quarta-feira, 26 de julho de 2017

{clube-do-e-livro} . P. Baçan - corpos em chamas, L. P. Baçan - ardente e gostosa, L. P. Baçan - casa nova moderno, L. P. Baçan - conjugue o verbo amar, L. P. Baçan - consultório sexual

COLEÇÃO SUSPENSE E MISTÉRIO

CORPOS EM CHAMAS

L P BAÇAN



1998
LONDRINA - PR
_______________________


Capítulo l


Data: 3 de julho de 1951.
Local: Saint Petersburg, Estado da Flórida.
Ocorrencia: Nesta manhã, por volta das 6:00 horas, recebi um chamado
da central, mandando-me atender uma ocorrencia na Rua Flower. Dirigi-me ao
local, onde percebi um ajuntamento diante do nomero 1416. A Sra. P.M.Jones,
vizinha da casa onde verificara-se a ocorrencia, aproximou-se e informou-me
que algo acontecera a Sra. Mary Plumber, moradora no endereço acima.
Segundo ela, um mensageiro da Wester Union tentara entregar um
telegrama a Sra. Plumber, mas esta não atendera a campainha nem aas batidas
na porta. O referido mensageiro procurou a Sra. Jones, pedindo sua ajuda.
Foram juntos atée a casa e, ao tentar abrir a porta, perceberam que a
maçaneta estava muito quente. Quando entraram, com a ajuda de alguns
operários que estavam trabalhando ali perto, encontraram sinais de
incendio, cinzas humanas e um cranio encolhido pela ação do fogo. Nem ela
nem o mensageiro conseguiram entender o que havia acontecido. Isolei a
aarea, chamei o rabecão, depois entrei na casa. Tudo estava em ordem na
sala, apesar de estar muito quente, a despeito da temperatura amena do lado
de fora. Um cheiro de queimado muito intenso vinha de um dos quartos da
casa. Fui ate láa. O aposento estava muito quente, apesar de ter suas
janelas totalmente abertas. Perto de uma dessas janelas havia um amontoado
de madeira carbonizada, lembrando o formato de uma cadeira. Junto dessa
madeira queimada havia muita cinza e uma cabeça humana, só que menor que o
normal, totalmente carbonizada tambem. Havia uma mesa com um abajur a um
canto, segundo a Sra. Jones, que estava totalmente queimada tambem. Havia
fuligem na parede, do lado da cadeira apenas, começando a cerca de um metro
do assoalho. A tomada eletrica estava derretida. Um relógio eletrico,
ligado naquela tomada, mas intacto sobre o criado-mudo ao lado da cama
marcava 4:20 horas. Do outro lado do aposento, sobre uma comoda, havia um
castiçal com 3 velas, todas derretidas, atestando que o fogo fora muito
forte. Apesar disso, as roupas de cama estavam intactas, bem como as
cortinas.
Conclusão: Impossível afirmar o que aconteceu naquele quarto. Se
fosse fogo, todo ele teria se queimado. Estranhamente, parece que apenas o
corpo da Sra. Plumber, a cadeira onde ela estava sentada e a mesinha com
abajur ao lado se queimaram. Apesar da fuligem na parede e da janela estar
aberta, as cortinas não queimaram.
Assinado: S.J.Spencer, Ajudante Comissionado, Nível IV.

* * *

Laudo Tecnico
Ocorrencia: Rua Flower, 1416.
Dados Preliminares: Residencia construída em alvenaria, em bom estado
de conservação. Fiaçoes eletricas compatíveis e vistoriadas. Quarto
principal: sinais de carbonização, possivelmente de uma cadeira, uma
mesinha e um abajur. Cranio encolhido, possivelmente pertencente a Sra.Mary
Plumber, juntamente com cinzas humanas. Identificação impossível. Arcadas
dentarias totalmente destruídas pelo fogo. Não hasinais da origem do fogo.
Tempo na noite do acontecimento bom, sem nuvens ou registros de descargas
eletricas. Peso estimado da vítima, segundo descriçoes da vizinha e do
filho: 75 quilos, necessitando de altas temperaturas para ser carbonizado,
o que fatalmente provocaria incendio na madeira da casa ou no resto dos
móveis e cortinas.
Conclusão: ????????

* * *

A casa estava abandonada havia mais de quarenta anos. O mato crescera
no jardim e nos fundos, envolvendo a casa e escondendo-a das vistas dos
outros vizinhos. Normalmente eles teriam protestado contra o desleixo, mas,
naquelas circunstancias, preferiram ver o mato cobrí-la, afastando-a de
suas vistas e ocultando, com isso, aquele misterio e aquele medo que haviam
se instalado no bairro.
As pessoas mudaram-se. Richard Plumber, o onico filho da Sra. Plumber
mudara-se para Nova Iorque, com a esposa e os filhos. Estes, por sua vez,
tambem haviam se casado e tido seus filhos. No início de 1995, Richard
faleceu e seus bens foram divididos entre os herdeiros.
Norma Plumber, neta de Richard, estranhou aquele documento no meio
dos papeis que seu pai trouxera da casa do avo.
-- Pai -- disse ela. -- Pelo que esta escrito aqui, o vovo tinha uma
casa em Saint Petersburg ainda.
-- Tinha? -- surpreendeu-se ele. -- Nunca comentou nada.
-- Pois esta aqui. Inclusive com os taloes dos impostos anuais pagos,
ate o deste ano.
-- Interessante... Nem fez parte do testamento. Por que ele
esconderia isso? -- intrigou-se Patrick Plumber, apanhando o papel. -- Sei
que papai nasceu nessa cidade, mas não sei porque mantinha essa casa la.
-- Que acha de tentarmos descobrir o que ha por tras disso? Se a casa
existe, deve valer um bom dinheiro. Pode estar alugada. Alguem deve estar
recebendo esse dinheiro... Não sei, acho que deveríamos ver isso.
-- Vou pedir ao meu advogado que tente descobrir alguma coisa --
decidiu ele.
Alguns dias mais tarde, quando retornou do trabalho, Patrick procurou
pela filha. Moravam os dois no apartamento. A esposa de Patrick havia
falecido alguns anos antes.
Norma estava em seu quarto, estudando para as provas de final de
período.
-- Norma, recebi notícias sobre a casa. Ela existe realmente e esta
em nome de minha avó, Mary Plumber. Só que esta totalmente abandonada.
Segundo o meu advogado, com a anuencia dos herdeiros e com o atestado de
óbito da vovó, podemos vende-la e dividir o dinheiro.
-- Que ótimo, pai! O que pretende fazer?
-- Quando terminar as suas provas?
-- No final de semana, por que?
-- Pensei em tirar uma semana de ferias. Poderíamos ir para la e
resolver este assunto. O que me diz?
-- Vou adorar -- afirmou ela.
-- Então esta decidido. Vou providenciar as passagens. Que tal irmos
no domingo?

* * *

Charles Root, ajudante comissionado do xerifado no Condado de Saint
Petersburg, sentou-se diante da mesa do computador e ficou olhando admirado
aquele interessante aparelho. Todos os arquivos da Polícia local haviam
sido resumidos naquela modernidade, após um trabalho exaustivo de meses.
Tudo o que desejasse estava ali, na ponta de seus dedos. Bastava procurar e
encontrar.
-- Tudo perfeito agora? -- indagou Edward Weller, o xerife, olhando
por sobre o ombro dele.
-- Sim, tudo que possa imaginar, xerife. Alem de todo o arquivo
legível do xerifado, estamos ligados com os computadores das principais
cidades do país, inclusive do FBI. Se quisermos mandar um alerta nacional,
nós o faremos e imediatamente todos os outros o receberão.
-- Bom, eu só acredito vendo, Charlie, voce me conhece. Desde o
início, quando voce propos isso, achei que não levaria a nada. Mostre-me,
agora, uma prova pratica de que isso pode nos ajudar nas investigaçoes, por
exemplo.
O rapaz pensou por instantes.
-- Quer ver uma coisa? -- indagou, digitando alguns dados no
computador. -- Estou pedindo aqui uma lista de crimes insoluveis que
constam em nossos arquivos.
Feito isso, Charles aguardou e, pouco depois, o computador foi
imprimindo uma relação com nomes das vítimas, datas e causa da morte.
-- Certo. Mas onde isso nos leva? -- questionou o xerife.
-- Calma, xerife, não terminei ainda -- falou o rapaz, continuando a
digitar. -- Temos agora um quadro estatístico com as armas utilizadas para
esses crimes -- informou ele.
-- Veja aqui, xerife. Em 1960, tivemos seis crimes onde foram
utilizadas armas calibre trinta e oito. Não parece significativo? Não
poderia ser um assassinato em serie? Poderíamos voltar a investigar esses
casos e cruzar as informaçoes.
-- Acha que isso pode nos levar a algum lugar?
-- Posso investigar. O que me diz?
-- Va em frente. Talvez tenhamos alguma coisa para mostrar ao
prefeito e justificar o gasto feito -- afirmou o xerife, sempre avesso as
modernidades.
Para ele, as investigaçoes tinham de ser feitas no velho estilo. Via,
no entanto, que os tiras como ele, da velha geração, estavam chegando ao
fim. Logo ele estaria se retirando e o lugar ficaria para tiras com novos
recursos, modernos e avançados como Charles Root.
Deixou seu ajudante a vontade e foi cuidar de outras coisas. Charles
ficou ali, olhando a tela do computador, percebendo algo interessante. Nos
oltimos cinquenta anos, diversas pessoas haviam morrido supostamente
queimadas em incendios sem muita lógica.
Digitou alguma coisa no teclado e aguardou. A maioria das pessoas
mortas em incendios eram mulheres. Cruzou informaçoes. As mortes haviam
acontecido com intervalos de no maximo tres meses, mas, em 1970, chegaram a
acontecer com um intervalo menor, de ate quinze dias.
Por outro lado, nos ultimos dez anos, nenhum outro caso havia
ocorrido na cidade. Achou tudo aquilo muito interessante e pensou fazer,
mais tarde, uma pesquisa mais completa sobre o assunto.
Dedicou-se a analisar aqueles crimes de 1960, onde todas as vítimas
haviam sido baleadas por um trinta e oito. Percorreu os relatórios
balística, tentando compara-los, mas não pode localizaa-los. Simplesmente
não faziam parte dos arquivos.
-- Maldição! -- praguejou ele, pensando por instantes.
Os crimes haviam acontecido ao longo do ano, com intervalos de ate
tres meses, sendo que o oltimo fora com um intervalo menor.
Procurou por esse na memória do computador. O relatório da ocorrencia
estava ali. Um homem morrera com um tiro na cabeça, com todos os indícios
de tratar-se de um suicídio, jaque havia traços de pólvora em sua mão e
queimadura em sua boca, onde pusera o cano ao disparar.
Seu corpo fora retirado do Rio Peters, poucas horas após a morte.
Como não localizaram a arma usada nem descobriram o local onde a morte
aconteceu, o crime foi arquivado como insoluvel.
Anotou o nome do oltimo morto. Após ele, as mortes com aquelas
características haviam cessado. Percebeu, tambem, que todas as vítimas, com
exceção da ultima, haviam sido baleadas nas costas, sempre com tres tiros
ao mesmo tempo.
Era intrigante isso. Indicavam um padrão. Se naquela epoca tivessem
feito um exame balístico, os projeteis comparados poderiam dar mais alguma
pista.
Concentrou-se, porem, no nome do oltimo morto, o do provavel
suicídio. Seu nome era Daniel Bovet, funcionario do First Bank of Saint
Petersburg, com trinta anos na data de sua misteriosa morte.
Isto era tudo que tinha de informação sobre a pessoa. Nos relatos das
testemunhas que o conheciam, nada surge de revelador. Daniel Bovet não
estava envolvido em nenhum desfalque, conforme declaraçoes do presidente do
Banco. Assim, nada justificava seu tresloucado gesto nem ligava-o com os
demais crimes do Trinta e Oito.
-- O que esta fazendo? -- indagou Anna Whiple, sentando-se ao lado
dele.
Anna fora uma das principais apoiadoras de sua ideia de informatizar
o xerifado, uma ideia inicialmente absurda numa comunidade tão conservadora
como aquela, perdida no interior do Estado da Flórida.
A garota graduara-se em Criminologia e ocupava o posto de
investigadora. Quando fora admitida, todos a olhavam com reservas,
duvidando que uma mulher poderia ser mais astuta que um homem numa
investigação.
Em pouco tempo ela provara o contrario. Logo em sua primeira missão,
seguiu pistas que foram desconsideradas pelos investigadores veteranos. A
princípio ainda zombaram dela e de sua preocupação com detalhes tão
insignificantes.
Pouco a pouco, porem, com indícios inexpressivos ela foi montando
toda a sequencia do crime e, quando apontou e prendeu sozinha o culpado,
ganhou o respeito de todos. A partir daí, Anna ganhou seu lugar e ocupou
seu espaço dentro do xerifado.
Era jovem ainda, beirando os vinte e cinco anos, solteira e morava
sozinha. Entre ela e Charles havia uma grande amizade. Talvez mesmo algo
mais que uma grande amizade, mas, inexplicavelmente, ambos ainda não haviam
tido a oportunidade de perceber isso. Continuavam convivendo como amigos,
mas a maneira como comportavam-se um com o outro era por demais reveladora.
-- Estou pesquisando crimes antigos - informou ele.
-- Que fascinante. O que temos aí?
-- Seis mortes em 1960, todos com uma arma do mesmo calibre. A ultima
delas tem todos os indícios de ser um suicídio, enquanto nas demais as
vítimas foram baleadas tres vezes nas costas.
-- Isso e significativo. Temos um padrão. Ha estudos balísticos?
-- Infelizmente, não. Os crimes começaram em março e terminaram em
dezembro, tão inexplicavelmente como começaram.
-- Informaçoes sobre as vítimas?
-- Apenas as informaçoes-padrão. O que faria se fosse investigar
esses crimes agora? -- indagou ele.
-- Bom, se eu fosse investigar isso, começaria por tentar estabelecer
o motivo. Alguma coisa aconteceu no início de 1960 e em dezembro daquele
ano...
-- Em dezembro morreu a sexta vítima.
-- Suicídio, não crime.
-- Não consigo separa-lo das outras mortes. Imagine que alguma coisa
realmente aconteceu no início do ano e que Daniel Bovet resolveu matar
cinco pessoas, por motivos que desconhecemos, suicidando-se depois. Talvez
uma vingança, talvez um acerto de contas, alguma coisa assim.
-- Não e uma teoria de se jogar fora. Se Daniel tinha um motivo para
matar os outros cinco, só temos que chegar a ele para matar todo o caso.
-- Acha que pode ser tão simples assim?
-- As coisas normalmente são simples demais, Charlie. A nossa miopia
e que complica tudo, sabia? Não existe um crime perfeito. Sempre sobram
pistas...
-- Ha exceçoes...
-- Difícil...
-- Mas não impossível. Quer ver uma coisa? -- indagou ele, pedindo
uma informação ao computador. -- Olhe aqui -- acrescentou, quando a
informação surgiu na tela.
-- O que temos aqui? -- indagou ela, interessada.
-- Todas as mortes por fogo nos ultimos quarenta anos. Veja que
interessante este caso. Vou pedir o relatório do oficial que atendeu a
ocorrencia, depois o do perito.
-- Absurdo! -- exclamou ela, após ler o relatório daquela ocorrencia.
-- Achou isso um absurdo? Veja o que diz o perito -- acrescentou o
rapaz, pedindo a informação seguinte.
Anna leu a interessante conclusão do tecnico que analisara o caso.
-- Fico admirada de ver que ele assinou o documento ainda -- comentou
ela.
-- E por que não deveria? Foi o que ele pode dizer de tudo aquilo.
Acho ate que ele foi muito coerente. Poderia ter afirmado simplesmente que
fora um curto circuito ou um cigarro deixado aceso. Ao inves disso,
preferiu reconhecer sua ignorancia. Convenhamos, Anna. Não acha tudo isso
muito estranho? -- indagou ele, encarando-a.
Estavam bem próximos um do outro. Como sempre fazia, ele a olhou com
uma ternura indisfarçavel, detendo-se em seus olhos, na curva de suas
sobrancelhas, no desenho delicado e sensual de seus labios carnudos, na
maneira especial que ela possuía de ficar mordiscando a haste dos óculos.
-- Deve haver algum engano... -- comentou ela. -- Não e lógico...
-- Ja ouviu falar de combustão espontanea, Anna? -- indagou ele.
-- Ora, Charlie, isso e tolice.
-- Não, eu li, um dia desses, numa dessas revistas de assuntos
místicos que ha casos relatados de pessoas que simplesmente pegaram fogo e
foram consumidas ate virarem cinzas.
-- O que não foi o caso dessas pessoas aí. Nenhuma delas apareceu na
revista, apareceu?
-- Não, mas isso não significa que não possa ter acontecido o mesmo
com elas.
-- Esta bem, Charlie, não vou discutir com voce. O ser humano e
basicamente constituído deaagua, compreende? Desidrate-o e tera muito pouca
coisa de resto. Imagine voce uma mulher de setenta e cinco quilos pegando
fogo! Da para acreditar?
Charles pensou por instantes. Analisando sob aquele angulo, Anna
tinha toda razão.
-- É, mas Shakespeare disse que havia mais misterios entre o ceu e a
terra do que poderíamos imaginar.
-- Foi uma citação, dentro do contexto de uma peça teatral, não uma
verdade absoluta. Dapara separar as duas coisas?
-- Esta bem, eu desisto. Não dapara discutir com voce -- riu ele,
entregando os pontos.


Capítulo 2


O Hospital Central de Saint Petersburg havia acabado de passar por
uma total reestruturação. Alguns setores foram remodelados e ampliados,
outros foram criados e o Departamento de Pesquisa, paralisado havia mais de
vinte anos, estava sendo de novo incentivado. Toda a diretoria anterior
havia sido substituída.
Gary Ridgewood, após completar seu doutorado, estava assumindo a
chefia desse departamento, juntamente com uma equipe que ele escolheria
pessoalmente.
Naquela manhã agradavel de começo de verão, ele estava no gabinete do
diretor geral do hospital, assumindo definitivamente seu posto.
-- Quero parabeniza-lo, Gary, pelo sucesso. Li sua tese de
doutoramento sobre o Hormonio Ridgewood, que seu avo vinha pesquisando,
quando faleceu. É simplesmente fantastica! E esta no caminho certo. Temos
aqui na Flórida o maior percentual de população idosa por metro quadrado.
Miami tem se caracterizado como a capital da aposentadoria. Imagine as
possibilidades comerciais desse hormonio, caso consiga produzí-lo
industrialmente. Pode estar certo que nosso hospital tem o maior interesse
na continuidade das pesquisas, pondo, inclusive, a sua disposição, o
próprio laboratório que foi de seu avo.
-- Agradeço-o por isso, Dr. Cooper. Para mim vai ser uma honra e um
privilegio trabalhar aqui, onde meu avo trabalhou e, quem sabe, encontrar
suas anotaçoes sobre as experiencias que vinha fazendo.
-- Se estiverem no laboratório, temos certeza que voce as encontrara
la. Nada foi mexido. A administração anterior tinha uma verdadeira fobia
por causa daquele laboratório. Jamais entendi o motivo. Agora ele é seu.
Deve precisar de reformas e adequaçoes. Converse com alguem do Departamento
de Administração. Eles lhe darão as chaves e poderão tambem ajuda-lo nas
mudanças que pretender fazer, alem de dar instruçoes sobre o processo de
seleção de pessoal.
--Sobre isto, neste momento inicial do projeto, gostaria de trabalhar
sozinho. Assim que tiver algo realmente sólido a respeito, dimensionarei
minha necessidade de auxiliares. Algum inconveniente nisso?
-- Não, de forma alguma, desde que não retarde a produção de nosso
importante hormonio -- falou o diretor, com olhos cheios de cobiça.
Ninguem, em sã consciencia, deixaria de incentivar um projeto de
desenvolvimento de um medicamento que retardasse o envelhecimento. Sua
produção e venda geraria, sem duvidas, milhoes para seu inventor e para o
laboratório que o produzisse. O Dr. Cooper queria que o laboratório do
hospital fosse esse felizardo. Certamente haveria dinheiro para todos
naquela empreitada.
Gary agradeceu e deixou o gabinete do diretor. Andou pelos corredores
do hospital com familiaridade. Durante a elaboração de sua tese, estivera
ali algumas vezes, tentando ter acesso as anotaçoes de seu avo, que tentara
a produção do hormonio. A antiga diretoria jamais permitira isso.
Agora não importava mais. Aqueles velhos estupidos possivelmente
estariam, em breve, usufruindo dos resultados de suas pesquisas e
retardando o próprio envelhecimento. Se tivesse colaborado antes, mais cedo
teriam o maravilhoso produto.
Gary acreditava firmemente no sucesso de seu experimento.
Tecnicamente ele fora provado e sua produção pelo corpo humano dependia de
um estímulo a ser fornecido sinteticamente. Toda a sua tese estivera
embasada em provar a existencia do hormonio. Toda a sua preocupação agora
estava em produzir esse elemento sintetico que estimularia a sua produção.
Nele seu avo havia trabalhado e feito importantes pesquisas, ao longo de
mais de vinte anos. Ele queria ter as anotaçoes em suas mãos. Sabia que
estaria ganhando tempo com elas.
Alguma coisa não vinha dando certo nas experiencias de seu avo, mas
ele não sabia de que se tratava. No material que havia conseguido retirar
do hospital percebia-se isso. As mais importantes notas e resultados, no
entanto, estavam la, no laboratório que ele iria visitar em seguida.
Foi ate o Departamento Administrativo.
-- Bom dia! -- cumprimentou ele a recepcionista. -- Meu nome e Dr.
Gary Ridgewood e estou assumindo o Departamento de Pesquisas. Preciso das
chaves do laboratório.
-- Oh, sim, doutor. Sabíamos que viria. Nossa chefe gostaria de
conhece-lo. Pode aguardar um instante?
-- Sim, claro -- concordou ele.
Enquanto a recepcionista ia ate a sala ao lado, Gary caminhou pela
sala despreocupadamente. Havia algumas fotos nas paredes, mostrando antigas
equipes. Sorriu ao reconhecer seu avo numa delas.
-- A semelhança e incrível, não? -- comentou uma voz feminina atras
dele.
Voltou-se para olhar a bela e elegante figura de Linda Hart, a
administradora do hospital.
-- Linda Hart? Voce e a administradora? -- surpreendeu-se ele.
-- E por que não? -- retrucou ela, avançando com a mão estendida.
Um perfume discreto e agradavel precedeu-a. Gary apertou com
satisfação a mão firme e macia da jovem, que o olhava nos olhos o tempo
todo.
Haviam sido colegas na Universidade. Linda dedicara-se a
Administração Hospitalar, onde graduara-se com louvor. Para ele, nada
poderia ser mais conveniente que ter uma amiga naquele importante posto do
hospital.
-- Quando soube que voce assumiria o Departamento de Pesquisas,
fiquei absolutamente maravilhada. Seria ótimo poder reve-lo -- confessou
ela.
-- E nada me surpreendeu tão agradavelmente que encontra-la aqui.
Voce continua linda... Alias, esta ainda mais linda. Casou-se?
-- Não, não tive tempo ainda. Ate agora sempre pensei em minha
carreira. Penso que, finalmente, poderei me dedicar a certos aspectos de
minha vida pessoal que deixei abandonados ao longo do tempo. E voce, casou-
se?
-- Somos iguais nesse ponto, sabia? Tambem pus minha carreira a
frente de tudo.
-- Bom, sorte a nossa. Se nada der certo, pelo menos poderemos contar
um com o outro, ja que somos tão iguais.
-- E poderíamos começar com um jantar esta noite. O que me diz?
-- Digo que adoro a ideia -- riu ela, com aqueles olhos azuis
brilhando deliciosamente e os cabelos longos e bem cuidados esvoaçando ao
redor de seu rosto de uma beleza invulgar. -- Esta assumindo hoje?
-- Agora.
-- Otimo! Quer ir conhecer o laboratório? Tenho as chaves comigo e
gostaria de ir junto. Não conheço o lugar ainda, por incrível que pareça.
Se houver necessidade de alguns reparos ou providencias, cuidarei disso
imediatamente.
-- Então vamos. Ha muito tempo não caminho ao seu lado -- comentou
ele.
-- Foram tempos agradaveis -- confessou ela, apoiando-se no braço
dele.
Avançaram pelos corredores do hospital, conversando sobre os tempos
de estudantes, ate uma ala isolada, num predio que recebera uma nova
pintura exterior, mas não perdera o ar um tanto sinistro que parecia
residir em suas janelas estreitas e em sua porta de folhas de aço.
-- Fica isolado do corpo do hospital. Isso garante-lhe privacidade,
alem de ter estacionamento próprio. Acho que poderíamos providenciar uma
passarela coberta ligando-o ao hospital, caso precise passar de um para
outro e esteja chovendo. O que me diz?
-- Muito pratico, concordo.
-- Providenciarei -- riu ela.
Chegaram a porta. Linda entregou as chaves a ele, que localizou a
correta e abriu a porta.
-- O laboratório esta limpo e bem cuidado. Semanalmente era feita
limpeza e assepsia, impedindo qualquer deterioração. Vamos encontrar, com
certeza, instrumentos antigos, talvez ultrapassados, mas em excelente
estado de conservação. Tudo que precisar trocar ou adquirir, basta que me
procure. Recebemos importantes doaçoes para restaurar o laboratório.
-- Realmente? E os doadores sabem o que vamos pesquisar aqui?
-- Sim, não foi segredo desde que confirmaram sua vinda.
-- Todos sabem, então, do hormonio contra o envelhecimento?
-- Sim.Eu, particularmente, acho uma coisa valiosíssima, em todos os
sentidos, Gary. Em todos os sentidos mesmo -- reafirmou ela.
-- Inclusive o financeiro?
-- Principalmente o financeiro.
Avançaram por uma ante sala, com uma porta que abria-se para um
corredor curto. Havia uma porta de cada lado do corredor, possivelmente um
depósito e um escritório e, ao fundo, havia uma porta de madeira e vidro
martelado, com letras vermelhas e grandes, indicando que ali era o
laboratório.
Gary sentiu-se muito emocionado ao aproximar-se daquela porta. Atras
dela seu avo iniciara e desenvolvera aquela importante pesquisa que ele,
anos depois de sua morte, retomou, completou os aspectos teóricos e
científicos, apresentando-a aos meios academicos.
Seu avo estivera sempre voltado para a parte pratica da pesquisa.
Talvez sentisse o passar dos anos e tentasse desesperadamente encontrar uma
forma de deter o processo inexoravel do envelhecimento.
A ultima fechadura foi aberta. Gary empurrou a porta e segurou-a para
que Linda passasse. Seguiu-a, depois, maravilhado por estar ali,
finalmente.
Seus olhos percorreram rapidamente o ambiente, em busca de algo.
Localizou logo. Era um cofre de ferro, a um canto do laboratório. Sorriu
aliviado.
-- Acho que ira aproveitar muito pouco desses materiais, Gary. São
ultrapassados. Vamos ter de trocar tudo isso...
-- Não tão depressa, Linda -- pediu ele.
-- E por que não?
-- Talvez eu seja um saudosista, mas, se encontrar as anotaçoes de
meu avo, gostaria de repetir algumas de suas experiencias neste mesmo
equipamento. A partir daí irei dimensionando minhas necessidades de
substituição. Concorda?
-- Por mim tudo bem, Gary. Voce e o chefe do departamento. O que
disser, eu acato -- falou ela, avançando na direção do cofre. -- Se procura
anotaçoes do seu avo, com certeza vai encontra-las aqui -- acrescentou ela,
examinando as chaves que tinha na mão. Só que não sei como vamos abrí-lo.
Não tenho a chave dele. Mandarei uma equipe especializada vir arromba-lo
para voce.
-- Não tão depressa, querida -- falou ele, ajoelhando-se diante do
cofre e alisando-o respeitosamente com as mãos. -- Não quero perder nada do
que esta aqui dentro. Deixe isso comigo. Tenho alguns documentos de meu avo
comigo. Talvez encontre a combinação do cofre entre eles.
-- Como voce quiser. Vou deixa-lo aqui -- disse ela, anotando algo em
um pedaço de papel.
Estendeu-o para ele.
-- É o meu endereço. Saiu daqui as seis da tarde. De-me algum tempo
para me preparar...
-- As oito estabem?
-- Esta ótimo! -- afirmou ela, olhando-o longamente em seguida,
encabulando-o ate. -- É muito bom reve-lo, Gary.
Ele sorriu, levantou-se e segurou-a pelos ombros. Ela não resistiu
quando ele a beijou.
-- Ate a noite -- disse ela, num suspiro, antes de afastar-se.

* * *

Charles Root aproveitou seu horario de almoço, comeu rapidamente um
sanduíche e foi ate a Biblioteca Municipal. Aquele assunto que estivera
discutindo com Anna deixara-o intrigado. Cinco pessoas haviam morrido
misteriosamente assassinadas, enquanto que uma sexta suicidava-se.
Não conseguia tirar de sua cabeça que havia alguma ligação entre
esses fatos. A melhor maneira de conseguir mais algumas informaçoes era
consultando os jornais da epoca.
Todas as ediçoes do Diario de Saint Petersburg, a partir de 1895,
quando fora fundado, estavam em microfichas que podiam ser examinadas
atraves de aparelhos semelhantes a telas de televisão, onde as paginas iam
passando, a medida que se manuseava o controle.
Charles localizou o período correspondente ao ano de 1960. Começou
logo no princípio e foi passando, pagina por pagina, dia por dia, ate a
notícia do primeiro crime. Falava do cadaver encontrado, de quem era a
pessoa, e outros detalhes do crime.
-- O que esta fazendo aqui? -- indagou Anna, cochichando, sentando-se
ao lado dele.
-- O que faz aqui? -- cochichou ele em resposta.
-- Vim ver se descobria alguma coisa sobre aquelas pessoas
incendiadas.
Ele riu e apontou para a tela.
-- Queria ver se descobria alguma coisa sobre as mortes. Seja o que
for e se houver alguma pista, esta desta data para tras. Tem um tempo para
me ajudar?
-- Sim, claro.
-- Vou voltar dia após dia. Fique atenta comigo. Vamos ver se
descobrimos alguma coisa.
-- Ok! Depois voce me ajuda com os incendios, esta bem?
Charles concordou com a proposta. Foi recuando dia após dia, ate
chegar ao primeiro dia do ano. Nada haviam encontrado que pudesse dar
alguma pista.
Estavam ambos com os olhos cansados de fixarem aquela tela luminosa.
Charles esfregou os olhos. Anna fez o mesmo.
-- Seja o que for, não vamos encontrar mais em nosso horario de
almoço. Não temos mais tempo -- lembrou ela, consultando o relógio. --
Vamos voltar para o trabalho e discutir isso.
Naquela tarde, os dois voltaram a conversar sobre o assunto. Anna
havia feito mais algumas investigaçoes por conta e encontrara algo
interessante.
-- Estive no Banco e falei com um dos diretores. Ele não tinha
conhecimento do fato nem sabia quem fora Daniel Bovet, morto em 1960 e
funcionario do seu estabelecimento. Só que ele foi muito prestativo e
conversou com um e outro, alem de ter chamado o funcionario mais antigo do
Banco, um velhinho muito simpatico, que se lembrava de alguma coisa.
Segundo ele, Daniel fora responsavel por um desfalque no Banco, um valor
não muito alto, mas expressivo para a epoca.
-- Espere um pouco! -- disse Charles. -- Ha um depoimento do
presidente do Banco. Ele afirma que Daniel era um funcionario exemplar, que
nenhum prejuízo dera ao estabelecimento e...
-- Estavam mentido. Eu lembrei isso ao velhinho. Ele afirmou que
aquela foi uma decisão tomada pelo presidente do Banco para evitar
desgastes a imagem da empresa. Os depositantes poderiam perder a
credibilidade neles se ele admitisse publicamente que haviam sido lesados.
Compreendeu agora?
-- Daniel deu um desfalque... Por que? E por que teria de matar cinco
pessoas, antes de suicidar-se?
-- Se a sua linha de pensamento estiver correta, Charlie. Não se
esqueça que nada prova que ele matou os outros cinco. É pura especulação de
sua parte.
-- Certo, aceito isso, mas e uma teoria e, na falta de outra melhor,
vamos seguir por esta. Por que Daniel deu o desfalque? Como vamos descobrir
isso?
-- Talvez analisando as vítimas consigamos estabelecer um padrão --
sugeriu ela.
-- Pode ser uma saída. Vamos ver isso -- concordou ele, indo ate o
computador.

