terça-feira, 30 de março de 2010

livro - perseguida - Jaid Black.txt





























Disp em Esp: LLL
Tradução: Gisa
Revisão Intermediária: Rosilene
Revisão Final e Formatação: Iara

Resenha Bibliográfica
A Série:

Há milhares de anos, por decreto dos deuses, vários clãs Vikings fugiram para o sério e invernal Ártico e construíram uma civilização nas profundas vísceras da
terra. Os profetas os advertiram para que cuidassem de si mesmos, que permanecessem clandestinamente, porque um dia os depravados intrusos - aqueles que moram sobre
a terra - corromperia as leis dos deuses e destruiriam a si mesmos no processo. E então, de novo, os Vikings governariam o mundo inteiro.
A tundra da Alaska moderna é um terreno acidentado, em grande parte inexplorada. Os três reinos do Underground, Nova a Suécia, Nova a Dinamarca e Nova a Noruega,
seguem prosperando com seus costumes e cultura sem poluir pelo tempo. Os Vikings nunca vão à superfície da terra, com uma única grande exceção. Eles se aventuram
no mundo dos Intrusos para caçar... Mulheres.

O livro:

Enquanto se encontra estudando os indígenas da Alaska para sua tese de antropologia, Peggy Brannigan é perseguida e seqüestrada no ártico por um misterioso macho
nórdico empenhado em mantê-la como uma companheira de emparelhamento.

Nota da Revisora Rosilene: Esses Vikings só têm de ferozes os nomes. No fundo são uns fofos. Ai ai ai (suspiros).



Capítulo 1

População mais próxima: Barrow, Alaska 539 quilômetros ao norte do Círculo Polar Ártico perto da costa do Chukchi (Sibéria)

1 de dezembro, dia de hoje

Com os dentes tocando castanholas, Peggy Brannigan se aconchegou sob o calor das peles de urso polar que seu guia esquimó Inupiat, Benjamin, tinha lhe proporcionado.
Tendo posto um casaco de lã grosso, três pares de roupa de baixo térmica, dois gorros, dois pares de luvas, e amassada embaixo de quatro peles de urso polar, ainda
estava gelada até os ossos enquanto o trenó puxado por cães se deslocava através da dura paisagem da tundra.
-Mais rápido! - instruiu Ben aos cães em sua língua natal - Movam-se!
A testa de Peggy franziu enquanto o observava. Ela tinha estado vivendo e trabalhando no Barrow durante pouco mais de seis semanas com o fim de estudar os costumes
dos indígenas esquimós para sua tese antropológica sobre a cultura Inupiat para a Universidade Estatal de São Francisco. Durante a maior parte do tempo tinha estado
no norte da região ártica do Alaska, os anfitriões de Peggy foram à família de Benjamin. Tinha chegado a conhecer o adolescente bastante bem naquele tempo e tinha
percebido que era um silencioso e estóico cavalheiro pouco dado a demonstrações externas de emoção. Que ele parecesse quase apavorado fazendo que os cães movessem
o trenó mais rápido lhe resultava um tanto alarmante.
-O que acontece, B-Ben? - perguntou com seus dentes tocando castanholas pelo azedo vento que a golpeava diretamente na cara. Ela manteve uma entonação neutra
para não parecer alarmada - Divisou alguns lobos caçando ou algo assim?
Merda! Pensou enquanto mordia seu lábio inferior. Seria irônico de fato, se os cães fossem liquidados por lobos famintos a poucos metros do povoado. Infelizmente,
a única maneira de entrar e sair de Barrow era com o ocasional aeroplano contratado ou por trenó puxado por cães, o qual não lhes tinha dado nenhuma opção em vista
de sua tarefa salvo confrontar os rudes elementos. E os depredadores famintos.
Para o acúmulo de maus, estava a circunstância de que nevava copiosamente na tundra, o que fazia que a visibilidade fora escassa. E posto que o sol não se elevava
perto de Barrow desde novembro até janeiro, o fato de que fossem duas da tarde não lhe servia de nada absolutamente. Para que ajudava a luz do dia nessa época do
ano, o mesmo poderia ter sido meia-noite.
Peggy olhou minuciosamente ao redor da paisagem nevada, tratando de averiguar se havia algum sinal de atividade da matilha caçando. Seus olhos se entrecerraram
duvidosos quando não alcançou a ver nem sequer um lobo solitário. A tundra parecia tão tranqüila nesse preciso momento que não viu nenhum animal selvagem absolutamente,
nem sequer ursos polares fecundados aninhados em suas guaridas de hibernação, as que as espectadoras fêmeas perfuravam em montões de neve para descansar nelas. Envolveu
as peles fortemente ao seu redor antes de fazer a pergunta ao adolescente de novo.
-O que é Ben? O que está passando?
Os amendoados olhos castanhos de Ben estavam entrecerrados em duas fatias, sua expressão era séria. Peggy estremeceu quando viu o chicote que estava esgrimindo
e açoitando nos quartos traseiros do cão líder que dirigia o trenó. O cão soltou um dolorido uivo.
-Temos que sair daqui, Peggy - disse ele tão serenamente como pôde em inglês, embora ela pudesse ouvir o medo de sua voz - Estão caçando você - asseverou um
tanto tremulo.
Os olhos de Peggy se abriram de par em par. Engoliu em seco nervosamente enquanto esquadrinhava de novo a tundra nevada ao seu redor.
Ben não havia dito que os estavam caçando, pensou ansiosamente. Ele havia dito que a estavam caçando. Havia uma grande diferença semântica entre um e outro,
não tinha claro que pesar.
-O que está dizendo, Ben? - resmungou com o coração pulsando rapidamente. O sério adolescente nunca dizia nada que não queria dizer. Isto estava ficando mais
estranho. E aterrador.
-Igliqtuq! -gritou Ben apertando os dentes atacando com o látego ao segundo cão dianteiro-. Movam-se!
O coração de Peggy começou a golpear como louco em seu peito. Suas mãos fechadas em punhos nervosos sob as peles de urso polar. Jamais tinha visto Ben se comportar
desta maneira com antecedência. Jamais.
-Ben, por favor - disse silenciosamente, enquanto um agudo sentimento de pânico começava a se formar-. Diga-me o que acontece.
As linhas rígidas de seu perfil lhe disseram que não estava predisposto a lhe responder. Não por mesquinharia ou falta de respeito, não Ben. Deu-se conta de
que era por algo mais. Possivelmente o adolescente tratava de proteger a desse inimigo desconhecido da maneira que ele sentia que poderia fazê-lo. Conhecendo Ben,
provavelmente lamentava o fato de tê-la alarmado ante qualquer presença que estivesse perto de sua posição e que tivesse desejado guardar para si mesmo seu temor
para não preocupá-la.
Era muito tarde para isso. Ela estava além da preocupação e se aproximava do ponto de pânico.
-Por favor - exalou com seu olhar completamente aquoso-. Por favor, me fale Ben.
O adolescente respirou profundamente enquanto continuava atento aos cães, fazendo cumprir sua instrução para que fossem mais velozes com o brutal movimento ocasional
do látego. Ela não acreditou que fosse lhe falar, apesar de suas súplicas, assim que pouco menos se surpreendeu quando ele o fez.
-Uyabak Nuurvifmiu - disse Ben em voz desce em sua língua natal - Moradores das rochas. - Ele tragou com um pouco de dificuldade, seus olhos escuros exploravam
intensamente a tundra circundante enquanto o trenó se deslocava através do vento gélido e a rigorosa nevada - Avistei um faz uns minutos.
Peggy ficou quieta. Moradores das rochas. Que demônios significa isso?
A situação estava ficando cada vez mais estranha. Por não dizer mais alarmante.
-Do que está falando? - murmurou Peggy. Apartou uma orvalhada de flocos de neve de seus olhos com o dorso de seu pulso-. Ben, não entendo. O que é um morador
de pedra?
A interminável tundra estéril mudou abrindo caminho ao começo do povo do Barrow. Isoladas cabanas cobertas de gelo salpicavam a paisagem e pescadores de gelo
dispersos de vez em quando. Benjamin relaxou visivelmente, um suspiro de alívio revelador escapou de seus lábios. O olhar fixo de Peggy nunca abandonou o perfil
do adolescente.
-Não se preocupe por isso - murmurou Benjamin-. Não é nada que te preocupe por agora. Porque a ameaça tinha passado. No momento.
Os olhos de Peggy se entreabriram especulativos, mas não disse nada. Se Benjamin não ia lhe contar o que estava passando então esperava que o fizesse sua irmã.
Com um suspiro, seus olhos passaram rapidamente do adolescente para o povoado do qual se aproximavam velozes. Uma mulher indígena entrada em anos e envolta em
peles de lobo inclinou sua cabeça para Peggy quando o trenó passou e ela distraidamente lhe devolveu um sorriso.
Esperava poder conseguir falar com a irmã de Benjamin sobre os moradores das rochas, quem ou o que quer que fossem. Considerou que possivelmente se tratasse
simplesmente de alguma estranha espécie de depredador que os esquimós reverenciavam e, portanto não falavam dela, ou possivelmente não.
Em qualquer caso, tinha que saber o que se elevava contra ela antes que Benjamin e ela tivessem necessariamente que viajar a um dos povos próximos na próxima
semana para adquirir mais provisões.
Um calafrio percorreu a coluna vertebral de Peggy, provocando que os cabelos de sua nuca se arrepiassem. Engoliu em seco com dificuldade quando lhe passou pela
cabeça que algo - ou alguém - a estava olhando.
E que esse olhar penetrante pertencia a um ser inteligente.

Capítulo 2

Essa sensação de ser observada se desvaneceu na hora seguinte ao chegar ao povoado e não ressurgiu novamente nesse dia. No momento em que Peggy se aconchegou
entre as peles de urso polar na pequena cabana para dormir essa noite, estava segura de ter imaginado todo o assunto. Provavelmente tinha se tornado paranóica pelo
susto que Benjamin lhe tinha dado mais cedo, um susto que o adolescente não tinha explicado de tudo.
Provavelmente tinha sido melhor assim, decidiu. Os moradores das rochas eram sem dúvida, alguma espécie de mito, uma lenda Esquimó tão antiga como o mesmo povo.
Entretanto, Peggy era uma científica até a medula dos ossos e devido a isso, se asseguraria de chegar até o fundo da história. Não só porque isso seria o que faria
um cientista, mas também porque era consciente de que nenhum outro antropólogo jamais havia descrito um mito sobre os moradores das rochas. Era possível, pensou
entusiasmada, que pudesse ser a primeira em seu campo em ter ouvido alguma vez sobre isso.
E isso ficaria impressionante em sua exposição de dissertação doutoral.
Mordeu o lábio. Definitivamente chegaria ao fundo disto. Não só por sua tese de doutorado, mas também para saciar sua curiosidade. Peggy tinha nascido com um
caso de curiosidade de quinze quilômetros de comprimento e um oceano de largura. Conhecia si mesma o suficiente para saber que simplesmente não podia renunciar e
deixar estar. Além disso, do fato de que se realmente havia algo para ser considerado ali fora, precisava saber o que era esse algo por motivos de segurança. Ben
e ela viajavam muito daqui para lá, pela tundra deserta com muita freqüência, para deixar se soubesse.
Com um esgotado suspiro, Peggy deu a volta dentro da cama de peles, usou seu cotovelo como travesseiro, e fechou os olhos. Primeiro precisava dormir um pouco.
Amanhã se aproximaria da irmã de Benjamin, Sara, e esperaria contra toda esperança que a menina de doze anos estivesse faladora.
E então ela escutaria sobre os moradores das rochas dos quais seu irmão lhe tinha falado.

-Moradores das rochas? - Sara desviou o olhar, voltando para seu trabalho fora da cabana familiar. Estava nevando com força, de modo que se ocupou de sua tarefa
rápida e eficientemente. Levantando uma faca e brandindo para baixo, decapitou ao ainda trêmulo peixe de um só golpe. Seu brilhante cabelo negro e comprido até a
cintura resplandecia com reflexos projetados pelas tochas próximas-. Não - disse com voz fraca-. Nunca ouvi falar deles.
O olhar verde-mar de Peggy se entrecerrou especulativamente. Acomodou ausentemente um cacho loiro acobreado atrás de sua orelha enquanto considerava que fazer
a seguir. Não queria desgostar a doce menina, mas simplesmente não podia tirar da cabeça os sucessos do dia anterior.
Na noite passada Peggy tinha dado voltas na cama, incapaz de dormir. Benjamin havia dito que ela estava sendo caçada. Um pensamento que a tinha perseguido até
o ponto de induzir o primeiro pesadelo que seu cérebro inconsciente tinha abrigado em muito tempo.
De algum jeito, durante o curso da agitada noite, se deu conta de que o enigma dos moradores das rochas e seu desejo de desentranhar o que ou os quais eram ia
muito mais à frente do desejo de glória, ou do desejo de deslumbrar com seu descobrimento à doutora Kris Torrence, a assessora de sua tese doutoral. Em lugar disso
se abatia sobre o horizonte que o propósito e a necessidade de saber a resposta era para proteger a si mesma.
-Sara? - murmurou Peggy-. Sei que não quer falar disso. E sei que estou rompendo cada regra da investigação antropológica ao afetar sua vida em vez de somente
observá-la, mas eu... - Sua voz foi se apagando em um suspiro ao tempo que afastava o olhar e subia seus braços para acomodá-los sob seus pesados seios-. Estou assustada
- sussurrou.
O corpo de Sara ficou imóvel, uma ação que captou com sua visão periférica. Os batimentos do coração de Peggy se dispararam quando permitiu a si mesma esperar
só por um momento que talvez a menina de doze anos se abrisse com ela. Não tinha mentido sobre seus temores. Não queria passar nem sequer uma noite mais preocupada
e insone. Só desejava verificar que os moradores das rochas fossem um mito e assim poder respirar com calma e afastar isso da mente por agora. Poderia encontrar
um modo de explorar o mito mais tarde.
-Pai diz que se uma moça falar sobre eles poderiam escutá-la, e a levariam para que não possa falar deles nunca mais. - Sara pronunciou as palavras em um sussurro
enquanto deixava a faca sobre a tábua de picar e girava lentamente em suas botas de couro costuradas a mão para enfrentar Peggy. Seus olhos amendoados notou Peggy,
estavam cheios de ansiedade. Subiu o capuz de seu parka e se agasalhou com ela -. Ele disse que nunca falássemos deles, pois o vento tem ouvidos.
O olhar de Peggy se encontrou com o da moça.
-Acredita nisso? -murmurou com seus batimentos do coração acelerando de novo. Sua mente lhe dizia que estava se deixando transtornar por um montão de histórias
de fantasmas contadas em acampamentos de verão, mas seu corpo reagia ao nervosismo da menina como se ela não falasse mais que dos fatos -. Acha que o vento tem ouvidos?
Sara suspirou e deu de ombros ao tempo, se assemelhando por um momento mais a uma murcha anciã de sua gente que a uma ingênua menina de doze anos.
-Não estou segura. Mas é certo que meu titia falou deles uma vez, e logo desapareceu apenas dois dias mais tarde. - estremeceu sob a parka, dando a volta para
fatiar e cortar em quadrados os trêmulos peixes-. Minha mãe sente profundamente a falta de sua irmã do coração - sussurrou-. Como eu.
Os olhos de Peggy se suavizaram compasivamente, embora a moça não pudesse vê-lo porque lhe dava as costas.
-Sinto muito, carinho. Como se chamava?
-Charlene. A chamávamos tia Chari.
Peggy sorriu.
-Um precioso nome.
-Ela era uma dama muito formosa - disse Sara amargamente-. Provavelmente por isso a levaram. -A faca baixou assobiando, separando a cabeça do peixe de seu corpo
em uma morte precisa e limpa.
O sorriso de Peggy se extinguiu. Subiu o capuz de seu parka, e logo colocou suas mãos enluvadas nos bolsos.
-Quem a levou? -Sabia o que Sara ia dizer, mas por alguma perversa razão queria ouvir a menina dizê-lo. Se pudesse obter que expressasse as palavras em voz alta,
talvez então lhe dissesse um pouco mais...
Sara suspirou, deixando a faca outra vez. Deu meia volta sobre seus calcanhares para enfrentar Peggy, e logo rapidamente desviou o olhar.
-Não estou tentando te levar o contrário.
-Sei - disse Peggy em voz baixa. E de repente entendeu que não importava quantas vezes interrogasse à garota, Sara nunca se justificaria. Não sobre isto.
-Está bem, carinho.
Os olhos amendoados de Sara voaram para se encontrar com os verdes de Peggy. Mordiscava seu lábio inferior ao mesmo tempo em que jogava uma rápida olhada ao
redor, e logo avançou lenta e cautelosamente ao lado da antropóloga.
-Só te direi isto e nada mais - sussurrou, conseguindo a completa atenção de Peggy, que a olhava com os olhos muito abertos-. Permanece afastada da tundra ou
será tão fácil de capturar como o é um peixe para o urso polar.
Peggy assentiu, mas não disse nada. Seu ritmo cardíaco se desbocou outra vez ao lutar consigo mesma para permanecer calada. Rezou para que o velho adágio se
cumprisse e esse silêncio se convertesse em ouro, ou ao menos valesse o suficiente para manter falando com a moça. Psicologicamente falando, a ninguém gostava dos
silêncios incômodos, o qual Peggy estava suficientemente qualificada para saber. Ao enfrentar a um silêncio incômodo a pessoa tinha propensão de tagarelar, tratando
de encher o vazio. Só esperava que Sara escolhesse encher este vazio em particular com as palavras que ela precisava escutar.
Sara suspirou, voltando a olhar ao longe.
-Eles roubam mulheres - murmurou-. Mulheres em idade de procriar.
Obrigado, Psicologia 101.
-Mas o que são eles? -murmurou Peggy em uma exalação-. De onde vêm...?
-Sara! - gritou Benjamin do outro lado da cabana, fazendo que Peggy resmungasse mentalmente. Amava ao menino até a loucura, mas de toda a má sorte...
-Sara onde está? Pai está te chamando!
Sara deu um fôlego, obviamente aliviada por não ter sido pilhada falando de coisas sobre as quais tinha advertido que não discutisse nunca. Saudou cortesmente
à antropóloga com um movimento de cabeça, logo girou sobre seus calcanhares, fugindo depressa para o outro lado da cabana.
Peggy tomou uma baforada de ar gélido, seco e vigorizante, e exalou lentamente. A diferença da Sara, estava se sentindo menos aliviada. Tinha obtido algumas
respostas, é certo, mas as respostas que lhe tinham dado unicamente trouxe mais interrogações.
E havia algo mais.
Por muito que odiasse admitir, e tanto como detestava sequer dar crédito à idéia, pela primeira vez do incidente de ontem na tundra, Peggy começava a duvidar
de sua hipótese inicial de que os moradores das rochas estivessem apoiados em um mito.
Mordeu o lábio. E se os temores de Ben no dia anterior estivessem apoiados em feitos frios e concretos? E se, pensou preocupada, realmente tivesse havido alguém
a caçando lá fora?
Eles roubam mulheres. Mulheres em idade de procriar.
Peggy tremeu dentro da parka, não querendo de repente estar sozinha fora da cabana. Só para estar segura, decidiu naquele momento, que se certificaria de estar
sempre acompanhada por pelo menos outras duas pessoas, desde este momento até que seu tempo no Alaska tivesse terminado.
Suspirou. A situação ia se fazendo mais e mais estranha.


