Confiss��es Intimas, o que ��
motivo de grande satisfa����o
para todos n��s da reda����o,
resultou num completo sucesso.
N��o s�� nas bancas, com
grande aceita����o por parte
dos leitores, como tamb��m
no aumento do volume de
correspond��ncia.
Duplicou o servi��o, mas ��
com prazer que executamos
nosso trabalho, verificando
assim que a miss��o est�� sendo
cumprida a contento e da
forma por que os leitores tanto
solicitavam.
Outros sucessos para o
Leitor-Grafipar �� a circula����o,
j�� no segundo n��mero, de
"Ponto de Encontro", uma
revista para marcar, conquistar
e amar. N��o perca seu
exemplar nas bancas.
��NDICE: 4 - Inicia����o e Timidez Sexual/
5 - Masturba����o��6 - Sexualidade
feminina /IO - Homossexualidade
Masculina/l 7 - Emocional/22 - Sa��de/
26 - Depoimento��31 - Ponto de
Encontro/34 - Opini��o.
Inicia����o
e timidez sexual
"TENHO UM TERR��VEL COMPLEXO DE FEIURA."
ou um j o v e m solit��rio de 2"
satisfa��a a t o d o s os gostos e prefer��n-
a n o s e ainda virgem p o r q u e t e n h o um
cias. Al��m disto, o que r e a l m e n t e
t r a u m a desde crian��a q u e me perse-
i m p o r t a nas pessoas �� o seu interior,
gue n o i t e e dia. �� q u e sempre fui mui-
o car��ter, a capacidade de dar e de re-
to feio e agora na adolesc��ncia u m a
ceber a f e t o , p o r t a n t o , a sensibilidade.
p r e c o c e calv��cie ainda veio piorar as
�� esta sensibilidade q u e criar�� ra��zes
coisas. Perdi m e u s pais q u a n d o ainda
em t o d o s os que ir��o se a p r o x i m a r de
era crian��a e fui e d u c a d o p o r tios q u e
voc��, far�� c o m que estabele��a amiza-
n u n c a m e d e r a m liberdade. Sou m u i -
des d u r a d o u r a s e d e s p e r t e a m o r no
to t �� m i d o e q u a n d o t e n t o chegar per-
sexo o p o s t o . Voc�� precisa c o m b a t e r
to de u m a garota fico t r �� m u l o e sem
a sua t i m i d e z , seu m e d o de ser despre-
j e i t o . C o m o conseguirei acabar c o m
z a d o ou rejeitado. A luta pela vida �� a
este m e d o ? Ajude-me, p o r f a v o r ! " (S.
m e s m a para t o d o s , um perde ��� ga-
L. S. - Itaguaru / G O )
nha c o n s t a n t e e n �� o se p o d e fugir
dela e s c o n d e n d o a cabe��a c o m o o
avestruz, voc�� n �� o acha? �� no c a m p o
A
de luta q u e se a p r e n d e a lutar. Parta
e d u c a �� �� o repressiva que seus
para esta luta c o m v o n t a d e e m u i t a
tios i m p u s e r a m a voc�� resultou nesta
garra. Chegue-se ��s pej>soas e corra os
inseguran��a e neste t e m o r para en-
riscos.
frentar o m u n d o . 0 fato de achar-
se feio j�� �� u m a conseq����ncia de sua
inseguran��a. Beleza �� u m a q u e s t �� o
m u i t o pessoal: o que �� belo para um
p o d e ser c o n s i d e r a d o feio para o u t r o .
N��o existe um p a d r �� o de beleza que
4confiss��es
Masturba����o
"EU ME MASTURBAVA AGARRADO EM ��RVORES".
os meus 7 a 13 anos eu tinha
a tens��o sexual q u e o p r i m i a . �� preciso
a mania de me agarrar em ��rvores pe-
q u e voc�� n��o c o n f u n d a m a s c u l i n i d a d e
quenas, paus fincados, como se estives-
com o t a m a n h o do p��nis. O i m p o r t a n -
se praticando o coito com uma mulher
te n u m r e l a c i o n a m e n t o sexual �� a sen-
em p�� e me satisfazia. Aos 13 larguei
sibilidade e o c o n h e c i m e n t o do q u e es-
disto e passei �� masturba����o tradicio-
t �� f a z e n d o , p o r t a n t o , i n d e p e n d e d o
nal e desde ent��o ejaculo muito ra-
t a m a n h o do p��nis. O q u e p o d e ter
pidamente. Ser�� pelo fato de eu ter
a c o n t e c i d o �� q u e voc�� t e n h a for��ado
sido tarado t��o cedo que meu p��nis
a m a s t u r b a �� �� o tendo-a t o r n a d o m u i t o
hoje �� t��o pequeno? Aquela minha
freq��ente ou talvez a tenha i n t e r r o m -
mama era normal?" (G. R. S. F. - Al-
p i d o para prolongar o prazer. A �� , en-
fenas / MG)
t �� o , estaria a causa, q u e m s a b e , desta
ejacula����o r��pida q u e est�� a c u s a n d o
h o j e . . V o c �� me parece estar j�� prepara-
A
do para o c o n t a t o d i r e t o c o m o sexo
m a s t u r b a �� �� o n �� o atrofia abso-
o p o s t o para e n c o n t r a r u m a c o m p a -
l u t a m e n t e o p �� n i s , n e m interfere no
nheira q u e lhe satisfa��a e lhe corres-
seu d e s e n v o l v i m e n t o , de forma a
p o n d a . Esque��a o passado e suas pe-
impedir q u e ele cres��a n o r m a l m e n -
raltices e viva o p r e s e n t e c o m um
t e . A p r o p o r �� �� o p e n i a n a q u e voc��
o l h o n o f u t u r o .
t e m �� n o r m a l , est�� d e n t r o dos pa-
dr��es considerados n o r m a i s . Seu
c o m p o r t a m e n t o na inf��ncia e pu-
b e r d a d e t a m b �� m era n o r m a l , u m a
vez que sentia necessidade de liberar
confiss��es 5
Sexualidade feminina
"N��O CONSIGO ORGASMO COM MEU MARIDO".
ou casada h�� um ano e antes
r��o minha separa����o apesar de sabe-
do meu casamento conheci um tapaz
rem que gosto de meu marido mas
com quem tive rela����o ��ntima e vol-
n��o o amo. Ajude-me a resolver o meu
tei a ter depois do casamento. Termi-
caso de amor." (A. N. - Minas Gerais)
nei tudo com aquele rapaz, porque
percebi que ele n��o me queria, em-
bora eu ainda o amasse. Contei a meu
marido meu caso extra pois estou
est�� em p l e n o p e r �� o d o de
desesperada porque n��o consigo orgas-
a d a p t a �� �� o com. seu m a r i d o e n �� o c o n t a
mo e vivo fugindo dele. S�� penso no
n a d a de r e a l m e n t e grave q u e possa
outro e estou estudando, pois quero
justificar um r o m p i m e n t o do seu ca-
voltar a trabalhar para dar um jeito
s a m e n t o . T e m u m m a r i d o b a s t a n t e
na minha vida. Meus pais n��o aceita-
c o m p r e e n s i v o , capaz de c o m p r e e n d e r
6 confiss��es
suas fraquezas e limita����es e q u e ,
ao q u e p a r e c e , est�� d i s p o s t o a faz��-
la feliz. T o m a r u m a decis��o precipita-
da agora poderia trazer-lhe m u i t a s tris-
tezas e a r r e p e n d i m e n t o s mais t a r d e .
H�� u m a fixa����o no o u t r o r a p a z que a
est�� p r e j u d i c a n d o c o m o se fosse
um s o n h o que n��o se realizou. Ficou
c o m voc�� a id��ia de que aquele era o
seu verdadeiro a m o r . Mas n��o houve
t e m p o para q u e u m r e l a c i o n a m e n t o
real e forte pudesse ter sido criado en-
tre voc��s dois! E voc�� m e s m a afirma
q u e t a m b �� m c o m ele n��o sentiu orgas-
m o , p o r t a n t o n �� o �� a solu����o ao me-
nos imediata para o seu p r o b l e m a .