Lista de Vítimas do Trinta e Oito

Nome -Data -Profissão
Fred Carmichael -23-mar-60 -enfermeiro
Ames Berham -22-mai-60 -enfermeiro
Roland Dering -21-ago-60 -porteiro
Dave Hunt -24-out-60 -motorista
Justus Lovelace -21-nov-60 -faxineiro
Daniel Bovet -20-dez-60 -bancario

Charles destacou o papel e ficou olhando para ele. Anna debruçou-se
no ombro dele e ficou lendo tambem. Charles distraiu-se com a proximidade
do rosto dela, o suave perfume que vinha de sua pele e de seus cabelos.
Virou o rosto devagarinho. Anna fez o mesmo. Olharam-se olho no olho.
Sorriram de uma forma nova, terna e carinhosa, reveladora mesmo.
-- Seus olhos são muito bonitos, sabia? -- comentou ele.
-- Charlie, estamos em serviço -- respondeu ela, toda atrapalhada,
mas mantendo-se ali, olhando-o nos olhos.
-- Estamos trabalhando... Isso não me impede de dizer que tem os
olhos bonitos, sabia?
-- Certo, mas vamos voltar ao trabalho.
-- Voce ficou embaraçada -- observou ele.
-- Charlie! -- repreendeu-o ela, levantando-se e quebrando o encanto
momentaneo.
Ele sorriu, olhando-a andar de um lado para outro da sala, evitando
encara-lo.
Ficou olhando para ela, reparando em seu modo de andar, em seu rosto
bonito e expressivo, em seu corpo de linhas bem definidas e gestos
elegantes.
Algo estranho agitou-se dentro dele. Algo novo e intenso. Anna parou
e encarou-o, como se fosse dizer alguma coisa. O olhar dele, no entanto,
fez com que ela mudasse de ideia. O olhar dele a fazia sonhar.
Ficaram sem palavras e sem gestos. Anna aproximou-se. Tirou o papel
da mão dele. Olhou-o atentamente.
-- Dois deles são enfermeiros... -- comentou ela.
-- É, mas só os dois. Os outros tem outras profissoes -- respondeu
ele.
-- Sim... Porteiro, motorista e faxineiro, com exceção de Daniel
Bovet, que era bancario...
-- Sim, claro -- concordou ele.
Ela devolveu o papel para ele.
-- Porteiro onde? -- indagou ela.
-- Como?
-- Onde ele era porteiro... O terceiro homem da lista...
-- Ah, sim... -- disse ele, voltando a realidade.
Voltou-se para o computador e digitou alguns dados.
-- Roland Dering era porteiro no Hospital Central daqui...
Os dois voltaram a olhar-se. Por momentos, seus olhos brilharam
intensamente.
-- Dois enfermeiros e um porteiro... Hospital. E o motorista e o
faxineiro? -- quis saber ela.
Charles jaestava trabalhando nisso, junto ao computador. Olhou uma a
uma as fichas das vítimas. Todas trabalhavam no mesmo lugar, exceto Daniel,
o suicida.
-- Hospital Central -- disse ele.
-- Estranho, não? O que estava havendo no Hospital Central ha trinta
anos atras?
-- Assim que tiver um tempo, vou la tentar saber isso...
-- Quando for, me avise. Eu quero ir com voce -- afirmou ela,
olhando-o com novos olhos.


Capítulo 3


Assim que Linda deixou o laboratório, Gary apressou-se em ir trancar
a porta. Retornou para junto do cofre, tirando do bolso um envelope. Nele
havia uma chave e um pedaço de papel.
Introduziu a chave na fechadura. Depois foi lendo a combinação
anotada no papel e girando o segredo. Virou a chave, finalmente. A porta,
fechada a tantos anos, estava emperrada, apesar da trava interna ter sido
aberta.
Olhou ao seu redor. Estava tremulo, tentando imaginar o que
encontraria la dentro. Seu maior temor era que algo tivesse acontecido as
anotaçoes, inutilizando-as. Esse temor o deixava febril e apressado.
Viu uma barra de ferro perto da janela. Foi apanha-la e com ela
forçar a porta do cofre. Pouco a pouco ela cedia, ate, finalmente, abrir-
se, rangendo e derrubando placas de ferrugem no assoalho.
Os olhos do medico brilharam, quando ele viu, empilhados
cuidadosamente num compartimento do cofre, os livros de nota de seu avo.
Apanhou o primeiro deles, lendo o início. Passou algumas paginas. Seu
rosto demonstrava o maximo interesse e toda a satisfação do mundo.
Respostas que ele vinha buscando havia muito tempo poderiam estar ali.
Retirou os livros de anotaçoes do cofre, levando-os para uma mesa ali
perto. Folheou-os aleatoriamente. Tudo era extremamente fascinante.
-- Calma, Gary... Muita calma... Vamos do princípio... As respostas
devem estar aí... Vamos começar do princípio de tudo -- decidiu ele,
apanhando o primeiro livro.
Todos eles tinham anotado um livro na lombada, indicando sua ordem.
Gary abriu o primeiro. Seu avo iniciava suas observaçoes contando como
chegara a conclusão sobre existencia daquele hormonio, cuja presença era
fundamental para o homem.
A medida que a idade avançava, a capacidade do homem de produzí-lo
declinava, ocorrendo, então, a velhice. Se a produção do hormonio pudesse
ser estimulada sinteticamente, a velhice poderia ser controlada. Essa era a
essencia da teoria do velho Dr. Ridgewood.
Sobre ela Gary desenvolvera toda uma tese, seguindo os passos do avo
e provando a existencia do hormonio. Seu avo, no entanto, fora mais longe.
Havia iniciado experiencias praticas para a produção do agente estimulador
da produção do hormonio.
-- Fascinante! -- murmurou ele, percebendo quão longe seu avo havia
chegado, antecipando-se inclusive a engenharia genetica.
A fórmula inicial do estimulante surgiu, diante de seus olhos.
Analisou-a rapidamente. Após tanto tempo e graças aos novos conhecimentos
sobre o assunto, Gary ja pode perceber algumas falhas na fórmula.
Imaginou onde chegaria, com seu conhecimento e os resultados das
experiencias do avo. Avançou na leitura, sem importar-se com as horas.
Desde que começara seus estudos e decidira-se por aquele assunto,
sempre sonhara ler aquelas anotaçoes, que estiveram guardadas tanto tempo.
O resultado de toda uma vida de dedicação estava ali, oferecendo-lhe
conhecimentos que vinham do passado para serem aprimorados no presente,
beneficiando as geraçoes futuras. Gary sentiu-se orgulho de participar de
tudo aquilo.
Chegou a um ponto do livro de notas onde o Dr. Ridgewood faria sua
primeira experiencia. Colada a pagina do livro estava um relatório.

Hospital Central de Saint Petersburg
Relatório de Pesquisa Medica

- Nome: Samantha Arbuckle
- Idade: 68 anos.
- Diagnóstico: arteriosclerose degenerativa.
- Prognóstico: 3 meses de lucidez, tempo indeterminado de vida
vegetativa.
- Tratamento: 5 cc diarios de estimulante hormonal.
- Início: 23 de março de 1949.
- Reaçoes: Após a primeira semana de administração do
estimulante, a paciente apresentou um quadro de melhoras geral, com um
inexplicavel aumento da temperatura corpórea. Nenhuma infecção detectada. O
medicamento foi suprimido. A temperatura do corpo voltou ao normal. A
paciente continuou apresentando quadro degenerativo progressivo. Retomamos
a medicação com o estimulante, reduzindo a dose pela metade. A paciente
apresentou melhores no seu quadro clínico, inclusive com regressão de
comportamentos senis. A temperatura voltou a aumentar. A experiencia não
teve continuidade. A paciente morreu tragicamente num acidente que
carbonizou seu corpo.
Conclusoes: A melhora apresentada no quadro clínico da paciente
indica que o medicamento surte os efeitos desejados, numa dose 50%
inferior a dose inicialmente programada. Não foram encontrados motivos para
o aumento da temperatura corpórea.
Oliver Ridgewood, Md

-- Fascinante! -- murmurou ele, olhando a assinatura do velho
cientista no pe do documento.
Para ele, eram momentos de pura emoção, lendo aquelas notas,
percorrendo o mesmo caminho que o seu avo percorrera tempos atras.
Avançou na leitura, totalmente envolvido com o assunto. Muitas das
conclusoes a que ele chegara, com base em outros documentos que o avo
deixara, estavam ali, comprovadas.
Queria saber mais, porem, das experiencias pratica do velho. Após uma
serie de observaçoes e informaçoes, havia uma pagina de um relatório
medico.
A segunda paciente tinha sessenta e cinco anos e sofrera um derrame
cerebral. Estava com serios problemas circulatórios, que tendiam a se
agravar com sua imobilidade, após o acidente cardio-vascular.
As mesmas doses foram administradas, notando-se logo na primeira
semana uma consideravel melhora na paciente que pode, inclusive, deixar o
leito e caminhar, usando um andador.
O aumento de temperatura do corpo tambem foi verificado, só que,
tambem com esta paciente, algo inesperado aconteceu. Novo acidente vitimou-
a. O que sobrou dela foi encontrado no patio do hospital. Aparentemente
alguem ateou fogo ao monte e folhas secas que havia ali, sem que ela
tivesse tempo de sair do local. Seu corpo queimou totalmente.
-- Diabos! Que azar! -- murmurou ele, levantando a cabeça e
esfregando os olhos cansados.
Ja estava na metade aquele primeiro livro, mas ainda havia muitos
deles para serem lidos. Mal podia conter sua impaciencia. Foi quando notou
o papel sobre a mesa, contendo o endereço de Linda.
-- Danação! -- resmungou ele.
Aquela leitura fantastica era tudo o que ele sempre sonhara ano após
ano. Não queria deixa-la. Queria ler tudo ate o fim e não fazer mais nada
alem disso.
Só que assumira um compromisso com Linda. Tinha de ir busca-la para
um jantar. Era importante estar bem relacionado com ela. Alem disso, aquele
beijo inesperado e tão espontaneo revelava que nada mudara entre eles.
A velha paixão estava presente e poderia reacender-se. Gary hesitou,
entre isso e o desejo de ir fundo naquela leitura.
Teve de reconhecer, no entanto, que jamais chegaria ao fim daquela
leitura em apenas um dia. Por outro lado, tinha todo o tempo da vida pela
frente. O laboratório era todo seu. As informaçoes eram todas suas.
Deixou o livro de notas e foi ate o cofre. Limpou a ferrugem
acumulada em alguns pontos, esfregando com a barra de ferro. Experimentou
fechar de novo a porta e conseguiu-o sem maiores problemas. Tudo seria mais
facil quando trouxesse um pouco de óleo para lubrificar aquelas dobradiças
e engrenagens.
Guardou os livros de volta no cofre, com um cuidado que beirava a
reverencia. Sentia-se feliz, afinal, por estar ali, por ter aquela
oportunidade, por poder trabalhar no projeto com todo o apoio da
administração do hospital.
Linda era uma peça importante em tudo isso. Alem do mais, quando a
beijara sentira que ainda havia dentro dele um sentimento muito forte em
relação a ela.
Não custava nada investir um pouco de tempo nisso.

* * *

Patrick Plumber e a filha estavam absolutamente atonitos diante da
explicação do advogado. Tinham vindo de Nova Iorque para decidiram a
questão daquela casa, mas estavam esbarrando agora em algo totalmente
absurdo.
-- Eu não entendo -- comentou ele. -- Isso tudo aconteceu em 1951,
não ha como minha ancestral estar viva. Esta dizendo que, legalmente, nada
podemos fazer?
-- Sim, isso mesmo -- confirmou o advogado, após examinar os
documentos que eles haviam trazido.
-- É um absurdo, sinceramente -- frisou Patrick. -- Algum idiota deve
ter-se esquecido desse detalhe. Deve haver um atestado de óbito por aí, em
alguma parte, provando que ela morreu.
-- Nesse caso, tera de procura-lo, Sr. Plumber. Sem ele, sua avó
continua legalmente viva.
Pai e filha entreolharam-se, surpresos com tudo aquilo.
-- Qual serao caminho a seguir então, advogado? -- indagou Norma.
-- Bem, como ja foi dito, a primeira coisa e tentar descobrir se
existe um atestado de óbito. Poderiam começar pelo xerifado. Eles devem ter
em seus arquivos os documentos do processo, na epoca. Se não constar la um
atestado de óbito, devera haver no processo elementos que permitam um
procedimento legal para o caso. Eu poderia faze-lo para voces, mas devo
advertí-los que sera um processo caro, por isso recomendo que tentem
recolher o maximo de evidencias ou indícios que puderem, antes de
retornarem a mim.
Acho que fui claro, não?
-- Sim, entendo e agradeço sua honestidade. Vamos começar pelo
xerifado, então -- decidiu-se Patrick.
Algum tempo depois, os dois estavam no carro que haviam alugado,
assim que chegaram.
-- E então, acha que ainda conseguiremos falar com alguem no
escritório do xerife? -- indagou Norma.
-- Não sei. Pela hora, creio que não. Não sei como trabalha o pessoal
daqui. Acho que poderíamos aproveitar e ir ate la, de qualquer modo.
-- Certo -- concordou Norma, que dirigia o carro.
Patrick tinha um mapa da cidade consigo e localizou rapidamente a
delegacia, dando as instruçoes a filha. Chegaram la em pouco tempo.
O xerife havia saído para uma diligencia.
-- Puxa, hoje não foi o nosso dia -- reclamou Patrick.
-- Talvez um dos ajudantes possa ajuda-lo. Charles Root ainda esta
aqui. Quer falar com ele?
-- Bom, ja que estamos aqui...
-- Por ali, por favor -- apontou o recepcionista, indicando a porta
de um dos gabinetes.
Pai e filha foram ate la. Instantes depois, Charles e Anna, que
estavam de saída juntos, foram atende-los.
-- Queriam falar com o xerife, não? -- comentou Charles. -- Vejamos
se posso ajuda-los.
-- Bem, e sobre algo que aconteceu em 1951. Minha avó faleceu aqui,
de forma misteriosa, sem que se chegasse a alguma conclusão sobre sua
morte. Com isso, se foi feito ou não, ninguem sabe, mas não estamos
conseguindo localizar o atestado de óbito dela. Sem ele, não poderemos
vender uma propriedade que pertenceu a ela -- explicou Patrick.
-- Não entendo... O Registro Civil podera fornecer uma cópia do
atestado de óbito e... -- ia dizendo Charles.
-- Eles não tem... Não consta la um atestado de óbito para ela.
Imaginamos que possa ter ficado anexado ao processo que investigou sua
morte e alguem tenha esquecido de encaminhar uma cópia ao Registro Civil.
-- É possível! -- comentou Charles. -- Em que circunstancias morreu
sua avó?
-- Queimada -- informou Patrick.
-- Qual era o nome dela? -- indagou Anna, repentinamente interessada.
-- Mary Plumber...
-- Javi esse nome em algum lugar, Charlie -- comentou ela.
-- Naquela relação das pessoas que morreram queimadas em
circunstancias não muito claras... -- lembrou ele.
-- Sim, isso mesmo. Lembro-me da conclusão do perito...Alias, da
inconclusão do perito...
-- Não examinei todo o arquivo daquele caso, mas acho que poderemos
verificar se ha algum atestado de óbito la-- prontificou-se Charles,
pedindo-lhes que aguardassem.
Anna e ele foram ate a sala do computador e rapidamente ele acessou o
dossie daquele caso. Vasculhou-o do começo ao fim, sem localizar o que
procurava.
-- Não ha um atestado de óbito -- afirmou ele.
-- Ninguem soube dizer com certeza quem morreu no local. O cranio
ficou tão queimado que encolheu. Só havia isso e cinzas naquele estranho
incendio. E e estranho, se voce considerar que apenas o corpo da mulher e a
cadeira queimaram. Esquisito, muito esquisito mesmo -- afirmou ela.
-- E como fica essa família? Como vão provar que a mulher esta mesmo
morta?
-- É uma boa pergunta. Possivelmente esteja, mas quem vai assinar um
documento atestando isso?
-- É complicado demais. Vou pedir que eles retornem amanhã e falem
com o xerife. Não vejo como ajuda-los -- concluiu ele.
Ele foi ate a sala, informando a Patrick e sua filha que nada havia
sido localizado e que o melhor a fazer era retornar no dia seguinte e falar
com o xerife.
-- Acho que teremos de fazer isso mesmo. Vamos aproveitar para dar
uma olhada na casa, antes que escureça de todo -- falou Patrick.
Ele e a filha despediram-se e foram para o carro. Charles retornou a
sala do computador, onde Anna havia ficado. Ela observava alguma coisa na
tela.
-- O que descobriu aí? -- indagou ele.
-- Nada, apenas um detalhe interessante que observei, quando
olhavamos o arquivo ainda ha pouco.
-- E o que e?
-- Hauma declaração de um medico do Hospital Central, informando que
a vítima estava fazendo um tratamento contra a senilidade... Apenas isso,
nada mais consistente.
-- E por que achou interessante isso?
-- Não sei, de repente começamos a ver muitas coisas sobre o Hospital
Central, não? Os enfermeiros, o porteiro, motorista e faxineiro do
hospital, mortos em 1960. A mulher que morreu em 1951, fazendo um
tratamento la. Não sei... Apenas coincidencias...Quis verificar se havia
alguma coisa mais positiva.
-- Ja que tocou no assunto, vamos verificar uma coisa -- comentou
ele, apertando algumas teclas.
Cruzou algumas informaçoes, mas nada encontrou de positivo. Anna
entendeu o que ele pretendia fazer.
-- Quer ver se as outras vítimas tem alguma coisa a ver com o
hospital? -- indagou ela.
-- Sim, com o hospital e com o banco. Deve haver alguma ligação, não
acha?
-- Pode ser, mas não vamos fazer isso esta noite. Gostaria de jantar
num lugar bem elegante...
-- Só haum lugar assim em Saint Petersburg: o Gateway. Com sorte
conseguirei fazer uma reserva.
-- É muito caro?
-- Se não comermos lagosta e caviar -- brincou ele.
-- Serio mesmo: voce vai me levar?
-- Sim, vou -- afirmou ele, olhando-a daquele modo que a fazia
sentir-se especial.
Charles começava a descobrir quão especial era ela.


Capítulo 4


Quando pararam o carro diante do endereço, Patrick e Norma olharam-se
surpresos. Ambos haviam sentido calafrios, olhando aquelas ruínas, ocultas
no meio das arvores e arbustos. Alguem parecia cuidar do local, pois a
aparencia geral não era de total abandono. Havia uma certa beleza nos
arbustos podados e nas arvores que haviam crescido, sufocando a casa.
-- Abandonada... Ninguem mora aqui, pai -- observou a garota.
-- Não sei... Veja aqueles arbustos... Foram podados recentemente...
-- Vamos dar uma olhada?
-- Sim, vamos aproveitar o que resta de luz do dia -- decidiu ele
Desceram do carro e passaram pelo rustico portão de madeira que mal
se mantinha em pe. Sob a calçada que conduzia ate a casa, alem do labirinto
vegetal, as raízes poderosas das arvores haviam se infiltrado, provocando
rachaduras e desníveis.
As janelas fechadas davam a casa uma aparencia tetrica. A pintura era
velha, muito velha mesmo e em muitos pontos a madeira havia apodrecido.
Pouca coisa poderia ser aproveitada. Um galho havia caído sobre o
telhado. O estado do interior da casa, com a chuva entrando por ali ao
longo dos anos, deveria ser lastimavel.
-- Não sei como não demoliram esta casa antes... -- falou Norma.
-- Veja ali, na porta -- apontou Patrick.
Havia um papel colado la, da Prefeitura, informando que a casa estava
condenada e não deveria ser habitada. Um lacre havia sido posto na porta da
frente, mas parecia violado.
-- Vamos entrar? -- convidou ele, forçando o trinco da porta, que
abriu-se precariamente. -- É bom olhar onde pisa, Norma -- advertiu ele.
Entraram na sala da casa. Passaros voaram. Ratos correram de um lado
para outro. A madeira do assoalho estava podre junto a parede, onde um
galho quebrara o telhado.
-- Vamos por ali -- indicou ele, contornando aquele local inseguro.
Foram ate a cozinha. Estava abandonada e parecia ter sido saqueada.
Torneiras, armarios e móveis haviam sido retirados, inclusive lampadas e
fios eletricos.
-- Só vale pelo terreno, pai. Pouco se aproveita da construção --
observou a garota.
-- É, só vai interessar para alguma companhia de demolição e
salvados. Mesmo assim, muito pouca coisa -- concordou ele.
Voltaram a sala. Havia um corredor, que levava a dois quartos e a um
banheiro. Caminharam com cuidado. Ali tambem fios, tomadas e soquetes
haviam sido arrancados.
-- Quer apostar comigo como levaram a banheira? -- desafiou ela.
-- Não duvido nada -- riu ele.
Norma foi ate uma das portas, abrindo-a. Era o banheiro. Ela riu. A
banheira e tudo o mais haviam sido levados. Patrick abrira a porta de um
dos quartos. Apenas móveis quebrados e sinais de saque ali tambem.
-- Este deve ser o quarto principal -- falou Norma, abrindo a
terceira porta.
Para surpresa de ambos, aquele quarto estava intocado. A velha cama
de metal ainda conservava o colchão, lençol e travesseiros. Havia uma
comoda, com vidros de perfume e outras bugigangas encima.
Norma foi ate la e examinou. Abriu uma das gavetas. Baratas correram
por entre tecidos envelhecidos pelo tempo. Voltou-se para comentar alguma
coisa com seu pai. Ele estava imóvel, olhando a mancha de fuligem na parede
e os restos carbonizados no assoalho.
-- Foi aqui que ela morreu, não? -- comentou a garota.
-- Misteriosamente incinerada... Como pode ser isso?
-- Isso deve ter confundido o pessoal da epoca, não?
-- Sim, alem de nos criar uma dor de cabeça danada agora. Acho que
essa herança inesperada foi um mau negócio. Saquearam toda a casa e
deixaram este aposento, como se o temessem...
-- Superstiçoes, papai -- comentou ela, voltando a comoda.
Encontrou ali uma pasta de couro, fechada com zíper. Retirou-a com
cuidado, espantando os insetos que passeavam sobre o objeto. Abriu-a com
cuidado.
-- Veja, pai, ha alguns documentos aqui -- informou ela.
Patrick foi ver com ela.
-- Identidade... Carteira de motorista de John Plumber...Deve ser o
bisavo... Carteira de saude... Ela estava fazendo um tratamento no
hospital...Veja aqui... Senilidade...
-- Ei, talvez com isso consigamos alguma coisa no hospital. Uma ficha
medica ou algo assim que possamos usar para tentar provar a morte dela...
Eu não acredito que estou fazendo isso -- disse ele. -- É a coisa mais
óbvia do mundo... Mary Plumber morreu aqui.
-- É só um detalhe legal, papai. Vamos resolver isso da melhor
maneira, voce vera-- disse ela, encontrando um cartão de um medico chamado
Dr.Oliver Ridgewood junto aos documentos.
-- Tomara que tudo isso compense o trabalho -- reclamou ele.
-- Veja por um outro prisma, pai. Estamos numa viagem de ferias e
encontramos algo interessante para fazer. É só isso. No fim das contas,
ainda vamos lucrar alguma coisa com isso -- falou ela, com otimismo.
Diante dela havia um velho espelho, pendurado na parede. Estava
coberto de poeira, baço, com defeitos. Isso tudo não a impediu, no entanto,
de ver aquele vulto estranho parado na porta do quarto, com um pedaço de
cano na mão.
Gritou, enquanto se voltava para olhar.
-- Quem são voces? O que fazem aqui? -- indagou o homem, que vestia
roupas velhas e tinha toda a aparencia de um mendigo.
-- Deus do ceu, homem! Que susto! -- exclamou Patrick.
-- Não podem entrar aqui... -- disse o velho maltrapilho.
-- Meu nome e Patrick Plumber e esta casa me pertence, por herança --
falou ele. -- E voce, o que faz aqui?
O velho ficou todo embaraçado, escondendo o pedaço de cano nas
costas.
-- Eu moro aqui... La embaixo... No porão... Só durmo, na verdade...
E cuido do jardim...
-- Esta casa esta condenada, não oferece condiçoes de habitação --
lembrou Patrick.
-- Eu sei... mas não tenho escolha... Voces não vão me tirar daqui,
vão? -- indagou ele, apreensivo.
-- Por mim, pode continuar aí, velho. Só acho que devia tomar
cuidado. Isto aqui pode cair encima de voce qualquer dia -- alertou ele.
-- Quanto a isso, não me preocupo. É uma boa casa -- disse o velho,
dando alguns passos para dentro do quarto.
Quando viu, porem, a mancha escura na parede e os restos de cinzas no
chão, recuou rapidamente para a porta e persignou-se.
-- Foi ali... Foi ali que ela morreu, não? O demonio abriu as portas
do inferno para ela... Dizem que era uma bruxa...
-- Esta falando tolices, velho -- repreendeu-o Patrick.
-- Não... Eu sei da história... Contaram-me quando eu era jovem...
Ela estava aqui, falando com o demonio e ele a levou para o inferno...Foi
assim mesmo que aconteceu... Eles me contaram... Devem fechar este
quarto... Ninguem pode entrar aqui... --
foi dizendo o velho, enquanto recuava pelo corredor, sumindo das
vistas dos dois.
A noite chegava rapidamente e a casa tornava-se sinistra e
assustadora, vazia e depredada daquele jeito. Norma verificou as outras
gavetas. Reuniu os papeis que encontrara na pasta de couro. Examinou o
guarda-roupa. Havia apenas roupas e sapatos deteriorados pelo tempo.
-- Vamos dar o fora daqui. Isto esta me dando arrepios -- comentou
Patrick.
-- Eu ia dizer o mesmo -- falou a garota, seguindo-o.
Não viram sinal do velho, que parecia ter sumido, tragado pela casa.
A trama vegetal que envolvia a casa, na semi-escuridão da noite que
chegava, era ainda mais assustadora, como se o tempo tivesse parado para a
casa e a vegetação lutasse com ela na disputa do pedaço de terra que lhe
pertencera um dia.
Nos terrenos vizinhos, altos muros tapavam a visão de seus moradores,
isolando a casa. Quem passava pela rua via apenas frestas por entre as
arvores e arbustos.
-- Uma coisa e certa -- comentou Patrick. -- O terreno deve ser bem
valorizado aqui. Observe que só hacasas de alto padrão por aqui.
-- Eu não lhe disse que isto ainda seria um bom negócio -- frisou
ela.
-- Tomara que esteja certa. Vamos voltar para o hotel. Quero
encontrar um bom restaurante para jantar hoje. Afinal, como voce disse,
estamos em ferias, não?
-- Certo, pai. Acho que começou as pegar o espírito da coisa -- riu
ela, enquanto entravam no carro.

* * *

O ambiente era discreto e sofisticado, com garçons impecavelmente
vestidos e muito atenciosos. Anna e Charles foram levados ate a mesa que
haviam reservado. O garçom deixou-os a vontade com o menu nas mãos para
fazerem suas escolhas.
Para aquela noite, Charles havia caprichado no visual. Sentira uma
necessidade extrema de mostrar-se apresentavel para a garota. Cortara os
cabelos, fizera a barba com rigor, depois vestira um terno que havia muito
estava guardado em seu guarda-roupa. Combinara corretamente a camisa com a
gravata.
Quando passara pela casa da garota para apanha-la, estavam ambos
irreconhecíveis. Anna, usando um conjunto de saia preta, justa no corpo,
modelando suas formas que, ocultas pelos jeans folgados que costumava usar,
ficavam longe das vistas dele. Soltara os cabelos e fizera uma maquilagem
discreta. Um perfume excitante substituíra aquele usado por ela no dia a
dia.
Olharam-se com admiração. Ela estendeu instintivamente a mão sobre a
mesa e Charles fez o mesmo, apertando-a com a sua.
-- Estou adorando! -- comentou ela.
-- Voce estalinda, sabia?
-- E voce nem parece o Charlie de todo dia...
Ambos riram. Sentiam-se abertos a todo um processo de descobertas
entre os dois.
Patrick e Norma passavam pela mesa e os dois os reconheceram.
-- E então, Sr. Plumber, viu a casa? -- indagou Charles.
-- Sim, esta em pessimo estado.
-- Procure-nos amanhã. Estou certo que o xerife terauma solução para
o seu caso.
-- Tomara que sim ou teremos um problema serio nas mãos para
resolver. Bom apetite para voces -- disse ele, afastando-se com Norma.
-- Voce sabe onde fica a tal casa? -- indagou Anna.
-- Sim, em Salinas, aquele bairro chique... É um lugar estranho
aquele. O terreno ficou isolado pelos altos muros das casas que foram
construídas aos lados e nos fundos. Toda a parte da frente estacheia de
arvores e arbustos, tapando a visão da velha construção. Acho que os demais
moradores do bairro vão adorar, se o Plumber conseguir por aquele terreno a
venda.
-- Poderíamos ir mais tarde ate o hospital, não? -- propos ela e o
rosto dele revelou contrariedade.
Tinha planos mais romanticos para aquela noite.
-- Não vamos tratar nada de trabalho esta noite. Se quiser ir la
amanhã, no horario do almoço, eu vou com voce. Nesta noite, não.
Ela notou a veemencia com que ele defendera o programa daquela noite
e sorriu, entendendo. O trabalho poderia esperar. Aquela noite era mais
importante que tudo.
O jantar foi delicioso e o tempo passou agradavelmente para os dois,
que conversaram coisas pessoais, coisas que um não sabia do outro e tinha
curiosidade a respeito.
-- Quer conhecer um local muito romantico? -- convidou ele, após
muitos rodeios.
-- Onde?
-- A Colina dos Namorados...
Ela riu da proposta que, em qualquer outra hora lhe pareceria uma
coisa ingenua e boba mas que, naquele momento, era tudo o que ela desejava.
A Colina dos Namorados ficava ao norte da cidade, margeando o Rio
Saint Petersburg. Do alto dela tinha-se uma maravilhosa vista da cidade e
do rio, que serpenteava vindo do oeste em direção ao leste, buscando o
oceano.
Era um local tranquilo, onde os namorados podiam ficar em paz,
conversar, olhar a paisagem e namorar.
-- Sempre tive vontade de conhecer esse lugar. Voce leu meus
pensamentos -- sorriu ela.
-- Vou pedir a conta -- disse ele, fazendo um gesto para o garçom.
Naquele momento, Anna notou a presença de Linda Hart, a
administradora do hospital, juntamente com um desconhecido, muito bem
vestido, de gestos elegantes e sóbrios.
-- Aquela e Linda Hart -- comentou ela.
-- E quem e Linda Hart?
-- A diretora administrativa do hospital. Se quisermos fazer alguma
investigação la, vamos ter de pedir autorização dela.
-- Certo, faremos isso amanha...
-- Conhece o homem que estacom ela?
Charles olhou discretamente.
-- Não, deve ser novo na cidade. Por que?
-- Não sei. Pela maneira como conversam, parecem ser velhos
conhecidos. Poderíamos falar com ela, na saída.
-- Voce e impossível, Anna. É teimosa como minha mãe.
Ela riu da comparação.
-- Poderíamos aproveitar a oportunidade. Se ela não permitir a
investigação, teremos de agir de outra forma...
Charles não a conhecia profundamente ainda, mas sabia que Anna,
quando punha uma ideia na cabeça, nada a fazia tira-la de la. O melhor,
portanto, era ceder um pouco para não estragar seus planos para aquela
noite.
-- Esta bem, sua teimosa! -- decidiu ele. -- Se quiser falar com ela,
tudo bem. Parece que eles tambem jaterminaram de jantar mesmo. Va ate la,
enquanto eu pago a conta.
-- Voce e um amor -- murmurou ela, levantando-se.
Foi ate a mesa, onde chamou discretamente a atenção de Linda
-- Meu nome e Anna Whiple e sou investigadora do xerifado local. Eu e
meu parceiro precisamos fazer algumas investigaçoes nos arquivos do
hospital. Acha isso possível?
-- Investigaçoes? Que tipo de investigaçoes? Muito de nossos arquivos
são confidenciais, deve saber disso.
-- São de pacientes que morreram ha muito tempo. Só queremos tentar
entender o que houve com essas pacientes. Percebemos a existencia de um
padrão nas mortes...
-- Bem, em princípio, o hospital esta sempre disposto a colaborar com
a Polícia. Por que não me procura la amanhã? Farei o possível para ajudar -
- prontificou-se Linda.
-- Agradeço a gentileza, Linda. Desculpe-me incomoda-los -- falou a
policial, olhando para Gary.
-- Este e o Doutor Gary Ridgewood, novo chefe de nosso departamento
de pesquisas -- apresentou-o ela.
Anna cumprimentou-o, depois retornou a mesa, onde Charles acabara de
pagar a conta.
-- E então, satisfeita agora? -- indagou ele.
-- Sim, vou falar com ela amanhã. O sobrenome Ridgewood e conhecido
para voce?
Charles pensou por instantes.
-- Não, não me lembro. Por que?
-- O homem que estacom Linda Hart, seu nome e Gary Ridgewood e esta
assumindo o departamento de pesquisas do hospital. Tenho certeza de que ja
ouvi esse sobrenome antes...
-- Não e um sobrenome comum, mas voce pode te-lo ouvido em qualquer
parte por aí...
-- Não, foi recente isso. Não consigo lembrar-me...
-- Tera tempo para isso depois. Agora vamos, quero que conheça a
Colina dos Namorados.
Quando os dois passaram pela mesa ocupada por Linda e Gary, Anna
sorriu, cumprimentando-os discretamente.
-- Gostei do nível dos agentes policiais de Saint Petersburg -- disse
Gary.
-- Chiques, não? -- sorriu ela.
-- Realmente. Mas o que anda acontecendo no seu hospital para chamar
a atenção da Polícia?
-- Desconheço. Confesso que, intimamente, fiquei preocupada com isso.
Como ela mencionou arquivos, não creio que seja nada recente. Por que
estariam investigando isso agora?
--Amanhã voce descobrira. Agora fale-me de voce. Senti sua falta,
sabia?
-- Eu tambem senti a sua, mas fomos para escolas diferentes completar
nossos estudos. Eu mal tinha tempo de respirar e acho que o mesmo acontecia
com voce. Perdi contato com a maioria de meus amigos da Universidade.
-- O mesmo aconteceu comigo. Havia gente interessante entre eles,
outros totalmente dispensaveis...
-- E eu, em qual das categorias me enquadrava? -- indagou ela, de
modo provocante.
-- Na dos absolutamente indispensaveis. Tentei localiza-la algumas
vezes, mas desisti. Ninguem sabia de voce.
-- Agora não precisa mais. Voce me achou.
-- E fico muito feliz com isso -- sorriu ele, estendendo a mão sobre
a mesa e segurando a dela.
Linda apertou os dedos dele entre os seus e fechou os olhos
sonhadoramente. Fazia muito tempo que não se sentia tão completa como
mulher.


