aos leitores que fazem parte
da minha vida.
�� 2016 por M��nica de Castro
�� CoffeeAndMilk/Getty Images
Coordenadora editorial: T��nia Lins
Coordenador de comunica����o: Mareio Lipari
Capa e projeto gr��fico: Jaqueline Kir
Diagrama����o: Rafael Rojas
Prepara����o e revis��o: Equipe Vida & Consci��ncia
1-edi����o��� 1-impress��o
10.000 exemplares ��� junho 2016
Tiragem total: 10.000 exemplares
CIP-BRASIL��� CATALOGA����O NA PUBLICA����O
(SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ)
C359e
Castro, M��nica de
De bem com a vida / M��nica de Castro. 1. ed. ��� S��o
Paulo: Vida & Consci��ncia, 2016.
200 p. : il. ; 21cm.
ISBN 978-85-7722-457-9
1. Castro, M��nica de - Narrativas pessoais. 2. Cr��nica
brasileira. 3. Espiritismo. I. T��tulo.
15-25778 CDD: 133.93
CDU: 133.7
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edi����o
pode ser utilizada ou reproduzida, por qualquer forma ou
meio, seja ele mec��nico ou eletr��nico, fotoc��pia, grava����o
etc, tampouco apropriada ou estocada em sistema de banco
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de 14/12/1973).
Este livro adota as regras do novo acordo ortogr��fico
(2009).
Vida & Consci��ncia Editora e Distribuidora Ltda.
Rua Agostinho Gomes, 2.312 ��� S��o Paulo ��� SP ��� Brasil
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De bem
com a vida!
Um novo olhar sobre o cotidiano
M��NICA DE CASTRO
Sum��rio
1 - Um pouco de mim
7
2 - Leonel
11
3 - Como tudo come��ou
14
4 - Minha rela����o com os animais
19
5 - Por que deixei de comer carne
25
6 - Umbanda, uma religi��o para todos
29
7 - A verdade
34
8 - O duplo et��rico
37
9 - Amai os vossos inimigos
41
10 - A lei do trabalho na evolu����o do
ser humano
45
11 - As formas-pensamento e a moral
do homem
50
12-Feliz Natal
57
13 - A fam��lia espiritual
61
14 - Momento de reflex��o
65
15 - Liberdade pelo perd��o
69
16- ��tica
75
17 - Coragem para viver
79
18 - Liberdade e livre-arb��trio
82
19-0 que �� ser uma crian��a ��ndigo
85
20 - Os animais merecem nosso respeito
93
21 - Para sermos mansos e pac��ficos
97
- Como �� bom sorrir!
105
- Preconceito j�� era
109
- Sobre a mediunidade
112
- Viver com prazer
115
- Ilus��es do mundo
119
- Resistir para qu��?
124
- A verdadeira doen��a da alma
127
- Momento de transforma����o
131
- N��o abandone os animais
135
- Sobre a psicografia
139
- O verdadeiro valor do dinheiro
143
- Preconceito se combate com respeito... 149
- O segredo do padre
153
- Nossa valoriza����o pessoal
155
- Sobre o livro Jurema das matas
161
- As drogas e a repercuss��o espiritual.... 167
- Analisando a vaidade
175
- Nossa atitude diante da mis��ria
181
- Chega de viol��ncia!
187
- Viajar
- Minha ora����o de todos os dias
194
- Se eu tivesse que escolher.
196
191
1
Um pouco
de mim
Nasci numa ter��a-feira, 10 de julho de
1962, no ent��o estado da Guanabara. Morei na
Tijuca a minha vida quase inteira. Minha inf��ncia
foi de liberdade: numa ��poca em que
assaltos eram coisa rara, vivia solta pela rua,
brincando com amigos, andando de bicicleta,
sem que nada de ruim nos acontecesse.
Estudei no Instituto de Educa����o do Rio
de Janeiro. L��, fiz jardim, CA, prim��rio, gin��sio
e primeiro ano normal. Amava o col��gio.
Tanto que, quando minha m��e queria me obrigar
a comer, me amea��ava: "Se n��o comer,
n��o vai para a escola". Pronto. Comia tudo.
Adorava ler e escrever. Ainda no gin��sio,
aos 11 anos, escrevi minha primeira poesia. A
partir da��, passei a desenvolver a escrita, buscando
aperfei��oar-me cada vez mais. Escrevia
poemas, textos e at�� alguns contos. Fiz, inclusive,
alguns versos de amor sob encomenda.
Aos 13 anos, ganhei um concurso de
poesias patrocinado pela Editora ��tica. Ao todo,
tenho 10 cadernos e 599 escritos, entre prosa
e verso.
At�� 1995, escrevia com bastante frequ��ncia.
Depois, passei a um ou dois versos por
ano, at�� que, em 2007, encerrei de vez essa
fase. Talvez o 600Q poema esteja aguardando
um tema especial.
Paralelamente a tudo isso, minha mediunidade
foi se desenvolvendo. Desde crian��a,
via e ouvia esp��ritos. E como todo mundo na
minha casa era m��dium, produz��amos muitos
efeitos f��sicos. Eram copos que andavam,
chuveiros que se abriam sozinhos, luzes que
se acendiam. T��nhamos um gato que vivia
arrepiado, coitado! Com o tempo, gra��as a
Deus, isso parou.
Escrever sempre foi a minha vida. Por isso,
me perguntava por que n��o produzia mais
nada. Sabia que o dom ainda existia, mas n��o
tinha mais inspira����o.
Hoje compreendo que o Leonel estava
me preparando para, mais tarde, desenvolver
com ele essa tarefa no campo da literatura
espiritualista.
Em 1979, fui para o Instituto Guanabara,
a fim de me preparar para o vestibular. Terminei
o segundo grau e passei no vestibular para a
UFF (Universidade Federal Fluminense), em
Niter��i, no ano de 1981. Queria ser jornalista.
N��o gostei do curso. Tranquei matr��cula e
me matriculei em um cursinho para fazer novo
vestibular, dessa vez para Direito. Classificada
na UERJ (Universidade do Estado do Rio de
Janeiro), formei-me em 1988.
Depois, fiz concurso para v��rias coisas.
O primeiro em que passei foi para Procurador
da Fazenda Nacional e fiquei lotada em
Limeira, no interior de S��o Paulo. Gostava da
cidade e das pessoas, mas ent��o, em dezembro
de 1993, fui aprovada no concurso para
o Minist��rio P��blico do Trabalho e voltei para
o Rio de Janeiro.
Mais tarde, tornei-me m��e, a experi��ncia
mais gratificante que j�� tive. Amo o meu filho
acima de tudo neste mundo (e em outros
tamb��m). E somente quando ele j�� tinha um
aninho de vida foi que comecei a psicografar,
sem nem saber que o fazia.
Desde ent��o, n��o parei mais. E n��o pretendo
parar. Talvez, quando ficar bem velhinha,
mas s�� se a minha cabe��a falhar. Se n��o, vou
continuar por aqui mais um tempo.
Eu adoro a informalidade. Gosto de coisas
simples, sem muita frescura, sem exageros
nem etiquetas bobas. Aprecio a beleza e as
coisas boas porque me fazem sentir bem comigo
mesma, me d��o conforto, alegria, mas n��o
s��o a prioridade na minha vida nem o que
possuo de mais importante.
Meu ambiente de trabalho j�� �� superformal,
por isso, fora dele, gosto de me ver livre
do rigor das normas. Gosto de ser chamada
de voc��, porque senhora n��o me faz sentir
mais velha, mas d�� a impress��o de que sou
intoc��vel por ser justamente o oposto do que
sou: formal.
Estamos todos no mesmo barco, n��o precisamos
nos distanciar com cerim��nias. Vamos,
ao contr��rio, nos aproximar cada vez mais pelo
amor e o respeito, que dispensam as formalidades
e os tratamentos cerimoniosos.
Sou algu��m que prioriza o conte��do em
lugar das formas, por isso, quando o outro possui
em seu interior bondade, alegria, amor e
outros bons sentimentos, �� disso que eu gosto.
2
Leonel
Leonel n��o �� apenas um esp��rito que
me envia psicografias. Muito mais do que isso,
�� um amigo, algu��m com quem posso contar e
que costuma, por vezes, me dar inspira����es
sobre coisas comuns do meu dia a dia.
No passado, foi escritor, poeta, alma
sens��vel e muito �� frente de seu tempo, como
costumam ser todos os poetas. Viveu na
Inglaterra em sua ��ltima encarna����o na qual
foi escritor. Era um bo��mio, um homem que
vivia pelas letras e para as letras, mas cuja
paix��o por outra escritora levou-o �� ru��na e
ao esquecimento.
Quem tiver curiosidade e interesse, basta
ler Segredos da alma, onde tudo o que lhe
aconteceu est�� narrado ali. Por mais que possu��sse
talento, n��o chegou a alcan��ar a fama,
muito embora jamais tivesse desistido de viver.
Desencarnado, rapidamente ganhou compreens��o
das coisas da vida. Entendeu seus
processos de amadurecimento, passou algum
tempo na espiritualidade, at�� que pediu e
obteve permiss��o para retornar em esp��rito
e dividir comigo essa tarefa.
Somos dois escritores unidos pelo mesmo
ideal, e o que nos separa �� apenas o plano
que cada um de n��s habita.
Nosso objetivo, contudo, �� comum, ou
seja, ajudar o maior n��mero de pessoas poss��vel,
para que elas promovam o seu auto-
crescimento e, com isso, tenham uma vida
melhor.
Um dia, al��m de sempre sentir a sua
presen��a, pude conhecer sua apar��ncia astral.
�� um rapaz bonito. Cabelos negros e fartos,
com fei����es delicadas e olhos azuis. Estatura
mediana, magro, veio vestido de cal��a e uma
bata brancas, descal��o e com ar tranquilo.
Tinha um rosto t��o sereno que me contagiou.
Disse coisas que modificaram para sempre o
meu modo de encarar certos aspectos da vida.
Considero Leonel mais um batalhador do
invis��vel. Um esp��rito com enorme sabedoria
e inigual��vel capacidade de amar. Um ser em
evolu����o que conhece o caminho para o
crescimento e sabe onde est�� a fonte do discernimento
e da moral. Uma alma que cresce
por meio do esfor��o pr��prio, do reconhecimento
de suas imperfei����es e da busca incessante
do dom��nio sobre si mesmo.
E �� nisso, acima de tudo, que reside o
seu valor.
3
Como tudo
come��ou
Meu primeiro contato com a psicografia
foi uma coisa estranha. Eu sempre sonhei escrever
um livro, embora n��o me julgasse capaz.
Ent��o, um dia, abri um romance, cuja personagem
principal se chamava Rosalia. Na
minha cabe��a, um nome parecido n��o parava
de ecoar: Rosali (que veio a ser o nome da personagem
do meu primeiro livro).
Fui acometida de uma vontade louca de
escrever, mas resisti. A vontade foi aumentando,
aumentando, e eu n��o me atrevia, talvez em
fun����o da desvaloriza����o com que tratamos
as nossas habilidades.
Ficava repetindo para mim: "Quem sou eu
para escrever um livro? Ningu��m vai ler, n��o
vai dar em nada, vai ficar uma porcaria..."
Por outro lado, uma voz interior me dizia
que n��o custava tentar. 0 m��ximo que poderia
acontecer era n��o dar em nada.
Sentei-me ao computador e iniciei o trabalho.
Para minha surpresa, a hist��ria fluiu com
a maior naturalidade. Como eu estava acostumada
a escrever sobre qualquer coisa, nem me
passou pela cabe��a que estivesse psicografando.
Escrevi o livro inteiro assim, la escrevendo
os cap��tulos e mostrando �� minha m��e e aos
amigos, que me deram a maior for��a.
Terminado o romance, Leonel se apresentou.
Mandou-me uma psicografia, falando um
pouco sobre si mesmo. Fiquei maravilhada!
Nunca havia ouvido falar nele, mas senti como
se f��ssemos velhos amigos. Abracei a tarefa
com entusiasmo, dando o melhor de mim.
Aos poucos, fui descobrindo como era
gratificante conciliar dois talentos: o de escritora
e o de m��dium.
Pronto o livro, veio a pergunta: o que fazer?
Um amigo me aconselhou a enviar para a Vida
& Consci��ncia, mas eu achei que era demais
para mim. Achava que a Zibia Gasparetto
nunca leria nada que eu escrevesse. Resolvi
ent��o mandar para outra editora.
Em algum tempo, obtive resposta. Gostaram
do livro, mas eu teria que reduzi-lo a um
quarto do tamanho e retirar uma passagem
que falava sobre homossexualidade. Diziam,
inclusive, que havia preconceito da autora (!).
Pode parecer inusitado, mas �� verdade.
Recusei-me a mutilar minha obra e enchi-
me de coragem. Enviei para a Vida &
Consci��ncia. Quase n��o acreditei quando me
disseram que o livro ia ser publicado. Viajei a
S��o Paulo, me emocionei muit��ssimo quando
conheci Zibia. Fechado o contrato, veio Uma
hist��ria de ontem, sem qualquer mutila����o,
em seu tamanho original.
A t��tulo de curiosidade, quem descobriu
o meu livro foi o Marcelo Cezar. Conta ele
que, ao avaliar originais enviados �� editora,
sentiu a presen��a de um esp��rito insistindo
para que ele pegasse o meu. Era o Leonel,
��bvio. Marcelo leu, gostou e tudo aconteceu.
E eu nem sabia desse detalhe.
No ano seguinte, com o lan��amento de
Sentindo na pr��pria pele, eu estava lendo um
livro dele, S�� Deus sabe, quando ele me ligou.
Coincid��ncia? Acho que uma ajudinha do
destino, porque o Marcelo hoje �� um dos meus
melhores amigos. Conversamos, nos demos
superbem sem nem nos conhecermos.
Ent��o, ele veio ao Rio para o lan��amento
do livro. Era como se nos conhec��ssemos
desde sempre. Hoje posso dizer que esse encontro
foi uma das melhores coisas que
aconteceram na minha vida.
E, sem exageros, digo tamb��m que o
Leonel �� parte fundamental na minha trajet��ria.
Somos como um, atuamos em perfeita sintonia,
verdadeira simbiose que, por vezes, me
impede de separar o que �� meu e o que ��
dele, fato que antes me incomodava.
Questionada sobre como sabia o que era
meu e o que era dele, ficava confusa e insegura.
Tinha medo de estar me enganando, de achar
que psicografava, mas que, na verdade, escrevia
tudo sozinha. E a��, como �� que ficava?
Estaria eu, mesmo inconscientemente, enganando
as pessoas?
Hoje, contudo, esse questionamento n��o
me incomoda mais. A conselho do pr��prio
Leonel, deixei de pensar nisso. Disse-me ele
para s�� me importar com o resultado. Se as
mensagens do livro s��o boas para as pessoas,
se as ajudam a viver melhor, �� o que
importa. Quem escreveu �� mero detalhe.
Na verdade, Leonel traz todas as hist��rias.
Pela linguagem do pensamento, que n��o precisa
de palavras, me transmite, em linhas gerais,
o que vai acontecer. ��s vezes, vejo imagens,
cenas que vou descrevendo. Junto tudo, construo
as frases e submeto-as a ele. Se ficar do
jeito que ele quer, ��timo, podemos editar. Se
n��o, tenho que fazer de novo. E fa��o, com a
maior boa vontade e confian��a.
N��o escrevo para viver. Escrevo porque
gosto, porque acredito levar algum bem para
as pessoas. Ajudando-as a se melhorar, a ser
mais felizes, vou aumentando minha felici
dade tamb��m.
�� pelas nossas conquistas que a vida vale
a pena, e s�� se pode chamar de conquista as
coisas boas que aprendemos.
Minha rela����o
com os animais
N��o fa��o nenhum segredo do quanto
gosto de animais. Durante a minha vida, tive
muitos: gatos, cachorros e peixes. Ter animais
�� tudo de bom, e aproveito para falar um pouquinho
de alguns desses companheirinhos
que cruzaram o meu caminho.
Acho que muitos j�� sabem o quanto
gosto de animais. De todos eles. De uns, gosto
mais do que de outros, mas admiro a pureza
que eles possuem.
Os animais n��o mentem, n��o matam por
esporte, prazer ou maldade, n��o fingem ser o
que n��o s��o para obter vantagens. S��o espertos,
sim, mas a esperteza de alguns vem do instinto
de sobreviv��ncia, da necessidade de afeto, da
luta por aten����o. Alguns deles s��o muito parecidos
conosco. Sentem ci��mes, raiva, fazem
pirra��a, malcria����o, s��o possessivos e at�� rabugentos.
Mas t��m algo que �� comum a todos
os que convivem conosco. Possuem afeto.
N��o sou aquele tipo de pessoa que prioriza
os animais em detrimento do ser humano.
Acho que h�� lugar para todos no mundo, e
o sol brilha igualmente para minerais, plantas,
animais e os homens. E se gosto de fazer bem
aos animais, o que dizer das pessoas?
Os animais s��o muito especiais. Quando
adotamos um animal, ele passa a ser responsabilidade
nossa. �� uma troca estimulante e
imensamente compensadora. C��es e gatos,
principalmente, s��o grandes companheiros.
N��o tenho prefer��ncia por p��ssaros,
tenho pena de v��-los engaiolados. Prefiro v��-
los nas ��rvores, livres, usando as asas para
realizar aquilo para que foram feitas: voar.
Adoro peixes, mas desisti de t��-los porque d��
muito trabalho cuidar de aqu��rio, e eu j�� n��o
tenho mais a disponibilidade ou a paci��ncia
que tinha antes.
Desde crian��a, tive contato com os bichinhos.
Na minha inf��ncia, morava numa casa
grande na Tijuca, com um quintal imenso
(tinha at�� goiabeira, coqueiro e abacateiro).
A�� come��aram os gatos. Chegamos a
ter onze no total, al��m dos cachorros da minha
av��. Na hora da comida, era uma farra.
Minha m��e colocava duas bacias de carne com
arroz (naquela ��poca n��o tinha ra����o), e eles as
rodeavam para comer. Era muito engra��ado.
Eu, que vivi solta e livre, de p�� no ch��o e
brincando na rua, adorava me enroscar com
os gatos. Pegava o mandachuva da gataria
e subia com ele na goiabeira. Chamava-se
Bilo, um gato grande, robusto, malhado. Permanec��amos
l�� um temp��o, at�� ele ficar de
saco cheio e me dar umas boas unhadas nas
m��os para que eu o largasse. Eu nem ligava.
Soltava o bichano e ia brincar de outra coisa.
Mais tarde, foi a vez da cadela pastor
alem��o. Samanta era muito linda, meiga, amiga,
companheira. Foi uma pena quando morreu.
Ela teve um problema (n��o me lembro qual) e
precisou passar por uma cirurgia. Em casa,
teve uma complica����o �� noite, e n��o conseguimos
um veterin��rio de plant��o para lev��-la.
Minha m��e e eu passamos a noite acordadas
com ela, e quando chegou de manh��, meu
irm��o j�� estava tirando o carro quando ela
simplesmente deu um suspiro e morreu. Foi
muito triste... Ela deixou saudade.
Nesse meio, vieram mais alguns gatinhos,
mas n��o marcaram tanto.
J�� adulta, achei que era melhor, ent��o,
ter um aqu��rio. Era lindo, cheio de peixinhos
coloridos. Eu amava ficar olhando-os nadar,
tinha um efeito calmante estupendo. Um dia,
veio a praga. Um fungo, bact��ria, sei l��, tomou
conta do aqu��rio. Mesmo colocando rem��dio,
morreram quase todos os meus peixes.
Anos depois, comprei outros, agora para
o meu filho. Mas o trabalho era muito, e eu
devolvi todos os peixes para a loja. M��e �� bicho
bobo mesmo. Sempre acredita quando
o filho diz que vai cuidar do bichinho e acaba
ficando com o trabalho todo pra ela.
Um dia, ganhei um cachorro, um coker
spaniel chamado Yuri. Ele vivia agarrado
comigo, dormia na minha cama, com a cabe��a
sobre a minha barriga. Quando meu filho
nasceu, foi um problema. L�� foi o Yuri para a
casa da minha m��e. Ele acabou me trocando
por ela, nunca mais voltou para a minha casa.
Morreu alguns anos depois, com a doen��a
do carrapato. Tamb��m foi terr��vel. Fizemos de
tudo, at�� hemodi��lise e transfus��o de sangue.
N��o adiantou. Doencinha danada, essa.
Meu xod�� mesmo foi a Lu��za, uma gatinha
preta, felpuda, malcriada e muito brava. N��o
gostava de ningu��m, arranhava todo mundo,
menos a mim. �� noite, costumava sair do apartamento
e subir para o telhado do pr��dio,
onde ficava at�� quase de manh��. Era ca��adora,
muito ��gil, apesar de castrada. O problema ��
que tinha bronquite. Morreu aos seis anos,
com uma crise t��o violenta, que nem deu tempo
de socorr��-la. Como eu chorei!
Agora, tenho uma duplinha em casa.
Primeiro veio o Toby, um c��o da ra��a shitsu
que �� uma gra��a. Quando ele chegou (ca�� mais
uma vez na conversa do meu filho e comprei o
cachorro), a Lu��za ainda era viva e logo tratou
de mostrar a ele quem �� que mandava no
peda��o. Era s�� ele bobear, que l�� vinha ela
com uma patada no focinho dele, coitado.
Resultado: o cachorro tem trauma de gato
at�� hoje.
Tentei depois uma outra gatinha, sagrado
da Birm��nia, mas n��o deu. Como todo gato,
ela logo percebeu que o Toby tinha medo dela
e aproveitou para se impor. Ela era pequenininha,
tinha s�� dois meses, mas dava cada
bote nele...! O Toby ficou t��o deprimido com
a presen��a dela, jogado pelos cantos, que n��o
vi outra sa��da, a n��o ser dar a gatinha para
algu��m que cuidasse bem dela.
Agora, finalmente, consegui uma outra
gatinha, vira-lata mesmo, branquinha, de olhinhos
azuis. O nome dela �� Suzy, tem pouco
mais de um m��s, �� muito meiguinha, mansinha
toda vida! Ela n��o implica com o Toby,
mas ele ainda tem medo dela. Est�� se acostumando,
acho que vai dar tudo certo.
Muita gente diz que n��o quer ter bichos
porque eles morrem e a gente fica sofrendo.
�� fato, mas tudo morre nessa vida. Eu lido
bem com essa coisa de morte, muito pelo fato
de ser esp��rita. Por isso, embora fique triste
quando eles morrem, a tristeza passa, mas
o amor por eles permanece.
Gosto de cachorros, mas adoro gatos!
Os animais nos ajudam muito a desenvolver a
afetividade, d��o responsabilidade ��s crian��as
(a muito custo, �� claro), fazem companhia,
auxiliam os idosos a se sentir ��teis e combater
a solid��o.
Respeit��-los �� dever de todos n��s. Nada
de maltrat��-los, de bater neles, abandon��-
los nem arrast��-los pela rua. Eles s��o seres
vivos, sentem dor, tristeza, decep����o.
Quem n��o gosta de animais ou n��o tem
paci��ncia n��o deve t��-los. Ningu��m �� obrigado
a ter um bichinho, muito menos a gostar dele.
Mas respeito �� fundamental.
Eu, que j�� aprendi como �� importante
respeitar a tudo e a todos, fico muito triste quando
os vejo serem tratados sem amor.
Amo os animais tanto quanto amo viver,
porque eles s��o uma parte muito boa da vida.
5
Por que deixei
de comer carne
Sem pretender fazer qualquer tipo de
julgamento, mas apenas relatar por que deixei
de comer carne.
H�� algum tempo, costumava ser uma
pessoa bem carn��vora, embora achasse que
n��o dev��amos comer os animais.
Sempre achei que eles tinham direito ��
vida, como qualquer um de n��s. Ainda mais,
sendo espiritualista, meu conhecimento sobre
a alma dos animais me deixava com um certo
sentimento de culpa, no entanto, por mais
que pensasse assim, n��o conseguia deixar
de comer, adorava um bom churrasco. At�� que,
um dia, algo aconteceu...
Foi numa viagem que fiz com meu filho a
Conservat��ria, em julho de 2007. O lugar ��
lindo e fomos visitar um hotel-fazenda. Muito
legal, at�� que me deparei com uma porquinha
presa num cercado. Ela era imensa de gorda,
presa, em p��, entre grades que n��o lhe
permitiam ir para a frente nem para tr��s, nem
se sentar ou deitar.
Durante algum tempo, permaneci parada,
olhando para ela, meio em choque. Em meu
��ntimo, sabia o que aquilo significava: ela estava
sendo engordada para morrer. O ��nico
significado de sua vida era a morte.
Acho que ela tamb��m sabia disso, porque
pareceu que era o que tentava me dizer. Por
uns instantes, nossos olhares se cruzaram.
Pode parecer estranho ou birutice, mas, naquele
olhar, ela me disse alguma coisa. Havia
tristeza nele e, ao mesmo tempo, resigna����o,
como se ela compreendesse a inevitabilidade
do que estava para acontecer.
Mesmo assim, ela quis me transmitir a
sua dor, uma dor que eu captei com uma pontada
no cora����o. Meus olhos se encheram
de l��grimas, fiquei olhando para ela durante
um bom tempo, pensando na injusti��a e na
crueldade de tudo aquilo. N��o me pareceu
correto criar um ser vivo para conduzi-lo ��
morte. Achei cruel, injusto, covarde.
Como tive vontade de soltar aquela porquinha!