Capítulo 3


Uma semana depois

Tinha passado mais de uma semana desde sua última excursão, quando Peggy e Benjamin deixaram as imediações de Barrow para ir de trenó puxado por cães até um
povoado longínquo. Tempo mais que suficiente para que as lembranças do susto que passou na tundra minguassem sua importância, até quase se extinguir.
Ao longo da semana anterior, não tinha passado nada estranho: não houve sensações estranhas de estar sendo observada, nem preocupações por ser roubada pelo que
seriam homens míticos. Nada de nada.
Peggy tinha começado a acreditar que a família de Benjamin tinha inventado a lenda dos moradores das rochas, como uma forma de manter vivas as lembranças da
Tia Chari. Se acreditavam que tinha sido seqüestrada, quando de fato, provavelmente tinha sido atacada por um lobo faminto, então acreditariam que estava viva ainda
e manteriam a esperanças de que um dia encontrasse uma maneira de retornar ao povoado. Só uma mulher querida e desaparecida, a qual sem dúvida estava morta fazia
tempo. Realmente triste.
Para Peggy, essa hipótese era a única que tinha sentido, mas encontrava um pouco estranho que nenhum outro antropólogo tivesse registrado uma lenda Inupiaq sobre
os moradores das rochas. Nem que ela escutasse a outra pessoa nativa falar deles, com a pequena exceção de Benjamin e Sara.
Sorriu para Benjamin enquanto pegava sua mão estendida e lhe permitia ajudá-la a levantar da frente do trenó.
-Brrr - sorriu burlonamente- Parece outra viagem congelante.
Os olhos de Benjamin se suavizaram.
-Deveria ficar na parte detrás. Eu estou acostumado, mas você...
-Preciso me acostumar também - o interrompeu sorrindo calorosa, mas firmemente-. Além disso, desfruto de nossas conversações quando viajamos juntos pela tundra.
-Deviam voltar hoje para o Chakuru com a missão de trocar preciosa banha de baleia por parkas artesanais. - Acomodou-se na cabine do dispositivo tipo sofá, aninhando
nas peles de ursos polar que a mãe de Benjamin tinha lhe preparado-. Nunca terminou de me contar essa historia sobre sua bisavó pastora de renas. -Seus olhos se
entrecerraram um pouco-. Como se chamava?
-Sinrock Mary. -Sorriu amplamente, marcando uma covinha infantil em uma bochecha-. Em sua época causou mais de um revôo. Nesses dias, é obvio as mulheres não
possuíam propriedades. Mas a avó não só a tinha sobre sua manada, mas também o fazia melhor que qualquer homem.
Ao ouvir isso, Peggy riu entre dentes.
-Parece com meu tipo de mulher. -Sorriu para Benjamin, o fazendo ruborizar e afastar o olhar. Até esse momento, não tinha se dado conta de que o adolescente
tinha desenvolvido por ela um pequeno amor, um fato que estranhamente a fazia se sentir orgulhosa. Refletiu que depois de tudo, para um menino de dezesseis anos,
seus vinte e nove, deviam parecer bastante velho -. Então me fale de Sinrock Mary.
Benjamin lhe contou ao longo das cinco horas seguintes, tudo a respeito de sua bisavó, assim como outras inumeráveis historia familiares. Ela sabia que os Inupiaq
se deleitavam com uma boa história, da mesma maneira em que um chef desfrutava de uma boa comida. Os nativos contavam com cuidado delicioso suas histórias, preservando
desse modo sua tradição oral de ser manchada pelo passado do tempo e empanada pelo contato com forasteiros.
No transcurso da sexta hora, chegaram ao pequeno povoado de caçadores de Chakuru, nenhum deles estava tão mal como poderia ter se esperado. A estas alturas,
os cães estavam cansados e as costas de Peggy doíam por estar tanto tempo sentada, mas a parte disso tudo estava em ordem.
Peggy sorriu aos meninos nativos, quem se apressavam a receber excitadamente ao trenó, respirando profundamente o vento fresco, enquanto alvoroçava o cabelo
de um menino magro. Adorava visitar este povoado, já que quando olhava ao redor, sentia como se tivesse retrocedido no tempo. E de algum jeito o tinha feito. Este
povoado era tão remoto que nem sequer figurava no mapa oficial do Alaska.
Benjamin inclinou a cabeça cortesmente para a mulher mais anciã que estava falando com ele e logo girou para Peggy.
-Diz que seu filho e sua nova esposa estão fora visitando familiares no Nome, por isso tomou a liberdade de te arrumar sua cabana. -A mulher mais velha disse
algo mais em uma língua que Peggy não conhecia muito. Benjamin assentiu e traduziu-. Espera que encontre grata a privacidade e agradável o calor do lar.
Peggy sorriu, ignorando a voz insistente que lhe dizia que se mantivesse perto dos outros e que esquecesse sua privacidade como fazia usualmente nestas viagens.
Ignorou a voz e assentiu, sem querer ofender à mulher mais velha.
-Obrigado - disse inclinando modestamente sua cabeça-. Sua hospitalidade é muito generosa.


Usando uma fina camiseta branca que a mãe de Benjamin tinha costurado para ela, Peggy ficou de costas sob as peles de urso polar, sua testa estava sulcada por
uma ruga. Do sono profundo no que estava sumida, em algum plano surrealista reconhecia que algo a estava arrastando lentamente do mundo dos sonhos ao dos quase acordados.
Outra vez tinha essa sensação, essa sensação estranha de estar sendo observada...
Seus olhos se abriram. Imediatamente sua íris trataram de se ajustar à escuridão como boca de lobo. Podia ver muito pouco, na realidade quase nada, mas ainda
podia distinguir uma forma imprecisa no extremo mais afastado da cabana. Enquanto se sentava direita, com seu pulso se acelerando, ofegou. Oh meu Deus pensou com
pânico, nunca deveria ter dormido aqui sozinha.
Afastou as peles e se ajoelhou seu peito subia e descia pelo bombeamento de adrenalina através de seu corpo com seu coração palpitando em seus ouvidos. Entreabriu
os olhos para a forma imprecisa que estava no lugar mais afastado da cabana de um dormitório, tratando de discernir o que era.
Oh meu Deus. Oh meu Deus! O que é isso?
Suas mãos formaram punhos tensos, enquanto ficava de pé apressadamente. Sua respiração era pesada e trabalhosa, como se tivesse deslocado uma carreira de duas
milhas. Se preparando para girar e sair disparada aonde fosse, ofegou quando um feixe pálido de luz de lua tocou a cabana e a forma imprecisa se converteu em...
Uma parka.
Uma parka inofensiva e sem vida, espalhada em uma cadeira de madeira da pequena mesa de cozinha.
Soltou um som entre risada e pranto. Por um instante fechou os olhos e soltou a respiração que tinha estado contendo. Alívio... nunca em sua vida tinha se sentido
tão malditamente aliviada.
-Estou perdendo a cabeça - resmungou, enquanto passava os dedos por seus cabelos e voltava a acomodá-los-. Estou a um passo de que os homens das jaquetas brancas
me escoltem fora do Alaska. -Sorriu ante sua própria estupidez, enquanto respirava fundo e sacudia a cabeça pelo equívoco-. Se acalme companheira. Só é uma...
Enquanto a compreensão abria caminho lentamente, seu sorriso se desvaneceu. Através dela passou um estremecimento de terror, enquanto lhe ocorria que a parka
que tinha usado estava pendurada perto da cozinha/estufa rudimentar para que secasse. Não esteve, nem nunca tinha estado posta na cadeira da cozinha. Seus olhos
turquesa se abriram como pratos e tragou bruscamente.
Saia daqui! Agora!
Se preparou para escapar da cabana, com seu pulso correndo como louco, quando um braço pesadamente musculoso se enroscou ao redor de seu ventre. Ofegou, abrindo
sua boca para gritar. Uma palma grande caiu sobre sua boca antes que pudesse obtê-lo, enquanto silenciava todo o pranto de medo que surgiu de sua garganta atrás
de sua mão.
Oh meu Deus. Oh meu Deus. Oh meu Deus.
Sentiu no pescoço uma espetada, um segundo antes que seu corpo se afrouxasse nos braços do que assumia, era um depredador humano. O mundo começou a girar, sua
cabeça adormeceu sobre seus ombros e seus olhos se fecharam. Desmaiou, caindo para trás.
Seu último pensamento coerente antes que a escuridão a dominasse foi que os moradores das pedras eram reais.
E que nunca viveria para contar à doutora Kris Torrence sobre seu descobrimento tão importante.


Capítulo 4


Suas sobrancelhas franziram com ansiedade, os olhos de Peggy piscaram lentamente se abrindo e tentando se ajustar a tênue luz de... em qualquer lugar que estivesse
trancada. De fato seu cérebro despertou por volta de 5 largos minutos, mas tinha que abrir os olhos. Tinha medo de olhar, medo de descobrir se tinha estado sonhando
ou se realmente tinha sido...
-Por favor - chorou brandamente uma voz feminina atrás dela-. Por favor, me deixe ir para casa. - A voz soava assustada, confusa. Um nó se formou na garganta
de Peggy-. Não direi a ninguém - prometeu a voz com tom desesperado-. Eu juro eu...
Um som apagado, seguido imediatamente por silêncio, encheu o aposento pouco iluminado. Peggy fechou os olhos fortemente, de algum modo se dando conta de que
a mulher tinha sido amordaçada.
Oh Deus. Oh Deus. Oh Deus.
-Er dama våken? - perguntou uma voz de homem em um idioma que Peggy nunca tinha ouvido antes. Aquietou a respiração, com medo de que ele soubesse que estava
acordada-. Porque eu gostaria de estar de volta no povoado antes que anoiteça. -murmurou em um inglês com muito acento.
-Irei comprovar-respondeu outro homem dizendo suas palavras com o mesmo acento do Velho Mundo-. A mulher seguia inconsciente da última vez que olhei. Mas agora
irei comprovar a outra criadora novamente.
Criadora? Os olhos de Peggy se abriram. Os batimentos de seu coração se aceleraram. Serei eu a criadora da que falam? Fechou rapidamente os olhos, tentando histericamente
encontrar uma maneira de escapar dos homens.
-Sua respiração é tranqüila - disse o primeiro homem. Seu tom era aborrecido. Como se estivesse acostumado a lutar todo o tempo com mulheres capturadas e aterrorizadas-.
Está acordada. Quer que pensemos que esta adormecida... - O suor fez erupção na testa de Peggy. Sabiam que estava acordada. Oh Deus, sabiam-, mas definitivamente
está acordada.
O segundo homem riu:
-Não foi fácil de capturar a essa. O Wolf mesmo quase a agarrou na tundra a semana passada, mas o menino Barrow conseguiu tirá-la antes que seus homens pudessem
cercá-la.
-Wolf? -murmurou o primeiro homem-. Ele a caçou?
-Sim. Estava muito zangado quando a perdeu.
-A queria para si mesmo ou para vender?
-Não tenho a menor idéia. Não me corresponde questionar a um filho do jarl. Sabe.
Silêncio.
-Bom então - murmurou o primeiro homem-. Será melhor que a cuidemos. Só para estar seguros.
Peggy tragou sobre o nó na garganta. Definitivamente isso não era o que tinha querido ouvir.
-De acordo - rugiu o segundo homem-. Se o Wolf a quiser, poderemos trocá-la por uma grande soma.
O primeiro homem grunhiu.
-Temos que levá-la a nossa gente primeiro. Os homens de nosso povo devem poder trocá-la antes. Se nenhum estiver disposto a pagar o preço que lhe ponhamos, então
a trocaremos com o filho do jarl adversário.
-De acordo.
Peggy ofegou quando as peles de animais que tinham estado jogadas sobre ela foram apartadas sem cerimônias. Sua pele esfriou imediatamente, já que não usava
nada mais que a fina camiseta branca que a mãe de Benjamim tinha costurado a mão para ela. Instintivamente ficou como um novelo, tanto por medo como para proteger
seu corpo dos homens desconhecidos.
-Esteja quieta garota - resmungou um dos homens enquanto se agachava a seu lado.
Sua respiração se fez difícil. O sangue golpeava em seus ouvidos.
O rosto bronzeado, de barba muito cheia de um homem em seus quarenta e muitos ou cinqüenta e poucos entrou em seu campo de visão. Vendo-lhe de baixo sobre suas
costas, tudo o que podia perceber eram uns claros olhos azuis, um emaranhado cabelo negro, e uma barba grisalha.
-Que querem de mim? -disse ela em voz baixa.
Ele sacudiu a cabeça com um grunhido, a fazendo saber que não responderia a perguntas, então não precisava fazê-las. Depois disso a ignorou, fazendo que sua
angústia se multiplicasse.
-Se apresse e examina-a Rolf - gritou um homem loiro mais jovem que estava de cócoras aos pés de Peggy-. Se assegure de que esteja limpa e depois vamos.
Com os olhos bem abertos, o ritmo já rápido do coração de Peggy se desbocou quando Rolf pôs uma bronzeada mão em cada uma de suas coxas e a forçou a abrir as
pernas. Oh Deus... que alguém me ajude! gritou silenciosamente, se encabritando instintivamente para liberar as pernas e poder lhe dar um chute.
Deu um chute diretamente no queixo de Rolf, lhe provocando um uivo, e logo uma maldição. Tentou se afastar, tentou se levantar e correr, mas o homem do cabelo
negro lhe agarrou os ombros por trás, os bloqueando contra o chão frio de rocha com um movimento que foi tão brusco como doloroso.
-Suficiente! -gritou o homem mais velho-. Se voltar a fazer isso, será arreada!
Arreada? Oh Deus! Quem são estas pessoas?
Pensando rápido, Peggy aquietou seu corpo e se forçou a se acalmar. A última coisa que queria, disse a si mesma próxima à histeria, era ser arreada. Não estava
exatamente segura do que isso queria dizer, mas não era necessário ser um Einstein para calcular que seria mais difícil escapar se os homens lhe punham algum tipo
de mecanismo de contenção.
O homem mais velho grunhiu, apaziguado pela aparente docilidade de Peggy. Assentiu com a cabeça em direção ao homem loiro, lhe dizendo sem palavras que continuasse.
Peggy molhou ansiosamente os lábios.
-Isto não levará muito - murmurou Rolf com seu acento do Velho Mundo, sua expressão dura fazendo-a saber que o chute no queixo não tinha sido esquecido-, se
estiver quieta.
Ela tremeu quando suas ásperas e calosas mãos afastaram suas coxas uma vez mais. Sua respiração se fez pesada e entrecortada enquanto a fina camiseta que usava
foi levantada por cima de sua cabeça. A camiseta foi então colocada sobre seus olhos como uma atadura, fazendo-o assim para que ela não visse quem e o que estavam
lhe fazendo. Mordeu o lábio de preocupação, envergonhada quando o ar frio lhe golpeou o peito e fez que seus mamilos se esticassem.
-Há-a - riu o homem mais velho. Suas mãos deixaram os ombros e baixaram a seus peitos. Agarrou a ambos nas palmas das mãos, amassando-os e passando os polegares
sobre os tensos mamilos-. Jeg vil feire brystvortene hennes.
Os dois homens intercambiaram risadinhas afogadas, o que preocupou Peggy. Já era suficientemente mau ter que suportar que seu corpo fosse examinado sem permissão,
mas o que estivessem falando dela em outro idioma de maneira que não tivesse a menor idéia do que estava dizendo... isso era francamente aterrador.
O homem mais velho continuou jogando com seus peitos e mamilos ao mesmo tempo em que os dedos do Rolf começaram a examinar seu pêlo púbico. Seus dedos rebuscaram
cuidadosamente o recortado triângulo acobreado de modo que ela assumiu corretamente que a estavam inspecionando em busca de piolhos na virilha. Passou bastante tempo
aí, examinando minuciosamente seu suave monte de Vênus. Para quando terminou, a respiração de Peggy estava irregular, por medo e pela reação instintiva -e inesperada-
de seu corpo ao ter os mamilos beliscados.
-Esta limpa - espetou Rolf. Peggy exalou aliviada, assumindo que as carícias tinham terminado.
-É virgem? -perguntou o homem mais velho.
-Me deixe ver.
Os dentes de Peggy se afundaram em seu lábio inferior enquanto a ponta do dedo indicador de Rolf encontrava seu buraco. Deslizou o dentro lentamente, e logo
se retirou:
-Está muito seca - disse ausentemente. Seu polegar se assentou sobre o clitóris e aplicou uma pressão circular, lenta e preguiçosa-. Lhe direi isso em um minuto.
Os olhos dela se fecharam fortemente atrás da atadura. Só podia rezar para que quando Rolf descobrisse que ela não era definitivamente virgem a deixassem partir...
Um nó de preocupação e vergonha se formou na barriga de Peggy enquanto seu corpo lentamente se excitava pelas firmes carícias. Uma das mãos do captor estava
amassando seus peitos e beliscando seus mamilos, enquanto a outra estava jogando com sua boceta. Seu polegar estava fazendo sua magia negra no clitóris, o esfregando
e jogando com ele até que suas coxas começaram a tremer brandamente.
A cabeça de Peggy se retorcia para frente e para trás no chão frio de terra. Chiou o dente, decidida a não gozar.
-Deixa vir, garota - sussurrou o captor mais velho com voz densa e excitada. Fechou seus joelhos ao redor da cabeça dela e a segurou de modo que não pudesse
se retorcer mais-. Deixa vir.
Incapaz de se mover, incapaz de protestar, Peggy não podia impedir o orgasmo tal como não podia impedir que a noite se convertesse em dia. Sabia que era inevitável,
sabia também que ela poderia terminar com isto de uma vez.
Sua respiração se fez mais difícil e seus mamilos se esticaram para cima, golpeando ao primeiro captor nas mãos. O sangue se precipitou à parte baixa de seu
corpo, inchando sua boceta à vista do segundo captor.
Com um grunhido, Rolf substituiu a mão pela boca. Levou o clitóris entre os lábios e o apanhou, logo o sugou vigorosamente até que ela ofegou.
-Oh Deus - grunhiu Peggy, gemendo enquanto seu corpo se convulsionava instintivamente. O primeiro captor continuou amassando os peitos e passou os polegares
sobre os duros e doloridos mamilos, enquanto Rolf sugava seus clitóris, não parando até que ela gozou uma segunda vez, mais forte e violentamente que antes.
Quando ela descendeu do alto de seu clímax, a mortificação a embargou. O que lhe tinham feito era suficientemente embaraçoso, mas gozar para homens que a tinham
forçado a isso era humilhante.
Fechou os olhos atrás da atadura improvisada, se sentindo mais envergonhada do que tinha pensado ser possível. De maneira realista sabia que seu corpo simplesmente
tinha reagido instintivamente, que o orgasmo não significava nada mais que uma resposta a um estímulo, entretanto o sentimento de vergonha persistiu.
Rolf introduziu seu dedo indicador no buraco de sua boceta. Desta vez se deslizou facilmente, sua umidade proporcionava a lubrificação necessária para explorá-la.
As janelas do seu nariz tremeram atrás da atadura. Mal podia esperar para que o idiota descobrisse que ela não era virgem para que pudesse partir.
-Não noto nenhum hímen - disse Rolf-. Não é virgem.
Os olhos de Peggy se abriram atrás da atadura, cintilando com justificada indignação para os bastardos.
-Bom - grunhiu o captor mais velho, surpreendendo Peggy-. As virgens não se vendem bem no bloco.
Ela tragou sobre o nó na garganta, a justificada indignação se convertia rapidamente em um profundo medo.
-Certo - comentou Rolf ausentemente enquanto tirava o dedo indicador da boceta-. Os corpos das virgens não sabem como adorar um cacete da mesma maneira que o
fazem as bocetas experimentadas.
Peggy fechou os olhos atrás da atadura, disposta a respirar. Até aí chegou minha teoria de que me deixassem partir, pensou enquanto o captor mais velho continuava
jogando com seus intumescidos mamilos.