Capítulo 5


Para o Dr. Ridgewood, aquele havia sido um dia memoravel, não apenas
porque, finalmente, tivera acesso as importantes anotaçoes de seu avo como,
tambem, reencontrara Linda, por quem nutria uma forte atração.
Haviam ficado separados algum tempo, por contingencia de suas
carreiras, mas aquela fora a mais grata das surpresas. Encontrara-a de novo
e, para sua sorte, como administradora do hospital onde ele trabalharia.
Em resumo, teria todas as facilidades do mundo, como se não bastassem
todas as que jahaviam caído em suas mãos.
Após o jantar, foram para a casa de Linda, onde passaram um bom tempo
conversando e matando as saudades dos velhos tempos. Gary queria passar a
noite ali, mas havia marcado um compromisso para aquela noite ainda. Um
compromisso onde estava em jogo sua estabilidade financeira.
Foi difícil convencer Linda que estava cansado e que tinha que
resolver alguns assuntos ainda, antes de ir dormir.
-- Onde voce esta hospedado? -- quis ela saber.
-- No Lindon Hotel.
-- Por que não vem para ca?
-- Tenho que resolver algo ainda esta noite...
-- Agora ja passou da hora de fazer negócios... -- insistiu ela, os
braços envolvendo-o pelo pescoço, os labios ardentes passeando pelo seu
rosto e pelos seus labios.
Linda era uma mulher sedutora e fascinante. Fugir de seus braços e
deixar a promessa de seu corpo para uma outra oportunidade era algo
realmente doloroso para Gary, principalmente quando se sentia tão sedento
dela, em função do reencontro.
-- Então va la, resolva isso e venha para ca...
-- Pode ficar tarde...
-- Eu espero...
-- Estabem... Tentarei não me demorar -- afirmou ele, prendendo-a em
seus braços e beijando-a apaixonadamente.
Havia se esquecido do sabor daqueles labios, do calor daquele corpo,
do perfume daquela pele, mas tudo isso voltava novamente a sua memória,
provocando-o.
-- Vou espera-lo -- disse ela, acompanhando-o ate a porta.
Antes que ele saísse, ela novamente abraçou-o, prendendo-o contra a
porta e beijando-o fogosamente. Gary despertava sensaçoes e instintos quase
selvagens dentro dela. Em sua mente ela revia noites tempestuosas que
haviam passado juntos e isso doía em seu corpo de tanta saudade.
-- Estabem, eu voltarei, então -- afirmou ele.
A custo conseguiu livrar-se dela e ir para o carro. Era quase meia-
noite e as pessoas com quem falaria deveriam estar a sua espera, no hotel.
Assim que chegou la, foi direto ao bar. Reconheceu-os numa das mesas
ao fundo. Eram dois homens de meia idade, ligeiramente grisalhos, vestidos
com elegancia e sobriedade. Levantaram-se, assim que o viram chegando.
-- Espero não te-los feito esperar, cavalheiros, mas e que encontrei
uma velha amiga...
-- Linda Hart? -- indagou um deles.
-- Sim, isso mesmo. Como souberam?
-- É nosso trabalho, doutor -- respondeu o outro, retirando do bolso
interno de seu paletó um grosso envelope.
Depositou-o sobre a mesa, diante do medico. Gary apanhou-o, sopesou-o,
depois guardou-o no bolso interno de seu paletó.
-- Duzentas e cinquenta das grandes -- disse o homem, referindo-se a
notas de mil dólares.
-- Parece-me justo, como pagamento inicial do acordo -- disse o
doutor.
-- Agora precisamos de algumas boas novidades, doutor, para
tranquilizarmos nosso pessoal -- falou o que parecia ser o mais velho
deles.
-- Encontrei as anotaçoes de meu avo e ja comecei a examina-las. Vai
demorar algum tempo ate que eu tenha acompanhado todas as experiencias que
ele fez. De imediato, ja percebi uma falha na fórmula do estimulador. Se
meu avo tivesse os conhecimentos e recursos que temos agora, com certeza
teria chegado ao produto definitivo.
-- Excelente, doutor! É uma notícia que vai agradar o pessoal. Espero
que avance rapidamente em suas pesquisas. Quanto mais cedo chegar ao
produto final, melhor para todos nós. Sabe que nosso laboratório pretende
investir pesado nesse novo produto. Da mesma maneira, deve haver gente
investindo indiretamente, atraves do hospital. A notícia correu.
Concorrentes estão atras de conseguir participar desta corrida que voce
provocou, doutor.
-- Não se preocupem. O que os concorrentes acertarem com o hospital, e
problema deles. Meu compromisso e com voces.
-- Teremos exclusividade na patente?
-- Obviamente - confirmou o medico. -- Agora, se me dão licença, tenho
um outro compromisso.
-- Divirta-se, doutor -- disseram os dois homens, enquanto ele sorria,
levantava-se e saía para ir ao encontro de Linda.

* * *

Ana e Charlie haviam apresentado ao xerife todas as suas conclusoes
sobre os dois casos. Aparentemente, o homem da lei não parecia
sensibilizado com os argumentos dos dois.
-- Pense bem, xerife. São crimes considerados insoluveis, arquivados,
fora de questão. Se surgir uma resposta para tudo isso, imagine como isso
repercutira a seu favor. O prefeito vai se sentir satisfeito com isso. Com
certeza podera usar como argumento a seu favor na reeleição -- comentou
Charles.
-- Sem contar que, nos meios policiais do Estado, se nome sera sempre
mencionado quando se falar de crimes insoluveis. Podera criar um lema,
xerife: em Saint Petersburg não existem crimes insoluveis, ou coisa
parecida. Sera chamado para dar palestras. A imprensa vai adorar um caso
desses... -- falava Anna.
-- Sim, o agente da lei insatisfeito com a impunidade investiga e
elucida casos do passado. Vai ser uma publicidade e tanto para voce e para
a cidade. Quem sabe ate apresentar-se no programa Review, de entrevistas na
teve.
-- Sim, conhecer Sonja Bharal, a sensação loura do momento e
apresentadora-revelação.
Os olhos do xerife agora olhavam longe, sonhando e divagando.
-- Estabem, conseguiram me convencer. O que precisam, afinal? --
indagou ele.
-- Que transforme isso numa investigação oficial. Poderemos precisar
olhar os arquivos do hospital. Talvez encontremos restriçoes. Precisaremos
de um mandado, coisas desse tipo.
-- Certo -- concordou ele, preenchendo uma ordem de serviço,
determinando o início das investigaçoes. -- Pronto, agora e oficial --
disse, entregando o papel a Charles.
-- Otimo, xerife! -- agradeceram os dois, saindo imediatamente para
apanhar uma viatura.
Queriam ir ao hospital o mais depressa possível. Se houvesse algum
impedimento, teriam como solicitar um mandado ao juiz e continuar suas
investigaçoes sem maiores problemas.
-- Sensacional! -- falou Anna, quando jaestavam no carro. -- Acho que
isso vai ser interessante. Deixe-me ver a lista das pessoas mortas pelo
fogo -- pediu ela.
Charles retirou uma listagem de computador, que trazia no bolso de sua
jaqueta. Anna desdobrou-a e ficou olhando com interesse, pensativa,
compenetrada.
Ele aproveitou para olha-la. Era especialmente linda e atraente quando
ficava pensativa daquela forma. Suspirou, lembrando-se da noite anterior. A
Colina dos Namorados nunca lhe parecera um local tão romantico e agradavel
como na noite anterior.
Haviam estado juntos, trocado alguns beijos e conversado bastante num
clima bem descontraído e amigavel. Quanto mais a conhecia, mas a admirava.
Ela sentiu o olhar dele e voltou ligeiramente a cabeça para olha-lo.
Sorriu e piscou um olho. Ele sorriu e piscou em resposta.
-- É muita gente, Charles. Cinquenta e cinco pessoas...
-- Sim, mas olhe com atenção. Veracoisas curiosas aí. Todas eram
mulheres e com mais de sessenta anos. De um modo geral, foram mortes
inexplicaveis, embora nos laudos voce leia coisas irresponsaveis, como
cigarro aceso, combustível por perto e esse tipo de coisa. Só que, nos
laudos que consegui olhar, apenas a pessoa e no maximo algum móvel perto
dela, como uma cadeira, uma cama ou um sofa, queimaram. Imagine, agora,
quantos outros casos devem estar acobertados sob incendios completos, que
destruíram o local onde a pessoa se encontrava?
-- É estranho, e muito estranho. Tão estranho quanto os crime do
Trinta e Oito, como voce os chama. Por que as vítimas eram todas empregadas
do Hospital Central?
-- Não sei dizer, Anna, mas, com base nessas duas situaçoes, a das
mulheres que se encontravam em tratamento e que morreram queimadas e a dos
empregados que foram baleados, podemos concluir que, no passado, coisas
estranhas andaram acontecendo naquele hospital, não?
-- Realmente muito estranhas - concordou ela, pensativa.

* * *

Gary levantara-se cedo naquela manhã, após uma tórrida e movimentada
noite na companhia de Linda. Nunca imaginara que uma mulher poderia ser tão
exigente, demonstrando uma paixão arrebatadora e sem limites.
Lembrava-se dela, quando mais jovens e ainda imaturos. O sexo não
tinha essa liberação de energias tão intensa. Era mais um passatempo. Linda
conseguira fazer disso algo inesquecível e encantador. Jamais havia passado
uma noite tão memoravel e cheia de prazer.
Deixou-a na cama, deliciosamente nua e adormecida, depois foi para o
seu hotel, tomar um banho e preparar-se para mergulhar-se naquelas
anotaçoes.
Estava impaciente para te-las de novo em suas mãos e acompanhar aquela
caminhada feita por seu avo, dezenas de anos atras. Era uma volta ao
passado que mudaria todo o presente e o futuro de milhoes de pessoas em
todo o mundo, caso as previsoes e estudos de Gary Ridgewood estivessem
corretas.
Antes de ir para o hospital, pensou no dinheiro que havia recebido na
noite anterior. Eram duzentos e cinquenta mil dólares, a primeira parcela
de seu acordo de exclusividade com uma importante multinacional de
remedios.
Todos sabiam o valor que representara um produto como aquele que ele
pesquisava. Milhoes de velhos no mundo inteiro pagariam todo o dinheiro que
tivessem para prolongar suas vidas, com lucidez e vigor para viver com
dignidade.
Para Gary, era como ter descoberto a fonte da eterna juventude. Seu
produto teria essa qualidade e poderia ate ser conhecido dessa forma.
Quando desceu para tomar o seu cafe da manhã, no restaurante do hotel,
passou pela portaria e apanhou um exemplar do jornal do dia. Folheava-o,
enquanto era servido. Viu algumas ofertas de imóveis e considerou o
assunto.
Poderia investir aquele dinheiro nisso. Era seguro e sempre teria um
retorno. Anotou o telefone de um dos corretores. Tencionava ligar para ele
mais tarde e tratar do assunto. Não sabia ainda o que poderia fazer com
duzentos e cinquenta mil, mas a primeira providencia seria passar em um
banco e deposita-lo.
Depois pensou melhor. Um depósito desses chamaria a atenção. O melhor
a fazer era levar o envelope para o laboratório .
Aquele cofre estivera la por mais de vinte anos e nunca fora tocado.
Ninguem sabia, possivelmente, o que ele continha. Ninguem poderia imaginar
que as importantes anotaçoes do Dr. Oliver Ridgewood estivessem ali.
Sentiu-se tranquilo e feliz naquela manhã. Tinha suas pesquisas, um
laboratório, todo o apoio necessario, muito dinheiro e Linda Hart. O que
mais um homem poderia desejar?
Quando chegou ao hospital, foi imediatamente procura-la. Linda estava
radiante, como se aquela noitada de sexo e prazer não a tivesse esgotado,
mas renovado suas energias. Seus olhos brilhavam intensamente. Sua pele
parecia um veludo. Ate seus cabelos pareciam mais soltos e mais brilhantes.
-- Não o vi sair -- comentou ela, assim que ele entrou e fechou a
porta atras de si.
Ficou ali, parado, olhando para ela.
-- Sabe o que me deu vontade de fazer agora? -- indagou ele.
-- O que? -- respondeu ela, interessada.
-- Borrar todo esse batom que voce estausando e dar-lhe um beijo.
-- Tenho boas notícias -- sorriu ela, com malícia. -- Este batom não
borra.
-- Maravilhosa tecnologia! - comentou ele, contornando a escrivaninha
e inclinando-se sobre Linda.
A garota levantou o rosto e fechou os olhos. Gary colou seus labios
aos dela, sugando-os e mordiscando-os. Uma de suas mãos desceu pelo pescoço
dela e foi buscar um dos seios, beliscando o biquinho saliente.
Bateram na porta naquele momento. Ele endireitou o coro rapidamente,
pego de surpresa. A porta começou a abrir-se. Linda sorriu e estendeu um
lenço de papel para Gary.
-- Para que isso? -- indagou ele, num sussurro.
-- Eu menti -- riu ela.
Ele riu tambem, limpando os labios, enquanto a porta abria-se
totalmente e Anna e Charles entravam.
-- Bom-dia, Linda -- cumprimentou-a Anna. -- Nós nos vimos ontem, no
restaurante. Este e Charles Root, ajudante do xerife. Esperamos não estar
interrompendo nada...
-- De forma alguma, eu ja estava de saída mesmo -- falou Gary.
-- Não, fique, por favor! -- pediu Linda. -- Temos que conversar sobre
os equipamentos do laboratório.
-- Sim, claro -- concordou ele, indo sentar-se num sofa no canto
oposto da sala.
Linda apontou as duas cadeiras para Anna e Charles, que se sentaram.
-- Poderia me explicar, Anna, qual a natureza dessas investigaçoes que
pretendem fazer?
-- São casos antigos, acontecidos de... -- deu ela uma pausa, enquanto
abria a listagem que Charles tirara no computador. -- De 1949 ate 1970.
Tratam-se de cinquenta e cinco mulheres que morreram misteriosamente
queimadas.
-- E o que tem o hospital a ver com isso?
-- Todas estavam se tratando aqui. É a unica coisa comum a todas elas.
-- Bem, não sei como poderíamos ajudar... -- falou Linda.
-- Sei que ja informatizaram o hospital ha muito tempo -- lembrou
Charles. -- Tem as fichas dos pacientes antigos arquivados de alguma forma?
-- Temos todas em microfichas, mas não seria etico deixa-los examinar
essas microfichas dessa forma...
-- Vamos ser o mais discreto possíveis, Linda. São pacientes antigas e
todas ja morreram. Achamos que as famílias ate agradeceriam, se pudessemos
encontrar uma resposta para essas mortes misteriosas. Se encontrarmos
alguma pista importante, que demande investigaçoes mais aprofundadas,
teremos um mandado do juiz para tornar tudo legal.
-- Eu não sei -- disse Linda, pensativa. -- O que acha, Dr. Ridgewood?
-- Não vejo problema algum, Linda. Nada vai extrapolar a area
policial. É só uma investigação de rotina que pode ate dar em nada. Acho
que pode ignorar a burocracia e colaborar com a nossa valorosa força
policial -- sugeriu ele.
Anna olhou-o e sorriu, agradecida.
-- Estabem. Vou ligar para o setor de arquivos e autorizar. Voces
podem ir ate la. Sigam pelo corredor, guiem-se pela sinalização.
-- Obrigada, Linda! -- agradeceu Anna.
Quando os dois policiais saíam, encontraram-se com Patrick Plumber e
sua filha, que vinham chegando.
-- Ola! O que fazem por aqui? Algum problema? -- indagou Charles.
-- Não, esta tudo bem -- respondeu Norma.
-- Estiveram com o xerife?
-- Não, ainda não. Como minha avó estava fazendo um tratamento medico
aqui no hospital, resolvi dar uma olhada,. Dizem que Linda Hart e a pessoa
indicada para isso -- disse Patrick.
-- Sim, e naquela sala. Vão gostar dela, e muito prestativa. De
qualquer forma, passem pelo xerifado depois -- recomendou Charles.
-- Faremos isso - assegurou Patrick.
Os dois jovens seguiram pelo corredor, orientando-se pelas placas de
sinalização, chegando sem problemas ao setor de arquivos. As microfichas e
as maquinas leitoras foram postas a disposição deles.
-- Estamos passando as informaçoes das microfichas para o computador.
Em breve sera mais facil efetuar qualquer pesquisa -- informou a atendente.
-- E ate que ponto ja informatizaram o arquivo? -- indagou Charles.
-- Ja fechamos a decada de 70.
-- Serio? Mas isso e ótimo. Se pudermos acessar seu computador, eu
poderia fazer a pesquisa lado meu gabinete, na chefatura. Não pode me dar
o numero de seu computador?
A garota pensou por instantes.
-- Bem, Linda disse para colaborar com voces de todas as formas...
Acho que não havera problemas. Aqui estao numero de acesso -- informou
ela, anotando-o num pedaço de papel.
Charles e Anna exultavam, quando saíam dali. O mesmo não acontecia com
Patrick e sua filha. O hospital nada poderia fazer para ajuda-los a
resolver aquele problema. A próxima chance a ser tentada era com o xerife.


Capítulo 6


Na segurança do laboratório trancado, Gary dedicou-se a leitura das
anotaçoes de seu avo. A medida que avançavam, devorando paginas, seus
gestos foram se tornando mais febris, enquanto sua expressão alterava-se. A
preocupação, inicialmente, estampou-se em seu rosto. Depois, o medo.
Finalmente, o horror. Ele passou de um livro de notas para outro, lendo
relatórios, passando por outro, amontoando os livros sobre a mesa, ate,
apertar a cabeça com as mãos, num gesto de puro desespero.
-- Meu Deus do ceu! -- exclamou ele, completamente horrorizado.
O conteudo dos ultimos livros deixara-o chocado. Sentiu-se confuso,
incapaz de raciocinar diante das descobertas.
-- Calma, Gary! Calma! Pense friamente -- dizia a si mesmo, andando de
um lado para outro do laboratório. -- A fórmula precisa de algumas
mudanças, voce japercebeu isso. O que aconteceu, não importa. É o preço a
pagar.
Ficou falando sozinho, argumentando consigo mesmo, ate acalmar-se e
retornar a mesa. O projeto era importante demais. Tinha nas mãos elementos
para rever tudo que fora feito e chegar a novas conclusoes.
Seu avo fizera um ótimo trabalho. As anotaçoes eram minuciosas. Todos
os detalhes das alteraçoes feitas na fórmula inicial estavam ali. Só
precisaria de tempo. Tinha certeza que poderia sintetizar o estimulador
hormonal e chegar a um resultado positivo.
Havia muito em jogo. Muito mesmo. E de repente ele se deu conta de um
outro detalhe, que fez voltar todo o seu nervosismo. Primeiro, aqueles dois
policiais com uma lista de cinquenta e cinco pacientes mortas. Todas,
possivelmente, utilizadas nos testes feitos por seu avo.
-- Maldição! -- praguejou ele, esmurrando a mesa.
Aquela investigação era inoportuna, justo naquele momento. E havia
tambem aquele homem, que estivera com a filha, no gabinete de Linda,
procurando informaçoes sobre uma parente morta de forma misteriosa.
De repente, todo mundo parecia interessado em revirar aqueles
acontecimentos que estavam esquecidos havia tanto tempo. Justo agora,
quando havia tanto em jogo.
Apanhou o telefone e discou o numero do hotel. Pediu para falar com os
homens com quem encontrara-se na noite anterior.
-- Ja estavamos de saída, doutor. Vamos apanhar o avião do meio-dia...
-- informou um deles.
-- Cancelem. Aconteceu algo. Preciso de ajuda -- pediu ele.
-- É serio?
-- Sim.
-- Poe em risco o nosso trabalho?
-- Possivelmente.
-- Neste caso, concordo com voce. É serio mesmo. Pode almoçar conosco,
doutor?
-- Sim, claro.
-- Ha um restaurante perto da ponte sobre o rio, na entrada da cidade.
Sabe onde e?
-- Eu descubro.
-- Estamos indo para la agora mesmo.
-- Encontro-os la.
Antes de ir, Gary foi ate o setor de arquivo.
-- Dois policiais estiveram aqui, hoje pela manhã... -- falou ele.
-- Sim, Linda mandou dar-lhes toda ajuda.
-- E onde eles estão?
-- Vão fazer a pesquisa direto do xerifado, usando o computador...
-- Como assim?
-- Temos parte do arquivo ja informatizado. Eles podem ter acesso ao
nosso arquivo agora.
-- Sabe o que eles queriam pesquisar?
-- Ainda ha pouco falei com eles pelo telefone. Estão pesquisando uma
lista de pacientes do hospital...
-- Tem essa lista?
-- Posso tira-la no computador agora mesmo. Eu ajudei o policial Root
a reunir as fichas dessas pacientes -- disse ela, indo ate o computador.
Minutos depois retornava com a relação das cinquenta e cinco mulheres
mortas misteriosamente. Não precisou comparar os nomes com os constantes
nos livros de notas de seu avo. Tinha certeza que todas haviam participado
da experiencia.
Aquilo era algo que não poderia ser descoberto nem divulgado. Se
aqueles policiais ligassem as mortes com a experiencia, jamais poderia
retoma-la e muito dinheiro seria perdido. Dedicara muito tempo aquele
projeto para ve-lo falhar agora.
Tinha de agir rapido.
-- Ei, Gary, vamos almoçar juntos? -- convidou Linda, quando ele
passou apressadamente pelo corredor, diante da porta aberta do gabinete
dela.
-- Tenho um compromisso... Depois falo com voce... -- informou ele,
seguindo em frente.
Ela foi ate a porta, mas ele jahavia sumido.
-- Estranho! -- comentou ela, depois deu de ombros e voltou para sua
mesa.

* * *

No xerifado, Charles e Anna tentavam entender o que tinham ela frente,
examinando as fichas das mulheres misteriosamente mortas pelo fogo.
As fichas sucediam-se diante dos olhos deles, mas não haviam
conseguido encontrar alguma ligação naquilo tudo. O xerife surgiu na sala,
acompanhado de Patrick Plumber e de sua filha, Norma.
-- Se eu estou certo, voces conseguiram as cópias das fichas das
pacientes, não? -- indagou o xerife.
-- Sim, foram fornecidas pelo hospital -- disse Anna.
-- Podem localizar a ficha de Mary Plumber?
-- Sim, claro que sim -- respondeu Charles, usando o computador.
Momentos depois, a ficha medica de Mary Plumber surgia na tela.
-- Em que isto poderia ajudar, xerife? -- indagou ele.
-- Não sei, mas esta boa gente esta com um problema estranho nas mãos.
Uma parente morta que não foi declarada morta simplesmente porque não pode
ser identificada.
Examinaram a ficha.
-- Mary Plumber havia voltado ao hospital no dia anterior a sua morte.
Recebeu uma dose de um remedio cujo nome esta ilegível, mas parece alguma
coisa como não sei o que hormonal... -- disse Charles, lendo as anotaçoes.
Norma lembrou-se de algo, Retirou de sua bolsa o cartão que encontrara
na casa em ruínas.
-- Quem assinou essa ultima visita dela? -- indagou.
-- Esta difícil de ler...
-- Não seria Oliver Ridgewood? - ajudou ela, estendendo o cartão.
-- Sim, e possível -- falou ele.
-- Ei, eu disse que jatinha ouvido aquele nome -- comentou Anna.
-- Que nome? -- quis saber o xerife.
-- O daquele homem que estava com Linda Hart. Ele e Ridgewood tambem,
como o medico que assinou essa ficha...
-- Espere um pouco, Anna. Voce me deu uma ideia -- comentou Charles,
começando a repassar as fichas na tela do computador. -- Veja, Anna! --
disse ele, olhando a ficha e mostrando a listagem dos crimes insoloveis. --
Esta estava sendo tratada pelo Dr. Ridgewood, quando morreu. Vejamos outra
-- acrescentou ele.
Quando comparou isso, verificaram que a segunda pessoa na lista tambem
morrera enquanto era tratada pelo mesmo medico.
-- O que isso quer dizer, afinal? -- quis saber o xerife.
-- Espere um pouco, xerife. Ainda e cedo para conclusoes... -- pediu
Charles, continuando a comparação.
-- Todas as mulheres morta que olhamos ate agora morreram enquanto
estavam recebendo tratamento no hospital, todas atendidas pelo mesmo
medico.
-- E onde isso nos leva? -- indagou o homem da lei.
Anna e Charles entreolharam-se.
-- Não sei! -- afirmou ele.
-- Tambem não tenho a menor ideia, mas se descobrirmos qual era a
natureza do trabalho do Dr. Ridgewood, talvez possamos ter algumas
respostas.
-- Esperem um pouco voces dois -- disse o xerife. -- Estão insinuando
que um medico do hospital central pode ser o responsavel por mais de
cinquenta mortes, todas arquivadas como crime insoluvel?
-- Nada disso, xerife -- defendeu-se Charles.
-- Isso seria apressar conclusoes, xerife. Não podemos nos esquecer
que ele trabalhava com idosas, gente com doenças terminais, com problemas
de saode generalizados, senilidade, derrames, enfartes, esse tipo de coisa.
-- Mas todas morreram queimadas -- observou Patrick. -- O que o fogo
tem a ver com isso?
Anna e Charles não tinham respostas para isso.
-- Bem, temos em nossos arquivos um laudo inconclusivo sobre a morte
de sua parente -- disse o xerife a Plumber. -- Posso dar-lhe uma cópia
autenticada. Acho que só resolveraesse problema legalmente, com a ajuda de
um juiz.
-- Era isso que eu temia - afirmou Patrick.
-- Se este e o unico meio, vamos a ele então, pai -- falou Norma,
decidida.
-- De volta ao advogado -- comentou Patrick, com desalento.
O xerife acompanhou-os para fora da sala, enquanto Anna e Charles
olhavam-se, tentando encontrar respostas.
-- Qual vai ser o próximo passo? -- perguntou ele.
-- Vamos tentar por um pouco de ordem nisso -- falou ela.
-- Voce pensaria melhor com uma xícara de cafe quente?
-- Possivelmente - respondeu ela, com um sorriso agradecido. -- Mas eu
me sentiria melhor comendo alguma coisa.
-- Puxa, nem vi a hora passar -- comentou ele, olhando o relógio. --
Vamos almoçar juntos?
-- Sim, claro.
Charles ia desligar o computador, quando Anna lembrou-se de algo.
-- Espere, não desligue ainda! -- pediu ela.
-- O que foi?
-- Não me lembro de ter visto o sobrenome dela, mas tenta localizar
uma ficha com o sobrenome Bovet.
-- A mãe de Daniel Bovet ou coisa assim?
-- Sim... Vai ser interessante se encontrarmos algo assim, não?
Charles pesquisou, sem localizar nada.
-- Não, não tem.
-- Talvez com o nome de solteira...
-- Se soubessemos qual e...
-- Deixe para la. Vamos almoçar -- decidiu ela.
-- Pensando melhor -- comentou ele, digitando alguma coisa no teclado
do computador. -- O primeiro nome da mãe dele era Ruth. Vamos ver agora se
haalguma Ruth morta em 1959 ou 1960.
Ao pedir essa informação, o computador listou Ruth Norton, morta em
novembro de 1960.
-- Novembro de 60? Não pode ser... Os crimes do Trinta e Oito
começaram em março... -- observou Charles, confuso.
-- Procure a ficha dela, vamos nos certificar -- sugeriu Anna.
Charles procurou pela ficha, pondo-a na tela.
-- É ela -- afirmou Charles. -- Tratou-se de outubro a novembro...
Diabos! Isso acaba com a minha teoria. Daniel não tinha motivo algum para
começar a matar gente do hospital no mes de março. Sua mãe só começou a ser
atendida ali em outubro... Não sei mais nada. Vamos comer -- decidiu ele,
desligando o computador nervosamente.

* * *

Gary estava um tanto alterado, falando confusamente. Os dois homens
trataram de acalma-lo primeiro, dando-lhe uma bebida. Depois fizeram-no
repetir tudo que dissera de forma tão ininteligível e atropelada.
-- Estacalmo agora, doutor? -- perguntou um deles.
-- Sim, deixe-me explicar de novo, por favor - falou ele, tomando mais
um gole do drinque. -- Meu avo fez as suas experiencias de fins dos anos
quarenta ate setenta, quando morreu. Usou mulheres idosas como cobaias.
Todas elas, após um período de melhora, apresentavam um estranho quatro de
aumento da temperatura do corpo. Estranhamente, todas elas morriam
queimadas. Havia algo na fórmula estimulador hormonal que provocava isso...
É um fato por demais conhecido na parapsicologia, mas jamais registrado
assim, de modo provocado. Não sei dizer o que fez isso acontecer, mas ha
alguns erros na fórmula de meu avo...
-- Certo, doutor. As pessoas tomavam o remedio, melhoravam, depois
pegavam fogo? -- resumiu seu interlocutor, olhando significativamente para
o amigo ao lado.
-- Parece loucura, mas e a verdade.
-- Ok, doutor! Não vejo como isso pode afetar-nos...
-- A Polícia estainvestigando essas mortes... Alem disso, hadois
parentes de uma das mulheres mortas. Estão tentando conseguir um atestado
de óbito da mulher. mas não conseguem, porque ela ardeu ate virar cinzas...
De qualquer modo, acho que foram eles que provocaram tudo isso...
-- Certo. Sabe os nomes deles?
-- Acho que o sobrenome e Plumber... Tambem estão hospedados no Lindon
Hotel...
-- Certo, nós os localizaremos.
-- O que vão fazer?
-- Ajuda-los a conseguir o tal atestado de óbito e manda-los para
longe daqui. Como sabe da investigação policial?
-- Dois tiras estiveram no hospital. Uma mulher, acho que se chama
Anna, e um rapaz... Charles e o nome dele.
-- Charles e Anna, tudo bem. Deixe esse problema conosco, doutor.
Concentre-se apenas em aprimorar essa fórmula. Tudo que precisar seraposto
ao seu alcance. Faça o seu trabalho que nós faremos o nosso...
Assim que Gary deixou-os a sós, os dois homens entreolharam-se,
preocupados.
-- O acha?
-- Difícil dizer, mas teremos de ser drasticos com essa situação. Ha
muito dinheiro em jogo, voce sabe. Temos ordens de deixar o doutor a
vontade para trabalhar, sem qualquer tipo de preocupação.
-- Então vamos ter de agir.
-- Sim, vamos começar pelos Plumber. Seramais facil. Depois vamos
estudar o que fazer com os policiais. Precisamos descobrir o que eles sabem
primeiro, para não deixar nada incompleto para tras.
-- Estabem, mas não gosto disso.
-- Vamos ser o mais discretos possíveis e tratar de chamar o mínimo de
atenção. Vou lhe dizer o que devemos fazer.