Infelizmente, n��o podia. A fazenda n��o
me pertencia, e n��o sou o tipo de pessoa que
desrespeita a lei, j�� que, em meu trabalho,
tenho por fun����o, justamente, defender a lei.
Por mais que ache que os animais t��m
direito �� vida, assim como n��s, entendo que,
aos olhos do Direito, eles s��o apenas coisas
m��veis, semoventes. S��o propriedade de algu��m,
e ferir o direito de propriedade era algo
que eu n��o podia fazer.
Certo ou n��o, sou uma pessoa que respeita
as leis, ainda que elas n��o me agradem,
me fa��am sofrer ou me causem indigna����o,
porque sou, eu mesma, uma pessoa da lei.
Ent��o, na situa����o em que eu estava, n��o
me restava alternativa sen��o lamentar o que
ia acontecer. Do outro lado, meu filho, na ingenuidade
de seus oito anos, brincava com
alguns porquinhos, postos num cercado para
divertimento dos visitantes. Todos filhotinhos,
gritavam e corriam, com as crian��as atr��s.
Meu filho n��o sabia, e nem aqueles filhotinhos,
que, num futuro bem pr��ximo, teriam a vida
ceifada para servir de alimento a algu��m. Olhando
para eles, chorei.
Daquele dia em diante, nunca mais consegui
p��r um peda��o de carne vermelha na
boca. Ainda como frango e peixe, embora n��o
fa��a isso com vontade. Tenho mesmo que me
for��ar a comer, porque n��o sinto prazer, mas
preciso me alimentar, preciso de prote��na e,
infelizmente, n��o me dei bem com a soja.
N��o estou aqui para julgar quem come
carne. N��o �� isso que mede o car��ter de uma
pessoa. H�� muitas pessoas que comem carne
e s��o boas, enquanto h�� vegetarianos radicais
e fan��ticos, que querem, a todo custo,
impor a sua verdade.
J�� dizia Jesus Cristo que o mal n��o est��
no que entra, mas no que sai pela boca do
homem. N��o adianta nada n��o comer carne
e maltratar os outros, falar mal da vida alheia,
mentir, enganar e coisas do g��nero.
O que conta no car��ter de uma pessoa
�� o tamanho da sua dignidade.
Este �� apenas um relato do que aconteceu
comigo. N��o recrimino quem come carne,
n��o julgo, n��o discrimino, tampouco tento
convencer ningu��m a deixar de comer. Quem
dera que o maior mal do mundo fosse esse.
N��o haveria ningu��m matando nem roubando,
nem fazendo guerras.
Na verdade, n��o falo nada, porque cada
um sabe o que �� melhor para si. Eu apenas
fiz uma escolha e respeito as escolhas do
pr��ximo.
E minha escolha n��o foi nenhum tipo
de imposi����o nem esfor��o. Deixei de comer
carne n��o porque me obriguei a isso mas,
simplesmente, porque n��o consigo mais.
E n��o tenho vergonha de dizer que eu
amo os animais.
6
Umbanda,
uma religi��o
para todos
A Umbanda �� uma religi��o livre de preconceitos
e acess��vel a todos, sem qualquer
tipo de distin����o. Para conhec��-la, basta abrir
o cora����o.
O preconceito decorre sempre da ignor��ncia.
Quando conhecemos a raz��o, o objetivo
e o fundamento de alguma coisa, ela se
desvenda aos nossos olhos e nos revela a
sua ess��ncia, e a�� estamos em condi����es de
compreender. Depois que compreendemos
algo, s�� continuamos no preconceito se quisermos.
Se nos interessar.
Muitos dizem que compreendem, mas
n��o aceitam. Se n��o aceitam, �� porque, realmente,
n��o compreendem. Entendem com
a raz��o, como se somassem dois mais dois.
Mas se esse entendimento n��o passa
pelo cora����o, o resultado �� uma equa����o fria e
impessoal, onde a resposta surge mais da
l��gica das apar��ncias do que propriamente
da percep����o da natureza das coisas.
Assim �� com a Umbanda, a religi��o brasileira
por excel��ncia e que sempre foi alvo
de todo tipo de preconceito.
Muito se tem falado a respeito desse
culto e de seus rituais e, atrav��s dos anos, a
Umbanda sofreu (e sofre ainda hoje) ataques
veementes por parte daqueles que n��o conseguem
ainda se desapegar de velhos conceitos.
Se acreditarmos que tudo na vida tem um
porqu��, veremos que a Umbanda tamb��m
tem os seus motivos. Afinal, Deus �� onipresente,
e ningu��m h�� de se atribuir o privil��gio
de ser exclusivo na transmiss��o de Sua mensagem,
que �� a mensagem do amor.
N��o s�� a Umbanda, como qualquer pr��tica
religiosa voltada para o bem e o cultivo
dos verdadeiros valores do esp��rito, est�� apta a
transmitir a palavra de Deus.
Antigamente, tratava-se a Umbanda como
religi��o dos pobres e ignorantes, daqueles
que, sem conhecimento ou cultura, buscavam
uma sa��da milagrosa para seus problemas
e afli����es.
Sem valida����o cient��fica ou mesmo religiosa,
a Umbanda era vista como uma pr��tica
fetichista que oferecia uma solu����o baseada
mais na indu����o do que na efetiva resolu����o
das dificuldades.
Em troca de agrados, o interessado poderia
obter uma gra��a ou benesse. E, se
conseguia um efeito positivo, isso nada mais
era do que mera coincid��ncia ou resultado
de pr��ticas mais seguras, como tratamentos
m��dicos, por exemplo.
Nada disso �� totalmente errado. A Umbanda
��, efetivamente, uma religi��o de pobres
e ignorantes. Mas �� tamb��m de doutores e
ricos, de brancos e negros, de homens e mulheres,
de enfermos e s��os, de h��tero e homossexuais...
��, enfim, uma religi��o para todos.
Porque a Umbanda desconhece o preconceito
e as diferen��as sociais. Nela, h��
espa��o para todo tipo de gente, para todo
aquele que esteja em busca do autoconhecimento
e de uma vida melhor.
Sem abandonar a ess��ncia da doutrina
de Jesus, adota pr��ticas que vieram dos negros
e dos ��ndios, numa clara demonstra����o
de que todos estamos em busca da mesma
verdade divina.
Porque tudo, em realidade, �� uma coisa
s��. Deus n��o criou religi��es nem fez qualquer
distin����o entre as que foram criadas
pelo homem.
�� o pr��prio homem quem estabelece
essas diferen��as, julgando agradar a Deus
mais do que o seu irm��o, quando, na verdade,
a ��nica coisa que agrada a Deus �� a pr��tica
constante do amor.
Do amor decorrem a amizade, o respeito,
a compreens��o, a caridade, a harmonia e
outros tantos sentimentos nobres. Ent��o, estaremos
em equil��brio com as for��as divinas
sempre que imbu��dos dessas qualidades. N��o
importa que religi��o professemos: esp��rita,
protestante, budista, umbandista, cat��lica, ou
religi��o alguma...
O que realmente tem import��ncia ��
com o quanto de amor estamos dispostos
a contribuir para a melhora do mundo. Essa
�� a verdadeira religi��o, a ��nica que pode
nos religar a Deus.
Por isso, devemos nos despir do preconceito
e nos permitir conhecer e respeitar
todo tipo de religi��o. Todas t��m alguma coisa de
bom. Podem n��o ser a mais condizente com
os nossos anseios ou com a nossa intelig��ncia,
ou com a nossa sensibilidade.
Mas atendem aos anseios, �� intelig��ncia
e �� sensibilidade de algu��m, e quem somos
n��s para dizer que o que sentimos �� onde
est�� a raz��o? Sem cr��ticas, preconceitos ou
ideias preconcebidas, todos temos a lucrar
com novos conceitos e novos valores, que,
na maioria das vezes, falam direto ao nosso
cora����o.
Que aqueles que ainda n��o conhecem a
Umbanda possam desanuviar suas mentes
e se permitir conhecer as suas pr��ticas e os
seus fundamentos. Esta �� uma religi��o que n��o
discrimina, n��o julga e recebe todos de bra��os
abertos, como irm��os, filhos e amigos.
7
A verdade
A verdade �� um dos maiores valores que
o ser humano pode cultivar e deve sempre
ser revelada com amor e serenidade.
A verdade �� um dos valores eternos e
inalien��veis do esp��rito, e deve ser l��mpida
e pura, transparente qual um fio de ��gua que
escorre da pedra.
H�� de ter tamb��m um grau elevado de
serenidade, sem abrir m��o da firmeza, porque
falar com aspereza nem sempre �� sinal
de ser firme.
Quando um mestre diz uma verdade,
ele n��o se altera, porque a verdade, por si s��,
�� tranquila e n��o necessita de defesas inflamadas,
porque ela pr��pria �� a voz da defesa
de si mesma.
Se a verdade agride, ela n��o �� propriamente
verdade. �� mais uma arma de coa����o
ou intimida����o do que uma amostra simples
das coisas.
Dizer a verdade n��o �� submeter ou humilhar,
mas colocar cada coisa em seu lugar
de forma simples e amorosa. Ningu��m atira
um enfeite de cristal sobre a prateleira, porque
ele se quebra. �� preciso tratar o cristal com
amor e cuidado, porque ele �� um ser sens��vel,
e aquele que o manuseia �� respons��vel
pela sua integridade.
Da mesma forma, n��o devemos simplesmente
atirar a verdade sobre o outro como se
ela fosse um bloco de concreto. Se assim o
fizermos, ela se partir�� em fragmentos sem
sentido, e a prateleira a qual se destinava
permanecer�� vazia. N��o ter��, portanto, nenhum
efeito, ou poder�� surtir efeito contr��rio, rompida
em pedacinhos que cortam e ferem com raiva,
m��goa, frustra����o.
Lembremo-nos sempre de que a verdade
�� o estado natural de todas as coisas, e
n��o se ouve falar em mentiras da natureza. A
natureza flui; o homem pensa. Se pensa,
programa, e nem sempre aquilo que ele programa
sai conforme a verdade.
A natureza se permite ser estudada a
qualquer tempo, porque n��o inventa coisas
para enganar o observador.
O ��nico ser que engana quem o observa
�� o ser humano. E, como o maior observador
do homem �� a sua consci��ncia, concluimos
que ele sempre engana a si mesmo.
Que a verdade pura e serena possa se
estabelecer em nossos cora����es como mais
um dos muitos caminhos que elevam o homem
�� consci��ncia de Deus.
8
O duplo
et��rico
Como o nome sugere, o duplo et��rico
�� uma r��plica sutil do nosso corpo f��sico, onde
se situam os chakras et��ricos e de onde os
esp��ritos extraem o ectoplasma para a realiza����o
de diversos fen��menos medi��nicos,
em especial, a materializa����o.
Todo mundo j�� ouviu falar em duplo et��rico,
embora nem todos saibam bem o que isso
significa. Esse pequeno texto visa a dar uma
amostra geral do que seria o duplo et��rico, sem
ter a pretens��o de se tornar um tratado cient��fico
nem uma abordagem completa do assunto.
Nosso corpo f��sico �� constitu��do de mat��ria
s��lida, l��quida, gasosa e uma parte mais
sutil, formada pelas mat��rias et��rica, superet��rica,
subat��mica e at��mica. As subst��ncias
s��lidas, l��quidas e gasosas formam o corpo
denso, e a contraparte mais sutil constitui
o corpo et��rico ou duplo et��rico. Esse duplo
interpenetra o corpo f��sico e �� uma duplicata
exata deste.
A qualidade do duplo et��rico acompanha
a do corpo f��sico, e ele ser�� tanto mais puro
quanto mais cuidados tivermos com o nosso
corpo f��sico. Possui cor roxa ou azul acinzentadas,
de pouca luminosidade e densidade
mais ou menos grosseira, conforme o grau
de purifica����o do corpo f��sico que lhe corresponde.
N��o pode ser captado pelas lentes das
c��meras fotogr��ficas comuns, mas uma defini����o
de seu contorno pode ser obtida pela
famosa fotografia Kirlian.
O duplo et��rico est�� t��o intimamente ligado
ao corpo f��sico que as les��es sofridas por
este repercutem naquele.
Assim por exemplo, nas amputa����es, em
que �� comum ao indiv��duo sentir dor ou mesmo
coceira no membro amputado. Isso se deve
ao fato de que a contraparte et��rica daquele
membro n��o desaparece com a extra����o da
parte f��sica, fato que pode ser observado por
clarividentes mais treinados.
O duplo et��rico possui duas fun����es b��sicas.
A primeira �� de absorver e distribuir a
energia ou fluido vital proveniente do sol, chamada
prana, por todo o corpo f��sico. A segunda
�� servir de intermedi��rio entre o corpo f��sico
e o astral, transmitindo a este as impress��es
captadas pelos nossos cinco sentidos f��sicos.
Mas n��o pode servir de ve��culo independente
da consci��ncia. Todos n��s temos sete
corpos ou ve��culos, atrav��s dos quais podemos
nos manifestar na natureza. Cada um desses
corpos possui caracter��sticas pr��prias e uma
certa independ��ncia que o duplo n��o possui.
Longe do corpo f��sico, ele se desagrega
e perece.
Na superf��cie do duplo est��o situados os
chakras et��ricos, a uma dist��ncia de aproximadamente
seis mil��metros do corpo f��sico.
Os chakras s��o v��rtices em forma de sino ou
flor e s��o a porta pela qual o c��rebro pode
tomar contato com os mundos sutis, como
ocorre com a clarivid��ncia, por exemplo.
�� atrav��s dos chakras que flui a energia
essencial �� sobreviv��ncia do duplo et��rico. ��
por seu interm��dio, tamb��m, que s��o realizadas
as duas fun����es do duplo et��rico: s��o os
chakras que absorvem e distribuem o prana
do corpo f��sico ao duplo et��rico, e transmitem
�� consci��ncia f��sica a qualidade pr��pria do
correspondente chakra astral.
Quando vivemos experi��ncias no plano
astral (mundo dos sonhos ou dos desencarnados),
podemos ou n��o ret��-las em nossa
mem��ria. Quando os chakras et��reos est��o
totalmente desenvolvidos, o c��rebro ret��m
essas viv��ncias.
Ao contr��rio, se ainda n��o se desenvolveram,
o duplo et��rico n��o consegue passar
as lembran��as do mundo astral ao f��sico, e de
nada nos recordamos ao acordar.
O duplo et��rico possui tamb��m importante
papel nos processos medi��nicos. �� dele,
por exemplo, que o esp��rito retira o ectoplasma
com que proceder�� aos fen��menos de materializa����o.
Somado ao fluido astral, o duplo et��rico
tamb��m propicia os chamados fen��menos
de efeitos f��sicos, como ru��dos e movimentos de
objetos s��lidos.
Kardec se refere ao duplo et��rico como
fluido animalizado, que pode ser separado do
corpo f��sico apenas momentaneamente, permanecendo
ligado a ele por um t��nue cord��o
de prata. Se esse cord��o se rompe, a separa����o
�� definitiva e ocorre a morte do indiv��duo,
em face da cessa����o de distribui����o do fluido
vital pelo corpo f��sico.
No momento da morte, o duplo n��o se
afasta definitivamente do corpo f��sico, mas permanece
pairando sobre ele, formando ent��o
um espectro que em breve ir�� se decompor.
A alma ent��o est�� pronta para vivenciar a
vida astral em sua plenitude, preparando-se
para uma nova etapa reencarnat��ria.
9
Amai
vossos inimigos
Tudo o que apontamos em nossos inimigos,
na verdade, apontamos em n��s mesmos.
Porque n��o existem, realmente, inimigos,
mas seres que, assim como n��s, possuem
seus medos e dificuldades a vencer.
(Cap��tulo XII de O Evangelho
Segundo o Espiritismo)
Um inimigo n��o �� algu��m para se odiar
ou repudiar. N��o �� uma pessoa m��, mesquinha
ou cruel. Tampouco �� falsa ou indigna de
confian��a. Um inimigo �� algu��m que, assim como
n��s, v�� com olhos retorcidos a pessoa
comum e carente de amor que costumamos
ser.
E n��s, assim como ele, julgamos com
a sombra de nossos pr��prios sentimentos,
reconhecendo nele o orgulho que n��s pr��prios
temos.
Um inimigo n��o �� uma pessoa diferente
de n��s, mas o eco daqueles pensamentos que
lutamos desesperadamente para esconder
de n��s mesmos.
N��s somos o maior inimigo de n��s mesmos,
porque sentimentos ruins lutam contra
a nossa felicidade. Somos respons��veis por
tudo o que nos acontece, e o outro �� apenas
um reflexo daquilo que n��s mesmos estamos
sentindo.
Quando modificamos nosso padr��o vibrat��rio,
nutrindo nosso corpo astral (ou perisp��rito)
com sentimentos mais nobres, o outro
acaba correspondendo ao nosso sentir, porque
as vibra����es emitidas por seus sentimentos
endurecidos n��o ter��o mais abrigo em nossos
cora����es.
Amar os inimigos �� uma vit��ria da alma
sobre si mesma. Aquele que consegue amar
um desafeto desfaz os elos da inimizade,
pois o amor puro e genu��no �� incompat��vel
com ela.
E, mesmo que o antigo inimigo ainda
abrigue por ele ��dio em seu cora����o, esse
sentimento n��o ser�� capaz de alcan����-lo,
porque a sintonia necess��ria para atra����o das
energias n��o se estabelecer��.
Mas esse amor para com os inimigos ��
algo muito dif��cil de se alcan��ar. O que conseguimos,
na maioria das vezes, �� uma certa
toler��ncia, fruto da nossa imperfei����o.
Precisamos ser sinceros e assumir que
n��o �� f��cil, em vez de mentir para n��s mesmos
dizendo que n��o guardamos rancores,
nem m��goas, nem ressentimentos. Somente
reconhecendo as nossas dificuldades e defici��ncias
�� que estaremos em condi����es de
modific��-las.
Tamanha dificuldade ��, at�� certo ponto,
justific��vel e explica-se pela lei das afinidades.
Pensamentos ruins geram ondas flu��dicas carregadas
de sensa����es ruins e podem causar
mal-estar, ao passo que as ondas enviadas
com os bons pensamentos trazem simpatia
e prazer.
Devemos, portanto, prestar aten����o ao
que estamos sentindo e pensando, porque
a pessoa que �� objeto do nosso pensamento
estar�� recebendo tudo o que lhe enviarmos,
assim como estamos aptos a captar, energeticamente,
os pensamentos dela.
�� fundamental que reconhe��amos que as
dificuldades por que atravessamos s��o nossas,
n��o do outro. Se n��o conseguimos perdoar
nem diluir a inimizade, �� porque n��o estamos
ainda preparados para nos desapegar do
sentimento que nos une ao inimigo.
N��o �� o outro que nos provoca, ou dificulta,
ou irrita, ou nos maltrata, ou nos agride.
Somos n��s que nos deixamos atingir dessa
forma, em virtude de sentimentos semelhantes
que vibram em n��s.
N��o precisamos, contudo, nos culpar
quando n��o conseguimos perdoar. O importante
�� o esfor��o cont��nuo empregado na
reforma de n��s mesmos. Se n��o estamos
ainda em condi����es de amar o inimigo, ao
menos vamos tentar n��o odiar, n��o alimentar
desejos de vingan��a, n��o tripudiar nem ser
oportunistas, aproveitando as situa����es que
a vida coloca diante de n��s para humilhar ou
zombar dele. Notamos que estamos come��ando
a amar nosso inimigo quando o mal
que o atinge n��o nos d�� prazer.
Oremos por n��s e pelo inimigo, para que,
juntos, possamos alcan��ar a compreens��o
de que n��o h�� felicidade sem amor.
10
A lei do trabalho
na evolu����o do
ser humano
Toda atividade ��til �� trabalho, e todos n��s
estamos em condi����es de realizar algum
trabalho em benef��cio da humanidade. Cabe
a cada um descobrir onde poder�� ser ��til ao
aperfei��oamento material, espiritual e moral
do mundo em que vivemos.
(Cap��tulo 3 de O Livro dos Esp��ritos:
Lei do Trabalho)
Todos n��s somos regidos por leis, e uma
das leis da natureza �� a lei do trabalho, que
est�� intimamente ligada �� lei do progresso. O
trabalho �� uma imposi����o social, e �� por meio
dele que provemos nossas necessidades e
prazeres. Por interm��dio do trabalho, tamb��m
aperfei��oamos a nossa intelig��ncia e as nossas
rela����es interpessoais, desenvolvendo a solidariedade,
o respeito, a harmonia e o amor.
Devemos entender como trabalho tudo
aquilo que contribui para o crescimento individual
e da coletividade. Toda ocupa����o ��til ��
trabalho e, nesse sentido, o trabalho n��o est��
limitado ��s ocupa����es materiais, envolvendo
tamb��m as espirituais. Trabalhar num escrit��rio,
assim, �� t��o importante como trabalhar numa
igreja, casa esp��rita ou qualquer outro templo
religioso.
Em tudo na natureza, est�� presente o
trabalho. Todas as coisas trabalham, desde as
pedras e as plantas at�� os reis e presidentes.
Cada um tem a sua fun����o. Ningu��m nasceu
para viver na ociosidade. Uma pedra tem uma
fun����o, uma planta tem uma fun����o, as formigas
t��m sua fun����o na natureza.
A diferen��a entre n��s e os animais, as
plantas e as pedras �� que eles n��o trabalham
para o desenvolvimento espiritual ou do pensamento.
O trabalho dos animais �� voltado
para a conserva����o da sua esp��cie, ao passo
que o nosso contribui para o progresso da
humanidade e o nosso aprimoramento como
seres humanos.
O trabalho n��o �� exclusivo daqueles que
precisam sobreviver. Mesmo quem tem muito
dinheiro deve buscar um trabalho. Se n��o
precisa lutar pela subsist��ncia material, deve
sempre procurar alimentar o seu esp��rito e aperfei��oar
a sua intelig��ncia com o estudo, as
artes, os esportes etc, colaborando, assim,
para o aux��lio de si mesmo e do pr��ximo.
Nada na vida acontece isoladamente.
Nosso trabalho est�� intimamente ligado ��s
nossas necessidades de aprimoramento e
�� parcela de colabora����o que podemos dar
ao mundo.
Na maioria das vezes, o trabalho que desempenhamos
est�� associado aos reajustes
que precisamos fazer com a nossa consci��ncia,
o que nem sempre �� agrad��vel. Nada, por��m,
acontece por acaso. Podemos n��o gostar do
que fazemos, mas vamos escolher a profiss��o
que est�� de acordo com aquilo que precisamos
evoluir.
H�� os que trabalham em demasia sem
uma remunera����o condigna. Isso n��o acontece
por azar ou castigo. Estamos aprendendo a
li����o da vida, que vem nos mostrar a dar valor
��quilo que n��o soubemos valorizar no passado.
Quem trabalha de forma exaustiva, muito
provavelmente, n��o soube reconhecer como ��
importante possuir um trabalho digno e entregou-
se ao v��cio, �� ociosidade, ao roubo, ��
pregui��a e outros males semelhantes.
Ganhar bem, por outro lado, pode ser resultado
do merecimento. Quem j�� aprendeu
a lidar com o dinheiro em outras vidas, no
sentido de reconhecer o valor aparente e
transit��rio que ele tem, pode fazer jus �� conquista
e manuten����o de um patrim��nio material.
Bens materiais s��o ��teis e bons, mas s��o
ilus��rios, na medida que n��o s��o eles que
poder��o construir a realidade da nossa vida
futura. O que enriquece, verdadeiramente, o
ser humano, �� a quantidade de sentimentos
nobres que ele j�� apreendeu.
Da�� resulta que a riqueza pode tamb��m
constituir uma oportunidade de exercitarmos
o desapego, o altru��smo e a caridade. Muitas
vezes, em vez de nascermos num ambiente
de pobreza, podemos atrair a fortuna para a
nossa vida, a fim de irmos nos despindo do
apego, do ego��smo e do orgulho.
N��o podemos esquecer que a retribui����o
financeira pode ser o resultado do esfor��o
pessoal e da f�� em si mesmo e na divindade.
Todo aquele que cr�� em sua capacidade e
luta pelo que quer tem muito mais chances
de progredir do que o que permanece estagnado
na falta de iniciativa.
Cada um de n��s deve estar consciente do
nosso lugar no mundo e das possibilidades
que podemos desenvolver. As oportunidades
que a vida oferece, oferece a todos indistintamente.
Apenas uns s��o mais persistentes do
que outros, lutam mais do que outros, se esfor��am
mais do que outros, acreditam mais
do que outros. �� preciso que lutemos contra
o costume que a nossa alma adquiriu de nos
julgar n��o merecedores das coisas boas e
da felicidade.
Vamos orar mais.
N��o existe no mundo situa����o irremedi��vel
ou irrevers��vel. Todavia, para modificarmos
algo em nossas vidas, �� preciso que acreditemos
em n��s mesmos e nos livremos de
sentimentos que nos amarram ��s dificuldades,
como a culpa, o medo, o orgulho e
a desvaloriza����o pessoal.
Vencer o obst��culo pode n��o ser tarefa
das mais f��ceis, contudo, n��o �� imposs��vel.
Enquanto se est�� vivo, tudo o que ��
pr��prio da mat��ria f��sica pode ser alcan��ado
e superado. S�� depende de n��s.
11
As formas-
pensamento e a
moral do homem
Todo pensamento cria uma forma, e a
natureza dessa forma, se agrad��vel ou n��o,
s�� depende de n��s.