Capítulo 5


O único consolo de Peggy era que não tinha sido violada ainda. Não tinha nem idéia do que os dois homens tinham em mente para ela, mais à frente do fato de que
planejavam vendê-la. A situação parecia piorar por momentos. Principalmente porque ainda não tinha encontrado a maneira de escapar de seus captores.
Estirando as peles de urso polar que tinham posto firmemente ao redor de seu corpo, Peggy deu uma olhada para a outra cativa da partida e notou a aterradora
maneira de olhar, com os olhos de par em par, sem pestanejar da mulher. Tinha estado olhando dessa maneira a viagem inteira, pensou, seus inchados olhos azuis em
cima da mordaça de sua boca que a impedia de gritar. Peggy fechou os olhos brevemente, temendo que a mente da mulher pudesse ter se quebrado.
Era a última coisa que queria para a outra cativa. Se a mulher estava fora de si, faria mais difícil para elas duas se comunicarem com o fim de escapar juntas.
E Peggy estava determinada que escapassem juntas. Só Deus saberia se seria capaz de dirigir às autoridades para encontrar a esta outra mulher se conseguia escapar
sem ela, por isso era vital que a outra cativa fosse com ela.
As duas mulheres e seus dois captores tinham estado viajando através da tundra de trenó durante o que pareciam três dias, embora sendo realistas, tinham sido
provavelmente só três horas. O clima pareceu ficar mais extremo, a nevada mais enérgica e fria.
Peggy tremeu sob as peles nas que estava envolta. Poderei escapar tão somente vestindo peles de urso polar e sapatos de segunda mão? Se perguntou previsoramente.
Acaso importa?
Sabia que não importava porque trataria de escapar independentemente de quão mau pudessem ficar as circunstâncias que rodeassem qualquer tentativa. Não planejava
estar perto o tempo suficiente para averiguar o que estes dois terroristas homens tinham em mente para ela e a outra mulher. Sobretudo não tinha nenhum desejo de
pensar durante muito tempo tratando de averiguar o que seria "o soalho". Tinha suas conjeturas, e nenhuma delas era agradável.
O olhar de Peggy se dirigiu por volta dos dois captores à frente do trenó. Imediatamente notou que estavam envolvidos em uma discussão bastante acalorada naquela
estranha língua em que falavam. Agora era o momento...
Mordiscando o lábio inferior, lançou uma rápida olhada para a outra cativa sentada a seu lado, pensando que agora era um momento tão bom como qualquer outro
para tentar e estabelecer comunicação com ela. Discretamente se estirou para a outra mulher, logo colocou uma mão brandamente sobre a sua...
Retirou a mão com os olhos abertos como pratos. A mão da outra mulher estava tão fria como uma parte de gelo. A respiração de Peggy se deteve enquanto fixava
seu olhar nos, totalmente abertos, olhos azuis da mulher que, recordou, não tinham piscado em horas...
Peggy gritou enquanto golpeava à outra cativa no peito. O corpo gelado da mulher caiu, o som de uma de suas congeladas vértebras se rompendo tão facilmente como
um osso de frango, deixou Peggy gelada até o tutano.
-Oh, Meu deus! -gemeu histericamente, se sentindo a ponto de vomitar-. Está morta! Oh, Meu deus, está morta!
Um mordaz golpe lhe cruzando a cara acalmou Peggy imediatamente. Gemeu, sua mão voou instintivamente até a bochecha que tinha sido golpeada tão brutalmente para
lhe romper os dentes. Tinha tido sorte, pensou enquanto as lágrimas formavam redemoinhos em seus olhos e o gosto metálico do sangue enchia sua boca, já que só tinha
obtido um corte no interior de sua boca e seus dentes não se quebraram pelo impacto.
-Fecha o bico, mulher! -Espetou Rolf em seu acento do Velho Mundo-. Ou será amordaçada! -Jogou uma olhada para a cativa morta com expressão irritada-. Jogue-a
do trenó se não pode suportar vê-la, ou pode esperar até que nos detenhamos e a tirarei. Mas não - resmungou entre dentes-, lance um grito assim outra vez.
Os olhos de Peggy se abriram como pratos ante sua insensível indiferença pela vida humana. Uma mulher tinha morrido... morta! E não tinha importado a eles mais
do que, imaginava, teria importado que morresse um dos cães do trenó. Realmente, pensou amargurada, provavelmente estaria mais aborrecido se tivesse acontecido com
um dos cães em vez de a esta mulher sem nome, sem rosto, que não era para ele mais que a perda de uma escrava.
Suas fossas nasais se dilataram quando fechou os olhos desgostada com aquele ser repugnante que, como homem, deixava muito a desejar. Nunca tinha odiado a ninguém
ou a algo mais do que odiava a este homem neste momento. Não disse nada, só lhe mostrou seu ódio através de seu estreito olhar.
Quando ele apartou a vista do seu fixo, girou sua cabeça para a direita e cuspiu um pouco de sangue que se acumulou em sua boca. Olhou o sangue e a saliva, mesclados
cair na neve, manchando o branco antigo de um vermelho carmesim. Distraidamente se perguntou quanto mais de seu sangue seria derramado antes que fosse livre outra
vez.
-Não tente nada estúpido - murmurou Rolf sem olhar para ela-. A última que tentou algo estúpido foi essa amiga que tem aí.
Os olhos de Peggy se abriram. Recordou um incidente que tinha ocorrido antes que os quatro tivessem partido no trenó. A outra mulher, histérica, tinha tratado
de fugir. Tinha sido Rolf quem a tinha localizado, Rolf quem a tinha encontrado, Rolf quem a tinha posto sobre o trenó de modo que fosse docilmente sentada ali antes
que Peggy tivesse sido tirada...
Ele sabia que a outra cativa estava morta, pensou, sua respiração se deteve. Oh Deus, ele era o que a tinha deixado assim!
Sua mão voou até cobrir sua boca. Rolf, provavelmente não querendo deixar um rastro, tinha carregado o cadáver da mulher no trenó para assim poder se desfazer
dela mais tarde, quando entrassem na solitária tundra.
As náuseas formaram redemoinhos no estômago de Peggy, ameaçando sair. Fechou os olhos e respirou profundamente, se obrigando a se acalmar no processo. A última
coisa que queria fazer era vomitar. Sabia que isso só lhe conduziria outra bofetada, ou algo pior.
Me ajude, Meu deus! gritou mentalmente. Por favor me ajude!
-O que...?
A cabeça de Peggy se elevou ante o som da perplexa voz de Rolf. Os olhos dela se dirigiram à parte posterior de sua cabeça enquanto tratava de averiguar o que
acontecia.
-Maldita seja! -bramou o outro captor-. Malditos Valkraads!
-Quantos? -perguntou Rolf tranqüilamente, estirando suas mãos até alcançar e recolher uma besta1.
-Um, talvez dois.
-Então podemos com eles.
Sua conversação voltou para a língua estrangeira depois disto, se assegurando de que Peggy se mantivesse na ignorância. Não tinha nem idéia do que era um Valkraad,
e não é que pudesse ver nenhuma outra pessoa ou animal nas cercanias que lhe pudesse dar uma pista do que ocorria.
Os dentes de Peggy se afundaram em seu lábio inferior, seu coração se acelerou. Lhe ocorreu que agora, enquanto os dois homens estavam distraídos, poderia ser
sua única possibilidade de fuga...
Um ensurdecedor grito de guerra a assustou, provocando que ficasse sem fôlego. Os bancos de neve pareceram então cobrar vida quando quatro homens camuflados
com peles de urso polar pareceram surgir da mesma tundra. Seus olhos se dilataram quando viu os homens armados se precipitar a pé para o trenó, se dispondo a lhes
cortar o passo por qualquer meio que fosse necessário.
Oh Deus, pensou Peggy, com os olhos abertos como pratos e respiração trabalhosa. Quem eram estes homens? Sua salvação ou os portadores de um destino ainda pior?
Um alto, marcadamente musculoso varão, jogou sua pele de urso polar enquanto lançava seu grito de guerra, revelando simultaneamente que não vestia nada embaixo
dela, salvo umas estreitas calças de camurça semelhantes, em origem, aos dos nativos americanos e um par de resistentes botas de couro. Seu peito bronzeado, musculoso,
estava completamente nu, seu cabelo loiro como o sol, voava contra o vento enquanto seus gelados olhos azuis se estreitavam sobre os captores de Peggy.
Peggy se congelou, sua mente em completo choque. Como podia o corpo do homem resistir semelhantes temperaturas geladas? Como podia...? Esqueça isso, Peggy, simplesmente
corre! Corre! Corre! Corre!
Seus músculos endurecidos, seu corpo em modo de "lutar ou fugir", Peggy saltou do trenó em marcha e aterrissou de cara, simultaneamente tirando o ar de seu ventre.
Luta contra isso, Peggy! Se levante e corre!
Em circunstâncias normais, duvidava que tivesse sido capaz de ricochetear tão rapidamente, mas claro, estas circunstâncias não podiam se considerar normais.
Ficou diligentemente de pé, lutando por puxar ar justo antes de sair correndo, fugindo sob os céus escuros da fria tundra.
Não fez caso de seu joelho destroçado, ignorou a bochecha que tinha sido golpeada tão duramente que parecia arder, ignorou a neve gelada que havia cortado sua
cara quando caiu. Em troca concentrou toda sua energia em correr esquadrinhando os bancos de neve em busca de uma guarida ou toca em que pudesse se esconder.
Peggy ouviu gritos atrás de si, ouviu também o zumbido que faziam as flechas antes de fazer contato com a carne dos homens, que homens, não tinha nem idéia.
Ignorou tudo isso enquanto corria mais e mais rápido, ofegando em busca de ar, desesperada por escapar.
Os olhos de Peggy se alargaram quando ouviu passos que se aproximavam dela. Oh não! pensou a beira da histeria. Oh Deus, por favor me deixe escapar!
Mas o som se aproximava alarmantemente, o som da compacta neve rangendo sob o peso de botas de couro...
Se atreveu a um rápido olhar sobre o ombro. Lançou um grito quando viu que era esse homem o que a perseguia, o loiro de aspecto severo e olhos azuis como um
lobo, corpo pesadamente musculoso, e o infernal grito de guerra.
O homem loiro de aspecto severo que era ainda mais alto e mais largo do que tinha sido na distância.
Seus olhos se abriram mais e respirou trabalhosamente, Peggy moveu sua acobreada cabeça para trás e correu ainda mais rápido, desprezando as peles de urso polar
enquanto fazia uma louca carreira através da tundra, não querendo que as peles a sobrecarregassem. Levava posta somente a camiseta branca e os sapatos de couro de
segunda mão agora, e ainda assim seu corpo transpirava como se estivesse acalorada em vez de congelada.
Corre! gritou mentalmente. Corre! Corre! Corre! Corre!
Peggy lançou um grito quando o corpo grande se chocou contra o seu por trás, logo gritou quando começou a cair para frente, ao chão, sabendo que quando o fizesse,
se ele caía em cima dela provavelmente lhe romperia alguma de suas costelas. A mão dele saiu disparada no último segundo possível, seu braço se enroscando simultaneamente
ao redor de seu ventre, impedindo a ambos cair.
-Por favor! -Peggy gritou desesperadamente, agitando seus braços e pernas quando ele a afastou do chão-. Por favor deixe ir!
O homem não disse nada, simplesmente manteve o corpo dela afastado do seu com as costas de Peggy diante deste, enquanto ela dava chutes e gritava. Em seguida
teve um auditório, já que três de seus homens estavam no processo de rodeá-la, todos eles rindo entre dentes enquanto viam seus braços e pernas se agitar como um
apavorado peixe.
-Me deixe partir! -gritou a cólera rapidamente substituía ao terror-. Maldito seja, deixe ir!
E ele seguiu sem dizer nada. Continuou estando de pé ali, estóico e resolvido. A manteve longe de seu corpo enquanto dava chutes e gritava até se fatigar, só
então a baixou ao chão a pondo de pé.
Mentalmente esgotada, fisicamente exausta, e com seus acobreados cachos esmagados contra a cabeça pelo suor, Peggy não ofereceu ao gigante nenhuma resistência
quando a girou e brandamente envolveu peles de animal ao redor de seu corpo. Ela não tinha forças nem para fazer contato visual, não dispunha nem sequer dos recursos
para elevar o olhar para ele.
Seus compridos e calosos dedos se moveram através de seu cabelo empapado, o afastando longe de sua testa antes de cobri-lo com um chapéu de pele que baixou o
suficiente para cobrir seus ouvidos. Uma de suas mãos baixou desde sua cabeça e sobre sua cara, se detendo na contusão que tinha obtido em sua bochecha ao ser esbofeteada
por Rolf, e descansou ali.
Confusa, Peggy olhou para cima. Suas sobrancelhas se enrugaram, não muito segura do que fazer ante a emoção sem nome que viu emanar daqueles gelados olhos azuis
em uma, por outra parte, estóica cara. Lamentava ele que Rolf a tivesse golpeado? Ou, pensou com os olhos espantados, pensava que isso era algo que só estava permitido
a ele mesmo fazer?
Tragou um pouco bruscamente quando seu áspero olhar se encontrou com o seu, compreendendo imediatamente que este homem seria um formidável inimigo. Quando sua
áspera, calosa mão brandamente comprovou sua bochecha, não teve nenhuma dúvida a respeito do que tinha passado com seus antigos captores.
Agora - pensou cautelosamente, seus olhos se abriram como pratos enquanto seus dentes se afundavam em seu lábio inferior-, tinha que perguntar o que aconteceria
ela nas mãos deste novo, e muito mais perigoso, captor.


Capítulo 6


Geirwolf Valkraad carregou no trenó a sua cativa, a adrenalina que tinha surgido do ataque e logo pela captura de Peggy Brannigan, seguia correndo através de
suas veias. Ainda se sentia perigosamente fora de controle, um estado físico e mental muito instável que tinha estado distraindo-o desde que seu irmão Aevar tinha
visto a mulher nas mãos desses abutres residentes do clã Hallfreor.
Geirwolf sabia que os Hallfreor aprovavam a venda de mulheres a homens desesperados por criadoras, como se as mulheres não tivessem mais importância, tendo o
mesmo valor que a banha de baleia. O clã Valkraad era o único assentamento de um total de quatro, que praticava os antigos costumes e não aprovava esse método para
obter esposas. A opinião geral era que não havia honra em comprar uma esposa; só o havia em fazer demonstrando astúcia e valentia inerentes ao roubo de uma.
Os estranhos, pensou, poderiam desaprovar seus costumes. Não era algo que lhe preocupasse muito. Essa era a forma como tinha sido criado, como seu pai, seu avô
e muitas gerações antes que ele o tinham sido.
O costume de roubar mulheres em idade de ter família, era tão antiga como sua gente e uma que Geirwolf não imaginava que fosse terminar nunca. Quando seus ancestrais
navegaram em suas naves vikings, até esta parte do globo ao redor do ano 950 depois de Cristo, trouxeram com eles seus valores. Enquanto que na antiga a Noruega,
esses valores se perderam fazia muito, em Nova a Noruega se mantinham iguais, sem poluir pelo passar do tempo. Algo do que sua gente estava orgulhosa.
Geirwolf se sentou atrás de Peggy no trenó, a aconchegando entre suas musculosas coxas para mantê-la quente. Podia senti-la tremer, sabendo que tinha medo dele.
Pôs gentilmente uma mão em seu ombro, lhe fazendo saber com suas ações que não tinha intenção de danificá-la. Então chamou Aevar, lhe dizendo que pusesse os cães
em movimento.
Peggy Brannigan, pensou, e seu pênis endureceu contra as costas dela. A tinha estado caçando durante semanas. Ao longo destas, seu corpo tinha estado doendo
pela necessidade que tinha dela. Inclusive agora, tê-la sentada a seus pés, lhe parecia muito bom para ser verdade. Ela era sua para possuí-la; logo, seu voluptuoso
corpo seria seu para se inundar nele a seu desejo.
O trenó partiu, deixando Geirwolf livre para pensar na mulher sentada ante ele. Sabia que em sua cultura seria considerada uma estranha beleza. O cabelo da cor
dos entardeceres outonais, os olhos como o oceano e seu corpo...
Sua gente cobiçava nas mulheres, o físico cheio e com quadris como o das bailarinas da dança do ventre, encontrando a aparência carnuda tão erótica e terrestre
como seus ancestrais o fizeram. Talvez isto fizesse parecer com as mulheres mais férteis e capazes de dar a luz bebes fortes... qualquer que fosse a razão, sua figura
era perfeita para ele.
Suas mãos deslizaram pelos flancos dela, depois se meteram debaixo das peles de urso polar. Ela ofegou, se sobressaltando, quando as mãos dele cavaram seus seios,
seus polegares deslizando sobre os mamilos inchados. Eram tão firmes e amadurecidos... queria girá-la e chupar-lhe aqui e agora.
-Irmão - Aevear o chamou em sua língua, voltando-o para presente-. Divisei alguns animais selvagens para a direita. Melhor mantê-los vigiados.
-Estou fazendo isso. -Geirwolf soltou os seios de Peggy, o que pareceu acalmá-la. Não tomou como uma ofensa, já que imaginava que preferia que não a tocasse
para nada.
Mas, pensou enquanto lhe dava um último apertão suave a seus peitos cheios, era só sua preferência por agora.