Tente salvar o seu c a s a m e n t o d a n d o
um t e m p o para a a d a p t a �� �� o e n t r e vo-
c��s dois. Converse c o m seu m a r i d o a
respeito das t��cnicas para q u e voc��
seja m e l h o r envolvida no p r e p a r o para
o a t o sexual. Ver�� c o m o as coisas
m e l h o r a m , q u a n d o s e t e m v o n t a d e
de acertar.
"MULHER DE TORNOZELO
GROSSO TEM VAGINA
INFANTIL.. ."
ouvi de colegas que quando
a mulher tem tornozelo grosso tem
vagina infantil, tamb��m chamada rasa.
Dizem que apenas as de tornozelo fino
�� que t��m vagina bastante funda e
que "ag��entam" bem. 0 que dizem
os mestres em sexo a respeito? Gos-
taria que Confiss��es Intimas fizesse
uma pesquisa a respeito do t��o famoso
e gostoso orgasmo vaginal." (Chama
Ardente - Para��so / SP)
A conforma����o f��sica do ser hu-
m a n o n �� o �� paralela e t a m p o u c o igual
confiss��es 7
para t o d o s . Cada pessoa t e m sua p r �� -
do o r g a s m o , p o r se tratar de um as-
pria c o n f o r m a �� �� o , suas caracter��sticas.
s u n t o q u e �� f u n d a m e n t a l no relacio-
Assim, de 2 pessoas q u e t �� m t o r n o z e -
n a m e n t o sexual, al��m de ser u m a das
lo fino, u m a p o d e ter u m a vagina p o -
m a i o r e s alegrias acess��veis ao ser hu-
p u l a r m e n t e c h a m a d a funda e o u t r a ser
m a n o . Sua sugest��o a respeito da pes-
p o r t a d o r a de u m a vagina rasa. Um fato
quisa foi a n o t a d a e o p o r t u n a m e n t e se-
i n d e p e n d e d o o u t r o . Vale repetir que
r�� p o s t a em pr��tica. Escreva sempre
n u m r e l a c i o n a m e n t o sexual, o q u e
a j u d a n d o - n o s a a u m e n t a r a comunica-
r e a l m e n t e i m p o r t a �� a f e t o , o respeito
����o e n t r e leitores e amigos.
ao p a r c e i r o . T o d o s os p r o b l e m a s s��o
solucion��veis q u a n d o existe a consi-
d e r a �� �� o e a disposi����o de acertar.
Confiss��es Intimas t e m tido u m a
c o n s t a n t e p r e o c u p a �� �� o c o m o t e m a
8 confiss��es
Homossexualidade
masculina
"QUE CULPA TENHO EU DE SER EFEMINADO?"
"N��O SE FAZ TRAVESTI S�� PELA PROSTITUI����O".
homossexual h�� muito tem-
cha louca. Mas, que culpa tenho se eu
po mas n��o �� isso que me aflige. 0
sou assim? J�� li v��rias cartas de pes-
problema �� a desmunheca����o. pois
soas que escrevem para voc��s e dizem
parajnuitos eu n��o passo de uma bi-
que detestam ou t��m nojo de pessoas
10 confiss��es
efeminadas. Para os que est��o fora do
problema �� f��cil criticar, jogar pedra,
mas no ��ntimo eles n��o sabem o que
acontece com a gente. Simplesmente
esquecem que somos humanos. Moran-
do numa cidade pequena como a mi-
nha, onde os preconceitos s��o tantos,
�� dif��cil ter algu��m para se amar, pois
ningu��m assume nada com medo da
chamada "sociedade". O que me su-
foca �� n��o poder amar ningu��m.
Transas acontecem mil, mas s�� aven-
tura. Coisa mais profunda, nada. Me
apaixonei por outro guei, mas ele n��o
assumiu nada comigo e eu fiquei frus-
trad��ssimo. Talvez ele tenha pensado
no que os outros diriam, coisas como:
"nossa, voc�� est�� andando com aque-
la bicha" ou ent��o "olha, aquele cara
�� sujeira". Sei que quando ando, eu
rebolo, tenho trejeitos femininos, mas
que culpa tenho eu? J�� tentei mudar,
mas n��o consigo. Por que as pessoas
n��o me aceitam como sou? Eles h��o
de convir que eu n��o sou o ��nico
homossexual do mundo. Sabem, eu
estou com raiva do mundo, n��o saio
de casa, s��o raras as vezes que subo e
vou at�� a pra��a encontrar com os meus
todos que lerem essa carta para n��o
amigos (todos homossexuais, natural-
criticarem as pessoas efeminadas, pois
mente). J�� n��o sei o que fa��o; mudar
cada coment��rio �� para n��s um peda��o
n��o consigo, pois j�� tentei v��rias ve-
do mundo que cai. Meus amigos de
zes, talvez eu nem seja t��o desmunhe-
Confiss��es Intimas n��o deixem de me
cado assim, mas sou muito taxado pelo
atender; me ajudem, pois s�� confio em
fato de aqui existirem poucos homos-
voc��s. O que eu devo fazer? Essa con-
sexuais. E eu sei que sou o mais dife-
di����o me mata. Devo isolar-me ou me
rente de todos. Nunca aceitei a id��ia
assumir totalmente? Me ajudem, pois
de fazer travesti, n��o que eu condene,
no amor j�� me frustrei demais". . . (S.
mas �� que n��o me identifico com esse
O. S. - Itajub�� / Minas Gerais)
lance. Esta cidade pequena destruiu
minha capacidade de amar; quem sabe
quando eu mudar para uma cidade
grande talvez encontre uma pessoa
est�� supervalorizando a
para amar, assumir meu todo. Embora
o p i n i �� o alheia, t o r n a n d o - s e assim m u i -
eu seja adolescente (n��o sou uma crian-
t o mais vulner��vel aos p r e c o n c e i t o s .
��a n��o, a vida j�� fez minha cabe��a) gos-
Reaja f a z e n d o u m a p r o g r a m a �� �� o mais
to de homens maduros dos seus 25
intensa e a b s o r v e n t e na sua vida do
anos para cima, mais adultos. Pe��o a
q u e passar o t e m p o r e m o e n d o os p r o -
confiss��es 11
blemas de sua c o n d i �� �� o h o m o s s e x u a l .
um homossexual do tipo efeminado e
P r o c u r e dedicar-se a u m a atividade
contei como me sinto e os problemas
��til, a r t �� s t i c a ou n �� o , na qual voc�� pos-
que enfrento por minha condi����o.
sa ter um r e l a c i o n a m e n t o mais i n t e n s o
Questionei tamb��m sobre o termo ho-
c o m o u t r a s pessoas fora da sua " c o m u -
mossexual usado para definir o indiv��-
nidade h o m o s s e x u a l " . Isso n �� o signifi-
duo que mant��m rela����es com seus
ca q u e voc�� deva a b a n d o n a r os seus
companheiros do mesmo sexo. Deixei
amigos. Mas o t r a b a l h o e sua nova
bem claro que este termo n��o me pa-
atividade ir��o dar-lhe u m a nova m o t i -
rece v��lido quando a rela����o �� feita
va����o, m u i t o i m p o r t a n t e e ��til. Estu-
entre Homem, Efeminado, porque n��s
de b e m , p r o c u r e e voc�� e n c o n t r a r ��
assumimos o papel de mulher no ato
u m a forma d e o c u p a r seu t e m p o n u m a
sexual, isto �� claro, no sentido abstra-
atividade q u e gere o interesse e princi-
to, posto que no concreto tal termo
p a l m e n t e o respeito das demais pes-
"pode" ser v��lido. Lendo o n��mero
soas. Mostre que voc�� �� capaz e que
22/80 de Confiss��es, li uma carta
sua cabecinha n��o est�� povoada exclu-
de um rapaz que se diz homossexual
sivamente de s e x o . Saia um p o u c o des-
e declara que tem nojo dos efemina-
se c �� r c u l o a que voc�� est�� c o n f i n a d o ,
dos. Ao ler sua resposta para ele, con-
vivendo marginalizado. Enfrente as
cordei com o fato de voc�� dizer que
pessoas c o m os olhos nos olhos e mos-
n��o h�� motivo para se ter nojo, e que
tre que voc�� quer ser ��til. igual, pura
e s i m p l e s m e n t e , s�� isso. A m u d a n �� a
"N��O H�� EXCLUSIVAMENTE
de cidade n��o vai resolver em nada
UM MODELO MACHO OU
seu p r o b l e m a , e n q u a n t o voc�� n �� o m o -
F��MEA, HETEROSSEXUAL
dificar o seu interior. A p o s t u r a s��ria
OU HOMOSSEXUAL". . .