H�� muitas coisas que se poderiam dizer
sobre as formas-pensamento, mas uma abordagem
completa n��o seria conveniente no
pequeno espa��o deste livro. Vou tentar, ent��o,
me ater ao que considero mais importante
com vistas ao nosso crescimento moral.
Todo pensamento produz uma imagem,
que, normalmente, fica flutuando, mais ou
menos, no n��vel dos nossos olhos, e permanece
ali at�� que o pensamento se desfa��a.
Essa imagem, chamada comumente
de forma-pensamento, ganha uma vida inteligente
e �� animada pelo tipo de sentimento
ou pensamento que a gerou. Assim, se o teor
do nosso pensamento �� alegre, vamos criar
uma forma-pensamento bonita e vibrante
de alegria.
Ao contr��rio, se pensamos em dor, a
forma-pensamento assim gerada ser�� l��gubre
e de vibra����o densa e pesada.
Uma vez criada, a forma-pensamento vai
fazer o poss��vel para sobreviver e vai se alimentar
de pensamentos semelhantes ao que a
gerou. Al��m disso, formas-pensamento de igual
teor se atraem e se fortalecem mutuamente,
gerando uma energia muito mais intensa.
Como pensamos e sentimos ao mesmo
tempo, as formas-pensamento s��o feitas
de mat��ria dos nossos pensamentos ou, o que
�� mais comum, dos nossos pensamentos e
sentimentos.
Um pensamento puramente intelectual ou
impessoal, tal como a matem��tica, movimenta
apenas mat��ria mental, ao passo que, se o
pensamento traz algum sentimento ou desejo,
estar�� tamb��m atraindo mat��ria emocional.
Se n��s temos um pensamento pessoal,
que diga respeito apenas a n��s, a forma que
gerarmos permanecer�� ao nosso redor, influenciando
apenas a n��s mesmos.
Al��m disso, como tamb��m somos como
��m��s, vamos atrair outras formas-pensamento
afins que ir��o fortalecer as nossas pr��prias.
Essas formas-pensamento ficam reagindo sobre
n��s e se reproduzindo, instalando, com
isso, os nossos h��bitos de pensamentos e
sentimentos.
Da�� ser t��o importante nos acostumarmos
a ter bons pensamentos e sentimentos,
para que as formas assim geradas, atrav��s da
repeti����o, criem em n��s o h��bito de cultuar os
bons valores.
Caso alimentemos constantemente pensamentos
e sentimentos negativos e prejudiciais,
estaremos facilitando a cria����o de v��cios
e preconceitos que mais tarde se tornar��o
dif��ceis de ser modificados.
No entanto, como a nossa for��a de vontade
�� arma poderosa contra os nossos maiores
inimigos ��ntimos, podemos gerar formas-
pensamento de for��a contr��ria, insistindo
para que permane��am e se sobreponham
��quelas perniciosas que desejamos abolir.
Por isso �� t��o dif��cil, ��s vezes, modificar
certos "pr��-conceitos" e abandonar os v��cios,
porque as formas-pensamento n��o desejam
abrir m��o de seus h��bitos.
Como precisam de n��s, da nossa mat��ria
mental e emocional para sobreviver, v��o insistir
na repeti����o do pensamento/sentimento
nocivo, cabendo a n��s, atrav��s do estabelecimento
da vontade verdadeira, destruir essas
formas e substitu��-las por outras mais construtivas
e ��teis.
Quando direcionamos o nosso pensa
mento para outra pessoa, tr��s coisas podem
acontecer:
1 - Se a pessoa estiver em sintonia com
o pensamento/sentimento, a forma que lhe
foi direcionada vai conseguir penetrar em
seu campo ��urico, fortalecendo o sentimento
ou pensamento que ela j�� tinha. Exemplo: se
estou com raiva por ter brigado com um
conhecido e algu��m me envia uma forma-
pensamento de raiva, ela, imediatamente,
vai me atingir e aumentar ainda mais a minha
raiva, fortalecendo a disc��rdia.
2 - Se a pessoa n��o estiver em sintonia
com a forma-pensamento, ela fica suspensa
ao redor dela at�� que seus pensamentos
d��em uma brecha para que a forma penetre
e a influencie. Exemplo: estou de bem com um
colega, o que impede a penetra����o da forma-
pensamento. Como, por��m, a nossa rela����o ��
fr��gil e tumultuada, no primeiro desentendimento,
a forma-pensamento penetra e estimula
ainda mais a disc��rdia entre n��s.
3 - Se a pessoa n��o tiver sintonia alguma
com a forma-pensamento, ela vai ser rebatida
pela sua aura e vai voltar para quem a mandou.
Exemplo: eu e meu amigo sempre nos tratamos
com amorosidade, respeito e cordialidade, ainda
quando discordamos sobre determinado
assunto. A forma-pensamento chega e fica
nos rondando, �� espera de um desentendimento.
Como n��s n��o nos desentendemos,
ela desiste e retorna para quem a mandou.
As formas-pensamento dirigidas a outras
pessoas v��o sempre tentar atingir o alvo, mas
somente o conseguir��o se uma sintonia for
estabelecida, seja para o bem ou o mal. Se ela
n��o consegue penetrar na pessoa a quem
�� dirigida, volta-se contra quem a mandou.
Se foi um bem, quem enviou esse bem sente
ainda mais bem-estar.
Nossos pensamentos possuem grande
poder, e �� por isso que precisamos ter muito
cuidado com o que sentimos ou pensamos,
seja para n��s, seja para o outro. Se n��o vigiarmos
os nossos pensamentos, sentimentos e
atitudes, poderemos gerar formas-pensamento
prejudiciais a n��s mesmos e ao pr��ximo.
Quando desejamos mal a algu��m, esse
mal vai gerar uma forma-pensamento que sai
da nossa mente direto para a pessoa alvo,
podendo nela penetrar e lhe causar males
pelos quais teremos que responder depois.
Ou ent��o, se a pessoa n��o merecer, n��o
estabelecer�� a sintonia, e quem vai receber
todo aquele mal seremos n��s.
Orar e vigiar �� a melhor maneira de gerarmos
formas-pensamento bonitas, luminosas
e radiantes, capazes de levar bem-estar a
n��s e a todos.
Quando rezamos, trazemos para o nosso
plano part��culas da for��a divina que inunda
o universo, iluminando a nossa alma e a daqueles
que nos cercam.
Nos planos mais elevados existe uma
corrente constante de energia pronta para se
derramar sobre o nosso mundo logo que um
canal seja aberto.
E um dos meios de abrirmos essa passagem
�� atrav��s da ora����o, que faz descer
sobre n��s uma chuva de energia ben��fica,
que fortalece e eleva quem est�� orando. Uma
ora����o jamais �� perdida.
Quando oramos, sempre sentimos bem-
estar, sensa����o de conforto, de acolhimento,
de paz, serenidade.
Como formas-pensamento de igual teor
se atraem, se cada um de n��s fizer uma ora����o,
por mais pequenina que seja, os fluidos ben��ficos
a�� gerados v��o se irradiar sobre n��s, ao
mesmo tempo em que se sentir��o atra��dos
por outros fluidos semelhantes, aos quais ir��o
se juntar para derramar mais e mais energias
positivas e reparadoras.
Todos n��s estamos em condi����es de
orar. Se cada um fizer a sua parte, a resposta
do Alto ser�� ��nica para todos, pois os canais
acabar��o se unindo aqui na Terra e formando
uma corrente ��nica e constante de amor.
12
Feliz
'Natal'
Devemos aproveitar a noite de Natal para
receber a visita de Jesus e pedir pela paz no
mundo e nos cora����es.
Especial �� a noite de Natal. Alguns dizem
que essa n��o foi a verdadeira noite em que
Jesus nasceu, mas isso n��o importa. O que importa
�� que todo o mundo crist��o forma uma
corrente de pensamentos de amor nessa noite,
o que �� suficiente para que Jesus seja lembrado,
porque ele �� amor em sua ess��ncia.
Dizem tamb��m que Papai Noel n��o existe,
mas ele �� o pr��prio Esp��rito do Natal que
preenche os cora����es de todos aqueles que
cr��em na bondade do mundo e t��m f�� no
amor de Jesus.
Papai Noel pode n��o distribuir brinquedos
��s crian��as boazinhas mas, com certeza,
presenteia a todos com aquilo de que mais
necessitam e merecem.
Aos doentes, mostra o caminho da cura.
Aos pobres, incentiva na coragem e na cren��a
da busca por uma vida melhor. Aos desiludidos,
d�� a esperan��a da renova����o. Aos que
t��m f��, revela que tudo �� poss��vel, desde que se
saiba o que e como pedir e se esteja pronto
para aceitar o que a vida oferece.
Acima de tudo, Papai Noel �� aquele que
nos mostra o que merecemos e do que somos
capazes se empregarmos a nossa for��a na
luta pelo bem.
�� muito bom festejar o Natal, estar com
os amigos, presentear, desfrutar de uma ceia
farta e saborosa.
Mas vamos tentar n��o nos esquecer daquele
que nos proporciona todas essas coisas.
Na noite de Natal, vamos reservar um espacinho
no meio das comemora����es para celebrar
o aniversariante Jesus.
Entre as onze horas e a meia-noite, Jesus
desce �� Terra para nos aben��oar e derramar
sobre n��s energias puras de luz, amor e paz.
Para aproveitarmos essa corrente energ��tica,
basta que nos sintonizemos, que pensemos
nele, ao menos por um pequenino instante,
com f�� e confian��a.
Todo aquele que abrir o seu canal com
Jesus receber��, em seu cora����o, um pedacinho
da poderosa e radiante onda que dele
irradia.
�� penoso para Jesus descer ao nosso
mundo t��o denso. Mas ele faz isso por amor
a n��s, para nos presentear com o que h�� de
melhor no mundo, que �� o amor.
Contudo, se estivermos enfronhados na
fofoca, entupidos de comida e afogados na bebida,
pouco ou nada aproveitaremos dessa
energia. �� bom conversar, comer e beber, mas
com modera����o. Procuremos manter a nossa
mente limpa e o cora����o sereno.
�� preciso que aprendamos a dar o valor
certo ��s coisas. Bens materiais, comida e bebida
s��o importantes porque fazem parte da vida.
Mas nada poder�� suplantar os verdadeiros
valores do esp��rito, que s��o aqueles eternos,
que se consolidam em nossa alma por todas
as nossas vidas �� frente.
Na noite de Natal, no hor��rio em que
Jesus vem �� Terra, vamos procurar nos concentrar,
em fam��lia, com os amigos ou mesmo
sozinhos, para ligar o bot��ozinho m��gico
que nos conecta com ele: vamos pensar em
Jesus com amor e receberemos suas b��n����os
de amor.
�� s�� uma paradinha, n��o custa nada e
vai nos causar imenso bem-estar.
Pensemos naquilo que realmente �� importante
para n��s e para o mundo. Precisamos
de amor e paz, e o mundo precisa, desesperadamente,
de amor e paz. Mas o mundo
somos n��s, e �� o que sentimos e vibramos
que ir�� ajudar na constru����o da aura do
nosso planeta.
Que tipo de aura queremos para a nossa
Terra?
Vamos colocar nossos valores na balan��a
e tentar valorizar as conquistas da alma e
da moral. Lembremo-nos:
Onde est�� o seu tesouro, a�� estar�� o
seu cora����o.
Feliz Natal a todos!
13
A fam��lia
espiritual
Muito mais do que os la��os de sangue,
nos unem os la��os de esp��rito. A�� �� que se
encontra a verdadeira fam��lia, cujo maior prop��sito
no mundo �� o desenvolvimento dos
elos de amor.
A fam��lia �� um dos maiores fatores de
crescimento que Deus p��s �� disposi����o
do homem. �� pela fam��lia que nos unimos
por la��os de amor ou de ��dio, refor��ando
afinidades ou criando novas. Seja harmoniosa
ou n��o, a fam��lia tenta nos unir para que possamos
desenvolver o sentimento maior que
viemos aprender na Terra: o amor.
Quando nascemos, ganhamos uma fam��lia.
Todos n��s temos ou tivemos pais, e a
primeira condi����o do ser humano, nesta vida,
�� a de filho. Sendo essa a nossa primeira condi����o
na Terra, temos que reconhecer o esfor��o
daqueles que nos permitiram aqui chegar.
N��o �� por outro motivo que o Evangelho
diz: honrai vosso pai e vossa m��e.
A eles devemos, ao menos, a vida. Mas
dever a vida n��o �� simplesmente a oportunidade
de estarmos aqui, neste mundo. Vai
muito al��m disso. �� atrav��s de nossos pais
que come��amos a realizar as experi��ncias
a que nos propusemos nesta vida.
Por isso, nossos pais nos d��o a vida
material e a espiritual tamb��m, porque ��
por meio deles que o nosso esp��rito se prepara
para crescer.
Seria uma ilus��o falarmos que todas as
fam��lias v��m unidas por la��os de amor. N��s
sabemos muito bem que muitos est��o juntos
por elos de ��dio, ressentimento, culpa etc.
Da�� v��m as dificuldades.
Muita gente se pergunta: por que fui
nascer nessa fam��lia? N��o tenho nada a ver
com ningu��m aqui. Tem. Se n��o tivesse, ia
procurar outro lugar para reencarnar. Pode
n��o ter afinidade de sentimentos ou pensamentos,
mas, com certeza, possui afinidade
na necessidade da experi��ncia.
Quando duas pessoas nascem na mesma
fam��lia e n��o se d��o, �� porque t��m em comum
a experi��ncia do aprendizado da conquista
do amor, do respeito e do perd��o.
Qualquer um que conviva conosco faz
parte da nossa fam��lia. Temos uma fam��lia de
sangue, uma no trabalho, na escola, no templo
religioso. Temos um pai, uma m��e e somos
todos irm��os.
Por isso, podemos exercitar todos esses
sentimentos uns com os outros. Diante da
espiritualidade, ningu��m �� parente de ningu��m
e todo mundo �� parente de todos. A
fam��lia espiritual �� imensa e abrange toda
a humanidade, porque estamos todos ligados
ao ��nico Pai, que �� Deus.
O mais importante de tudo �� aprendermos
o valor do amor. Seja em que fam��lia
viermos, ou mesmo em fam��lia alguma. A solid��o
tamb��m �� uma forma de aprendizado e
crescimento, muitas vezes para que possamos
reconhecer e dar valor aos la��os de fam��lia.
Quando pensamos que aqueles que
caminham conosco nada t��m a acrescentar
na nossa vida e procuramos nos afastar ou nos
desfazer deles, talvez tenhamos que vir sozinhos
para aprender como �� importante ter
algu��m ao nosso lado, compartilhando o mesmo
teto e enfrentando os mesmos problemas.
Isso fortalece os la��os de fam��lia e os de
amor tamb��m.
Ent��o, que possamos todos nos amar
indistintamente, para aumentarmos cada vez
mais a nossa fam��lia, que formaremos com
aqueles seres com quem j�� tivermos conquistado
o verdadeiro sentimento de amor.
Momento
de reflex��o
P��scoa �� o momento de renova����o de
atitudes. Por meio da reflex��o interior, o ser
humano estar�� pronto para se libertar da era
da ignor��ncia e conhecer um mundo pleno
de amor.
J�� adentramos o per��odo da Quaresma
e precisamos aproveitar esse momento para
fazer uma reflex��o sobre a nossa vida, avaliando
os valores que conquistamos, os que transformamos
e os que j�� n��o nos servem mais.
Tudo para que, ao amanhecer do domingo
de P��scoa, estejamos conscientes
da renova����o que precisamos empreender
em n��s e nos preparemos para dar o primeiro
passo.
Para os hebreus, a P��scoa marca o ��xodo
pelo deserto e a passagem pelo Mar Vermelho,
sob a lideran��a de Mois��s. Os crist��os, originariamente
judeus, tamb��m comemoravam
a P��scoa, que teve seu significado ampliado
com a morte e ressurrei����o de Jesus.
A P��scoa representa, ent��o, a verdadeira
passagem do Filho, deste mundo, para
junto do Pai, realizando o definitivo ��xodo
para a Terra Prometida, sendo esse o destino
final da humanidade.
Esse h�� de ser tamb��m o nosso destino
aqui na Terra. Todos buscamos o aperfei��oamento
moral e vamos alcan��ando-o por meio
da morte do corpo f��sico e da reencarna����o.
Mais cedo ou mais tarde, atingiremos um estado
de consci��ncia amadurecido e estaremos
aptos a avaliar as nossas pr��prias atitudes
e escolheremos os caminhos que melhor
atender��o ao nosso burilamento nas encarna����es
seguintes.
A ressurrei����o de Jesus no Domingo
de P��scoa n��o foi casual. A ideia de renascimento
e liberdade j�� havia sido semeada nos
cora����es de todos os homens desde ent��o.
�� preciso que sobrevenha a morte para
que haja o renascimento, pois a morte desprender��
o esp��rito do inv��lucro material,
libertando-o para a verdadeira vida, que �� a
espiritual. Por isso �� que a ressurrei����o n��o
se processa apenas em carne e osso. Alcan��amos
isso atrav��s da reencarna����o.
O que a P��scoa vem despertar em n��s
�� o renascimento de nossos esp��ritos, de
nossos valores, da nossa moral. O momento
�� de renovar atitudes, n��o de nos apegarmos
��s velhas.
Vamos deixar morrer, dentro de n��s, tudo
aquilo que nos causa sofrimento e dor para
que possam renascer em nossos esp��ritos
novos valores de amor, justi��a e perd��o.
Estamos ainda muito apegados a pequenas
coisas que entravam o nosso crescimento.
��s vezes �� dif��cil ceder, n��o conseguimos
compreender o nosso irm��o, julgamos muito,
falamos mal e sabe-se l�� o que mais. Essas
atitudes v��o envenenando os nosso cora����es,
mas nunca de forma irrevers��vel.
Quando tomamos consci��ncia de que
esses sentimentos, pensamentos e atitudes s��o
prejudiciais a n��s mesmos em primeiro lugar,
alimentamos o desejo de modific��-los e empreendemos
esfor��os para que isso aconte��a.
Come��a ent��o o movimento de liberta����o
de n��s mesmos, das nossas amarras, de falsos
e ilus��rios valores aos quais fomos nos
apegando no decorrer dessa vida e de outras.
Devemos evitar nos envenenar com pensamentos
e sentimentos menos dignos. ��
preciso buscar o aprimoramento pela via do
conhecimento, porque ele �� a porta para a
nossa a liberta����o.
Quanto mais conhecermos a n��s mesmos,
mais estaremos aptos a compreender o
outro e a humanidade e, consequentemente,
estaremos livres das ilus��es que nos prendem
a esse mundo t��o tumultuado.
Deus e os amigos espirituais abrem
uma porta na nossa mente para deixar entrar
a luz do discernimento. S��o as intui����es,
os avisos silenciosos, as mensagens que nos
chegam por v��rios meios: uma palavra, um
outdoor, um filme, um comercial de televis��o.
Devemos estar atentos para perceber, na sutileza
das coisas simples da vida, que Deus
sempre fala aos nossos cora����es.
Vamos aproveitar esse per��odo de Quaresma
e voltar os olhos para dentro de n��s
mesmos. A P��scoa nos convida �� reflex��o, ao
recolhimento interno, �� an��lise de nosso papel
no mundo e na hist��ria da vida.
Fa��amos uma avalia����o de todas as
nossas atitudes, da forma como procedemos,
daquilo que j�� interiorizamos como certo e
errado, do que ainda nos falta aprender.
Esperemos que, por meio da reflex��o
cont��nua, a humanidade possa cada vez
mais se libertar e fazer renascer, no seio do
nosso planeta, a semente de amor que Jesus
aqui plantou.
15
liberdade
pelo perd��o
O perd��o �� a maior virtude que o ser
humano pode cultivar e �� resultado direto do
amor. Torna leve a alma e s�� faz bem. Todos,
sem exce����o, devem experiment��-lo.
Foi-se o tempo em que s�� as religi��es
se preocupavam com o perd��o como forma
de purifica����o espiritual. Hoje, a filosofia e
a medicina tamb��m se dedicam aos efeitos do
perd��o, e ele est�� sendo considerado um
dos mais importantes rem��dios para a alma.
Al��m de ser a chave para a nossa liberta����o,
libera o corpo de subst��ncias prejudiciais
ao nosso organismo.
Ao perdoar, nos libertamos do passado,
o que n��o significa, necessariamente, esquec��-
lo. Significa que a lembran��a dolorosa de
algo que se passou n��o nos atinge mais, n��o
nos incomoda nem nos traz sofrimento ou raiva.
Quando n��o perdoamos, a n��s e ao outro,
ficamos apegados ao que se passou e nos
privamos de agir em favor da nossa vida.
Perdoar �� um grande passo. Tudo aquilo
que fazemos somos capazes de desfazer. Se
sabemos como agredir, sabemos tamb��m
como pedir perd��o. Se soubemos escutar a
ofensa, saberemos tamb��m ouvir o pedido
de perd��o.
�� preciso, portanto, saber pedir e aceitar
o perd��o.
Quando sentimos muito ��dio de algo que
nos foi feito, nosso corpo astral fica impregnado
de sombras espessas, que s��o dilu��das com
um simples perd��o.
O perd��o ��, assim, um rem��dio para a
nossa alma, capaz de purificar o nosso corpo
emocional, porque liberta as nossas emo����es
de sentimentos densos.
Ficar entupindo o nosso corpo emocional
de tantos sentimentos dif��ceis n��o d��. A gente
vai ficando pesado, e o corpo flu��dico acaba
adoecendo e refletindo a doen��a no f��sico.
Se experimentarmos perdoar, veremos como
vamos nos se sentir mais leve.
O perd��o esvazia o corpo astral e injeta
luz. E luz n��o pesa.
Nossos corpos f��sicos s��o bastante individualizados.
O que sentimos na mat��ria densa,
geralmente, fica somente conosco. Nossas
dores f��sicas, normalmente, n��o s��o sentidas
por outras pessoas al��m de n��s, a n��o ser
que estejamos pr��ximos de algu��m com uma
sensibilidade acima do normal.
O mesmo n��o ocorre com os nossos
sentimentos e pensamentos, que podem afetar
outras pessoas. Nosso corpos emocional
e mental, por n��o serem t��o individualizados,
irradiam-se para fora como uma onda e s��o
capazes de impressionar quem esteja em
sintonia conosco.
Por isso, precisamos assumir a responsabilidade
pelo que sentimos e pensamos, e tentar
modificar sentimentos e pensamentos que
s�� nos fazem mal.
Se estamos com raiva, por exemplo, podemos
contaminar algu��m que esteja prop��cio
a ter raiva, e outro, e mais outro. No final, tem
um monte de gente com raiva.
�� claro que, se cada um �� respons��vel
pelo que sente e pensa, n��o podemos nos responsabilizar
por aqueles que est��o em sintonia
conosco e que percebem o nosso sentimento
ou pensamento.
Mas por que temos que ser n��s o primeiro
elo da cadeia? N��o �� muito melhor iniciar
uma corrente do bem?
O perd��o aciona essa corrente. Traz
b��n����os para quem recebe e quem concede.
�� claro que isso n��o �� f��cil nem r��pido.
O perd��o �� uma virtude e, como toda virtude,
precisa ser cultivado por muito tempo.
Por meio do nosso poder interior, precisamos
ir exercitando o cultivo aos sentimentos
e pensamentos nobres. Temos intelig��ncia e
a chance do conhecimento. Conhecemos o
poder da ora����o.
Ent��o, est�� na hora de a gente pegar
essas ferramentas e usar em nosso benef��cio
e, consequentemente, do outro tamb��m.
Mesmo que n��o consigamos da primeira vez,
vamos tentar. �� por meio da persist��ncia que
alcan��amos os nossos objetivos, e o perd��o
h�� de ser um deles.
�� dif��cil perdoar quando reagimos da mesma
forma como fomos agredidos, ou seja,
revidando. Tudo o que fazemos, falamos e pensamos
gera seu universo particular, e se criamos
dor para algu��m, na verdade, estamos
criando sofrimento para n��s mesmos.
A lei de causa e efeito est�� a�� para nos
mostrar que, quando causamos um desequil��brio
na natureza, somos convidados a restitu��-lo,
de uma forma ou de outra.
Num primeiro momento, o revide pode
nos dar a ilus��o de al��vio, de que estamos
respondendo �� altura, mas, toda vez que
agimos dessa forma, trazemos inquieta����o
e desconforto para a nossa vida.
As ofensas, em verdade, nada mais s��o
do que uma oportunidade que a Vida nos d��
de perdoar. N��s �� que iremos escolher entre
perdoar ou ficar magoados, com ��dio ou ressentimento.
Nem sempre quando perdoamos, nos
manifestamos para o outro, e ele nem fica sabendo
que foi perdoado. Porque o orgulho,
muitas vezes, nos impede de nos aproximarmos
de nosso desafeto e, com um gesto de
simplicidade, tentarmos a reconcilia����o.
A reconcilia����o �� uma consequ��ncia direta
do perd��o.
Em vez de ficarmos procurando defeitos
no outro, vamos tentar descobrir o melhor nas
pessoas, porque todo mundo tem algo de bom.
Encontrar defeitos �� f��cil e qualquer um
pode realizar, mas s�� os que s��o verdadeiramente
s��bios conseguem ver as qualidades
de seus semelhantes.
Se tentarmos buscar o que cada um tem
de melhor, nos despiremos do orgulho e conseguiremos
compreender que somos todos
ferramentas importantes na constru����o da
obra divina.