* * *

Norma e seu pai voltavam do almoço para o hotel. Patrick estava
contrariado por não ter tido resultados ate aquele momento. Norma tentara
convence-lo que, no fim, tudo daria certo e que o terreno compensava o
trabalho que estavam tendo.
-- Vou descansar um pouco. Quando acordar, vamos voltar ao advogado --
decidiu ele.
-- Vou ler. Quer que o acorde? -- ofereceu ela, enquanto ele abria a
porta do apartamento.
Haviam se hospedado numa suíte, com uma area comum e dois quartos
separados, dando-lhes toda a privacidade.
-- Sim, daqui a uma hora, no maximo -- disse ele, deixando-a entrar
primeiro.
Fechou a porta atras de si. Norma foi para o seu aposento,. Patrick
para o outro. Assim que entraram, sentiram um cheiro forte no ar, um cheiro
penetrante de clorofórmio.
Antes que entendessem o que se passavam, foram dominados e postos para
dormir. Os dois homens trabalharam rapidos, estendendo os corpos deles nas
respectivas camas. Depois, retiraram do bolso seringas, com longas agulhas,
que foram espetadas no ceu da boca dos dois, injetando um líquido incolor.
Norma e Patrick ficaram imóveis em suas camas. Os dois homens
reuniram-se na area comum da suíte.
-- Tudo pronto?
-- Sim, estaterminado.
-- Tente localizar os documentos do carro que eles alugaram, assim
como a chave. Vamos precisar deles.
-- Certo, deixe comigo.
-- Depois vamos deixa-los dormindo aqui e tentar descobrir o que a
Polícia tem a respeito do caso. ã noite viremos fazer a limpeza.
Examinaram o local atentamente, antes de sair, um pouco mais tarde.
Como usavam luvas cirorgicas, nenhum vestígio denunciaria a presença deles
ali.
Foram ate a chefatura, onde passaram algum tempo conversando com o
xerife, tomando informaçoes com muita habilidade. Sem que o homem da lei
suspeitasse, eles arrancaram dele tudo que precisavam saber.
-- O que acha? -- indagou um deles ao outro, quando saíram de la.
-- Acho que só precisamos eliminar o computador para não termos
problemas com eles -- falou o outro e os dois riram. -- Parece que ele foi
a origem de todo o problema.
-- Penso que sim. Vamos dar algo com que se ocupar, assim deixarão o
doutor em paz.
-- De acordo.


Capítulo 7


Quando anoiteceu, os dois homens deixaram o quarto do hotel e, antes
de mais nada, foram ate a suíte que fora ocupada por Patrick e sua filha,
cujos corpos jaziam imóveis sobre a cama. Uma poderosa toxina fora injetada
em seus cerebros, provocando morte imediata. Nenhum traço dela, no entanto,
apareceria na necrópsia. Os dois tinham tudo muito bem planejado. Eram
especialistas em sua area.
Um deles apanhou o telefone e ligou para a portaria. Passava um pouco
das oito da noite.
-- É Patrick Plumber, da suíte 618. Gostaria de saber se havagas para
o show de hoje a noite, no restaurante do hotel?
-- Sim, Sr. Plumber, mas temos poucas mesas sobrando. Não quer deixar
reservada uma?
-- Sim, claro. Mesa para duas pessoas, minha filha e eu. A que horas
começa?
-- ãs onze, senhor.
-- Excelente! Pode me recomendar um restaurante típico para jantarmos
esta noite?
-- Temos uma porção, Sr. Plumber, mas o Catfish e o mais procurado e
elogiado.
-- A especialidade e peixe, não?
-- Sim, o catfish, ou bagre, como e conhecido por alguns.
-- Pode reservar uma mesa para nós la?
-- Sim. Sabe o endereço, senhor?
-- Jaouvi falar. Fica na encosta da Colina Eaglewood, não?
-- Acertou, senhor. Recomendo um pouco de calma quando passar pela
estrada. Soube que esta em obras e um tanto perigosa. Espero que goste do
jantar. Ligarei e farei a reserva para duas pessoas.
O homem desligou o telefone com um sorriso satisfeito.
-- Só precisamos tira-los daqui e leva-los para o carro.
-- Eu sei como fazer isso -- falou o outro, deixando o quarto com
extrema cautela.
Foi, pelo corredor, ate o depósito. A porta estava trancada, mas ele a
abriu com facilidade. Havia um carrinho utilizado pelas camareiras para
levar as guarniçoes de cama e banho, quando faziam a arrumação pela manhã.
Ele empurrou o carrinho ate o quarto. Os corpos foram acomodados la
dentro, depois levados para o elevador de serviço. Sem maiores problemas
chegaram ao estacionamento. O carro alugado por Patrick foi levado para um
ponto escuro e ali eles passaram os corpos do carrinho para o veículo.
Enquanto um deles dirigia, o outro seguia-o com o outro carro.
Rumaram para a Colina Eaglewood. Como o rapaz da portaria avisara,
havia um trecho em obras, onde a pista cedera, abrindo uma cratera. Logo
depois desse ponto, havia uma estrada secundaria que deixava a principal e
subia uma encosta íngreme. O motorista manobrou o carro ate o meio da
encosta, parando-o la.
Seu companheiro seguira-o. Rapidamente eles acomodaram os corpos nos
bancos dianteiros do carro. Um deles calçou o pneu traseiro, depois liberou
o freio, com o motor ainda ligado.
O outro foi ate o carro e retornou com um litro de uísque. Quebrou-o
no interior do veículo, entre os dois corpos, espalhando o líquido por toda
parte.
-- Prenda-os com o cinto de segurança -- ordenou um deles. - Assim não
serão arremessados para fora do carro, quando caírem.
O outro fez o que ele ordenara. Um fósforo foi riscado, então, e
atirado para dentro do automóvel. Um ruído surdo e as chamas dominaram-no
por dentro. Um dos homens chutou o calço. Transformado numa bola de fogo, o
carro desceu de re a encosta, atravessou a pista e caiu na depressão,
despencando pela encosta, arrebentando-se todo, ate explodir quando bateu
laembaixo, após uma queda violenta.
Ficou ardendo como um estranho e macabro farol na escuridão da
encosta. Os dois homens tomaram o seu veículo e voltaram para a cidade.
Passaram por uma cabine telefonica, onde um deles ligou para a Polícia,
informando o acidente, desligando em seguida.
Momentos depois, todos os carros disponíveis na cidade rumavam para o
local. Os dois foram diretamente para o xerifado. Apenas a operadora do
radio ficara ali para atender.
-- Precisamos falar com o xerife -- disse um deles, enquanto a garota
desdobrava-se para atender as ligaçoes que vinham de pessoas informando a
explosão.
O homem tratou de confundí-la, fazendo perguntas sobre o xerife,
distraindo sua atenção. O outro, disfarçadamente, entrou pelo corredor e
foi direto a sala do computador.
Sem acender a luz e valendo-se apenas da claridade que vinha da
janela, ele retirou do bolso um disquete e introduziu-o no computador, após
liga-lo.
Digitou alguma coisa, depois esperou. O computador copiou rapidamente
o programa existente no disquete.
No momento seguinte, ele desligou tudo, retirou o disquete e retornou
para junto do amigo.
-- Terade esperar o xerife... -- repetia a garota.
-- Estabem, a gente procura por ele amanhã cedo. Acho que estaratudo
mais calmo por aqui, não?
-- Sim, tenho certeza que sim, senhor - afirmou a garota, as voltas
com o telefone que não parava de tocar.
Os dois homens saíram rapidamente. No hotel encontraram-se com o Dr.
Ridgewood saindo. Cumprimentaram-no.
-- Estatudo resolvido, doutor. Pode continuar suas experiencias com
tranquilidade -- disse um deles.
-- ãtimo! É muito bom ter voces dois por perto -- afirmou ele, indo
apanhar seu carro.
Linda esperava-o na casa dela para um jantar a dois. Sentiu-se mais
aliviado após a notícia dada pelos dois seguranças da poderosa
multinacional para quem desenvolvia o estimulador hormonal.

* * *

O local era de difícil acesso e, quando conseguiram chegar la, o fogo
jadestruíra totalmente o carro e carbonizara seus ocupantes. Charles e o
Xerife Weller tentaram identificar o veículo, mas pouco sobrara dele.
-- Consegue reconhecer alguma coisa? -- indagou o xerife.
Charles examinava o carro, percebendo que o parachoque traseiro havia
sido arrancado durante a queda. Iluminou com a lanterna as marcas deixadas
na encosta pelo carro.
-- O que foi? -- indagou o xerife.
-- O parachoque foi arrancado. Deve estar aí para cima.
-- Tente acha-lo. Pode ser a onica forma de identificarmos os
ocupantes -- disse o xerife. -- George e Steve, ajudem o Charles --
acrescentou.
Os tres homens começaram a subir a encosta, procurando.
-- Ali -- apontou um deles, iluminando com o farolete.
O pedaço arrancado do carro estava ali, enroscado numa pedra, onde
esbarrara na queda. O local era perigoso. Charles, com toda cautela,
conseguiu ir ate lae desenrosca-lo, fazendo-o escorregar para baixo e ir
cair próximo do xerife.
-- Ei, cuidado aí! -- gritou o homem da lei, indo apanhar o destroço.
Preso a ele estava a placa do veículo. Tinha uma cor especial, que
identificava os carros para locação. Quando Charles e os outros voltaram, o
xerife conversava com alguem pelo celular do carro. Quando desligou, olhou
Charles com pesar.
-- O carro foi alugado no aeroporto. Patrick Plumber -- disse ele.
-- Ele e a filha?
-- Possivelmente.
-- Maldição! Que coisa, meu Deus! Não mereciam isso. Como pode ter
acontecido?
-- Deve ter despencado naquela parte em obras, com certeza.
-- Ligue para o hotel. Confirme com eles, xerife -- pediu Charles.
-- Tome, faça isso -- disse o homem da lei, passando-lhe o aparelho.
Charles ligou para o Lindon Hotel. Confirmaram que Patrick e a filha
haviam feito reserva no Catfish e, possivelmente, estivessem la. O ajudante
do xerife pediu que ligassem para o aposento deles. Realmente haviam saído.
O rapaz ficou arrasado com aquela tragedia, lamentando principalmente
por Norma, ainda tão jovem. Nada havia, no entanto, que pudesse fazer.
Havia acontecido.
Pensou em ligar para Anna, informando a ocorrencia, mas desistiu. No
dia seguinte falaria com ela.
Anna, no entanto, quando ouvira as sirenes, ligara para o xerifado e
informara-se. Assim, no dia seguinte, quando Charles a esperou descer do
carro, no estacionamento, ela jasabia.
-- Descobriram a causa? -- indagou ela.
-- Uma equipe estafazendo uma perícia na colina hoje, tentando
descobrir o que provocou o acidente. Que ironia, não? Vieram tentar
solucionar o problema com a parente que morreu queimada e tiveram o mesmo
destino.
-- Uma fatalidade! -- concordou ela. -- Vamos voltar ao computador?
Tenho algo que gostaria que voce fizesse por mim -- pediu ela.
-- Certo, o que quer?
-- Que tente descobrir qual e a especialidade do Dr. Ridgewood, tanto
do velho, como do novo. Acha que pode conseguir isso?
-- Vamos pedir algumas informaçoes a uns nomeros que eu conheço --
disse ele. -- Se eles não souberem informar, ninguem mais sabera.
-- É legal isso?
-- Se voce não contar a ninguem, eu tambem não contarei - a-firmou
ele.
Foram para a sala. Charles ligou o computador e começou sua pesquisa.
De repente, todos os controles emperraram e a tela simplesmente ficou
limpa.
-- O que houve? -- indagou Anna.
-- Não sei, estava tudo normal. Vou desligar e ligar de novo.
Charles desligou o computador, depois voltou a liga-lo. A tele
continuou em branco.
-- Não entendo -- comentou ele, digitando diversos comandos.
-- Parece que a memória sumiu. Tudo que estava nele sumiu. Estranho.
-- Perdeu tudo que tinha gravado aí?
-- É o que parece, mas acho que deve ser algum defeito -- disse ele,
apanhando o telefone e ligando para a empresa que desenvolvera os programas
para a Polícia.
Conversou por algum tempo, mas nada do que lhe disseram para fazer
funcionava.
-- Acho melhor virem ate aqui -- pediu ele. -- Estava tudo muito bem
ontem a noite, quando saí daqui.
Quando desligou, ficou olhando intrigado para o aparelho.
-- O que aconteceu, afinal? -- perguntou Anna.
-- Não sei, mas vamos deixar que um tecnico examine isso. Felizmente
fiz uma cópia de segurança de todo o arquivo mas, se for um vírus, não
convem reimplanta-los antes de descobrirmos o que e.
-- Bom, vamos ter de adiar nossa pesquisa, não?
Anna pensou por instantes.
-- Pelo contrario. Se não podemos ter a informação indiretamente,
vamos busca-la diretamente.
-- Como assim? Falar direto com o Dr. Ridgewood?
-- Sim, por que não?
-- Bem, não poderei ir com voce agora. Tenho de esperar pela vinda do
tecnico...
-- Não se preocupe. Farei isso sozinha -- resolveu ela, piscando-lhe
um olho e saindo para obter a resposta que procurava.

* * *

Gary Ridgewood estava de volta ao normal naquela manhã. Tudo parecia
resolvido e ele poderia voltar a concentrar-se nas pesquisas de seu avo,
alem de ter avançado em seu relacionamento com Linda Hart.
Ela insistia para que ele deixasse o hotel e fosse morar com ela, na
sua espaçosa residencia. A ideia não era de todo ma. Gary não queria, no
entanto, agir precipitadamente naquele assunto. Acabava de reencontra-la.
Tinha tempo para decidir isso.
Fez um balanço do que tinha descoberto ate o momento. Num quadro-negro
que havia na parede, ele escreveu a fórmula inicial de seu avó, depois foi
anotando as variaçoes seguintes. Um princípio estava incorreto. Um
princípio que havia provocado estranhas reaçoes nas pessoas, poucos dias
após o início do tratamento. As melhoras ocorriam, mas as pacientes morriam
em seguida.
Ficou pensando naquela propriedade do estimulador hormonal, inclusive
em suas possibilidades. Um homem inteligente como ele podia imaginar mil e
uma utilidades para algo como aquilo, inclusive sua utilização como arma
militar.
Talvez seu avo tivesse chegado mais longe do que poderia imaginar em
sua epoca. Gary imaginava agora um produto posto na agua de milhoes de
soldados, fazendo com que eles, após algum tempo, simplesmente se
evaporassem.
-- É um absurdo! -- murmurou, simplesmente.
Se uma ideia como aquelas caísse em mãos erradas, a humanidade toda
correria um risco terrível. Não era seu interesse. Queria o estimulador
hormonal com seu princípio regenerativo, permitindo uma sobrevida aos
idosos. Poderia ganhar milhoes, salvando vidas, não destruindo-as.
Bateram na porta do laboratório.
-- Diabos! -- praguejou ele, atrapalhado.
Não queria ser interrompido e não imaginava que poderia estar ali. A
onica pessoa que poderia procura-lo era Linda, mas ela não o incomodaria
durante o trabalho. Sabia como ele era metódico nisso.
Foi abrir a porta.
-- Lembra-se de mim, doutor? -- indagou-lhe Anna.
-- Sim, claro, a policial. Em que posso ajuda-la? -- indagou ele,
saindo e fechando a porta atras de si.
Anna estranhou que ele trabalhasse trancado em seu laboratório,
sozinho, tomando todos aqueles cuidados. Mal permitira uma visão do
interior do aposento.
-- Gostaria de fazer algumas perguntas...
-- Por que não vamos ao escritório? -- indagou ele, apontando a porta
no meio do corredor.
-- Sim, claro. Seraque eu posso dar uma olhada em seu laboratório?
Sempre fui muito curiosa a respeito de...
-- Lamento - cortou-a ele. -- Estou trabalhando com algumas fórmulas
no quadro-negro e devo afirmar que são confidenciais, pelo menos ate que eu
termine minha pesquisa. É um produto novo, tenho de tomar todas as
precauçoes, se e que me entende. Espionagem industrial e esse tipo de
coisa...
-- Sim, claro -- afirmou ela, embora não percebesse a necessidade de
tanto segredo.
Acompanhou-o ate a sala. Gary indicou-lhe uma poltrona, indo sentar-se
atras da imponente escrivaninha.
-- Tiveram muito trabalho ontem, não? -- comentou ele.
-- Como assim?
-- Ontem a noite, ouvi uma correria de sirenes cidade.
-- Oh, sim, aquilo. Foi uma tragedia. Lembra-se de Patrick Plumber e
sua filha, que estavam as voltas com o problema de um atestado de óbito de
uma parente?
Gary estremeceu. Havia comentado isso com os homens na noite anterior.
-- O que houve com eles? -- indagou, num fio de voz.
Todo o seu semblante modificou-se.
-- Morreram num acidente de carro. O veículo despencou de uma colina.
Morreram carbonizados...
-- Deus!... Não! -- murmurou o medico, demonstrando o quanto a notícia
o havia abalado.
Anna não entendeu aquela ração. Sempre julgara que os medicos eram
insensíveis a morte de um modo geral. Gary, no entanto, reagia
estranhamente para alguem que mal conhecia as duas vítimas.
-- Acabei de me lembrar... Tenho um compromisso agora... Precisa me
desculpar... -- disse ele, levantando-se da mesa e indo ate a garota,
praticamente arrancando-a da cadeira e acompanhando-a ate o corredor.
Antes que Anna pudesse entender o que se passava, ele havia retornado
para o escritório, deixando-a do lado de fora, no corredor.
Pensou em ir embora, mas tudo aquilo estava muito estranho. Ouviu Gary
usando o telefone, falando alto e nervosamente, mas não conseguia entende-
lo.
Olhou a porta atras de si, no corredor. Era um depósito. Entrou ali e
deixou uma fresta aberta. Pode ouvir o medico gritando que queria ver a
pessoa com quem ele falava imediatamente, antes de bater o telefone.
Quando ele desligou, saiu do escritório furioso e caminhou de volta
para o laboratório, onde entrou e trancou a porta.
Ficou pensando no que fazer em seguida e teve uma ideia. Deixou seu
esconderijo e atravessou o corredor, entrando no escritório.
Examinou o telefone sobre a mesa. Era uma linha direta, num aparelho
moderno, com tecla de rediscagem. Apertou-a e esperou.
-- Lindon Hotel -- disse uma voz educada e atenciosa do outro lado.
Desligou, sem nada dizer. Com quem ele estaria tão bravo no hotel?
Teria aquela reação sido provocada pela notícia da morte dos Plumber?
Ligou a procura de Charles.
-- Voce precisa vir ate aqui -- pediu ela.
-- Onde esta?
-- No setor de pesquisa do Hospital Central...
-- Que diabos faz aí?
-- Eu lhe conto quando chegar. Venha logo. Vou espera-lo do lado de
fora -- disse ela, desligando.
Saiu rapidamente do predio e ficou num local onde pudesse observar
quem entrava ou saía de la. Tudo estava muito estranho naquele caso.


Capítulo 8


Charles notou, pelo tom de voz de Anna, que o assunto era serio, por
isso apressou-se em ir ao encontro dela. A investigadora esperava-o próximo
do laboratório.
-- E então, o que estahavendo? -- indagou ele.
Anna contou-lhe o que presenciara.
-- Acha mesmo que foi a notícia das mortes dos Plumber que o deixou
assim? -- duvidou ele.
-- Tenho certeza.
-- Por que? O que ele teria a ver com isso?
-- Não tenho a menor ideia, Charlie, mas não estou gostando disso.
Desde o princípio, parecia haver algo relacionando este local a tudo de
ruim que descobríamos. Pode ser pura coincidencia, mas agora vou ate o fim.
Tudo por causa daquele seu computador, que acabou nos trazendo a isto...
-- Falando nisso, o tecnico descobriu o que era o problema...
-- Serio? Arrumou ja?
-- Não. Vai ser preciso trocar toda a memória permanente do
computador. Instalaram um nele um vírus dos mais modernos e sofisticados.
Estala, mas não se consegue identifica-lo.
-- E como isso foi parar la?
-- É uma boa pergunta, Anna. Não faço a menor ideia.
-- Fazendo essa troca da memória, voce poderausar os programas que
tem de reserva, não?
-- Aí e que estao problema. Terei de refazer tudo. O vírus pode estar
instalado nas cópias de segurança. Não hacomo saber.
-- Sendo assim, toda e qualquer informação que procurarmos sobre o que
estamos investigando não serapossível?
-- Exatamente.
-- Não acha isso estranho? Seraque chegamos perto demais de alguma
coisa muito importante ou tudo não estapassando de uma sequencia de
coincidencias? -- comentou ela.
-- Para mim, são coincidencias demais... Veja, quem são aqueles dois
ali? -- apontou ele.
Dois homens, muito bem vestidos, caminhavam apressadamente na direção
do laboratório.
-- Não os conheço. Parecem apressados, não? E nervosos, pela forma
como gesticulam...
-- Precisamos estar perto disso -- falou Charles, tomando a mão da
garota e arrastando-a atras dele.
Ao redor do predio havia uma cerca viva muito bem aparada. Caminharam
abaixados por ela, dando a volta.
-- Esta janela e do escritório dele -- disse Anna.
Os dois esperaram algum tempo. As vozes indicaram que os homens
estavam em outro aposento.
-- Vamos ver no laboratório -- disse ela, puxando-o desta vez.
Os dois foram postar-se sob a janela do laboratório. Ladentro, o Dr.
Gary Ridgewood parecia fora de si.
-- Se eu soubesse que voces agiam dessa forma, jamais teria concordado
com isso -- falou ele, andando nervosamente.
-- Fazemos o que tem que ser feito, doutor -- falou um deles.
-- Não isso... Jamais serei complice de algo assim. E depois, aquela
policial não esteve aqui gratuitamente. Ela desconfia de alguma coisa, pude
sentir isso...
-- Estaentrando em panico, doutor. Precisa acalmar-se. Hamuito em
jogo nesta história para nos deixarmos abater por parentes mortos ou
policiais intrometidos. Deixe tudo isso conosco. Cuide apenas de fazer sua
pesquisa.
-- Não sei, acho que preciso reavaliar tudo isso -- disse ele. -- Se
as coisas vão ser feitas desta forma, quero estar fora disso.
Os dois homens entreolharam-se, depois começaram a rir. Um deles
aproximou-se do medico, olhando-o nos olhos.
-- Gosta de dinheiro, não e, doutor?
-- Não a esse preço...
-- ... mas deve gostar muito mais de viver - acrescentou o homem,
friamente.
Gary olhou aqueles olhos frios e ameaçadores. Sabia do que ele estava
falando. Sentiu-se, então, numa terrível armadilha da qual não poderia
sair. Era muita coisa para ele. Não conseguiria trabalhar dessa forma.
Primeiro aquela descoberta terrível em relação as pesquisas do avo.
Agora isso: mortes justificadas pela ganancia e pelo lucro facil.
Fora seduzido por uma proposta milionaria, onde poderia fazer sua
independencia financeira. Não sabia, no entanto, que teria de vender sua
alma ao demonio para ter o que queria.
Era isso que teria de fazer, caso continuasse com aquela farsa. Seria
algo abominavel compactuar com assassinatos apenas para proteger o
investimento de homens inescrupulosos.
Num gesto irrefletido de coragem, foi ate o cofre e apanhou o envelope
com os duzentos e cinquenta mil dólares.
-- Tomem, podem levar. Não quero isso. Estou fora! -- afirmou ele,
encarando os dois.
Os homens entreolharam-se. Um deles aproximou-se de Gary, estendeu o
braço e seus dedos, como garras, fecharam-se na garanta do medico,
apertando com força.
Ele se viu sem fala e sem forças, com o ar impedido de entrar em seus
pulmoes, com as arteria impedindo de levar sangue ao seu cerebro.
Tentou retirar aqueles dedos de sua garganta, mas não teve forças. La
fora, Anna e Charles não percebiam o que estava acontecendo. Apenas
estranhavam aquele silencio.
O homem que apertava a garganta de Gary soltou-o. Quando ele ia
respirar e encher os pulmoes de ar, o homem golpeou-o com força no
estomago, fazendo-o gemer e dobrar-se. O medico caiu de joelhos. Novamente
com a mão em garra, o homem apertou um ponto entre seu pescoço e seu ombro.
Gary jamais havia experimentado dor tão lancinante.
-- Como ve, doutor, temos meios de faze-lo sofrer muito. Ninguem sai
fora de um negócio como este em que se envolveu. Muitos arranjos foram
feitos, muita gente estainvestindo. Comece sua pesquisa, doutor, e chegue
logo a um resultado. As pessoas podem ficar impaciente, sabendo como voce e
em relação aos seus negócios - ameaçou-o.
-- Não podem me forçar a aceitar esse dinheiro... nem a trabalhar para
voces... -- disse o medico, tentando levantar-se.
Um deles retirou um estojo do bolso interno de seu paletó. Abriu-o
sobre a mesa, enquanto o outro segurava Gary pelo pescoço e o levava ate
la.
-- Veja isso, doutor -- falou um deles, obrigando Gary a olhar o
conteodo do estojo. -- Temos vírus, bacterias, toxinas, venenos, uma porção
de coisas nesses vidrinhos. Qualquer um deles poderia causar-lhe um
sofrimento terrível, mas não vamos fazer isso com voce. Vamos encontrar
alguem de quem voce goste muito... Linda talvez... Veracomo e terrível ver
uma pessoa querida definhar ate a morte, bem diante de seus olhos.
-- Sim, doutor. É apenas um aviso. Meteu-se num negócio grande demais
e terade fazer sua parte. Ou isso, ou conhecerao verdadeiro sofrimento --
finalizou o homem, empurrando o medico para tras.
-- Vamos conversar com aquela sua amiguinha policial agora -- falou um
dos homens e os dois saíram do laboratório.
Sob a janela, Charles e Anna trocaram um olhar de surpresa e espanto.
-- Eles vão a sua procura, Anna.
-- Pelo que entendi, acho que aqueles dois tem alguma coisa a ver com
a morte dos Plumber...
-- E são perigosos. Melhor passarmos um alarme.
-- Vamos falar com o medico, primeiro. Ele tem muito o que esclarecer.
-- Certo, vamos la.
Enquanto os dois davam a volta no predio, Gary punha-se em pe e,
resolutamente, resolvera falar com Linda, contando-lhe tudo o que estava
acontecendo. Sua consciencia não o permitiria conviver com o assassinato.
Valorizar seu trabalho, vendendo sua patente para a melhor oferta, era
uma coisa. Vender-se junto era algo abominavel que jamais faria.
Ainda tinha um pouco de princípios e escropulos.
Charles e Anna entraram cautelosamente. Avançaram pelo corredor em
silencio, ate a porta do laboratório. Entraram, estranhando encontra-lo
vazio.
-- Onde estao medico? -- indagou ele.
Anna recuou ate o escritório, no meio do corredor. Empurrou a morta.
Estava vazio.
-- Ele saiu muito rapido...
-- Onde pode ter ido? -- indagou Charles, entrando.
Havia fórmulas anotadas no quadro-negro ao fundo, uma mesa cheia de
livros de anotaçoes e um envelope grosso, caindo no meio da sala.
Estava parcialmente aberto e dele haviam escorregado algumas notas
novas de mil dólares. Charles apanhou-o, mostrando-o a Anna, que se
aproximou.
-- Deve haver uns duzentos mil aqui -- surpreendeu-se o policial.
-- Temos algo grande, muito grande mesmo acontecendo, Charlie -- falou
ela, olhando os livros sobre a mesa.
Um deles estava aberto numa pagina de um relatório medico. Debruçou-se
sobre ele e começou a ler.
-- Ei, Charlie! Quer ver algo interessante? -- indagou ela.
-- O que e?
-- Ouça isto: ... aumento de temperatura verificado novamente, sem
causa aparente. Não afeta a paciente, que demonstrou muita vitalidade e
melhoras visíveis em seu raciocínio. Temo pelo aumento da temperatura. Não
seio que o provoca. Alterei a fórmula. Preciso continuar, mesmo sabendo que
isso poderacustar-lhe a vida...
-- Estafalando serio? -- surpreendeu-se ele.
-- Veja o final. Estadatado de 29 de dezembro de l968.
-- O que diz aí?
-- Níveis de temperatura acima da media, sem reflexos nos sinais
vitais da paciente. Exames sanguíneos não indicam infecção. Continua
desconhecida a causa... Paciente deveria ter retornado. Sua casa pegou
fogo... Ninguem sabe a causa... Eu sei... Assinado, Dr. Oliver Ridgewood.
Charles continuou olhando para Anna sem ter entendido ao certo o que
tudo aquilo representava. A garota sentia-se igualmente chocada com aquele
relato.
Seguiu adiante, folheando o livro, ate encontrar um outro relatório.
Da mesma forma ele retratava morte anunciada de mais uma paciente. O mesmo
acontecia nos relatórios seguintes. Nos intervalos, o cientista falava de
sua angostia e de sua obsessão em procurar aquela cura que estava vitimando
dezenas de cobaias.
Segundo ele, jahavia sido condenado ao inferno pelo que fizera. Sua
onica chance de equilibrar as contas com o criador era descobrir,
finalmente, a fórmula correta.
-- Meu Deus! É terrível! -- exclamava ela, a cada passagem.
Charles tambem folheava um dos livros e sentia-se da mesma forma que
ela. Esqueceram-se de tudo, concentrados naquela revelação terrível, que
explicava dezenas de mortes ao longo de mais de vinte anos. Mortes que,
infelizmente, haviam sido inoteis, porque o Dr. Ridgewood não descobrira o
que pretendera descobrir.
-- O que vamos fazer com isto aqui, Charles? -- indagou ela,
horrorizada.
-- São provas terríveis para condenar um homem morto.
-- Talvez não se possa mais fazer justiça, mas com isto poderíamos
resolver problemas como o que levou os Plumber a morte. Sabemos agora que
essas pessoas morrera, como morreram e porque morreram.
-- E isto? Qual e o significado disto? -- indagou o rapaz, mostrando o
envelope contendo dinheiro.
-- Vamos encontrar o Dr. Ridgewood.
Quando iam deixar o local, ouviram passos no corredor. Charles foi
observar. Era Gary e Linda, que caminhavam na direção do laboratório.
-- É tudo muito embaraçoso, Linda, mas prefiro isso do que ser
complice de mais crimes. Precisamos avisar o xerife. Aqueles homens mataram
os Plumber e estão atras daquela policial...
-- Acalme-se, Gary. Vamos ver isso tudo com calma -- afirmou ela.
Assustaram-se e surpreenderam-se com a presença da dupla de policiais
no laboratório.
-- O que estão fazendo aqui? -- indagou Linda, num fio de voz.
-- Gostaríamos de saber o que significa isto? -- retrucou Charles,
mostrando o envelope.
Gary empalidecera, sem reação, sentindo-se perdido.
-- Alem disso, gostaríamos que nos dissesse o que sabe sobre a morte
de Patrick e Norma Plumber, doutor... -- acrescentou Anna.
-- E a de mais de cinquenta mulheres, no período de l950 e 1970, todas
elas mortas em circunstancias misteriosas que não entendo ate agora como
não chamaram a atenção na epoca -- ajuntou Charles.
-- Não tem o direito de estar aqui... Entraram sem um mandado...Vou
chamar a segurança -- disse Linda, recuando ate o corredor.
Apanhou seu aparelho de telefone celular. Ligou rapidamente.
-- Venham depressa. A Polícia estaaqui.
Após uma pequena pausa, ela acrescentou:
-- Sim, ele estafora de controle -- finalizou ela, voltando ao
laboratório.
Gary caminhava de um lado para outro, muito nervoso, tentando
encontrar as palavras para justificar aquela situação.
-- Acho melhor acompanhar-nos, doutor -- recomendou Charles.
-- Ele não sai daqui, enquanto o departamento jurídico do hospital não
mandar alguem aqui -- cortou-o Linda.
-- Não hanecessidade disso. Apenas estamos convidando o Dr. Ridgewood
para prestar esclarecimentos -- explicou Anna.
-- Nada feito, garotos. Voces entraram aqui sem um mandado, reviraram
as coisas do doutor e estavam saindo com um envelope contendo dinheiro...
Anna olhou-a interrogativamente.
-- Como sabe que hadinheiro no envelope? -- indagou Anna.
-- Voces disseram -- confundiu-se Linda.
Gary percebeu a confusão feita por ela e olhou-a sem entender. Linda
estava palida agora, olhando Gary como se tentasse justificar alguma coisa.
-- Como sabia do conteodo do envelope, Linda? -- indagou ele.
-- Voce estaconfuso, Gary. Eles disseram. Alem disso, qualquer idiota
percebe que hadinheiro ali dentro. Dinheiro que os dois estavam roubando,
se não chegassemos a tempo -- afirmou ela.
Anna e Charles entreolharam-se. Estavam percebendo onde ela pretendia
chegar. A acusação poderia dar-lhes muita dor de cabeça e exigiria muitas
explicaçoes.
-- É melhor eu ligar para o xerife -- disse Anna.
-- Ninguem sai daqui ate os advogados chegarem -- falou Linda,
recuando ate a porta e fechando-a com a chave.
Guardou o chaveiro consigo.
Charles e Anna estranharam aquele comportamento. Era tudo muito
suspeito. Tudo, alias, era suspeito ali naquele lugar.
-- Dr. Ridgewood, acho que tem informaçoes importantes para nós. O que
tem a dizer sobre a morte dos Plumber? Quem eram os dois homens que estavam
aqui, falando com voce e que o ameaçaram? -- indagou Charles, aproximando-
se e observando a mancha avermelhada no pescoço do medico.
-- Eu tenho de contar a eles, Linda...
-- Não faça nada ate os advogados chegarem, Gary!
-- Posso decidir isso sozinho, Linda. Não compactuarei mais com o que
estaacontecendo...
-- Pode falar quando quiser, doutor. Para que era este dinheiro?
-- Para pagar meu trabalho, minha pesquisa...
-- Gary, não! -- insistiu Linda.
-- Vou falar, Linda. Não preciso de um advogado...
-- Compreende que poderaestar pondo um fim em sua carreira? Jamais
alguem confiaraem voce de novo. Todo o seu trabalho estaraperdido. Anos
de estudo e de dedicação serão jogados fora...
-- Se gastei minha vida para chegar a isto, Linda, então prefiro
deixar tudo para tras...
-- Abra a porta, Linda. Vou chamar o xerife.
-- Não, ninguem sai daqui...
Anna sacou sua arma e apontou-a na direção da fechadura. Linda
interpos-se entre ela e a porta.
-- Terade atirar em mim primeiro -- falou Linda.
-- Eu não entendo, Linda. Por que voce estaagindo assim? -- indagou
Gary.
-- O que a assusta tanto? -- ajuntou Charles.
-- Sim, de que tem medo? -- completou Anna.
Linda ouviu passos no corredor e sorriu, aliviada. Estava chegando a
ajuda de que precisava. Tudo poderia ser melhor resolvido agora.
Virou-se e tratou de abrir a fechadura. Quando escancarou a porta com
um sorriso, seu rosto revelou espanto. Ela recuou, assustada.
-- Não, não podem fazer isso -- protestou ela e, no momento seguinte,
sua cabeça foi jogada violentamente para tras.
Miolos e cabelos foram grudar-se na parede oposta, enquanto seu corpo
caía pesadamente.
Anna tentou sacar sua arma, mas os homens jaapontavam, diretamente
para ela, suas pistolas com silenciadores.
-- Um movimento em falso e seramorta tambem. Acho que foi longe
demais agora, doutor. Precisamos mostrar-lhe como trabalhamos de verdade.
Quando dissemos que havia muito em jogo, era verdade. Nada nos detera,
muito menos sua amiga aí ou dois policiais de nada. Isso nada representa na
ordem do dia, doutor. Eles são apenas peças descartaveis -- disse um dos
homens, com profundo desprezo.
Charles temeu por Anna e por si mesmo diante de criminosos tão
decididos.


