h�� laguns pontos a ponderar,
para que o jovem possa desenvolver
de forma saud��vel o seu est��mulo,
a sua express��o sexual. A procura ��ni
ca e exclusiva da masturba����o, praticada
j�� de forma compulsiva, acaba por
privar o jovem da procura e do conv��vio
com o sexo oposto e o estabelecimento
de rela����es completas e muito
mais satisfat��rias. A masturba����o ��
uma fase e n��o se deve ficar definitivamente
nela. N��o existe um n��mero
"certinho" de vezes que se deve praticar
o ato solit��rio. Sua freq����ncia deve
ser determinada exclusivamente pelo
desejo. Quando h�� vontade, tudo bem.
N��o �� correto "for��ar" a ere����o v��rias
vezes ao dia, obtendo ��s vezes uma ejacula����o
tardia e demorada. Tudo deve
ser espont��neo e natural. O equil��brio
�� muito importante e tudo que passa
dos limites passa a ser prejudicial. At��
��gua demais pode causar males ao corpo.
Diminua a freq����ncia da masturba����o
e procure estabelecer o relacionamento
sexual completo. Deixe a timidez
de lado e seja persistente.
confiss��es 9
Ejacula����o precoce
Impot��ncia
"EM QUEST��O DE SEGUNDOS, CHEGO AO ORGASMO"...
"QUANDO CHEGA NA HORA, PERCO A POT��NCIA"...
"Agora eu tenho 18 anos, mas desde homens brasileiros sofrem de ejaculaos
15 foi sempre assim. Logo ap��s a ����o precoce ou prematura. Trata-se da
penetra����o eu chego ao fim e fico enejacula����o
que ocorre quase imediatavergonhado
da mulher. Uma guria me mente �� penetra����o. Normalmente, a
deu at�� apelido". . . (W. G. F. - Porto ejacula����o ocorre em poucos minutos
Alegre/RS) depois da penetra����o intravaginal do
p��nis. Em seu famoso relat��rio, o
Estat��sticas comprovam que 9 entre 10 psiquiatra americano Alfred Kinsey
10 confiss��es
cita quatro homens em cada cinco
que ejaculam em dois minutos, outros
com maior rapidez ainda. Isso n��o
significa uma "doen��a" ou mal f��sico
que deva causar preocupa����o ao
jovem. 0 principal defeito da ejacula����o
precoce consiste em n��o proporcionar
o "tempo" suficiente para que
a companheira tamb��m atinja o orgasmo.
Especialmente nos casos em que
o homem (e isso �� normal na atitude
machista do brasileiro) d�� o ato "por
encerrado", j�� que ele est�� satisfeito.
0 tempo de ejacula����o �� uma quest��o
de disciplina mental, que deve ser
procurada e exercitada desde jovem.
Considerando o envolvimento emocional
do relacionamento, esse defeito
certamente causar�� frustra����o �� parceira,
al��m de um constrangimento
para o homem, sujeito a ser classificado
de "mau amante". A ejacula����o
precoce tende a desaparecer com a
experi��ncia. desde que o homem
promova um autocontrole de sua
excita����o. Alguns sex��logos chegam
a recomendar a seus pacientes a pr��tica
ia masturba����o algumas horas antes
do coito, para retardar o processo
ejaculat��rio. Se o problema persiste
mesmo com o tempo e a experi��ncia,
�� aconselh��vel a consulta m��dica.
Uma s��rie de dist��rbios poder��o concorrer
para a freq����ncia da ejacula����o
prematura.
"Eu sou impotente?"
"Sou jovem, tenho 19 anos e namoro
uma garota. Gosto muito dela e pretendemos
nos casar, mas tenho medo.
Tenho o p��nis muito pequeno, mas o
meu problema maior n��o �� este, e sim
a pot��ncia sexual. Passo ��s vezes at��
3 meses sem ir com mulheres, mas
quando vou para o quarto e nos acariciamos
o p��nis fica ereto. Quando chega
na hora, ele falha, antes ou ��s vezes
quando j�� est�� dentro. O que devo
fazer?". .. (G. M. H. - Juazeiro/Bahia).
A quest��o do tamanho do p��nis
(veja cap��tulo "Anatomia", nesta edi����o)
nada tem a ver com o desempenho
sexual do indiv��duo. Comprovadamente,
o temor do desempenho
pode levar a essa interrup����o da ere����o
ou a uma chamada impot��ncia
tempor��ria. Nos casos em que h��
rea����o eretiva, como o apresentado,
o problema �� de f��cil solu����o. Pelo
que se deduz da carta, o ato �� apressado,
com uma mulher profissional
ou prostituta, o que faz o jovem incorrer
numa preocupa����o de "tempo".
Buscar um relacionamento onde
haja envolvimento emocional - ou
amoroso ��� pode eliminar essa falha.
Segundo Masters & Johnson, "nenhum
homem que tenha conseguido
qualquer tentativa de introdu����o em
oportunidade heterossexual ou homossexual
�� considerado impotente prim��rio".
Em seu tratado sobre o assunto,
o casal de pesquisadores norte-
americanos atestam em suas experi��ncias
que "a impot��ncia n��o ��
um fen��meno de ocorr��ncia natural".
S��o rar��ssimos os casos de impot��ncia
absoluta, de origem patol��gica
ou "doentia". Mesmo assim, acenam-
se possibilidades de cura. A disfun����o
eretiva, no caso, �� um processo exclusivamente
psicol��gico. A persist��ncia,
insistir no relacionamento, buscando
uma forma mais favor��vel, com tempo
e atra����o sexual rec��proca entre
os parceiros, constituem a forma
mais recomend��vel de eliminar o impasse.
No caso do problema resistir
a in��meras tentativas, a orienta����o
de um psicoterapeuta devolver�� o desempenho
satisfat��rio.
Variante do
impulso sexual
"CASAMENTO INCESTUOSO GERA FILHOS EXCEPCIONAIS?"
"EU FA��O SEXO COM ANIMAIS"...
"Parab��ns por essa excelente revista.
Acompanho-a desde o primeiro n��mero,
mas s�� agora resolvi escrever
e pedir orienta����o para o meu problema.
H�� quatro anos namoro uma prima-
irm�� (por parte de pai). Somos
apaixonados um pelo outro. Eu tenho
22 anos e achei que �� hora de resolver
tudo, mas n��o consigo isso sozinho e
n��o encontro o apoio de ningu��m.
Nossos pais s��o contra o casamento,
pois acham que poderemos ter filhos
excepcionais. J�� tentamos esquecer
um ao outro, mas n��o conseguimos.
Sabemos que ser��amos o casal mais
feliz do mundo. Quando estou a s��s
volto a pensar no problema e n��o
consigo encontrar uma solu����o. J��
pensei at�� em nos casarmos e ela
submeter-se ��quela opera����o cir��rgica
para o ligamento das Trompas de
Fal��pio (que elimina a possibilidade
de gravidez). Mas procuro esquecer
logo essa id��ia, pois um filho �� importante
para a felicidade de um
casal. Confesso que me sinto infeliz,
pois o nosso amor parece imposs��vel.