d i a n t e de u m a tarefa i m p o r t a n t e vai
anular para as demais pessoas quais-
"�� preciso compreend��-los". . . Con-
quer preven����es com rela����o ao t o q u e
forme sua afirma����o. Mas achei um
e f e m i n a d o . Vai estar em primeiro
grande erro voc�� afirmar que n��s ado-
plano a pessoa h u m a n a , seu t r a b a l h o e
tamos os trejeitos femininos por uma
os valores h u m a n o s . Isso n �� o signifi-
quest��o de "revolta", "afli����o" e ou-
ca dissimular, fingir, o c u l t a r , mas sim
tros bichos. Eu, como efeminado, pos-
�� q u e se p o d e chamar de colocar os
so lhe garantir que nossa afli����o n��o
bois na frente da carro��a e n��o ao
tem nada a ver com nossa postura fe-
c o n t r �� r i o . Afinal de c o n t a s , a c o n d i �� �� o
minina. N��s adotamos tal comporta-
sexual de uma pessoa n��o deve jamais
mento porque nos sentimos bem as-
anular t o d o s os seus demais valores a
sim, e a meiguice e as posturas femi-
p o n t o de significar o principal, sen��o
ninas s��o coisas natural��ssimas para
o �� n i c o . E q u e m deve agir para m u d a r
nossa maneira de ser, do mesmo mo-
essa vis��o err��nea �� o p r �� p r i o h o m o s -
do que o �� para as mulheres. Se a ques-
sexual, d e m o n s t r a n d o que seu c o r p o
t��o fosse fingimento ou problemas ps��-
e sua m e n t e n��o �� um o b j e t o sexual
quicos, as mulheres seriam umas desa-
a m b u l a n t e .
justadas, estariam se autopunindo ou
se rejeitando. Na verdade, mais do
que todos os tipos de homossexuais,
n��s somos os mais rejeitados. Se vo-
sta �� a segunda carta que escre-
c�� notar bem, ver�� que at�� mesmo
vo. Na primeira carta falei que sou
os homossexuais n��o-efeminados t��m
12 confiss��es
uma certa rejei����o por n��s, como ��
nados, posto que ambos assumem a
o caso daquele cara que se assina "Jo-
posi����o passiva e ativa. Por falar nis-
vem Esclarecido", da Bahia, pois o
so, sou contra certos efeminados,
mesmo diz que �� contra certos ho-
ainda n��o totalmente certos de sua
mossexuais, cheios de frescura . . .
condi����o feminina, que assumem a
logo vi que estava se referindo aos efe-
posi����o ativa durante as rela����es.
minados. Na verdade ele n��o �� t��o
Afinal, onde j�� se viu uma mulher
"esclarecido" como diz. Esse neg��cio
introduzir "algo" em homem duran-
de frescura �� muito vari��vel. O que ��
te o ato sexual? �� claro que temos
frescura para uns n��o �� para outros.
de obter nosso gozo, mas sem que
Talvez ele tenha dito isto por achar
seja preciso chegar a tal c��mulo.
que os trejeitos femininos n��o pegam
Quanto aos travestis, acho que esse
bem em um homem. Realmente, n��o
tal de Denis Altmann (psiquiatra aus-
pegam bem em um homem, n��o em
traliano) est�� errado quando diz que
um efeminado. Ali��s, diga-se de pas-
o travesti �� coisa il��gica e absurda. ��
sagem, o termo homossexual �� com-
t��o normal quanto uma mulher usar
pletamente v��lido para os n��o-efemi-
saia, vestido, j��ias, etc. . . . e tamb��m
erra -quando diz que n��o h�� travestis
ricos. Engana-se, pois j�� ouvi falar de
muitos ricos. Eu, por exemplo, sou
travesti e pobre, mas n��o vou deixar
de ser travesti se, por exemplo, ga-
nhar na loteria. Muito pelo contr��rio,
se s��o uma minoria pelo menos s��o
mais assumidos; afinal, "quem n��o
�� o maior, tem de ser o melhor", n��o
��? Eu sou travesti e efeminado por-
que quero e n��o porque me vejo obri-
gado a ser (isso discordando de outra
afirma����o do Denis Altmann). Para fi-
nalizar, quero cumprimentar a sua
"IMPORTANTE �� ENCONTRAR
SUA PR��PRIA IDENTIDADE,
ASSUMI-LA E VIVER SUA
EXPRESS��O SEXUAL SEM
CONFLITOS". . .
revista, que �� realmente revolucion��ria
em mat��ria de sexo. Parab��ns, Nina"...
(Esie ��� Rio de Janeiro / RJ)
�� est�� mais um e x e m p l o do
p r e c o n c e i t o X p r e c o n c e i t o . �� a sub-
divis��o de p r e c o n c e i t o s , d e n t r o de u m a
c h a m a d a minoria sexual, j�� b a s t a n t e
confiss��es 13
sofrida c o m os p r e c o n c e i t o s pressiona-
n a s " assim c o m o m u i t o s h o m e n s n �� o
dos pela "maioria" sexual.
s��o a b s o l u t a m e n t e " m a s c u l i n o s " .
�� curioso observar que no m u n d o he-
Em qualquer escala ou grada����o da
terossexual ( p e r d o e m - n o s a diferen-
prefer��ncia sexual, e v i d e n t e m e n t e h��
cia����o) vamos e n c o n t r a r mulheres que
u m a luta interna na fase do desenvolvi-
t a m b �� m sofrem deste m a l : " A i , eu de-
m e n t o , n o t a d a m e n t e na p u b e r d a d e e
testo fulana, p o r q u e e,la �� m u i t o fres-
a t �� a adolesc��ncia, para a f o r m a �� �� o
ca". . . "Beltrana �� uma d o n d o c a , u m a
destes valores. H�� m u i t a revolta e con-
b o n e c a d e s l u m b r a d a " . . . "Ciclana me
disse q u e gosta de fazer varia����es se-
xuais c o m seu m a r i d o , isso �� um
n o j o " . . . E assim por d i a n t e . Q u e m
n��o c o n h e c e in��meras 'mulheres desse
jeito? Ou at�� h o m e n s que criticam
seus amigos por ach��-los "fresrcos de-
m a i s " o u a t �� " e f e m i n a d o s " ?
D ecididamente, n��o podemos
perder t e m p o nestas p��ginas c o m de-
bates sobre temas t��o p e q u e n o s , mi-
n��sculos.