Capítulo 9


Gary olhava, sem acreditar o corpo de Linda, caído no outro lado da
sala. O sangue formava uma poça escura ao lado da cabeça dela, que
apresentava, entre os olhos, um orifício avermelhado por onde o sangue
escorria.
Os olhos dela estavam abertos, olhando sem expressão para o teto.
Antes de morrer, ela urinara e defecara. Nunca a morte lhe pareceu tão
prosaica e tão chocante. Caída ali estava a mulher com quem ele fizera
amor, que lhe dissera palavras ardentes, esfregando-se em seu corpo.
Ali estava alguem de quem ele gostava, por quem nutria algum
sentimento. Não era um cadaver comum, nem um paciente comum. Era uma parte
dele, alguem com quem convivera. De repente, percebia que tudo que haviam
passado juntos simplesmente jamais voltaria a acontecer de novo.
Olhou pateticamente para os dois homens que empunhavam as armas.
-- Por que? -- indagou ele, pateticamente.
-- Não seja idiota, doutor. Não nos diga que não suspeitava dela --
falou um dos homens, aproximando-se lentamente de Anna, que havia deixado
cair sua arma.
O homem abaixou-se para apanhar a arma no assoalho. Charles torceu
para que Anna não fizesse o que ele pensou que ela faria, mas jaera tarde.
Ela trazia uma segunda arma escondida entre os seios. Charles sabia
disso. Quando o homem inclinou-se, ela tentou sacar essa arma. O homem
ergueu-se rapidamente e o cano de sua automatica atingiu o queixo de Anna,
jogando-a para tras.
-- Não façam isso -- gritou Gary, apanhando um frasco de reagente
sobre o balcão a sua frente e jogando-o contra o homem.
O vidro partiu-se e a substancia caustica ardeu em seus olhos e em sua
pele.
-- Maldição! -- gritou ele, apertando o gatilho na direção do medico.
Gary gemeu, enquanto era jogado para tras, sobre a mesa onde estavam
os livros de notas.
-- Malditos! -- gritou Charles, atirando-se atras de um outro balcão e
sacando sua arma.
Uma saraivada de balas foi quebrando vidros e equipamentos, sempre
precedidos de um som abafado das armas com silenciadores.
-- Deus, como arde esta coisa! -- gemia o outro homem. esfregando a
manga do paletó no rosto.
Percebeu que a fricção do tecido arrancava fiapos sangrentos de sua
pele.
-- Frank, estou derretendo... Meus olhos... Frank... ajude-me -- pediu
ele, trombando com uma prateleira cheia de vidros e materiais químicos,
derrubando-a estrepitosamente.
Charles percebeu o ruído da automatica armando-se, após o oltimo tiro
do pente, que teria de ser substituído.
Levantou-se, sem saber ainda onde estava seu alvo. O homem que caíra
sobre a prateleira erguia-se. Charles atirou no peito dele, vendo o buraco
abrir-se em seu paletó escuro.
O sangue vazou generosamente, enquanto o homem voltava a cair sobre os
restos da prateleira.
O outro remuniciou a pistola. Charles abaixou-se. Os tiros foram
arrebentando tudo sobre o balcão, enquanto ele rastejava, tentando por-se
fora da linha de tiro.
Viu, então, Anna mover-se, aturdida, com sangue em seu queixo. Temeu
que ela atraísse a atenção do atirador, mas não havia como alerta-la.
Dr. Ridgewood estava caído debaixo da mesa, mas movia-se. Charles não
sabia a extensão de seu ferimento. Ouviu barulho lafora, gente correndo.
O homem que disparava contra ele tambem ouviu o corre-corre.
Seguranças do hospital mobilizavam-se. Ele olhou seu parceiro, que sangrava
muito, revirando os olhos.
-- Sinto muito, parceiro -- disse ele, apertando o gatilho repetidas
vezes e matando-o.
Correu, depois, para a porta. Gente chegava pelo corredor. Ele gritou
para que se afastassem. As pessoas atiravam no piso. Outras colavam-se
amedrontadas contra a parede, enquanto ele passava correndo.
Charles correu ate Anna.
-- Estou bem... Vaatras dele... Eu consigo ajuda para o medico --
ordenou ela.
O policial viu a pistola que estava perto do corpo do pistoleiro
morto. Apanhou-a e correu em perseguição ao fugitivo.
Não foi difícil seguí-lo. Bastava observar as pessoas em choque ou em
panico. O assassino corria na direção do estacionamento. Tinha de pega-lo
la.
-- Polícia! Para onde ele foi? -- gritava ele, enquanto corria.
As pessoas assustadas apontavam a direção tomada pelo fugitivo. Com as
duas armas nas mãos, Charles corria o maximo que podia.
Chegou ao estacionamento. Estava ofegante. Ouviu um carro cantando os
pneus e fazendo o motor roncar alto. Vinha em sua direção. Apontou seu
trinta e oito e disparou repetidas vezes, ate que esgotasse a munição.
As balas pareciam não fazer efeito contra o veículo que vinha a toda
sobre ele.
Guardou o revólver e tentou apontar a automatica, mas o carro ja
estava praticamente sobre ele. Saltou para o lado, enquanto o veículo
passava velozmente.
Lana frente, na saída do estacionamento, carros da segurança do
hospital fechavam a saída. O motorista freou secamente, fazendo o seu
veículo derrapar e girar.
Charles percebeu que ele vinha de novo para cima dele. Apontou a arma
cuidadosamente e apertou o gatilho tres vezes seguida, marcando tres pontos
muito próximos no parabrisa do carro, que derrapou e bateu violentamente
contra outros automóveis estacionados.
O ajudante do xerife correu naquela direção. O motorista, coberto de
sangue e de estilhaços de vidro, saiu com dificuldade, caindo no piso do
estacionamento. Sua arma disparou numa sequencia impressionante.
Charles sentiu os projeteis passando por ele. Um calor intenso tomou
conta de sua coxa, como se um animal furioso o tivesse mordido ali.
Não se importou. Sua atenção estava no homem que rastejava lana
frente, enquanto substituía o pente de sua automatica. O rapaz aproximou-se
dele, apontando sua arma.
-- Não se mova -- ordenou.
-- Não vai me levar vivo -- disse o homem, cuspindo sangue,
continuando o movimento de trocar o pente de sua arma.
-- Pare ou vou atirar! -- gritou o rapaz.
-- Não vai me levar vivo -- repetiu o outro.
Charles não teve alternativa. Apertou o gatilho, mas nada aconteceu.
Só então percebeu que a arma estava com percussor recuado, indicando que as
balas haviam acabado.
-- Maldição! -- praguejou ele, olhando nos olhos do outro.
Havia neles crueldade e total desprezo pela vida humana. Seguranças
aproximavam-se com cuidado, mas jamais chegariam a tempo de salvar Charles.
-- Vou leva-lo comigo, policial -- disse o outro, levantado a arma sem
pressa alguma.
Charles olhou-o nos olhos e viu o olhar da morte fixo nele. Naquele
momento que lhe pareceu uma eternidade, pensou em Anna e em tudo que estava
perdendo.
-- Não e justo -- murmurou, fechando os olhos.
O barulho do tiro veio de outro ponto. Charles abriu os olhos
assustados e viu o pistoleiro dobrando-se ao meio, após deixar cair a sua
arma. Novo disparo e o projetil atingiu-o no meio da espinha. Seu corpo
desarticulou-se como uma marionete com os fios cortados.
La atras, com a arma ainda apontada e fumegante Anna respirava
aliviada por ter conseguido atingir seu alvo.
-- Graças a Deus! -- murmurou ela, sentando-se.
O sangue gotejava de seu queixo ferido. Charles tentou caminhar na
direção dela, mas uma fisgada na coxa impediu-o. Olhou, com surpresa, sua
calça manchada de vermelho e a poça de sangue ao redor de seu pe.
-- Maldição! Ele me atingiu! -- comentou, olhando aturdido o ferimento
que atravessava sua coxa.
Sentou-se, pondo a mão no ferimento e apertando. O sangue minava por
entre seus dedos. Anna corria na sua direção, seguida de outras pessoas.
Charles deixou o tronco pender para tras e ficou olhando umas nuvens
preguiçosas que passavam no ceu.
Viu o rosto sujo de sangue da garota surgir diante dele, encobrindo a
visão das nuvens.
-- Voce esta bem? -- indagou ela, segurando-o pelos ombros.
Viu, então, o sangue que minava de sua coxa.
-- Oh, Deus! Ele o feriu... Alguem me ajude. Policial ferido! --
gritou ela.
-- Voce tambem não esta cem por cento -- disse ele, tentando rir,
enquanto estendia a mão para limpar o sangue que brotava do queixo dela.
Anna sentou-se ao lado dele. Olharam-se.
-- Voce ja imaginou que lugar mais comodo fomos escolher para sermos
ferido? O estacionamento do hospital -- disse ela.
Charles começou a rir. Uma ambulancia do hospital deslocava-se
velozmente na direção deles. Anna tambem começou a rir, depois abraçou-o
com força, tremendo.
-- Tive tanto medo - murmurou ela, fragil e assustada.
-- Eu tambem -- acrescentou ele, apertando-a contra o corpo.

* * *

Charles acordou com a boca seca e uma dor intensa na coxa. O efeito da
anestesia passava. Haviam aplicado um sedativo que logo começaria a fazer
efeito. Ele olhou ao seu redor. Viu o rosto apreensivo de Anna, com um
curativo no queixo.
Esboçou um sorriso, depois dormiu de novo.
Quando acordou, o xerife estava sentado ao lado da cama, olhando-o com
orgulho.
-- Parabens, Charlie! Estamos todos orgulhosos de voce -- afirmou o
xerife. -- Imagine que o prefeito pessoalmente viraaqui parabeniza-lo.
O rapaz olhou ao seu redor, procurando por Anna. Viu o sorriso dela.
Levantou a mão, chamando por ela.
-- Tudo bem com voce? -- indagou ele.
-- Sim, comigo tudo bem. E voce, como se sente depois da operação?
-- O que fizeram comigo?
-- Tiveram que fechar uma torneira que voce tinha aí na coxa. A bala
perfurou uma arteria. Mais um pouco e voce teria sangrado ate morrer...
-- Sorte que tudo aconteceu no estacionamento do hospital -- lembrou
ele, esboçando um sorriso.
-- Sim, sorte.
-- O que aconteceu por la? O que houve com o medico?
-- Gary Ridgewood estamorto e, com ele, o segredo de uma importante
descoberta.
-- E aqueles homens?
-- Trabalhavam para uma multinacional de medicamentos, só que jamais
encontraremos qualquer indício que possa incrimina-los. São poderosos
demais para serem enfrentados por insetos como nós -- disse ela, com
desalento.
-- Não diga isso, Anna. Estou certo que, quando Charles puder voltar
aquele computador, haveremos de encontrar uma forma de pegar aqueles
bastardos -- afirmou o xerife.
-- Nada nos impedirade tentar.
-- Voce viu, xerife. Conseguimos algo para voce mostrar ao prefeito e
provar que o investimento no computador compensou. Tudo começou com ele.
Uma serie quase interminavel de crimes insoloveis foram elucidados graças a
ele -- afirmou o rapaz. Só lamento não ter encontrado as respostas corretas
para os crimes do Trinta e Oito.
-- Foi bom voce lembrar isso -- falou Anna, indo apanhar sua bolsa.
Retirou dali um dos livros de notas do Dr. Oliver Ridgewood, que
Charles logo reconheceu.
-- O que tem aí? -- indagou ele, curioso.
-- Depois de tudo terminado, recolhi estes livros e comecei a dar uma
olhada neles. Veja o que descobri. Neste livro, de 1960, o cientista cita
Daniel Bovet.
-- E o que os dois tinham em comum?
-- Daniel Bovet estava com sua mãe em estado terminal. Desesperado,
deu um desfalque no banco para tentar pagar um tratamento. Alguem falara-
lhe da droga que o Dr. Ridgewood estava experimentando. Ele procurou o
doutor, disposto a tudo. O medico, após alguma indecisão, atendeu-o, só que
a mãe dele, como as outras mulheres, tambem morreu. O rapaz ficou
ensandecido, fora de controle. Foi aí que o medico resolveu usar o rapaz
para esconder um uma outra serie de crimes. Descobrira que um faxineiro e
outros empregados do hospital roubavam sua droga para vender para velhos
doentes. Cada um dos ladroes não soube do outro, só que as pessoas para
quem eles venderam a droga tambem morreram e o medico, temendo que isso
estourasse em suas mãos, foi matando os ladroes.
-- E onde entra Daniel Bovet nisso tudo?
-- O medico usou-o para despistar os outros crimes. Daniel foi o bode
expiatório.
-- Como?
-- Primeiro drogou-o, depois simulou o suicídio, em algum ponto do
rio, onde Daniel deveria ser encontrado, juntamente com a arma do crime.
Todas as suspeitas dos crimes acabariam sendo imputadas a ele. Só que o
corpo boiou e afastou-se do local. Mesmo assim, o medico conseguiu ficar
livre de qualquer suspeita.
-- Meu Deus! Tudo isso em nome da medicina? -- horrorizou-se o rapaz.
-- Quero distancia de hospitais. Tratem de me tirar daqui o mais depressa
possível -- pediu ele, enquanto Anna e o xerife riam dele.
-- Se dependesse de mim, eu o levaria daqui agora mesmo -- falou ela,
debruçando-se sobre ele.
--E eu iria sem pestanejar -- murmurou ele, puxando-a para si e
beijando-a.

* * *

Fazia frio no porão da casa, apesar de ser começo de verão. O velho
junto alguns papeis velhos num canto onde improvisara um fogão, acendendo-
os. Os papeis arderam rapidamente, consumindo-se antes que a temperatura
melhorasse.
O velho remexeu uma velha caixa, onde guardara uma porção de coisas
que tirara da casa. Encontrou um livro grande, com paginas escritas numa
letra feminina, mas tremula.
Rasgou algumas folhas, jogando-as no fogo. Aproximou-se um pouco mais
das chamas. Ia arrancar a outra folha, mas, movido pela curiosidade, leu
com dificuldade o que estava escrito ali.

DIARIO
DATA: 3 de julho de 1951.
ACONTECIMENTOS DE HOJE: Hoje eu senti a presença do demonio como se
estivesse frente a frente com ele. Tenho certeza disso, como tenho certeza
que Deus Nosso Senhor estano ceu. Quando o Dr. Ridgewood aplicou-me aquela
injeção, eu senti o fogo do inferno invadindo minhas veias e todo o meu
corpo ser dominado por sensaçoes que havia muito tempo eu não sentia.
Pensamentos impuros passaram por minha cabeça, olhando aquele medico.
Pensamentos que jamais pensei que um dia voltaria a ter, principalmente
agora que tudo faço para reconciliar-me com Deus e ter uma boa recepção na
eternidade. O suor banhou meu corpo. Eu queria sair dali e correr pelas
ruas, recuperar um tempo perdido que deixei não sei onde, como se estivesse
recebendo a dadiva de uma segunda chance. Mas sabia que aquilo não era
nenhum dom divino e que o preço a pagar por aquilo seria alto demais para
mim.
Quando voltei para casa, orei. Orei com muito fervor...

-- Puxa! Agora que eu estava começando a gostar -- disse o velho,
percebendo que o fogo diminuíra.
Arrancou mais algumas paginas, jogando-as nas chamas. Esperou a luz
aumentar, para ler o que tinha naquela pagina.
-- Meu Deus! Ardo. Estou em chamas... Minha pele queima... Meu sangue
parece agua fervente em minhas veias, purificando-me dos pecados dos
oltimos dias... Preciso sair daqui... Preciso molhar-me... A caneta
derreteu entre meus dedos... O que acontece... -- terminou de ler o velho,
com decepção.
Ficou olhando a capa chamuscada do livro, sem entender o que havia
acontecido.
-- O demonio... Desde o princípio, eu sabia -- murmurou ele,
persignando-se, enquanto atirava o que restara do diario no fogo.
As chamas crepitaram, jogando interessantes desenhos nas sombras das
paredes sujas.

LIVROS DE BOLSO

ROMANCE ERàTICO


ARDENTE E GOSTOSA


Copyright ¸ 1999 - L P Ba‡an
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Cap¡tulo 1