Gostaria de saber o que posso fazer.
Confio na resposta de voc��s e seguirei,
sem vacilar, o que me for opinado
Tenho Alguns itens:
1) Devemos nos casar porque nos amamos,
mesmo sabendo que poderemos
ser infelizes com a vinda de filhos
excepcionais? 2) Nos separarmos, mesmo
sabendo que poderemos ser infeli12
confiss��es
zes pelo resto da vida? 3) Ou ser�� que
existe algum tratamento m��dico para
evitar que os nossos futuros filhos
sejam excepcionais?". .. (E. L. - Bras��lia/
DF)
O incesto, atividade sexual entre membros
da mesma fam��lia, tem sido objeto
da restri����o moral mais severa e
universal. Certamente, o tabu �� t��o
antigo quanto a pr��pria humanidade,
pois a pr��pria B��blia registra casos de
incesto, inclusive de grau mais pr��ximo,
como �� o caso de Lot que teve
filhos com suas duas filhas (G��nesis,
cap��tulo 19, vers��culo 22).
No entanto, em algumas civiliza����es, o
casamento entre parentes bem pr��xi
mos foi n��o s�� permitido como at�� estimulado,
especialmente em dinastias
ou cl��s de fam��lias nobres ��� fosse com
a finalidade de garantir a posse do poder
na mesma fam��lia ou a de evitar a
dispers��o de fortunas.
Biologicamente, o incesto n��o pode ser
considerado contra a natureza, pois ��
comum entre os animais.
"N��o h�� base no argumento comum de
que o incesto deveria ser proibido em
virtude de riscos gen��ticos" ��� esse foi
o parecer da Comiss��o Sueca de Delitos
Sexuais, referindo-se a uni��es de
parentes. Na Su��cia, as leis atuais
pro��bem apenas as rela����es sexuais
com os descendentes ou entre irm��os,
ou seja, na mesma fam��lia. At�� 1930,
as leis eram severas mesmo com parentes
mais afastados.
O caso apresentado pelo leitor, tamb��m
pelas leis brasileiras,, n��o constitui
motivo de qualquer impedimento.
Esse tipo de uni��o entre parentes ��� no
caso entre primos ��� �� bastante comum,
especialmente nas pequenas cidades
ou na ��rea rural brasileira.
Importante, antes de tudo, �� o exame
m��dico para determinar o fator RH,
atrav��s do exame sang����neo. O impedimento
"consangu��neo" n��o depende
do parentesco. H�� casais de fam��lias
completamente diferentes cujo tipo de
sangue, pelo fator RH dos c��njuges,
impede a procria����o de filhos. A proximidade
do parentesco pode favorecer
essa ocorr��ncia, mas n��o constitui
a regra.
Por outro lado, o nascimento de filhos
excepcionais independe da consang��inidade,
havendo uma s��rie de
outros fatores a influ��rem nesse fen��meno.
No casamento apresentado pelo leitor,
a palavra final s�� poder�� ser dada pelo
m��dico, ap��s um exame pr��-nupcial
detalhado, especialmente do resultado
do tipo de sangue dos dois.
confiss��es 13
"Tenho 25 anos e sou um rapaz rico,
mas o meu drama �� horroroso. Na fazenda
do meu pai, em Goi��s, eu fazia
sexo com uma bezerra. Vivi nesta
vida como um bicho, durante quatro
anos. Agora mudei para uma cidade
do Paran��, onde estou estudando.
N��o sei conversar com uma mo��a,
e, com essa idade, nunca toquei
em mulher alguma e n��o sei o
que fazer para me recuperar. Um dia
confiei na minha professora e contei
meu problema. Ela me expulsou da
escola, disse que eu era um animal
e n��o podia viver no meio da popula����o.
Voltei para a fazenda: tenho
dinheiro, carros, terras, mas n��o
sou feliz. Tenho vergonha at�� de
mim mesmo, n��o tenho nenhum
prazer na vida. Se for para me ajudar".
.. (J. L. S. N. - Camb��/Paran��)���
A pr��tica sexual com animais �� deno
minada "zoofilia" ou mesmo "bestia
lismo". Dificilmente ela persiste como
um h��bito, sendo a sua ocorr��ncia
tempor��ria, especialmente entre os jo
vens que, como o leitor, vivem na
��rea rural. A falta de oportunidade
para estabelecer relacionamento com
uma mulher conduzem, por um per��o
do, a esse tipo de pr��tica sexual. N��o
h�� raz��o para que o jovem se conside
re um "animal" ��� no sentido pejorati
vo que se deu �� palavra ��� nem o de
ficar amargando esse conflito por mais
tempo. Procure ler, estudar, e insista
no relacionamento com as mulheres.
Aumente seu c��rculo de amizades com
as garotas, pois esses traumas que
voc�� carrega ser��o eliminados facil
mente com a experi��ncia e com o
tempo. N��o se detenha em lembrar
o que passou, considerando-se um
"anormal ou doente" por causa
disso. Saiba que, no campo, essa pr��tica
com animais, segundo pesquisas, ainda
�� das mais comuns. Embora seja algo
que tenda a desaparecer, pelas facili14
confiss��es
dades de relacionamento que hoje se
oferecem ao jovem. Esque��a o que
passou e assuma uma vis��o alegre e
otimista perante a vida.
Existe rem��dio?
Vendo a linguagem avan��ada dessa revista
tomei coragem para expor meu
problema. Perdi minha virgindade h��
cinco meses e logo depois meu namorado
me abandonou. N��o quis mais
saber de homem porque tenho medo
de ficar uma mo��a falada. Acho que
sou muito "quente". Ser�� que existe
um rem��dio para diminuir essa minha
necessidade? Me ajudem. (Desesperada
da Aclima����o - S��o Paulo) _
Sou louca por sexo
Tenho 45 anos e meu marido 51, e
temos 7 filhos. At�� hoje sou louca
por sexo e meu marido n��o gosta,
n��o sei se por esgotamento de trabalho.
Procurei outros homens que
pudessem me satisfazer. Depois que
tive que tirar o ��tero, por problemas
de sa��de, parece que fiquei ainda com
mais vontade. Conheci um homem e
juntos pratic��vamos o sexo oral e isto
me satisfazia muito. Tivemos que nos
separar por problemas de fam��lia e
agora ando muito nervosa, pois n��o
consigo gozar em rela����es normais.
Gosto muito de ver livros de sexo,
mas meu marido me pro��be. Queria
pedir que voc��s me enviem pelo correio
um livro que n��o consigo encontrar
aqui . . . Meu marido jamais me
aceitaria se soubesse alguma coisa de
mim .. . (A. R. A. - Caxambu/MG)
Ser�� que sou anormal?