Capítulo 7


Peggy mordiscava seu lábio inferior enquanto jogava uma olhada à direita, tomando nota distraidamente do trenó puxado por cães que corria ao mesmo tempo daquele
no qual ia sentada. Dois homens viajavam nele, enquanto Peggy, seu captor, e um quarto homem, que ela acreditava se chamava Aevar, estavam viajando através da tundra
montados em outro.
Peggy notou que todos esses homens tinham o mesmo aspecto de "perdidos no tempo" que seus primeiros captores haviam possuído. Eram homens altos, verdadeiros
gigantes em términos de sua extrema estatura e força física. Estimou com precisão que todos estavam mais ou menos na fila do metro noventa ou mais, pesando entre
115 e 140 quilogramas de sólida massa muscular.
Inclusive era estranho o modo em que estavam vestidos. Recordava aos vikings da antigüidade com suas largas cabeleiras, seus braceletes de intrincado desenho,
suas roupas de camurça e suas botas de couro.
Até as tatuagens que luziam pareciam ser marcas rituais mais que meros adornos. O homem que a tinha capturado, por exemplo, aquele entre cujas pernas estava
sentada agora mesmo, estava completamente tatuado tanto em suas costas como em seu braço esquerdo. Antes que ele envolvesse a si mesmo em uma pele de animal, notou
que suas costas estava completamente cobertas com intrincadas e misteriosas marcas, o pigmento verde azulado ziguezagueava especialmente sobre sua pele. Seu volumoso
braço esquerdo levava o desenho de um dragão, de corpo longo serpenteando para cima a partir do pulso com a cabeça fazendo sua aparição no bíceps.
Era como se todos estes homens tivessem sido catapultados da Noruega do ano 850 e logo jogados no Alaska de hoje em dia, sem ter se dado conta de que enquanto
isso o apogeu de seu povo fazia muito que tinha passado. Se perguntou como uma cultura de homens tão notavelmente diferentes poderia ter passado tanto tempo sem
ser descoberta pelo que eles consideravam estrangeiros. De um ponto de vista antropológico, Peggy estava fascinada. De um ponto de vista pessoal, estava morta de
medo.
O corpo de Peggy ficou rígido quando as mãos grandes e calosas de seu captor a alcançaram por debaixo das peles de urso polar nas que estava envolvida e apalparam
seus seios. Ele o tinha feito antes, uma vez durante a viagem, mas pensou que a ia deixar tranqüila quando tinha cortado abruptamente o contato para conversar com
Aevar nessa estranha língua em que falavam.
Este seqüestrador, pensou Peggy com receio, não era nenhum idiota. Não estava lhe dando sequer uma oportunidade de pensar que poderia escapar dele, por essa
razão em vez de ir sentado à frente do trenó com seu camarada, tinha escolhido se sentar atrás com Peggy ajoelhada diante dele, com as costas dela contra seu ventre.
-Quero que envie uma mensagem a sua gente - disse seu captor, em um inglês com muito acento, a Aevar, que era o homem que guiava o trenó. Suas mãos lhe amassavam
brandamente os seios-. Para que vão recolher a seus mortos. -Fez uma pausa-. E quero que eles saibam o porquê - disse em uma voz suave e mesmo assim dominante.
Assumiu que estava conversando em inglês só porque queria que entendesse o que dizia, porque também falava sobre seus primeiros seqüestradores, os que tinham
matado lá na tundra. Tragou com dificuldade, a lembrança era um sinal de advertência do que poderia lhe passar se tentasse escapar.
-Assim se fará, Wolf - disse o outro homem-. Me ocuparei disso logo que retornemos ao povoado.
Os olhos de Peggy se abriram ligeiramente. Wolf...
Era o homem de que tinham falado os primeiros captores? Era o homem que a tinha estado caçando na tundra deserta naquele dia em que Benjamim se assustou?
Merda.
Conteve a respiração quando os polegares de seu novo captor se esfregaram sobre seus distendidos mamilos. Aspirou com dificuldade, com o medo e a excitação lutando
em seu corpo. Ele pareceu sentir suas turbulentas reações porque seus dedos indicadores ficaram em ação nesse momento, os polegares e indicadores beliscando seus
duros mamilos com perita precisão, os massageando uma e outra vez da base à ponta.
Peggy piscou umas quantas vezes em rápida sucessão, decidida a tirar de cima a excitação. Exalou tremulamente, vacilando com respeito ao que deveria fazer.
Mas, é obvio, não havia nada que pudesse fazer. Não tinha opção no assunto, e seu captor não parecia inclinado a deixar de acariciá-la logo.
Brincou com seus seios durante o resto da viagem, uma travessia que estava começando a parecer interminável. Ela podia sentir a ereção dura como o aço empurrando
contra seu traseiro, podia ouvir a excitação em suas roucas palavras murmuradas enquanto ele inclinava a cabeça para seu ouvido.
-Tudo estará bem, Peggy Brannigan. - se paralisou, surpreendida de que soubesse seu nome-. Juro que não receberá nenhum machucado nas mãos de minha gente. -Tragou,
e logo assentiu, agradecida por ao menos essa revelação do que seria dela.
Não falou de novo com ela depois disso, mas suas mãos continuaram amassando seus seios e massageando seus duros mamilos. Depois de vários minutos destes cuidados,
encontrava mais e mais difícil combater a excitação, e finalmente se deu por vencida de tudo.
Respirando profundamente, as pálpebras pesadas de Peggy se fecharam enquanto apoiava sua cabeça loiro-acobreada para trás, sobre os joelhos dele. Seu captor
pareceu sentir prazer por isso, porque deslizou a boca até seu pescoço e posou tentadores beijos sobre seu pulso, enquanto suas mãos continuavam jogando com seus
seios.
Peggy suspirou brandamente. Com suas zonas erógenas sendo manipuladas como estavam sendo, começou a ter pequenos orgasmos que não podiam se deter. No momento
em que os trenós fizeram uma parada essa noite e seu captor retirou as mãos de seus seios, tinha lhe dado quatro pequenos orgasmos. Um fato que ela podia notar que
o agradava imensamente.
Este jogo íntimo continuou durante os próximos três dias e noites. Quando acampavam de noite, seu captor, Geirwolf, ou Wolf para seus camaradas, se deitava a
seu lado na tenda provisória, acariciando seu corpo até o orgasmo, mas nunca fazia um movimento para penetrá-la ou forçá-la para que o tocasse. Ela sabia que estava
duro todo o tempo, e mesmo assim nenhuma só vez perdeu o controle. A fez culminar mais vezes do que podia contar, com suas mãos constantemente percorrendo e mimando
seu corpo nu.
Desde ambos os pontos de vista, antropológico e pessoal, Peggy sabia que os métodos do homem estavam chegando a lhe afetar. Psicologicamente falando, era difícil,
no melhor dos casos, temer a um homem que a brindava com um prazer interminável sem pedir nada em troca para si. No pior dos casos, era impossível... inclusive se
esse homem te estava retendo cativa contra sua vontade.
Durante os dias em que viajavam nos trenós puxados por cães, seu captor lhe acariciava e sovava seus seios todo o tempo, lhe provocando mini-orgasmos. Algumas
vezes até acariciava sua boceta, embora nunca lhe permitia ter orgasmos completos deste modo.
Este método de condicionamento servia para estimulá-la, deixando seu corpo tão receptivo que no momento em que chegava a noite e estavam sozinhos na loja, juntos
outra vez, era cada vez menos resistente a seu toque. Então sim a acariciaria a sério, sem parar até que ela gozava violentamente ao menos duas vezes, com o qual
caía adormecida em seus braços, se sentindo a salvo e desconcertantemente segura.
Na terceira noite, Peggy se encontrou abrindo as pernas de boa vontade para Geirwolf, de modo que pudesse jogar com sua boceta. Os gelados olhos azuis deslizaram
sobre seu corpo nu, sobre seu inchado sexo, observando intensamente como ela usava os dedos para separar os lábios vaginais para ele.
Era enervante, saber que estava sendo condicionada tão facilmente, se não mais facilmente, que o Cão do Pavlov.
-Muito formosa - murmurou, seu quente, doce fôlego estava perto de seu sexo. Era uma das poucas coisas que lhe tinha dito alguma vez, dado que quase nunca falava-.
Você gostaria que a beijasse aqui embaixo?
Peggy umedeceu os lábios.
-Sim. -Nunca antes lhe tinha feito isso. Até essa noite só tinha usado suas mãos. Seus seios se elevaram enquanto exalava um fôlego trêmulo, seus mamilos se
sobressaíam para cima-. Sim, por favor, me beije ali abaixo - sussurrou.
Seu captor enterrou a cara entre suas pernas, sem perder tempo enquanto sua boca se aderia ao redor de seus clitóris e o sugava vigorosamente. Ela gemeu, arqueando
os quadris, esfregando o sexo contra seu rosto.
-Sim - sussurrou quando sua cabeça caiu para trás e os olhos se fecharam-. Isso se sente tão bem.
Ele chupou o clitóris mais forte, com um grunhido grave em sua garganta. Era a primeira vez que o ouvia expressar uma emoção fora de controle e encontrou que
isso só avivava seu próprio fogo. Não deveria desejar isto, se rebelou sua mente. E mesmo assim arqueou as costas ao tempo que um gemido ofegante se deslizava de
entre seus lábios, e suas pernas se envolviam simultaneamente ao redor do pescoço dele, para atrair seu rosto mais e mais perto de sua carne excitada.
Peggy ofegava enquanto se aproximava do orgasmo. Sua respiração se voltou entrecortada e seus quadris se elevaram. Ia gozar com força, sabia. Ia g...
-Wolf! -chamou uma voz de homem do outro lado da tenda. Peggy deu um suspiro, sentindo uma curiosa sensação de decepção quando seu captor beijou seus clitóris
e logo levantou o rosto de entre suas pernas.
-Sim? -endireitou-se sobre seus joelhos e abriu a aba que servia de porta da tenda para que o outro homem colocasse a cabeça através dela.
Peggy retrocedeu, com os olhos muito abertos, quando a cabeça de Aevar apareceu na tenda. Aevar, um homem arrumado de cabelos escuros e aspecto sério, tinha
sido bastante amável com ela nestes últimos dias, mas estava envergonhada ao pensar que seria outro mais homem vendo-a nua. Já o tinham feito três, seus primeiros
captores e Geirwolf.
Tratou de fechar as coxas para que Aevar não pudesse ver sua nudez, mas seu captor não a deixou. A mão grande do Geirwolf descendeu a seu ainda excitado sexo,
brincando com ele como se estivesse marcando seu território. Se ruborizou quando Aevar baixou o olhar a sua boceta exposta.
Nenhum dos dois homens lhe prestou mais atenção enquanto conversavam entre eles em sua própria língua. Geirwolf continuava acariciando seu sexo de modo possessivo,
como se estivesse marcando-a, mas pelo resto tinha sua atenção enfocada no que estavam lhe dizendo.
Se sentiu tranqüila de novo quando se fez evidente que seu corpo não era o ponto focal de interesse. Chegou ao clímax com o rosto de Aevar ainda aparecido dentro
da tenda, incapaz de deter a reação de seu corpo. Geirwolf deixou de jogar com seus clitóris depois disso, em troca, seus dedos a acariciaram ausentemente através
do suave pêlo púbico como a recompensando por um trabalho bem feito.
Poucos minutos depois, em vez de reatar a excitação sexual uma vez que Aevar partiu, como tinha pensado que faria, seu captor se deitou cansadamente sobre as
costas, deslizando suas calosas mãos entre o cabelo loiro dourado com um suspiro que vindo de algum outro homem teria parecido exausto. Posto que seus olhos estavam
fechados, se permitiu observá-lo pela primeira vez desde que tinha sido capturada.
Era um homem arrumado, tinha que admitir. De aspecto muito severo, com uma expressão que nunca mostrava um sorriso, traços esculpidos, glaciais olhos azuis,
e não obstante arrumado. Seu corpo era puro musculoso, a musculatura mais sólida e mais desenvolvida que já tinha visto em um homem de perto e em pessoa. E era alto,
muito alto. Provavelmente mais perto dos dois metros e quinze que do metro oitenta. Estava segura de que se estirasse por completo, suas pernas apareceriam através
da aba que servia de porta da tenda.
O olhar de Peggy descendeu a sua exposta, e muito ereta, virilidade. Geirwolf sempre dormia nu, assim como fazia ela dormir, mas nunca fazia nada a respeito.
Se encontrou se perguntando o porquê. Supunha que só queria que fosse se acostumando a sua nudez, que se habituasse também ao muito grande que era seu pênis erguido,
antes de elevar a proverbial aposta.
Apartou a vista. Seu olhar se deslizou de retorno a seu sério e esgotado rosto. Parecia cansado e preocupado, e entretanto sabia que nunca lhe diria a razão.
Se supunha que a ela não deveria lhe importar a causa.
Peggy mordeu o lábio, considerando brevemente o insano pensamento de baixar a boca para seu rígido membro e selar os lábios a seu redor. Para reconfortá-lo?
Para lhe dar prazer? Não tinha a menor idéia.
Suspirando ante seus afligidos pensamentos e igualmente inquietantes compulsões, deu a volta para um lado, lhe dando as costas, e deixou sair um fôlego entrecortado.
Era ridículo. O que tinha considerado lhe fazer era descaradamente obsceno dada as circunstâncias.
As fossas nasais de Peggy se dilataram com a cólera fluindo através dela. Jurou que não sucumbiria nunca mais ante esse homem. Se tinha a intenção de violá-la,
então teria que fazer justamente isso. Nunca mais abriria as pernas para ele por vontade própria. Nunca mais o permitiria acariciá-la sem resistir. Esta era sua
vida, maldita seja! Não ia se render, não ia esquecer quem era, só porque parecesse mais conveniente nesse momento.
Mantenha-se concentrada, Peggy. Mantenha-se concentrada...
-Agora você me pertence.
A respiração de Peggy paralisou ante o som dessas palavras pronunciadas brandamente, sem emoção alguma. Mordeu o lábio, compreendendo o fato de que nunca a deixaria
ir facilmente. Pela razão que fosse, reprodução, sexo, ou qualquer outra, este homem a queria. E tinha intenções de ficar com ela.
Geirwolf ficou de lado, com o musculoso braço tatuado com o dragão estendido sobre seu corpo. Ela engoliu em seco com esforço quando seus dedos encontraram os
suaves cachos acobreados entre suas coxas e começaram a explorar ociosamente através deles.
-Espero que o aceite logo - murmurou com esse acento do Velho Mundo. Depositou um beijo sobre seu ombro-. Eu não a faria infeliz.
Peggy não disse nada, embora sentisse vontade de chorar. Perguntou-se como poderia escapar dele, como podia esperar evitar a um homem que nunca se afastava de
seu lado.
Se produziu um longo silencio e logo:
-Se não desejar me fazer infeliz - sussurrou ela-, me deixará ir.
Seus dedos se imobilizaram no pêlo de seu sexo.
-Te farei mais feliz do que pensa que é possível, Peggy Brannigan. -As palavras teriam parecido arrogantes vindo de outro qualquer, mas vindo dele soavam como
uma mera declaração dos fatos. Seus dedos reataram a preguiçosa exploração de seus cachos íntimos-. Prometo-lhe isso.
Peggy mordeu o lábio. Rememorou os costumes dos antigos vikings, particularmente a respeito de seus métodos para conseguir esposas. O pânico borbulhou por dentro,
lhe constrangendo a garganta.
Faz muito tempo, se um saqueador viking cobiçava uma mulher, simplesmente fugia com ela, a mantendo como cativa até que se apaixonava por ele e já não desejava
deixá-lo. Só então, quando estava seguro de sua devoção, a permitia se mover pelas imediações sem supervisão com sua liberdade semi-restaurada.
Peggy respirou fundo e logo exalou. Rogou a Deus que o costume tivesse se perdido na antigüidade para os moradores das rochas.


Quem eram estas pessoas que a tinha tomado cativa? Peggy se perguntou pelo que parecia ser a milionésima vez desde que Geirwolf a ajudou a descer do trenó. Tinham
dito a ela que a viagem já tinha terminado, entretanto não podia distinguir onde começava o povoado em nenhum lugar ao alcance da vista.
Deu um consciencioso olhar a seu redor, notando que o clima tinha se tornado mais rigoroso e nevava mais forte que no lugar de onde tinha sido seqüestrada. Se
perguntou o que seria dela. Teria sido colocada aqui como fêmea de cria, tal como Sara tinha indicado, ou para outra coisa totalmente diferente?
-Vamos! -espetou Geirwolf a seus homens-. Quero que nos ponhamos fora da vista tão rápido como é possível.
Peggy elevou as sobrancelhas. Não ofereceu nenhuma resistência a seu captor quando a pegou pelo braço e a guiou para o que parecia ser um ermo banco de neve,
mas não era. Sua testa se franziu enquanto olhava ao muito musculoso Aevar apertar os dentes, com os músculos se sobressaindo, enquanto lutava em um banco de neve
que não era um banco de neve. Em troca era uma porta de pedra bem dissimulada, coberta de gelo, que conduzia a só quem sabia era Deus onde. A porta finalmente cedeu,
e Aevar deixou de chiar os dentes.
Estava intrigada apesar de si mesma. Peggy calculava que nesse momento, entraram profundamente nas planícies Árticas, possivelmente ainda se achavam no Alaska,
possivelmente não. Onde quer que estivessem, o clima era tão rigoroso, estava tão distante e parecia inabitável, de modo que ninguém nunca se incomodaria em se aventurar
até ali, e menos ainda edificaria aldeias em uma atmosfera tão inclemente.
Tragou através do nó em sua garganta. Aparentemente os moradores das rochas viviam em aldeias que se estendiam debaixo do terreno ou eram perfuradas em covas.
Não podia imaginar aonde mais era possível que conduzisse a porta de pedra.
Peggy respirou fundo, dando-se conta em seguida de que ninguém, nunca, pensaria em procurá-la aqui.
Mordeu o lábio inferior. Nem sequer saberiam que aquilo existia aqui.


Capítulo 8


Olhando embevecida a seu redor, Peggy não era capaz de fechar sua boca aberta enquanto atravessavam a porta de pedra coberta de gelo e entravam em outro mundo,
um mundo que parecia ter sido congelado no tempo, uns milhares de anos atrás, sem ter sido tocado pelas mãos do progresso. Ou em todo caso, por isso os forasteiros
considerariam que era o progresso.
A estreita passagem pelo qual estavam caminhado se alargou abruptamente, revelando uma civilização totalmente desconhecida com antecedência. Ao longo de toda
a gigantesca caverna subterrânea, iluminada por abajures, tinham sido escavadas pequenas covas nas paredes. Para a esquerda havia uma série de pequenos postos de
mercado, onde os cidadãos ainda intercambiavam por troca2 suas mercadorias, e à direita dali, havia outros seis postos de comestíveis, os quais estavam especializados
na venda de diferentes mantimentos.
Todos esses fascinantes postos de troca estavam separados do corredor pelo que caminhava graças a portas, as quais não eram mais que barras negras de ferro que
eram levantadas e retiradas do meio durante as horas de comércio.
O cenho de Peggy se franziu quando foi consciente de uma estranha sensação. Algo dessa cena, pensou ansiosamente, a incomodava. Algo que não podia localizar.
Percebeu que estava cansada, por isso poderia levar um tempo para averiguar o que era...
Tragou. Seus olhos se abriram.
Oh Deus Meu.
Sua mandíbula quase se desencaixa quando caiu em conta de que cada mulher nas imediações - cada mulher!- estava ou totalmente nua ou no máximo em topless.
De jeito algum! Pensou furiosamente. De maneira nenhuma vou andar por ali assim!
-É esta - vaiou com suas fossas nasais se expandindo-, algum tipo de brincadeira macabra?
Aevar soltou uma risadinha, reconhecendo imediatamente a fonte do desassossego de Peggy.
Ela se deteve abruptamente e girou. Levou um momento olhando silenciosa para Aevar e então moveu seu olhar desconfiado a seu captor.
-Não estou brincando! -disse com um vaio venenoso-. Me nego a caminhar por aí dessa maneira!
Geirwolf a olhou com o cenho franzido.
-É o modo de vestir aceito pelas mulheres entre nossa gente.
-Que roupa? Estão nuas!
Os olhos de Peggy se abriram de par em par horrorizados, enquanto dava uma olhada rápida ao redor, seu olhar carregado de ansiedade sem perde nenhum detalhe
ante a visão de tantas mulheres nuas. Girou para Geirwolf com seus suplicantes olhos cor do mar.
-Acho que vou vomitar. Não posso fazê-lo. De maneira nenhuma posso sair por aí nua.
Os olhos dele se suavizaram um pouco.
-Tudo irá bem.
-Tudo irá bem? -suas fossas nasais se alargaram até proporções alarmantes-. Tudo não irá bem! -espetou-. Sou uma científica, não uma... uma... stripper!
O olhar dele endureceu, lhe dizendo sem palavras que no que a ele concernia, o tema estava fora de discussão.
-Aprenderá a aceitá-lo.
-Por que me trouxe? -suspirou ela com voz desesperada.
Sua respiração se voltou trabalhosa à medida que um profundo pânico se assentava em seu interior. Suas mãos se converteram em punhos.
-Por que não me deixa ir?
-Peggy...
Mas não estava interessada em nada do que seu captor tivesse para lhe dizer.
-Se afaste! -gritou, batendo na mão que tratava de se apoiar em seu ombro em um gesto reconfortante-. Se afaste!
Em uma ação instintiva nascida do medo e da auto preservação, Peggy se lançou, rodeando Geirwolf antes que este a pudesse agarrar, para a porta de pedra que
dava ao exterior. Parecia que o coração ia sair do peito, enquanto seus braços e pernas se moviam como loucos, tratando de evadi-lo.
-Me ajudem! -gritou, não para os do interior que sabia que não iriam lhe prestar nenhuma assistência, a não ser se por acaso houvesse uma mínima esperança de
que alguém no mundo exterior pudesse ouvi-la. Era uma mínima oportunidade, mas a única real que tinha.
-Me ajudem, por favor! Fui raptada por um louco! -chorava enquanto corria para a porta-. Que alguém me ajude, por favor!
Correu diretamente até se chocar com um homem que não conhecia, o golpe a deixou sem fôlego enquanto caía para trás, ao chão. Ofegou em busca de ar, enquanto
o pânico a envolvia quando Geirwolf e Aevar a arrancaram do chão.
Os outros dois homens que tinham viajado com eles na tundra também estavam ali, homens dos quais não conhecia seu nome... homens cujos nomes não queria saber.
Falaram com Geirwolf em sua língua nativa, por isso não tinha idéia do que estavam dizendo.
Peggy gritou o mais forte que pôde, seus braços e pernas se sacudindo freneticamente enquanto os homens a agarravam e carregavam longe.
-Que alguém me ajude, por favor! -chorou enquanto as lágrimas brotavam de seus olhos.-Oh Deus... por favor!
Foram necessários quatro deles para retê-la, uma prova da adrenalina que corria por suas veias. Nunca tinha se sentido tão aterrorizada nem tão fora de controle
como se sentia neste momento.
Pela primeira vez desde que esta situação irreal tinha começado, Peggy caiu na conta de que esses homens nunca a deixariam ir com vida...
A menos que algum forasteiro viesse e a liberasse.


Geirwolf passou uma mão pela mandíbula sem barbear, então se deixou cair cansadamente sobre o banco do botequim. Agradeceu a Hilda, a esposa do taberneiro, quando
pôs na sua frente um jarro com chá quente e uísque. Lançou um olhar silencioso a seu irmão Aevar, o qual ainda estava rindo do episódio de chutes e gritos de Peggy.
-Foi divertido - disse Aevar sorvendo o nariz com tom defensivo.
Geirwolf franziu o cenho.
-Talvez para você, mas não para mim. Me chamou de louco. Escutou ela me falar dessa maneira?
Os irmãos continuaram sua conversação em Norueguês Antigo, a versão incorrupta do norueguês, que tinha séculos de antigüidade e lhes era mais familiar que o
Inglês. O Norueguês Antigo era uma língua diferente do moderno e certamente hoje ninguém na mãe pátria o reconheceria.
Pelo contrário, o Inglês que falavam era o moderno, ensinado pelas noivas americanas capturadas. Por conseguinte, quando os homens do clã Valkraad falavam em
inglês, tendiam a fazê-lo através de um modo romântico e feminino de ver o mundo. Algo do que sua mãe ria freqüentemente.
Aevar bufou.
-Estava fora de si. O aceitará depois de um tempo Wolf, sabe que é assim.
Geirwolf não lhe respondeu, somente franziu o cenho para seu chá quente com uísque.
-Espero que os adestradores não sejam muito duros com ela. Não quero que quebrem seu espírito, só que seja mais dócil.
-Irmão, eles sabem o que fazem. Muitos estão casados com mulheres que trataram com noivas cativas por anos.
-É certo.
Aevar sorriu.
-Se apresse e a engravide, então poderá deixar os compartimentos de emparelhamento. Pelo menos não terá que se preocupar por seu frágil... - tossiu atrás de
sua mão, sabendo que era uma forma ridícula de descrever o arrebatamento que deu a Peggy-, espírito. Se em algo te parece, é nisso.
Geirwolf lhe brindou um semi sorriso.
-Deixarei que se tranqüilize.
Sua expressão se voltou pensativa e séria.
-Mas - murmurou-, começarei logo que se pronunciem as palavras núpcias.