16
��tica
��tica �� a ci��ncia da conduta. Envolve
a filosofia e o direito, mas pode tamb��m ser
compreendida do ponto de vista espiritual, pois
aborda quest��es morais importantes para o desenvolvimento
humano.
��tica �� um conceito filos��fico, que pode
ser traduzido como ci��ncia da conduta. A filosofia
�� a parte da ci��ncia que nos fornece os
valores, o sentido, os fatos e princ��pios gerais
da exist��ncia, bem como a conduta e o
destino do homem. E esses valores morais
e princ��pios ideais da conduta do homem ��
que s��o o objeto da ��tica.
A conduta humana �� regulada pela moral
e o Direito, que faz parte da ��tica. A moral ��
constitu��da de valores que repercutem no foro
��ntimo de cada um e �� ditada pelo esp��rito e
pela intelig��ncia.
Pode-se dizer que a moral atua mais
no ��mbito da consci��ncia, pois suas consequ��ncias
s��o internas, n��o gerando efeitos
no mundo exterior.
O Direito, ao contr��rio, atua no ��mbito
externo, repercutindo para fora de nossa
intimidade.
Uma conduta moral �� aquela que atende
�� no����o ��ntima que temos de certo e errado.
Uma conduta conforme o Direito �� aquela
executada dentro das leis e princ��pios de
cada povo.
Em sociedades como as do nosso planeta,
o Direito �� fator essencial para que possamos
conviver uns com os outros. Nossa
moral ainda n��o �� elevada o bastante para que
possamos prescindir de todo o ordenamento
jur��dico. Ainda necessitamos de algu��m que
nos imponha, pela for��a e pela coa����o, nossos
direitos e deveres.
Apenas a lei �� capaz de obrigar algu��m
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa. Isso ��
necess��rio para que possamos aprender, em
primeiro lugar, o respeito ao outro, sabendo que
o nosso direito termina onde come��a o direito
alheio.
Da�� se pode concluir que, talvez seja
f��cil burlar as leis humanas, mas a lei moral
que a consci��ncia aponta jamais ser�� ludibriada.
O car��ter de mutabilidade �� pr��prio das
leis humanas, que v��o se modificando para
acompanhar a evolu����o de cada povo em
cada ��poca.
As leis divinas, por sua vez, s��o eternas
e imut��veis, porque regem o equil��brio e a
harmonia do universo, que n��o est�� sujeito
a oscila����es repentinas.
Se come��armos a exercitar valores ��ticos,
chegar�� o dia em que estaremos prontos
para prescindir de normas jur��dicas. �� claro
que isso n��o �� f��cil nem acontece de uma
hora para outra. �� preciso, em primeiro lugar,
que se mude toda a consci��ncia de um
povo para que se modifiquem, tamb��m, as
suas leis.
E para que isso aconte��a, algu��m precisa
lan��ar a semente. As mudan��as n��o s��o
obra de um esp��rito isolado. S��o consequ��ncia
da vontade de muitos esp��ritos, encarnados
ou n��o, que unem esfor��os na tentativa de
melhoria em prol do bem comum.
Somos todos respons��veis pelas mudan��as
de consci��ncia dos povos. Se dermos o
primeiro passo no caminho da modifica����o dos
valores, nossos pensamentos e sentimentos
de harmonia, equil��brio e amorosidade cair��o
na consci��ncia geral, e o que antes era lei
humana passar�� a ser t��o somente parte da
lei divina.
17
Coragem
para viver
O amadurecimento das nossas mentes
requer coragem do nosso esp��rito para aceitar
que precisamos nos modificar.
�� preciso coragem para viver nesse
mundo. Coragem para enfrentar os perigos,
encarar dissabores e, acima de tudo, olhar
para dentro de n��s. Porque o que somos ��
que faz com que atraiamos todas as situa����es
com que nos deparamos na vida.
N��o adianta ficarmos na reclama����o,
como se o mundo fosse injusto conosco, e
n��s f��ssemos apenas mais uma v��tima da
sociedade. N��o existem v��timas, e os algozes,
somos n��s que criamos. Tudo o que nos
acontece �� gerado por n��s, sejam coisas
boas ou n��o t��o boas assim.
Acusar o outro tamb��m n��o �� o melhor
caminho. A tend��ncia natural do ser humano
�� desculpar os seus atos transferindo-os para
algu��m.
N��o �� bem assim. O que fazemos s�� a
n��s pertence. Por mais que tentemos passar
adiante as nossas responsabilidades, elas sempre
acabam voltando para n��s.
Toda vez que tentamos empurrar para
a frente as nossas responsabilidades, vamos
nos enredando cada vez mais nas armadilhas
da vida, que s��o colocadas no nosso
caminho, n��o para que tropecemos e caiamos,
mas para que consigamos abrir os olhos e
possamos despertar.
Quando assumimos o que fazemos,
por pior e mais errado que possa parecer, a
vida sempre d�� um jeito de nos recompensar.
Basta que estejamos atentos para perceber e
n��o fiquemos presos na nossa vis��o distorcida
do bem.
O bem nem sempre �� como pensamos.
Para n��s, o bem �� tudo aquilo que n��o nos
causa sofrimento, mas esquecemos de ver que
��s vezes, nos machucamos um pouco para
evitar sofrimentos futuros muito maiores.
�� como algu��m que leva um tombo e
n��o pode ir a uma festa onde houve um grande
assalto. Onde �� que est�� o bem?
Precisamos confiar na vida, porque ela
�� emana����o direta do poder da divindade.
E a vida sempre nos favorece, porque Deus
caminha ao nosso lado derramando sobre
n��s part��culas de amor. Quem �� s��bio, vai recolhendo-
as. Quem n��o ��, deixa-as passar.
Mas, como o poder de Deus �� infinito, Ele
nunca vai deixar de jogar amor em nosso caminho.
E um dia, quando chegar o momento
certo de amadurecer, quem deixou o amor
passar l�� atr��s vai abrir os olhos e apanhar
umas part��culas tamb��m. �� assim que a gente
aprende e cresce.
Para que tudo isso aconte��a, precisamos
ter a coragem de apertar o bot��o do discernimento
em nossas mentes.
Ningu��m amadurece cem anos em um
dia, mas um dia de amadurecimento j�� �� melhor
do que v��rios anos de ilus��o.
liberdade e
livre arb��trio
Mesmo que a divindade conhe��a todos
os nosso passos, n��s n��o os conhecemos.
Por isso �� t��o importante, para n��s, a compreens��o
do livre-arb��trio.
A liberdade pode ser conceituada como
o estado em que a pessoa vive e exerce a sua
vontade sem restri����es ou coa����es externas,
seja de ordem f��sica, seja de ordem moral.
Todo homem nasce livre e vai, aos pouquinhos,
se apegando a falsos e ultrapassados
valores que v��o aprisionando-o a suas
pr��prias cren��as.
Para ter liberdade, �� preciso ter tamb��m
responsabilidade. O homem tem o seu livre-
arb��trio. Por mais que n��o caia uma folha da
��rvore sem que seja da vontade de Deus, ainda
assim, o livre-arb��trio acontece. Deus pode
conhecer todas as nossas escolhas, mas
n��s, n��o.
Para n��s, �� importante vivermos o livre-
arb��trio, ainda que ele seja uma ilus��o da
divindade para impulsionar o nosso crescimento.
Somos seres humanos em evolu����o,
dotados de faculdades intelectuais e morais
que se desenvolvem �� medida que vamos
encarnando e reencarnando.
Hoje, somos mais do que selvagens, que
agiam mais por instinto do que por vontade.
Temos capacidade de compreender e de discernir,
o que nos d�� a liberdade de escolha
de nossos pr��prios caminhos.
N��o temos o direito de escolher por ningu��m.
Por mais louv��veis que sejam as nossas
inten����es, por mais que desejemos proteger
o outro, �� o outro que sabe o que �� melhor
para ele, n��o com a vis��o do aqui agora, mas
com os olhos voltados para o futuro, para o
crescimento da alma. E o que �� melhor para
a nossa alma, s�� n��s �� que estamos em condi����o
de dizer.
Vamos aproveitar a liberdade que Deus
nos deu de fazer as nossas pr��prias escolhas
e vamos usar essa liberdade com sabedoria. A
desculpa da ignor��ncia n��o nos serve mais,
porque conhecemos, ou estamos em condi����es
de conhecer, os resultados que nossas
a����es podem causar.
Quando o livre-arb��trio �� utilizado com respeito
e pondera����o, ele vai libertando a nossa
alma, cada vez mais, dos grilh��es da ignor��ncia
e vai fazendo diminuir, para n��s, o nosso
c��rculo de exist��ncias terrenas.
Mas, ao contr��rio, quando ele �� exercido
de forma desmesurada, irrespons��vel e
inconsequente, vai acorrentando o nosso esp��rito
��s teias do comprometimento, fazendo
com que nos tornemos prisioneiros da nossa
pr��pria teimosia e da ilus��o passageira de
vit��ria sobre a vida, a morte e Deus.
19
O que �� ser uma
crian��a ��ndigo
As crian��as ��ndigos s��o seres especiais
que vieram somar for��as e conhecimentos
em prol do crescimento do nosso planeta.
Como todas as crian��as, precisam de amor,
compreens��o e respeito.
Hoje em dia, �� comum a gente ouvir
falar de crian��as ��ndigo, que est��o encarnando
entre n��s desde a d��cada de 1970, intensificando-
se na de 1980. S��o seres com poderes
especiais, que vieram ao nosso planeta para
ajudar a impulsionar o nosso progresso. Seu
nome deriva da cor ��ndigo de sua aura, sendo
a frequ��ncia ��ndigo de alta vibra����o espiritual,
demonstrando manifesta����o dos centros energ��ticos
superiores (6�� e 7�� chakras).
Vieram, segundo Divaldo Franco, de um
grupo de estrelas chamado de Pl��iades, cujo
sol �� Alcione, centro da nossa gal��xia. V��rias
escrituras de v��rias religi��es se referem
��s Pl��iades como de grande import��ncia na
evolu����o do nosso planeta.
E isso porque, segundo alguns estudiosos,
a energia proveniente de Alcione trar��
uma luz de pureza aos seres humanos.
Dizem que as energias de Alcione s��o
exclusivamente c��smicas e produzir��o uma luz
constante que durar�� aproximadamente dois
mil anos. Ser�� uma luz at��rmica, sem calor,
que n��o produzir�� sombra, capaz de iluminar
todos os seres e todos os lugares, tanto externa
quanto internamente.
Essa quest��o sobre Alcione �� bastante
controvertida. Afirmam os astr��nomos que ela
n��o �� o centro da gal��xia e que a Terra est�� se
afastando dela.
Verdade ou mentira, o fato �� que as crian��as
��ndigo est��o a��, e ningu��m pode negar
que s��o diferentes. Tamb��m n��o se nega a
verdade incontest��vel de que o planeta est��
mudando.
Assim como, h�� milhares de anos, os
habitantes de Capela vieram ao nosso planeta
para ajudar no progresso da humanidade,
naquela ��poca ainda muito rudimentar, tamb��m
os ��ndigos chegam at�� n��s para dar essa
mesma ajuda, preparando o nosso planeta
para uma nova era, pois a Terra passar�� de
um rudimentar mundo de dor para um mundo
de ilumina����o.
H�� a�� uma diferen��a: de Capela, vieram
para c�� os seres mais rebeldes, que teimavam
em persistir no mal, atrasando a evolu����o
daquele mundo. Com seu intelecto mais desenvolvido,
impulsionaram o nosso progresso
tecnol��gico, embora a moral permanecesse
ainda bastante atrasada.
Esses esp��ritos que agora chegam t��m
uma miss��o muito diferente dos capelinos.
Todos eles t��m altos n��veis intelectuais e
ps��quicos, mas n��o necessariamente ser��o
moralmente mais elevados. S��o seres que j��
v��m prontos para auxiliar o nosso progresso,
mas o direcionamento de sua moral vai depender
muito de n��s. Embora sens��veis e de f��cil
assimila����o dos ensinamentos, s��o almas
que precisam ser modeladas.
N��o s��o melhores nem piores do que
as crian��as comuns. S��o apenas diferentes,
t��m um potencial ps��quico e energ��tico maior.
H�� crian��as que n��o s��o ��ndigos que t��m
um amadurecimento espiritual muito grande,
porque j�� viveram muitas vidas neste planeta,
aprenderam muito e adquiriram uma grande
bagagem espiritual e moral, estando at�� em
condi����es de ajudar na adapta����o e orienta����o
dos ��ndigos.
Ent��o, ser ��ndigo n��o significa ser melhor.
Os ��ndigos tamb��m t��m muito o que aprender,
e seu aprendizado depender�� de n��s.
Essas crian��as possuem caracter��sticas
peculiares. Desde cedo demonstram-se conscientes
de que pertencem a uma gera����o
especial, t��m alto n��vel de intelig��ncia e chegaram
para provocar mudan��as e revis��o de
cren��as e valores.
Os ��ndigos costumam ser gentis e possuem
um novo estado de consci��ncia, um
sistema imunol��gico fortalecido, telepatia,
capacidade para prever o futuro, reconhecer
seres et��reos, s��o intuitivos e possuem dom
de cura. Resumindo, s��o grandes m��diuns.
Nascem em qualquer classe social e
econ��mica. Geralmente comem pouco e s��o
mais delgados, possuem olhos grandes e
expressivos, com o l��bulo frontal ligeiramente
pronunciado e podem ser canhotos ou
ambidestros. T��m o dom de ver a aura das
plantas e dos animais, al��m de seres de outras
dimens��es, como fadas e gnomos. T��m
uma hipersensibilidade olfativa e t��til, chegando
a se incomodar at�� com a etiqueta das
roupas, pois preferem tecidos de algod��o
puro, mais macios.
A crian��a ��ndigo tem absoluta consci��ncia
daquilo que est�� fazendo, �� rebelde por
temperamento e n��o responde �� autoridade.
N��o adianta ficar dando ordens a um ��ndigo,
porque ele ser�� sempre teimoso. Tamb��m
n��o teme amea��as nem cede a chantagens.
�� preciso ter paci��ncia e explicar o porqu��.
S�� quando ele compreende a ordem, e ela faz
sentido para ele, �� que ele obedece. Se n��o,
pode obedecer, mas por obedi��ncia a uma
imposi����o paterna, o que faz com rebeldia.
Aprende de forma diferente, mais pela
pr��tica do que pelo estudo. E, depois que
aprende, desinteressa-se pela coisa e larga
para l��.
�� aquela crian��a que ganha um brinquedo
e logo larga, n��o por ser mimada, mas
porque, ao conhecer todo o seu funcionamento,
n��o se interessa mais por ele e quer
outro, para aprender outras coisas.
Ou �� destrutiva, n��o por perversidade,
mas por curiosidade. Como vem de uma dimens��o
onde os objetos n��o s��o familiares,
quando v�� algum objeto diferente, quebra-o
para poder olhar sua estrutura.
Da�� estar sempre querendo ganhar coisas
novas.
Est�� sempre perguntando por que em
cima de por que. Quanto mais a gente responde,
mais ela quer saber, at�� esgotar o assunto
e ficar satisfeita. E vai al��m do que v�� e ouve,
demonstrando curiosidade pelo que est�� por
tr��s das hist��rias, pelo que n��o estamos vendo
nos filmes.
Pode ter amigos imagin��rios e presta
aten����o a v��rias atividades ao mesmo tempo.
Gosta de video games violentos, pois essa ��
uma forma de gastar a energia que tem sobrando,
mas se sua energia n��o for bem direcionada,
pode ser violento.
Fala pelos olhos, desde beb��. N��o fica
em fila e vive atropelando as pessoas. N��o ��
capaz de permanecer sentada durante um
determinado per��odo. No cinema, ent��o, �� uma
tortura, porque est�� sempre chutando a cadeira
da frente.
Muitas vezes, por n��o compreendermos
a crian��a, acabamos n��o dando cr��dito a
seus dons, o que pode levar o ��ndigo �� introspec����o,
�� rebeldia, ao uso de drogas e
ao crime.
Quando uma crian��a falar ou fizer algo
que parece absurdo, devemos conversar com
ela, mas nunca rir, debochar ou brigar. Coisas
do tipo: pare de inventar, pare de mentir, n��o
tem nada a��, isso tudo �� imagina����o, que coisa
feia s�� v��o fazer com que a crian��a se
torne agressiva ou se encolha. Qualquer uma
das duas op����es n��o �� boa e vai tirar a espontaneidade
da crian��a.
A compreens��o �� o melhor caminho, at��
porque, a crian��a pode estar se referindo a
algo aparentemente absurdo para n��s, mas
que est�� realmente vendo ou ouvindo ou que
est�� registrado na mem��ria dela como algo
vivido em outra dimens��o ou outro planeta.
E temos que nos conscientizar: n��o ��
porque somos adultos que detemos o privil��gio
da verdade.
A imensa maioria dos ��ndigos �� hiperativa
ou tem o que se chama TDAH - Transtorno
do D��ficit de Aten����o com Hiperatividade. S��o
crian��as agitadas e com dificuldade de concentra����o.
Como possuem uma vis��o diferenciada
das coisas, n��o se d��o bem em escolas
tradicionais, tornando-se quase insuport��veis.
O melhor tratamento que podemos
dar a um ��ndigo ou mesmo ao hiperativo �� o
amor. Temos que nos conscientizar de que a
crian��a n��o �� um adulto em miniatura, muito
embora, ��s vezes, se comporte como tal.
�� um ser em forma����o, que necessita de
aten����o e carinho. N��o precisamos mim��-la,
mas tamb��m n��o devemos exigir muito dela.
�� preciso observar a conduta das crian��as,
evitando puni����es e, ao mesmo tempo,
colocando limites atrav��s do di��logo e da compreens��o.
A agressividade os torna rebeldes,
o que pode levar alguns ao crime.
S��o crian��as dif��ceis no tratamento di��rio,
mas afetuosas. Para conquist��-las, basta trat��-
las com amor. Devemos educ��-las apelando
para a l��gica e o bom senso. Devem ser orientadas
e esclarecidas tantas vezes quantas
forem necess��rias. Devemos coloc��-las no
colo, fazer-lhes carinho, ensin��-las a orar e a
conhecer as coisas divinas. Temos que lhes
dar valores, porque elas s��o diferentes, mas
precisam ser ensinadas.
S��o como diamantes brutos: com toda a
beleza e brilho, s�� precisando ser lapidadas.
Essa �� a melhor forma de tratarmos as
crian��as, sejam ��ndigos ou n��o.
20
Os animais merecem
nosso respeito
Na escalada da evolu����o humana, j��
passamos por todos os reinos. E os animais,
assim como n��s, seguem seu processo de
evolu����o. S��o vidas que devem ser respeitadas,
protegidas e amadas.
Todos os animais merecem o nosso respeito,
assim como as plantas e os minerais.
Tudo o que �� vivo pertence �� natureza e ��
digno de considera����o, e n��s temos que nos
acostumar a ver as criaturas do mundo como
seres iguais a n��s, em busca de evolu����o.
Certas doutrinas espiritualistas afirmam
que passamos por uma escala de evolu����o
93
que se inicia l�� no mundo mineral, passa pelo
vegetal e o animal, at�� alcan��ar o hominal.
Ora, se j�� passamos pelo est��gio de
pedra, por que temos que tratar os minerais
apenas como fonte de riquezas, destruindo
e esgotando, descontroladamente, as jazidas
naturais?
Se j�� vivemos como plantas, por que arranc��-
las sem qualquer necessidade, simplesmente
pelo prazer de destruir ou nos divertir?
Elas servem ao nosso alimento, nos d��o
sombra e beleza, ent��o, tenhamos mais respeito
e procuremos trat��-las com carinho, sem
arrancar o que n��o �� necess��rio.
E se um dia j�� fomos c��es ou gatos,
por que �� que os maltratamos tanto? Por que
n��o conseguimos ver nos animais nossos
irm��os em crescimento, t��o dignos de amor e
respeito quanto cada um de n��s? Deus n��o
estabelece privil��gios entre suas criaturas, ent��o,
o que nos d�� o direito de sermos t��o
arrogantes e acharmos que somos os melhores,
os mais perfeitos e os preferidos dentre
toda a obra do Criador?
Deus ama a todos com igualdade: humanos
e animais, vegetais ou minerais, estamos
todos no mesmo patamar do amor de Deus.
Somos n��s que estabelecemos distin����es
em hierarquias e valores, n��o Ele.
�� por isso que temos que estar atentos,
sobretudo aos animais. Eles n��o s��o simplesmente
coisas. Podem s��-lo para o Direito,
que n��o tem compromisso com as verdades
divinas. Os animais n��o t��m senso moral, mas
n��s temos.
Por isso, quando um animal machuca algu��m,
ele n��o sabe o que est�� fazendo. Temos
o direito de nos defender e nos proteger, fazendo
uso dos meios necess��rios.
N��o nos cabe, todavia, o direito de atac��-
los sem motivo. Se temos senso moral,
sabemos discernir entre o que �� certo e errado.
Logo, estamos em condi����es de compreender
que o mal que deliberadamente
fazemos a um animal n��o est�� de acordo
com a no����o, inerente a todo ser humano,
do que devemos ou n��o fazer.
Temos uma intelig��ncia mais elaborada,
cabe a n��s a dire����o do mundo, vivemos em
posi����o de superioridade no que concerne
a outros seres do planeta.
Por esse motivo, a responsabilidade ��
nossa. Somos n��s, seres humanos, os maiores
respons��veis pela evolu����o dos animais, sobretudo
aqueles postos sob a nossa guarda.
Se os tratamos bem, contribu��mos para
que cheguem mais r��pido �� individualiza����o
e, conforme algumas doutrinas, ao est��gio de
humanos. Se, ao contr��rio, os maltratamos, atrasamos
sua ascens��o rumo ao reino hominal.
Hoje em dia, lamentavelmente, h�� muitas
pessoas que ainda n��o aprenderam a necessidade
de respeito aos animais.
Tudo bem, �� preciso compreend��-las tamb��m,
mas nada melhor do que o exemplo.
Aqueles que mais sabem s��o chamados a
contribuir com o esclarecimento do mundo
atrav��s de suas atitudes.
Assim, se n��s que sabemos que n��o
devemos maltratar os animais come��armos
a trat��-los com carinho, outros tamb��m o
far��o, seguindo o nosso exemplo.
J�� n��o �� mais tempo de crueldade; ��
tempo de mansuetude e docilidade. N��o
precisamos compactuar com atitudes agressivas,
como a exposi����o desnecess��ria de
animais sofrendo torturas, passando fome,
definhando ante olhares impass��veis. N��o
temos que deix��-los presos, amarrados, esquecidos.
Muito menos abandonados.
Abandonar um animal �� uma atitude
deveras cruel, um atentado contra a pr��pria
natureza. O animal fica assustado, desesperado
mesmo, tra��do por aquele que, no mundo, era
quem mais deveria lhe transmitir confian��a.
Tudo isso gera desequil��brio na natureza
que, no futuro, dever�� ser restaurado. Nenhum
gesto humano passa despercebido pelas leis
que governam o universo, do qual todos n��s
somos uma parte muito ��nfima.
Assim, maltratar um animal atrai consequ��ncias
dolorosas para aquele que o maltratou.
Ao contr��rio, trat��-lo bem ilumina a nossa
alma, nos enche de alegria e nos torna seres
muito mais aben��oados.
21
Para sermos
mansos e pac��ficos
Toda a����o gera uma rea����o. A����es de
viol��ncia, geralmente, provocam rea����es igualmente
violentas. A n��o ser que n��s comecemos
a agir e reagir de forma diferente.
Estamos vivendo num mundo realmente
confuso, numa ��poca de transi����o que est��
trazendo muitas dores ao nosso planeta e,
consequentemente, a n��s tamb��m.
As agress��es na vida s��o muitas e as
mais variadas: somos agredidos no trabalho,
pelo chefe que nos humilha; somos agredidos
numa loja ou reparti����o, porque o atendente
ganha mal e n��o tem paci��ncia nem educa����o;
somos agredidos no tr��nsito, quando
levamos uma fechada ou outro motorista nos
xinga; somos, muitas vezes, agredidos do nada,
quando algu��m nos d�� um fora aparentemente
inexplic��vel.
O que fazer? A f��sica nos diz: toda a����o
provoca uma rea����o de igual intensidade e
em sentido contr��rio. Essa lei, de a����o e rea����o,
pode e deve ser aplicada a todas as nossas
rela����es da vida.
Quando recebemos uma a����o que nos
agride, temos a tend��ncia de reagir da mesma
forma, e o resultado ser�� a devolu����o da
viol��ncia, que vai rebater no agressor, e voltar,
e ser devolvida, e tornar a rebater, e isso
n��o termina.
Por conta dessa lei, ocorrem verdadeiros
desastres, a come��ar pelos nossos lares.
Vivemos em constante reclama����o, gritando
uns com os outros, nos ofendendo, reagindo tal
qual sofremos a a����o.
A a����o �� o que provoca o resultado, e a
rea����o �� o resultado devolvido ao agente.
Ent��o, para quebrarmos o padr��o da rea����o,
precisamos simplesmente n��o reagir.
A viol��ncia n��o est�� somente nos gestos
truculentos dos brutos que fazem as guerras,
cometem assassinatos ou explodem como
homens-bomba. Ela tamb��m est�� dentro de
n��s, e essa, na maioria das vezes, �� a mais
dif��cil de ser percebida.
N��o conseguimos visualizar a viol��ncia
quando reagimos �� a����o do outro. Ao contr��rio,
achamos que �� nosso direito reagir ��s
ofensas. Quando algu��m nos agride, nosso
orgulho nos estimula a revidar, porque n��o queremos
ser chamados de bobos nem admitimos
que algu��m fique por cima de n��s, na nossa
vis��o distorcida.