Casei-me com 15 anos e hoje tenho
24. Dois anos depois de casada percebi
que j�� n��o amava meu marido e n��o
conseguia me satisfazer com ele. Procurei
ent��o ter prazer com outros homens
e n��o conseguia. Depois conheci
um homem que tinha um membro
muito grande. Foi maravilhoso. Da��
para c�� s�� consigo me satisfazer
com homens que sejam como ele.
Com meu marido ou outros eu sinto
uma enorme frustra����o por n��o conseguir
ter orgasmo. H�� alguma explica����o
para isso? Ser�� que sou anormal?
(Mulher insaci��vel - Curitiba/PR)
Temos a�� o depoimento de tr��s mulheres,
de diferentes idades e experi��ncias
de vida. H�� em comum, nas tr��s
cartas, o temor de que tenham necessidade
sexuais exageradas ou anormais.
N��o �� dif��cil explicar porque
elas t��m esse medo. Faz muito pouco
tempo que se come��ou a falar sobre
a sexualidade feminina e, ainda hoje,
a maioria das pessoas, homens e mulheres,
pouco conhecem do assunto.
Mas, mesmo sem conhecer, n��o faltam
os preconceitos e r��tulos, falsas verdades
que se generalizam. Nossas m��es e
av��s jamais sonharam que as mulheres
um dia poderiam perder a vergonha e
reivindicarem o direito de ter prazer.
Ao contr��rio. Durante centenas de
anos a sexualidade feminina foi ignorada,
negada e o sexo era visto como
um dever conjugal. Num mundo marcado
pelo dom��nio masculino, eram
os homens que ditavam as regras de
conduta, de pensamento e sentimentos
das mulheres. S��o in��meras as falsas
id��ias que ainda hoje s��o defendidas
por muitos como verdades absolutas.
Por exemplo: que as mulheres t��m
menos necessidade sexual do que os
homens, que elas n��o t��m necessidade
de sentir orgasmo, ou que o orgasmo
pode e deve ser conseguido facilmente
apenas com a penegra����o vaginal, etc.
�� muito comum que os homens, e
mesmo as mulheres, considerem uma
mulher como "ninfoman��aca", hist��
rica ou anormal, quando ela apresenta
necessidades sexuais acima da m��dia.
Em primeiro lugar, deve-se questionar
esse conceito de "m��dia". A for��a
do impulso sexual �� muito vari��vel,
de pessoa para pessoa, e num mesmo
indiv��duo os impulsos variam muito,
conforme a idade, o estado de esp��rito,
ou conforme o parceiro com quem se
est��. Os casos de ninfomania real
(comportamento feminino que se
caracteriza por um apetite sexual
insaci��vel) s��o muito raros. A maioria
das mulheres que gostam muito
de sexo s��o perfeitamente normais.
Muitas vezes essas mulheres n��o encontram
com um parceiro a satisfa����o
que procuram, seja porque as necessidades
dele sejam menores, seja
porque eles desconhecem todas as
v��rias formas em que se pode fazer
sexo e conduzir a mulher ao orgasmo.
Uma discuss��o desses problemas
�� feita com profundidade em um
relat��rio de pesquisa feito por Shere
Hite com mais de 3 mil mulheres
americanas. Pode ser uma surpresa
para muita gente saber, por exemplo,
que as mulheres t��m a capacidade de
sentir v��rios orgasmos numa s�� rela����o
sexual, com intervalo de poucos
minutos, desde que a estimula����o no
clit��ris tenha prosseguimento. Quase
todos ignoram isso e d��o por terminada
a rela����o quando o homem ejacula.
E muitas mulheres se d��o por satisfeitas
se conseguirem pelo menos um orgasmo.
Infelizmente a sexualidade humana
ainda est�� muito amarrada a tabus,
regrinhas e preconceitos. E ainda
procurar um m��dico para se tornar menos
quente? Seria muito mais saud��vel-
poder desfrutar do sexo a dois, buscar e
explorar formas de satisfa����o m��tua,
sem precisar se preocupar com a perda
da virgindade ou os r��tulos de "mulher
ninf��mana, que sofre de "furor uterino."
N��o h�� nada de mal em ser "quente",
pelo contr��rio. H�� milhares de
16 confiss��es
mulheres infelizes porque n��o conseguem
se excitar e que passam a vida
sem conhecer um orgasmo. Infelizmente,
a sociedade ainda reprime demais
a atividade sexual que �� uma parte essencial
da felicidade humana. Isso acaba
gerando sentimentos de vergonha e
culpa em pessoas sadias, normais, que
n��o encontram caminhos "aprovados"
para buscarem uma satisfa����o sexual.
E a necessidade insatisfeita acaba por
tornar as pessoas obcecadas com o sexo,
tirando-lhes a energia e disposi����o
para fazerem outras coisas produtivas
e necess��rias na vida. Achamos que sexo
�� importante e pode ser infinitamente
enriquecedor como uma das
formas mais ��ntimas de relacionamento
humano. Esperamos que as tr��s mulheres
que nos escrevem continuem a
procurar satisfa����o sexual e que encontrem
parceiros adequados, sem
preconceitos, que as considerem como
pessoas e n��o apenas como objetos para
a satisfa����o de suas pr��prias neces
didades masculinas.
�� bom lembrar, tamb��m, que n��o h��
nada de errado ou perigoso na pr��tica
da masturba����o. Certamente, muitas
mulheres sabem como conseguir
orgasmos atrav��s dela e n��o h�� motivo
para n��o recorrer a esse meio na
aus��ncia de um parceiro.
�� triste tamb��m constatar quantas
pessoas ainda permanecem dentro de
um casamento, apesar de n��o haver
mais o v��nculo do prazer. Mas essa ��
uma outra est��ria que n��o pode ser
tratada aqui. Para terminar: infelizmente
n��o temos condi����es de fazer
compras de livros e remessas pelo correio,
conforme o pedido da leitora de
Caxambu.
Homossexualidade
masculina
"DEVO ASSUMIR OU N��O"
"EU QUERO ME LIBERTAR DESSA VIDA"...
"Sou leitor ass��duo dessa revista e
quero mais explica����es sobre o assunto
que me interessa. Sou homossexual
e tenho muito medo do meu
futuro. J�� tive rela����es com um primo.
��s vezes, pego pe��as ��ntimas e
fico acariciando-as e beijando-as no
lugar do p��nis. Tenho vontade de ter
rela����es sexuais com homens de
21 a 30 anos, fortes e m��sculos, bem
dotados. S�� ao ver um homem de
tanga ou cueca eu fico excitado. Ao
me masturbar, imagino estar sendo
possu��do �� for��a por outro homem.
N��o sinto a menor atra����o por mulheres,
mas n��o quero continuar assim.
Por favor, me ajudem a resolver esse
problema. Estou desesperado". . .