Q u a n t o �� afirma����o sobre as causas
dos trejeitos efeminados, m a n t e m o s o
que foi d i t o . S�� q u e o p r o b l e m a re-
m o n t a ��s origens da forma����o ps��quica
do c o m p o n e n t e homossexual. Sabe-se
p e r f e i t a m e n t e q u e h�� um universo to-
do de fatores que c o n t r i b u e m na for-
m a �� �� o h o m o s s e x u a l e o espa��o �� limi-
t a d o para t a n t a explana����o. Basta
a t e n t a r m o s para o fato de que um des-
tes fatores essenciais �� a rejei����o do
m o d e l o p a t e r n o o u d o m o d e l o mascu-
lino. Kinsey e o u t r o s pesquisadores
a t e s t a m que j�� aos 5 anos a i d e n t i d a d e
psicossexual da crian��a est�� delineada,
e m b o r a o u t r o s c o m p o n e n t e s possam
influir mais tarde para sua t o t a l forma-
����o. E n��o h�� exclusivamente um m o -
flitos na persegui����o da i d e n t i d a d e de
delo " m a c h o " e " f �� m e a " , heterosse-
cada u m . Esse �� um f e n �� m e n o n a t u r a l
xual ou h o m o s s e x u a l , sen��o u m a esca-
que marca a agressividade c o m que ve-
la de grada����es d e s c o b e r t a por Kin-
m o s t o d o g a r o t o e t o d a m e n i n a atra-
sey (veja gr��fico) e hoje aceita m u n -
vessar a fase da p u b e r d a d e e m u i t a s ve-
d i a l m e n t e . A partir da aceita����o dessa
zes indo assim pela adolesc��ncia. Essa
escala, pode-se deduzir facilmente que
luta na afirma����o do m a s c u l i n o e do
m u i t a s m u l h e r e s n��o s��o t �� o "femini-
feminino �� um dos f e n �� m e n o s mais
14 confiss��es
normais da n a t u r e z a e dele n i n g u �� m
Q u a n t o ao travesti, vamos repetir o
foge. �� de lei.
q u e disse o soci��logo australiano Denis
Uns e n c o n t r a m c o m maior facilidade
A l t m a n : " O travesti u m d o e n t e social?
sua i d e n t i d a d e , o u t r o s s�� ir��o encon-
A c h o mais doente os h o m o s s e x u a i s
tr��-la b e m mais t a r d e , ��s vezes na vida
q u e vestem p a l e t �� e gravata e fingem
a d u l t a , em idade m a d u r a a t �� . Uns en-
q u e n �� o s��o, ou e n t �� o os q u e freq��en-
c o n t r a m e aceitam sua i d e n t i d a d e sem
t a m os travestis. Voc�� sabia q u e a
conflitos. O u t r o s n �� o .
maior p a r t e dos que pagam os travestis
a s s u m e m o papel de passivo no m o -
m e n t o da rela����o? O travestismo �� fru-
t o , b a s i c a m e n t e , da p o b r e z a . N �� o �� ��
t o a q u e a maioria dos travestis que vi-
vem pelas ruas dos Estados U n i d o s ��
p o r t o - r i q u e n h a . E se p a r e c e m m u i t o
com seus colegas brasileiros. Nas clas-
ses mais p o b r e s os p a d r �� e s de diferen-
cia����o s��o mais r��gidos, n��o se a d m i t e
t a n t o cr m e i o - t e r m o . Se um h o m e m se
sente feminino, se v�� obrigado a vestir-
se e c o m p o r t a r - s e c o m o m u l h e r , assim
ele se julga, c e r t a m e n t e , mais ajustado
aos seus p r �� p r i o s p a d r �� e s . Al��m de tu-
d o , esses p o b r e s rapazes precisam ga-
nhar a vida. E n t �� o v��o fazer shows ou
prostituir-se. N �� o se v��em travestis ri-
cos pelas r u a s " . . .
A c r e d i t a m o s q u e o pesquisador (o tre-
cho �� de entrevista c o n c e d i d a �� revista
Isto �� de n �� m e r o 1 4 0 , de 29/8/79)
e r r o u ao generalizar sua c o n c e i t u a �� �� o .
A c r e d i t a m o s que haja o travesti em
fun����o da p r o s t i t u i �� �� o , fruto do p r o -
b l e m a social, da p o b r e z a . Mas, sabe-se
q u e h�� aquele q u e pratica o travesti co-
mo arte ou e n t �� o , pura e simplesmen-
te c o m o satisfa����o pessoal. D e n t r o de
sua vis��o c o m o pesquisador social, Al-
t m a n est�� c o r r e t o .
C o m o se v��, �� m u i t o arriscado genera-
lizar, estabelecer crit��rios e formular
D a �� a raz��o pela qual �� falso o concei-
c o n c e i t o s definitivos s o b r e u m
to de q u e t o d o h o m o s s e x u a l �� infeliz
universo t �� o c o m p l e x o c o m o o com-
c o m sua c o n d i �� �� o . T o d o heterosse-
p o r t a m e n t o h o m o s s e x u a l .
x u a l , p o r acaso �� feliz?
E f e m i n a d o ou n �� o , o i m p o r t a n t e �� q u e
t o d o ser h u m a n o e n c o n t r e sua felicida-
de e viva a sua express��o sexual sem
conflitos.
confiss��es 15
Emocional
S0MOS VITIMAS DE UMA TARA MALDITA". .
"NECESSITO DE SEXO EXTRACONJUGAL". . .
"ESTOU APAIXONADO E ELA ME REJEITA".
"DEVO ROMPER O NOIVADO?"
A maldi����o do dem��nio talvez parte nem da parte do finado. Ap��s
tenha ca��do sobre nossa fam��lia, ou o
sua morte assumi o controle dos neg��-
meu sofrimento, minha vergonha, j��
cios da fam��lia. Minha filha mais ve-
tenham superado os castigos que o
lha, que havia casado bem, ficou
Todo-Poderoso tivesse reservado para
vi��va cedo e voltou a morar comigo.
mim. Sou vi��va de um casamento
N��o tem levado uma vida correta. A
normal, nunca houve trai����o da minha
outra filha come��ou o descaminho aos
confiss��es 17
quatorze anos. O filho ca��ula, que es-
solada - Fortaleza / CE)
teve internado num semin��rio, foi
expulso de l��, depois de seduzir cole-
gas para pr��ticas homossexuais. Est��
nesta vida de perfeita sodomia. Minha
��o acha que �� hora de pensar
��ltima esperan��a, meu sobrinho e
um p o u c o em si m e s m a , em divertir-se
filho de cria����o, que mora tamb��m
um p o u c o , curtir a vida, agora que os
comigo, para minha decep����o, con-
filhos j�� resolveram suas vidas,como
fessou-me que mant��m rela����es se-
b e m e n t e n d e r a m ? Por q u e n �� o tirar
xuais com nosso motorista. N��o sei
umas f��rias mais do q u e merecidas
o que fazer, estou num desespero sem
agora que seu esfor��o e d e d i c a �� �� o
fim. Ajude-me, por favor". Vi��va De-
g a r a n t i r a m o b o m a n d a m e n t o dos
18 confiss��es
z e m sofrer, sem que possa impedi-las.
O m e l h o r �� buscar novos ares, novos
c o n h e c i m e n t o s . Viaje m u i t o , fa��a es-
tadias longas nas cidades, e x p l o r e o
m u n d o . Teste seus talentos (cer��mi-
ca, p i n t u r a , artes em geral) e p o n h a - o s
em pr��tica. Leia m u i t o , a p r i m o r e sua
cultura, engage em associa����es benefi-
cientes.
Coloque sua imensa capacidade de
a m o r �� disposi����o dos m u i t o s q u e
precisam. H�� velhos a b a n d o n a d o s , me-
nores sem assist��ncia, favelados, d o e n -
tes em hospitais, t o d a u m a legi��o de
pessoas que anseiam por algu��m q u e
lhes estenda a m �� o . Voc�� t e m um co-
ra����o generoso para servi-las d a n d o -
lhes calor h u m a n o e afei����o. Ver��
c o m o vir�� a r e c o m p e n s a . Escreva
sempre.