Responder na mesma moeda s�� aumenta
a viol��ncia, seja verbal, seja f��sica. Temos
sempre que responder com o sentimento
oposto. Se algu��m nos diz palavras de ��dio,
temos que aprender a enviar o inverso, que
�� o amor.
Lembremos de Jesus. Ele jamais reagiu.
Quando algu��m o ofendia, ele respondia com
palavras de sabedoria e demonstrava, com as
suas atitudes, sua natureza pac��fica e infinitamente
superior �� dos homens.
O que n��s fazemos, quase sempre, �� nos
igualarmos ao agressor em todos os sentidos.
Respondemos �� altura e, o que �� pior, nos
sentimos orgulhosos disso, porque assim
ningu��m vai nos chamar de idiotas.
Mas ser�� que devemos nos orgulhar de
atitudes que envenenam o nosso esp��rito? Logo
nos sentimos mordidos e damos o troco.
Agimos todos na mesma sintonia, embarcamos
na mesma onda de intoler��ncia e, com isso,
vamos alimentando a viol��ncia.
�� dif��cil nos policiarmos e dominarmos a
nossa pr��pria agressividade, contudo, se fosse
f��cil, n��o ser��amos seres humanos.
Reencarnamos para aprender e evoluir,
dominando nossos instintos mais primitivos,
dentre os quais se encontra a viol��ncia. N��o
temos que nos igualar ao agressor.
Quem executa uma senten��a de morte
possui o mesmo instinto que o condenado.
Quem n��o tem o instinto de matar n��o aceita
esse emprego.
A viol��ncia �� um grande mal no nosso
planeta e precisa ser combatido. Mas n��o se
combate a viol��ncia com mais viol��ncia. Sem
falar que atra��mos esp��ritos que vibram nessa
sintonia de ��dio e agressividade, e que v��o
estimulando em n��s comportamentos violentos,
para provocar mais rea����o e, com isso, se
alimentarem de tanto ��dio.
O mundo precisa �� de amor, que trar��
a paz a todos os povos. �� engano nosso
acharmos que n��o temos nada com isso, que
o problema do vizinho n��o �� nosso. N��o ��
diretamente, mas indiretamente, sim.
Se come��armos a agir de forma amorosa,
outros acabar��o se contagiando, at�� que
chegar�� o momento em que todo o planeta
estar�� vibrando na mesma sintonia de amor.
Isso �� sonho? N��o, �� responsabilidade
nossa, faz parte do nosso dever de colaborar
com o equil��brio da nossa humanidade.
Temos apenas que ter coragem e come��ar,
fazer a nossa parte, independentemente do
que est��o fazendo os outros.
S�� que n��s, infelizmente, ainda temos
uma natureza vingativa, mesmo que n��o nos
apercebamos disso. Falamos mesmo: bandido
tem que morrer, sem nem nos lembrarmos de
que, muito provavelmente, j�� fomos como
ele um dia, em alguma vida passada.
E �� ilus��o achar que matar um bandido
acaba com o problema. Ele s�� muda de lugar:
passa do mundo f��sico para o invis��vel e vai
continuar agindo segundo a sua natureza, s��
que com muito mais liberdade para influenciar
os encarnados que est��o em sintonia
com ele.
E quando �� que isso vai terminar? Vai
terminar quando n��s percebermos que o combate
�� viol��ncia tem que come��ar por n��s,
atrav��s da modifica����o de nossos pensamentos,
palavras e atitudes.
Isso n��o acontece da noite para o dia,
ent��o, temos que nos esfor��ar para conhecer
bem as verdades divinas, lendo e nos instruindo,
para que aprendamos a controlar a
agressividade em n��s, colocando-a sob o
dom��nio da nossa raz��o.
�� tudo uma quest��o de exerc��cio. Vamos
come��ar pelas coisas mais simples: se algu��m
nos xingar no tr��nsito, vamos pedir desculpas
e dar um sorriso.
Nosso chefe brigou conosco? Vamos nos
esfor��ar para fazer melhor e, se algu��m nos der
um fora, vamos abra����-lo e mostrar que n��o
guardamos m��goas nem rancor.
E se n��o conseguirmos nada disso?
Bom, ent��o s�� nos resta rezar para que Deus
nos d�� sabedoria para controlar nossos impulsos
mais destrutivos.
Somente atrav��s do exerc��cio constante
�� que aprenderemos a ser mansos e pac��ficos.
Mais ou menos como Gandhi, que
soube lutar pelos direitos de seu povo sem
o uso da viol��ncia, sem qualquer rea����o ��s
agress��es que sofria, apenas agindo com
amorosidade e respeito.
E s��o de Gandhi as seguintes frases, que
devem servir de reflex��o para nossas vidas:
"Aprendi, gra��as a uma amarga experi��ncia,
a ��nica suprema li����o: controlar
a ira. E do mesmo modo que o calor
conservado se transforma em energia,
assim a nossa ira controlada pode transformar-
se em uma fun����o capaz de mover
o mundo. N��o �� que eu n��o me ire
ou perca o controle. O que eu n��o dou
�� campo �� ira. Cultivo a paci��ncia e a
mansid��o e, de uma maneira geral, consigo.
Mas quando a ira me assalta, limito-
me a control��-la. Como consigo? �� um
h��bito que cada um deve adquirir e cultivar
com uma pr��tica ass��dua".
"A n��o viol��ncia n��o existe se apenas
amamos aqueles que nos amam. S�� h��
n��o viol��ncia quando amamos aqueles
que nos odeiam. Sei como �� dif��cil assumir
essa grande lei do amor. Mas todas
as coisas grandes e boas n��o s��o dif��ceis
de realizar? O amor a quem nos
odeia �� o mais dif��cil de tudo. Mas, com
a gra��a de Deus, at�� mesmo essa coisa
t��o dif��cil se torna f��cil de realizar, se
assim queremos".
"Ao rejeitar a espada, n��o tenho sen��o
a l��mina do amor para oferecer ��quele
que investiu contra mim. �� ao oferecer-
Ihe esta l��mina que espero sua aproxima����o.
N��o posso conceber um estado
de hostilidade permanente entre um homem
e outro. Pois, crendo na reencarna����o,
vivo na esperan��a que, se n��o
nesta vida humana mas numa outra,
poderei cingir toda a humanidade num
fraternal abra��o".
"S�� podemos vencer o advers��rio com
o amor, nunca com o ��dio".
E, h�� muitos anos, disse Joanna de
Angelis:
"Quando algu��m te atirar lama, n��o
fiques teimosamente �� frente, porque
ela te bater�� na face e te sujar�� por alguns
minutos. Quando algu��m o fizer,
sai do caminho. A lama passa e quem
a jogou ficar�� com as m��os sujas. Nunca
revides, para que n��o fiques enlameado
tamb��m".
Fa��amos deles o nosso exemplo.
22
Como ��
bom sorrir!
Para uma vida melhor, nada como sorrir.
O sorriso �� contagiante e capaz de transmitir o
que sentimos. Com ele, podemos levar uma
vida mais saud��vel e feliz.
Para o nosso dia ser mais feliz, temos
que nos acostumar a sorrir, mesmo quando
provocados pela agressividade do outro, que
nada mais �� do que um instrumento para
despertar algo que precisamos ver e reconhecer
em n��s.
�� claro que �� dif��cil sorrir quando somos
agredidos, mas se n��o respondermos
�� agress��o, se conseguirmos manter a serenidade
e a paci��ncia, o sorriso vai voltar
espontaneamente assim que o momento de
tens��o passar.
Temos que acabar com o mau humor.
Ele �� contagiante. Vindo diretamente do nosso
corpo emocional, impressiona outros corpos
emocionais que, no momento, estejam mais
sens��veis e aptos a captar-lhe a impress��o.
O sorriso, por outro lado, refletindo um estado
de esp��rito alto astral, tamb��m prov��m
do corpo emocional, que vibra na intensidade
da alegria e, consequentemente, �� capaz
de contagiar tamb��m.
Ou seja, somos capazes de enviar
��queles que nos rodeiam os sentimentos que
decorrem do nosso mau humor ou do nosso
sorriso. E cada um vai receber essas impress��es
como pode, de acordo com o seu
estado de esp��rito, direcionado pelo princ��pio
das afinidades.
Cabe a n��s, portanto, escolher com que
energias vamos nos afinizar.
Sorrir sempre n��o significa ser dissimulado
quando estamos com raiva ou com vontade
de chorar. Temos, acima de tudo, que
ser sinceros conosco.
O falso sorriso tamb��m n��o faz bem a
ningu��m. Precisamos aprender a vivenciar o
sentimento e, quando necess��rio, tentar transform��-
lo em algo mais positivo e saud��vel.
Assim, se estamos com raiva, por exemplo,
o melhor �� reconhec��-la, assumi-la e
ent��o transform��-la. Quando aprendemos a
fazer isso com simplicidade e naturalidade,
esvaziamos o corpo astral e abrimos espa��o
para sentimentos mais felizes e capazes de
restabelecer em n��s a capacidade de sorrir.
Transformar um sentimento que nos faz
mal significa lev��-lo ao outro extremo, ou seja,
tentar fazer dele o sentimento inverso que vibra
no lado oposto da mesma linha.
Para o ��dio, amor; para tristeza, alegria;
para irrita����o, toler��ncia; para inveja, admira����o.
E por a�� vai. Nem sempre conseguimos
fazer isso, contudo, o importante �� tentar. Sem
a tentativa, n��o corremos o risco de fracassar,
mas tamb��m n��o h�� vit��ria.
E quem n��o quer se sentir vitorioso sobre
suas pr��prias dificuldades? O que n��o
podemos �� deixar que as dificuldades nos
ven��am.
Assim, vamos compreendendo que o
sorriso h�� de ser o nosso estado natural e
permanente. Fei����es duras, tristes, iradas, impacientes,
debochadas e outras tantas, que
s�� a natureza humana conhece, h��o de ser
transit��rias.
Por isso �� t��o importante cultivarmos o
sorriso. Aos pouquinhos, vamos aprendendo
a substituir nossas caretas pelo exerc��cio
constante de sorrir e, em pouco tempo,
descobriremos que temos o poder de decidir
se queremos ou n��o ser afetados pelas
agress��es externas.
Diante da vida, vamos exercitar mais o
sorriso e contagiar aqueles que ainda n��o conseguiram
aprender a liberar suas emo����es
de forma saud��vel, harmoniosa e feliz.
23
Preconceito
j�� era
Nosso planeta �� um lugar lindo, maravilhoso,
a casa de todos n��s. Chegar�� o dia em
que viveremos num mundo sem fronteiras
nem discrimina����o. As diferen��as s��o saud��veis,
nos ajudam a compreender melhor a
vida em suas v��rias formas de manifesta����o.
Cada pessoa �� ��nica, mas todos temos a
mesma ess��ncia. Ainda vivemos a segrega����o,
julgando que estamos separados por fatores raciais,
��tnicos, culturais, econ��micos e sociais.
Mas essa separa����o n��o existe nem deveria
servir para justificar o preconceito. Diferen��a
n��o �� sin��nimo de inferioridade.
Quando uma pessoa �� diferente, ela s��
o �� se comparada com a maioria. N��o fazer
parte da maioria n��o significa que sejamos
criaturas menores. Trata-se apenas de uma
escolha, um modo de vida, uma tend��ncia.
Nada disso pode ser visto como motivo para
rep��dio ou intoler��ncia.
Temos que nos acostumar a ter respeito.
Mais ainda, precisamos desenvolver compreens��o.
��s vezes, respeitamos porque seguimos
regras de comportamento e educa����o. Mas
n��o entendemos, realmente. Intimamente, julgamos,
criticamos, condenamos, quando n��o
falamos mal. Tudo porque o orgulho nos faz
acreditar que detemos o privil��gio da verdade.
Quando realmente compreendemos, n��o
julgamos nem criticamos. Silenciamos quando
n��o encontramos palavras doces nem amigas
para dizer; falamos somente o necess��rio para
ajudar.
Preconceito �� coisa ultrapassada, de
mentes que n��o conseguem acompanhar a
evolu����o dos tempos. Quando o tempo modifica
conceitos, ele o faz atendendo �� necessidade
de afirma����o de valores. N��o s��o novos
valores. Respeito n��o �� um valor novo. Sempre
existiu. S�� que agora estamos sendo chamados
a exercit��-lo de verdade, porque o homem j��
encontrou o caminho do discernimento.
Nada justifica o preconceito. Jesus nunca
discriminou ningu��m. Ao contr��rio, tratava crist��os,
judeus e romanos com o mesmo amor.
N��o seria bom nos mirarmos no exemplo dele?
Sobre a
mediunidade
Mediunidade �� uma faculdade natural
e inata de todo ser humano. Consiste na
aptid��o que todos n��s temos de perceber
o mundo invis��vel. Essa percep����o pode
ser manifestada de v��rias formas, em v��rios
graus.
A mediunidade n��o �� privil��gio de poucos
nem de religi��o alguma. Todas as pessoas,
em maior ou menor escala, s��o m��diuns.
O que acontece �� que alguns, por uma
escolha pr��pria e muito peculiar de cada
indiv��duo, nascem com esse dom um pouco
mais acentuado, de forma a poder cumprir
na Terra os des��gnios tra��ados quando ainda no
mundo espiritual.
Trata-se de uma ferramenta de amor.
Quem �� m��dium tem um compromisso com
o bem. �� preciso educar a mediunidade,
investir no autoconhecimento e lutar para
vencer as m��s tend��ncias. N��o ganhamos
esse dom para nos divertir. Ele nos foi dado
para que aprend��ssemos a nos doar. Doando
de n��s, recebemos o mesmo da vida.
Todo m��dium deve ter disciplina, que
passa pelo bom senso e a maturidade espiritual.
Toda forma de regulamenta����o da
mediunidade e de seu exerc��cio deve se pautar
pelo discernimento.
Quem n��o sabe discernir entre o certo
e o errado ainda n��o est�� pronto para exercer
a mediunidade. Precisamos nos orientar
pelo exemplo. Constantemente, nossas atitudes
devem servir de exemplo, uns para os
outros. Temos que falar e agir tal qual falamos,
independentemente da imposi����o de
normas de conduta.
Quando o esp��rito amadurece suas qualidades
morais, n��o precisa que ningu��m lhe
diga o que pode ou n��o fazer. Ele, sozinho,
sabe identificar o comportamento adequado
e o irreverente.
O m��dium �� um orientador. Para isso,
precisamos ter o dom��nio da mediunidade.
Ela nos permite promover o nosso crescimento.
Atrav��s do autoconhecimento e do aux��lio
ao pr��ximo, vamos crescendo tamb��m.
Mas ela tamb��m representa um perigo
para os menos vigilantes. A falta de preparo,
sobretudo moral, leva muitos m��diuns
ao despenhadeiro da ilus��o, seduzidos pela
vaidade e o poder.
�� preciso equil��brio e um constante policiamento
de atitudes, palavras e pensamentos.
Ningu��m �� perfeito. Mas a busca da perfei����o
passa pelo reconhecimento das dificuldades
e pelo esfor��o para cont��-los.
Devemos saber dosar o valor de cada
coisa, agir de forma a sermos um bom exemplo
no mundo, ter amor e respeito. M��diuns
ou n��o, essas s��o experi��ncias que todo
ser humano deve aprender com a vida e a
observa����o do mundo.
Empregar a mediunidade no aux��lio ��
transforma����o do planeta �� tarefa confiada
a todos n��s, indistintamente. Ningu��m �� melhor
do que ningu��m, nem mais s��bio, nem
mais inteligente, nem mais evolu��do.
Quem est�� seguro de seu papel no
mundo, n��o deixa passar a oportunidade de
aprender e servir.
25
Viver
com prazer
Vivemos uma ��poca de insatisfa����o
geral. Pressionados pela necessidade de ter,
vamos abrindo m��o de nossas habilidades
inatas em fun����o de um cont��nuo enriquecimento.
Os valores materiais ainda dominam o
mundo, transformando o trabalho em uma m��quina
de produzir riquezas. O prazer ficou
para tr��s. A alegria de viver cedeu lugar ao
sucesso profissional.
�� claro que o sucesso profissional traz
realiza����o e felicidade. Quando conquistado
pela for��a de um ideal interior. N��o adianta a
gente lutar para seguir um caminho de prosperidade
se tiver que abrir m��o dos valores da
alma. Precisamos aprender a realizar a nossa
vontade, n��o o que julgamos mais conveniente.
Resgatar a simplicidade da vida n��o ��
f��cil. Cada vez mais nos embrenhamos num
mundo de satisfa����o das exig��ncias sociais,
em detrimento daquilo com que realmente
sonhamos.
E vamos nos distanciando da nossa
ess��ncia, at�� que come��amos a perder de
vista nosso verdadeiro Eu. Passamos ent��o a
agir muito mais pelo que devemos ser do
que pelo que somos de verdade.
Para modificar essa ilus��o e encontrar
a verdadeira felicidade, temos que nos desapegar
de muitas coisas. A felicidade est�� na
realiza����o daquilo que nos d�� prazer.
Entenda-se por prazer uma satisfa����o
genu��na, fruto da satisfa����o de metas saud��veis,
dignas e edificantes. O prazer gerado
pelos desequil��brios, os excessos e os desejos
desenfreados nada mais �� do que tortuosa
ilus��o. Perde-se o que �� transit��rio, fica
a sensa����o do vazio.
Quando fazemos o que nascemos para
fazer, o prazer �� certo e a abund��ncia �� con
sequ��ncia. Alegria de viver �� fonte de sucesso.
E sucesso �� uma realiza����o da alma, algo
t��o poderoso que atrai, naturalmente, as coisas
boas da vida.
Cada um de n��s foi dotado de um talento.
Ao nascer, atra��mos do universo dons que
est��o alinhados com a natureza da nossa alma.
E se hoje nos distanciamos dessa ess��ncia
mais pura, �� porque priorizamos a necessidade
de dom��nio das coisas da mat��ria.
N��o devemos nos sentir culpados nem
nos desfazer do que legitimamente conquistamos.
O que precisamos �� tentar conciliar
o desprazer do cotidiano com momentos
daquela genu��na alegria. Procurar realizar
sonhos antigos, que julgamos esquecidos
ou superados. Nada que reverte em favor da
nossa alegria estar�� ultrapassado.
Chegou a hora de ingressar naquela aula
de dan��a, de pintura, de ingl��s. De rabiscar
uns poemas, cuidar de animais, fazer docinhos,
croch��, bordados. Criar um blog, escrever
o que vier �� cabe��a, jogar jogos de computador.
Cuidar do jardim, cultivar flores, fazer
artesanato, costurar, aprender a cozinhar.
Voltar a estudar, tirar fotografias, tocar piano,
viol��o ou bateria. Qualquer coisa que se
tenha vontade e que n��o transgrida as normas
de limite e respeito. Tudo isso s�� pelo
prazer da realiza����o.
Esses s��o artif��cios para tentarmos resgatar
o prazer perdido ou substitu��do pelas
exig��ncias do mundo moderno. Atender aos
nossos sonhos n��o �� irrelevante.
N��s n��o somos sup��rfluos. Somos importantes,
temos o direito de ser felizes. E
para isso, precisamos acreditar que merecemos
toda felicidade que a vida pode nos
proporcionar.
Fa��amos hoje algo que nos d�� prazer.
Amanh�� colheremos as alegrias.
26
Ilus��es
do mundo
As ilus��es enxameiam por toda parte. De
t��o acostumados a elas, pensamos que s��o
as coisas que realmente possuem valor na
vida. Todos n��s somos enredados por suas
teias, porque tudo o que fazemos tem por
objetivo a satisfa����o dos nossos desejos.
Estamos acostumados a tachar as coisas
de realidade ou ilus��o, conforme se encaixem
ou n��o nas limitadas possibilidades
desse mundo material em que vivemos.
E essa pode ser a nossa primeira ilus��o.
N��s e as coisas que aqui est��o s��o a ��nica
realidade do momento, vis��veis e palp��veis,
percept��veis aos nossos sentidos.
Mas nem s�� de mat��ria f��sica o homem
e o mundo s��o feitos. Para al��m dessa nossa
estreit��ssima realidade de tr��s dimens��es,
muitas outras existem, ��s quais, por enquanto,
ainda n��o temos condi����es de compreender
nem experienciar.
Com o intuito de ganhar experi��ncias
e evoluir, nossa alma mergulha no f��sico, onde
recebe cinco sentidos, por interm��dio dos
quais, far�� contato com o mundo. Atrav��s
deles, experimentamos todas as coisas que a
mat��ria pode oferecer.
Como esse mundo �� voltado para a satisfa����o
dos desejos materiais, nossa alma,
esquecendo-se de sua origem divina, deixa-
se seduzir pelos prazeres e despenca no
abismo das ilus��es.
Descendo ao mundo f��sico, nosso esp��rito
perde a alegria genu��na que tinha quando
ainda ligado �� divindade. Como n��o temos
mais a alegria interior, passamos a busc��-la
no mundo externo.
Da�� porque nos apegamos a tudo que
parece nos trazer felicidade ou prazer, assim
como repelimos o que nos causa dor.
A sedu����o dos sentidos opera em todos
n��s, independentemente de condi����o social,
econ��mica ou cultural. Quanto mais inteligentes,
cultos e s��bios pensamos que somos, mais
f��cil nos enredamos nas teias dessa ilus��o.
A erudi����o, muitas vezes, traz a arrog��ncia
e o orgulho, dificultando a compreens��o
das verdades divinas, que s��o muito
simples. Tudo o que se faz com amor recebe
o reconhecimento da natureza, e para amar,
ningu��m precisa ser s��bio.
Isso n��o quer dizer que n��o devemos
ter desejos ou que devemos lutar contra eles.
O que precisamos �� de discernimento. N��o
podemos nos tornar escravos dos nossos
desejos. Temos que domin��-los, em vez de
permitir que eles nos dominem.
Quando isso acontece, abra��amos o
materialismo e nos afastamos dos verdadeiros
valores do esp��rito, descendo cada vez mais
fundo no oceano inebriante das ilus��es.
O que desejos n��o podem �� se transformar
em v��cios. A vigil��ncia sobre os nossos
sentidos deve ser constante. Precisamos de
discernimento para reconhecer quando os
desejos est��o ultrapassando os limites da
razoabilidade para podermos fre��-los.
O exagero n��o faz bem a ningu��m. Quando
percebermos que estamos exagerando,
temos que ter for��a de vontade para renunciar.
Ren��ncia n��o �� pouco caso nem neglig��ncia.
�� desapego.
Tudo o que conquistamos honestamente
�� nosso por direito e nos �� l��cito aproveitar.
Mas precisamos ter consci��ncia de que n��o
somos donos, realmente, de nada. Somos meros
usufrutu��rios dos bens terrenos.
Nada nos pertence de verdade. Usamos
tudo por empr��stimo da vida. Quando morremos,
devolvemos a ela os bens conquistados
para serem transferidos a outros, sem
que nada possamos fazer quanto a isso.
Temos que aprender a separar o que ��
real do que �� ilus��o. Esse reconhecimento
decorre do tempo de perman��ncia das coisas
em nossas vidas.
Tudo o que �� passageiro �� ilus��o. Apenas
o que dura para sempre �� real. Transit��rias s��o
as posses materiais. Ao desencarnar, elas
ficam por aqui. E se depositarmos nisso a nossa
felicidade, a consequ��ncia �� que ela ficar��
aqui tamb��m.
Eternas s��o as conquistas do esp��rito:
amor, amizade, respeito... Todos os sentimentos
nobres s��o para sempre. S��o eles
que partem conosco quando vamos embora.
S��o tesouros inestim��veis, inesgot��veis e perenes.
�� o nosso mundo interior, nossa ess��ncia
real. Uma vez adquiridos, esses valores
ser��o nossos por todas as vidas.
Mas os desejos n��o s��o um mal em
si. Eles s��o necess��rios �� continua����o da
vida. Quem n��o tem desejos n��o sonha.
Consequentemente, n��o luta e n��o progride.
Nada na natureza �� est��tico, logo, precisamos
de algo que nos estimule ao movimento
e ao crescimento.
O que nos faz deturpar os desejos e
cair nas teias da ilus��o �� a nossa ignor��ncia
espiritual. Para aprendermos o lugar e o valor
certo de cada coisa, temos que investir no
nosso aperfei��oamento moral.
Autoconhecimento e autodisciplina levam
�� liberta����o da alma. Libertando-nos, podemos
desfrutar dos prazeres da mat��ria sem
nos misturarmos ou nos deixarmos dominar
por eles.
E a liberdade �� a maior conquista que
o ser humano pode empreender.
27
Resistir
para qu��?
Resist��ncia gera sofrimento. Nada na vida
�� imut��vel, n��o podemos pretender que as
coisas continuem as mesmas para sempre.
Se a vida se modifica, temos que nos modificar
junto com ela.
Quem resiste ��s mudan��as n��o escapa
de sofrer. Quando a vida nos leva numa dire����o,
�� porque aquela �� a melhor para n��s,
ainda que n��o a queiramos ou n��o a compreendamos.
N��o podemos nos fixar em lugar nenhum,
porque nenhum lugar �� nosso de verdade. N��s
ocupamos lugares temporariamente, enquanto
precisamos ali permanecer para aprender
ou evoluir.
Mas nada, absolutamente nada que se
passa nesta vida �� para sempre. As coisas
mudam porque n��s precisamos mudar.