Sempre fui assim e acho que jamais mudarei, pelo menos enquanto
tiver juventude e fogo em meu corpo. Jamais namorei menos do que
dois ou trˆs homens ao mesmo tempo. Eu preciso muito mais do que
uma simples trepada para me satisfazer e, convenhamos, os homens
sÆo, em sua maioria, limitados. O m ximo que conseguem chegar,
salvo deliciosas e preciosas exce‡äes, ‚ a um bis.
Atualmente estou namorando algu‚m, mas nÆo pude resistir ao Stud,
um ador vel lourinho, de l bios carnudos e olhos sonhadores, que
me olhava com um apetite enorme, na lanchonete, onde fomos, depois
de um jogo de basquete.
Eu sei reconhecer olhares masculinos e o de Stud era claramente um
olhar de desejo, de quem queria trepar comigo e testar seus
pr¢prios limites. Quer quisesse ou nÆo, eu j  havia feito a minha
fama nesse campo.
Fez-me um sinal, pedindo que o encontrasse do lado de fora da
lanchonete. Despistei de minhas amigas e fui ao encontro dele, que
me esperava no carro. Assim que entrei, olhou-me longamente,
depois jogou-se sobre mim, abra‡ando-me, beijando-me e se
esfregando em mim com vol£pia.
NÆo me fiz de rogada. Minhas mÆos foram se enfiando por sob a
camisa dele, tocando seus m£sculos, enquanto as dele se enfiavam
sob minha saia, at‚ tocar minha calcinha. O tecido fin¡ssimo j 
estava molhado. Enfiou os dedos pelo el stico, tocando meus pˆlos
macios e fartos, indo em busca de minha xoxota.
Resvalou a ponta do dedo no meu clit¢ris e eu ofeguei, abrindo um
pouco mais as pernas, facilitando o seu trabalho. Ele ficou
bolinando meu grelinho, enquanto eu gemia, estremecendo
continuamente. Depois avan‡ou os dedos, alisando toda a minha
vulva molhada, sentindo o calor.
O perfume da xoxota subiu at‚ suas narinas. Afastei um pouco mais
as minhas pernas e buscou a abertura de minha chana estreita. Eu
fiquei febril e ansiosa.
Meus l bios buscaram os seus. Beijei-o sofregamente, enroscando
sua l¡ngua na minha, sugando a sua saliva, mordiscando os l bios
carnudos e tentadores.
Acabamos indo parar num drive-in, onde passamos logo para o banco
traseiro. Os vidros escuros garantiam nossa privacidade. Trem¡amos
de tesÆo.
-- Vocˆ ‚ muito delicioso! -- disse eu, com minha voz mais
sensual.
Ele me beijou gostosamente. Havia lasc¡via e vol£pia em seu beijo
e isso me entonteceu, de tÆo forte e gostoso. Senti suas mÆos
descerem pelo meu corpo, tocando, sentindo, investigando.
Eu apertei seu caralho, esfregando-o com movimentos que me tiravam
a coordena‡Æo, de tÆo gostosos que eram. Eu queria mostrar a ele
que sabia manipular um cacete como nenhuma outra.
Ele deslizou as mÆos pelas minhas costas, at‚ as n degas,
repuxando a saia para dominar as graciosas e rijas eleva‡äes.
Apertei-o ainda mais contra mim.
Tirei o pinto dele para fora e o enfiei no meio das minhas coxas,
fazendo-o sentir o calor e a umidade de minha chana. A sensa‡Æo
foi gostosa e eu me arrepiei todinha. Ele me beijou ardentemente,
sugando minha l¡ngua, devorando minha boca.
Senti-o pegando fogo de tesÆo e desejo, quando avan‡ou sobre mim,
despindo-me. Fiz o mesmo, arranhando-lhe o peito com minhas unhas,
beijando-lhe os mamilos.
Gostei daquilo e continuei, contagiando-me, descendo a boca na
dire‡Æo do seu ventre. Ele tirou meu sutiÆ. Meus seios surgiram,
lindos e redondos, com as aur‚olas escuras ao redor dos biquinhos.
Ele os colheu em suas mÆos, sentindo a rigidez e o calor. Os
biquinhos estavam duros. Ele os beliscou, esfregando-os com as
palmas das mÆos, apertando-os com deslumbramento.
Eu j  estava praticamente ajoelhada entre suas pernas, esfregando
o rosto no seu cacete. Meu h lito quente o fazia arrepiar
continuamente. Eu beijava seu membro, apertando-o com verdadeira
adora‡Æo.
-- � duro! -- ofeguei, segurando a sua pica com as duas mÆos.
Empurrei a pele para tr s, descobrindo a glande. Lambi. Depois
beijei. Em seguida suguei. Tinha um caralho incr¡vel e estremecia
de tesÆo, enquanto a l¡ngua o alisava.
Ele me olhava deslumbrado, vendo o seu cacete enterrado em minha
boca, entrando em minha garganta. Enquanto eu chupava seu pau, ele
alisava meus seios.
Fiquei chupando seu pau, que se tornou rijo e inflado, com a
glande quase arroxeada. Ele gemia de tesÆo. Ansioso, segurou-me
pelos ombros e me fez erguer o corpo. Abra‡ou-me e beijou-me
sofregamente.
Eu estremeci. Ele enfiou a mÆo por minha calcinha novamente,
tocando meu clit¢ris numa car¡cia provocante e cheia de tesÆo.
-- Minha bucetinha esta toda molhadinha! -- murmurei, com a voz
rouca de tanto desejo.
-- Sim, estou louco de tesÆo -- disse-me ele, num sopro de voz.
Abracei-o, beijando-o com ardor, enquanto me erguia para que ele
me tirasse a calcinha. Ele se apoiou nos bancos da frente e entrou
pelo meio das minhas pernas. Afastou meus joelhos e ficou
deslumbrado, tocando minha xoxota molhada, alisando meus pelinhos
sedosos, enquanto aspirava meu perfume adocicado e inconfund¡vel.
Lambeu emocionado minhas coxas, avan‡ando. Ro‡ou sua l¡ngua no meu
grelinho. Eu gemi e incendiei-me. Apertei as coxas contra a sua
cabe‡a e fiquei tremendo. Gozava naquele momento e ele podia ver
isso na expressÆo de ˆxtase em meu rosto.
Ergui os quadris, praticamente esfregando a chana na sua boca. Ele
me chupou. Bebeu meu l¡quido precioso. Enfiou sua l¡ngua numa
profunda sondagem, entrando em meu buraquinho apertado, que se
contra¡a e se lubrificava ainda mais com a sua saliva.
Eu estremeci de novo, quando tocou meu ponto G. Segurei-o pelos
cabelos e apertei-o contra a buceta em fogo. Ele me fez gozar com
a sua l¡ngua.
Eu tombei sobre o banco, encolhida e fiquei, apertando as coxas
com for‡a e estremecendo, num gozo cont¡nuo e prolongado.
Lentamente eu abri as pernas de novo, olhando para ele com meu
olhar mais morti‡o e saciado. Ele ficou sentado ao lado ,
ofegante, esperando que eu me recuperasse.
-- Vocˆ ‚ mesmo gostoso! -- disse, ajoelhando-me entre as suas
pernas e segurando seu caralho. -- Quero sent¡-lo inteirinho --
acrescentei, ainda ofegante e trˆmula.
-- Estou em suas mÆos! -- murmurou, sentindo a pressÆo deliciosa
de meus dedos ao redor da sua pica.
-- Oh, sim! -- exclamei, mostrando o quanto gostava de fazer
aquilo.
Ele foi ao del¡rio. Eu chupava deliciada. Uma das mÆos mantinha a
pele arrega‡ada para baixo e eu lambia a glande, fazendo-o
experimentar sensa‡äes inusitadas.
-- Estou adorando -- murmurei, numa pausa, lambendo-lhe os
test¡culos, enrolando a l¡ngua na base do pˆnis e subindo at‚ a
cabe‡a intumescida e maci‡a.
Um calor intenso se acentuou em meu ventre e espasmos deliciosos
percorreram o meu corpo. A glande inchou-se ainda mais, segregando
o l¡quido lubrificante que eu lambi.
Ele estava prestes a gozar em minha boca e eu percebi isso,
soltando seu pinto e subindo pelo seu corpo, beijando-lhe o
ventre, os mamilos, o pesco‡o e, finalmente, a sua boca.
Minha l¡ngua atrevida penetrou por entre seus l bios, buscando a
sua sofregamente. Ele colocou uma camisinha. Eu fiquei de costas
para ele, sentada em seu colo, encaixando seu caralho em minha
chana.
Ele me abra‡ou cheio de tesÆo. Apertou meus seios. Beijou minha
nuca e meus ombros. Eu fui soltando o corpo lentamente e ele foi
entrando em minha chana, na maior gostosura.
Eu o mantive preso em minha buceta. O calor da penetra‡Æo
proporcionou-lhe um prazer indescrit¡vel. Minha xoxota o sugava,
pressionando gostosamente seu pˆnis.
-- Que tesÆo vocˆ est  me proporcionando -- ele disse, quase sem
f"lego.
-- Quer gozar agora?
-- Sim! Estou explodindo!
-- EntÆo goze! -- gemi eu, come‡ando a me mover.
Eu galopei em seu colo, fazendo seu caralho enterrar-se firme e
selvagemente em minha chana, com estocadas profundas e viris.
Eu comecei a gozar e continuei gozando, enquanto ele gemia e
enchia a camisinha de porra, fazendo transbordar com a pressÆo e
com meus movimentos selvagens.
Ficou apertando-me contra o seu corpo, enquanto eu me enrijecia
toda e ficava tremendo, respirando entrecortado, apertando suas
pernas com for‡a, quase cravando as unhas na pele. Depois fui
relaxando, soltando o corpo suavemente sobre o dele.
-- Que del¡cia! -- murmurei, levantando-me lentamente, deixando o
cacete escapar de minha xoxota saciada.
Eu retirei a camisinha e alisei seu cacete meio mole, esfregando-o
no rosto e entre os seios, com uma vol£pia ainda ardente,
fazendo-a voltar a endurecer. Sentei-me sobre suas coxas.
-- Tem outra camisinha? -- indaguei-lhe.
-- Sim -- respondeu, apanhando e entregando-a, sem saber
exatamente o que eu pretendia fazer.
Eu ainda estava excitada. Abri a embalagem da camisinha e
coloquei-a em sua pica. Depois acomodei-me, apontando sua vara
para o meio de minha buceta.
Fiquei de olhos fechados, sentindo seu caralho penetrando a
xoxotinha estreita e apertada. Apesar de estar bem lubrificada, eu
gemi de puro gozo.
Seu caralho estava todo dentro novamente e eu fiquei gemendo e
contraindo os m£sculos vaginais. Ele subiu suas mÆos pelo meu
corpo, buscando minhas tetinhas.
Estavam quentes, com os biquinhos pontudos eri‡ados. Beliscou-as e
massageou-as, enquanto eu gemia e suspirava.
Devagarinho eu movia o corpo, fazendo seu cacete deslizar em minha
xoxota, saindo e entrando num ritmo lƒnguido e sensual. Ele tocou
meu grelinho e massageou-o com as pontas dos dedo. Eu movi o corpo
com mais ¡mpeto.
Ronronava com voz rouca. Comecei a aumentar o ritmo. Minhas mÆos
apertavam-lhe os m£sculos do peito, dos bra‡os e dos ombros.
Beliscava seus mamilos, subia e descia o corpo cada vez mais
r pido e mais forte.
-- Vocˆ ‚ muito gostosa, sabia? Deve ter um rabo delicioso e
tentador! Gostaria de comˆ-lo tamb‚m! Gostaria de foder sua boca!
Sua orelha! De ejacular nos seus seios! No meio de sua bunda!
Sobre seu corpo, lambuzando-a inteirinha! -- ele foi falando,
fazendo-me estremecer e lhe apertar com lux£ria, enquanto o
cavalgava.
Meus gemidos e suspiros foram aumentando. Eu apertava os l bios
com for‡a e nÆo parava de saltar sobre sua pica. Eu a enterrava
at‚ o mais profundo de minha xoxota lubrificada, sentindo-a vibrar
de tanto gozo.
O prazer foi violento e completo. Eu fiquei estremecendo, com as
coxas trˆmulas, enquanto ele ejaculava copiosamente, enchendo de
porra a camisinha.
Eu tombei sobre ele, que ficou lambendo meu pesco‡o e minha
orelha, abra‡ado em mim, acariciando meu corpo.
*
Quando voltei para casa, ainda sentia meu corpo arder de tesÆo. Ao
inv‚s de me satisfazer, o encontro com Stud despertara minhas
paixäes mais primitivas.
Assim, tomei um banho, lavei bem a chana e fui para a casa do meu
vizinho, o Morris, que havia se mudado para l  recentemente. H 
tempos n¢s troc vamos olhares e provoca‡äes pelas janelas de
nossos quartos. Naquela noite, eu o elegi meu quebra-galhos
oficial, pois nÆo tinha a menor vontade de me masturbar para me
satisfazer.
Ele estava sozinho e me recebeu com inesperada alegria. Eu vestia
apenas uma camiseta. Os biquinhos de meus seios espetavam a malha.
Ele ficou olhando para mim e observando-me. Depois desceu seu
olhar para minhas coxas. Eu fiz o mesmo, imaginando seu caralho e
isso deu um tesÆo enorme. Acho que faz¡amos a mesma coisa, pois
seu caralho come‡ou a subir e ele nÆo se preocupou em ocultar
isso.
Devorei-o com os olhos. Ele sorriu. Fiquei com muito mais tesÆo
ainda, sabendo que o estava excitando. Ficamos em silˆncio por
instantes. Ele se aproximou lentamente de mim, medindo-me sempre.
-- � um garota muito bonita -- disse ele.
Eu estremeci, sentindo aquela voz macia penetrar meus ouvidos como
uma car¡cia. Sem maiores preocupa‡äes, aproximou-se de mim. Eu me
pus nas pontas dos p‚s para o abra‡ar. Fiquei com o corpo colado
ao dele.
-- Ando louca de vontade de trepar com vocˆ! -- exclamou ele.
Fiquei sem rea‡Æo a princ¡pio. Depois abracei-o. As mÆos dele
alisaram meus cabelos, arrepiando-me. Seu h lito aqueceu meu
pesco‡o. Senti seus l bios ro‡ando a minha pele. Excitei-me
brutalmente.
Senti os contornos de seu corpo junto ao meu. Enfiou uma das
pernas entre as minhas, subindo o joelho. Eu apertei as coxas,
prendendo seu joelho. Ele subiu suas mÆos pelas minhas costas, at‚
mergulh -las em meus cabelos macios e perfumados. Afagou-os
demoradamente.
O calor daquele corpo era contagiante. N¢s nos beijamos. Eu senti
sua l¡ngua avan‡ar, procurando a minha. Suguei-a, bebendo sua
saliva.
-- Gosta de mim? -- indaguei.
-- Adoro vocˆ!
Ele riu maliciosamente, esfregando-se em mim. Segurou-me pelos
ombros e afastou-se um passo para olhar-me. Depois, suas mÆos
buscaram meus seios, pressionando-os, deslizando, sentindo os
biquinhos eretos e tentadores. Depois desceram ao longo das curvas
insinuantes de meu corpo provocante, at‚ as coxas.
Minha cal‡a era de el stico. Ele foi empurrando-a para baixo, at‚
descobrir a calcinha. Correu o dedo por entre as coxas mornas. Eu
ofeguei, enquanto esfregava-me nele, sentindo a rigidez de seu
caralho.
Eu fiz o mesmo com sua cal‡a e sua sunga, empurrando tudo para
baixo. Tateei, at‚ segurar o seu cacete. Recuei, olhando-o cheia
de admira‡Æo.
-- � tÆo duro! Um tesÆo! -- murmurei, ofegando.
Ele tocou minha xoxota, j  umedecida. Eu voltei a abra‡ -lo.
Beijei seu pesco‡o, esfregando meus l bios em sua pele. Depois
lambi seu peito, mordiscando seus mamilos, enquanto as mÆos
deslizavam pelas suas n degas e coxas, numa car¡cia possessiva.
-- Vamos para o meu quarto! -- convidou-me ele.
Momentos mais tarde, est vamos em sua cama. Ali eu tirei minhas
roupas. Estava sem sutiÆ. Minhas tetinhas eram pequenas e
redondas, rijas, com biquinhos salientes e arrepiados. Ele
empurrou a minha cal‡a e a calcinha para baixo, tirando-as. O
cheiro de minha xoxota excitada invadiu o aposento.
Deitei-me na cama e ele me olhou, maravilhado. Eu devia ser
incrivelmente linda e apetitosa para ele, a julgar pelo seu olhar.
Eu entreabri as pernas para ele ver o formato de minha bucetinha.
O perfume tornou-se mais forte ainda, entontecendo-o.
Ele tirou a roupa. Seu caralho era longo e grosso e os pˆlos
encaracolados, de um louro bem escuro, espalhavam-se fartamente ao
redor dele, tornando-o ainda mais desej vel.
Abracei-o e estremeci de tesÆo, sentindo a maciez acetinada e
morna de sua pele. Respirei fundo, quando ele encaixou seu caralho
entre as minhas coxas, ro‡ando minha vulva, molhando-o em minha
umidade.
Meus seios espetavam seu peito. Morris me segurou pelo rosto e
meus l bios colaram-se nos seus, sugando e mordiscando, deixando a
l¡ngua escapar para penetrar sua boca profundamente.
-- Vocˆ ‚ tÆo gostoso!
-- Vocˆ ‚ deliciosa! -- murmurou ao meu ouvido, contorcendo-se
sobre o meu corpo, esfregando-se em mim com lux£ria.
Minhas mÆos desceram pelas suas costas e foram at‚ as suas
n degas, apertando-as voluptuosamente. Depois contornaram seu
corpo e foram buscar seu cacete, para apert -lo com for‡a.
-- Quero chup -lo!
Ele me deixou ficar … vontade. Deitei-me sobre ele, beijando seu
pesco‡o, depois seu peito. Fui se esfregando nele. Minha l¡ngua ia
deixando tra‡os de saliva em sua pele. Eu o arrepiava, mordendo-o.
Ajoelhei-me entre as suas pernas, apertando seu caralho com for‡a.
Inclinei-me lentamente e minha l¡ngua lambeu seus test¡culos. As
mÆos, enla‡ando seu pinto, come‡aram a se mover para cima e para
baixo.
Avancei a boca entreaberta na dire‡Æo do seu caralho. Estremeci.
Uma onda de calor passou pelo meu ventre, fazendo-me estremecer.
Eu senti seu membro latejar de tesÆo.
Minha l¡ngua avan‡ou e lambeu. Depois, minha boca se abriu e
envolveu a ponta do cacete. Lentamente eu baixei a cabe‡a e ele
deslizou para dentro de minha boca.
Senti agulhadas de prazer em todo o seu corpo, num estremecimento
prolongado. Minha l¡ngua girava ao redor do seu membro e minha
boca sugava, subindo e descendo, num ritmo lento e provocante.
-- Quero chup -la tamb‚m! -- pediu ele, ansioso.
Eu girei o corpo sobre ele, colocando minha xoxota ao alcance de
seus l bios. Minha boca continuou sugando seu caralho. Ele se
afundei em minhas carnes sens¡veis e lubrificadas.
-- Ah, que tesÆo! -- exclamou eu, estremecendo-se todo.
Eu gemi, rebolando os quadris, esfregando a chana em sua boca. Sua
l¡ngua se aprofundou dentro de mim, tateando o interior de minha
bucetinha, procurando o ponto G.
Eu delirei, continuando a mover a cabe‡a e a chupar alucinadamente
seu cacete em minha boca.
O perfume que vinha de minha buceta era estonteante. Ele sugava
meu n‚ctar, deslizando sua l¡ngua para cima e para baixo, antes de
se concentrar no botÆozinho sens¡vel de meu clit¢ris.
Ficou brincando com ele e eu fui … loucura com suas car¡cias,
retribuindo com mais ˆnfase. Suguei e masquei seu caralho, num
tesÆo indescrit¡vel. Ele gemia tamb‚m. Suspiros abalavam os dois.
Ele acariciou minha bunda redonda e arrebitada, enfiando o dedo em
meu reguinho. Eu rebolava, continuando a lhe chupar sem parar.
-- NÆo pare! -- pediu ele e enfiou sua l¡ngua toda dentro de minha
chana, movendo-a, ro‡ando meu ponto G.
Eu vibrei com aquele tesÆo, atendendo-o. Estremeci e comecei a
gozar. Continuei chupando alucinadamente seu cacete, mascando-o,
levando-o pr¢ximo do orgasmo.
Ele me passou uma camisinha e eu a coloquei em seu pinto. Ele
continuou com a l¡ngua indo e vindo em minha chana, fazendo-me
estremecer.
Eu ofegava, suspirava e gemia continuamente. Meu corpo nÆo parava
de estremecer a cada espasmo de prazer. Ele deixou sua l¡ngua
escapar de minha xoxota e concentrar-se em meu grelinho. O prazer
que abalava meu corpo agora era mais intenso e prolongado.
-- NÆo paro de gozar! Que tesÆo! Vocˆ ‚ demais!
Minha voz se transformara. Minhas palavras eram agora roucas de
tesÆo e ele me tiravam a razÆo. Ergui-me, pondo-me de quatro na
cama.
-- Vem! -- pedi-lhe.
Ele me segurou pelos quadris. Pincelou a ponta do seu cacete em
minha vulva procurando a entrada. Eu apoiei a cabe‡a no
travesseiro, arrebitando a bunda ao m ximo.
Ele se enterrou lentamente, gozando cada cent¡metro de minhas
carnes tenras e apertadas. Foi at‚ o fundo e ficou l  dentro,
apertando-se contra mim, enquanto eu gozava de novo, contraindo
minha chana ritmicamente, derretendo-me em suspiros e gemidos.
-- Goze! Goze em minha buceta agora -- pedi, em del¡rio.
Eu nem precisava ter lhe pedido isso. Ele acelerou seus
movimentos, entrando e saindo de meu corpo numa cadˆncia
sensacional e prazerosa.
Eu fiquei sem f"lego, gozando e gozando sem parar, esperado o
momento de sentir seu pˆnis pulsar dentro de mim, enquanto
ejaculava e enchia de porra a camisinha.
Ele gemeu roucamente e me apertou em seus bra‡os, beijando-me
selvagemente, sugando minha l¡ngua, enfiando a dele dentro de
minha boca, lambendo, enquanto os quadris se imobilizavam e o
pˆnis pulsava.
Fiquei contraindo minha vagina e lhe proporcionando um prazer
adicional, enquanto atingia o m ximo que podia, na escala do
prazer. Foi uma del¡cia!
*
De volta para casa, tomei outro banho e me preparei para dormir.
NÆo estava de todo saciada, mas havia tido uma boa dose de prazer.
Foi quando ouvi o ronco inconfund¡vel do carro de Philip e, logo
em seguida, a buzina do seu carro. Assim que me vesti, fui ao seu
encontro correndo.
-- Ol ! -- disse-me ele.
-- Ol ! -- respondi, entrando.
-- Como passou?
-- Com tesÆo, com muito tesÆo!
-- Eu tamb‚m estou louco de tesÆo -- continuou, encostando-se em
mim.
Seu perfume me envolveu como um convite. Encostado em mim, ele me
olhava de um modo tÆo especial.
-- Como senti sua falta -- disse ele, enroscando-se em mim,
esfregando o rosto no meu rosto, cheirando-me, lambendo-me,
apertando-me.
Quinze minutos depois, est vamos espalhando nossas roupas num
quarto do Motel Bates e caindo na cama. Eu avancei resolutamente
sobre ele, segurei seu pinto e fiquei esfregando-o contra a
xoxota, lubrificando-o. Olhando-o com provoca‡Æo, fui enfiando seu
pau em minha buceta, depois de ter vestido nele uma camisinha.
Rolamos na cama, engatados, at‚ que ele se debru‡ou sobre mim,
rebolando os quadris, enquanto os erguia e abaixava. Ele se
afundava e sa¡a de minha chana ardente. Abracei-o. Fechei os olhos
e me concentrei nos seus movimentos e em sua pica, entrando e
saindo de minha buceta. Eu o pressionava, massageando-o com
deliberadas contra‡äes da vagina.
-- Est  tÆo bom! -- disse eu e o beijei e lambi provocantemente,
enquanto erguia os quadris e fazia seu pau entrar e sair de minha
chana.
Rebolava e se agitava, fazendo a vara ro‡ar meu clit¢ris e a
glande pressionar meu ponto G, provocando tremores de tesÆo e de
gozo. Concentrei-me na sensa‡Æo de ser fodida. Ele tocou meus
seios, apertando-os em suas mÆos, beliscando os biquinhos
eri‡ados. Eu me movia com ritmo, devorando seu cacete, engolindo-o
com minha buceta voraz.
Arrepios invadiram meu corpo. Eu me abracei freneticamente a ele,
inclinado sobre mim, beijando meu pesco‡o, enfiando a l¡ngua em
meu ouvido. O prazer aproximava-se rapidamente
-- Vou gozar! � tesÆo demais! -- murmurei, com a voz sumida, quase
desmaiando de tanto desejo.
Seus movimentos se tornaram fren‚ticos. Ele saltava sobre mim. Seu
cacete entrava e sa¡a com for‡a de meu buraquinho apertado. Eu
gemia alto. Sua respira‡Æo era entrecortada.
Apertei-o com for‡a em meus bra‡os e coordenei meus movimentos aos
dele. Seu cacete pareceu inchar-se dentro de mim, antes de come‡ar
a pulsar, ejaculando copiosamente, enquanto eu continuava me
movendo, extraindo at‚ a £ltima gota de porra.
Ele continuou acomodado sobre meu corpo. Eu alisava sua pele
arrepiada, enquanto a respira‡Æo dele voltava ao normal. Seu
h lito em meu pesco‡o fazia-me arrepiar tamb‚m.
Eu fazia a xoxota contrair-se, apertando seu caralho ainda duro e
dentro de minha chana inundada de porra.
-- Eu nÆo via a hora de fazer isso de novo -- confessou ele.
-- Vocˆ est  ¢timo!
-- Tenho pensado muito em vocˆ. Eu fico de pau duro, pode imaginar
isso? Sinto um tesÆo enorme, intenso, insuport vel. Vocˆ pensa em
mim?
-- Bato algumas punhetas em sua homenagem, querido, se ‚ isso que
deseja saber.
-- Eu fico pensando em vocˆ, sentindo tesÆo e isso nÆo passa. Eu
sinto o cheiro de sua xoxota, de seu corpo. Sabe o que eu fa‡o? --
continuou ele.
-- Estou louco para saber -- disse eu, sentindo um desejo
insuport vel dominar-me.
-- Eu fico me masturbando. Gozo, pensando em vocˆ! Acredita nisso?
-- perguntou ele, endireitando o corpo.
Ao fazer isso eu senti a rigidez de seu caralho dentro de sua
xoxota. Fechei os olhos e ofeguei. Comecei a balan‡ar o corpo de
um lado para outro, fazendo um c¡rculo.
Seu caralho esfregava meu clit¢ris e massageava todo o interior da
chana, tocando todos os pontos sens¡vel. Eu estremeci, mordendo o
l bio inferior.
-- � muito tesÆo, nÆo? -- murmurei e meu corpo come‡ou a
estremecer, enquanto os primeiros orgasmos brotavam de meu ventre
e espalhavam-se pelo meu corpo arrepiado.
Ele deixou que eu me deliciasse com sua pica, gozando at‚ ficar
sem f"lego. Quando me recuperei, acomodei o corpo entre as suas
pernas, ajoelhando-me. Olhei com adora‡Æo o pˆnis em minhas mÆos,
empurrando o prep£cio para baixo, descobrindo a enorme glande
avermelhada.
-- Vocˆ se masturba pensando em mim? -- indaguei.
-- Sim!
-- Agora eu estou aqui! E vou masturbar vocˆ.
Comecei a deslizar a mÆo pelo pˆnis ainda lambuzado de porra da
primeira trepada. Fazia isso lenta e provocantemente, ora olhando
as veias azuis que se dilatavam, quando empurrava a pele
firmemente para baixo, ora olhando-o nos olhos.
-- Est  bom? -- indaguei e sua expressÆo de satisfa‡Æo foi a
melhor resposta.
Meus l bios carnudos se abriam para ela sugar a ponta do seu
membro, quase num beijo. Ele estremecia continuamente, enquanto eu
o masturbava e sugava ao mesmo tempo.
Ele deixou o corpo relaxar no leito, sem querer mais nada na vida.
Inesperadamente eu o abocanhei inteiro, girando a l¡ngua ao redor
do seu cacete, sugando-o, mamando-o com um prazer imenso, sem
deixar de manter os movimentos da punheta.
Ele gemeu e retesou o corpo, deliciando-se com a car¡cia. Meus
l bios apertavam firme, indo e vindo, numa cadˆncia gostosa, sem
pressa, mas lasciva e agrad vel. Eu sentiu arrepios e sensa‡äes
intensas percorrendo meu corpo, em tremores inquietos e
deliciosos.
Philip tocou meus seios jovens, rijos e empinados que se ofereciam
aos seus olhos. Eu me mantive debru‡ada sobre o seu caralho,
chupando-o. Ele nÆo resistiu. Tombou o corpo na minha dire‡Æo,
beijando meus ombros e meu pesco‡o, enquanto suas mÆos dominavam
meus peitinhos.
Apertou-os, beliscando os mamilos eri‡ados, deliciando-se com a
firmeza jovem e atrevida. Em suas narinas chegava o perfume
adocicado e intenso, sutil e embriagador da minha xoxotinha,
mostrando o quanto eu me excitava fazendo aquilo.
-- Est  com tesÆo? -- indagou ele.
-- Sim!
-- Deixe-me chup -la tamb‚m.
-- Fa‡a bem gostoso -- murmurei, trˆmula de prazer, com arrepios
eri‡ando minha pele continuamente.
-- Assim? -- quis ele saber, esticando a l¡ngua a lambendo toda a
vulva e o clit¢ris ereto, antes de penetrar-me e buscar a
rugosidade interna e sens¡vel de meu ponto G.
-- Oh, sim! -- respondi, com o corpo estremecendo todo.
Foi uma del¡cia, uma loucura!



Cap¡tulo 2



Gosto de trepar. Para muitas mulheres, essa pode ser uma atividade
secund ria. Para mim, ela ‚ priorit ria. Tenho um fogo na buceta
que nÆo se apaga com uma s¢ bimbada. Coleciono caralhos. Minha
cama ‚ o meu reino e nela domino e ven‡o mesmo os homens mais
potentes. Nem bem come‡o a gozar, j  estou me preocupando com a
pr¢xima trepada.
Os homens que trepam comigo nada tˆm a reclamar. Eu lhes dou muito
prazer, tanto quanto exijo em troca. NÆo consigo ser de um homem
s¢. Tenho uma fome muito grande a respeito deles. Quero conhecer
sempre mais. Quero conhecer a diversidade de pintos, de sacos, de
peitos, de bundas, de formas de amar de que eles sÆo capazes.
Todos sÆo in‚ditos para mim e quero conhecer o m ximo poss¡vel
deles.
Meu namorado era o Billy, dono de algumas lojas de discos
espalhadas pela cidade. N¢s nos conhecemos num bar. Fiquei com o
n£mero do seu celular e ele, com meu endere‡o. Mandou-me uma caixa
de discos diferentes de presente Liguei agradecendo. Conversamos.
Almo‡amos juntos algumas vezes.
Billy era um sujeito romƒntico, beirando os trinta, com h bitos
antigos e charmosos. Sabia como fazer uma mulher se sentir
importante e demorou para me levar para a cama. Isso o fez
especial para mim, pois eu estava tarada por ele, quando isso
aconteceu.
Eu me preparei para ela com muito capricho e com muita
expectativa. Meu car ter fogoso exigia que eu agradasse …quele
homem, como forma de compensar toda a aten‡Æo que ele me dedicara
ao longo do tempo.
Marcamos um encontro no seu apartamento. Ele me esperou na
portaria. Fomos para o elevador. Assim que a porta se fechou, ele
me agarrou, beijando-me apaixonadamente, perdendo totalmente o
respeito que tinha demonstrado at‚ entÆo.
-- Quero fodˆ-la, querida! Estou louco por vocˆ! Quero enfiar meu
cacete na sua buceta! Ah, como que quero comer vocˆ, minha putinha
safada!
Enquanto ele falava, eu fiquei imaginando-o nu, junto de mim, com
aquele caralho gostoso e grosso enfiado entre as minhas coxas.
-- Deixa eu sentir sua bucetinha -- disse ele, num suspiro
apaixonado, enfiando a mÆo pelo el stico da calcinha, ro‡ando meus
pˆlos e indo esfregar minha xoxota.
Eu estremeci. Jamais vira algu‚m com tanto tesÆo e isso me deixava
da mesma forma, excitada ao m ximo.
Ele continuou com aquele dedo enlouquecedor, introduzindo-se
parcialmente em minha xoxota, fazendo movimentos lentos de vaiv‚m,
ro‡ando meu clit¢ris, provocando uma tensÆo enorme em meu corpo
virgem.
Em minha mÆo em comprovava sua excita‡Æo. Seu caralho amea‡ava
romper o tecido da cal‡a, de tÆo duro que estava. Apertei-o.
Depois fiquei esfregando a mÆo por cima.
Billy suspirava e uma expressÆo de ineg vel prazer estampava-se em
seu rosto.
-- O que vocˆ far  comigo? -- indaguei, para provoc -lo.
-- Vou desp¡-la pouco a pouco, depois vou lamber suas tetinhas!
Vou chupar sua bucetinha! Quero deix -la tÆo excitada que vai
suplicar para que eu a coma! Vou lamber at‚ o seu cuzinho, meu
bem!
-- Tamb‚m?
-- Sim, quero morder sua bunda, fazer de tudo que for gostoso para
n¢s!
-- Quero fazer mais coisas -- disse-lhe, abrindo-lhe a camisa,
mordiscando seu peito, enquanto continuava apertando seu pˆnis
endurecido.
-- O que mais vocˆ quer?
-- Quero chupar seu caralho at‚ vocˆ gozar na minha boca.
-- Sim, vou adorar isso. Vou encher sua boca de porra.
-- Eu vou adorar engolir.
Assim que entramos, fomos direto para o quarto. Ele se sentou na
cama para tirar os sapatos e as meias. Deixou-os alinhados ao lado
da cama. Depois tirou a cal‡a, dobrou-a e colocou-a numa cadeira.
O tempo todo ele olhava para mim e sorria. Finalmente ele tirou a
camiseta e a cueca. Estava nu diante de mim e era lindo.
Seu caralho era grosso e longo. A glande tinha um formato de
flecha com a ponta arredondada e estava duro como o mastro de um
veleiro.
Ele se sentou ao meu lado. Repuxou meu vestido, tirando-o por
cima. Suspirou ao ver meus peitos. Cobriu-os com as mÆos, enquanto
me beijava nos ombros e no pesco‡o. Sua boca e seu h lito me
provocavam uma sensa‡Æo deliciosa e arrepiante.
Empurrou-me delicadamente para tr s, fazendo-me deitar. Retirou
minha calcinha. Abriu minhas pernas. Alojou ali sua cabe‡a. Seu
h lito e sua l¡ngua me levaram … loucura. Ela entrava e saia,
subia e descia, girava e se movia em todos os sentidos. A l¡ngua
esfregava-se no meu clit¢ris e era uma coisa alucinante.
Eu gemi de prazer e logo gozei, me contorcendo na cama, com ele
entre as minhas pernas, fungando e se deliciando com minha
bucetinha.
-- Isto ‚ melhor que o melhor vinho -- disse ele, levantando
finalmente a cabe‡a, com os olhos brilhantes de tesÆo e os l bios
lambuzados com o meu n‚ctar.
-- Vocˆ ‚ demais, garota! NÆo acredito que tenha gozado tanto
quanto pareceu gozar ele -- disse ele, ainda rouco de tesÆo.
-- Vai ter que acreditar! Est  pronto para outra? -- indaguei,
-- Garota, quando eu come‡o, meu pau s¢ desaba quando eu quiser.
-- NÆo acredito -- murmurei, tocando o caralho dele.
Estava duro. Apertei-o. Gostei. Fiquei alucinada. Ele riu
divertido, quando avancei sobre ele, montando-o. Esfreguei o
caralho em minha xoxota, depois ergui-me.
Apontei-o com a mÆo, posicionando-o … entrada de meu cu. Ele gemeu
e levantou os bra‡os, tocando meus seios e alisando-os com tesÆo e
delicadeza.
-- Na bundinha, para come‡ar? -- indagou ele, surpreso.
-- Sim! NÆo quer?
-- Claro que sim!
-- Eu gosto de inventar. Vamos ver se o seu caralho nÆo amolece
mesmo! -- comentei, sentando-me em sua pica.
Vesti-lhe uma camisinha especialmente lubrificada e fui empurrando
a bunda. O ƒnus relaxado aceitou logo o pau dele. A glande se
contraiu toda. Minhas pregas se dilataram. Ele entrou. Apenas a
ponta. Macia e maci‡a. Fiquei contraindo os m£sculos, provocando-o
ainda mais.
-- � demais! Vocˆ ‚ demais! -- sussurrou ele, acariciando-me o
corpo todo.
Fui soltando o corpo lentamente, deixando aquela pica enorme e
grossa enterrar-se em meu cu. Ah, que sensa‡Æo diferente e boa. Eu
o tive inteiro dentro de mim, pulsando quente e gostoso.
-- Deixe tudo comigo -- ordenei-lhe, iniciando lentamente meus
movimentos de subida e descida, controlando o prazer daquela
trepada.
Uma das mÆos dele desceu pelo meu ventre e foi buscar meu
clit¢ris. Massageou. Apertou. Espremeu. Eu tremia. Movia-me mais
depressa. A ansiedade crescia. O tesÆo tamb‚m.
O prazer come‡ou a fluir. O pau dele entrava e sa¡a. O fogo
correndo nas veias! A vertigem de novo! O desmaio! O cacete dele
pulsando dentro de mim. Foi uma loucura.
Fiquei ali, sentada nele, com o pau dentro de mim, apertando-o em
meu rabo, enquanto o mundo real voltava a se materializar ao nosso
redor.
Tombei sobre ele, beijando-o alucinadamente, acariciando seu corpo
m sculo e viril. Estava saciada, pelo menos pelos pr¢ximos cinco
minutos.
Antes que ele fizesse alguma coisa, eu me levantei e deixei
escapar seu pˆnis de dentro de mim. Olhando aquela coisa dura e
inflada. Retirei-lhe a camisinha.
Incline-me sobre ele. Lambi-o. O sabor foi excitante. Beijei a
cabe‡a, depois a prendi entre meus l bios. Suguei o resto de porra
e a deixei dan‡ar em minha l¡ngua, antes de engol¡-la.
-- Que tal um banho, antes de continuaremos a brincadeira --
sugeriu ele.
Adorei a id‚ia. Fomos para o banheiro, nus e abra‡ados. A noite
estava fresca e agrad vel, embora nossos corpos ardessem de calor.
Na  gua morna recuperamos as energias e o tesÆo, ensaboando-nos
mutuamente, brincando sob a  gua. Billy me esfregava. Suas mÆos
resvalavam em meu corpo, tentando me segurar.
Eu me esfregava nele. Passava a mÆo em sua bunda durinha e
redonda, sentindo tesÆo naquilo. Brincava com seu pinto.
Diverti-me com isso.
A brincadeira nos excitou excitando. Eu comecei a sentir pressa,
uma pressa de voltar a trepar de novo. Sa¡ da banheira e corri,
gotejando, de volta para a cama. Deitei-me, olhos fechados, peito
arfando, … espera do meu macho.
Ouvi seus passos, aproximando-se de mim. Pude sent¡-lo parado ao
meu lado, olhando meu corpo nu, estendido e coberto de gotas que
rebrilhavam. Quando abri os olhos, vi seu caralho endurecido.
-- Vocˆ ‚ inteira linda -- rouquejou ele, olhando-me. -- Um tesÆo
de garota! -- murmurou em seguida, com um desejo que me arrepiou.
-- O que vocˆ quer agora? -- indagou-me ele, massageando a cabe‡a
do caralho.
-- Quero chup -lo! Chup -lo at‚ vocˆ gozar em minha boca, querido!
-- Vai querer mais coisas depois?
-- Sim, tudo que vocˆ ag�entar. Vocˆ prometeu me lamber todinha!
Enfiar a l¡ngua no meu cu! Quero tudo!
-- Vou adorar estar com vocˆ, Querida. Por que nÆo fizemos tudo
isso antes? Tivemos oportunidade, nÆo?
-- Foi melhor assim. Ser  mais gostoso. Agora quero tudo de uma s¢
vez. E vocˆ vai me dar isso, nÆo vai? -- falei-lhe, com decisÆo,
estendendo meus bra‡os sensualmente para ele.
Billy se ajoelhou ao meu lado. Enlacei-o pelo pesco‡o, puxando-o
para mim. Nossas respira‡äes se confundiram. Seu h lito me
arrepiou. Sua l¡ngua realizou prod¡gios em minha boca, enquanto
nossos corpos se esfregavam com lux£ria. Ondas de prazer
percorreram meu corpo.
Rolamos juntos na cama, trocando beijos e car¡cias. Eu deslizava a
mÆo pelo corpo dele. Ele fazia o mesmo. Apertei sua bunda e seus
test¡culos. Ele apertou meus seios, minhas coxas e minhas n degas.
Eu suspirava continuamente, com aquele fogo ardendo dentro de mim,
contagiando minha xoxota, pondo fogo em minha pele.
Minha l¡ngua se enroscava na dele. Eu bebia sua saliva. Senti seu
pˆnis rijo e quente entre as minhas coxas e apertei-o com prazer.
Movi as pernas, friccionando-o. Billy gemeu, deliciado.
-- Se vocˆ nÆo fosse uma mulher tÆo dif¡cil e recatada, eu juraria
que ‚ uma putinha com muita experiˆncia para provocar um homem --
disse ele, entre suspiros de tesÆo, surpreendendo-me.
-- Oh, Billy, que gentil! Agora venha, fa‡a de conta que eu sou
sua putinha. Estou ardendo de novo! Estou com fogo na xoxota outra
vez! Estou a fim de tudo, querido! Quero foder e chupar! Quero ser
fodida e chupada! Quero tudo de vocˆ -- murmurei, fora de mim.
NÆo sei que diabos baixou em mim naquele momento, mas cada vez
maior era o meu desejo. A coceira em minha chana aumentava. Meu cu
ardia de vontade de sentir uma lambida. Minha boca ansiava devorar
aquele caralho duro e gostoso.
-- Vamos fazer um sessenta e nove -- prop"s ele.
-- Adorei a id‚ia!
-- Fique por cima de mim -- disse ele, deitando-se de barriga para
cima, com aquele caralhÆo levantado … minha espera.
Eu o atendi, acomodando-me sobre ele. Minha xoxota ficou pairando
acima da cabe‡a dele. Eu estava olhando fixamente para seu
caralho, ao alcance de minha boca.
Senti o h lito dele e me arrepiei. Ele foi se aproximando de minha
chana, puxando a minha bunda para baixo. Esperei at‚ que sua
l¡ngua tocasse minha buceta.
Estremeci e vibrei, quando senti seu h lito mais pr¢ximo. Minhas
mÆos enla‡aram seu pˆnis, fazendo-o estremecer e suspirar. Sua
l¡ngua se afundou dentro de mim, movendo-se. Eu gemi, entontecida
e deliciada com aquela experiˆncia.
A car¡cia era muito forte, intensamente deliciosa, tirando-me a
respira‡Æo. Senti fome. Uma fome inesperada de devorar aquele
caralho maravilhoso em minhas mÆos. Estendi a l¡ngua, lambendo a
cabe‡a intumescida, de cima para baixo, de baixo para cima, ao
redor, de todo jeito.
Billy suspirou e sua l¡ngua se moveu com maior ˆnfase em minha
chana. Enfiei a l¡ngua entre a glande e o prep£cio dele, girando e
alucinando-o.
Beijei-o, prendendo-o entre meus l bios e soltando-o em seguida.
Billy esmerava-se em meu clit¢ris e eu tremia, gozando
seguidamente. Tenho essa incr¡vel capacidade de gozar. Posso ficar
horas com um homem paciente, gozando e gozando sem parar.
Abri a boca, entÆo, e abocanhei todo o cacete dele, de uma s¢ vez,
com uma voracidade que o fez gemer. Ele estremeceu de prazer,
apertando minhas n degas, penetrando ardentemente minha buceta com
a l¡ngua, lambendo o clit¢ris, mordiscando-o, prendendo-o entre os
l bios e esfregando a l¡ngua.
Senti uma de suas mÆos passear no rego de minha bunda. Um dedo
pressionou meu ƒnus. Foi uma sensa‡Æo inesperada e gostosa. Eu
relaxei o corpo. Ele empurrou. Senti seu dedo entrar dentro de mim
e mover-se em meu rabo, indo e vindo, massageando-me por dentro.
Foi uma loucura! Parecia que a l¡ngua dele e o dedo se tocavam l 
dentro de mim, numa dan‡a alucinante de prazer que me deixou
el‚trica, mais acesa do que antes.
Eu tremia e suspirava. Minha respira‡Æo parecia sumir, …s vezes,
quando eu gozava, chupando, mamando aquele caralho gostoso em
minha boca, esfregando minha chana no rosto dele, rebolando a
bunda onde aquele dedo realizava maravilhas.
Tudo ganhou um ritmo fren‚tico. Senti novamente vertigem. Tremia,
me contorcia, retribuindo as car¡cias na mesma medida. Enfiei
minha mÆo por baixo da bunda dele e busquei seu cu. Enfiei o dedo
e gostei da brincadeira. Billy nÆo protestou. Tornou-se ainda mais
ardente em suas chupadas e movimentos.
Tudo aquilo estava insuportavelmente delicioso. Eu sentia crescer
dentro de mim aquela onda de orgasmos, amea‡ando sufocar-me. Era a
l¡ngua dele indo e vindo, o dedo, o caralho em minha boca, os
gemidos, os suspiros, o cheiro de nossos corpos, os movimentos, o
esfregar de peles, a noite maravilhosa, tudo.
-- Mais! Mais depressa! Vou gozar! Vou gozar em sua boca! --
avisou ele, freneticamente, com a voz rouca e entrecortada, o
corpo estremecendo de prazer.
Apressei meus movimentos de boca e aumentei a intensidade de
minhas chupadas, fazendo isso em del¡rio, com prazer e vol£pia
extremos. Minha l¡ngua esfregava a glande exposta de todas as
formas poss¡veis.
Eu gozava sem parar com as car¡cias de Billy e queria fazˆ-lo
gozar tamb‚m. Ele gemeu alto e arqueou o corpo. Eu suguei forte,
entÆo. Os jatos de esperma foram direto para minha garganta e
engoli aquele n‚ctar com um prazer imenso, sugando at‚ a £ltima
gota.
Fiquei ali, com a l¡ngua e o dedo dele ainda enterrados em mim e
sua pica amolecendo entre meus l bios. Exausta, mas ainda nÆo
saciada. Voltamos ao banheiro depois. O sabor do esperma havia
ficado em minha boca e era excitante e inesquec¡vel.
Quando sa¡mos, eu me inclinei, jogando os cabelos para frente para
torcˆ-los e retirar o excesso de  gua.
Billy estava atr s de mim, observando-me. Fiquei naquela posi‡Æo,
olhando-o por entre as minhas coxas. Ele alisou o pˆnis, enquanto
olhava fixamente para a minha bunda. Imaginei o que ele poderia
estar pensando naquele momento. Desejei o que ele poderia estar
pensando naquele momento.
Demorei-me naquela posi‡Æo propositadamente, dando tempo para que
o caralho dele reagisse e se erguesse novamente. Ainda hoje louvo
a virilidade e a vitalidade de Billy, capaz daquela proeza de dar
trˆs praticamente em seguida.
Poucos homens que conhe‡o sÆo capazes dessa fa‡anha. Acho que
est vamos n¢s dois no cio naquela noite. E o mais maravilhoso ‚
que nÆo ficaria s¢ naquilo.
-- Por que ficou tÆo quieto, querido? -- indaguei, s¢ para
provoc -lo.
-- Olhando-a assim, nÆo posso resistir ao desejo de p"r na sua
bundinha de novo -- disse ele, aproximando-se com o caralho na
mÆo, masturbando-se lentamente.
Antes que eu pudesse reagir, se fosse reagir, ele me segurou pelos
quadris e pincelou o caralho entre as minhas n degas. Que sensa‡Æo
intensa, sentir aquela coisa quente passar por cima de meu cu! Que
tesÆo me deu! Que arrepios!
-- Quero p"r no seu rabinho -- murmurou ele, indo at‚ o quarto e
retornando com outra daquelas camisinhas especiais.
Vestiu-a e se encostou em mim. Fiquei rebolando a bunda,
esfregando-me na pica dele. Seu caralho resvalou pelo meu ƒnus.
Ele me apertou com for‡a. Uma das mÆos deslizou at‚ a minha
xoxota. A outra buscou meus seios. Car¡cias coordenadas e aqueles
beijos em minha nuca tiraram-me a coordena‡Æo e me encheram de
tesÆo e arrepios.
-- Que tesÆo! -- disse ele, com a voz trˆmula e rouca, o caralho
for‡ando a entrada em meu rabo.
-- Vamos ver como est  este outro buraquinho -- disse ele,
enfiando o cacete em minha xoxota j  molhada.
Arrepiei-me e gozei, s¢ com aquela enterrada. Fiquei estremecendo,
enquanto ele bombeava, indo e vindo, tirando-me o f"lego e me
fazendo amolecer os joelhos.
Continuou os movimentos de vaiv‚m. As mÆos me acariciavam, uma nos
seios, a outra no clit¢ris. Os beijos em meus ombros e em minhas
costas eram deliciosos e cheios de vol£pia.
A pica se lambuzava em meu n‚ctar. Saiu dali ainda mais
lubrificada. Ele a acomodou na entrada do meu cu. Inclinei o corpo
para frente, arrebitando as n degas. Senti prazer em tˆ-lo
brincando ali, quente e gostoso.
Billy gemia, empurrando lenta e firmemente, enquanto me segurava
pelos quadris. Senti minhas pregas se dilatando. A cabe‡a do pˆnis
se espremeu e foi entrando, lenta mas decididamente.
Aquela pica enorme em minha bunda come‡ou a se mover, indo e vindo
lentamente, ganhando cadˆncia, … medida que eu me relaxava mais e
rebolava a bunda, esfregando-me nos pˆlos dele, quando ele se
afundava em mim.
Eu sentia seu saco bater em minhas n degas. Ele bombeava, indo e
vindo, tirando-me a respira‡Æo. Era como se estivesse esfregando o
exterior de minha buceta. Era algo indescrit¡vel.
Gozei com ele esfregando meu grelinho. Gozei com toque de suas
mÆos em meus seios. Gozei com seus dedos esfregando a entrada de
minha buceta. Gozei no rabo tamb‚m. Um gozo diferente, mais forte
at‚, que mexeu comigo, que me reduziu a um trapo e a uma fera ao
mesmo tempo.
Quando senti seu caralho pulsando dentro de mim, foi uma loucura.
Acho que desmaiei depois, com ele ca¡do sobre mim, meu corpo
sentindo o peso dele. Ficamos ali por algum tempo, com o caralho
enfiado em meu rabo, amolecendo lentamente.
Voltamos … banheira para um prolongado banho morno, onde ficamos
pregui‡osamente, recuperando parcialmente as energias.
-- Vocˆ j  fodeu meu cu e minha boca. Quando vai comer a minha
buceta?
-- Vocˆ nÆo se cansa nunca?
-- Quero aproveitar!
-- Ah, Querida! J  gozei em seu cu e em sua boca. Acho que agora
gostaria de gozar em seus seios.
-- Como se faz?
-- Ponho a ponta do meu caralho entre seus seios. Vocˆ os segura
com as mÆos e os movimenta, masturbando-me!
-- NÆo vi muita gra‡a. Vocˆ vai gozar e eu vou ficar com meus
seios doloridos.
-- Talvez, entÆo, queira experimentar uma posi‡Æo diferente.
-- Qual?
-- H  in£meras! Em p‚ ‚ muito bom!
-- � p‚? -- indaguei, imaginando.
Desejei, entÆo, trepar em p‚. � uma posi‡Æo deliciosa. Gosto de
trepar em p‚, pois levanto a coxa esquerda e enfio o caralho. Para
fazer isso, o homem tem que flexionar os joelhos. Quando ele
endireita as pernas, o caralho entra em mim numa posi‡Æo quase
vertical, depois fica frente a frente com a minha buceta. Com isso
ele esfrega meu clit¢ris como em nenhuma outra posi‡Æo.
Fizemos isso. Ele era mais alto que eu. Quase me erguia,
sustentada apenas em seu caralho. Encostou ponta do cacete na
minha chana. Trancei as pernas ao redor da sua cintura. Ele me
puxou para junto dele, segurando-me pela bunda.
-- Est  entrando! -- disse ele.
-- Sim! Est  gostoso! Muito gostoso! -- disse eu, enquanto ele
enterrava minha piroca na minha bucetinha.
Sua expressÆo deslumbrada cedeu lugar ao prazer mais intenso,
quando come‡ou suas bombadas vigorosas e ritmadas.
E como esfregava meu grelinho. Como entrava, ro‡ando tudo dentro
de mim, me levando ao del¡rio, ao ˆxtase sem fim.
Tive orgasmos m£ltiplos, nÆo daqueles pequenos e sucessivos, mas
orgasmos fortes, demorados, cada um mais forte do que o outro,
numa escala ascendente e alucinante, sufocante e delirante, que
parecia nÆo ter fim.
Gemi e urrei naquela noite. Gozei como jamais havia gozado at‚
entÆo. Meu corpo conheceu todos os est gios do prazer, todas as
nuan‡as do ˆxtase.
Quando terminamos, eu estava trˆmula, com as pernas bambas, o
n‚ctar escorrendo em minhas coxas. Derreti-me, amontoando-me no
cobertor, com ele ao meu lado, igualmente extenuado.