Capítulo 9


Peggy estava segura que tinha morrido e tinha ido ao inferno. Sua roupa tinha desaparecido, seus sapatos desaparecido, sua dignidade desaparecida, sua vida desaparecida,
ponto. Em seu lugar estava o Inferno com I maiúsculo.
Ao despertar dos efeitos do sonífero, que lhe tinham dado ontem À noite para ajudá-la a se acalmar, a primeira coisa que Peggy notou foi que tinha sido banhada
sem seu conhecimento ou consentimento e agora estava completamente nua. Inclusive seu pêlo púbico tinha sido recortado em um pequeno triângulo, a acobreada flecha
apontava para seu clitóris encapuzado. O resto de seu monte de Vênus era tão suave como a pele de um bebê.
A segunda coisa que notou foi que seus pés estavam pintados com intrincados desenhos com um pigmento a base de henna. Ela não tinha nem idéia de por que o tinham
feito e tinha uma forte suspeita de que não gostaria da resposta.
O terceiro que Peggy notou ao despertar foi que tinha sido encurralada em uma zona com um montão de mulheres nuas, umas quantas de fala inglesa e chorando como
ela gostaria de fazer, algumas enjoadas e falando em uma estranha língua que não conseguia situar. Todas tinham desenhos de henna gravados nos pés. Uma vez mais,
a antropóloga que havia nela gritava que isso não era um bom augúrio.
Sobretudo porque em algumas culturas, como a Índia, os pés pintados freqüentemente precediam a cerimônias de matrimônio. Merda.
-Bom dia, a todo mundo.
A cabeça de Peggy se elevou rapidamente com o som da voz feminina. Seu olhar se centrou imediatamente na oradora, notando que estava nos finais dos trinta ou
princípios dos quarenta. A mulher estava nua como o resto das mulheres no curral, seu pêlo púbico reduzido a um pequeno triângulo loiro. Também igual às demais mulheres,
seus pés estavam pintados. A única diferença notável, na medida em que Peggy podia ver, era que a oradora levava braceletes de ouro em cada braço, enquanto que as
outras cativas não tinham sido adornadas com eles.
-Meu nome é Ivara - continuou a oradora nesse mesmo acento que Geirwolf-, e eu, junto com a ajuda de outras duas mulheres Valkraad lhes ajudarei... err... Como
se diz?... Preparar para suas novas vidas.
Peggy franziu o cenho. Isto definitivamente não era um bom sinal.
-Por favor, de pé. -A oradora sorriu calidamente-. Eu gostaria que todo mundo se apresentasse.
Peggy piscou. Tinha sido seqüestrada, drogada, e além disso humilhada, entretanto, se supunha que ia se levantar e apresentar a si mesma como se nada fosse mal?
Sim. Seguro.
-Disse que se levantassem. -O sorriso de Ivara se dissolveu, substituído por uma expressão mais severa quando nenhuma das mulheres de fala inglesa ficou em pé.
Peggy soprou, se perguntando que tipo de boas-vindas tinha esperado possível esta mulher por parte delas.
Ivara entrecerrou os olhos às mulheres de fala inglesa, Peggy incluída.
-Repito - disse brandamente, assinalando para um guarda sem romper o contato visual-, de pé.
O guarda, um homem enorme, fortemente musculoso de perto de 2,10 metros de altura, levantou sua mão, revelando o látego que sustentava. Deu uma chicotada sobre
o terreno para causar efeito com um som agudo impactante.
Os olhos de Peggy se abriram. E se apressou a ficar em pé.
Merda.
-Muito bem. -Ivara sorriu calidamente de novo com sua anterior irritação aparentemente esquecida-. Agora, vocês irão se apresentar a mim e a seus outros adestradores.
Quando tivermos terminado, então direi mais a respeito do que se espera de vocês em Nova a Noruega.
Nova a Noruega, pensou Peggy enquanto mordiscava seu lábio inferior. Assim que ela tinha tido razão: esta sociedade era algum ramo da linhagem dos antigos Vikings.
Se tivesse estudado esta cultura como uma antropóloga, teria estado fascinada. Como uma cativa, entretanto, tudo o que sentia era puro medo.
Peggy escutou pela metade como as cativas se apresentavam uma por uma.
-Meu nome é Peggy - murmurou com pouco entusiasmo quando foi seu turno para falar. Depois não disse nada mais. Ao que parecia, havia dito o suficiente, já que
o gigante que brandia o látego não fez nenhum movimento para golpeá-la.
Em pouco tempo Ivara estava falando de novo:
-Toda mulher nesta área foi reclamada como uma noiva Valkraad. -Seu sorriso era orgulhoso-. Por isso, devem se sentir afortunadas...
-Afortunadas! -soltou uma cativa de fala inglesa, interrompendo à adestradora. Uma mulher de um precioso tom de pele cor caramelo que parecia ser uma mescla
de linhagem Afro-Europeu, seus olhos de cor marrom clara eram tão frenéticos como seu discurso-. Bom, eu não! E quero ir para casa!
Ivara entrecerrou os olhos ante a desafiante cativa. O gigante que dirigia o látego deu um passo adiante, mas Ivara levantou a mão e sacudiu a cabeça. Ela murmurou
algo em sua língua ao gigante, quem ao que parecia grunhiu seu consentimento.
-Michelle, não?
Mas Michelle não respondeu. Estava muito ocupada chorando. Peggy estendeu sua mão e pegou a da jovem mulher, notando que não podia ter mais de dezenove anos.
-Está bem - lhe sussurrou -. Só se apóie em mim e relaxe. Pensaremos em algo.
As sobrancelhas de Ivara se elevaram. Peggy poderia dizer que a adestradora estava se perguntando o que haveria dito a Michelle para acalmá-la. Michelle estava
agora de pé perto de Peggy, tranqüila e meio serena, ainda sorvendo os mucos.
-Bem - disse Ivara a Peggy com algo de suspeita em seu olhar-. Vejo que aprende rápido. -Ela compartilhou um olhar, que Peggy não entendeu, com quem dirigia
o látego atrás dela, logo se voltou para a chorosa cativa-. Michelle - disse brandamente-, entendo que isto é difícil para você. Ao menos agora mesmo. Mas as coisas
melhorarão.
Michelle não disse nada. Ela aconchegou seu corpo nu mais perto de Peggy e seguiu sorvendo os mucos. Peggy pôs seu braço ao redor dela, oferecendo consolo em
silêncio.
-É melhor para você - seguiu Ivara-, aceitar seu destino e se adaptar à nova vida que a espera aqui em Nova a Noruega. -Seu olhar permaneceu fixado em Michelle,
embora Peggy se deu conta de que a adestradora estava falando para todas as mulheres cativas.
Ivara ficou em silencio por um momento, mas afinal sorriu calidamente às cativas e seguiu seu discurso:
-Eu tinha pensado começar lhes dizendo o que seus futuros companheiros esperarão em suas mulheres, entretanto, agora vejo que o tema deve esperar. -Ela suspirou,
e por estranho que pareça, Peggy estava bastante segura de que a ação era genuína. Fosse o que fosse que Ivara esteve a ponto de lhes dizer, parecia que não tinha
desejo de fazê-lo. Peggy engoliu em seco.
-Um destino feliz espera a cada mulher aqui nos compartimentos de emparelhamento - começou Ivara. Se deteve quando as cativas de fala inglesa, Peggy incluída,
ofegaram ante suas palavras.
-Compartimentos de emparelhamentos? -murmurou - Michelle a Peggy, seu olhar não piscou-. Oh, Meu deus.
Peggy tragou contra o nó em sua garganta. Esse foi exatamente seu pensamento.
-A menos que - disse Ivara firmemente-, vocês rechacem aceitar seu destino. -Sussurrou algo ao gigante atrás dela, logo se voltou para as cativas-: Quero que
todo mundo forme uma única linha reta. Começaremos a instrução desta manhã visitando primeiro às Comuns e logo o Calabouço da Vergonha. -Ela deu a volta e então
inclinando a cabeça para olhar às cativas por cima do ombro disse brandamente-: Penso que é melhor se vocês virem o que acontece as noivas desafiantes.
Peggy e Michelle se olharam uma à outra com receio, a seguir se separaram para formar uma única fila reta. Peggy se colocou diante da mulher mais jovem, tratando
inconscientemente de protegê-la das adestradoras e o homem que sustentava o látego, cujo nome ela ainda não sabia.
As outras cativas ficaram em linha atrás delas, todas pareciam solenes. Inclusive as mulheres nativas de Nova a Noruega pareciam tensas com a menção desta excursão
de estudos.
Peggy andou em linha atrás de Ivara e outra adestradora, se dispondo a segui-los a qualquer lugar que fosse que as cativas deviam ser conduzidas. O gigante com
o látego e a terceira adestradora tomaram seus lugares no final da linha, se mantendo alerta para se assegurar que ninguém se atrevesse a escapar. Os olhos do gigante
passaram rapidamente sobre o corpo de Peggy enquanto este se dirigia ao final da linha, um gesto que a fez consciente de sua nudez. Ela se ruborizou, suas mãos instintivamente
voaram para cima e se cavaram sobre seus peitos para cobri-los.
Ele grunhiu e seguiu andando. Ela expulsou um suspiro de alívio.
Quando as mulheres nuas foram tiradas do grande quarto de terra subterrâneo no que tinham sido encerradas, Peggy notou que havia várias portas de pedra pulverizadas
por tudo ao redor, conduzindo ao que eram presumivelmente quartos comunicados. Era curioso que todas as portas conduzissem ali, no princípio assumiu que eles permitiam
aos nativos alcançar "os compartimentos de emparelhamento" desde diversos pontos do primitivo reino subterrâneo. Mas assumiu incorretamente, um fato que imediatamente
averiguou.
O batimento do coração de Peggy se acelerou quando as cativas passaram por uma porta aberta. Imediatamente reconheceu o que eram os quartos: quartos de encontros.
Um lugar para os homens de Nova a Noruega, para estar com suas cativas em particular. Um lugar onde eles poderiam -ela tragou- se reproduzir.
As habitações individuais eram muito menores que a grande câmara interior com a que confinavam. Havia espaço suficiente em cada uma para encaixar a duas pessoas
e uma cama, mas nada mais.
Seus pensamentos giravam em torno da jovem Sara. Desejou, mais do que podia expressar com palavras, ter prestado atenção ao conselho sussurrado pela moça Inupiat
de doze anos. Tinha sido tola ao desprezar as lendas dos moradores de pedra como essa. Suas atuais circunstâncias eram a prova viva do fato de que os relatos eram
certos.

E agora o que, Peggy? Como diabos vai escapar alguma vez deste lugar?
A fuga parecia mais desalentadora por momentos, reconheceu silenciosamente. Inclusive se pudesse encontrar um modo de escapulir dos compartimentos de emparelhamento,
ela não tinha idéia onde estavam localizadas em relação com a porta de pedra coberta por gelo que conduzia ao exterior. E ainda se chegasse ao exterior, então o
que?
No caminho para aquele lugar seu grupo tinha conduzido o trenó puxado por cães durante dias sem ver uma só alma. Como era possível que ela conseguisse alguma
vez encontrar a civilização a pé?
Peggy tremeu quando as cativas foram tiradas dos compartimentos de emparelhamento e conduzidas por um gélido corredor de terra que não se esquentava. Seus mamilos
imediatamente se incharam, o gélido gelo os fazia ficar rígidos. Suas mãos caíram aos lados, seus mamilos estavam muito sensíveis para continuar cobrindo os seios
com suas mãos em uma infrutífera missão por mantê-los tampados. Não é que isso importasse de todos os modos. Qualquer que passasse poderia ver o resto de seu corpo
nu.
-Aqui está nosso primeiro destino - anunciou Ivara em um inglês fortemente acentuado. Ela se deteve ante uma porta feita de madeira e barras de ferro, então
girou e enfrentou ao grupo com expressão severa. Lançou um cacho loiro sobre seu ombro-. Nesta habitação - disse em um tom autoritário-, vocês serão testemunhas
do que acontece as noivas desafiantes. Esta grande caverna em que estamos a ponto de entrar é chamada A Câmara das Comuns, ou mais simplesmente, As Comuns. -Agitou
uma mão para a porta-. As fêmeas de dentro foram condenadas como trabalhadoras aqui. Elas atendem as necessidades de todos os machos ávidos de seus corpos, em vez
de só a um único macho que devia ser seu marido - disse ela intencionadamente
Peggy podia sentir que Michelle se esticava atrás. Ofereceu-lhe uma mão sem dar a volta, deixando que a jovem garota se agarrasse a ela para encontrar consolo.
Só Deus sabia, pensou Peggy enquanto mordiscava seu lábio inferior, quão bem viria um pouco de consolo para si mesma.
As cativas foram conduzidas em uma única fila através da porta e desfilaram diante de um grupo de fortes, buliçosos e gigantescos homens. Os homens imediatamente
notaram as cativas e começaram a lhes assobiar e gritar coisas em sua língua natal.
Peggy ficou tensa, gritando quando um homem loiro e corpulento passou sua calejada palma sobre seus seios expostos, apertando-os quando ela passou. Ivara disse
algo a ele em um tom de reprimenda, ao que o gigante só sorriu brincalhonamente.
Peggy soltou um suspiro de alívio no mesmo momento em que seu coração recuperou seu ritmo. Ela rapidamente se esqueceu do homem que a tinha manuseado, se concentrando
em troca em olhar boquiaberta a seu redor.
Os homens estavam sentados todos ao redor Das Comuns, uma estadia que parecia ser um grande botequim. Mulheres nuas se apressavam por toda parte, servindo as
mesas e satisfazendo aos homens dali. A única diferença que Peggy podia ver a respeito dessas mulheres em geral era que em vez de ter um pequeno triângulo de cabelo
entre suas pernas, todo seu pêlo púbico tinha sido raspado. Além disso, seus pés não estavam pintados. A parte disso, elas se viam igual a qualquer das demais ali.
Nuas, pensou tristemente.
Mas isso não era o que fazia que olhasse boquiaberta às pessoas dentro do botequim. A parte perturbadora era que Ivara não tinha mentido. Os corpos destas pobres
mulheres estavam sendo manuseados, acariciados e beliscados enquanto jogavam com eles, e nenhum dos homens parecia estar pedindo permissão. Os homens estavam arrastando
a quão criadas estavam servindo a seus eretos regaços e fazendo o que fora que eles queriam lhes fazer. Chupar seus mamilos, empurrar a cara das mulheres para baixo
para que lhes dessem uma mamada, fodê-las, eles faziam de tudo.
A mão de Peggy inconscientemente voou para cima até cobrir sua boca. Ela olhou com mórbida fascinação como o corpo de uma formosa morena era estendido em uma
mesa por quatro homens. Os homens estavam rindo e fazendo escândalo enquanto lhe sugavam os mamilos e jogavam com sua boceta. Falavam em sua língua nativa pelo que
não tinha nem idéia do que estavam dizendo.
-Oh, Meu deus - gemeu Michelle, entrelaçando seus dedos com os de Peggy-. Olhe o que estão fazendo com ela.
Peggy só podia assentir com a cabeça, seu olhar fixo enganchado na cena do outro lado do quarto. Olhava como a mulher era dada a volta e colocada engatinhando.
Com um grunhido um dos vikings se afundou em sua boceta, seus dedos cravando na carne de seus quadris enquanto montava seu corpo com força. A mulher ofegou, dando
a outro homem a oportunidade de empurrar sua torcida vara em sua boca.
Os homens montaram seu corpo com força, enchendo sua boceta e boca completamente com suas varas. Ela podia ouvir o gemido da mulher ao redor do pênis que fodia
sua cara, e não sabia que pensar. Eram gemidos de prazer? Ou, pensou com os olhos muito abertos, gemidos de horror pelo que lhe estavam fazendo?
Quando um terceiro homem se deslizou debaixo da criada e começou a chupar freneticamente seus mamilos, Peggy apartou a vista. Jogou uma olhada para Michelle,
se sentindo doente pelo mau aspecto da moça.
-Está bem, carinho? -sussurrou.
-Não. -Michelle fechou os olhos brevemente e tomou uma profunda inspiração. Quando olhou para Peggy outra vez, havia lágrimas em seus olhos-. Sou virgem - confessou
em voz baixa.
Peggy conteve a respiração. Bom senhor nos céus, pensou, por favor não deixe estes homens violar a uma menina.
-Que idade tem coração?
-Dezoito. Quase dezenove - sussurrou ela.
Peggy assentiu com a cabeça. Ela apertou a mão de Michelle.
-O que quer fazer?
-Escapar! -sussurrou a moça com ardor-. Não posso acreditar que isto esteja ocorrendo. Sinto que estou vivendo um pesadelo.
Peggy não podia discrepar com isto. Mas, pensou cautelosamente, se tentavam escapar e as pegavam, nunca se perdoaria se a primeira vez de Michelle com um homem
fosse o resultado de uma violação em grupo nas Comuns.
-E se nos apanham, céu? Você não quer terminar aqui - disse em voz baixa. Ela jogou uma olhada ao redor, notando que Ivara as olhava como um falcão-. A adestradora
não nos tirou os olhos de cima - murmurou.
-Sei - soluçou Michelle brandamente. Fechou os olhos com força e tomou outro fôlego profundo. Quando os abriu de novo, parecia um pouco mais controlada, mas
não muito. Peggy só podia imaginar como de assustada devia estar, ela era onze anos mais velha que a moça e entretanto não podia recordar alguma vez que tivesse
estado mais assustada que esta.
-Penso que deveríamos levar a cabo os matrimônios - sussurrou Peggy-. E fugir quando ninguém nos esteja vigiando tão estreitamente.
-Olhem esta beleza! -interrompeu em inglês fortemente acentuado um viking bêbado quando de um puxão pôs Peggy em seu regaço. Ela olhou com cara de espanto para
a Ivara em busca de uma forma de escapar do manuseio. Mas Ivara estava sumida em uma conversação com o gigante que esgrimia o látego.
Oh merda, pensou histérica. Desde todas as vezes que não está me vigiando como um falcão...
O batimento do coração de Peggy se acelerou e sua respiração se fez pesada quando o musculoso homem a pôs em seu joelho e começou a amassar seus peitos. Seus
olhos tão azuis como os do Geirwolf estavam entrecerrados pelo desejo, suas palavras eram espessas.
-Uma garota tão bonita como é você - disse ele com voz rouca, seus polegares roçaram seus mamilos, fazendo-a ofegar. Ele fez girar seus quadris um pouco, deixando-a
sentir sua sólida ereção sob seu traseiro-. Sente o presente que tenho esperando para você?
Se o tivesse conhecido na rua, considerou ociosamente, teria encontrado ao homem perigosamente atrativo com seus penetrantes olhos azuis e o cabelo escuro. Mas
sob as condições nas que se encontrava, nua no regaço de um homem que tinha bebido muito, tudo o que ela sentiu foi um agudo temor.
-Por favor, não - murmurou ela, seus peitos subiam e desciam por sua dificultosa respiração-. Eu... eu... eu estou prometida a outro! -gaguejou depressa.
Suas mãos se apaziguaram em seus peitos, embora não os liberou. Ela mordeu o lábio quando viu o olhar dele se desviar para baixo, para seu sexo. Se deu conta
pelo olhar contrariado de sua cara que ter pêlo púbico aparentemente significava que estava protegida de tudo isto, um fato que fez que soltasse a respiração que
estava contendo.
O homem murmurou algo em sua língua viking, sua irritação enquanto a liberava era óbvia. Peggy se apressou a ficar em pé, se dispondo a sair daí, quando ele
a puxou a aproximando, seus mamilos só a uns centímetros de sua boca em espera.
-Esta noite, não tenho sorte - resmungou ele. Os olhos azuis do homem, frágeis pela embriaguez e a luxúria, se fixaram em seus mamilos enquanto lhes dava pequenos
golpes uma e outra vez com seus dedos indicadores. Jogou com eles durante um minuto inteiro como um gato com dois brinquedos, fazendo que Peggy mordesse o lábio.
O corpo de Peggy reagiu ao estímulo, se excitando, um fato que não lhe sentou bem. Mas entre que estava nua diante de um homem vestido, e que estava olhando
sem poder fazer nada enquanto ele acariciava uma zona erógena extremamente sensível, não havia muito que ela pudesse ter feito para evitá-lo.
Finalmente, graças a Deus, ele se deteve. Nunca tinha se sentido tão aliviada como se sentiu no momento que ele a separou dele, aparentemente tinha decidido
que se divertiu o suficiente depois de esfregar um momento seus mamilos.
Ela girou para Michelle, quem parecia pálida como um lençol. Não havia nada que ela pudesse dizer para consolá-la e ambas sabiam.
Peggy respirou fundo. Era sucumbir ao adestramento ou terminar ali. Ela definitivamente não terminaria aqui. Nem Michelle. Uma situação como esta quebraria a
mente da jovem garota.
-Bem, agora que provou as Comuns - interveio Ivara-, é o momento para ver o que acontece às mulheres a quem não se dá mais possibilidades depois de receber seu
castigo. -Suas sobrancelhas se elevaram-. A seguinte parada é o Calabouço da Vergonha.
Peggy e Michelle olharam a uma à outra. Ambas implicitamente entenderam o que a outra estava pensando, sem dizê-lo em voz alta.
Elas encontraram as Comuns o suficientemente deplorável. Quando deixaram o Calabouço da Vergonha ambas sabiam que Ivara tinha ganho e sucumbiriam ao que o destino
lhes pusesse na frente.


-Vou desmaiar - disse Peggy fracamente, resmungando para si mesma-. Vou malditamente desmaiar.
Com os olhos muito abertos e as náuseas formando redemoinhos em seu ventre, Peggy ficou olhando surrealistamente às mulheres enjauladas, os cárceres nos que
tinham sido trancadas sob chave oscilavam uns metros acima do chão. Às mulheres dentro das jaulas tinham enfaixado os olhos e presas engatinhando, privadas de movimento
e estímulos visuais.
As mulheres enjauladas estavam todas nuas, é obvio, suas pernas obscenamente atadas separadas de modo que a depilada e espectadora carne entre suas coxas fosse
exposta a qualquer homem que entrasse no calabouço. Os homens vikings caminhavam por aí e acariciavam a exposição de bocetas de qualquer maneira que escolhessem.
Se um homem ficava prendado de uma, ele pedia ao guardião a chave mestra da jaula, abria a porta de ferro, agarrava à prisioneira feminina pela carne de seus quadris,
e se afundava em sua boceta por trás. Se a mulher gozava durante a sessão de sexo, então o macho lançaria partes de comida em sua jaula quando ele tivesse terminado
de fodê-la, tratando-a como um animal em um zoológico de mascotes.
A mão de Peggy voou até tampar sua boca, o horror a atravessava. Se apoiou contra Michelle igualmente aterrorizada, sentindo como se pudesse desmaiar. Isto não
está ocorrendo, pensou. Terá seus defeitos, mas não posso acreditar que Geirwolf aprovasse a uma sociedade que fizesse isto a mulheres.
Quando Ivara declarou o final da retorcida excursão de estudos, Peggy estava resolvida a contemplar o matrimônio com seu captor por completo. Não tentaria fugir,
ou ajudar a escapar a Michelle, até que ela estivesse bastante segura de que podiam fazê-lo sem ser capturadas de novo.
Porque uma coisa era certa, de maneira nenhuma Michelle ou ela terminariam pendurando do teto em jaulas suspensas com seus corpos estendidos para que qualquer
homem pudesse possuir.
Peggy fechou os olhos brevemente e inspirou, seu corpo tremia ligeiramente pelos nervos e o frio medo. De maneira nenhuma.


Capítulo 10


Na véspera em que ia intercambiar os votos com Peggy, Geirwolf se dirigiu para a coisa, o lugar de reunião dos dirigentes de Nova a Noruega, com outro dos noivos.
A antecipação das bodas e logo o emparelhamento com sua futura esposa faziam que seu pênis se endurecesse e os músculos de seu estômago se apertassem. A cerimônia,
esperava, seria a parte fácil. Era o ritual da cama que teria lugar depois da cerimônia de vinculação que o preocupava. Esperava que para Peggy resultasse agradável...
ou, ao menos, o tolerasse.
Geirwolf não tinham nem idéia de quanta resistência lhe daria a primeira vez que tratasse de montá-la, embora freqüentemente tinha ouvido dizer que Ivara era
uma consumada adestradora, capaz de romper a reticência de uma mulher em poucas horas. Se consolava no conhecimento de que tinham passado já três dias de adestramento,
e o que era mais importante, Peggy já tinha estado de acordo em dizer as palavras rituais que lhes uniriam para sempre.
Não tinha nem idéia dos métodos que Ivara tinha utilizado para adestrar às noivas cativas, mas encontrou a si mesmo com a esperança de que os rumores fossem
certos e Peggy se mostrasse disposta não só a seus esponsais, mas também a sua luxúria. Depois de tudo, quanto mais cedo ficasse grávida, mais logo poderia ser transportada
dos compartimentos ao interior de sua própria caverna.
-Qual das fêmeas é a tua, Wolf? -perguntou seu primo Ragnar, interrompendo seus pensamentos.
Ragnar, só tinha vinte e três anos e tinha deixado seu celibato para contrair matrimônio no momento em que tinha posado seus olhos na beleza exótica de dezoito
anos de idade, Michelle, com a qual ia contrair matrimônio esta véspera.
Ragnar tinha levado um mês inteiro de planejamento, mas o jovem bonito e loiro viking que tinha sido chamado assim por seu mútuo avô de uma ascendência compartilhada
fazia mais de mil anos, tinha conseguido enganchar a sua noiva em cativeiro na terceira tentativa. Não estava mal para um guerreiro de vinte e três anos.
-Peggy - respondeu Geirwolf distraidamente e seus pensamentos se centraram na noite que tinha à frente.
Ele e seu primo giraram à esquerda quando o corredor de terra se estreitou e seguiram o caminho tenuamente iluminado à Sala de Cerimônias, o lugar de encontro
oficioso da coisa. A cerimônia de vinculação entre Peggy e ele, assim como para outros quatro casais, Ragnar e Michael incluídos, seria oficiada em frente ao pai
de Geirwolf, o Jarl.
-Ah! Ela é toda uma beleza! -sorriu Ragnar-. Mas minha Michelle também é.
Ele suspirou, soava igual a um moço ansioso de sua primeira verdadeira paixão.
Um quase sorriso apareceu nas comissuras dos lábios de Geirwolf. Ele sabia exatamente como se sentia seu primo.