"NECESSITO DE
SEXO EXTRACONJUGAL".
n t e s de me casar eu sempre
conseguia u m a garota para trocar ca-
r��cias, mas agora, depois de c a s a d o ,
t e n t o conseguir algu��m para evitar a
m o n o t o n i a do lar e n��o consigo na-
da. Sou um h o m e m a t r a e n t e , n��o sou
p o b r e assim, para ficar s o m e n t e c o m a
esposa. Noto q u e os e x e c u t i v o s , d o n o s
de loja, gente rica e e n f i m , ao m e u ver,
s��o os mais p o d e r o s o s a f r o d i s �� a c o s da
neg��cios, g a r a n t i n d o o p��o e a so-
a t u a l i d a d e . P r o c u r o me a p r o x i m a r das
breviv��ncia de t o d a fam��lia. T e m tu-
m u l h e r e s amigas para lev��-las para
t a n o e grande valor. Assim c o m o , ��s
c a m a , p o r �� m s�� me m a n d a m ir a t r �� s
vezes, n �� o conseguimos transmitir nos-
de m i n h a m u l h e r , que at�� j�� p r o m e t e u
sas v i r t u d e s aos filhos ��� e a s e n h o r a as
surrar uma delas. As e s t r a n h a s nem
t e m de sobra ��� t a m b �� m n��o h�� tara
se a p r o x i m a m . C o m o desejo a u m e n t a r
transmiss��vel. S��o as pr��prias pessoas
os m �� t o d o s de c o n q u i s t a , penso em
q u e , p o r iniciativa p r �� p r i a , e o p �� �� e s ,
f r e q �� e n t a r c u r s o s especiais, pois s��
c o n s t r o e m os seus d e s t i n o s . Seus fi-
lido c o m t r a t o r e s , m o t o r e s e pe��as,
lhos v��m c o n s t r u i n d o os seus, inde-
onde t r a b a l h o . H�� escassez de m u l h e -
p e n d e n t e s de sua o p i n i �� o . S��o atitu-
res no meu terreiro. Tenho car��ncia
d e s , ao seu ver, vergonhosas q u e o fa-
afetiva, desejo a u m e n t a r o n �� m e r o de
confiss��es 19
mulheres de minha vida." (Jos�� Am��ri-
renas e o q u e q u e r que apare��a? Nas-
co - Aracaju / SE)
ce, cresce u m p o u c o , c o n q u i s t a sem
parar e m o r r e . �� p o u c o para q u e m
possui um i m e n s o p o t e n c i a l de l��gi-
que d e d u z i de sua carta,
ca, q u e o t o r n a diferente dos o u t r o s
voc�� s�� t e m um ideal na vida: con-
animais. No e n t a n t o , voc�� dirige sua
quistar m u l h e r e s . N��o acha que �� p o u -
vida apenas para u m �� n i c o o b j e t i v o :
co? Ser�� q u e t o d a a intelig��ncia do
ca��ar m u l h e r e s . Chega at�� a supor que
h o m e m , seus talentos e virtudes fo-
a fidelidade conjugal seja fruto da
r a m criados apenas para passar a
p o b r e z a . . . Seus valores est��o inver-
vida, c o n q u i s t a n d o ruivas, louras, m o -
t i d o s . Na sua ��nsia de ca��ar f��meas,
20 confiss��es
ignora o a m o r , a a m i z a d e , a fam��lia,
ve a n o s e c o m ela m a n t i n h a rela����es
enfim, t o d o s os verdadeiros valores, o
sexuais. Brigou c o m i g o r e c e n t e m e n t e
q u e h�� de mais p u r o na h u m a n i d a d e .
e passou a a n d a r c o m colegas q u e
Pelo j e i t o , sua esposa levar�� a vida a
b e b e m e f u m a m . T e n h o m e d o de
surrar imagin��veis ladras de h o m e n s ,
perd��-la para o u t r o . Gostaria q u e a
q u a n d o n a realidade q u e m m e r e c e
s e n h o r a a aconselhasse pessoalmen-
m u r r o s e palmadas �� voc��. E r r o n e a -
te pois a a m o mais do q u e t u d o no
m e n t e pensa que c o m p e n s a r �� a car��n-
m u n d o e ela n �� o me liga mais. N �� o
cia afetiva c o m um e s t o q u e de con-
a g �� e n t o viver sem e l a . " ( V i n �� c i u s C��n-
quistas femininas. Isto s�� far�� a u m e n -
d i d o - Ribeir��o P r e t o / SP)
t��-las mais ainda. Por q u e n �� o p r o c u r a
sanar esta car��ncia c o m q u e m p o d e
lhe dar afeto e m a n t e r c o m voc�� um
r e l a c i o n a m e n t o c o n s t r u t i v o e longo?
Sua esposa, p o r e x e m p l o . E x p e r i e n t e
o a m o r , quase n u n c a a pessoa q u e vem
dar-lhe afeto, por m e n o r que seja a
c o m ele. E o i m p o r t a n t e �� a pessoa que
dose que voc�� possui. �� d a n d o a f e t o
vai alimentar este a m o r . Voc�� �� m u i t o
que se recebe de volta. Voc�� n �� o re-
j o v e m , est�� na fase de conhecer pes-
servou tempo em sua vida para cultivar
soas, e x p e r i m e n t a r amizades para q u e ,
afeto. Seus a m i g o s , t a m b �� m . Por q u e
mais t a r d e , j�� c o m seus valores defini-
n��o enxerga como c o m p a n h e i r o s e
d o s , possa escolher aquela pessoa q u e .
n��o c o m o m a c h o s cujas "f��meas voc��
c o m v o c �� , ir�� construir este grande edi-
a m b i c i o n a " ? Por q u e n �� o faz de sua
f��cio q u e �� o amor. D�� a liberdade que
profiss��o u m t r a m p o l i m para m e l h o -
t a n t o a menina c o m o voc�� precisam
rar c u l t u r a l m e n t e , desenvolvendo seus
agora. Ser�� b o m para a m b o s se certi-
t a l e n t o s , e m p r e g a n d o a intelig��ncia
ficarem de seus s e n t i m e n t o s . N��o de-
q u e at�� hoje t a n t o d e s p r e z o u ? Desta
p e n d e de voc�� se o u t r o ir�� cativ��-la ou
forma, voc�� passar�� a ser um h o m e m
n �� o . A m o r n��o se i m p �� e , n��o se obri-
e n��o apenas um galo, c o m o r o t u l o u a
ga. Por esta raz��o, terceiros p o d e m
si m e s m o ao dizer que vive n u m "ter-
ajudar c o m conselhos e o r i e n t a �� �� e s ,
r e i r o " . P o r �� m , se persistir em apenas
mas o p o d e r de decis��o �� das duas pes-
ca��ar f��meas, desista d o s m �� t o d o s e
soas envolvidas apenas. Pense que
das t��cnicas. N e n h u m curso lhe ser��
esta separa����o ser�� valiosa para am-
mais v��lido que sua pr��pria experi��n-
b o s . Ela servir�� para esclarecer se era
cia, seu arsenal de frustra����es e p o u c a s
r e a l m e n t e a m o r o que um sentia pelo
alegrias, �� m e d i d a q u e os anos ir��o
o u t r o . P o r t a n t o , conserve a calma e
passando. F a �� o v o t o s q u e , na meia-ida-
p r o c u r e distra����es as mais variadas.
d e , a solid��o n �� o o t o r n e ainda mais
Passeie, fa��a a m i z a d e s , curta a vida que
angustiado e c a r e n t e .
a sua j u v e n t u d e lhe p r o p o r c i o n a . Da-
qui a alguns a n o s , chegar�� a ben-
dizer esta s e p a r a �� �� o , seja qual for o re-
"ESTOU APAIXONADO
s u l t a d o dela.
E ELA ME REJEITA". . .
eu p r o b l e m a �� q u e n a m o r e i
u m a m e n i n a d o s q u a t o r z e aos d e z e n o -
confiss��es 21
"TENHO CARO��OS NO P��NIS".
H�� RISCOS NA RELA����O ANAL"
"TENHO A VOZ FIN��SSIMA". ..
"N��O CONSIGO O PRAZER"...
TENHO CARO��OS NO P��NIS..."
arrange algo que me cure." (J. P. S. ���
Inhambupe/BA)
ostaria de conseguir um rem��-
dio para os caro��os que surgiram no
p o p u l a r m e n t e c h a m a d o s caro-
meu p��nis que se parecem com impin-
��os no p��nis p o d e m ser s i n t o m a s de
ge ou espinhas e quando eu espremo,
u m a s��rie de d o e n �� a s e d e v e m ser tra-
sai uma massa de dentro. Por favor,
t a d o s t �� o logo o d o e n t e se aperceba de-
22 confiss��es
les. A s��filis, a gonorr��ia, o c a n c r o m o -
le, o herpes genital, o c o r d i l o m a e ou-
tras doen��as a p r e s e n t a m , na maioria
das vezes este t i p o de les��es c u t �� n e a s .