(M. A. - Belo Horizonte/Minas Gerais)
A melhor defini����o que sempre encontramos
para a interroga����o "o
homossexualismo tem cura?" �� a dada
pelo dr. Martin Hoffman, psiquiatra
social norte-americano: "A sugest��o
da cura do problema da homossexualidade
atrav��s do tratamento psicanal��tico
�� uma tese absurda. �� realmente
poss��vel imaginar que um pro
(17
'blema, que envolve tantos milh��es
de homens, possa ser resolvido atrav��s
de m��todos de tratamento individual,
que se aplicam a uma classe
interiramente diferente de indiv��duos,
��� ou sejam, os neur��ticos - que desejam
uma modifica����o radical em
sua vida e voluntariamente procuram
ajuda psiqui��trica?". Em verdade, h��
neur��ticos heterossexuais na mesma
rela����o em que existem homossexuais
que s��o neur��ticos. Completando, diz
Hoffmann: "A solu����o em si n��o ��
nem mesmo razo��vel, simplesmente
porque a maioria dos homossexuais
masculinos n��o deseja mudar a sua
orienta����o sexual e certamente n��o
procurar�� um psicanalista com o
prop��sito de submeterem a "tratamento"
uma orienta����o sexual que
eles n��o querem alterar. Em conseq����ncia,
a promessa (de uma solu����o
geral para o problema, atrav��s
da psicoterapia) feita pelos psiquiatras
que definem a homossexualidade
como uma doen��a, n��o tem sentido,
sob nenhum aspecto. N��o �� pr��tica,
e a sua ��nica e verdadeira fun����o
consiste em impedir que encaremos
o problema de forma realista. Estaremos
caminhando para um exame
racional deste s��rio problema social,
ou vamos continuar como avestruzes,
com a cabe��a enfiada na areia, evitando
o que acarretaria uma solu����o
racional para este problema?".
'Tenho 24 anos e fui criado no interior
at�� um ano atr��s. Sempre me
dei bem com minha fam��lia, principalmente
com minha m��e, a qual eu
considero bastante, eu a adoro e jamais
a esquecerei! Sou "entendido" e
estou aqui em Porto Alegre, foi atrav��s
de um "amigo" que tomei conhecimento
deste "mundo entendido",
de muitas "cenas" que j�� presenciei
nos bares e boates daqui.
As vezes chego a odiar este amigo,
18 confiss��es
achando que ele me botou a perder.
N��o fosse isso, eu estaria at�� hoje
em minha cidade, com minhas namoradas
e vivendo tranq��ilo com
minha fam��lia. Voc�� acha que ele tem
alguma culpa?" (L. S. - Porto Alegre/
R. G. do Sul)
�� muito c��modo e comum transferir
a culpa de nossos problemas para
outras pessoas. N��o se pode negar
que um envolvimento desse tipo
pode favorecer a manifesta����o de um
sentimento, de uma inclina����o que
j�� existia no interior, na forma����o
psicol��gica de cada indiv��duo. Hist��ricos
m��dicos atestam que at�� mesmo
crian��as v��timas de viol��ncia sexual
retomam o caminho da heterossexualidade,
estabelecendo o relacionamento
dito "normal" com mulheres
e chegando ao casamento. Se na
verdade voc�� n��o se considera um
homossexual, trate de imprimir ��
sua sexualidade a identidade que deseja.
N��o fique culpando seus amigos e
se auto-flagelando pelo tipo de vida
que leva. Ningu��m �� obrigado, de s��
consci��ncia, a fazer aquilo que n��o
deseja.
"Estou completando a maioridade e
desde os 9 anos, quando um vizinho
fez com que eu tivesse rela����es com
ele, eu tenho praticado alguns atos
homossexuais. Agora estou para servir
o Ex��rcito e ouvi dizer que no exame
m��dico eles colocam um aparelho no
��nus para saber se a gente �� homossexual
ou n��o. Eu n��o quero que
ningu��m saiba disso. Se isso acontecer
eu vou me matar". . . ("Peter John" Macei��/
Alagoas)
Voc�� est�� sendo v��tima de brincadeiras
de mau gosto, por parte dessas pessoas
que lhe deram essa informa����o. Al��m
de n��o ser verdade, �� bastante dif��cil
fazer esse tipo de avalia����o m��dica.
A n��o ser em pessoas com uma longa
experi��ncia homossexual.
"SOU um jovem gay de 23 anos, por��m
muto infeliz. N��o por ser gay, mas
por n��o saber como proceder para
arranjar um caso. Estou pensando em
assunir (usar as coisas de que gosto,
bijuterias, maquiagem, roupas mais
adequadas), pois esconder o que sou
nunca escondi. Os que n��o me conhecem
n��o percebem �� primeira vista.
Mas o que me entristece �� uma terr��vel
paix��o que me consome desde
fins de 1976. Acontece que um rapaz
andou me adulando, dizendo que era
meu marido. Eu queria ter uma rela����o
com ele, nem que fosse uma vez
s��". . . ("N��ugrafo" - An��polis/Goi��s).
N��o se pode confundir "assumir" com
"agredir". Quando o travesti �� usado
como forma de desenvolver uma arte,
ou at�� mesmo um novo estilo de
vida, pode significar uma busca de
afirma����o dentro da sua pr��pria
identidade sexual. Quando usado como
forma de agress��o, uma fuga ou
revolta contra a rea����o desse meio
ambiente que n��o o aceitou como ��,
significa quase sempre inconformismo
e pode acrescentar novos conflitos ��
fase bastante dif��cil que atravessa.
Avalie bem qual �� o seu estado de
esp��rito e procure ser voc�� mesmo.
N��o h�� nenhuma necessidade de
esconder a situa����o homossexual, como
tamb��m �� in��til acentu��-la de forma
agressiva, como meio de extravasar
suas m��goas. A melhor forma de
estabelecer um bom relacionamento
com qualquer pessoa ��, antes de tudo,
conquistar a sua confian��a e amizade,
utilizando-se de franqueza e sinceridade.
Confesse a ele seus sentimentos
e saber��, pelo menos, o que ele pensa
a respeito. Uma negativa da parte dele
n��o deve constituir motivo para
dramas. O mundo est�� cheio de pessoas
maravilhosas, sem preconceitos e
dispostas a estabelecer o tipo de relacionamento
que voc�� deseja.
Emocional
Ser�� que ela vai voltar?