Com os olhos totalmente abertos, Peggy engoliu em seco enquanto observava Geirwolf entrar com grandes passadas na ampla e fria caverna com um homem mais jovem
a seu lado. Seu olhar inteligente varreu ao gigante com o que ia se casar esta noite, notando de uma vez quão finamente ia vestido.
Vestia uma larga túnica de seda negra com apertados calções negros de feitura ajustada abaixo desta. Seu bronzeado, por não falar de seus amplamente musculosos
braços se sobressaíam ao redor dos braceletes de ouro que levava em cada bíceps. A tatuagem de dragão em seu braço esquerdo terminava justo por cima do bracelete.
Ela jogou um olhar para baixo, a suas mãos e sentiu o desejo piscar em seu estômago. Pestanejou, tirando de cima a sensação, se dando conta de que tinha condicionado
seu corpo a responder a eles durante o longo e abrupto trajeto a Nova a Noruega. Ao que parecia, pensou tristemente, a tinham condicionado tão bem que seu corpo
respondia à mera visão de suas masculinas e calosas mãos.
Bom, inalou, elevou o queixo à defensiva, não podiam culpá-la por sua reação.
Geirwolf sorriu para Peggy, pegando-a completamente com a guarda baixa. Não tinha estado esperando isto. O homem não era dado a sorrir. O pequeno gesto fazia
com que seus sombrios traços parecessem menos ameaçadores, as linhas de seu sorriso faziam que seu belo rosto parecesse muito mais atrativo.
Oh maldição, pensou enquanto mordia seu lábio inferior, está chegando para mim. Se faça um pouco de mártir, Peggy! Para isso. Para isso. Para.
Os olhos azul gelo de Geirwolf passaram roçando sobre seu corpo nu, e logo se entrecerraram com desejo. Peggy juntou suas coxas com força, a embaraçosa reação
de seu corpo ante seu escrutínio, fez que esquecesse momentaneamente o muito que o odiava, o muito que detestava ao homem que a tinha feito sua noiva cativa. Apartou
o olhar, pigarreou e piscou.
-Ali está -sussurrou Michelle a seu lado-. Oh Peggy, estou tão assustada!
O olhar de Peggy seguiu a linha de visão de Michelle diretamente a Geirwolf? O batimento de seu coração se acelerou enquanto a adrenalina a golpeava. Oh maldito
seja, pensou. Somos ambas suas noivas? Seu nariz se alargou pela ira. Bastardo! Decidiu passar por cima o fato de que o ciúmes estavam fazendo nós em seu ventre.
Enquanto Geirwolf se aproximava, se deu conta de que Michelle tinha estado falando do jovem que estava a seu lado, um muito nervoso - e teve que admitir que
bastante bonito- jovem que estava olhando para Michelle como um cachorrinho doente de amor.
Peggy deixou sair um suspiro de alívio, logo vacilou, se perguntando por que se preocupava com isso para começar. Não desejaria na realidade um matrimônio polígamo,
uma noiva que não quer ter nada a ver com o moço? Depois de tudo, reconheceu, isso significava que haveria menos possibilidades de ser incomodada todo o momento
pelo sexo.
Seus olhos vagaram para cima, aos abdominais que se ondulavam debaixo de sua túnica. Sim, franziu o cenho, o sexo seria um verdadeiro aborrecimento.
-Recorda a jaula - disse Peggy distraidamente a Michelle-. Isto não parece tão mau se alguém pensar nessa horrível jaula.
O corpo de Michelle ficou quieto.
-Certo - lhe sussurrou-. Como poderia esquecer isso?
Geirwolf se deteve diante de Peggy, seu olhar possessivo varreu seus seios e logo seu decorado púbis acobreado. Instintivamente ela fez uma inspiração, provocando
que seus peitos se levantassem de forma involuntária.
-Olá Peggy - murmurou Geirwolf-. Estive esperando esta noite durante semanas.
O que significava que a tinha estado espreitando muito antes que tivesse sido seqüestrada. Seus olhos se abriram de par em par.
Um comprido e caloso dedo penetrou entre os dela. Ela olhou para baixo onde suas mãos se uniam e fez uma profunda pausa.
-Não tem nada que temer de mim - disse brandamente Geirwolf, mas com firmeza-. Entesourarei a você e ao seu corpo sempre. Em pouco tempo, virá para mim por sua
própria vontade e com impaciência procurará meus braços.
Peggy expulsou o ar enquanto ele a dirigia para o centro da caverna. Isso, pensou resignadamente, era precisamente o que temia.


Capítulo 11


A caverna estava bem iluminada e decorada grandiosamente para a cerimônia que ia ter lugar, estátuas de dragões dourados e enfeitados apareciam fora dos muros
de terra e uma grande tapeçaria com uma nave viking pendurava sobre as portas duplas. Os nativos começaram a fluir em turba, lotando o interior para ver quatro de
seus guerreiros tomando a quatro mulheres como esposas em uma tradição tão velha como sua gente.
Peggy teria estado fascinada pela pompa e o evento se isto não tivesse afetado diretamente a sua vida. E se ela, pensou em meio de sua fúria, não tivesse sido
obrigada a se ajoelhar, nua com deferência aos pés de Geirwolf como se lhe rendesse comemoração.
Nua e com os joelhos de lado, Peggy admitiu hesitantemente, que mesmo assim estava fascinada por tudo isto. Se sentiu como se tivesse atravessado um portal e
tivesse sido transportada há outro tempo e lugar. Noruega no nono século em vez do Círculo Polar Ártico no vinte e um. Sabia que inclusive este assunto de se sentar
submissamente de joelhos ante o noivo, era uma tradição claramente medieval. Tinha sido um gesto peculiar, comum em certas regiões da Europa nas cerimônias de matrimônio,
naquele tempo, embora a moderna romanização de velhos tempos passados nunca disse muito a respeito disto.
Podia sentir o olhar fixo dos homens na caverna, inspecionando seu corpo nu. A compreensão de que estava sendo loteada e avaliada, e não digamos comida com os
olhos, a punha arrepiada e endurecia seus mamilos.
Peggy exalou com calma, logo olhou para trás para Geirwolf que escutava atentamente todas as palavras rituais que estavam sendo proferidas naquela língua estrangeira
que eles compartilhavam. Não moveu um músculo durante toda a cerimônia, somente olhou docilmente a Geirwolf como se não houvesse ninguém mais em toda a caverna exceto
ele... justo como tinha sido instruída de antemão para que fizesse por Ivara.
Quando foi empurrada para dizer sim, exalou e respondeu sim. Dez minutos mais tarde quando o oficiante disse algumas palavras que causaram exclamações entre
os nativos da caverna, assumiu corretamente que estava realmente casada.
Peggy mordiscou seu lábio inferior. Por Deus! Estava casada com o homem que a tinha seqüestrado.


Geirwolf olhou os olhos de Peggy se abrirem alarmados quando dois dos homens de seu pai a agarraram de onde tinha estado ajoelhada a seus pés e a ataram, nua
com os braços e as pernas abertas, em uma das três adornadas camas que tinham sido trazidas para a coisa. Posto que Michelle era virgem, e seu marido teria lençóis
manchados de sangue para mostrar à multidão congregada, foi posta em lugar seguro nas antecâmaras para ser desflorada por Ragnar em particular.
Como Peggy não era virgem, estava obrigada a suportar ser montada publicamente para que nenhum guerreiro pudesse fazer uma futura reclamação que declarasse que
seu matrimônio com Geirwolf realmente não tinha sido consumado. Se um guerreiro pudesse fazer tal reclamação, isso converteria Peggy em presa legal. E Peggy, pensou
ele tensamente, não era objeto de caça.
Despiu-se ante a adornada cama de consumação, seu olhar fixo nunca se separou de Peggy. Podia dizer que ela estava envergonhada ao se ver exposta dessa maneira
em frente a tantos, assim que se apressou para cobri-la adequadamente.
Não podia culpá-la. Até esse momento, não tinha pensado muito em quão insensível era por parte dos homens se reunir ao redor e olhar à nova, e pelo visto, aterrorizada
noiva ser montada. O olhar azul de Wolf se enfocou em seu irmão mais novo, Bjorn quem notou, estava olhando muito atentamente o sexo exposto de sua esposa. Bjorn
simplesmente riu em silencio em resposta, seus olhos deleitados pela cintilante cólera de Geirwolf.
A mandíbula de Geirwolf se fechou com força. Tinha ouvido que Bjorn embriagado tinha derrubado Peggy em seu regaço quando tinha sido levada às Comuns por Ivara
e outras adestradoras. Isso tinha sido bastante ofensivo, mas isto...
-Relaxe, Wolf - brincou Bjorn em sua língua materna-. Só estou olhando à moça.
Geirwolf não disse nada, embora seguisse olhando desafiante ao seu irmão. Sabia que era ridículo se comportar tão celosamente, embora isso não parecesse lhe
ajudar. As damas sempre tinham achado Bjorn agradável. Era formoso com seu cabelo negro e os olhos azuis de lobo, e sua personalidade não era tão severa como a de
Geirwolf. Bjorn não conduzia a responsabilidade de saber que um dia seria o líder de sua gente, por isso podia se permitir ser menos rígido em seus pensamentos e
em sua conduta.
Os irmãos se olharam um ao outro até que indevidamente, a risada de Bjorn se quebrou. Cabeceou com respeito para Geirwolf em uma promessa tácita de respeitar
a Peggy estava em seu olhar.
Geirwolf grunhiu, apaziguado. Continuou se despindo, lançando seus ornamentos a um lado e dando um passo para sua noiva totalmente nua e excitada. A viu morder
um pouco o lábio quando agarrou seu grosso pênis pela base e se encaminhou para a cama de consumação. O olhar dela aumentou quando ficou de pé ante ela e se encontrou
se perguntando, não pela primeira vez, o que ela estaria pensando.
Geirwolf puxou um profundo e estabilizador fôlego enquanto avançava lentamente na cama e se colocava entre as pernas estendidas de Peggy. Tinha estado esperando
para se inundar dentro de sua esposa o que lhe tinham parecido anos. Tinha passado a maior parte de cada dia destas poucas semanas passadas fantasiando a respeito
do muito que gostaria de sentir seu ardente sexo envolto ao redor de sua erguida vara.
Não queria estar em cima dela como um animal em zelo, embora profundamente suspeitasse que isso fosse precisamente o que estava a ponto de fazer. Durante semanas
a tinha açoitado. Durante dias tinha suportado saber que estava em Nova a Noruega, embora inacessível para ele...
Baixou o olhar para sua virilidade apoiada na nervosa Peggy. Seu membro estava tão erguido que a torcida cabeça avermelhada estava dolorida, seus sacos tão duros
que sabia que esta primeira vez não duraria muito tempo.
O olhar fixo de Geirwolf se chocou com o de Peggy. Agora, pensou possessivamente, apertando os músculos, ela era toda dele.


Os dentes de Peggy se afundaram em seu lábio inferior quando olhou Geirwolf se colocar entre suas pernas. Os aplausos e brincadeiras enchiam a caverna enquanto
os machos pediam a gritos olhar mais de perto ao novo marido foder à nova noiva. Felizmente os aplausos e brincadeiras estavam sendo ditos mais em sua língua materna
que em inglês, assim não teve que sofrer a vergonha de saber o que se estava dizendo sobre ela.
De todos os modos tinha suas idéias. Todas elas mortificantes.
Peggy podia sentir intensamente como seu corpo nu estava sendo olhado fixamente pelos homens da concorrência. E perversamente, ou possivelmente indevidamente,
seu corpo reagiu a esse conhecimento. Seus mamilos estavam tão rígidos que era doloroso e seu sexo molhado. Como tudo o que podia fazer era estar ali, estendida
com as pernas abertas e atada, não havia outra reação que pudesse dar mais que ao que parecia, a maneira inata que seu corpo despertava.
O fato de ser observada através dos olhos entreabertos de tantos homens formosos a estava excitando mais do que deveria ter feito. Ser cobiçada por tantos homens
arrumados enquanto confiava nas promessas de Ivara de que nenhum homem salvo Geirwolf teria permissão de tocá-la era mais excitante do que queria que fosse. E logo
estava o mesmo Geirwolf...
Tinha trabalhado bem seu corpo, pensou nervosamente. No momento em que tinha começado a se despir, e foi visível a musculatura de aço de seu corpo, começou a
se molhar. Ao tempo que seu comprido e grosso pênis saltou livre de seus calções e assinalou com impaciência para cima contra seu umbigo, sua respiração se fez cada
vez mais trabalhosa, como se ofegasse.
Ele agarrou seu pênis pela base, o volumoso órgão se via ainda mais incrivelmente viril justaposto contra o marco de seu pesado braço musculoso com a tatuagem
ameaçadora de um dragão que serpenteava em cima deste. Os peitos dela se incharam e seus mamilos doeram.
Geirwolf se colocou em cima dela e Peggy compreendeu que, estranho ou não, o queria dentro. Durante os três dias passados tinha sido mentalmente adestrada para
este momento por Ivara, e durante os três dias anteriores fisicamente tinha sido preparada pelo mesmo Geirwolf para lhe responder.
Colocou a grossa cabeça de seu pênis em sua molhada abertura, logo baixou o olhar para ela, seus gelados olhos azuis entrecerrados pelo desejo. A grande palma
calosa de sua mão esquerda cavada no peito direito dela, o amassando cuidadosamente enquanto colocava seu grande corpo entre suas coxas.
O fato de que tivesse decidido a excitá-la utilizando seu peito direito, o peito não visível aos espectadores abarrotados contra o lado esquerdo da cama, a esquentou
ainda mais para ele. Suspeitou corretamente que tratava de mantê-la excitada para que o iminente ato sexual não fosse de tudo doloroso e simultaneamente protegia
a intimidade do ato frente a olhos intrusos.
Piscou, encontrando tal ato em Geirwolf incongruentemente doce em comparação com a imagem dura e implacável que se formou dele em sua mente. E estava exatamente
tocando-a muito mais intimamente do que requeria o processo real de fodê-la. Qualquer animal poderia foder. Lhe fez significativas carícias e toques para fazer do
ato algo mais, algo imensamente mais profundo.
-Tudo irá bem, Peggy - murmurou Geirwolf, sua voz estava rouca pela excitação-. Temos que fazê-lo, só uma vez diante de outros. Depois disto, fazer amor sempre
será em particular.
Fazer amor, ele pensava no que eles faziam como fazer amor. Ela piscou duas vezes mais e jogou uma olhada abaixo para seu peito.
Peggy expulsou o fôlego e elevou o olhar para ele, a seu marido.
-Sei - sussurrou ela. Sorriu um pouco, fazendo que os olhos dele se aumentassem. Ao que parecia não tinha esperado um gesto conciliador tão cedo. E, sinceramente,
ela também estava surpreendida de tê-lo feito. Entretanto, sua consideração a este respeito merecia ao menos isto -. Mas obrigado por me tranqüilizar.
Geirwolf pareceu desejá-la mais depois disto. Seu olhar estava ardentemente excitado, seus músculos apertados com tanta veemência que podia ver a transpiração
brotando deles. Trocou seu peso a seu cotovelo direito e, longe da vista dos espectadores, tirou sua mão esquerda de seu peito e a usou para se ajudar a inserir
a cabeça de seu torcido pênis em seu sexo.
Peggy umedeceu seus lábios, o desejo aninhava em seu ventre. Seus peitos estavam espetacularmente inchados, induzindo Geirwolf a soltar seu membro uma vez que
a cabeça esteve bem dentro dela e a jogar com seu mamilo outra vez enquanto ninguém mais pudesse ver.

Mas Peggy estava mais à frente do ponto de se preocupar com quem a olhava. Arqueou seus quadris tanto como pôde e os elevou para ele, o convidando abertamente
a se inundar dentro.
Geirwolf gemeu um pouco, parecendo meio extasiado. Sua mandíbula estava tensa, sua veia jugular inchada. Sem mais preliminares apertou os dentes e, com um forte
gemido, empalou seu pênis em sua carne, se assentando até o punho.
Peggy ofegou, um gemido incontrolável escapou de sua garganta. Estava começando a aprender amavelmente o que era que lhe preocupava. Geirwolf baixou seu rosto
de maneira que seu cabelo loiro como o sol caísse em cascata no lado esquerdo da cara dela, defendendo as reações desta ante a multidão que clamava como fanáticos.
-Obrigado - sussurrou ela com voz claramente excitada.
Ele gemeu um pouco como resposta, parecia estar gostando do som de sua voz mesclada com as palavras de gratidão. Não tinha esperado ouvir as dela durante muito
tempo. Mas, outra vez, sua consideração neste aspecto merecia essas palavras.
Então tomou com dureza, empurrando dentro e fora de seu sexo como um animal, montando-a como se quisesse deixar sua marca dentro. Peggy ofegou, sua cabeça caiu
para trás na cama, parcialmente desprotegida frente ao olhar de outros. Fechou os olhos e desfrutou da sensação de se sentir cheia do pênis de Geirwolf, estava mais
à frente do ponto de se preocupar com o que alguém visse ou pensasse.
-Fitta dava er a s Å deilig - disse Geirwolf, densamente com os dentes apertados. Bombeou duro, empurrando, entrando e saindo de seu sexo sugador mais rápido
e mais rápido-. Sua boceta é tão gostosa...
Gozou imediatamente, as palavras excitantes acopladas com a excitante fodida a desarmaram. Podia imaginar como os outros a viam, podia imaginar a maneira em
que os acerados glúteos dele se viam quando se apertavam e se contraíam enquanto seu pênis se enraizava em seu interior. Conseguiu suprimir o som apagado de um gemido
mordendo sobre a força robusta do ombro de seu marido e gemendo nele.
Geirwolf grunhiu, logo a fodeu mais duro. O som do tamborilar de carne contra carne encheu a caverna, competindo com o som das brincadeiras e os aplausos. Se
enterrou dentro dela uma e outra vez, uma e outra vez, fazendo-a gozar até que seu sexo esteve molhado.
Depois que ela gozou outra vez, Peggy pôde sentir que o corpo de Geirwolf ficava tenso em cima dela e soube que se preparava para o orgasmo. Abriu os olhos e
elevou o olhar para sua áspera cara, querendo ver esse segundo de vulnerabilidade que inundariam seus traços quando gozasse.
-Vou foder sua boceta dia e noite - exalou ele, sua voz rouca-. Para sempre.
Geirwolf a fodeu se era possível mais duro, com gula, empalando sua carne uma e outra vez. Empurrou contra ela sem piedade, se deleitando no nirvana pré clímax
que era de algum modo sempre melhor que o clímax em si mesmo.
Se mantinha no bordo tanto como podia, montando sem piedade seu sexo. Sua áspera palma amassou seu peito nu, marcando-o, enquanto seu pênis marcava possessivamente
seu sexo.
Podia ouvir o som embriagador da união da carne, o som de seu sexo que tratava de sugá-lo em cada retirada. Golpeou contra sua carne uma vez, duas vezes, três
vezes mais. E logo, incapaz de se conter mais, empurrou em seu sexo tão profundamente como pôde, fechou fortemente os olhos, e gozou com um ruidoso gemido.
Peggy estudou sua cara, hipnotizada por estes poucos segundos de vulnerabilidade que sabia estariam ali quando tivesse o orgasmo. Enquanto seu corpo se convulsionava
em cima dela, com os dentes apertados e os músculos tensos, olhou sua expressão agudamente, fascinada pelo modo em que seus severos traços se relaxaram naquele momento
engrenado no tempo, e não lhe apareceu mais ameaçador que uma mariposa.
-Você é toda minha agora, Peggy - disse Geirwolf entre ofegos quando se derrubou sobre ela. Sua respiração era trabalhosa, sua voz rouca e firme-. Sempre minha.
Ela mordeu o lábio e apartou a vista, se perguntando nervosamente quanto tempo lhe levaria depois derrubar completamente sua reticência.