Cap¡tulo 3



Muito cedo eu descobri como era gostoso um caralho. Assim que
perdi meu caba‡o -- logo falarei a respeito disso -- fiz algo que
desejava fazer havia muito tempo: dar para meu professor de
gin stica.
Seu nome era Peterson. Marcamos um encontro para um final de
semana, pois ele estaria sozinha em sua casa. Passava um pouco das
oito, no s bado, quando fui tocar a campainha da casa dele. Meu
professor estava de tˆnias, cal‡a jeans e uma camiseta de marca.
Tinha os cabelos ca¡dos na testa, dando-lhe um ar de garoto.
-- Achei que nÆo viesse -- disse-me e eu contive o desejo de
agarr -lo e cobr¡-lo de beijos ali mesmo na porta.
Assim que entrei, ele nada disse. Apenas avan‡ou com naturalidade
e me abra‡ou pela cintura, erguendo-me junto ao seu corpo.
Beijou-me o pesco‡o e os ombros, depois deixou-me escorregar
lentamente, enquanto seus l bios colavam-se em minha boca.
Oh, como eu o beijei e suguei sua l¡ngua ardente, bebendo sua
saliva e embriagada de tesÆo!
-- Vocˆ ‚ um tesÆo! -- murmurei ao ouvido dele.
-- Vocˆ ‚ que ‚ um tesÆo, meu anjo -- afirmou ele e seus bra‡os
fortes me apertavam e eu queria fodˆ-lo ali mesmo, sem mais
demoras.
Conhecer intimamente aquele homem me dava uma emo‡Æo nova, jamais
sentida antes. Eu queria fundir-me no corpo dele, devor -lo.
Queria comer e ser comida vorazmente. Queria devassar e ser
devassada, penetrada, rasgada.
Ele empurrou a porta atr s de n¢s, fechando-a. Segurei o rosto
dele e retribu¡ seus beijos. As mÆos dele acariciavam febrilmente
meu corpo, toando-me em todos os pontos sens¡veis, nos seios, no
ventre, na bunda, nas coxas, por tudo, enfim.
Isso o deixava alucinado. Acho que sentia a beleza de minhas
formas a rigidez de minhas carnes. Meu perfume o provocava, meus
beijos o excitavam, meus murm£rios de gata no cio, meu h lito,
meus movimentos de corpo, tudo o agradava.
-- Quero foder vocˆ -- murmurou ele, beijando meus cabelos, o
rosto, o pesco‡o, os ombros, enfiando seu joelho por entre minhas
coxas e erguendo-me.
Encaixei minha xoxota ali, ro‡ando, esfregando, molhando-me
apaixonadamente.
-- Vocˆ ‚ gostosa demais! Um tesÆo! Est  tÆo desej vel que quase
chego a gozar s¢ de toc -la -- continuou ele, roucamente.
Deslumbrada e febril, eu o deixei se apossar de mim, fazendo-me
sentir sensa‡äes novas e intensas. Meu est"mago convulsionava-se
de tesÆo. Meus mamilos se arrepiava, sens¡veis ao toque. O sopro
do h lito dele em minhas orelhas me arrepiava. Seu joelho ro‡ando
minha chana me dava um prazer enorme.
-- Quero vˆ-la nua! Peladinha! -- pediu ele, repuxando meu
vestido, soltando o fecho, puxando-o para cima.
Enquanto ele fazia isso, soltei o fecho do sutiÆ. Meus peitinhos
de menina saltaram diante dos olhos dele, belos e agressivos,
empinados e firmes, coroados com mamilos enrugados de paixÆo e
desejo.
-- SÆo lindos! -- murmurou ele, num suspiro.
Eu sentia minhas pernas bambas, parada ali, junto … porta,
enquanto ele lambia, chupava, mordiscava e beijava minhas
tetinhas, fungando de tanto prazer.
Repuxei a camisa dele, tirando-a. Apertei seus m£sculos firmes e
bem delineados. Enfiei meus dedos naqueles pˆlos escuros e
encaracolados, sedosos e gostosos de tocar.
Ele continuou beijando meus seios. Suas mÆos devassavam meu corpo
sofregamente. Lentamente ele foi se ajoelhando diante de mim,
beijando meu ventre, enfiando a l¡ngua em meu umbigo, arranhando
meus pˆlos.
Seus dedos se enroscaram no el stico da calcinha. Puxou lentamente
para baixo, j  de joelhos, descobrindo meus pˆlos. O perfume de
minha chana enlouqueceu-o.
-- Que bucetinha linda! -- rouquejou ele e senti seu h lito quente
entre as minhas coxas.
Abri as pernas instintivamente. Apoiei um dos p‚s no joelho dele.
Peterson enfiou a cabe‡a ali, debaixo de mim, e senti sua l¡ngua
me tocar como ferro em brasa.
Vacilei. Quase desmaiei de tanto prazer, apoiando-me na cabe‡a
dele, apertando-a contra meu corpo. A l¡ngua dele foi fundo em
mim, alucinando-me. Seus l bios tocavam minha vulva e meu
clit¢ris. Movimentos sutis me fizeram subir pelas paredes.
-- Oh, Peterson, vamos para a cama -- pedi, quase sem f"lego.
-- NÆo, eu a quero aqui mesmo -- respondeu ele, fazendo-me sentar
no tapete.
Eu o atendi. Fiquei ali, com as pernas abertas e com ele entre
elas. A l¡ngua indo e vindo, o h lito assando-me intimamente,
fazendo-me gozar.
Suas mÆos subiram pelo meu corpo. Apertaram meus seios, beliscaram
meus mamilos durinhos e sens¡veis. Eu gemia de prazer, me torcendo
toda.
Pensei logo em fazer um gostoso sessenta e nove, mas estava muito
bom daquele jeito. Peterson sugava minha chana e minha vontade. Eu
s¢ queria ficar ali, estremecendo e gozando, os olhos revirados, a
boca seca, o ar faltando em meus pulmäes.
NÆo sei quantas vezes eu gozei ali, at‚ que ele se levantou e
ficou em p‚, entre as minhas pernas. Soltou o cinto. Abaixou o
z¡per da cal‡a. Empurrou-a para baixo, junto com a sunga. Retirou
o tˆnis e a camiseta. Livrou-se de todas as roupas. Estava nu e
cheio de tesÆo diante de mim.
Ele se debru‡ou sobre mim, beijando-me alucinadamente. Senti a
rigidez e o calor de seu pˆnis entre as minhas coxas e apertei-o,
sentindo seu toque em minha pele.
Peterson moveu os quadris lentamente, indo e vindo, rente a minha
xoxota, molhando-se no meu sumo.
-- Foda-me gostoso, Peterson! Foda-me todinha, inteirinha,
peladinha, molhadinha! -- fui dizendo, sem muito nexo, pois meus
sentidos estavam em turbilhÆo.
Eu apenas sentia o corpo dele sobre o meu, ro‡ando, seu h lito,
seus l bios, seu caralho em minhas coxas, seu peito cabeludo
esfregando-se em meus seios. Tudo era uma fonte de prazer para
mim.
-- Minha tesudinha -- murmurou ele, descendo os l bios para o meu
pesco‡o e, dali, para os meus seios.
Lambeu-os, apertando os biquinhos com os dedos. Uma das mÆos
desceu e foi tocar minha buceta, amolecendo-me totalmente. Meu
clit¢ris vibrou e eu fui gozando seguidamente com aqueles dedos
m gicos e h beis dedilhando minha sexualidade e me levando …s
alturas.
-- Quero tocar seu caralho! Deixe-me brincar um pouco com ele ó
pedi-lhe, j  fora de mim de tanto gozar.
-- Sim, querida! Venha mamar no meu cacete -- disse ele,
sentando-se, as pernas abertas, o caralho duro apontando para o
alto.
Ca¡ de boca e de l¡ngua naquela coisa maravilhosa. Apertei e
beijei, masturbei e lambi, acariciei e chupei aquele pˆnis,
sentindo um prazer enorme em tˆ-lo nas mÆos e na boca.
Peterson ficou acariciando meus cabelos, enquanto eu o fazia
estremecer com minhas car¡cias. Seu pˆnis pulsava em minha boca.
Eu arranhei seus test¡culos, fazendo-o se torcer de gozo.
Pensei em fazˆ-lo gozar em minha boca, mas queria algo mais forte.
Queria aquele cacete em mim, em minha chana, esfregando-se em meu
clit¢ris, enfiando-se em meu corpo para matar a saudade.
Ele se deitou no tapete e eu girei meu corpo, oferecendo minha
xoxota para ela chupar. Sua l¡ngua penetrou firmemente, morna e
perturbadora, girando dentro de mim.
Eu redobrei a intensidade de minhas car¡cias e quase o fiz gozar,
de tanto que chupei e alisei seu pinto, deixando-o … beira do
orgasmo.
-- Mais! chupe mais! Toda a l¡ngua! Enfie l  dentro! -- eu pedia,
descontrolada, gozando continuamente.
Suas mÆos apertavam minhas n degas. Um dedo penetrou meu ƒnus com
facilidade, girando, indo e vindo. Eu gemi e urrei de prazer.
-- Chupe! Chupe mais! -- pediu ele, enterrando a l¡ngua em minha
xoxota, indo e vindo, coordenando-se com os movimentos do dedo em
minha bunda, fren‚tica e deliciosamente.
-- Oh, Peterson! Quero foder! Quero trepar agora! -- pedi, quando
aquele calor e aquelas sensa‡äes se tornaram insuport veis em meu
corpo e eu me sentia flutuando e em del¡rio.
Giramos o corpo no tapete. Eu fiquei por baixo. Ele come‡ou a me
beijar a partir dos p‚s e foi subindo lentamente. Uma das mÆos
brincava em minha xoxota, massageando meu clit¢ris. Tremores
cont¡nuos abalavam meu corpo.
Os beijos chegaram aos meus seios, ao meu pesco‡o,
concentrando-se, finalmente, em minha boca. Eu arfava e suspirava,
quase sem ar nos pulmäes, arrepiada at‚ … raiz dos cabelos, presa
de uma sensibilidade enorme em toda a minha pele.
-- Oh, como vocˆ ‚ gostoso! -- murmurei, as mÆos percorrendo o
corpo m sculo que cobria o meu.
Eu queria sentir logo o caralho dele entrando em mim, mas Peterson
era um sujeito experiente. Queria explorar-me totalmente. Queria
sorver a juventude de meu corpo. Queria absorver a minha beleza.
Queria despertar todo o meu tesÆo.
-- Päe logo, Peterson! Päe! NÆo ag�ento mais de tesÆo! Quero
sentir seu caralho em mim, amor! Päe! -- supliquei.
-- Calma, amor! Calma! Temos tempo! Muito tempo! -- disse ele,
segurando-me pelo ombro e pelo quadril, fazendo-me girar o corpo.
Fiquei de costas para ele, ajoelhado ao meu lado. Suas mÆos
tocaram minha pele e desceram, como um arrepio pela minha espinha,
at‚ a minha bunda arrebitada.
Depois, cada uma delas tomou uma dire‡Æo. Uma subiu at‚ a minha
nuca. A outra desceu por entre minhas coxas. Ele se debru‡ou.
Senti seu h lito em minhas n degas. Seus dentes em minha pele. Sua
l¡ngua eu meu reguinho. Arrebitei ainda mais a bunda. A l¡ngua
moveu-se sobre meu ƒnus e espasmos de prazer agitaram meu corpo
novamente.
Depois ele beijou minhas costas, at‚ minha nuca. Eu estava mole.
Acho que gozei por toda a minha vida. Espasmos subiam e desciam
minha espinha, brotando de meu ventre em convulsÆo. Eu gemia e
suspirava, sem for‡as para continuar gozando com o toque de suas
mÆos e seus beijos.
Finalmente ele girou de novo o meu corpo. P"s-se entre as minhas
pernas. Debru‡ou-se mais uma vez e lambeu minha buceta, sugando o
n‚ctar abundante que dela brotava. Eu estremecia em espasmos
cont¡nuos de prazer, mordendo os l bios, arranhando a pele dele.
-- Deliciosa! Vocˆ ‚ simplesmente deliciosa! -- rouquejou ele,
acomodando seu corpo, apanhando uma camisinha, abrindo a embalagem
e vestindo-a no pˆnis.
Ele segurou o caralho e pincelou a cabe‡a quase arroxeada em minha
vulva. Quase desmaiei e me agarrei nele desesperadamente,
puxando-o sobre mim, enquanto movia ritmicamente os quadris,
buscando a penetra‡Æo.
Ele me beijou alucinadamente. Senti a pressÆo de seu pˆnis em
minha chana, devagar e firme, alargando, entrando, afundando-se
at‚ que eu o engolisse todo e o ficasse apertando com as
contra‡äes de minha buceta.
Ele ficou no fundo de mim e eu sentia seu caralho pulsar de tesÆo,
fundido … minha vagina. Dentro de mim um vulcÆo amea‡ava explodir.
Eu havia atingido um n¡vel de excita‡Æo jamais sentido antes.
Peterson me levara ao para¡so. Eu estava … beira de desfalecer.
-- Gostosa! Tesuda! -- murmurou ele, trˆmulo e entrecortado,
come‡ando a se mover.
-- Mais! Mais depressa! -- eu pedia, mas ele controlava a situa‡Æo
e aumentava o ritmo gradativamente, como se observasse minhas
rea‡äes e sentisse prazer com isso.
-- Estou fodendo sua bucetinha! Como ‚ apertadinha! Como ‚
gostosa!
-- Vem, com tudo, mais forte, mais! Oh, Peterson! Oh, tesÆo! -- eu
delirava.
Os quadris dele atingiram um ritmo impressionante, tirando-me o
f"lego, secando minha boca, fazendo-me contorcer, inteiramente
arrepiada.
Comecei a gozar e meus orgasmos foram se prolongando, subindo cada
vez mais, cada vez mais fortes, at‚ que meu corpo todo se
arrebentasse naquele vulcÆo contido. Foi um gozo indescrit¡vel,
cheio de sensa‡äes e emo‡äes violentas. M£ltiplas rea‡äes
ocorreram em meu corpo, cada uma melhor do que a outra.
-- Vou gozar! Vou gozar em sua bucetinha! -- anunciou ele,
imobilizando-se sobre mim, gemendo num suspiro prolongado e
entrecortado.
Seu rosto se contraiu de prazer, numa expressÆo de ˆxtase. Seu
caralho pulsou ritmicamente dentro de mim, mas eu nÆo senti os
jatos quentes de esperma inundando-me.
Ficamos ofegantes, abra‡ados, l bios colados, apenas sentindo o
prazer. Seu caralho dormiu dentro de minha xoxota, naquela
atmosfera que cheirava a porra e buceta, a prazer e satisfa‡Æo.
Fomos para o banheiro pouco depois. O tesÆo voltou mais forte do
que da primeira vez. Acho que foi s¢ ap¢s as duas da madrugada,
umas quatro ou cinco fodas depois, que nos sentimos realmente
saciados.
*
Preciso contar agora a hist¢ria de como perdi meu caba‡o. Sempre
fui muito fogosa e. quando tinha dezesseis anos, arrumei um
namorado. Roney era o nome dele. Era alto, forte, musculoso, um
tesÆo. Descobri com ele o que era gozar. Roney tinha dedos m gicos
e esfregava a minha chana, enquanto sua boca ardente devorava os
meus seios. Seu h lito, seu peso sobre o meu corpo, sua geme‡Æo,
tudo isso me dava sensa‡äes gostosas.
Ele se esfregava, deitado sobre mim no banco do carro, gemendo e
suspirando, apertando meus seios, beijando-me com furor, a l¡ngua
esperta circulando em minha boca.
Sua piroca …s vezes ro‡ava meu grelinho e eu tremia de prazer,
desejando muitas vezes experimentar aquele neg¢cio duro l  dentro
de minha bucetinha virgem.
Quando Roney gozava e aquela porra quente lambuzava minhas coxas,
eu ficava deslumbrada com a intensidade do prazer que ele sentia,
muito superior ao que eu sentia, fazendo-me pensar que isso tinha
alguma coisa a ver com o fato dele ter um pinto e eu, nÆo.
Roney era muito gentil e muito carinhoso. Acho que isso o impedia
de me for‡ar. Na verdade, eu queria que ele mesmo que ele me
comesse de uma vez, tirando-me aquele caba‡o inc"modo, fazendo-me
sentir aquele prazer da forma como ele sentia.
Eu ficava com o corpo ardendo, a pele toda sens¡vel, ligeiramente
tonta, quando ele sa¡a de cima de mim e se limpava com uma toalha.
Depois limpava minhas coxas com ternura e cuidado extremos. Aquele
cheiro de porra misturado ao de minha chana me endoidecia, mas
assim ¡amos levando as coisas.
Sempre pensei que perderia o caba‡o, seria com ele e esperava por
uma ocasiÆo especial. Ela veio no dia do meu namorado.
Pretend¡amos jantar e depois irmos ao cinema, mas eu estava
decidida e com um tesÆo violento no corpo. Naquela noite eu teria
de foder com ele. Naquela noite eu teria de perder o meu caba‡o.
-- � cedo para jantarmos. O que acha de um passeio antes? --
indagou-me ele.
-- O que vocˆ quiser -- respondi, j  encostada nele, sentindo seu
perfume, sua presen‡a m scula e tentadora, seu calor e a dureza de
seu caralho.

* Quer alguma coisa especial como presente de anivers rio?
* Sim, quero perder meu caba‡o.