Namorei uma mo��a durante 3 anos e
j�� faz um ano e meio que ela foi embora
para outra cidade. Eu a amei muito
e ainda a amo. N��o consigo esquec��-
la de jeito nenhum. Nosso namoro
n��o era permitido pelos pais dela, pois
eu sou um simples trabalhador e ela
se formou no curso T��cnico. N��s
tivemos muitas intimidades juntos e
muitas vezes cheg��vamos ao orgasmo,
mas nunca tivemos rela����es sexuais
completas. Ela sempre me dizia que me
amava muito e que mesmo longe n��o
iria se esquecer de mim. Devo ter
20 confiss��es
alguma esperan��a? Chego a sonhar que
ela est�� voltando e n��o consigo me interessar
por outra mulher. Outro dia
soube pela irm�� dela que ela agora
est�� namorando um professor, na
outra cidade. Ser�� que tenho alguma
chance? Se eu lhe escrever poderei
ter uma resposta positiva? Ou devo
recome��ar tudo de novo? Preciso de
uma palavra amiga. Por favor, me
respondam. (J. C. A. - Rafard - SP)
Pelo que voc�� conta parece que o
amor foi intenso e m��tuo e deixou
muitas recorda����es. Voc�� diz que foi
seu primeiro amor e isso n��o �� f��cil
de esquecer. Agora, concretamente,
voc��s est��o separados. Al��m da dist��ncia
geogr��fica, existe tamb��m uma
dist��ncia de n��vel de estudos. �� claro
que essa dist��ncia poderia ser vencida
se voc�� estudasse. O que importa
mesmo �� que voc�� pense e sonhe um
pouco menos e fa��a alguma coisa na
pr��tica. Trate de escrever para ela e,
se for poss��vel, tente lhe falar pessoalmente.
Em um ano e meio os sentimentos
dela podem ter mudado muito.
A partir dessa conversa duas coisas
poder��o acontecer: voc��s retomarem
o namoro ou ela tirar de vez suas esperan��as.
No primeiro caso, voc��s ter��o
algumas dificuldades para se encontrar,
mas se o sentimento �� forte valer�� a
pena. No segundo caso, o golpe ser��
duro e voc�� ter�� que enfrentar a realidade.
Guarde as boas lembran��as dela
mas n��o fuja de viver. Voc�� encontrar��,
mais cedo ou mais tarde, outra
mulher para amar, e que tamb��m
vai am��-lo e lhe dar prazer. Mas para
isso �� preciso que voc�� n��o se esconda,
n��o fique vivendo do passado.
Um sonho imposs��vel
H�� tr��s anos uma garota de temperamento
generoso costumava me fazer
carinho e pedia que eu fizesse nela.
N��o consigo esquec��-la e continuo
a ter esperan��a de t��-la para mim,
no futuro. Talvez pelo fato de ser
t��mido e ter pouca sorte com mulheres.
O obst��culo �� que ela �� rica e
�� minha prima. Ser�� que �� poss��vel
existir amor entre um rapaz de 19
e uma garota com seis anos a menos?
Como devo agir com ela para conquist��-
la? (E. M. - Salvador/BA)
Nada mais natural do que ter saudade
de algu��m que nos deu carinho.
�� pr��prio da adolesc��ncia essa enorme
necessidade de ser aceito, de receber
afeto. Mas agora voc�� j�� �� quase
homem feito e ela ainda muito crian��a.
N��o perca as esperan��as, mas n��o viva
s�� em fun����o disso. Trate de combater
essa sua timidez, se valorize como
pessoa, estude, trabalhe, n��o fuja de
outros relacionamentos com mulheres
mais da sua idade. A garota tamb��m
precisa amadurecer, pois agora ainda
n��o �� capaz de estabelecer um relacionamento
mais profundo. Contente-se,
por enquanto, em ser bom amigo
para ela, converse sobre livros, cinema,
seu trabalho. Nem a riqueza dela,
nem o parentesco s��o barreiras intranspon��veis.
O mais importante �� que
voc��s dois amadure��am um pouco
mais, tenham experi��ncias mais variadas
e se enrique��am como pessoas,
antes de se tentar qualquer compro
misso mais s��rio.
Meus namoros acabam logo
J�� namorei muitas garotas e h�� outras
na espera. N��o que eu seja melhor que
os outros, mas as garotas dizem que
eu tenho um corpo atraente e um rosto
lindo. Mas de que vale tudo isso
se n��o consigo ficar com uma garota
mais do que 15 dias? Logo come��o
a discutir e vem o rompimento. Acho
que n��o tenho nenhum problema
em rela����o a sexo. Agora estou com
uma garota de Cubat��o mas o pai
dela �� muito severo e quase n��o a
deixa sair. E justamente agora, com
essa garota, estava conseguindo um
bom entendimento. Ser�� que estou
perseguido pelo azar? (J. L. M. S��o
Paulo/SP)
Como �� que voc�� pode falar em
azar? Tem corpo e rosto bonitos
e n��o tem grilo com sexo. Os problemas
de relacionamento que voc��
est�� tendo parecem provocados por
voc�� mesmo. Pare um pouco e pense.
Por que �� que voc�� come��a a discutir
logo no in��cio do namoro? Talvez,
no fundo, voc�� queira mesmo acabar
logo um namoro para poder come��ar
confiss��es 21
outro, j�� que h�� tantas garotas "na espera".
Talvez voc�� esteja mais preocupado
em conquistar, em "colecionar"
namoradas, do que realmente em
aprofundar uma conviv��ncia. Parece
tamb��m que voc�� est�� um pouco
"convencido" de seus dotes e n��o
valoriza devidamente as meninas com
quem est��. No caso atual, voc�� diz
que o entendimento vai bem e �� uma
pena que o pai ponha tantas dificuldades.
Pois ��, talvez sejam essas mesmas
dificuldades que est��o atraindo voc��,
desafiando-o a provar, a ela e aos pais
dela, que voc�� �� um cara que vale a
pena. Em outras palavras: quando as
coisas eram muito f��ceis, voc�� n��o se
empenhava em levar o namoro adiante.
Agora, voc�� est�� tendo que fazer algum
esfor��o j�� que a garota n��o est��
�� sua disposi����o na hora em que voc��
quer. Na carta voc�� n��o diz sua idade.
Se voc�� n��o �� mais adolescente, est�� na
hora de refletir um pouco sobre essa
sua maneira de lidar com as pessoas
nessa sua ��nsia de conquistas voc��
pode estar magoando muita gente e
n��o acrescentando nada a sua pr��pria
capacidade de amar, que implica
tamb��m em poder ouvir, sentir a outra
pessoa, trocar id��ias e afeto.
Meu cora����o dispara
Tenho pouco mais que 18 anos, e
ainda n��o tive nenhum namoro s��rio.
Meu problema �� que quando vejo
uma menina j��ia fico vidrado mas n��o
tenho coragem de me aproximar. Fico
nervoso e o cora����o dispara. Pot que
ser�� que isso acontece comigo? Tenho
ouvido dizer que todo homem, em
uma fase da vida, tem tend��ncia para
o homossexualismo. Gostaria de saber
se isso �� verdade, o que acontece ao
homem nessa fase e como reagir.
Como voc��s podem notar, sei muito
pouco sobre a minha vida e menos
ainda sobre a dos outros. Quero
22 confiss��es
tamb��m uma opini��o de voc��s. Estou
apaixonado por uma amiga minha
de 21 anos. N��o tenho coragem de
lhe dizer nada pois ela pode me
achar rid��culo e at�� rir de mim. Como
vencer esse medo e dizer tudo a ela?