��s vezes necessitamos de uma provoca����o
para reconhecer essa mudan��a. E quando
n��o nos sentimos preparados ou temos
medo, nossa tend��ncia �� resistir.
��s vezes d�� medo investir no novo. Os
h��bitos nos trazem seguran��a, porque com
eles caminhamos por terrenos conhecidos.
No entanto, essa acomoda����o n��o nos
faz crescer. Quando apenas repetimos o
que j�� sabemos, n��o nos damos a oportunidade
de vivenciar experi��ncias capazes de
nos trazer maturidade e sabedoria.
N��o podemos nos fazer surdos ao chamado
da vida. Quando as mudan��as se apresentam,
n��o temos que tem��-las. Devemos
ter cautela, sim, mas n��o medo. Muito menos
resist��ncia. O fato de resistirmos n��o vai impedir
que as coisas aconte��am.
E quando elas acontecem, ou n��s ficamos
para tr��s, ou teremos que correr para alcan����-
las depois. Porque o mundo n��o vai parar s��
porque n��o queremos aceitar que as coisas
s��o como devem ser.
Isso n��o significa conformismo. Absolutamente!
O conformista n��o questiona, aceita
tudo por imposi����o ou covardia. N��o �� disso
que se trata.
Trata-se aqui de um reconhecimento
das coisas que est��o al��m do nosso poder
de disposi����o. Nem tudo est�� sob o nosso
controle, n��o temos dom��nio de todas as situa����es
da vida.
Exemplificando: Se a empresa em que
trabalhamos vai �� fal��ncia, ficamos desempregados,
sem que nada possamos fazer.
Contra esse fato, n��o adianta lutar. N��o d��
para espernear, chorar, lamentar porque perdemos
o emprego. Temos que aceitar, mas
n��o precisamos nos conformar.
O conformismo leva ao des��nimo. A aceita����o
leva �� reflex��o e �� busca de solu����es.
No primeiro caso, a bebida pode anestesiar
a dor. No segundo, o esfor��o e a garra acabar��o
levando a um emprego melhor. Cabe a cada
um escolher como vai encarar as mudan��as
operadas em sua vida.
Quando coisas ruins acontecem, s��o
por um motivo que nos favorece, mesmo que
n��s n��o consigamos compreend��-lo nem
enxerg��-lo.
Deus �� bom, s��bio e justo. N��o transformaria
a nossa vida num inferno s�� para nos
ver sofrer. Aprendamos a confiar mais em
Deus e a reconhecer Sua atua����o em todos
os momentos da nossa exist��ncia.
Deus nunca erra. Ent��o, por que pensar
que �� um erro o que Ele faz por n��s?
28
A verdadeira
doen��a da alma
A homossexualidade n��o �� uma enfermidade
espiritual. Doen��as da alma s��o as m��s
tend��ncias do homem, seus maus pensamentos,
sentimentos e atos.
Falar mal da vida alheia �� uma doen��a.
Julgar e criticar �� outra. Matar, roubar, mentir,
trapacear, estuprar, esses s��o males que ningu��m
questiona.
O sexo pode se transformar numa doen��a
quando gera desequil��brio. Desrespeito,
excessos e promiscuidade s��o fatores de desequil��brio,
independentemente do tipo de rela����o,
se homo ou heterossexual.
A homossexualidade n��o �� um desvio,
patologia, desequil��brio ou qualquer outra
anomalia. Trata-se apenas de mais um caminho
de crescimento.
N��o �� propriamente uma op����o da carne.
Muito antes de reencarnar, o indiv��duo j�� traz
essa tend��ncia ou mesmo escolha. As raz��es
s��o muitas e as mais variadas, e a ningu��m
cabe perquiri-las ou julg��-las. Cada qual com
suas viv��ncias vai desencadeando o crescimento
da alma.
O que conta na hora da avalia����o das
obras da vida s��o as a����es boas ou equivocadas
que adotamos. O que pesa na balan��a
da nossa consci��ncia �� o cora����o, n��o o sexo.
Importante �� ser uma boa pessoa, honesta,
sincera, digna. Todo o mais decorre das experi��ncias
necess��rias ao aprendizado incessante
do esp��rito.
Todos os seres humanos s��o iguais em
ess��ncia, n��o h�� nada que nos distinga de
nossos semelhantes. O que faz diferen��a na
outra vida �� a quantidade de culpa que jogamos
em nossos ombros, n��o importa se dela estejamos
conscientes ou n��o.
�� medida que vamos compreendendo
por que agimos de forma contr��ria ��s leis
da natureza, vamos aprimorando nosso ser e,
consequentemente, deixamos de nos maltratar.
Disso tudo resulta que a homossexualidade
n��o �� um fator de puni����o nem traz
consequ��ncias dolorosas para ningu��m. A puni����o,
quem imp��e �� o pr��prio indiv��duo, que
n��o se aceita nem tem coragem de assumir
o que realmente ��. E as consequ��ncias n��o
diferem em nada daquelas geradas por qualquer
criatura que esteja agindo com desamor.
Tudo o que vem das mais variadas Escrituras
foi escrito e interpretado pelo homem. A
palavra de Deus �� uma s��: amor. Quem aprendeu
a amar j�� sabe, em seu ��ntimo, qual a
vontade de Deus. Para amar, ningu��m precisa
ser bonito, rico, inteligente ou heterossexual.
Basta ter um cora����o puro e simples. Este ��
o verdadeiro valor da vida.
Compreender e aceitar a homossexualidade
�� uma quest��o de respeito. Respeitar
�� n��o julgar, n��o olhar o outro como se ele
fosse um pecador digno de piedade. ��s vezes,
s�� de dizer que n��o devemos julgar, j�� estamos
julgando.
Quando falamos: "n��o julguemos o transgressor",
j�� estamos definindo que ele transgrediu
alguma norma.
E quem somos n��s para estabelecer
essas normas e fazer tal avalia����o?
Jesus nunca julgou ningu��m, na acep����o
mais pura do que seja julgar. Ele simplesmente
amava e compreendia.
N��o devemos criar r��tulos nem disfar��ar
o preconceito sob a falsa apar��ncia da compaix��o.
Dizer que n��o tem preconceito, mas
n��o aceita ��, no m��nimo, uma ilus��o, ainda
que para si mesmo.
A aus��ncia de preconceito �� genu��na
quando aceitamos o outro sem questionar
ou nos importar com suas condi����es de vida,
sejam elas ��tnicas, sociais, financeiras, culturais
ou sexuais.
Tampouco devemos tentar modificar a
ess��ncia do pr��ximo nem incutir-lhe medos
ou culpas desnecess��rias.
Ajudamos um homossexual simplesmente
mostrando-lhe que se aceitar �� o caminho
para uma vida feliz e que Deus n��o ir�� puni-
lo nem o amar�� menos por isso.
Ali��s, melhor mesmo seria pararmos de
definir as pessoas, qualific��-las ou cham��-
las de qualquer coisa. As pessoas simplesmente
s��o pessoas.
Quem quiser se aproximar de Deus, basta
amar a si mesmo e ao outro.
29
Momento de
transforma����o
A reforma do mundo �� pessoal e ��ntima,
n��o um cataclismo que ir�� pulverizar o planeta.
A pulveriza����o �� interna, dos nossos
v��cios, de nossas tend��ncias mais daninhas.
Isso �� feito no sil��ncio de cada alma, na intimidade
do ser. A modifica����o do mundo s��
depende de n��s.
Esp��ritos dos mais variados graus de
evolu����o est��o reencarnando na Terra. Todos
os que pediram receberam a ��ltima oportunidade
para tentar evoluir.
�� por isso que o mundo parece estar
naufragando nas guerras, na corrup����o, no
desrespeito. O orgulho, a mentira, a gan��ncia
e o ego��smo se espalham por todos os cantos.
Mas nada de desespero. O momento
�� de sele����o. Tudo isso acontece para que
aqueles que nos governam possam separar
o joio do trigo. Nessa sele����o natural n��o
h�� escolhidos.
Cada um �� respons��vel pelo seu pr��prio
destino, mas os que conquistar��o o direito
de aqui permanecer ser��o apenas aqueles
que conseguirem despertar para as verdades
do esp��rito.
E n��o adianta tentar ludibriar a vida. Ela
�� s��bia, n��o se deixa enganar. O melhor que
cada um de n��s tem a fazer �� refletir sobre os
acontecimentos e sobre n��s mesmos, tentando
identificar nossas dificuldades para
lev��-las pelo caminho da transforma����o.
�� assim que o mundo ir�� se transformar:
quando n��s transformarmos a n��s mesmos.
Para aqueles mais empedernidos, apegados
��s ilus��es do mundo, resta apenas a
conforma����o com o futuro, com um renascimento
primitivo, penoso em mundos inferiores,
para que, por meio do trabalho ��rduo,
consigam valorizar o que deixaram para tr��s.
Ainda h�� tempo de evitar essa sorte.
Temos que tentar deixar de mentir, de
enganar, de trapacear, de procurar levar vantagem
em tudo, de dar tanto valor ao dinheiro,
em detrimento da dignidade e da justi��a.
Cada um de n��s tem em seu interior sementes
que podem e devem ser germinadas.
Sentimentos nobres s��o naturais. Deixar brotar
o amor, a amizade, o respeito s��o caminhos
certos para a nossa liberta����o.
Temos que nos preocupar conosco. Nada
de ficar ligados no outro, procurando justificar
nossas falhas com a atitude dele.
Cada um �� senhor da sua vontade e, consequentemente,
dos fatos da�� resultantes.
Muitos n��o cr��em em nada disso. �� melhor
fingir que n��o v�� do que ter que assumir
o que viu. Quando a gente sabe de alguma
coisa, tem que tentar se modificar. Ningu��m
pode alegar ignor��ncia quando tem conhecimento,
logo, n��o pode dizer que errou porque
n��o sabia.
Aos que acreditam, fica a certeza de
que nada est�� perdido e que o principal
em tudo isso �� nos concentrarmos em n��s
mesmos.
No somat��rio das individualidades modificadas
�� que reside o cerne da transforma����o
do mundo.
Basta escolhermos de que lado queremos
estar.
30
N��o abandone
os animais
Aconteceu numa das minhas viagens.
Estava eu em Roma, h�� alguns anos, quando
me deparei com um c��o perdido. Era um cachorro
de ra��a, grande, muito esperto e ativo.
Levou algum tempo at�� eu compreender que
era um "daqueles".
Era minha primeira viagem ao exterior.
Percorrendo as estradas da It��lia, observei
v��rias placas com os dizeres: "n��o abandone
os animais".
Estava escrito em italiano, e apesar de
eu n��o saber falar essa l��ngua, deu para compreender
perfeitamente. Ainda mais porque
a frase estava ilustrada com a figura de um
cachorrinho em l��grimas, carregando nas
costas uma trouxinha amarrada num cabo
de vassoura.
Eu j�� havia ouvido falar desse problema,
j�� tinha lido a respeito no jornal. Pessoas que
compravam animais e, quando queriam sair
de f��rias, simplesmente os abandonavam,
para, no ano seguinte, comprar outro e fazer
a mesma coisa, e assim, sucessivamente.
Sabia que, na Europa, esse procedimento
era comum. O que n��o esperava era me deparar
com um desses animais bem no meio
da minha viagem.
Vinha eu caminhando pela rua com uma
amiga quando o cachorro apareceu. Pelo porte,
dava para perceber que n��o era de rua. O
bicho veio correndo, abanando o rabo, farejando
todo mundo que passava.
Olhei curiosa. Ele estava feito doido,
andando a esmo, tentando seguir os transeuntes.
De vez em quando, chegava perto
do meio-fio e espiava para a rua, olhar comprido,
como que �� procura de algu��m.
E quando um carro parava, ele se aproximava
correndo, tentando entrar pela porta
aberta. Foi uma agonia.
Acho que ele percebeu o quanto eu estava
sensibilizada, porque se aproximou de mim,
cheirando a minha m��o. Por uns momentos,
acariciei sua cabe��a, e l�� veio ele me seguindo.
Queria muito traz��-lo para casa, tamanha
a compaix��o que senti. Mas n��o podia. Afinal,
eu moro no Rio e estava em Roma, ainda por
cima, de passagem.
Foi dif��cil para mim fingir que ignorava
aquele cachorro. Mais do que isso, fingir que
n��o percebia sua dor, sua frustra����o, seu medo.
Acho que ele n��o entendia o que estava se passando,
pensava que seus donos, a qualquer
momento, apareceriam para lev��-lo.
Mas n��o foi o que aconteceu nem aconteceria.
Ele era um cachorro abandonado.
Eu n��o tinha op����o. Apressei o passo,
evitando olhar para tr��s, para que ele parasse
de me seguir. Foi o que ele fez, talvez decepcionado
com a minha atitude. Ele n��o fazia
ideia do quanto eu sofri com aquele gesto
contrariado.
Naquele momento, senti a dor dele e n��o
pude fazer nada. Apenas coloquei os ��culos
escuros e chorei.
Isso aconteceu de verdade comigo, assim
como deve ter acontecido com mais algu��m.
Embora seja mais comum na Europa, existem
pessoas aqui no Brasil que tamb��m fazem
isso, por v��rios motivos, seja porque o animal
ficou doente, seja porque elas est��o cheias
de cuidar de um bichinho.
Por isso, antes de adotar ou comprar um
animal, pense bem se �� o que voc�� realmente
quer. Ter um bichinho de estima����o �� coisa
s��ria.
Quando tomamos um animal aos nossos
cuidados, nos tornamos respons��veis por
ele. De n��s depende o seu desenvolvimento
f��sico e espiritual.
A carga de experi��ncias que ele vai levar
dessa vida depende de n��s, do que lhe daremos,
de tudo o que lhe ensinaremos. N��o
colabore para alimentar o segmento de experi��ncias
ruins. Seja mais um a fornecer-lhe
coisas boas que contribuam para o crescimento
da alma-grupo a que pertencem, ou
a favorecer seu retorno ao mundo no reino
hominal, conforme afirmam algumas doutrinas.
Maltratar um animal �� causar um enorme
desequil��brio na natureza, pois a vida n��o
compactua com atitudes daninhas.
N��o atraia para si sofrimentos desnecess��rios,
pois a consci��ncia do homem n��o o
isenta de nenhum mal que pratica no mundo.
31
Sobre a
psicografia
Muitas s��o as d��vidas sobre a psicografia.
Quase todo mundo acha que, para psicografar,
basta o m��dium se concentrar, fechar os
olhos e permitir que o esp��rito movimente a
sua m��o, independentemente da sua vontade.
Bom, isso �� fato, �� poss��vel, �� uma forma
de psicografia chamada mec��nica. Mas n��o ��
a ��nica. Existem outras, que Kardec descreveu
em O Livro dos M��diuns, no cap��tulo 15.
Atualmente, os m��diuns necessitam colaborar
com os esp��ritos. O m��dium n��o �� um
simples mecanismo de atua����o do esp��rito,
uma ferramenta passiva na transmiss��o de
suas mensagens.
Muito mais do que isso, o m��dium �� um
coadjuvante, respons��vel por facilitar o interc��mbio,
auxiliando seu mentor com conhecimentos
pr��prios, de forma que a comunica����o
seja a mais clara poss��vel.
Hoje em dia, provas n��o s��o mais necess��rias.
A obra de Kardec foi precedida de
experimentos criteriosos, numa ��poca em
que era preciso enfrentar a descren��a.
Atualmente, as doutrinas espiritualistas
est��o disseminadas pelo mundo, de forma que
ningu��m mais tem que ser convencido de nada.
Nem mesmo os incr��dulos, pois estes, no momento
oportuno, ter��o as provas de que necessitam
na intimidade de suas consci��ncias.
Como muitos, eu tamb��m partilho com
meu mentor as experi��ncias das hist��rias que
ele me traz. Quando recebo uma ideia, ela n��o
vem pronta. Pelo pensamento, as imagens
se formam, porque o pensamento prescinde de
palavras. Recebida a ideia, ela �� exteriorizada
em forma de romance, sempre atendendo
�� orienta����o espiritual.
�� medida que a hist��ria vai se desenvolvendo,
Leonel vai fiscalizando meus passos,
para que eu n��o me distancie da realidade
dos fatos nem invente o que n��o �� necess��rio.
Mas n��o �� s�� isso. Principal em toda obra
esp��rita, ou espiritualista, �� o conte��do de suas
mensagens. Nesse sentido, as intui����es do
Leonel s��o muito mais fortes do que no desenrolar
da hist��ria em si. Cabe a ele o direcionamento
da minha mente para a exata elabora����o
dos ensinamentos morais e espirituais. Sem
isso, a obra toda cai no vazio.
Muitas pessoas, sem saber, transmitem
mensagens que n��o s��o exclusivamente suas.
Somos todos m��diuns, portanto, estamos aptos
a colaborar com a obra do plano espiritual,
ainda que disso n��o tenhamos consci��ncia.
�� por isso que o desenvolvimento da
nossa moral �� t��o importante. Quanto mais
nos burilarmos espiritualmente, mais esp��ritos
iluminados se pronunciar��o atrav��s de n��s,
seja no conselho amigo, seja na intui����o inesperada,
num abra��o ou no sil��ncio que conforta.
A psicografia, como tudo mais no processo
medi��nico, cumpre a sua fun����o. Para
aqueles que pensam na possibilidade de estar
recebendo algum tipo de mensagem do
Alto, s�� o que tenho a dizer �� que confiem,
n��o desistam.
Ningu��m precisa questionar de onde
v��m as ideias, quem as est�� transmitindo,
se h�� interfer��ncia do m��dium ou n��o. Isso
n��o importa. O que realmente tem import��ncia
�� o teor da mensagem. Se fez bem a
algu��m, tanto faz quem a escreveu.
E depois, com o tempo e a conviv��ncia,
o m��dium acaba vivendo uma esp��cie de
simbiose com seu mentor, a tal ponto que
fica dif��cil saber onde termina um e come��a
o outro.
Colocar-se dispon��vel �� a melhor forma
de colaborar com o plano da divindade.
32
O verdadeiro
valor do dinheiro
Ter dinheiro, no mundo de hoje, �� importante
para o ser humano. Mas ser�� que isso �� o
mais importante na vida? At�� onde devemos
ir para obter o que desejamos?
�� na busca desenfreada pela satisfa����o
dos desejos que o ser humano, muitas vezes,
se perde. Poder, beleza, bens materiais e sexo
s��o os desejos mais comuns que muitos, a
qualquer custo, procuram satisfazer.
E o dinheiro �� o instrumento mais cobi��ado
para a realiza����o de todos eles.
Ter dinheiro n��o �� errado, �� um direito de
cada um. Mas cuidado, porque o dinheiro
�� uma das maiores ilus��es do mundo. Saber
us��-lo �� uma virtude que poucos conhecem,
porque o dinheiro jamais pode se separar
da moral.
Nada vale mais do que a honestidade,
a dignidade, o altru��smo e o respeito. Esses
s��o valores eternos, inalter��veis. O dinheiro
acaba, se perde, fica para tr��s.
Quando partimos dessa vida, tudo o que
est�� relacionado �� mat��ria permanece na mat��ria,
mas os valores conquistados pelo esp��rito
nos pertencem para sempre.
Por isso, antes de ceder �� tenta����o do
dinheiro, pense nas consequ��ncias do que ter��
que fazer para adquiri-lo. Se for preciso vender
seus valores morais, �� melhor desistir dele.
N��o vale a pena comprometer sua alma
por dinheiro nenhum. A alma �� eterna, o dinheiro
passa.
Para obter dinheiro, n��o se desvie do
caminho da virtude. N��o furte, n��o minta, n��o
trapaceie. Mais vale a pobreza material do que
o empobrecimento do esp��rito.
Valores morais podem n��o encher a
barriga de ningu��m, mas a alma se fortalece
quando prossegue sem manchas e fiel aos
princ��pios da honestidade. Assim fortalecida,
encontra sempre for��as para lutar e vencer,
al��m de fazer por merecer ajuda externa.
Um amigo, o chefe, um parente, vizinho
ou at�� mesmo um desconhecido pode surgir
para estender a m��o e oferecer ajuda. Deixando
o orgulho de lado, n��o hesite em aceit��-la.
Viva bem, com conforto, prazer, luxo ou
o que mais o seu dinheiro puder comprar. S��
n��o se torne uma pessoa ego��sta, mesquinha,
arrogante nem cruel. Pense no seu pr��ximo,
ajude quantos puder, favore��a o sucesso
de outros.
Agindo assim, voc�� estar�� dando ao
dinheiro o destino que ele merece, que �� servir
ao homem, e n��o ser servido por ele.
Mantenha sempre o dom��nio sobre suas
emo����es e desejos. Use a intelig��ncia de forma
a fazer com que a sabedoria esteja sempre
acima dos instintos.
N��o ceda �� tenta����o de viver pelos prazeres,
porque eles s��o passageiros e se consomem
rapidamente, ao passo que o legado
espiritual �� conquista eterna e imut��vel.
A ��poca da escravid��o j�� passou, foi uma
luta ��rdua de seres que acreditavam no ideal
de justi��a e igualdade inato no ser humano.
Portanto, n��o se permita agora escravizar
por uma simples coisa, porque o dinheiro nada
mais �� do que uma coisa posta a servi��o
do homem.
Seja voc�� o seu senhor, escolha o que
fazer com ele, d��-lhe um destino s��bio e ��til.
Deus criou os desejos, mas n��o o dinheiro.
Ele foi criado com o Seu consentimento,
�� verdade, porque nada acontece que n��o
seja da vontade de Deus.
E como toda cria����o do homem, o dinheiro
pode ter um objetivo construtivo ou destrutivo,
dependendo da m��o que o utiliza.
Sabendo disso, fa��a suas escolhas com
sabedoria e discernimento. N��o use o dinheiro
para comprar coisas in��teis ou prejudiciais a
voc�� ou ao pr��ximo.
Consumir �� bom, mas n��o �� a coisa mais
importante do mundo. Amar tem muito mais import��ncia
e n��o custa nada.
Muitos dizem que ter dinheiro �� um carma.
N��o precisamos ir t��o longe, mas pense
que pode vir a se tornar isso mesmo se n��o
aprendermos a nos disciplinar.
O dinheiro pode abrir a porta para o
ego��smo e o orgulho, caso n��o estejamos preparados
para possu��-lo. Pode, por isso mesmo,
transformar-se em uma armadilha, conduzindo-
nos ao deserto da desesperan��a e da solid��o,
caso dele fa��amos mau uso.
Seja esperto, n��o caia nessa esparrela.
N��o se distancie nunca do bom senso, pois
ele �� um leme para as nossas atitudes. Pense
sempre antes de agir, perguntando-se se gostaria
que fizessem o mesmo a voc��. Esse �� o
limite da nossa a����o. O direito de uns termina
onde come��a o direito de outros.
Descubra a felicidade em coisas simples,
por��m, iluminadoras. A natureza est�� repleta
de riquezas, das quais podemos desfrutar
sem precisar gastar dinheiro.
Veja o c��u, as estrelas, o sol, a lua... Eles
est��o l�� sem cobran��as e causam um impacto
t��o positivo em n��s que nos fazem bem s�� de
olharmos para eles.
Tem tamb��m o mar, as montanhas, florestas
e rios. S��o d��divas que Deus nos deu
e pelas quais n��o precisamos pagar. Nos Lhe
retribu��mos apenas sendo felizes, generosos
e amorosos.
As flores, os animais, as crian��as... tudo
existe para despertar em n��s uma felicidade
simples e, ao mesmo tempo, t��o rica.
N��o desperdice essas oportunidades
concentrando suas energias em ganhar e
gastar dinheiro. N��o se lamente porque n��o
o possui ou o perdeu, porque ningu��m perde
tudo quando mant��m acesa a f�� em Deus.
Olhe ao seu redor. A natureza �� um tesouro
inestim��vel e inesgot��vel, �� qual bem
poucos sabem dar o devido valor. N��o seja
mais um desses. Valorize a vida com tudo de
bom que ela possui.
Cultive dentro de si apenas valores nobres:
amizade, sinceridade, amor, otimismo,
alegria e tudo o que faz o esp��rito se tornar
forte e grande.
De ilus��es, o mundo j�� est�� cheio, voc��
n��o precisa preencher seu mundo particular
com mais uma que, cedo ou tarde, o far�� sofrer.
Conquiste seu dinheiro por meios honestos,
use-o com sabedoria e respeito. N��o se
deixe vencer pela ambi����o desmedida, n��o
pense que �� preciso ter tudo para ser feliz.
Ter amigos nos torna muito mais felizes
do que ser rico e viver cercado de bajuladores.
�� claro que isso n��o �� uma regra, mas h�� uma
grande possibilidade de vir a acontecer.
Proteja-se. Respeite o dinheiro, porque ��
um valor, mas coloque-o em seu lugar de direito,
abaixo, bem abaixo, dos valores morais.
Nada vale mais do que caminhar com a
cabe��a erguida, os olhos descansados, a mente
serena e o cora����o limpo.
33
Preconceito se
combate com respeito
Preconceito �� um assunto atual, cujo
combate considero essencial nos dias de hoje.
Todos somos respons��veis por tentar eliminar
esse v��cio da sociedade, fazendo prevalecer
o amor por todos os seres, independentemente
de suas caracter��sticas ou escolhas.
Os males derivados do preconceito acontecem
porque o ser humano ainda n��o aprendeu,
realmente, a respeitar o seu pr��ximo.
Muitas vezes, o que chamamos de respeito
nada mais �� do que regras de comportamento
ou de conduta impostas por pais,
educadores ou grupos sociais.