Capítulo 12


Envolta em peles de ursos polares, Peggy respirou o frio ar do pátio na superfície, desfrutando da sensação do ar fresco e dos flocos de neve que golpeavam diretamente
sobre seu rosto. Sabia que se supunha que Geirwolf ainda não podia trazê-la aqui, não ao menos até que estivesse grávida, não seria uma a mais de sua gente em toda
regra. E mesmo assim a tinha levado às escondidas ao pátio de todos os modos, sem que Ivara soubesse, outro sinal mais de seu afeto.
-Isto é o que chamamos uma raiz de zaba - murmurou Geirwolf enquanto arrancava uma planta parecida com uma videira da terra. A rompeu pela metade e lhe mostrou
a seiva que saía-. É usada por nossas mulheres para fazer doces. Prove. -Sorriu enquanto lhe dava a raiz-. É como o açúcar.
Peggy lentamente estendeu a mão, então indecisa agarrou a planta. Seu olhar da cor do mar se chocou com o de Geirwolf enquanto os dedos de ambos se acariciavam.
Mordeu o lábio e apartou o olhar, logo inquieta levantou a raiz até seus lábios e sorveu a salvia doce dela.
Os olhos dele rastrearam o movimento de sucção de seus lábios. Ruborizou, se perguntando se ele estava imaginando seu membro no lugar da planta.
Tinha passado pouco mais de uma semana desde que se casou e já a estava deslumbrando de maneira espetacular. A persistência dele em cortejá-la era virtualmente
extraordinária, já que ela tinha estado longe de ser agradável desde o começo. Peggy não queria que seu marido se fizesse seu amigo, tampouco queria amá-lo, assim
depois de sua noite de bodas se comportou com ele e com suas amáveis propostas tão arisca como foi possível.
Evidentemente, seu magnífico plano não estava funcionando.
Geirwolf tinha recebido cada um de seus atos de rebeldia, de simplesmente ignorá-lo a gritar quando tratava de tocá-la, com paciência e compreensão. Tinha permanecido
quase toda a semana passada pego ao seu lado, independentemente de como ela se comportasse, permitindo-a expressar sua frustração e cólera sem se zangar por sua
parte.
Evidentemente, o magnífico plano dele estava funcionando melhor que o seu.
Peggy não era do tipo que formava estreitos laços emocionais facilmente com outras pessoas, e sobretudo, não com os homens. Não confiava muito nos homens e nunca
o fez salvo com a particular exceção de seu pai, que o Senhor guardasse sua alma.
Essa tinha sido a experiência de Peggy nas relações, que quando as coisas ficavam difíceis, os homens partiam. Tinha esperado que Geirwolf não fosse diferente,
assim tinha estado mais que um pouco surpreendida quando se deu conta de que não importava o que fizesse, não importava o mal que se comportasse, ele nunca a deixaria.
Não sabia se estava frustrada ou completamente adulada por esta compreensão. Sua mente lhe dizia o primeiro e seu coração lhe dizia o segundo.
-Por que está fazendo isto? -sussurrou Peggy. Sua cabeça se elevou enquanto baixava a raiz de sua boca-. Por que?
Os olhos dele se enrugaram incompreensivelmente nas esquinas.
-Não estou seguro de que te siga...
-Por que me agüenta? -interrompeu-lhe. Suspirou e apartou o olhar-. Não importa o que faça mesmo assim quer me conservar. Assim vamos pôr as cartas sobre a mesa,
de acordo? -fez uma respiração profunda e encontrou seu olhar. Se não abandonava a este homem logo, nunca mais quereria abandoná-lo, pensou aterrada-. O que seria
necessário para que me deixasse ir?
Contemplou-a durante um longo momento, mas não disse nada. Piscou, e olhou na distância, cravando os olhos distraidamente no alto, na lua.
-Não há nada que possa fazer, nada que possa dizer, nenhum ato de desafio que faça, conseguirá que a libere -disse ele brandamente.
-Mas por que? - pergunto em tom suplicante-. Me faça entender. Me faça entender porque não pode me deixar ir e tomar a uma mulher nativa como esposa, uma mulher
que possa dirigir melhor que eu o de ser separada de tudo e todos aos que conheceu alguma vez.
Geirwolf suspirou.
-Peggy...
-Sim?
Olhou-a outra vez, seus traços severos estavam inusitadamente vulneráveis.
-Acreditaria em mim se te dissesse que sinto o que passou?
-Não sei - disse ela com franqueza.
Ficou surpreendida por quanto lhe doeu escutar Geirwolf admitindo que sentia como se tivesse cometido um engano quando a capturou. Mas por outro lado dificilmente
poderia culpá-lo. Ela tinha estado longe de aceitá-lo desde o começo. Embora dificilmente poderia culpar a si mesma. Porque em primeiro lugar, não tinha querido
ser capturada. Suas emoções, ao que parecia, estavam se voltando mais e mais confusas e incertas.
-Bom eu sinto - murmurou ele-. Sinto muito.
Endireitou as costas. Suprimiu a pena que sentia ao saber que ele considerava que ela era um engano, dizendo a si mesma que era ridículo se sentir dessa maneira.
-Já vejo - disse um pouco forçada.
-Não. -Seu olhar penetrante brocou o dela-. Não o faz. -Ele segurou firmemente sua mão entre as suas-. Meu inglês não é muito bom. O que quero dizer é que sinto
que não me desse conta de quão difícil seria a transição para você -sorriu-. Minha gente esteve capturando noivas há milhares de anos. E então pensei, com toda minha
arrogância, que minha maneira era a melhor.
Ele bufou, e logo liberou suas mãos.
-Por isso sinto, porque realmente teria que ter considerado seus sentimentos e provavelmente me teria imposto à luxúria que sentia por você na baía e teria me
obrigado a tomar uma noiva de entre as mulheres daqui. Mas não o fiz e a verdade não pode ser trocada. Não posso lamentar que você seja minha, Peggy Valkraad, assim
por favor não me peça isso, mas sinto que esteja infeliz se for assim.
Peggy assentiu, suas palavras a faziam se sentir mais contente do que possivelmente deveriam.
-E agora?
Uma das sobrancelhas de Geirwolf se elevou.
-Agora que está aqui como poderia lamentar o fato de que seja minha? Eu nunca poderia te enviar longe, Peggy. Nunca.
Lhe deu um meio sorriso.
-Apesar de todos meus gritos?
Seu sorriso chegou devagar restaurando o brilho de seus olhos.
-Sim, apesar de seus gritos - murmurou.
Estudaram o um ao outro sem falar durante um prolongado momento. Finalmente Peggy afastou o olhar, com um suspiro algo triste.
-Wolf...
-Sim?
-Me faz sentir muito melhor saber que sente que eu seja infeliz, mas é só que não sei se poderei ser alguma vez feliz aqui. Porque uma parte de mim, na verdade,
sempre quererá ser livre - suspirou outra vez-. E te guardarei rancor por não me devolver essa liberdade.
Geirwolf fechou os olhos e respirou fundo. Os abriu de novo e esperou contatar com seu olhar antes de responder.
-Não mentirei e direi que a liberaria se pudesse porque se enfrentar a essa opção não estou seguro de que pudesse ser tão desinteressado, mas Peggy, deve entender
que esta opção já não é minha. Na realidade nunca foi minha. Embora admita que planeje te roubar desde o começo.
Ela entreabriu seus olhos ao ouvir isto.
-Não entendo...
-No momento em que você cravou os olhos nos homens do clã Hallfreor lhe tiraram qualquer opção. -Os olhos de Geirwolf se entrecerraram com seriedade-. O clã
de Nova a Noruega prosperou, segundo eles, pela simples razão de que ninguém sabe de nossa existência. Tanto se a tivesse desejado como minha própria noiva como
se não, os guerreiros que me acompanhavam no dia em que a roubei dos Hallfreor nunca lhe teriam deixado voltar para seu lugar de origem por temor que falasse com
os forasteiros a respeito de nossa gente.
Peggy o considerou durante um bom momento, suas emoções e pensamentos estavam confusos.
-Sinto que seja infeliz, Peggy - murmurou Geirwolf-, mas não há maneira de que minha gente te permita partir jamais.
Ela tomou um profundo fôlego e o expulsou. Por alguma razão, saber que Geirwolf não tinha o poder para deixá-la ir, que nunca tinha tido esse poder, fez mais
fácil o deixar que a ira para ele como pessoa desaparecesse. Não estava completamente preparada para deixar de sentir cólera pelas pessoas de Nova a Noruega em geral,
mas não era com as pessoas de Nova a Noruega com quem estava casada.
-Assim está dizendo que temos que nos agüentar um ao outro e tirar o melhor disso?
Geirwolf franziu o cenho.
-Deu a minhas palavras a conotação mais severa possível, mas sim, suponho que isso é o que digo.
Ela riu entre dentes brandamente, o brilho retornou a seus próprios olhos.
-Não quis dizê-lo tal como me saiu, mas obrigado por entendê-lo.
Geirwolf pegou suas mãos outra vez com expressão séria.
-Por favor, Peggy -murmurou -, nos deixe começar outra vez. Dê a mim e a nosso matrimônio uma oportunidade e te prometo que nunca a defraudarei.
Peggy mordeu o lábio e concentrou o olhar no dele.
-Não lamentará - disse ele brandamente enquanto seus lábios descendiam para beijar sua testa -. Lhe juro isso.
Fechou os olhos esperando durante um momento, para tratar de ordenar suas emoções. Quando os abriu outra vez viu que Geirwolf a olhava espectador, esperando
sua decisão.
Seus pensamentos estavam em tal caos que Peggy terminou por lhe responder sem palavras. Parecia que não podia expressar seus sentimentos em voz alta, então lhe
disse o que precisava ouvir com seu corpo.
Sem hesitações, Peggy seguiu seus instintos e os fez sair. Girando, levantou as peles até sua cintura, e tremendo de frio, se agarrou a uma parede próxima lhe
expondo seu sexo nu. A excitação golpeou através dela com o som da profunda inspiração de seu marido.
-Peggy - disse Geirwolf pesadamente. Se colocou atrás dela e se aproximou dando palmadas seu traseiro, amassando os dois globos até que estes estiveram bem quentes.
Podia sentir seus olhos devorando seu sexo, devorando seu traseiro-. Me alegro de que seja minha.
Fechou os olhos quando ele baixou os calções até os joelhos e seus mamilos se endureceram. A sensação da frieza do ar golpeando seu sexo combinando com a possessividade
que podia sentir em seu olhar ao perfurar seu exposto sexo, a pôs molhada e pronta para acolhê-lo.
Mas Geirwolf não a montou. Contemplou seu sexo durante muito tempo enquanto seus dedos calosos amassavam suas nádegas, como se memorizasse o modo em que seu
sexo se via. E logo suspirou, um som sobre o que não estava muito segura que opinar.
Geirwolf soltou suas nádegas, logo baixou a pele de urso voltando a cobri-la.
-Possivelmente sou um tolo sentimental, mas não posso te possuir assim. Não agora. -Acariciou brandamente as nádegas-. Não antes que esteja seguro de que realmente
me quer.
Peggy fechou seus olhos brevemente, atordoada pela frustração física e emocional que sentiu ante suas palavras. Entretanto, não protestou quando a puxou pela
mão e silenciosamente retornaram aos compartimentos de emparelhamento. Supôs que deveria ter se sentido envergonhada pelo quase rechaço, mas por estranho que parecesse,
o respeitava mais por isso.



Capítulo 13


Duas tardes depois, Peggy chegou de passar o dia vendo como adestravam a outras mulheres e abriu a porta de sua câmara privada. Encontrou Geirwolf adormecido
na cama com seu corpo grande atravessado no leito de barriga para cima. Pelo visto ele tinha chegado antes que ela essa noite e dormiu esperando que ela retornasse.
Mordeu o lábio. Parecia tão malditamente atrativo agora mesmo, talvez ainda mais sexy que quando estava acordado.
Seus olhos se moveram para sua virilha. Ele estava ereto. Inclusive estando dormido ainda a desejava.
Peggy fechou os olhos brevemente, suas emoções estavam em guerra dentro de sua mente e seu coração. Seu lado "duro como uma rocha", esse lado que ela tinha conseguido
pela morte de seu pai e logo outra vez através da universidade e da pós-graduação, queria manter Geirwolf a raia para sempre só para demonstrar que... bom, ela não
estava segura exatamente do que estava tratando de demonstrar. Que era forte, possivelmente? Suspirou. Geirwolf lhe havia dito já ao menos dez vezes quanto admirava
sua força de espírito. Assim a quem mais estava tentando provar? Possivelmente, a si mesma admitiu.
Mas o outro lado de Peggy, o lado carinhoso que queria amar e ser amado, desejava estender a mão a este homem, a seu captor... a seu marido.
Ele era sempre tão forte, pensou com admiração, seu olhar se moveu sobre as esculpidas linhas de sua cara. Tão forte e tão amável...
Nua com seus pés recém pintados, e seu pêlo púbico recém depilado, Peggy descendeu seu corpo na cama e baixou os calções de Geirwolf até os joelhos. Sua ereção
imediatamente saltou livre, o grosso pedaço de carne pulsava enquanto ela tomava em sua palma.
-Peggy? -disse Geirwolf brandamente, em tom confuso. E piscou, tratando de despertar-. O que está... - Inspirou profundamente quando ela envolveu seus lábios
ao redor da cabeça de seu membro, algo que tivesse estado a ponto de dizer ficou esquecido-. Peggy - murmurou, os dedos de uma de suas calosas mãos se enterrou através
de seu cabelo-. Sinto-me maravilhoso, amor.
Seu amor.
Peggy fechou os olhos, e se abandonou ao seus sentimentos, a seus desejos. Tomou seu membro inteira profundamente na garganta até que lhe tocou as amídalas.
-Ha - exalou ele, seus músculos se endureceram enquanto enroscava as mechas de seu cabelo acobreado ao redor de sua mão-. Sim.
Ela chupou febrilmente, sua boca e lábios subiam e baixavam através da longitude de seu membro duro como o aço, sugando com tamborilares. O som da saliva se
encontrando com a carne competia com o som de seu marido ao tomar fôlego.
-Ha - chiou ele, sua voz soava meio delirante quando possessivamente rodeou o agarre em seu cabelo-. Sug kuken min - disse com voz rouca, muito fora de si para
falar em inglês. Chupa meu pau.
Peggy o chupou como um animal faminto, sua boca trabalhando furiosamente acima e abaixo da cabeça e do eixo. Ela deu rédea solta a seus dedos enquanto o chupava,
massageando o saco que descansava apertadamente contra sua virilha.
Seus gemidos se fizeram mais fortes quando ela tomou mais rápido, mais profundo, mais duro, mais rápido, mais duro, mais profundo...
-Peggy - gemeu, seus músculos estavam tensos e seus olhos fechados-. Minha Peggy...
Geirwolf gozou com um forte gemido, apertando sua mandíbula e chiando os dentes. Expulsou a jorros seu sêmen ardente em sua boca enquanto seu corpo inteiro estremecia
e convulsionava, gemendo enquanto ela terminava de lhe beber todo.
Peggy fez um movimento de sucção com seus lábios uma última vez, esgotando qualquer gota restante da cabeça. Tragou-a e logo elevou seu olhar para ele com expressão
vulnerável.
Atuaria ele com suficiência pelo muito que tinha cedido ela? Se comportaria com arrogância, sabendo, como ele sabia, o poder que exercia sobre ela?
-Obrigado - murmurou ele com voz humilde. Seus olhos azuis pareciam de tudo menos presunçosos e arrogantes. Pareciam agradecidos. E em paz-. Foi um presente
precioso o que me deu.
Peggy piscou, seus olhos se encheram de lágrimas.
-Eu... eu estou assustada -disse ela em voz baixa-. Estou tão assustada.
Os olhos de Geirwolf se suavizaram.
-Sei, neném. -Ele alargou suas mãos e a puxou para baixo para que assim descansasse em cima de seu peito. Beijou sua cabeça enquanto suas mãos acariciavam brandamente
suas costas-. Sei.

Capítulo 14


Uma semana depois

Os pensamentos de Geirwolf estavam confusos quando caminhou para os compartimentos de emparelhamento. Não havia tocado em Peggy de um modo sexual à noite há
quase uma semana, já que queria que fosse a ele quando estivesse preparada. Ou ao menos por agora, mentalizou, até que seus medos tivessem sido apaziguados.
Mas cada noite era pior. Cada noite se fazia mais e mais difícil resistir à tentação de enterrar sua rígida vara em seu quente, flexível sexo ou em sua talentosa,
quente boca... sobretudo agora que sabia como ambos o faziam se sentir. Não tinha idéia de como ou se conseguiria passar uma noite mais a sós com ela. Também sabia,
entretanto, que não queria assustá-la, por isso tinha que encontrar um modo de passar a noite tanto se ela queria ter sexo com ele como se não queria.
Geirwolf não queria ser um arrogante autocrata que tinha o que queria quando queria, as conseqüências eram detestáveis. Seu pai tinha sido dessa maneira na primeira
vez que sua mãe tinha sido roubada, e se a intriga de sua avó podia ser acreditada (que em geral podia) tinha levado à esposa de Jarl um total de quatro anos aceitar
seu lugar ao lado dele. Quatro anos era uma barbaridade de tempo, muito mais do que Geirwolf queria perder com a ambivalência de sentimentos de Peggy para ele.
Por isso Geirwolf se conteve, não querendo cometer os mesmos enganos que seu pai tinha feito com sua mãe. O ancião casal era feliz agora, sim mas essa felicidade
tinha tido um preço de quatro anos que nunca poderiam recuperar.
A semana passada com Peggy tinha sido maravilhosa em todos os aspectos exceto no sexual. Estavam se convertendo em amigos, que era algo que ele nunca tinha experimentado
antes com uma mulher. Inclusive se sentiu cômodo compartilhando seus sentimentos com ela, que era algo que nunca tinha experimentado antes com uma mulher ou um homem.
Geirwolf tinha sido educado para ser estóico e distante, mas em uma semana Peggy tinha conseguido penetrar todos os muros que tinha passado toda uma vida construindo.
Tinha sido educado para ser autocrático e dominante, entretanto, a mera visão de sua esposa o fazia ter sentimentos ternos com os que não se sentia completamente
cômodo.
Queria a ela mais do que nunca tinha querido a alguém ou algo em sua vida.
Estava preparado para se emparelhar, e com trinta e quatro anos tinha passado de longe a idade que a maioria dos guerreiros alcançava antes de tomar uma noiva.
Todos estes anos se conteve, caçando uma e outra vez procurando uma mulher que lhe proporcionasse o sentimento adequado. Peggy era essa mulher, estava seguro disso.
A tinha vigiado de longe durante semanas, estudando a forma em que interagia com outros, estudando cada coisa que teria que saber sobre ela. Admirava seu agudo
intelecto, admirava sua independência, seu espírito aventureiro, admirando também a beleza de sua exuberante e luxuriosa figura. Tinha sabido no momento em que pôs
os olhos nela no estrangeiro Barrow que era única. As semanas que tinha passado estudando-a só o tinham confirmado.
A imagem de Peggy, nua e querendo a ele de própria vontade, passou pela mente de Geirwolf de novo. Suspirou consciente de que ele mesmo estava criando isto para
cair em uma fantasia sobre uma intimidade que ela ainda não estava preparada para sentir, mas não via como poderia ajudar a si mesmo.
Já estava apaixonado por ela. Começava a se perguntar se ela se apaixonaria alguma vez por ele.
Geirwolf caminhou estoicamente para os compartimentos de emparelhamento, se dando conta que ao final a resposta a essa pergunta não importava. Estavam casados.
Sempre estariam. Peggy sempre lhe pertenceria, até se seu amor nunca fosse correspondido.
Apertou a mandíbula quando considerou o fato de que era possível que sua esposa nunca o quisesse. Rezou aos deuses que esse não fosse o caso, mas sabia que tinha
que se preparar para esse resultado.
Geirwolf se dispôs a abrir a porta do compartimento privado de Peggy, esperando encontrá-la já adormecida posto que ele vinha mais tarde que o habitual. Sua
mão ficou quieta no fecho quando o som de suaves gemidos procedentes do outro lado da porta chegou a seus ouvidos. Aturdido, ficou aí de pé em estado de choque durante
um dramático momento antes que uma quente e devoradora possessividade o percorresse.
Ela tem um amante. Minha mulher está me enganando...
Furioso e disposto a matar a quem quer que estivesse transando com ela, Geirwolf empurrou a pesada porta abrindo-a com toda sua força, fazendo que esta se estrelasse
contra a parede de terra. Os batimentos de seu coração golpeando como um louco, a adrenalina correndo por seu sangue, ele andou dentro do quarto fracamente iluminado,
o som da porta se estrelando ao se fechar atrás dele enchendo a pequena habitação.
-O que - bramou-, está passando em... !
Seu corpo se apaziguou quando seus olhos se ajustaram a débil luz da única tocha acesa na habitação. Tragou o nó que rapidamente tinha se formado em sua garganta
quando viu Peggy se masturbar de barriga para cima, seus dedos deslizando sobre seu ereto, escorregadio clitóris enquanto ela se balançava para diante e para trás
em uma lenta ondulação.
-Te quero - sussurrou. Seus olhos estavam fechados. Sua voz soava cansada, um pouco desalentada-. Estou farta de lutar contra isto - disse com voz rouca.
A mente de Geirwolf se precaveu então que nenhum outro homem havia fodido a sua esposa, entretanto seu corpo ainda bombeando cheio de primitiva adrenalina, não
se tinha posto à corrente completamente. Sua respiração era dificultosa, uma atitude possessiva o alagava. Ela estava exposta na cama de emparelhamento com as pernas
completamente separadas para que ele tomasse.
Reagindo instintivamente, chegou até ela de forma territorial, baixando os calções até os joelhos quando ficou plantado ante os pés da cama. Agarrou-a pelas
coxas e os separou sem olhares, entrando em sua úmida carne sem cerimônia e se introduzindo até a empunhadura com uma violenta estocada.
-Minha Fitta - vaiou ele, com os dentes apertados-. Minha boceta.
Peggy ofegou quando Geirwolf empurrou dentro dela, logo ofegou outra vez quando ele cobriu com suas mãos seus seios e começou a montar seu corpo com força. Seu
marido tinha um aspecto ameaçador cada dia, mas esta noite parecia total e absolutamente perigoso, pensou. A tatuagem do dragão que serpenteava subindo por seu braço
esquerdo parecia se mover enquanto seus músculos se flexionavam com seus impulsos.
-Mais rápido - insistiu ela. Tinha lhe dado uma semana para ordenar seus sentimentos e agora o queria tão intensamente que inclusive suas fossas nasais se alargaram-.
Me foda mais duro.
Erguido ante ela aos pés da cama com suas calosas mãos separando completamente suas pernas, Geirwolf lhe deu o que ela queria, tão duro como o queria. Seus dedos
se cravaram na carne de suas coxas e sua mandíbula se apertou com veemência enquanto enterrava seu rígido pênis dentro de seu sexo, de novo, uma e outra vez.
-Oh Deus - gemeu Peggy com sua cabeça caída para trás e suas costas arqueadas. Ela podia ouvir o som de sua úmida carne ao entrar em contato, o som de seu sexo
o sugando de volta com cada movimento ascendente-. Oh Deus.
-Goza para mim - disse Geirwolf arrastando a voz. Fez girar seus quadris e se incrustou em seu sexo mais duramente. Seus dedos se cravaram se afiançando mais
em suas coxas enquanto incrementava o ritmo, a fodendo com movimentos rápidos, desumanos-. Agora.
Peggy jogou uma olhada abaixo entre suas pernas, olhando como o pênis de seu marido se incrustava em sua carne uma e outra vez. A visão de seu corpo marcadamente
musculoso mantendo imobilizado o seu, em comparação, corpo menor diante dele enquanto seus quadris empurravam para frente e para trás, enquanto ele golpeava com
dureza dentro dela, era a coisa mais erótica em que tinha posto alguma vez seus olhos. Gozou com um forte gemido, suas costas se arquearam e seus olhos se fecharam.
-Oh Deus. -Sua cabeça caiu para trás nos travesseiros, com seus mamilos rígidos até a dor, seu corpo se convulsionando-. Oh, Meu deus.
Geirwolf a fodeu ainda mais duro então, a veia de sua jugular se sobressaindo.
-Minha boceta - disse com voz arrastada uma e outra vez como se isso fosse um mantra.
Foi primitivo com ela então, bombeando dentro e fora nela, com rápidos e violentos impulsos. A fodeu como se a estivesse marcando, igual a um animal que marca
seu território.
Geirwolf empalou seu sexo de novo, uma e outra vez. A transpiração salpicava sua testa e seus músculos se apertavam tensamente enquanto seu corpo se preparava
para o orgasmo. O olhar de prazer em sua cara, essa expressão que tão estreitamente se parecia com a dor, mantinha Peggy encantada uma vez mais enquanto ele se enterrava
nela até o punho em uma série de rápidos e profundos golpes.
-Você é minha, Peggy - grunhiu ele, apertando os dentes-. Toda minha.
Terminou com um forte gemido, seu corpo se convulsionando enquanto violentamente alcançava o clímax em seu sexo. Ela elevava seus quadris para ele todo o tempo,
utilizando o movimento para sorver todo o sêmen de seu pênis com seu sexo. E manteve o rápido e furioso movimento ascendente durante uns trinta segundos completos,
sem descansar até que ele se derrubou em cima dela com um gemido, esgotado e satisfeito.
Passou um bom momento até que qualquer deles falou. Simplesmente ficaram aí, agarrados um ao outro como se o mundo tivesse ficado louco e fossem um para o outro
como um bote salva-vidas para a prudência. Mas por outro lado, possivelmente fossem.
-Te amo, Peggy - confessou Geirwolf. Deu um suave beijo nela, primeiro em um de seus rígidos mamilos e logo em seus lábios-. Esperei toda minha vida para te
encontrar - murmurou-. E espero que um dia, logo, você chegue a se apaixonar por mim.
Peggy passou seus dedos através de seu sedoso cabelo loiro como o sol.
-Isso é, caso não o esteja já - lhe sussurrou. Suspirou-. E nunca deve assumir nada.