(H. S. L. - Belo Horizonte/MG)
0 que acontece com voc�� acontece
com quase todos os jovens. Veja
quantas cartas de jovens com esse
mesmo problema j�� foram respondidas
em nossas revistas. Nessa idade a
gente costuma se sentir inseguro,
ainda n��o sabe bem o que quer, se
conhece pouco e tende a se comparar
com os outros, que aparentam
uma grande autoconfian��a. Deixe
que o cora����o bata forte e procure
perceber quando o mesmo est�� acontecendo
com a garota que lhe interessa.
Aproxime-se, converse, proponha
fazerem coisas juntos. Pode nascer um
namoro ou uma boa amizade. N��o
tenha medo dos insucessos ��� todo
mundo passa por isso. Voc�� conhece
melhor do que n��s essa sua amiga de
21 anos. Voc�� acha que ela seria
capaz de rir de voc��? Se ela �� de fato
sua amiga �� dif��cil que isso aconte��a. E
poss��vel que ela n��o queira namorar
voc��, que n��o sinta amor, e que haja
diferen��as grandes de interesse e experi��ncias,
devido a idade. Mas se ela n��o
estiver comprometida com ningu��m e
estima voc��, achamos que o melhor ��
falar abertamente com ela. Certamente
ela n��o ir�� rir de voc��. Poder�� n��o corresponder
aos seus sentimentos, mas
saber�� compreender voc�� e ajud��-lo a
partir para outra. Qualquer pessoa
gosta de saber que gostamos dela.
��0 que aborrece �� a insist��ncia, a cobran��a
de um amor que n��o �� correspondido.
Quanto a sua pergunta
sobre o homossexualismo, sugerimos
que voc�� leia as mat��rias j�� publicadas
sobre o assunto em nossas revistas,
pois o tema �� vasto. Podemos dizer
aqui que n��o �� verdade que todos os
homens passem por uma "fase" de
homossexualismo. O que acontece
�� que muitas crian��as e alguns adolescentes
t��m suas primeiras "brincadei
ras sexuais" com outros do mesmo
sexo. Isso geralmente ocorre porque,
dada a fiscaliza����o dos adultos, �� .riais
f��cil ficar na intimidade com outras
crian��as do mesmo sexo que do sexo
oposto. Devido a outros problemas,
como timidez, preocupa����o com o tamanho
do ��rg��o, falta de contato
com mulheres, muitos jovens acham
mais f��cil fazer sexo com outros
homens. O fato de algu��m ter tido
algumas experi��ncias como pessoas do
mesmo sexo n��o �� suficiente para definir
essa pessoa com homossexual.
Seria ideal que todos os jovens tivessem
mais tranq��ilidade e oportunidade
para ter uma aproxima����o afetiva
e sexual com pessoas do sexo oposto.
S�� a partir do conhecimento e da experi��ncia
podemos realmente fazer
uma escolha mais consciente.
Amor dividido
Eu estava super gamado por uma
garota mas nunca disse a ningu��m.
N��o sei como ela ficou sabendo e
come��ou a me "gozar". Depois conheci
a prima dela e meu amor se
dividiu. Essa tal prima sempre que
me v�� procura algum pretexto para
falar comigo. A partir da��, a primeira
garota come��ou a me tratar melhor.
Gostaria de entender essas
coisas: por que a goza����o e agora o
melhor tratamento? Por que a outra
me procura para conversar? Gostaria
> de saber tamb��m se faz mal ter rela����es
sexuais com mulheres mais
velhas. Tenho tamb��m um problema
de infantilismo . . . Ser�� que tem
cura? (Gordo Indeciso - Volta Redonda/
RJ)
Certamente a garota percebeu sua
gama����o e come��ou a goz��-lo, o que
n��o deixa de ser um desrespeito.
Mas pode ser a forma dela lhe dizer
que j�� reparou em voc��. Talvez ela
n��o lhe desse muito valor, at�� que
percebeu, pelo interesse da prima,
que voc�� �� um cara legal. Esque��a
as goza����es, retribua o bom tratamento
que est�� recebendo das duas
garotas e procure conhec��-las melhor
antes de se decidir a namorar
uma delas. N��o h�� qualquer problema
em ter rela����es sexuais com mulheres
mais velhas por causa da idade.
Ali��s, sua carta n��o deixa claro que
tipos de problemas voc�� imagina que
possa ter. Tamb��m n��o ficou claro
esse problema de infantilismo que
voc�� cita. Escreva outra vez explicando
melhor, t��? Aproveitamos para
recomendar, a voc�� e a outros jovens
que nos procuram, que procurem ler
outras coisas sobre sexo e relacionamento
afetivo. Fica a sugest��o do livro
escrito pelo terapeuta Fl��vio Gikovate,
Sexo e Amor para os Jovens, publicado
pela Editora MG.
Preciso beber antes
Estou com 25 anos, sou solteiro e j��
tive duas amantes. Sou um pouco
fraco em minhas rela����es sexuais.
Por esse motivo, costumo tomar
alguns aperitivos antes de fazer sexo
para poder satisfazer a mulher que
est�� comigo. Vou me casar em breve
e tenho medo de n��o dar conta do
recado. Necessito de sua orienta����o:
devo procurar um m��dico ou me
sustentar �� base de u��sque antes das
rela����es? (Mjraiense Complexado
Mirai/MG).
O que voc�� quer dizer quando escreve
que "sou fraco em minhas rela����es se
xuais"? Voc�� tem dificuldades em ter
ere����o, em mant��-la durante algum
tempo? Ou o problema seria de
ejacula����o precoce? Pouco podemos
dizer sem maiores informa����es de sua
parte. Sugerimos que voc�� leia os arti
gos j�� publicados sobre os t��tulos de
impot��ncia ou ejacula����o precoce.
24 confiss��es
�� bom lembrar tamb��m que, a n��o
ser por problemas graves de sa��de,
a maioria dos casos de impot��ncia
t��m raz��es psicol��gicas. Seria muito
importante que voc�� procurasse localizar
o que provoca essa ansiedade,
essa inseguran��a em voc��. Certamente
voc�� deve procurar um m��dico,
cl��nico geral ou urologista, para
verificar se h�� algum problema de
sa��de. Al��m disso, procure conversar
com algum amigo e tamb��m com sua
noiva. Voc�� �� jovem e junto com ela
poder�� aprender muito sobre sexo.
Lembre-se que o prazer sexual pode
ser alcan��ado por muitas outras
formas al��m da tradicional, isto ��,
com o p��nis na vagina. H�� muita
coisa para voc�� descobrir e experimentar.
Tente fazer isso com ela,
sem medo, pois ela s�� ter�� a ganhar
nessa procura conjunta. Realmente,
o que n��o deve continuar �� essa sua
necessidade de beber antes de fazer
sexo. J�� dizia um escritor famoso
que "o ��lcool acende o desejo mas
compromete o desempenho."
Vale a pena recome��ar?
Ela era apenas uma garota e eu um
homem feito. Nosso contato se tornou
cada vez mais ��ntimo. Nunca me esque��o
da maciez de sua pele e da
rapidez com que eu conseguia o orgasmo.