A " m a s s a " q u e �� expelida q u a n d o
pressionado o c a r o �� o p o d e tratar-se de
esperma o u d e u m a secre����o p u r u l e n -
ta. �� necess��rio definir a causa para
q u e se possa orientar o t r a t a m e n t o e
indicar u m a m e d i c a �� �� o . P r o c u r e u m
m e d i c o e ele facilmente far�� o diag-
n �� s t i c o de seu caso, aliviando-o logo
de in��cio e resolvendo-o a m �� d i o
p r a z o .
"QUERO SABER SE H�� PROBLEMA
NA RELA����O ANAL. . ,"
xual para p o d e r avaliar o q u e lhe far��
mais feliz. Mas ter�� q u e resolver seu
p r o b l e m a d o p��nis. T u d o indica q u e
eu p��nis tem uma forma um
se trata de um caso c o n g �� n i t o , de um
pouco virada para a esquerda e mede
c o r p o cavernoso mais c u r t o . E m b o r a a
14 cm. Isto me inibe e n��o tenho
i n t r o d u �� �� o mec��nica se t o r n e mais di-
coragem de procurar mulher com
f��cil n u m r e l a c i o n a m e n t o heterosse-
medo de ser gozado. Quero saber se h��
x u a l , seu p r o b l e m a n �� o ir�� a t r a p a l h a r
problema em praticar a rela����o anal,
seu o r g a s m o , n e m a sua p o t �� n c i a e se-
pois gosto dela e n��o encontro dificul-
x u a l i d a d e . A cura �� p e r f e i t a m e n t e ob-
dades. Este gosto pelo homossexualis-
tida por u m a cirurgia pl��stica sem
mo pode ser devido ao meu proble-
grandes riscos. Por isso �� aconselh��vel
ma?" (E.S.S. - Recife/PE)
q u e p r o c u r e um m �� d i c o o q u a n t o an-
tes poss��vel, um cl��nico q u e o o r i e n t e e
ajude. Q u a n t o aos riscos d e u m relacio
n a m e n t o h o m o s s e x u a l eles e x i s t e m
parece b a s t a n t e inibido pa-
r e a l m e n t e . A p e n e t r a �� �� o n u m ��nus in-
ra um r e l a c i o n a m e n t o c o m o sexo
fectado p o r d o e n �� a ven��rea ��� a s��filis
o p o s t o , t e m e n d o a chacota ou o t e m o r
ou a g o n o r r �� i a , por e x e m p l o ��� p o d e
de sua prov��vel parceira devido �� for-
conduzir a longos e intensos sofrimen-
ma a n a t �� m i c a q u e seu p��nis possui.
t o s e c o m p l i c a �� �� e s de o r d e m f��sica.
T e m e r o s o de q u e venha passar p o r um
N �� o e s q u e c e n d o dos p r o b l e m a s de or-
v e x a m e , foge do p r o b l e m a b u s c a n d o o
d e m ps��quica pois �� um t i p o de rela-
r e l a c i o n a m e n t o c o m h o m o s s e x u a i s .
c i o n a m e n t o que n��o traz c o m p l e t a sa-
Sente prazer - pois �� o �� n i c o q u e expe-
tisfa����o u m a vez q u e n �� o liberta ener-
r i m e n t o u a t �� hoje - e n��o t e m dificul-
gia suficiente e n��o p r o p o r c i o n a u m a
d a d e s d e o r d e m mec��nica. N o e n t a n t o ,
c o m u n i c a �� �� o integral, u m relaciona-
n �� o �� feliz e t e m d��vidas, ali��s bastan-
m e n t o h u m a n o r e a l m e n t e p r o f u n d o .
te cab��veis e c o m p r e e n s �� v e i s . �� preci-
C o m seu p r o b l e m a f��sico resolvido e
so q u e teste a experi��ncia h o m o s s e -
v��rias experi��ncias h e t e r o s s e x u a i s vivi-
confiss��es 23
das ( m e s m o a n t e s da cirurgia, claro)
falar, no c a m i n h a r , enfim, na sua for-
voc�� estar�� p r o n t o a fazer sua o p �� �� o
ma de viver. Evitar�� os e m b a r a �� o s que
de vida. N��o h�� m o t i v o para m e d o
vem sofrendo e ser�� b e m mais feliz.
q u a n t o a o r e l a c i o n a m e n t o sexual c o m
o sexo o p o s t o . Voc�� �� j o v e m e deve
partir para ele, confiante e seguro.
"SEMPRE QUE �� HORA DE GOZAR
N��O TENHO SENSA����O. . ."
TENHO A VOZ FIN��SSIMA. . ."
ou um rapaz normal sexual-
mente mas n��o consigo gozar. Saem
stou sempre envergonhado,
poucos espermatoz��ides durante o ato-
porque j�� tenho 19 anos e minha voz ��
sexual, embora em meus sonhos eles
motivo de tro��a por parte de meus
sejam fartos. Meu p��nis fica mais de
colegas que s�� ca��oam de mim. No
cinco horas ereto mas n��o noto a sa��da
meu trabalho chamam-me de bicha e
dos espermatoz��ides. Meu problema
passam as m��os nas minhas n��degas e
tem solu����o?" (H.L. Alves - Tubar��o/
at�� no Ex��rcito fui recusado. Ser��
SC)
porque sou filho ��nico e minha m��e
me cobriu de dengos? Qual o m��dico
que poderia me ajudar a engrossar a
voz pelo INAMPS?" (C. Vilaverde -
est�� s e n d o v �� t i m a d o t e m o r
S��o Paulo/SP)
do d e s e m p e n h o , o m e d o de falhar ou
concluir o a t o sexual. P s i q u i c a m e n t e
p r e s s i o n a d o , inibe-se e a sua secre����o
esperm��tica �� d i m i n u �� d a . O q u e voc��
uitas vezes na ��nsia de dedicar
d e n o m i n a de e s p e r m a t o z �� i d e �� a secre-
ao filho o m �� x i m o de a t e n �� �� o e cari-
����o seminal, u m a mistura d o l �� q u i d o
n h o , a m��e i n c o n s c i e n t e m e n t e acaba
seminal c o m os e s p e r m a t o z �� i d e s q u e
p o r prejudic��-lo. c o b r i n d o - o de m i m o s
v��o dos t e s t �� c u l o s para a p r �� s t a t a . O
exagerados e fazendo c o m q u e ad-
v o l u m e desta secre����o varia de h o -
quira tiques que t o r n a r �� o mais tor-
m e m para h o m e m , mas q u a n d o h ��
m e n t o s o o seu r e l a c i o n a m e n t o so-
d��vidas a respeito �� aconselh��vel a
cial f u t u r o . �� b e m prov��vel q u e este
consulta m��dica q u e indicar�� u m
seja o seu caso q u a n t o ao r e b o l a d o e
e x a m e d e l a b o r a t �� r i o d e n o m i n a d o
maneiras u m t a n t o feministas. Po-
e s p e r m o g r a m a . Este e x a m e levan-
r �� m , q u a n t o �� voz, ela n��o teria so-
tar�� a d o s a g e m d o s e s p e r m a t o z �� i -
frido influ��ncia alguma c o m os dengos
des no esperma para avaliar a sua fer-
e m i m o s que sua m �� e lhe dispensou.