Capítulo 15


Dois meses depois

Tinham sido dois longos meses. A vida nos compartimentos de emparelhamento era, depois de tudo, bem aborrecida e monótona. Não havia muito que fazer uma vez
que o adestramento estava completado... além de olhar a outras aterrorizadas mulheres ser adestradas durante dias, depois esperar que seu marido viesse por você
a noite. E Oh, como tinha chegado a desejar as noites...
Geirwolf era, na falta de uma expressão melhor, a melhor transa. Era atento e possuía uma grande resistência e também havia, pensou com um pequeno sorriso, resultado
ter fixação oral... um fato sobre o que Peggy nunca se queixaria.
Mas era mais que o sexo. Também era a conversação. Falavam muito, ela e Geirwolf. Sobre tudo e nada. Sobre o insignificante e o importante. Mas sobretudo falavam
de como seriam suas vidas quando estivesse grávida e deixasse o compartimento de emparelhamento.
Andou para sua câmara privada, sabendo que Geirwolf viria por ela logo, recordando a conversação que tinham tido na última noite.
-Não posso negar que estou profundamente apaixonada por você, Wolf - disse Peggy, a mão acariciando distraidamente seu peito-. Mas tampouco posso negar o fato
de que meu trabalho com o Inupiat é importante para mim. Ou o fato que se chegar a ficar grávida, quereria que minha mãe pudesse ver seu único neto.
-Peggy - suspirou-. Desejaria que houvesse um modo de te conceder seus desejos. Entretanto minha gente literalmente me mataria se tentasse te tirar de Nova a
Noruega, embora só fosse por uma semana ou duas.
-Mas Wolf...
Ele sustentou um dedo sobre sua boca.
-O modo em que nossa gente sobreviveu todos estes anos é por seguir sendo uns desconhecidos para o mundo exterior. Ninguém que venha aqui, ninguém, tem permitido
ir uma vez que tenha posto seus olhos em Nova a Noruega a não ser que seja para se unir aos deuses. -Suspirou-. Não posso dizer que me arrependa de que seja minha,
mas o que posso fazer?
Peggy fechou os olhos, lhe afundou o coração.
-Nada, suponho - sussurrou.
Geirwolf situou sua mão no pênis ereto. Queria ter sexo de novo, qualquer idiota poderia entender, apesar disso contrariamente seus pensamentos pareciam estar
muito longe. As seguintes palavras o confirmaram.
-Os sacerdotes que servem como intermediários dos deuses declararam durante mil anos que temos que viver clandestinamente - murmurou.
A cabeça de Peggy se elevou.
-Por que? - perguntou, sinceramente interessada.
-Visões que tinham tido. Visões de uma terra futura onde as mulheres são escassas.
Seus olhos se esgotaram.
-Isso é fascinante - disse sinceramente. Era sempre a antropóloga, sempre interessada em mitos e lendas-. Assim acreditam que se mantendo sob o chão...
-...nossa gente nunca sofrerá esta fome de fêmeas -terminou Geirwolf-. Por isso continuamos engendrando o número de mulheres que os deuses planejaram, em vez
de nos tornamos iguais aos depravados vivem sobre o chão.
Peggy ruminou sobre isso, intrigada pelas profecias que tinham alimentado a invenção desta cultura fazia milhares de anos.
-Interessante - murmurou.
E, uma vez mais, Peggy tinha abandonado o tema de sua carreira e sua mãe. Mas inclusive quando tinha cedido também se deu conta que, indevidamente, o tema retornaria
de novo. Como esta noite.
Peggy suspirou enquanto se deixava cair na cama. Tinha um montão de sentimentos nadando por seu cérebro, todos eles provinham do conhecimento de que estava grávida.
Grávida, pensou com seu coração palpitando. Estava bem grávida. Ivara lhe tinha dado as excitantes notícias esta manhã depois de ter feito algum aparentemente
primitivo, embora altamente certeiro, teste. A estas alturas inclusive Geirwolf devia sabê-lo, meditou. Então como se sentia ela a respeito?
Peggy passou os dedos pelo cabelo, se fazendo essa pergunta um milhão de vezes desde que lhe tinham dado a notícia de que estava a ponto de deixar os compartimentos
de emparelhamento no dia seguinte e ir com Geirwolf a seu lar. Por um lado estava eufórica, não só porque ia deixar o aborrecido compartimento, mas também porque
estava encantada com a idéia de ter um bebê.
E não só o bebê de qualquer homem, Peggy... o bebê de Geirwolf.
Geirwolf. O queria... estava apaixonada por ele. Se colocou sob sua pele justo como tinha sabido o que faria e lhe tinha roubado o coração junto com seu corpo.
E, como Geirwolf havia predito uma vez, agora ela elevava as mãos para ele pelas noites, querendo que a abraçasse, que a amasse.
Peggy mordeu o lábio inferior, seus pensamentos feitos uma confusão. Por um lado estava eufórica por estar grávida, por outro lado estava aterrorizada. Estando
grávida, depois de tudo, fazia que sua vida em Nova a Noruega parecesse mais... real. Mais real e mais permanente. Agora era autenticamente de Nova a Noruega, um
casal completo para o homem que algum dia governaria às pessoas daqui. Não sabia como se sentir sobre isso.
Estar grávida também significava algo mais, algo que fazia que lhe enchessem os olhos de lágrimas pensando sobre a realidade disto...
Estar grávida significava passar pelo parto, e depois através das alegrias e penas da maternidade, sem compartilhar as experiências com sua própria mãe. Sabia
que Geirwolf não gostava de falar sobre essas coisas porque se sentia como se tivesse as mãos atadas no que concernia a sua mãe, mesmo assim Peggy sabia que uma
grande tristeza viveria sempre dentro dela sem sua mãe em sua vida.
Ao crescer, sua família havia possuído pouco dinheiro mas muito amor. Sua mãe tinha procurado dois trabalhos depois que seu pai morreu só para conservar comida
na mesa e uma casa sobre suas cabeças. Também tinha partido o pescoço trabalhando para que Peggy fosse à universidade. O fato de que estivesse tão perto de se converter
em uma Doutora em Filosofia era um motivo de orgulho que sua mãe tagarelava com qualquer que escutasse... inclusive para aqueles que não escutavam.
Peggy sorriu, lhe sobressaltando a nostalgia sempre que recordava a sua mãe. Como poderia estar totalmente em paz, pensou, quando sua mãe alguma vez posaria
seus olhos em seu único neto?
-Olá pequena mami.
Peggy elevou o olhar de onde estava sentada na cama a um Geirwolf sorridente. Seus olhos se iluminaram quando o viu, como sempre faziam. Estava sustentando um
presente envolvido em um suave cobertor, o qual só podia assumir que estava destinado a ela. Supunha que o presente eram provavelmente os braceletes de ouro que
dava às mulheres para levar quando deixavam os compartimentos de emparelhamento.
-Olá.
Os olhos de Geirwolf se esgotaram. Seu olhar passou sobre seu corpo nu e então de volta a sua cara.
-Está... diferente hoje. -Sua expressão era estóica como sempre, mesmo assim a incerteza rondava os olhos azuis de Wolf-. Não tão feliz como esperava que estivesse
- murmurou.
-Não... não! Estou muito feliz! -assegurou rapidamente. Deu de ombros, olhando ao outro lado-. Só que não completamente feliz se souber ao que me refiro.
-Sua mãe?
Assentiu.
-Sim.
Suspirou enquanto se sentava perto dela na cama. Esteve calado durante um momento, mas depois disse:
-Quero que esteja completamente feliz com respeito a este bebê... nosso bebê. Fizemos juntos este bebê e ele ou ela merece nossa devoção.
-Oh, Wolf isso sei - Peggy meneou a cabeça-. Como pode pensar que eu...?
Ele posou um dedo caloso sobre seus lábios.
-Não penso isso. -Sorriu-. Mas quero que seja feliz. -Suspirou como um mártir, resmungando algo sobre as nefastas profundidades nas que um homem se afundaria
por sua mulher-. Sua mãe... é viúva?
-Pois sim. -A testa de Peggy se enrugou-. Por que?
-Só precisava estar seguro - murmurou.
Peggy ofegou.
-Vai roubá-la?
-Sim - disse sem se desculpar-. Já que esta é a única forma de que seja feliz.
Não sabia se chorava ou ria.
-Roubá-la? -sussurrou para si, os sentimentos a toda velocidade.
O pensamento de sua mãe vivendo aqui (e sendo forçada a andar por aí nua pelo amor de Deus!) competiam em sua mente com o pensamento de sua mãe limpando as casas
de gente rica cada dia, todo o dia para chegar ao fim do mês. E, pior ainda, acreditando que sua única filha estava morta...
-Faça-o - murmurou Peggy, desejando estar tomando a decisão correta. Sua mãe era uma mulher formosa. Os guerreiros daqui rastejariam para consegui-la-. Só me
prometa que não terminará nas Comuns ou no Calabouço da Vergonha. -suas focas nasais se alargaram-. O digo a sério.
Geirwolf pestanejou.
-Por que não gostaria das Comuns? E que diabos é um Calabouço da Vergonha?
Peggy se zangou.
-Não se faça de ignorante. Ivara nos levou a ambos os lugares e sei o que são.
Geirwolf sorriu lentamente. Estava começando a ocorrer a ele como era que Ivara era capaz de romper a resistência das noivas em questão de horas. Mentia para
elas.
-Me ilumine.
Peggy lhe contou sobre sua experiência nas Comuns e sobre como os homens aí tocavam a qualquer mulher que queriam. Contou-lhe sobre o demônio de olhos azuis
que a tinha colocado sobre seu regaço e lhe tinha dado um susto de morte. (Geirwolf teria um largo bate-papo com seu irmão o demônio de olhos azuis). E então lhe
contou a respeito das mulheres que tinham estado pendurando em jaulas no Calabouço da Vergonha, abertas de braços e pernas para o uso de qualquer homem que as quisesse.
Quando tinha terminado de falar, para seu descontentamento, Geirwolf estava rindo tão forte que tinha lágrimas nos olhos.
-Como pode rir disso? -chiou Peggy-. É deplorável! -Esta era a primeira vez que lhe tinha visto rir e tinha que admitir que o fazia de um modo sexy.
Geirwolf sorriu de orelha a orelha enquanto sentava seu corpo nu em seu regaço.
-Tudo isso eram mentiras que Ivara inventou. De verdade, o Calabouço da Vergonha nem sequer existe. -Riu entre dentes de novo-. Agarraria a algumas de suas amigas
viúvas para estas pequenas atuações com o fim de assustar às noivas para que cedessem. -Elevou uma sobrancelha-. Bastante engenhoso se me perguntar isso.
Peggy enrugou a testa.
-Não posso acreditar que fui enganada com isso.
-Me alegro que fosse - brincou-. Morria por criar contigo.
Meneou a cabeça, mas não pôde evitar sorrir amplamente ante isso.
-E as Comuns?
A expressão de Geirwolf se voltou séria.
-É um lugar real, mas nada não censurado acontece ali. -deu de ombros-. Só as viúvas não atadas a nenhum guerreiro têm permissão para ir ali. É um lugar onde
elas podem fazer algo que queiram, semear sua aveia silvestre por assim dizê-lo, antes de se assentar com outro guerreiro.
-É pelo que seu pêlo púbico está barbeado? Isso significa que são viúvas?
-Hã-ã... sim.
Peggy ruminou sobre isso por um momento. Supunha que tudo tinha sentido. As fêmeas com as quais tinha estado se adestrando que tinham sido nativas de Nova a
Noruega não tinham sabido sobre o que acontecia em tal lugar porque eram muito jovens para sabê-lo, assim que isso explicava seu medo tão parecido ao das que não
eram nativas.
Pôs os olhos em branco e suspirou.
-Ivara é uma inventora inteligente, concedo isso a ela.
Geirwolf riu entre dentes ante isso.
-Assim parece. -Tirou Peggy de seu regaço e se levantou-. Venha. Podemos discutir isto depois de que a tiremos fora deste maldito compartimento de emparelhamento.
Estive te esperando para que seja transportada a nosso lar pelo que parece um ano.
Peggy sorriu, seu escuro acento meditabundo soava mais sexy que nunca.
-Eu também. -Não podia esperar para deixar o compartimento. Queria descobrir se Michelle se estabeleceu bem, queria ver sua mãe, e admitiu, queria estar com
seu marido em tempo completo.
O corpo de Geirwolf se endureceu. Seus olhos procurando os dela.
-Está realmente feliz com o do bebê? -murmurou.
-Oh, sim. -Sorriu amplamente, então brandamente aplaudiu seu abdômen-. Não posso esperar para ter seu bebê, Wolf. Desejo que seja uma menina para que assim possa
fazer de sua vida um inferno.
Ele sorriu ante isso.
-Não me importaria - disse brandamente-. A amarei. Como amo a você.
Peggy se pôde nas pontas dos pés e beijou a ponta de seu nariz.
-Me alegro de que me ame. -Sorriu-. Porque eu também te amo.


Epílogo


5 Anos depois...

Peggy Brannigan Valkraad tinha vivido uma vida encantadora até agora, uma vida que parecia se voltar mais e mais encantada cada dia. Cinco anos e dois meninos
mais tarde, Geirwolf e ela estavam mais satisfeitos do que tinham sonhado.
-Pensa que terá finalmente uma menina? -perguntou Michelle com um sorriso enquanto sua mão acariciava distraidamente seu próprio ventre redondo. Michelle estava
grávida de seu quarto filho e Peggy de seu terceiro.
Peggy sorriu abertamente enquanto caminhavam juntas para os postos de troca.
-Espero que sim. Naturalmente, Wolf prometeu a seu irmão Bjorn que se este era um menino o chamaríamos como ele já que chamamos a nossos dois primeiros filhos
como seu pai e seu irmão mais velho.
-Aevar e Arne são pequenos patifes. Não estou segura de que precise incluir outro macho Valkrrad em suas filas - Michelle tirou o sarro.
Peggy riu entre dentes.
-Bastante certo. Minha mãe e eu esperamos uma garota desta vez.
-Com tudo isto, como esta sua mamãe? -perguntou Michelle enquanto caminhavam dentro da cova do lojista.
-Estupenda! -disse Peggy felizmente. Recordou quando sua mãe tinha chegado pela primeira vez à Nova a Noruega fazia pouco mais de quatro anos, justo antes de
ter dado a luz ao Arne. Sua mãe tinha caído quase imediatamente pelo tio de Geirwolf, embora tinham tido que pressioná-la para que o admitisse. Mas isso era outra
história -. Está grávida sabe? -Peggy sorriu abertamente-. Vou ser uma irmã de novo!
Michelle ofegou.
-Ninguém me disse isso! Isto é genial!
-Sim. -Peggy riu-. Embora mamãe ainda jure que ela é muito velha para estar parindo bebês como uma selvagem. Já sabe, sem anestesia.
As duas amigas riram, logo se aventuraram mais para dentro da cova do lojista. Peggy descobriu Geirwolf quase imediatamente, seus dois pequenos sentados sobre
seus amplos ombros, indicando os comestíveis que queriam.
Peggy riu quando os olhos azuis de lobo de seu marido encontraram seu olhar. Tinham passado ao redor de cinco anos e se sentia mais atraída por ele agora que
então.
-Necessita ajuda, tipo grande? -brincou.
Geirwolf lhe piscou os olhos.
-Melhor que o acredite. Estes dois pequenos guerreiros querem tudo o que vêem. Porcos, ambos.
Ela riu entre dentes ante isto. Girou para Michelle e a abraçou em despedida, prometendo visitar a caverna dela e de Ragnar essa noite para jogar cartas depois
que os meninos fossem à cama.
Os olhos de Peggy voaram no exterior da cova do lojista para a porta de pedra coberta por gelo que se encontrava a poucos metros de distância, ocultando Nova
a Noruega do resto do mundo. Sorriu com nostalgia, recordando o dia não muito longínquo quando tinha sido tirada de seu lar por esse muito mesmo portal.
-Vem, meu amor? -perguntou Geirwolf desde atrás-. Quero trocar este pão. O que pensa?
Peggy se voltou sobre seus pés pintados, esquecendo a porta coberta por gelo.
-Penso que te amo - murmurou ela. Rindo ante seu rubor- Mais e mais cada dia.
-Eu também te amo - disse Geirwolf brandamente, baixando os lábios para roçá-los contra os seus- E te mostrarei quanto esta noite.
Peggy suspirou contente com um sorriso sonhador enquanto ele entrelaçava seus dedos com os seus. Geirwolf e Peggy Valkraad caminharam de mãos dadas de volta
ao interior da cova do lojista com seus dois filhos felizmente sentados sobre os ombros de seu pai.

Fim





1 Arma antiga, formada de arco, cabo e corda, com que se disparavam pedras ou setas.
2 Transferência mútua e simultânea de coisas entre seus respectivos donos.
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