Essa brincadeira de sexo durou
dois anos mas eu nunca cheguei a
desvirgin��-la. Hoje ela est�� com 16 e
eu com 40 anos. Sei que ela gosta de
mim e tem ci��me quando me v�� com
outra mulher. Quando me encontra,
procura se encostar em mim. Seria
uma boa eu relembrar a ela o passado?
Devo convid��-la para recome��armos
tudo de novo? (D. L. A. - S��o Paulo)
S�� voc�� e a garota podem responder
a essas perguntas. Hoje ela j�� tem idade
para poder decidir algumas coisas,
apesar de ainda ser menor de idade e
haver implica����es legais no caso de desvirginamento.
Achamos que a diferen��a
de idade �� um pouco grande para
que se estabele��a um relacionamento
satisfat��rio em outros campos, al��m
da ��rea sexual. Mas parece que voc��
n��o est�� pensando em coisa mais aprofundada
com ela, como pessoa. Nunca
lhe passou pela cabe��a que os acontecimentos
de anos atr��s possam ter sido
negativos para a mo��a? Afinal ela
era apenas uma 'menina e n��o h��
d��vida que voc�� usou de sua ingenuidade
e iniciou-a precocemente numa
atividade sexual que atendia ��s suas
necessidades. Talvez seja melhor que
voc�� n��o a procure mais, e at�� se
afaste se ela o procurar. Deixe que
ela encontre outros relacionamentos
sexuais mais adequados �� idade dela,
onde, al��m de sexo, ela possa encontrar
afeto, carinho e valoriza����o
como pessoa.
Teste de virgindade
Tenho uma d��vida e pe��o que voc��s
me esclare��am. Tenho 20 anos e namoro,
h�� quase um ano, uma menina de
14. Nosso namoro �� muito ��ntimo e
s�� n��o tivemos rela����o sexual completa.
Mas eu tenho d��vidas quanto
�� virgindade dela. Ela �� muito nova
e quase n��o sai de casa, mas quando
eu falo a ela da minha d��vida ela
come��a a chorar. (C. J. S. - Rio de
Janeiro/RJ)
Esse assunto da "prova" da virgindade
j�� foi tratado por n��s em n��meros
anteriores, (veja, por exemplo o
n��mero 3 de Confiss��es Ultimas). L��
se discute os v��rios tipos de h��men
e as v��rias maneiras em que eles
podem ser rompido. Lembramos, tam
confiss��es 25
b��m, que mesmo um m��dico, ao exa
minar uma mo��a, n��o �� capaz de afir
mar com certeza se ela �� virgem.
Essas intimidades que voc�� est�� tendo
com a garota podem perfeitamente
ocasionar a ruptura do h��men. O que
mais importa discutir aqui �� essa sua
necessidade de testar a virgindade dela.
Por que voc�� precisa ter essa certeza?
N��o resta d��vida que esse �� um com
portamento machista, de querer ser o
"primeiro", como se isso pudesse ga
rantir alguma coisa sobre a felicidade
sexual do casal. Do nosso ponto de
vista, n��o se deveria dar esse peso ��
virgindade da mulher, assim como
ningu��m pensa em exigir virgindade
do homem para escolh��-lo para compa
nheiro. Quais s��o suas inten����es com
essa garota? Ela ainda �� muito nova
e, sendo presa como ��, �� muito prov��
vel que ainda seja virgem. Suas d��vidas
podem estar magoando a menina, que
pouco deve entender sobre sexo.
Se voc�� est�� em busca de uma prova
apenas, isso significa que voc�� realmente
n��o se preocupa muito com ela
como pessoa. Se voc�� gosta dela, deixe
esse grilos de lado e tente conhec��-la
e ajud��-la a amadurecer. Apesar de
voc�� ser homem e j�� ter 20 anos, tamb��m
tem muito que aprender sobre
sexo, especialmente sobre a sexualidade
feminina. Se voc�� pretende desvirgin��-
la, lembre-se de duas coisas: o que
para voc�� pode ser apenas uma aventura
pode ter conseq����ncias s��rias para a
garota (desde a gravidez at�� o fato
dela deixar de ser virgem e n��o poder
apresentar essa "prova de pureza" aos
outros namorados que tiver e que
pensem como voc��.) Em segundo lugar:
ela ainda �� menor e o desvirginamento
poder�� trazer implica����es legais
para voc��. Nessa idade, a lei considera
que a menina n��o tem condi����es para
decidir e, portanto, o ��nico respons��vel
�� voc��. Pense um pouco: se voc�� d��
26 confiss��es
tanta import��ncia �� virgindade, n��o
deveria ser o primeiro a querer preservar
isso na menina, para o bem dela?
Falta de sorte?
Meus pais morreram quando eu tinha
um ano e ent��o fui morar com uma
fam��lia que n��o p��de me educar.
Aos dez anos passei a viver nas cal��adas
e quatro anos depois passei a
morar em uma Casa de Recupera����o.
A�� comecei a estudar e hoje, com 20
anos, sou estudante universit��rio e tenho
uma certa posi����o na cidade
onde moro. H�� dois anos conheci uma
garota e j�� tentei por todos os meios
me aproximar dela para um relacionamento
sadio, mas ela foge. Agora ela
est�� namorando com um rapaz que,
comparado a mim, n��o tem a m��nima
apresenta����o. Ser�� que n��o tenho sorte?
Esse caso n��o �� o primeiro. Ajudem-
me, por favor. (C. L. M. - Gov.
Valadares/MG)
Uma s��rie de acontecimento infelizes
marcaram sua inf��ncia, mas apesar
disso, com esfor��o seu e certamente
a ajuda de outras pessoas, hoje voc��
est�� bem e n��o se tornou uma pessoa
marginalizada, como �� o caso de tantas
crian��as abandonadas. �� compreens��vel,
a partir de sua est��ria, que voc��
tenha uma grande car��ncia afetiva e
se sinta inseguro no aspecto emocional.
O fato dessa mo��a n��o se interessar
por voc�� n��o significa que voc��
n��o �� um cara legal. Isso acontece a
toda hora, com todo mundo, com
gente que teve lar e inf��ncia tranq��ila.
N��o se sinta rejeitado ou diminu��do.
Procure ver, nos outros casos
em que aconteceu a mesma coisa, se
h�� algum motivo comum. Pode ser
que a sua maneira de se aproximar
das pessoas, de "paquerar", n��o seja
a melhor. Pode ser que voc�� exija
demais, que ache que tem que ser
"compensado" pelas dificuldades que ,
teve no passado. Se voc�� tem amigos
ou amigas, procure saber com eles
se h�� alguma coisa no seu comportamento
que dificulte o relacionamento.
N��o tenha medo de cr��ticas ��� todos
precisamos delas para podermos enxergar
nossos defeitos e mudar as coisas.
N��o h�� d��vida que a sorte n��o lhe foi
favor��vel na inf��ncia, mas apesar disso
voc�� mudou o rumo e venceu. Continue
acreditando na sua cabe��a, na sua
capacidade de dirigir o barco, aprofunde
o conhecimento que tem de si mesmo.