149
Esse �� um primeiro caminho, j�� que orienta
o indiv��duo a ter respeito pela educa����o. A
frieza das boas maneiras ainda �� prefer��vel aos
maus tratos da discrimina����o.
Mas esse n��o �� o ideal. Melhor de tudo ��
que o ser humano incorpore a no����o de respeito
dentro de si como algo natural e necess��rio
n��o apenas ao bom conv��vio, mas �� certeza
de que cada um tem o direito de seguir o seu
pr��prio caminho.
Quando compreendemos isso, passamos
a respeitar as diferen��as espontaneamente,
porque entendemos que a verdade n��o nos
pertence, muito menos a pretens��o de sabermos
o que �� certo ou errado.
Nada no ser humano pode ser considerado
errado, e as inadequa����es ao meio social
s��o derivadas de comportamentos perniciosos,
como algu��m que ainda n��o aprendeu que
matar, roubar ou enganar s��o condutas inaceit��veis
dentro da coletividade.
Tudo o que �� preconceito vem da ilus��o
do poder, que, na verdade, n��o �� poder algum.
�� um falso julgamento de superioridade que
n��o encontra justificativa l��gica nem cient��fica.
Diferen��as de sexo, sexualidade, cor, ra��a, status
social, financeiro e cultural atendem apenas
��s necessidades de crescimento de cada indiv��duo.
N��o s��o determinantes de seu car��ter
nem da bondade ou maldade que habita em
seu cora����o.
�� o orgulho que faz com que as pessoas
vejam al��m de si mesmas, atribuindo-se falsos
valores para que sintam uma superioridade
que n��o existe realmente.
Deus n��o criou seres humanos superiores
ou inferiores. Essa distin����o prov��m do orgulho
e da ignor��ncia, que transforma a ideia
pessoal de autovaloriza����o em uma necessidade
doentia de supervaloriza����o do ego.
A vida �� que vai ensinar a cada um de n��s.
Quando paramos para enxergar no pr��ximo
algu��m que �� exatamente igual a n��s, com
os mesmos anseios, medos, desejos e projetos,
come��amos a compreender a inutilidade
do preconceito.
Amizade, amor, honestidade e dignidade
s��o qualidades essenciais, e elas independem
de qualquer estere��tipo ou r��tulo social ou
cultural. Pessoas boas e ruins s��o encontradas
em qualquer meio, dentro das maiorias
e das minorias, porque isso �� uma qualidade
do esp��rito, adquirida ao longo das muitas
vidas e que n��o se perde pelo simples fato de
ser diferente.
Vamos nos ligar nos novos tempos.
Preconceito �� coisa ultrapassada, de mentes
que n��o conseguem acompanhar a evolu����o
do mundo. Quando o tempo modifica conceitos,
ele o faz atendendo �� necessidade de
afirma����o de valores.
N��o s��o novos valores. Respeito n��o ��
um valor novo. Sempre existiu. S�� que agora
estamos sendo chamados a exercit��-lo de verdade,
porque o homem j�� encontrou o caminho
do discernimento.
Cabe a cada um de n��s fazer valer a lei
do amor, para que, no futuro bem pr��ximo,
consigamos, finalmente, reconhecer o que significa,
verdadeiramente, a ideia de que somos
todos irm��os.
O segredo
do padre
Uma brincadeirinha feita com os t��tulos
dos meus livros.
Foi uma briga feia entre as G��meas, que
disputavam entre si o privil��gio de ser tornar
A atriz no palco da vida do padre. Como
Greta era quem despertava no cl��rigo maior
Desejo, estava certa de que seria a escolhida,
por��m, Virando o jogo, Giselle foi quem acabou
sendo eleita a Amante do inquisidor,
porque Com o amor n��o se brinca. A irm��
abandonada fugiu para a floresta, para chorar
as m��goas nos ombros de Jurema das matas.
Seguindo os Impulsos do cora����o, ele abandonou
a batina e contraiu matrim��nio com
sua amada, jurando fidelidade At�� que a vida
os separe. Apegada ��s Lembran��as que o
vento traz, a irm�� rejeitada voltou da floresta
com o intuito de reconquist��-lo, relembrando
Uma hist��ria de ontem, o que foi in��til. Ela
conhecia os Segredos da alma do padre, e
amea��ou revel��-los, para mostrar ao mundo
quem ele verdadeiramente era. Colocado De
frente com a verdade, ele n��o cedeu. Mesmo
Sentindo na pr��pria pele a amea��a da chantagem,
permaneceu firme, suportando em
sil��ncio O pre��o de ser diferente, j�� que ele
n��o era um padre como os outros. Fora um
inquisidor cruel que, S�� por amor, aprendeu
a ser bom. Apesar de tudo... disse a ela: N��o
posso ficar com voc��, pois amo sua irm��
De todo o meu ser.
35
Nossa valoriza����o
pessoal
Valores s��o importantes. Autovalor, mais
importante ainda. Valorizar a si mesmo �� o
primeiro passo para se valorizar o pr��ximo.
N��s, seres humanos, somos dotados
de valores pessoais conquistados ao longo de
nossas v��rias vidas.
Por valores, entenda-se tudo aquilo que
ajuda no nosso progresso pessoal e coletivo.
S��o os nossos talentos, as nossas habilidades,
nossos dons pr��prios.
Diante disso, a vida sempre nos oferece
diversas oportunidades para expormos aquilo
de que realmente somos capazes.
155
Por que ent��o, sentimos tanta dificuldade
em nos arriscar para exibir o que temos de
melhor? Ser�� medo ou inseguran��a? Excesso
de autocr��tica e de exig��ncia ou, simplesmente,
falta de valoriza����o pessoal?
Na maioria das vezes, nosso problema
est�� em reconhecer que temos valor. H�� pessoas
que gastam a vida inteira servindo o outro,
fazendo tudo por marido, filhos, amigos,
parentes, esquecendo-se de si mesmas.
Depois, v��m a insatisfa����o, o vazio, a
sensa����o de que algo est�� faltando. Da�� surgem
cobran��as, frustra����es e o inevit��vel sofrimento
pela ingratid��o recebida.
Mas n��o h��, realmente, ingratid��o alguma.
As pessoas s��o do jeito que s��o. Quando as
acostumamos a ser sempre servidas, a ter
sua vontade em primeiro lugar, a n��o ser
contrariadas, estamos contribuindo para aumentar
seu ego��smo, seu egocentrismo e sua
falta de empatia para com seus companheiros
de jornada. Nem sempre, fazer tudo pelo
outro �� o mais saud��vel.
��s vezes, dizer n��o �� o que o estimula a
buscar seu pr��prio caminho, a crescer e reconhecer
que nada se faz sozinho.
Com tantas cobran��as que fazemos
a n��s mesmos e que permitimos que nos fa��am,
�� natural que n��o enxerguemos nossas
capacidades. Estamos acostumados a esperar
do outro a realiza����o das grandes fa��anhas, a
nos julgar impotentes diante de coisas t��o
grandes, t��o maravilhosas, t��o fant��sticas,
t��o... t��o... t��o... T��o tudo de que n��o somos
capazes.
Mas ser�� que realmente n��o somos, ou
simplesmente pensamos dessa maneira? Nossa
mania de desvaloriza����o �� t��o grande que
nos esquecemos de que somos iguais a todo
mundo, n��o apenas nos defeitos, mas nas
virtudes tamb��m.
�� f��cil encontrar pessoas que nos digam
que n��o podemos, que n��o sabemos, que
n��o somos capazes. Poucos s��o aqueles dispostos
a realmente nos ajudar a reconhecer
nossos talentos.
E mesmo assim, quando isso acontece,
ou n��o acreditamos, ou pensamos que o
outro est�� apenas tentando ser bonzinho. ��
a nossa tend��ncia de acreditar justamente
nas coisas ruins, duvidando sempre daquelas
que s��o boas, quando dever��amos fazer
o contr��rio.
Acreditar no mal nos leva para baixo, ao
passo que a cren��a no bem nos eleva e nos d��
for��as. Agrade��amos ��queles que nos desvalorizam
por provocar em n��s a vontade
de vencer.
Para alcan��armos a valoriza����o pessoal,
precisamos, antes de mais nada, ter confian��a
em n��s mesmos e na vida. �� bom tamb��m
acreditar que podemos e merecemos realizar
aquilo que �� da nossa vontade.
Se n��o h�� f�� em n��s mesmos, tudo fica
mais dif��cil. Temos que acreditar nos nossos
sonhos, nossos desejos. Nossas necessidades
s��o importantes; �� preciso que reconhe��amos
essa import��ncia.
Vale a pena investir na descoberta do que
somos capazes. ��s vezes, nem conseguimos
enxergar nossas capacidades, porque ficamos
presos na lamenta����o, nos queixando
de tudo e de todos, reclamando da vida, de
como ela �� injusta e m��.
Todo mundo tem sorte, menos n��s. Todos
s��o beneficiados, menos n��s. Todos conseguem
as coisas, menos n��s. Mas pode ser tamb��m
que todos acreditem em si mesmos,
menos n��s...
Nem sempre conseguimos enxergar isso
sozinhos. ��s vezes, �� preciso que algo ou algu��m
venha nos dar um empurr��ozinho, para
que desviemos o olhar do foco da lamenta����o
e percebamos que h�� outras coisas,
outras possibilidades.
Quando algo ruim nos acontece, n��o conseguimos
ver o bem por detr��s da aparente
destrui����o. Em vez de partirmos para uma
nova a����o, preferimos nos lamentar e nos julgar
os injusti��ados da vida, quando a vida est��
tentando nos mostrar justamente o contr��rio;
que �� justa e que as perdas acontecem
para que possamos construir algo melhor.
Quando nossa valoriza����o est�� em baixa,
ficamos deprimidos, com medo de enfrentar
a vida. Precisamos, por isso mesmo, de algo
que brilhe dentro de n��s para clarear a nossa
mente e o nosso cora����o, afugentando nossa
mania de reclamar.
As respostas aos nossos questionamentos
est��o em todos os lugares. Sempre
que perguntamos, a vida responde, s�� que
da maneira dela. Pode ser num filme, num
livro, num comercial de tev�� ou no exemplo
do outro.
As situa����es se repetem e est��o a�� para
nos alertar. Quem tiver olhos e ouvidos, conseguir��
ver e ouvir. Mas agora, se a gente
preferir ficar parado na lamenta����o, as oportunidades
passam e nada percebemos.
Outras vezes, n��s ficamos presos em
algo que n��o �� o melhor para n��s porque n��o
conseguimos enxergar as diversas possibilidades.
Queremos uma coisa de um jeito e
achamos que tem que ser daquele jeito. N��o
nos damos nem a oportunidade de enxergar
que h�� outras possibilidades t��o boas ou melhores
do que aquela. �� a nossa teimosia.
O nosso talento, o nosso dom, pode estar
voltado para alguma coisa, mas n��s insistimos
naquilo que n��o est�� de acordo com a nossa
voca����o.
Ah! eu queria ser m��dico, mas gosto mesmo
�� de animais. Ent��o, por que n��o posso ser
um bom veterin��rio? Por que insistir naquilo
que n��o �� o nosso talento, quando ele est��,
muitas vezes, t��o pertinho de n��s?
Faz parte do nosso crescimento enfrentar
as dificuldades. Fazemos isso porque sabemos,
l�� no fundo, que podemos venc��-las. Devemos
nos esfor��ar para enxergar os nossos
valores e transpor os limites da dificuldade.
Reconhecendo nosso autovalor, estamos
em condi����es de superar o medo, a inseguran��a,
o orgulho, a tristeza, o ��dio, transformando-
os em coragem, autoconfian��a, simplicidade,
alegria e amor.
Cada alma humana pode ser um cristal
rutilante na vida das pessoas. N��o para iluminar
os caminhos e apontar por onde elas devem
seguir, mas para mostrar onde est�� a chama
e incentivar cada um a acend��-la em seu
cora����o para iluminar a pr��pria consci��ncia.
Com a consci��ncia iluminada pelo reconhecimento
do que pode ser e fazer, cada
criatura encontrar��, dentro de si mesma, a resposta
do porqu�� de sua vida e a natureza de
sua ess��ncia.
Onde muitas estrelas cintilam, o c��u jamais
escurece.
36
Sobre o livro
Jurema das matas
Levar o conhecimento a respeito da Umbanda
�� um dos objetivos desse livro, mas
n��o o ��nico nem o principal.
Jurema, esse esp��rito iluminado e incans��vel
na propaga����o do bem, nos mostra
como devemos lidar com as nossas encarna����es,
com o intuito de nos valorizarmos
e trazer para nossas vidas momentos de
maior felicidade.
O esp��rito de Jurema, e a falange que
ela representa, retira sua for��a da natureza,
das florestas e rios que existem por toda parte
no nosso planeta.
Tudo �� energia, todas as coisas vibram
numa intensidade pr��pria, captando e dispersando
fluidos na nossa atmosfera. Toda
vez que entrarmos em lugares onde a mata
impera, ali estar�� a ess��ncia de Jurema e
dela poderemos absorver o melhor para nossas
vidas.
Em qualquer lugar, no Brasil ou n��o, essa
energia est�� dispon��vel para quem quiser
acess��-la. Basta ligar-se a ela atrav��s do
pensamento, para sentir o bem-estar e a paz
de sua ilumina����o.
Jurema �� a pr��pria mata em toda sua
quietude e vida, guiada pela energia da natureza
que ali tem o seu dom��nio.
A finalidade do livro, al��m de desmistificar
alguns preconceitos que giram em torno da
umbanda, tem um objetivo mais profundo,
que toca a alma de cada leitor. Umbanda,
catolicismo, kardecismo, candombl��...
Somos todos um s��, e a religi��o que busca
despertar Deus no cora����o de seus seguidores
est�� agindo conforme Seus princ��pios.
Mas a verdadeira e ��nica religi��o h�� de
ser a do amor, porque, sem ele, n��o h�� esperan��a
para a humanidade nem meio de
se alcan��ar a eleva����o. Somente chegar�� ao
Alto o ser que j�� compreendeu isso e que usa
de sua exist��ncia para cultivar e cativar amor.
Esse patamar, alcan��aremos atrav��s das oportunidades
que a reencarna����o nos oferece.
E �� justamente isso que o livro aborda:
o poder regenerador da reencarna����o. A reencarna����o
�� a maior chance de renova����o
que possu��mos.
A cada final de exist��ncia, Deus nos acena
com a esperan��a de refazer nossas atitudes, por
meio de nova exist��ncia no planeta. �� atrav��s
da reencarna����o que experienciamos a vida,
usufru��mos das nossas conquistas e tentamos,
incansavelmente, modificar o que ainda
n��o se encontra adequado a um mundo de
amor. �� atrav��s dela que sentimos que nada
est�� perdido e que sempre teremos uma nova
chance, seja nesse planeta ou em outro.
O que precisamos, agora, �� aproveitar a
��ltima chance que o universo nos concedeu
para assegurar o nosso direito de permanecer
aqui, neste mundo t��o lindo.
Foi por gratid��o ��s in��meras oportunidades
de reencarnar que o esp��rito de Jurema
permitiu a Leonel que nos trouxesse a sua
hist��ria, para que servisse de exemplo a todos
n��s.
O exemplo que fica n��o �� o do sofrimento,
mas o da persist��ncia, da f��, da humildade, do
amor. Jurema n��o se limitou simplesmente a
viver, mas viveu com intensidade cada momento
que lhe foi concedido para sua melhora.
O que ela pretende nos mostrar com tudo
isso? Que devemos sempre buscar no passado
a raz��o para os nossos sofrimentos? Que
sofremos porque fizemos algo de ruim no passado?
Que passado e sofrimento est��o intimamente
ligados? N��o exatamente.
N��o precisamos mais nos prender ao
passado para desvendar o presente nem assegurar
um futuro melhor. Precisamos, sim, compreender
que estamos num processo constante
de aprimoramento e, com isso, somos convidados
a oferecer o nosso melhor.
No atual est��gio do espiritismo e do espiritualismo,
n��o h�� quem n��o saiba que toda
causa gera uma consequ��ncia e que estamos
todos, inexoravelmente, sujeitos �� lei de causa
e efeito.
Sabemos tamb��m que, se passamos por
determinada dificuldade no presente �� porque,
l�� atr��s, existe uma sucess��o de incidentes
que nos fez reavaliar nossas a����es e tentar
imprimir a esta vida um novo rumo.
Estamos todos cientes de que o sofrimento
de hoje foi originado pelo nosso desequil��brio
de ontem.
Em raz��o disso, n��o temos mais a necessidade
de tentar descobrir o que fizemos
em outra vida, se fomos ruins, levianos, assassinos,
traidores... n��o importa.
O que fizemos est�� feito, n��o tem como
desfazer na nossa dimens��o atual. O tempo que
ficou para tr��s somente poder�� ser alterado
em outro universo, ao qual a nossa ess��ncia
de agora n��o tem acesso.
Portanto, deixemos o passado onde est��
e concentremo-nos no presente, com vistas ao
nosso futuro. Em vez de nos preocuparmos
com coisas ruins do passado, devemos dar
mais import��ncia a tudo o que aprendemos
a fazer de bom.
Ao mesmo tempo em que cometemos
muitos desvarios, conquistamos valores importantes
tamb��m, e �� neles que devemos nos
mirar quando buscarmos justificativas para
nossa vida atual.
Lembremos que o novo acontece a todo
instante, e se nos desapegarmos do que ��
velho, abriremos espa��o na nossa vida para
coisas novas que realmente valem a pena.
Vamos nos acostumar a pensar positivamente,
a imaginar as encarna����es passadas
como etapas vencidas, superadas, que serviram
para construir as coisas boas que conquistamos
hoje.
�� isso que a Jurema tentou nos mostrar,
para que nos acostumemos a cultivar os bons
momentos, a dar import��ncia aos fatores positivos,
a nos espelharmos nos nossos pr��prios
valores.
�� com eles que ingressaremos no novo
mundo que nos aguarda, em uma Terra renovada,
onde a paz e o respeito ser��o recorrentes
na vida de todos n��s e onde n��o haver�� mais
espa��o para o mal e suas consequ��ncias.
O que �� velho merece o nosso respeito
porque foi o que nos ajudou a ser o que somos
hoje.
Mas o novo �� sempre belo, traz esperan��a,
leveza e alegria. Provoca sempre um
sorriso ou uma l��grima de admira����o e gratid��o
pelo milagre de viver. Ou ser�� que algu��m
duvida disso?
37
As drogas e
a repercuss��o
espiritual
Todas as drogas s��o malef��cios �� sa��de
do corpo e da alma. Conhecer a repercuss��o
espiritual do v��cio pode ser um bom caminho
para evitar o uso de drogas.
N��o vivemos sozinhos, ao nosso redor
h�� esp��ritos que convivem conosco, partilhando
de nossas vidas. Atrair bons esp��ritos enriquece
nosso ser, mas magnetizar seres das
sombras n��o �� aconselh��vel a ningu��m. Quem
usa drogas magnetiza, sem saber, esp��ritos embrutecidos
e dispostos a permanecer no mal.
As drogas n��o comprometem apenas o
lado f��sico e ps��quico do indiv��duo. Elas tamb��m
s��o altamente perniciosas, sobretudo, aos
corpos astral e mental, atraindo criaturas empedernidas,
ignorantes e viciadas.
Normalmente, quando se experimenta a
droga pela primeira vez, n��o se est�� sozinho.
Em algum momento, a pessoa ter�� contato com
algu��m j�� ligado a esse mundo obscuro. Pode
ser numa rodinha de usu��rios, com o pr��prio
traficante ou um amigo.
Em suma, algu��m que conhece a droga
ou j�� passou por ela. Junto a esse amigo, esp��ritos
de viciados permanecem �� espreita, loucos
para conquistar mais e mais adeptos.
Assim que se aproxima um novato, esses
esp��ritos come��am a agir. Num primeiro momento,
permanecem observando, tentando
auscultar seus pensamentos, avaliando se
h�� ou n��o possibilidade de lev��-lo ao uso da
droga. Pode ser que sim, pode ser que n��o.
Quando o encarnado est�� seguro de si,
n��o tem tend��ncia ao uso de drogas ou encontra-
se bem preparado para enfrentar a vida,
normalmente, n��o cede a esse desejo ou sequer
o possui.
Mas pode ser que o indiv��duo, abatido
por seus fracassos, decep����es, fraquezas, medos,
inseguran��as ou simplesmente para se
sentir parte do grupo, d�� o primeiro passo no
caminho da experi��ncia.
Como sempre acontece com todos, as escolhas
se apresentam. Ainda nesse momento,
o encarnado tem a possibilidade de resistir e
nunca mais tocar em droga alguma. Pode
apenas experimentar, matar a curiosidade e n��o
reincidir no uso. Quando isso acontece, os
esp��ritos que o acompanham, estimulando
o uso cont��nuo, tentam, de todas as formas,
lev��-lo a consumir a droga novamente.
Se, ainda assim, ele n��o se interessa,
os seres invis��veis desistem dele, se afastam
e v��o procurar algu��m que esteja mais de
acordo com seus prop��sitos.
A n��o ser que haja um motivo especial
para permanecerem ao lado da pessoa (como
um trabalho de magia, por exemplo), v��o embora,
pois n��o querem perder tempo.
E como se d�� esse est��mulo? �� um erro
supor que os esp��ritos das sombras n��o possuem
intelig��ncia. Eles podem ser ignorantes
das verdades divinas, e mesmo assim, as conhecem,
justamente para poder combat��-las.
Conhecem-nas, mas n��o cr��em nelas ou
n��o as aceitam, porque, aceitando-as, ter��o
que tomar consci��ncia do que fazem e abandonar
a treva para assumir responsabilidades.
E a ��ltima coisa que esses esp��ritos querem ��
se responsabilizar por seus atos.
Pior ainda, para muitos, abandonar a
treva significa abrir m��o do poder. Como o
poder, por si s��, j�� �� uma droga, muitos esp��ritos,
viciados nele, lutam para mant��-lo e
aument��-lo atrav��s do dom��nio e da subjuga����o
dos mais enfraquecidos.
Muito bem. Inteligentes que s��o, esses
esp��ritos procuram os pontos fracos dos encarnados,
auscultam-lhes a mente, l��em em
seus cora����es, a fim de descobrir onde est��
a brecha por onde podem atacar.
Pode ser medo, raiva, inseguran��a, ci��me,
desespero, rebeldia, vaidade, orgulho, tanto faz.
Descoberto o ponto fraco, �� ali que atacam,
incentivando o uso da droga como forma
de libertar a pessoa de suas dificuldades, dar-
Ihe al��vio, conforto, torn��-la forte, corajosa,
independente, faz��-la experimentar um prazer
inofensivo e do qual, pretensamente, pode
libertar-se a qualquer tempo.
Na verdade, esses esp��ritos vendem ilus��o.
Assim enganados, sem nem saber que s��o
alvo do ataque invis��vel, as pessoas, principalmente
os jovens, cedem ao impulso, inebriam-
se com o prazer e iludem-se com a nega����o,
dizendo a si mesmos que, a qualquer momento,
s��o capazes de parar e que, dependendo do
tipo de droga, ela �� inofensiva e n��o faz mal.
Com o corpo dos desejos distorcido
pela ilus��o dos prazeres, o indiv��duo, mais
e mais, faz uso da subst��ncia t��xica, ingressando
no v��cio e saciando, juntamente com
ele, toda a horda que o acompanha.
Assim v��o prosseguindo, encarnado e
desencarnados, dividindo cigarros de maconha,
carreirinhas de coca��na, pedras de crack,
copos de cacha��a e tudo o mais que provoque
depend��ncia.
Escravizados pelo v��cio, os encarnados
tornam-se, cada vez mais, joguete nas
m��os dos esp��ritos, marionetes manipuladas
para satisfazer os prazeres deles.
Vivendo no mundo das emo����es, os esp��ritos
sentem tudo com mais intensidade do
que os encarnados e t��m a sensa����o, apenas
a sensa����o, de que est��o se drogando tamb��m,
desfrutando de um prazer irreal e pernicioso.
Impossibilitados de tocar na mat��ria f��sica,
os seres do invis��vel apropriam-se da ess��ncia
que dela se desprende, volatizada pela
fuma��a ou pelos vapores do ��lcool.
Condensada essa energia, dela eles se
servem, mas a ilus��o �� t��o passageira que, afastados
do encarnado, correm o risco de que
ela se dissipe, frustrando-lhes a possibilidade
de absor����o.
Para evitar que isso aconte��a, os esp��ritos
optam por montar guarda junto ao encarnado,
acompanhando-o a todos os lugares, comendo
com ele, rindo com ele, fazendo sexo juntamente
com ele, enfim, vivendo a vida dele
como se fossem um s��.
Estabelecida essa simbiose, o tratamento
f��sico, por si s��, n��o ser�� t��o eficaz se n��o for
acompanhado do tratamento espiritual, que
n��o precisa ser, necessariamente, esp��rita.
Todas as religi��es possuem sacerdotes
e grupos de apoio preparados para lidar com
o problema. O importante �� tentar redirecionar
o cora����o para Deus, porque Deus jamais
se afasta de qualquer de seus filhos.
O ser humano �� que, cego pelo orgulho,
volta as costas para Ele, mas Deus n��o julga,
n��o se ressente, n��o se magoa. Deus �� amor,
Ele simplesmente nos ama.
O viciado nunca acredita que �� viciado
e pensa que, a qualquer momento, pode
parar. At�� que tenta e n��o consegue. Ainda
assim, engana-se a si mesmo, acreditando
que, da pr��xima vez, conseguir��.