tilidade. G e r a l m e n t e , o n �� m e r o de
P o d e tratar-se d e u m p r o b l e m a c o m
e s p e r m a t o z �� i d e s chega a m��dia de
base h o r m o n a l e um endocrinologista
7 0 milh��es p o r c e n t �� m e t r o c��bico
ter�� condi����es de ajud��-lo. Q u a l q u e r
de e s p e r m a , p o r �� m esta q u a n t i a va-
sede do INAMPS disp��e de um destes
ria de a c o r d o c o m a situa����o de
especialistas e voc�� deve colaborar c o m
s a �� d e , c o m o e s t a d o e m o c i o n a l e
ele, p r o c u r a n d o se libertar de t u d o que
p s �� q u i c o , c o m o dia e u m a s��rie
lhe pare��a sup��rfluo e sofisticado, bus-
d e o u t r o s fatores. U m m �� n i m o d e
c a n d o o m �� x i m o de n a t u r a l i d a d e no
alguns m i l h �� e s de e s p e r m a t o z �� i -
24 confiss��es
des j�� �� suficiente para a p a t e r n i d a d e e
de carinho e a f e t o . Q u e s��o, em s u m a ,
um v o l u m e excessivo dele p o d e ser
m u i t o mais i m p o r t a n t e s q u e o orgas-
prejudicial. Seu caso, no e n t a n t o ,
m o . Ver�� q u e sob este prisma o orgas-
parece-me ser mais de origem ps��-
m o vir�� n o r m a l m e n t e c o m o conse-
q u i c a , isto ��, algum fator deve estar
q �� �� n c i a d e u m clima e m o c i o n a l d e
i n f l u e n c i a n d o nesta aus��ncia de g o z o e
a m o r e prazer.
nesta sua p o u c a p r o d u �� �� o de secre-
����o e s p e r m �� t i c a . Q u e m sabe a t �� seja
a p r e o c u p a �� �� o f u n d a m e n t a l de chegar
ao o r g a s m o a p e n a s , n �� o d a n d o o ne-
cess��rio devido valor ao relaciona-
m e n t o t o t a l em si, �� t r o c a r e c �� p r o c a
confiss��es 25
Sexologia
AFINAL,QUE ��
O A M O R ?
Os poetas nos contam que o amor
�� ao mesmo tempo amor e dor, en-
quanto os fil��sofos descrevem-no en-
volto em verdade e beleza. Os com-
positores d��o ��nfase �� dor-de-cotove-
lo e ao amor imposs��vel, ao passo que
os bi��logos acreditam que ele est��
todo presente em nosso horm��nios.
Nos laborat��rios, os cientistas medem
nossa press��o sang����nea e nossas bati-
das respirat��rias para saber se estamos
amando e os psic��logos armam imen-
sos question��rios para descobrir a
f��rmula do amor imorredouro.
Mas ningu��m, absolutamente ningu��m,
ainda nos descreveu o que �� realmente
26 confiss��es
o amor.
lou��a" ou "quem �� o respons��vel pelo
Provavelmente h�� muitas respostas a
pagamento do aluguel."
esta pergunta "que �� o amor?"quanto
Acreditamos sinceramente que uma
h�� pessoas no mundo. Dois relaciona-
liga����o amorosa ficar�� fortalecida e
mentos amorosos nunca s��o exata-
muito mais est��vel se os parceiros re-
mente iguais e cada um de n��s descreve
conhecerem os pap��is que eles devem
e sente o amor de acordo com suas
assumir nesta luta pela supremacia.
pr��prias experi��ncias, como amante e
Quanto mais admitamos nossa neces-
como amado. Para alguns, o amor ��
sidade de dominar ou de ser domina-
paix��o sexual, ao passo que para ou-
da, tanto mais estaremos capacitados
a resolver os problemas inevit��veis
tros �� amizade ��ntima. H�� ainda outros
de qualquer relacionamento amoroso.
mais que o consideram possessividade,
Como �� que voc�� e seu companheiro
depend��ncia, apoio emocional, compa-
contornam esta tend��ncia de dom��-
nheirismo di��rio ou, t��o somente,
nio? Ainda que n��o seja f��cil catego-
simples magia.
rizar o comportamento humano,
No nosso ponto de vista, uma das mais
temos observado algumas dicas e esti-
importantes dimens��es do amor ��� e
los que os casais adotam com suces-
uma das mais ignoradas - �� a luta pelo
so, no que diz respeito ao dom��nio
poder de decis��o. Em outras palavras,
e �� submiss��o. Devemos ter em men-
quem toma as decis��es na rela����o amo-
te que qualquer destes modelos pode
rosa? N��o h�� maneira de evitar o fato
de que, em quase todas as liga����es en-
tre duas pessoas, uma delas �� o l��der e
EXPLORANDO O
a outra �� o seguidor. No trabalho, por
SIGNIFICADO DO AMOR,
exemplo, vemos o empregado seguir o
OS AUTORES APRESENTAM
patr��o obedecendo ��s suas ordens, e
UMA TEORIA
em casa, espera-se que os filhos obe-
ESTARRECEDORA:
de��am a seus pais. Por��m, num rela-
"EM NOSSO PONTO DE VISTA
cionamento entre duas pessoas que se
UMA DAS MAIS
amam, acreditamos que n��o deva
IMPORTANTES DIMENS��ES
existir supremacia de nenhuma das
DO AMOR - E UMA DAS MAIS
partes envolvidas. Afinal, neste tipo
IGNORADAS - �� A LUTA
de relacionamento, isto n��o �� impor-
PELO DOM��NIO DA
tante. No entanto, ainda que o clima
SITUA����O".
seja de enlevo e id��lio, existem deci-
s��es que devem ser tomadas e uma
das pessoas tem que se encarregar de
servir para alguns e ser totalmente
tom��-las, uma vez que, a despeito dos
desastroso para outros.
neg��cios, a rotina di��ria de amar e
Para dar uma id��ia do que seja dom��-
viver tem prosseguimento tamb��m. nio e submiss��o, vamos ilustrar uma
�� bem melhor encarar a necessidade
mesma cena, vivida em cinco casas
desta supremacia com lucidez do que
diferentes, portanto, em cinco cen��-
fingir que ela simplesmente n��o exis-
rios.
te. Nossa experi��ncia pessoal nos leva
a afirmar que nunca vimos um rela-
cionamento de amor que estivesse
(1) A LUTA PELO CONTROLE
completamente livre da cl��ssica per-
gunta: quem �� o encarregado de re-
solver as coisas? Alguns casais en-
frentam o problema diretamente, mas
Jo��o e Maria rec��m acabaram um
na maioria das vezes, a luta se estriba
jantar rom��ntico, �� luz de vela, em
em problemas de pequena monta, tais
casa e ambos est��o com disposi����o
como: "quem se encarrega de lavar a
para o amor. Depois de um olliar
confiss��es27
apaixonado e convidativo, Jo��o su-
para o amor. Mas nenhum dos dois
gere que os dois v��o para a cama.
quer dar o primeiro passo em dire����o
Maria que tamb��m estava com von-
da cama. Jos�� tem medo que Jane pre-
tade, chegou perto dele e disse num
fira ver televis��o e n��o quer impor
tom decisivo: "Primeiro, vou lavar a
sua vontade, ent��o senta-se e espera
lou��a��" Quanto mais Jo��o insiste em
que ela d�� o primeiro passo. Jane que
que ela v�� para a cama com ele, tanto
tem os mesmos desejos e pensamentos,
mais ela se nega e teima em lavar a
senta-se silenciosa e espera por Jos��.
lou��a.
Finalmente, quando tudo indica que
Pouco mais tarde, quando a lou��a j��
nenhum dos dois vai tomar a iniciati-
estava toda em ordem, Maria procura
va, ambos resolvem assistir �� televis��o
Jo��o e diz que finalmente est�� pron-
e desistir de seus desejos sexuais.
ta. Embora ainda esteja afim Jo��o se
Este estilo, �� bem menos comum que
vinga dizendo: "Agora sou eu quem
o anterior e geralmente ocorre quan-
est�� cansado. " E quanto mais Maria
do ambos os parceiros se sentem me-
insiste, mais Jo��o finca o p��. Final-
lhor no papel de submissos. Na realida-
mente os dois adormecem vendo te-
de algumas pessoas gostam mais de
levis��o.
seguir, do que de dar ordens ou reco-
Que �� que est�� acontecendo com
menda����es. Quando duas pessoas
eles? Tanto Jo��o como Maria querem
assim se apaixonam, as coisas tendem
no fundo a mesma coisa, mas tanto
a evoluir muito vagarosamente.
um quanto o outro desejam controlar
Ainda que as diverg��ncias costumem
as coisas. Nem um nem outro est��
ser poucas, h�� uma grande dose de
querendo deixar o outro assumir o
frustra����o, pois cada um deles fica
controle da situa����o, mesmo que
sempre na expectativa do que o outro
seja por um pequeno per��odo de
ir�� fazer.
tempo. Neste estilo de dom��nio pode
se tornar mais importante para um
dos parceiros estar no controle muito
mais do que para o outro, mais ainda
(3) A DESIST��NCIA DO CONTROLE
do que fazer as coisas que ambos
querem e desfrutam.