Mais cedo ou mais tarde voc��
encontrar�� a mo��a que vai corresponder
aos seus sentimentos. Lembre-se
tamb��m que apar��ncia e posi����o n��o
s��o as coisas mais importantes. Ao encontrar
algu��m �� preciso estar disposto
a dar e receber carinho e compreens��o.
Velhice e solid��o
Estou com 46 anos e nunca tive uma
namorada. Desde os 20 anos comecei
a ter rela����es com prostitutas. Nunca
tive o prazer de ficar a s��s com uma
mulher por mais de uma hora. Sofro
demais, pois me sinto muito sozinho.
Sinto desejo por quase todas as mulheres
que vejo, e at�� por homossexuais.
Mas n��o gosto de homem, n��o gosto
nem que se sentem perto de mim no
��nibus. Muitas vezes h�� mulheres que
olham para mim, mas n��o tenho coragem
de conversar com elas pois sou
muito t��mido. E agora j�� estou ficando
velho, chegando ao fim. Na solid��o
do meu quarto o que me distrai s��o
as revistas dessa editora . . . (G. P. B.
- Vilar dos Teles/RJ) Sua
situa����o realmente �� triste e voc��
s�� pode se sentir infeliz assim. Mas
cabe justamente a voc�� dar um jeito
nisso. �� preciso tirar essa amargura do
cora����o, esse medo de enfrentar o
mundo e as pessoas. Fa��a um esfor��o
para s�� pensar em coisas positivas:
parece que voc�� tem sa��de, trabalha
e tem s�� 46 anos. Ainda h�� muito
tempo para viver. �� claro que existem
outras pessoas sozinhas como voc��,
que tamb��m est��o precisando de carinho,
sexo, companhia para enfrentar a
vida. Aproxime-se dos outros, converse,
sinta como todos tamb��m t��m problemas.
N��o busque apenas uma satisfa����o
sexual, mas um relacionamento
humano, com homens e mulheres.
Voc�� j�� se perguntou por que voc��
tem esse ��dio dos homens? Ser�� que
voc�� tem medo de se tornar um homossexual?
Pouco sabemos de sua
est��ria, mas voc�� deve pensar mais sobre
isso, sobre como foram os homens
(pai, irm��os, chefes) que voc�� conheceu
em sua vida. Talvez voc�� tenha
realmente uma inveja dos homens,
imaginando que todos s��o felizes,
t��m mulheres, s��o ultrapotentes, e
outras fantasias. Voc�� pode ver que
n��o �� bem assim ao ler as cartas e
problemas de tantos leitores. Talvez
seja dif��cil, com sua timidez, iniciar
uma conversa com mulheres desconhecidas.
Abra os olhos e o cora����o
e perceba as pessoas que est��o pr��ximas.
Quem sabe no quarto ao lado,
na casa da esquina, haja uma mulher,
solteira, vi��va ou desquitada, que
tamb��m se sente sozinha e apreciaria
sua companhia? A vida pode come��ar
aos 40, sabia? ,
confiss��es 27
'TENHO MEDO DE OPERAR A FIMOSE"
"COMO CURAR A BLENORRAGIA?"...
"Dizem que a opera����o de fimose
tira a sensibilidade"
"Preciso ser operado da fimose, j�� estou
com 19 anos. Desde que li sobre
o assunto na Peteca e depois consultei
um m��dico, venho adiando pois
tenho de ficar quase trinta dias sem
trabalhar. Al��m disso, um amigo meu
falou que depois da opera����o o p��nis
perde um pouco da sua sensibilidade
na rela����o, ficando um pouco mais
demorado o ato. Ser�� isso verdade?
Eu tenho medo". . . ('Tuto" - Goi��nia/
Goi��s)
A opera����o da fimose consiste no corte
do prep��cio - pele que cobre a glande
do p��nis. Esse corte de parte da pele
passa a deixar a glande, ou cabe��a
do p��nis, descoberta, o que antes era
quase imposs��vel. Inicialmente, o ��r28
confiss��es
g��o vai se ressentir no desempenho de
trabalhar "descoberto", livre. Ap��s
a ere����o, ele ficar�� sem a pele e durante
a c��pula trabalhar�� desimpedido,
o que poder�� aumentar o tempo para
que se chegue �� ejacula����o. Antes,
j�� pelo h��bito da masturba����o, a glande
tinha mais sensibilidade, pelo fato
de viver recoberta pela pele do prep��cio.
Mas, essa sensibilidade era tamb��m
maior �� dor e ao desconforto, al��m
de acumular aquela subst��ncia cremosa
deniminada "esmegma", de odor quase
insuport��vel. Observa����es cl��nicas
atestam que a elimina����o da fimose
acaba tamb��m com a .jacula����o precoce,
aumentando o tempo para que
se chegue ao orgasmo. Al��m de melhorar
o desempenho em si, um p��nis
descoberto e limpo ser�� muito melhor
recebido pela parceira.
'Saem umas gotas amarelas, ��s vezes
penso que estou com vontade de urinar,
mas n��o ��... Meu vizinho me deu
o nome do rem��dio (. . . .), ele tomou
s�� 6 inje����es e j�� est�� curado. A menina
que me passou n��o sabe". . . (E.M.
F. - S��o Paulo/SP)
Voc�� possui o privil��gio de viver numa
das maiores cidades do mundo, S��o
Paulo, com todos os recursos dispon��veis
em mat��ria de sa��de. Mesmo que
voc�� n��o seja contribuinte do INAMPS
(antigo INPS), v�� a Secretaria de Sa��de
P��blica ou ao Posto M��dico do seu
bairro, e ser�� prontamente atendido.
A blenorragia, ou gonorr��ia, �� uma doen��a
ven��rea que exige tratamento adequado
e espec��fico. O diagn��stico ��,
necessariamente, individual. O seu caso
pode ser bem diferente do seu vizinho.
O acompanhamento m��dico �� importante
para determinar qual o tipo
mais indicado de medicamento no caso,
o regime alimentar e outras determina����es
que voc�� deve seguir, incluindo
as de higiene e isolamento na sua
casa. N��o se pode ir at�� a farm��cia da
esquina e tomar uma s��rie de inje����es:
talvez n��o seja esse o medicamento
mais adequado para o seu caso. Ap��s
v��rios dias de sofrimento, talvez voc��
constate com tristeza que o mal voltou,
porque n��o foi tratado convenientemente.
Al��m de procurar o m��dico, aconselhe
essa mo��a a fazer o mesmo. Provavelmente
ela ainda n��o saiba pelo fato
dos sintomas, na mulher, serem mais
dif��ceis de constatar assim t��o rapidamente.
Sem fazer repres��lias ao fato
de ter adquirido dela, j�� que certamente
ela ignora o fato de estar contaminada
pela blenorragia, sugira que ela
procure recursos m��dicos com urg��n
cia.
confiss��es 29
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