Quando surge a pr��xima vez, ele n��o
consegue de novo, e vem a desculpa de que
ter�� sucesso em outra, e depois em outra,
e em outra.
E o resultado nunca chega, ele n��o
consegue parar. Se isso �� dif��cil para uma
pessoa sozinha, que dir�� quando est�� acompanhada
de criaturas que ela n��o pode ver,
que sente, mas n��o sabe definir, que falam
ao seu ouvido como um eco de seus pr��prios
pensamentos.
E como ningu��m vive para sempre, o viciado,
um dia, tamb��m desencarnar��. Cerrados
os olhos da mat��ria, a vis��o que pode ter do
outro lado nem sempre �� das mais animadoras.
Aniquilado pelos pr��prios pensamentos delet��rios,
o indiv��duo chama a si os esp��ritos que
rondam em frequ��ncia vibrat��ria igual a sua.
Cercado por sombras, pode ser levado
para cidades astrais densas ou ser escravizado
em troca da ess��ncia da droga, pois o
v��cio n��o termina com a morte.
Ao contr��rio, prossegue com mais intensidade,
j�� que �� preciso superar a barreira
da mat��ria e aprender a sugar a energia desprendida
dos encarnados. Ent��o, aquele que
era objeto de obsess��o torna-se, por sua vez,
o pr��prio obsessor.
O v��cio escraviza o indiv��duo mesmo
depois da vida f��sica, levando-o a uma encruzilhada
onde as op����es cedem em face das
limita����es impostas pela depend��ncia.
Ningu��m �� livre enquanto n��o se desapegar
de todos os mecanismos que entravam
o progresso, a paz e a ilumina����o da alma.
Se muitos conhecessem o que se passa
do lado invis��vel, das coisas impercept��veis
aos nossos sentidos, mas t��o ou mais
reais do que tudo o que vivemos aqui, com
certeza pensariam duas vezes antes de se
entregar ��s drogas.
Mas nada �� irrevers��vel, tudo pode ser
contornado com for��a de vontade e f��. O caminho
�� longo e espinhoso, mas n��o �� imposs��vel
de ser trilhado.
Orar e dedicar-se a ajudar ao pr��ximo
constituem armas com que o indiv��duo pode
lutar a seu favor, para vencer a si mesmo.
O sentimento de satisfa����o e bem-estar
que acompanha as boas a����es serve de est��mulo
ao viciado, dando-lhe responsabilidade e
a certeza de que �� ��til. Sentir-se ��til e ser ��til
�� uma boa forma de vencer os v��cios, pois o
tempo ocupado com o trabalho no bem n��o
deixa espa��o para as m��s atitudes.
Cada um deve pensar no quanto �� respons��vel
n��o apenas por si, mas por todos
aqueles que est��o sob a sua guarda.
Falo, sobretudo, aos pais, amigos, educadores
e qualquer pessoa que se coloque ou
se veja em qualquer dessas posi����es. Orientar,
esclarecer, apoiar, mostrar-se compreensivo e
amoroso s��o medidas profil��ticas.
Prevenir ainda �� melhor do que tentar
remediar o que, muitas vezes, �� de dif��cil repara����o.
O di��logo franco �� sempre necess��rio,
pois a VERDADE �� a maior de todas as virtudes,
dela derivando todas as outras.
As pessoas podem e devem conhecer a
verdade sobre todas as coisas para que, assim,
estejam em condi����es de decidir, com
consci��ncia, o que �� melhor para si.
Cada um �� livre para escolher o seu caminho,
mas nem todos s��o obrigados a partilhar
das mesmas escolhas.
38
Analisando
a vaidade
O que fazer com a vaidade? Ser�� ela t��o
perniciosa quanto julgamos ser ou h�� elementos
que podem ser aproveitados e incentivados
para um melhor aproveitamento de
nossas potencialidades?
A vaidade �� um dos sentimentos mais
temidos pelas pessoas de bem. Ningu��m quer
se desviar do caminho da virtude por causa de
sua vaidade, com medo de se tornar arrogante,
prepotente ou ser criticado. Muito justo,
porque a vaidade mal trabalhada provoca
mesmo essas rea����es.
Mas, como tudo tem duas faces, assim
tamb��m �� a vaidade. Nem sempre ela �� daninha,
havendo momentos em que funciona
como reconhecimento do valor pr��prio e revela����o
da autoestima.
Muitas vezes, �� a vaidade que impulsiona
o indiv��duo a melhorar, a fazer melhor, a ser
melhor, evitando que se sinta para baixo,
desvalorizado, sem import��ncia.
Sem ela, n��o nos esfor��ar��amos, por
exemplo, para ter uma boa apar��ncia, lembrando
que ter boa apar��ncia n��o �� exatamente
ser bonito, magro ou vestir-se bem, mas estar
asseado, com roupas limpas e sem rasgos.
Isso �� importante para manter a dignidade do
corpo, que sempre reflete na alma.
Essa �� a vaidade que estimula a fazer
regime, usar maquiagem, comprar uma roupa
nova, apresentar-se bem para o namorado
ou namorada.
�� o que garante, muitas vezes, uma promo����o
ou o emprego t��o desejado. Sem excessos,
�� uma vaidade saud��vel, pois determina
a valoriza����o do corpo na exata medida
do valor que ele deve ter.
Exageros, contudo, podem ser perniciosos,
tornando as pessoas enfermas, paran��icas,
desequilibradas. A vaidade n��o pode
ultrapassar o limite da sa��de, seja ela f��sica,
mental, moral ou espiritual.
Quando se tem uma vida confort��vel, farta,
at�� mesmo luxuosa, deve-se, em primeiro
lugar, agradecer �� vida por essa possibilidade.
Deus divide os bens materiais de acordo
com a necessidade e o merecimento de cada
um, portanto, ningu��m recebe mais do que
merece nem menos do que precisa.
A vaidade pelo estilo de vida, fruto do
reconhecimento da conquista, sem ostenta����es
desnecess��rias nem humilha����o dos
mais humildes, n��o pode ser condenada. Se
assim fosse, ser rico seria um mal ou uma
vergonha, o que n��o �� o caso.
A riqueza, normalmente, gera vaidade,
porque todo mundo gosta de estar cercado
de coisas bonitas e boas. O cuidado deve
estar, como sempre, no exagero, na ilus��o
de superioridade.
Todo ser humano �� igual, pouco importando
suas condi����es de vida. Afinal, Deus n��o
cultiva riquezas nem poder, apenas amor, e
para amar, n��o se fazem exig��ncias nem h��
requisitos.
Quando se foi agraciado com a riqueza,
os bens materiais, o conforto, a vaidade
n��o podem ir al��m do reconhecimento do
que se mereceu, seja para testar o amadurecimento
dos valores morais, seja porque
j�� ultrapassada a fase da mesquinharia e da
arrog��ncia.
�� tamb��m a vaidade que nos traz o reconhecimento
das nossas capacidades, e isso
�� mais importante ainda. Cada um de n��s tem
um talento, um dom que deve ser utilizado
e estimulado.
Isso n��o significa que todo mundo possua
um dom art��stico ou cient��fico. Nem todos
t��m jeito para pintura, poesia ou matem��tica.
H�� dons nas coisas mais simples, que nem
por isso s��o menos importantes, pois tudo
�� necess��rio no mundo.
Os talentos s��o os mais variados, revelando-
se em v��rias situa����es. Existem ��timas
cozinheiras, excelentes pedreiros, costureiras de
primeira, professores, m��dicos, bab��s, dentistas,
navegadores, fonoaudi��logos, advogados,
eletricistas, arquitetos, marceneiros, desenhistas,
estilistas, pilotos, escritores, enfermeiros,
pintores, psic��logos, m��sicos, cientistas, sacerdotes
e por a�� vai...
N��o devemos nos esquecer das tarefas
n��o remuneradas e ��s quais, normalmente,
ningu��m d�� valor: uma boa dona de casa
que deixa tudo em ordem, a pessoa que sempre
tem uma palavra amiga para dar, a mulher
que sabe cuidar dos doentes e necessitados,
o an��nimo que recolhe animais perdidos nas
ruas, o volunt��rio que d�� uma parte do seu
dia para alegrar as crian��as de um orfanato,
o atendente simp��tico da reparti����o p��blica
que trata a todos com cortesia.
Esses e outros s��o talentos, ou dons, que
cada um possui para desenvolver a seu favor e
do bem comum. Identificando o seu, o indiv��duo
deve valoriz��-lo, sentir-se orgulhoso de poder
contribuir para o desenvolvimento do mundo.
Essa �� a vaidade do autorreconhecimento,
aquela que nos estimula a fazer sempre
melhor. Quando bem elaborada, equilibrada
e consciente, a vaidade atua como elemento de
propuls��o do progresso pessoal, ativando nossas
virtudes para a constru����o de uma vida
mais saud��vel e segura.
O que n��o devemos �� permitir que a
vaidade nos domine, ultrapassando os limites
do bom senso e da razoabilidade para
imprimir ao nosso ego a falsa sensa����o de
que somos melhores do que os outros. Isso
n��o �� verdade. N��o existem dons melhores
ou piores.
O que existem s��o dons necess��rios, espalhados
pelo mundo para um melhor aproveitamento
das potencialidades em benef��cio
da humanidade.
�� poss��vel at�� algu��m achar ou saber
que �� o melhor em alguma coisa, desde que,
com isso, n��o se transforme em arma de tirania
para oprimir seus semelhantes nem diminuir
suas capacidades.
Ser o melhor em alguma coisa n��o significa
ser a melhor pessoa, pois essa qualifica����o
s�� �� aconselh��vel quando se mede
a pureza do cora����o, e um cora����o puro
jamais se prioriza ou se vangloria das qualidades
pr��prias.
39
Nossa atitude
diante da mis��ria
O mundo est�� cheio de pessoas pobres,
que n��o t��m o que comer, nem onde morar,
nem o que vestir. O que fazer? De quem �� a
culpa? Do governo? Das pessoas? Quem ��
o respons��vel por tantos problemas sociais?
Na verdade, ningu��m e todo mundo.
N��o podemos nos esquecer de que a
vida �� guiada pelas nossas escolhas, que s��o
feitas antes mesmo de nascermos. Assim, a
mis��ria favorece aqueles que buscam esse
tipo de experi��ncia.
Essa escolha, contudo, somente ocorre
porque existe um meio que a possibilite. Se n��o
houvesse mis��ria no nosso pa��s, ningu��m
escolheria nascer miser��vel e iria procurar
um outro jeito de aprender.
Ent��o, n��o �� errado afirmar que devemos
todos contribuir para a erradica����o da pobreza.
Deixar tudo a cargo do governo �� uma
boa desculpa para n��o fazermos nada, ainda
mais se levarmos em conta a qualidade dos
nossos servi��os p��blicos.
Por outro lado, nem sempre estamos
dispon��veis ou temos condi����es materiais de
assumir algum tipo de compromisso social.
Outra boa justificativa para nos eximirmos
de colaborar.
Essa colabora����o, por��m, h�� de ser espont��nea
e n��o deve decorrer de nenhum tipo
de cobran��a externa. Ningu��m tem o direito de
exigir de seu pr��ximo que seja caridoso, muito
menos de julg��-lo se n��o o for.
A obra da caridade �� maravilhosa, mas
requer desprendimento e boa vontade. Aqueles
que ajudam sem desejar acabam desagradando
a si mesmos, j�� que a obriga����o n��o
gera bem-estar.
Para ajudar �� preciso apenas ter vontade.
S�� isso. Estar dispon��vel, fazer o bem pela
��nica vontade de fazer o bem, sem desejar
nada em troca nem atender a um compromisso
social, nem para agradar o outro, nem
para se desobrigar com a vida.
Na realidade, o bem que fazemos dessa
maneira n��o deixa de ter o seu valor, mas
muito mais para o pr��ximo do que para n��s
mesmos.
Cabe a n��s lutar para melhorar a qualidade
de vida do nosso pa��s. Podemos fazer
isso sem grandes pretens��es, sem nos preocuparmos
em abra��ar causas gigantescas, como
contribuir para organiza����es de caridade.
Podemos fazer isso estendendo a m��o
para aqueles que surgem de repente e que
est��o bem pr��ximos de n��s.
O homem que sente fome pode ser alimentado,
na hora, com um prato de comida,
independentemente de estar alcoolizado ou
n��o. A crian��a que tem frio pode receber um
agasalho esquecido no banco de tr��s do carro.
A velhinha doente pode ser atendida rapidamente,
comprando-se o rem��dio necess��rio
na farm��cia mais pr��xima.
Quantas pessoas solit��rias, que passam
por n��s sem ser percebidas, podem ter o seu
sofrimento diminu��do pelo s�� fato de lhes
darmos aten����o. Sem contar que, ��s vezes,
s�� o que desejam �� um sorriso de compreens��o
ou uma palavra amena.
Ao sair do supermercado, n��o custa tirar
um pacote de biscoito das nossas compras
para dar aos meninos de rua. Tamb��m n��o
custa correr ao arm��rio e apanhar uma roupinha
antiga dos nossos filhos para vestir o
beb�� que n��o tem nem fraldas, ou simplesmente
dar uma boneca velha �� garotinha que
nunca viu um brinquedo.
Esses s��o gestos t��o pequenos, mas
que fazem a diferen��a. Pode ser que, com eles,
n��o mudemos o mundo mas, com certeza,
alguma coisa mudaremos na vida de algu��m
e na nossa tamb��m.
Matar a fome de um mendigo talvez
n��o fa��a diferen��a nas estat��sticas, mas faz
diferen��a para quem tem a fome saciada. Se
cada um fizer um pouquinho, ajudando uma
pessoa, aos poucos, muitas ser��o ajudadas
e suas dores, diminu��das.
Ningu��m precisa se sentir culpado por
ter muito, enquanto outros nada t��m. Cada
um recebe da vida aquilo que merece e
precisa para evoluir, seja muito, seja pouco
ou nada.
Tampouco somos obrigados a nos desfazer
de tudo o que temos para dividir com o
pr��ximo, porque os valores da conquista devem
ser preservados.
O que podemos fazer �� ir ajudando sem
compromissos, porque a vida se encarrega
de colocar diante de n��s justamente aquele
que necessita do apoio que podemos dar.
Dizem que quando o disc��pulo est��
pronto, o mestre aparece. Da mesma forma,
quando o colaborador est�� pronto, o necessitado
tamb��m aparece.
N��s, colaboradores, podemos ajudar os
que necessitam e cruzam o nosso caminho
quando menos esperamos. Se nada �� por
acaso, n��o �� por acaso que, dentre tantas
pessoas, n��s �� que presenciamos a mis��ria
naquele momento.
Aos que puderem e quiserem, pensem
nisso. Uma pequena ajuda vale muito mais do
que ajuda nenhuma.
Quando vir algu��m passando necessidade,
seja de que natureza for, n��o pense duas
vezes. Se estiver em condi����o de fazer alguma
coisa, fa��a. Se n��o, fa��a mesmo assim.
Fa��a uma ora����o. Isso sempre ajuda,
seja para que aquela pessoa encontre outra
que tenha mais condi����es de ajudar do
que voc��, seja para que seu sofrimento seja
acalmado pelos esp��ritos de luz. Toda ajuda,
material ou imaterial, �� sempre bem-vinda
para os que sofrem.
Lembre-se: Quando ajudamos algu��m,
somos n��s os mais ajudados.
Fa��a o bem n��o pelo pr��ximo, mas por
si mesmo, porque o bem que dirigimos ao
outro acaba sempre voltando para n��s.
Chega de
viol��ncia!
N��o d�� mais para fingirmos que nada
acontece ao nosso redor. O mundo mergulhou
numa onda de agress��es que precisa acabar.
Cabe a n��s, com as nossas atitudes de
bondade, elevar o planeta acima das ��guas
turbulentas e negras da viol��ncia.
Os idosos, as crian��as e os animais s��o
os maiores alvos da viol��ncia do homem. Por
mais que saibamos que ningu��m passa pelo
que n��o precisa, e que todas as situa����es
s��o atra��das por n��s, se n��o houvesse agressores,
deixaria de haver v��timas.
Quem sofre os efeitos da viol��ncia assume,
perante a espiritualidade, a possibilidade
de viver a experi��ncia dolorosa. O mesmo se d��
com o agressor, que se disponibiliza como
instrumento do mal.
O mundo est�� repleto de agress��es
desnecess��rias contra seres que s��o iguais
em sua ess��ncia. Agredir um irm��o �� agredir
a si mesmo pois, mais cedo ou mais tarde,
todos sofrem as consequ��ncias de seus
pr��prios atos.
Tudo aquilo que fazemos ao pr��ximo
retorna para n��s com igual intensidade, portanto,
�� melhor atirar flores no vizinho do
que pedras.
�� chegada a hora de despertar a consci��ncia
para os verdadeiros valores do esp��rito.
A viol��ncia nada mais merece do que um
sonoro N��O!
Chega de agredir os mais fracos, os indefesos.
A necessidade de crescimento de
uns n��o pode servir de justificativa para a covardia
de outros.
E ainda h�� pessoas que acham gra��a
quando um idoso �� insultado, quando
uma crian��a �� empurrada ou um animal ��
espancado.
Quem admira ou ignora os atos de viol��ncia
alimenta, mesmo sem perceber, as
atitudes das pessoas que hostilizam seus
semelhantes em troca de enaltecimento do
pr��prio orgulho.
�� certo que, nem sempre, estamos em
condi����es de agir, de impedir que o mal aconte��a,
de evitar as consequ��ncias danosas derivadas
das atitudes insanas do nosso pr��ximo.
Sequer somos respons��veis por elas.
A ningu��m se pode atribuir a culpa pelo
mal, sen��o ��quele que o pratica. N��o temos
o dom��nio sobre a vontade alheia, n��o mandamos
em ningu��m e, muitas vezes, n��o est��
em nossas m��os livrar a v��tima de passar por
aquilo que escolheu.
Mas podemos mandar vibra����es de paz
e amorosidade para os envolvidos nas situa����es
dif��ceis. Se o agredido �� visto como v��tima
pela sociedade, o agressor h�� de ser compreendido
como uma alma enferma.
E isso porque o bem �� o estado natural
de todas as coisas, figurando o mal como
mero desvio da conduta moral na vida, que
h�� de ser combatido com energias do bem.
N��o devemos nos igualar ao agressor,
desejando ou fazendo a ele todo o mal que
causou ao pr��ximo. Isso s�� faz aumentar a
onda de viol��ncia e nos mostra o pior: que
somos iguaizinhos ��quele que condenamos.
Quem n��o traz em si o germe da viol��ncia
n��o consegue agredir, ainda que considere
o outro merecedor. Devolver na mesma moeda
�� pura vingan��a, e s�� se vinga quem vibra
na mesma frequ��ncia de seu ofensor.
Essa onda de viol��ncia tem que acabar.
Fa��amos, cada um de n��s, a nossa parte.
Ningu��m precisa se arriscar para salvar o outro,
p��r a pr��pria vida em risco para livrar o
pr��ximo de um perigo ou do mal que o amea��a.
Esse �� o tipo de ren��ncia que n��o ��
exigido de nenhum de n��s e s�� os que j��
alcan��aram o patamar mais alto da eleva����o
moral s��o capazes de renunciar em nome do
amor genu��no.
A n��s, restam as armas da ora����o, do
rep��dio ��s atitudes agressivas, das vibra����es
amorosas e, sobretudo, do nosso exemplo
no caminho do bem.
Viajar
Existem tantos lugares lindos no mundo.
A natureza enriquece todas as terras, a hist��ria
de cada povo traz li����es preciosas para nossas
vidas. Precisamos saber aproveitar.
Viajar �� maravilhoso. Seria bom se pud��ssemos
visitar ao menos um lugar diferente
a cada ano. N��o se trata apenas de divers��o.
Trata-se de conhecer pessoas iguais a n��s em
ess��ncia e, ao mesmo tempo, t��o diferentes.
A diversidade impera no nosso planeta,
o que nos relembra como �� importante ter respeito.
Nossas desigualdades s��o fruto das
diferentes tarefas confiadas por Deus a cada
um de n��s. Saibamos dignific��-las e aqueles
a quem elas cabem.
�� por isso que digo que, das coisas vividas
na mat��ria, viajar �� a melhor. Sempre
que posso, vou a um novo lugar, seja cidade,
estado ou pa��s. Pena que ainda n��o d��
para sair do planeta (ao menos em corpo f��sico),
pois conhecer outros mundos deve ser
gratificante.
N��o importa qu��o longe se v�� nem a
riqueza do local. Importante mesmo �� nos
darmos a oportunidade de conhecer coisas
novas. Isso nos ajuda na compreens��o da
vida, no reconhecimento do outro como um
igual e na valoriza����o de nossas ra��zes.
Quando viajamos, vemos como �� bom ter
um lugar para voltar. Considero a volta para
casa o melhor momento da viagem. Pode
parecer estranho, mesmo uma contradi����o.
Se voltar para casa �� a melhor parte, para
que sair, ent��o?
Sempre que partimos, levamos expectativas,
mas voltamos com experi��ncias e lembran��as.
Expectativas se frustram; lembran��as
permanecem, experi��ncias enriquecem. Ent��o,
voltar �� o melhor de tudo.
Quando vamos, somos a mesma pessoa.
Quando voltamos, alguma parte de n��s retorna
modificada. Mesmo que seja um pouquinho,
impercept��vel...
As impress��es do que vivemos afetam
todo o nosso ser. S��o coisas para as quais
n��o atentamos, mas se prestarmos aten����o,
veremos que, a cada viagem, algo novo vem
somar em nossas vidas.
Ainda que n��o gostemos do lugar, alguma
experi��ncia importante sempre fica, novos
valores s��o adicionados �� nossa bagagem
de experi��ncias.
Viajar �� a melhor forma de conquistar
experi��ncias, na maioria das vezes, sem sofrer.
E essa oportunidade, somos n��s que
temos que nos dar.
42
Minha ora����o de
todos os dias
Uma pequenina ora����o feita com base
no "Pai-nosso".
Pai das criaturas, Senhor do Universo
Teu nome seja amor em nossos cora����es
Teu reino se fa��a hoje em nossas vidas
Tua vontade prevale��a, fortalecendo a
nossa
Em todos os mundos que venhamos
a habitar.
O p��o de nosso corpo �� a luz da Tua luz
O perd��o das ofensas, Tua d��diva de paz
Abre nossos olhos para as verdades
do esp��rito
Permite que nos distanciemos das ilus��es
do mundo
Para que as energias do bem se derramem
sobre n��s
Na vida f��sica e na espiritual
Porque o bem h�� de ser o presente e
o futuro
De toda a humanidade.
195
Se eu tivesse
que escolher...
A gente passa a vida escolhendo e mudando
as escolhas. O que era bom ontem,
hoje j�� n��o �� mais. O que parecia in��til no passado,
com o passar do tempo, ganha novos
contornos.
�� assim com o amadurecimento da vida
e das ideias.
Eu tamb��m n��o fugi �� regra.
Existem coisas das quais sempre gostei.
Outras, de que aprendi a gostar. Algumas, eu
modifiquei, porque mudei a mim mesma.
De qualquer forma, ��s vezes a gente define
do que gosta mais, ��s vezes, n��o.
Mas, se eu tivesse que escolher...
Um livro: As brumas de Avalon, de Marion
Zimmer Bradley
Um filme: O Senhor dos An��is
Um lugar da natureza: mar
Uma flor: rosa
Uma comida: batata frita
Um doce: sonho de valsa
Uma bebida: ��gua
Uma cidade: Cabo Frio
Um esporte: nata����o
Uma palavra: liberdade
Uma fruta: abacaxi
Uma paisagem do Rio: Aterro do Flamengo
Uma m��sica: "S�� voc��", de L��o Jaime
Um animal: gato
Um seriado de TV: Criminal minds
Uma cor: verde
Uma paix��o: viajar
Uma fragr��ncia: c��nfora
Um livro que escrevi: Segredos da alma
Uma m��sica cl��ssica: "Clair de lune", de
Debussy
Uma lenda: Rei Artur
Uma esperan��a: paz
Um conto infantil: Pin��quio
Um desenho animado: O caminho para
El Dorado
Um cheiro: chuva
Um poema: "Testamento", de Manuel Bandeira
Uma cantora: Marisa Monte
Um cantor: John Denver
Um amor: meu filho
Grandes sucessos de
M��nica de Castro
pelo espirito Leonel
A for��a do destino
A atriz
Apesar de tudo...
At�� que a vida os separe
Com o amor n��o se brinca
De frente com a verdade
De todo o meu ser
Desejo - At�� onde ele pode
te levar? (pelos esp��ritos Daniela e Leonel)
G��meas
Giselle - A amante do inquisidor
(nova edi����o)
Greta (nova edi����o)
Impulsos do cora����o
Jurema das matas
Lembran��as que o vento traz
O pre��o de ser diferente
Segredos da alma
Sentindo na pr��pria pele
S�� por amor
Uma hist��ria de ontem
Virando o jogo
Ana Cristina Vargas
pelos esp��ritos Layla e Jos�� Ant��nio
Al��m das palavras (cr��nicas)
A morte �� uma farsa
Em busca de uma nova vida
Em tempos de liberdade
Encontrando a paz
Intensa como o mar
O bispo (nova edi����o)
O quarto crescente
(nova edi����o)
Sinfonia da alma
Loucuras da alma
De: Reginaldo Mendes
Este livro no formato de crônica a autora vai nos revelando sua vida.
Lançado pelo Grupo Allan Kardec :
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