Contudo, n��o �� o sexo o ��nico campo
de batallia. Cada decis��o, n��o impor-
Sans��o e Dalila rec��m acabaram de
ta qu��o trivial ela seja, pode desenca-
jantar, �� luz de velas, romanticamente,
dear uma luta pelo poder de decis��o.
em casa e ambos est��o com disposi����o
Enquanto alguns casais realmente se
divertem com estas pequenas. bata-
llias, �� muito mais comum verificar-
se que este cont��nuo estado de espi-
rito de luta pela supremacia, causa
um desgaste no relacionamento do
casal e pode lev��-lo �� exaust��o e ��
ruptura.
(2) A LUTA PELA SUBMISS��O
Jos�� e Jane rec��m acabaram de jantar
romanticamente, �� luz de velas, em
casa e ambos est��o com disposi����o
28 confiss��es
para o amor. Enquanto come��a a tirar
a mesa, Dalila espera que Sans��o diga
que isto pode ficar para depois. N��o
importa o quanto desejosa e esteja,
Dalila jamais dar�� o primeiro passo em
dire����o �� cama. Por outro lado �� justa-
mente esta maneira de agir que Sans��o
mais gosta, pois assim tem a sensa����o
de estar controlando a situa����o. Assu-
mindo o papel de dominador, Sans��o
toma a m��o de Dalila e leva-a para a
cama.
AINDA N��O VIMOS UM
RELACIONAMENTO
AMOROSO QUE ESTIVESSE
TOTALMENTE LIVRE DA
CL��SSICA PERGUNTA:
A QUEM CABE A INICIATIVA?
sem muita vontade, acatar�� suas deci-
Neste tipo de relacionamento h�� um
s��es e vontades. Afinal, quando da
acordo t��cito de que um �� o "senhor "
��ltima vez que ele sentira - vontade
e o outro �� o "escravo". O submisso
de fazer amor, Julieta prontamente
desiste simplesmente do controle em
fechou o livro que estava lendo e co-
favor do outro.
laborou com ele.
Nestas situa����es, a chave para o en-
Estes dois s��o os amantes mais corda-
tendimento �� o. "consentimento"; tos de todos que focalizamos at�� aqui,
mesmo que o referido "escravo" ve-
pois pouco se importam quem �� o
nha a se rebelar contra as decis��es do
"senhor" e quem �� o "escravo," nes-
"senhor" e sua maneira um tanto
te tipo de relacionamento os aman-
��spera de comandar. Com a finali-
tes realmente t��m em mente a parti-
dade de manter o comando das a����es,
lha dos prazeres de controlar a situa-
o dominador na maioria das vezes,
����o amorosa, como tamb��m das ale-
assume as fun����es que normalmente
grias que a submiss��o proporciona.
caberiam ao dominado.
Na verdade, a habilidade de repartir
o controle traz uma esp��cie de com-
pensa����o, uma satisfa����o, por ser
(4) O CONTROLE DIVIDIDO
capaz de seduzir algumas vezes e em
outras de ser seduzido.
Esta partilha de controle requer um
grande equil��brio e uma delicada
Romeu e Julieta rec��m acabaram de
percep����o quanto ��s necessidades do
jantar romanticamente, �� luz de velas,
outro em rela����o ao amor. Geralmen-
em casa, e ambos est��o com disposi����o
te esta estado de coisas tamb��m leva
para amar. No entanto, Julieta est�� mui-
a um tipo de relacionamento que po-
to mais afim do que seu companheiro
der��amos definir como de uma troca
que preferiria ficar vendo televis��o at��
de situa����es bastante prazerosas: "na
mais tarde. Esta noite Julieta decidiu
noite passada foi voc�� quem teve
que exigir�� seus direitos e satisfar��
a iniciativa, meu bem. Hoje, portanto,
seus desejos sexuais, e tomar�� a inicia-
�� minha vez. " �� preciso, no entanto,
tiva de pegar Romeu pela m��o e o
bastante cuidado, pois a repeti����o
conduzir�� para a cama. Este, embora
destas palavras em tom acusat��rio po-
confiss��es29
de perfeitamente quebrar a esponta-
v��vel que voc�� reconhe��a, num de-
neidade e arruinar o clima amoroso.
les, o seu pr��prio estilo de conduta.
Uma vez que a arte de amar est��
em constante evolu����o, voc�� ver��
(5) A IGUALDADE
que, �� medida que cresce e amadu-
rece, tamb��m a sua conduta amoro-
sa varia de acordo com suas neces-
sidades e relacionamentos.
Como exemplo, podemos citar as
Celso e Cora rec��m acabaram um
jantar rom��ntico em casa, �� luz das
mulheres que se sentem realmente
velas e ambos est��o com disposi����o
realizadas no papel de submissas,
para o amor. O n��vel de excita����o ��
embora isto seja mais comum nas
o mesmo para os dois; eles t��m as
jovens. Assim que elas se tornam
mesmas fantasias er��ticas, exatamen-
mais seguras de si mesmas descobrem
te na mesma hora. Para falar a ver-
que o papel de dom��nio tamb��m ��
dade, eles nem sequer precisam de pa-
gratificante. Por outro lado, os ho-
lavras para que haja uma comunica����o.
mens que foram ensinados desde a
Assim, ao mesmo tempo, ambos se
mais tenra idade a ser obrigatoria-
levantam de suas cadeiras e, dando
mente dominadores, muitas vezes se
as m��os, se dirigem para a cama.
surpreendem ao descobrir que, abrir
Esta cena �� mais comum nas telas de
m��o do controle n��o �� t��o amea��a-
cinema e muito pouco comum nos
dor e deprimente quanto eles pen-
lares, na vida real. Celso e Cora s��o
savam que o fosse. Descobrem, isto
na verdade "almas g��meas", este es-
sim, que at�� pode ser bem divertido
e agrad��vel.
�� de extrema import��ncia tratar o
�� IMPORTANTE ABORDAR
tema da domina����o sem as id��ias pre-
O TEMA DO DOM��NIO SEM
concebidas do que �� "bom"e do que
ID��IAS PRECONCEBIDAS DO
�� "mau." Enquanto a maioria das
QUE �� "BOM"E DO QUE ��
pessoas votaria no tipo de "partilha
"MAU".
do controle" ou "igualdade" como
os ideais, a realidade �� que existem
muitos casais vivendo harmoniosa-
p��cimem raro em nossos dias, que
mente dentro de modelos bem me-
querem a mesma coisa, no mesmo
nos igualit��rios. Se nos fosse pedido
instante. Neste tipo de relacionamen-
para definir o amor, alguns de n��s
to n��o h�� necessidade de que haja
diriam: "significa que meu compa-
um dominador e um dominado, por-
nheiro far�� tudo para me agradar."
que cada desejo e cada necessidade
Outras diriam: significa que eu faria
s��o m��tuos.
tudo para agradar meu companhei-
Infelizmente este relacionamento per-
ro. " Muitos abordariam a quest��o
feito aparente pode n��o existir no
do compromisso. Qualquer que seja a
sentido lato da palavra. Enquanto fi-
sua defini����o, lembre-se de que quan-
camos sonhando em encontrar um
to melhor voc�� conhecer a si mesmo,
algu��m que pense e sinta como n��s,
mais equipado estar�� para achar um
seria bem mais realista se aceit��sse-
companheiro que ajustar�� as suas
mos o fato de que duas pessoas n��o
necessidades.
podem permanecer iguais por um gran-
de per��odo de tempo. Os cinco tipos
de dom��nio que descrevemos acima,
certamente n��o esgotam as varieda-
des do relacionamento domina����o/
submiss��o, mas �� mais do que pro-
30 confiss��es
confiss��es 31
I
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