Ele ficou olhando seriamente para mim e eu aproveitei para
provoc -lo. Uma de minhas mÆos ficou apertando seu caralho e a
outra alisando suas coxas, sentindo os m£sculos definidos e rijos.
Por dentro foi se acentuando aquele calor irresist¡vel, que subia
pelo meu corpo, tomava conta do meu rosto, deixando-me em brasas.
S¢ de pensar no que poder¡amos fazer naquela noite, minha xoxota
ficara molhada, tÆo molhada que melava a calcinha.
Eu podia sentir meu pr¢prio cheiro, excitada que estava. Acho que
ele tamb‚m percebia isso e via em meus olhos brilhantes toda a
sensualidade que explodia dentro de mim, na forma daquele desejo
insuport vel.
Ele tomou a rodovia e, num ponto qualquer, entrou por uma estrada
secund ria, parando o carro num local tranq�ilo e isolado.
Ele nada disse. Apenas abriu a braguilha da cal‡a, enfiou a mÆo l 
dentro e, ap¢s um ligeiro suspense, trouxe para fora o caralho
durinho, com a glande inflada, lindo de morrer.
-- Que tesÆo! -- exclamei, apalpando-o.
Estava duro, gostoso e quente.
-- Estou louca para brincar com ele!
-- Pois fique … vontade -- disse ele, despindo-se rapidamente e
foi a primeira vez que nos despimos totalmente no carro dele.
Ele se atirou sobre mim, afoito e ansioso, beijando-me,
acariciando meus seios. Sua pica ficou se esfregando entre minhas
coxas e eu achei que, naquela noite, perderia mesmo o caba‡o.
-- Vai ter que me desculpar, querida, mas esta primeira vez ter 
que ser meio r pida. Estou louco de tesÆo por vocˆ e quero
livr -la logo desse caba‡o, mas nÆo sei como fazer isso direito.
Pensei em seu corpo, em sua boca, em sua chana e em seu rabo
enquanto dirigia at‚ aqui -- disse ele, indo lamber minha chana,
enchendo-a de saliva.
O ardor e a pressa dele me excitaram e sua l¡ngua completou o
trabalho. Logo minha xoxota transbordava de umidade e
lubrifica‡Æo. Ele se deitou sobre mim. Seu caralho resvalou pela
entrada de minha vulva e parou.
-- NÆo pare, continue! Tire meu caba‡o! Tire! -- insisti, sentindo
algo intenso e muito forte brotando em minhas entranhas, com a
pressÆo da pica dele em minha vagina.
-- Sim, eu tiro! -- gemeu ele e penetrou profundamente.
Eu gemi de prazer e ele estremeceu todo.
-- Ah, como isso ‚ bom! Como ‚ gostoso! Que bucetinha boa! Que
tesÆo! -- gemia ele, movendo-se alucinadamente.
Ia e vinha, ia e vinha, como se estivesse … beira da morte e
quisesse gozar antes do £ltimo suspiro. Acompanhei empolgada seus
movimentos.
Ele quase me esfolou a xoxota, de tanto esfregar aquele pinto
grosso e duro, at‚ que gozasse, entre gemidos e suspiros de um
prazer indescrit¡vel.
Senti seu esperma inundando-me, enquanto eu gozava tamb‚m. Ele
continuou sobre mim, beijando-me, cheio de gratidÆo e de tesÆo
ainda. Seu caralho continuava duro dentro de mim.
-- O tesÆo nÆo passa. Eu queria comer sua bundinha agora!
-- De verdade? -- surpreendi-me.
-- Sim, agora mesmo -- disse ele, virando-me no assento e
fazendo-me arrebitar a bunda. -- Oh, que tesÆo de cuzinho --
murmurou ele, inclinando-se, revelando-se um homem totalmente
diferente daquele que eu conhecera at‚ entÆo.
Sua l¡ngua lambuzou minhas pregas, arrepiando-me. Depois senti sua
pica ainda cheia de porra encostar-se em meu cu. Arrepiei-me
todinha. Seu caralho entrou gostosamente em meu cu.
Sua respira‡Æo tornou-se mais apressada. Ele enfiou a mÆo sob meu
corpo e buscou meu clit¢ris, esfregando-o e proporcionando-me um
prazer adicional.
O calor me invadiu. Senti a vertigem do prazer. Gozei. Gozei
in£meras vezes, enquanto ele se acabava dentro de mim, gozando
alucinadamente, beijando minhas costas, mordendo minha nuca e meus
ombros.
Fomos ao del¡rio e a noite mal tinha come‡ado. Roney me levou para
um motel. Pediu bebida e me mandou esperar, enquanto ele ia tomar
um banho. Um rapaz trouxe algumas latas de cerveja. Abri uma e fui
levar para o meu namorado.
Ele estava deitado na banheira, coberto de espuma, na  gua
agitada. Seu olhar cravou-se em mim e arrepiei-me toda. Havia um
desejo diferente no olhar dele. Eu sabia que ele ia me comer de
novo e isso me excitou muito. Minha xoxota melecou toda naquela
arrepio.
Um calor intenso invadiu meu corpo. Minha xoxota ardia um pouco,
do caba‡o perdido. Eu queria me despir e correr para a banheira,
atirando-me sobre ele, ca‡ando seu caralho no meio daquela espuma
para brincar com ele e ter prazer de novo.
-- Fico louco de vontade de toc -la, de acarici -la, de me deitar
junto ao seu corpo e possu¡-la. Fico doido de vontade de foder sua
bucetinha, seu cuzinho, sua boca, tudo em vocˆ!
Eu tremia cada vez mais, sentindo minha xoxota derreter-se,
fazendo escorregar a umidade por minhas coxas.
-- Acho que vocˆ quer o mesmo. Venha at‚ aqui -- falou ele,
erguendo-se.
Fiquei sem fala. A espuma que cobria seu corpo foi deslizando
pouco a pouco, revelando m£sculos s¢lidos, um peito m sculo e
cabeludo, um pˆnis grosso e longo, que pulsava, duro, apontado
para mim, como uma promessa de longas e loucas horas de prazer.
Ele segurou o cacete com uma das mÆos e arrega‡ou-o para tr s,
exibindo a cabe‡a maci‡a e avermelhada.
-- Quero enfiar tudo isto dentro de sua buceta, Querida --
murmurou ele, rouco de tesÆo.
Eu quase implorei para que ele fizesse aquilo naquele mesmo
momento.
Aproximei-me. Encostei-me nele. Ele ergueu meu vestido. Enfiou o
pau entre as minhas coxas. Era quente e delicioso. Arrepios me
invadiram. Eu fiquei im¢vel e trˆmula, desejando que ele
arrancasse a minha calcinha e me fodesse logo.
Ao inv‚s disso, ele recuou um passo e come‡ou a se masturbar,
olhando para mim.
Eu senti choques em meu ventre, de tanto tesÆo. Vi o desejo nos
olhos dele. Fiz, entÆo, algo instintiva e inesperado. Avancei at‚
ele. Ajoelhei-me. Segurei seu caralho. Massageei-o com meus dedos
finos e delicados. Lambi a glande exposta. Mordisquei a carne
maci‡a. Enfiei-o todo em minha boca e Roney estremeceu, sufocando
um gemido do mais puro prazer.
Deliciei-o com minha l¡ngua e meus l bios, sugando seu caralho,
lambendo e arranhando seus bagos, mordiscando sua barriga e
beliscando suas n degas.
Enfiei um dedo no cu dele, fazendo-o rebolar. E chupei, chupei at‚
que ele gozasse e enchesse a minha boca de porra. Que del¡cia!
Engoli aquele n‚ctar com um prazer enorme, depois recuei,
deixando-o ofegante e surpreso com meu desempenho.
Ele terminou o banho e foi para o quarto, com uma toalha enrolada
no corpo. Eu havia me despido e me deitara, cobrindo-me com o
len‡ol.
-- Quero trepar de novo, Roney ó pedi, ansiosa e ardendo de tesÆo.
-- Espero que compreenda que nÆo conseguirei dar uma outra em
seguida. Preciso me recuperar. A menos que vocˆ me ajude -- disse
ele, apontando para o caralho fl cido.
Apertei o cacete murcho em minha mÆo, com carinho. Empurrei o
prep£cio para tr s. Esfreguei o polegar na glande. Roney suspirou.
Lambi a glande e ele estremeceu de novo. Fungou. Suspirou. Eu o
excitava. Senti uma lev¡ssima rea‡Æo em seu pˆnis, mas nada dele
se firmar ainda.
Beijei a pontinha. Circulei-a com minha l¡ngua. Prendi-o entre os
l bios e ele gemeu levemente. Suguei-lhe o pˆnis para dentro da
boca, mascando-o com tesÆo, esfregando-o no c‚u na boca e nas
bochechas.
Roney ofegou, retesando o corpo na cama. Levantei o tronco e
encarei-o. Ofereci-lhe meus l bios entreabertos. A l¡ngua dele
penetrou minha boca gostosamente, lambendo minha saliva.
Os olhos dele brilharam de tesÆo. Suguei-o novamente. Apertei suas
n degas. Enfiei meu dedo no cu dele e ele rebolou, numa ansiedade
crescente. Se ele nÆo gozasse de um jeito, gozaria de outro,
pensei comigo, naquele momento, enquanto o puxava para cima da
cama.
Beijei-o no ventre, no peito e na boca, enquanto encaixava uma de
suas pernas entre minhas coxas. Comecei a esfregar a chana na
perna dele. Logo meu n‚ctar molhou-lhe a pele e o cheiro
perturbador chegou …s narinas dele.
-- Ningu‚m mais tem uma chaninha assim tÆo perfumada -- sussurrou
ele, com a voz trˆmula.
-- EntÆo venha cheirar, querido -- ofereci, deitando-me e abrindo
as pernas.
Ele se alojou entre elas, respirando forte, olhando meu buraquinho
tentador j  todo molhado. Sua l¡ngua me penetrou. Ele lambeu e
chupou desesperadamente, adorando aquilo. Eu vibrava de tesÆo, com
o entusiasmo dele.
-- Venha, vire-se! Deixe-me lhe fazer algo -- pedi, fazendo-o
girar o corpo sobre mim, abaixando o quadril at‚ que seu caralho
estivesse ao meu alcance.
Suguei, at‚ que seu caralho estivesse todo em minha boca. Mamei-o
deliciosamente, enquanto ele afundava a l¡ngua em minha buceta.
Gemia de prazer. Adorava o que eu fazia, mas nada de sua pica
endurecer.
Eu gozei diversas vezes com sua l¡ngua e sua boca, mas ele nÆo
fazia aquela coisa mole endurecer.
Deitei-o de costas na cama. Esfreguei minhas tetinhas no rosto
dele, no peito, no pˆnis. Prendi o pinto mole entre os seios,
girando e esfregando. Ele estremecia e revirava os olhos. Depois
fiz o mesmo com minha vagina, esfregando-a no rosto dele, em seu
peito, fazendo-o enfiar o dedo em mim.
-- Vocˆ ‚ gostosa demais! Me enche de tesÆo! -- dizia ele.
Eu insistia e meus esfor‡os foram recompensados. O pinto dele
come‡ou a reagir, engrossando, endurecendo, agigantando-se
maravilhosamente diante de meus olhos deslumbrados.
Comecei a masturb -lo. Chupei e esfreguei animadamente. O rosto
dele ficou vermelho. Ele tremia, excitado. Estendi a l¡ngua e
fiquei lambendo o caralho em todas as dire‡äes. Mordisquei, fiz um
biquinho e fiquei brincando com a glande, deixando-a entrar e sair
de minha boca.
Enlacei sua pica com meus dedos. Fiquei brincando, puxando a pele
para baixo, descobrindo a glande, lambendo-a e beijando-a com
admira‡Æo e prazer.
Ele estendeu as mÆos e colheu em seus dedos os meus seios rijos.
Ficou brincando com os biquinho. Eu continuei movendo meus dedos
em sua pica. Sua pele se mantinha arrepiada. Seus olhos olhavam
fixamente para os meus olhos.
-- Eu quero agora! -- murmurei.
-- Quando vocˆ quiser, querida! -- ele disse.
-- Agora! -- confirmei, apertando com sofreguidÆo a pica dele.
Apanhei uma camisinha e a vesti no caralho. Depois me inclinei de
novo e continuei chupando a pica, desta vez fazendo-a entrar at‚ o
fundo de minha boca. Quando me abaixava, a pica se enterrava por
entre meus l bios carnudos, que comprimiam e sugavam
deliciosamente.
Ele aproveitou e enfiou a mÆo entre as minhas coxas. Seu dedo
m‚dio foi tocar a vulva, iniciando uma car¡cia em meu grelinho,
depois no meu buraquinho. Eu senti o quanto ela estava
lubrificada. O dedo entrou com facilidade em minha chana. Eu
ofeguei e suguei com mais for‡a o caralho.
-- NÆo ag�ento mais! -- falei, subindo nele e sentando-me em seu
caralho.
Acertei-o com a mÆo e rapidamente soltei o corpo, empurrando a
buceta contra o cacete, fazendo-o penetrar-me profundamente. Eu
fiquei tremendo, com a pica dentro da chana, contraindo-a,
enquanto gozava.
Ele me segurou pelos quadris, depois foi tocar de novo meus seios.
Ficou massageando-os, enquanto eu come‡ava a mover os quadris para
cima e para baixo.
-- Oh, como ‚ gostoso! Oh, como ‚ bom! -- fiquei repetindo,
alucinada, subindo e descendo os quadris.
Diverti-me e gozei seguidamente, sempre enterrando ritmicamente a
pica em minha bucetinha. Eu delirei, com o corpo todo
estremecendo, a cabe‡a se movendo para os lados, os olhos fechados
e apertados, os l bios entreabertos.
-- Goze! Goze tamb‚m! -- pedi.
-- Chupe, quero gozar em sua boca!
Eu sai de cima dele e abocanhei seu caralho. Fiquei chupando
desesperadamente. Ele acariciou meu corpo. Seu dedo resvalou em
minhas n degas e foi parar no meu rabo. Enfiou o dedo
delicadamente nele. Eu continuei chupando seu pau, at‚ sent¡-lo …
beira do orgasmo.
-- NÆo quer foder minha chana de novo? -- indaguei, ansioso para
sent¡-lo gozar dentro de minha buceta.
Nem esperei sua resposta. Fui me deitando e abrindo as pernas,
esperando por ele. Roney se deitou sobre mim, abra‡ando-me. P"s a
ponta do cacete na minha vulva. Eu rebolei e joguei os quadris
para cima, fazendo a glande avan‡ar dentro de mim. Completei o
trabalho, puxando-o ao meu encontro. Seu caralho foi se enterrando
gostosamente dentro da minha bucetinha rec‚m-descaba‡ada.
Ele me fodeu com gosto, entrando e saindo, ro‡ando minhas dobras
vaginais, at‚ explodir em gozo e inundar-me com seu esperma
quente. Enquanto ele gozava, eu o fiz girar o corpo e continuei
sentada no ventre dele, com o cacete enterrado na minha buceta.
Continuei movendo os quadris, aproveitando ao m ximo o prazer que
sentira, at‚ imobilizar-me, saciada. Ele me abra‡ou e ficou
acariciando meus seios, beijando-me, enquanto a minha respira‡Æo
se mantinha apressada e ofegante. Eu buscava o prazer maior, que
se anunciava dentro de mim.
Novos tremores agitaram meu corpo. Movi os quadris mais um pouco,
em desespero, em del¡rio, depois estremeci fortemente, gozando
tudo a que tinha direito.
Ficamos algum tempo assim, enquanto a noite avan‡ava l  fora.
Depois eu me ergui lentamente, deixando seu cacete escapar de
minha chana. Sentei-me entre sua pernas. Ele ficou fiquei alisando
minhas tetinhas.
Eu fiquei calada, j  come‡ando a sentir saudade dele, alisando
suas coxas, apertando-as com dedos possessivos, enquanto ele
descia a mÆo pelo meu ventre e ia buscar o grelinho para toc -lo e
fazer-me estremecer. Suspirei e estremeci. Gozei, derretendo-me
toda, contorcendo-me em seus bra‡os.
Eu movia a cabe‡a de um lado para outro. O caralho se mantinha
duro de novo. Eu rebolava, esfregando-me nele, provocando-o. Eu
girei o corpo e fiquei de quatro entre suas pernas, afastando seus
joelhos. Arregacei a pele do caralho, fazendo surgir a glande
vermelha e maci‡a. Comecei a lamber, acariciando suas coxas e seus
test¡culos, subindo os dedos ansiosos at‚ seu peito, retornando,
enquanto a boca ia e vinha em seu caralho, fazendo-o estremecer.
Continuou sugando. Ele estremecia, fascinado, olhando o cacete
entrar e sair de meus l bios carnudos, indo e vindo, cada vez mais
r pido. Eu nÆo parava. Minhas unhas acariciavam al‚m de seu saco,
indo at‚ o seu ƒnus e retornando, arrancando sensa‡äes inesperadas
que fizeram seu caralho tornar-se ainda mais rijo. A glande estava
intensamente rubra. Eu senti o gozo borbulhar no ventre dele.
-- Agora! Com for‡a! Chupe! Vou gozar em sua boca -- ficou
murmurando, enquanto eu acelerava os movimentos e o chupava.
-- Quero seu caralho todinho, em minha buceta! -- pedi.
-- Pois vai ter o que deseja -- disse ele e eu fui ao del¡rio.




Cap¡tulo 4


Recentemente peguei carona com um amigo, para me levar para casa,
depois da aula. Eu sabia que ele tinha uma queda por mim, por
isso, enquanto ele dirigia, eu fiquei alisando suas coxas,
deslizando a mÆo por cima de seu caralho, fazendo-o endurecer. A
mÆo dele pousou em minha coxa. Era quente, muito quente. Seu toque
era provocante.
Ao inv‚s de me levar para casa, ele me levou para um local
especial num bosque, chamado Recanto dos Namorados. Parou o carro
e ficou me olhando cheio de desejo.
-- Eu o deixei com tesÆo, Martin? Est  com tesÆo por minha causa?
-- indaguei, abaixando o z¡per da cal‡a, enfiando a mÆo e
agarrando seu pau.
Fiquei apertando-o e masturbando-o com deslumbramento, antes de
pux -lo para fora e exp"-lo aos meus olhos gulosos.
-- � tÆo gostoso! -- sussurrei, apertando-o agora com as duas
mÆos.
-- Gosta de brincar com ele?
-- Oh, sim! Adoro -- afirmei, refor‡ando com movimentos de cabe‡a,
sem tirar os olhos do meu membro endurecido.
Estava trˆmula e arrepiada, com o tesÆo aflorando em meu corpo,
pois nÆo cessava de alisar seu pau, de apertar, de passar a mÆo e
de fazˆ-lo se arrepiar de tesÆo.
Eu me aproximei ainda mais dele, encostando-me em seu corpo,
debru‡ando a cabe‡a.
-- Este caralho ‚ lindo -- murmurei, segurando-o e olhando-o de
perto.
Depois esfreguei o caralho em meus cabelos, na testa, nos olhos,
no nariz, nos l bios, na orelha, depois no pesco‡o, entre os
seios, retornando … boca para beij -lo e lambˆ-lo com a pontinha
da l¡ngua.
-- Deixe-me toc -la -- murmurou ele, segurando-me pelos ombros e
obrigando-me a olh -lo.
Debrucei-me sobre ele para ficar com meu rosto quase colado ao
dele.
-- Quer dar uma trepadinha, querida?
-- Sim!
-- EntÆo vamos nessa -- falou ele, beijando-me ardentemente.
Eu o abracei, enroscando-me toda, demonstrando todo o fogo
emocionado que ardia em meu corpo ansioso de prazer.
-- � um pinto colossal! Fant stico! -- continuei, apertando e
alisando seu caralho com as duas mÆos, enquanto ele chupava meus
seios e sugava os biquinhos salientes.
Minha pele estava eri‡ada. Constantes arrepios percorriam-na. Eu
nÆo parava de tremer. Minha voz estava rouca. Meu h lito mais
perfumado. De minha racha subia aquele perfume inconfund¡vel, o
mais poderoso dos afrodis¡acos.
Ele aspirou esse perfume, ro‡ando seu rosto no meu. Sentiu-me
tremer. Cheirou meus cabelos, presos no alto da cabe‡a. Suas mÆos
subiram at‚ meu rosto. Eu fechei os olhos.
Ele come‡ou a soltar meus cabelos. As mechas, como uma cascata
m gica, foram caindo e emoldurando meu rosto. Eram cabelos crespos
e compridos, perfumados e sedosos.
Ele se remexia junto de mim e minha respira‡Æo era apressada, fora
de controle. Ele podia ouvir meu cora‡Æo batendo e de dentro de
meu decote subiu aquele perfume de fˆmea excitada e ansiosa por
uma trepada.
Beijei-lhe o canto da boca, enquanto ele retirava minha blusa. Ele
girou lentamente a cabe‡a, ro‡ando meus l bios nos seus. Beijei-o
com muito tesÆo.
-- Vamos para o banco de tr s! -- convidei-o e ele me atendeu com
uma pr tica surpreendente.
Fui atr s dele e o abracei, colando meu corpo ao dele, sentindo o
volume de seus m£sculos e a firmeza de suas coxas.
Ele me abra‡ou em resposta, apertando-se contra mim. Gemi quando
enfiou sua l¡ngua entre meus l bios e provei sua saliva adocicada.
Seu caralho continuava rijo, provocando-me. Eu o sentia ali e
estremecia ao apertar o ventre contra ele.
-- Quero vocˆ! Quero a sua buceta, a sua bunda, a sua boca, suas
tetinhas, suas coxas, sua l¡ngua, tudo em vocˆ que me dar  prazer
-- murmurou, rouco de tesÆo.
-- Eu tamb‚m o quero. Vocˆ me mant‚m quente! Ardendo por dentro!
Como se estivesse com febre!
Enquanto eu falava, suas mÆos desceram pelas minhas costas e foram
apertar as minhas n degas com vol£pia. Fiz o mesmo, puxando-o ao
seu encontro, para sentir toda a rigidez de sua pica.
-- Vou fodˆ-la com tesÆo -- murmurou, tirando-me o sutiÆ.
Acariciou meus cabelos, ca¡dos diante do corpo. Suas mÆos tocaram
meus seios. Sentiu-lhes o formato, redondos e rijos, com biquinhos
salientes e desej veis.
Estremeci. Ofeguei. Fechei os olhos e fiquei im¢vel diante dele,
esperando-o tocar-me e sentir-me, imaginando minhas formas rijas e
tentadoras, as aur‚olas de meus seios, o formato de meu
monte-de-vˆnus, os pˆlos, a bundinha e as coxas, tudo, enfim.
-- Vocˆ ‚ tÆo tesuda -- murmurou ao meu ouvido.
Permaneci trˆmula e entregue. Estava me dando totalmente a ele,
confiando meu corpo a ele. Martin tocou um dos seios dela. Senti o
biquinho eri‡ado. Eu me arrepiava. Sentia isso em minha pele.
Estava excitada, muito excitada mesmo.
O n‚ctar de minha racha melava a calcinha e meu perfume subia at‚
suas narinas. Ficou doido de tesÆo e terminou de despir-me a
blusa.
Voltou a tocar meus seios, colhendo cada um em suas mÆos,
amassando-os suavemente, ro‡ando os biquinhos salientes e
enrugados.
-- SÆo gostosos de tocar -- murmurou, rouco e afogueado.
Empurrou meus cabelos para tr s e beijou meu pesco‡o com
provoca‡Æo, chupando minha pele, deixando ali a sua saliva e a sua
marca. Foi descendo, chupando as encostas tentadoras de meus
seios, em todas as dire‡äes. Eu nÆo parava de me arrepiar.
Eu me encolhi toda de tesÆo e ele continuou mordendo as tetinhas,
chupando os biquinhos, colhendo-os entre os dentes e mascando-os
suavemente. Eu ofegava, inquieta.
Buscou o fecho de minha saia, entÆo, enquanto continuava dando
toda a sua aten‡Æo a minhas tetinhas. Momentos depois, a saia era
atirada para o lado.
O perfume de minha checa era demais agora. Ela deveria estar mais
£mida do que jamais estivera em toda a minha vida.
Desceu as mÆos pelos meus quadris, sentindo minha pele arrepiada.
Segurou o el stico da calcinha. Come‡ou a enrol -la, empurrando-a
para baixo.
Percebeu minha cintura afunilada, as coxas proporcionas e a bunda
tentadora. Dos seios desceu sua boca para meu ventre, beijando,
chupando e mordendo. Suas mÆos contornaram meu corpo e foram
massagear minhas n degas rijas e redondas.
O perfume da vagina mais e mais o provocava, atraindo-o
inapelavelmente. Ele queria sent¡-lo de perto. Queria prov -lo.
Queria experiment -lo.
-- Oh, nÆo! -- sussurrei, quando ele entrou por minhas coxas dela,
ajoelhando-se.
-- Abre as pernas um pouco mais -- pediu, empurrando minhas coxas
para o lado.
Eu o atendi. Ele subiu uma de suas mÆos pela parte interna de
minha coxa at‚ a vulva. Suspirei e ofeguei, abalando-me toda. Ele
estendeu sua l¡ngua, entÆo, e sugou minha racha com gosto.
Eu me incendiei. Suspirei. Geme. Contorci-me, agarrando-o pelos
cabelos, apertando-o contra o corpo. Senti em minha vagina sua
boca, sugando meu sabor de fˆmea, bebendo meu n‚ctar mais
precioso.
Eu fiquei transtornada e gozei com a sua l¡ngua em minha racha,
que senti dilatando-se, enquanto estremecia, gemendo sempre.
Ele insistiu naquela car¡cia. sua l¡ngua nÆo me deu tr‚guas.
Enfiava com gosto. Sugou. Lambeu. Descobriu o botÆozinho delicado
de meu clit¢ris.
Prendeu-o entre os dentes. Mordeu-o como havia mordiscado os
biquinhos dos seios. Eu j  gozava continuamente. Ele pressionava a
l¡ngua contra o grelinho, enquanto eu gemia e solu‡ava de prazer.
-- Sinta isso -- disse-me ele, segurando os grandes l bios de
minha vulva e puxando-o para os lados para introduzir ali a sua
l¡ngua e ir em busca do meu ponto G.
Eu nÆo entendi, a princ¡pio, o que estava acontecendo comigo.
Senti uma vontade desesperada de fazer xixi. No momento seguinte,
estava experimentando um prazer novo e intenso, que fez meu corpo
todo se abalar e se derreter em seus bra‡os.
As formas redondas de minhas n degas em suas mÆos provocavam-me.
Ele deslizou um dedo pelo reguinho tentador, at‚ encontrar as
preguinhas de meu rabo.
Eu est  entontecida, de tanto prazer em meu ponto G. Ele apertou o
dedo em meu rabinho. Eu suspirei mais forte, rebolando. Martin
acariciou com for‡a o orif¡cio. Eu gostei. Ele insistiu na
massagem, enquanto eu remexia e gozava.
Deixei que seu dedo fosse entrando naturalmente, na medida em que
eu rebolava e jogava a bunda contra ele, enquanto espasmos de gozo
agitavam-me.
-- Oh, ‚ bom! Estou ficando tonta de tanto gozar! Quero mais! NÆo
pare! -- supliquei, em frenesi.
Sua l¡ngua continuava entrando e saindo alucinadamente na minha
chana, ro‡ando meu ponto G e meu clit¢ris, em movimentos
sincronizados.
O dedo no meu rabo iniciou uma nova sessÆo de car¡cias. Ele me fez
gozar incont veis vezes, at‚ que eu tombasse sobre ele.
-- Estou gozando como uma louca!
Ergueu-me e segurou-me pelos ombros, fazendo-me encostar-me no
banco do carro. Beijou-me ardentemente. Nossas l¡nguas se
encontraram novamente. A dele invadiu minha boca, buscando a minha
saliva, alisando-me internamente. Sem perda de tempo, desceu a mÆo
at‚ minhas coxas.
-- Continue quente -- murmurou ao meu ouvido, enterrando um dedo
em minha racha.
Eu vibrei. Gemi. Ele tocou o clit¢ris. Ficou esfregando,
fazendo-me voltar a estremecer continuamente, antes de ir buscar
de novo o ponto G e levar-me ao del¡rio.
Apaixonada, eu o fui despindo afoitamente, at‚ espalmar as mÆos em
seu peito, ro‡ando, apertando, tocando, sentindo os pˆlos entre
meus dedos.
Beijei-o no pesco‡o, depois nos mamilos. Mordisquei-o e ele se
arrepiou de tesÆo. Continuou ro‡ando minha racha.
Segurei o caralho endurecido.
-- � tÆo duro! -- constatei, num suspiro emocionado.
Fiquei eletrizada, apertando-o, masturbando-o, esfregando-o no
rosto e nos l bios com vol£pia.
-- � tÆo lindo! TÆo duro! -- sussurrei, deslumbrada, tocando-o,
apertando-o.
-- � todo seu.
-- Sim, ‚ meu. Quero chupar.
Ele p"s a mÆo no cacete e arrega‡ou a pele para baixo, deixando a
cabe‡a totalmente descoberta. Eu j  me debru‡ara sobre ele. Minha
l¡ngua deixou uma trilha de saliva brilhante na pele sens¡vel,
fazendo-o estremecer.
Beijei a ponta intumescida, esfregando-a nos l bios. Depois
lentamente fui abrindo a boca carnuda para envolver a glande e
sug -lo. Ele deslizou inteiramente pela minha boca ardente.
Mamei seu pau demorada e gostosamente. Enquanto fazia isso, fui
girando o corpo sobre o dele, at‚ sua cabe‡a ficar entre minhas
coxas.
Ele teve de novo minha chana ao alcance de sua l¡ngua. Lambeu-me e
eu suspirei. Devolveu-me chupadas que me fizeram delirar.
Continuei chupando, desta vez dedicando-me totalmente … glande
intumescida, fazendo-o suspirar mais forte.
Suas mÆos buscaram minhas n degas, apertando-as. Ele me segurava
pela bunda, enterrando sua l¡ngua com vontade em minha vulva,
alisando sem parar meu clit¢ris. Eu lambia e chupava sua pica em
mamadas alucinantes.
Ele me fez gozar novamente com a l¡ngua. Eu estava faminta e
queria o caralho a qualquer custo. Eu sabia que nÆo precisaria
mais me segurar. O tesÆo dele era grande demais. Eu estava pronta.
Acomodamo-nos no banco. Eu estendi as pernas. Ele abriu-me as
coxas o m ximo que pude, depois vestiu uma camisinha. Encostou seu
pˆnis em minha racha. Eu delirei, murmurando coisas,
contorcendo-me, empurrando o quadril contra ele, querendo ser logo
penetrada.
Ele se enterrou o mais profundo que pude ir, numa estocada
vigorosa, abra‡ando-me e ficando apertado ao meu corpo, sentindo
minha xoxotinha lubrificada apertar seu pau com for‡a. Eu fiquei
contraindo a vagina e me vi … beira do orgasmo.
Era insuport vel tanta excita‡Æo, tanto tesÆo. Mais um pouco e eu
explodiria.
-- Vem! Vem! -- supliquei, gingando os quadris, movendo-os,
iniciando movimentos.
-- Sim, seu tesÆo!-- disse-me ele, come‡ando a entrar e sair de
dentro de mim.
-- Sim! Mais! Com for‡a! Mais!
Acho que eu era a mais tesuda de todas as garotas que ele
conhecia. Ele era ardente, disposto, viril. Sob ele, eu rebolei,
suspirei, chorei, gritei e uivei de prazer.
-- Assim! Como ‚ bom! -- exclamava eu, enquanto ele se esmerava em
seu galope desenfreado.
Ele me segurava, mantendo-me firme sob ele, golpeando sem cessar,
nÆo permitindo que seu caralho escapasse de minha xota. Eu gozei
continuamente, enquanto ele usava toda a sua habilidade e a sua
potˆncia para satisfazer-me.
Eu j  estava quase desfalecida de prazer, mas pedia mais. Tentei
contar quantos orgasmos eu suportaria, antes que explodisse, mas
perdi a conta. Tudo tornou-se fren‚tico, desenfreado e alucinante.
Foi uma trepada que jamais esquecerei, com certeza.
Quando ele gozou, eu desfaleci, im¢vel sobre o banco, a vagina
apertando sua pica, sentindo o pulsar dos jatos de esperma,
inundando a camisinha, transbordando, misturando seu cheiro ao de
minha racha.
Gemendo e sentindo esvair-se dentro de mim, ele caiu sobre meu
corpo e fechei os olhos.
* * *
· tarde n¢s nos encontramos de novo. Ele foi at‚ minha casa. Meus
pais haviam sa¡do para visitar minha av¢. Ele entrou no meu quarto
e fechou a porta. Eu havia acabado de sair do banho e estava
enrolada com uma toalha, os cabelos ainda £midos, a pele fresca e
perfumada.
Encarei-o, provocando-o. Sabia que ele estava me desejando, s¢
pelo modo como me olhava. Repentinamente, eu soltei a toalha e
exibi meu corpo jovem e escultural. Ele estremeceu, fitando-me,
depois caminhou ao meu encontro e eu senti um frio na barriga.
Martin devorava-me com os olhos, das coxas aos l bios carnudos,
passando pelos seios e pelo ventre, descendo, acompanhando o
triƒngulo peludo que descia rumo a minha vulva.
Segurou-me pelos ombros e foi me empurrando para tr s, at‚ me
fazer cair na cama.
-- Vocˆ nÆo tem medo de fazer isso aqui, em minha casa? --
indaguei, passando a l¡ngua pelos l bios, tornando-os brilhantes e
tentadores.
Ele nÆo respondeu. Nem precisava. As mÆos subiram pelo meu corpo,
deslizando cintura acima, at‚ juntarem-se sobre os seios. Minha
pele estava arrepiada. Os biquinhos de meus seios estavam
durinhos, demonstrando como eu estava excitada.
-- Eu espero que saiba o que est  fazendo -- murmurei.
-- Oh, sim, eu sei. E como sei! -- afirmou ele.
Apertou-me com for‡a. Beijou meu rosto e meus l bios, enquanto
suas mÆos deslizavam pelo meu corpo, tocando minha pele macia,
descendo por minhas costas e indo apertar com lux£ria minha bunda
empinada e tentadora.
Nossas l¡nguas se encontraram, trocando car¡cias loucas. Deitei-me
ao seu lado e ele enfiou sua pica entre minhas coxas, sentindo o
calor e a umidade de minha chana.
-- Vocˆ ‚ tÆo gostoso! -- disse eu, enquanto ele me apertava e
sugava meus l bios.
-- Vˆ-la molhada e fresca do banho despertou em mim um desejo
irresist¡vel de trepar com vocˆ, fodˆ-la at‚ meu pau esfolar e
todo o fogo que arde dentro de mim transbordar em porra na sua
buceta! -- disse ele, fazendo-me arrepiar.
Eu estava adorando tudo aquilo. Enquanto falava, alisava minha
chana
-- Oh, Martin! -- murmurei ela, totalmente acesa agora, esfregando
meu corpo no dele e beijando-me como uma alucinada.
Suas mÆos ficaram livres para percorrer as formas perfeitas de meu
corpo. Eu fui deslizando o corpo para baixo, com a boca voraz
beijando, ro‡ando seus pˆlos, at‚ a base de seu cacete.
Minha l¡ngua se enroscou na pele retesada, subindo at‚ que meus
l bios ro‡assem a glande intumescida e sens¡vel. Suguei-o para
dentro de minha boca com avidez e aquela sensa‡Æo de tˆ-lo em mim
foi eletrizante.
Conservei seu pˆnis em minha boca, mamando-o, fazendo-o
estremecer, movendo a l¡ngua ao redor da glande.
-- Vocˆ ‚ mesmo muito gostosa -- murmurou ele.
-- Vou lhe mostrar o que ‚ ser gostosa -- respondi, continuando a
sugar loucamente.
Ele enfiou a mÆo por baixo de mim e buscou minha xoxota molhada.
Esfregou-a delicadamente, passando o dedo por toda a sua extensÆo,
sentindo meu calor ardente.
Eu ofeguei, quase mordendo sua pica de tanto tesÆo. Ele insistiu
na car¡cia, buscando o botÆozinho saliente de meu clit¢ris para
acarici -lo com a ponta do dedo.
Eu gemi deliciada e senti seu pinto latejar de tesÆo. Enfiou o
dedo em minha chana e procurou o ponto G. Esfregou-o numa car¡cia
h bil e estonteante.
Eu fiquei respirando fundo e entrecortado, sentindo o prazer fluir
em ondas dentro de mim. Ele continuou na car¡cia, vendo minhas
coxas estremecerem e eu apertar os olhos, com a boca aberta.
Os tremores aumentaram. Eu se enrolei toda na cama, alucinada.
-- Martin, vocˆ est  sendo fant stico -- murmurei, num fio de voz,
esticando-me toda, cheia de prazer.
Ele se p"s de lado para olhar meu corpo. Meus olhos estavam
semicerrados. Meu peito arfava deliciosamente. Meu ventre se
contra¡a a cada respirada.
-- Vou lhe dar um pouco mais de prazer -- falou ele, debru‡ando-se
sobre mim.
Primeiro lambeu e mordiscou meus seios pontudos, prendendo entre
seus dentes os biquinhos rijos e salientes.
Minha pele fresca e perfumada tinha um sabor todo especial. A
excita‡Æo me fazia trˆmula e ansiosa. Beijei o pesco‡o dele, seus
ombros, retornando aos l bios para lambˆ-los e masc -los.
Eu suspirava de tesÆo, o corpo entregue, as pernas abertas, de
onde vinha o perfume intenso e perturbador de minha xoxota.
Ele escorregou pela cama, lambendo meu ventre, brincando com meu
umbigo, afundando o rosto nos pˆlos de minha vulva. A fonte
daquele perfume estava cada vez mais pr¢xima, deixando-o febril.
Encaixou-se entre minhas pernas. Fez com que eu flexionasse os
joelhos, deixando-os penderem para os lados. A fenda tentadora e
orvalhada estava ali, diante de seus olhos, oferecida e
convidativa.
Ele estremeceu de tesÆo, olhando-a. Eu sempre tive uma xoxota
incompar vel, estreita, com l bios rosados e delicados.
-- Que linda ‚ sua bucetinha! -- murmurou ele, a boca bem pr¢xima
dela para que seu h lito me acariciasse e me fizesse gozar de
tanto prazer.
Eu ofeguei, estremecendo. Ele pendeu a cabe‡a, atra¡do
inapelavelmente pelo perfume intenso. Eu arqueei o corpo, deixando
escapar um gemido. A ponta de sua l¡ngua tocou meu botÆozinho
delicado e sens¡vel, pressionando-o.
-- Oh, querido! Que tesÆo! -- murmurei, com a voz entrecortada e
rouca, apertando sua cabe‡a contra meu corpo.
Sua l¡ngua passeou por toda a minha vulva e eu gemi roucamente,
com o corpo todo abalado por espasmos cont¡nuos.
-- Est  gostando? -- indaguei.
-- Sim, estou! E quero gozar mais. Quero ter minha pica em sua
chana.
Seu desejo era uma ordem para mim. Eu adorava ver um homem
gozando, estremecendo, murmurando, gemendo, gritando …s vezes,
arranhando-me e beliscando-me.
Sua l¡ngua ficou brincando com meu clit¢ris, pressionando,
esfregando, lambendo, provocando. Minha xoxota tornou-se ainda
mais molhada, juntando sua saliva com meu n‚ctar.
Ele lambia aquele l¡quido precioso, sugando e beijando. Suas mÆos
se estendiam sobre meu corpo, buscando os seios para apert -los
com vol£pia e tesÆo. Sua l¡ngua brincava continuamente … porta de
minha vagina estreita e deliciosa.
Arrepios cobriam a minha pele. Eu me contorcia. Ondas de prazer
percorriam meu corpo. Minhas rea‡äes o faziam insistir naquelas
car¡cias que me punham num estado de orgasmo permanente.
Mordiscou-me o clit¢ris, prendendo-o entre seus dentes. Depois
lambeu incessantemente minha xoxota, esfregando sua l¡ngua nos
l bios rosados. Eu me contorcia e suspirava sem parar.
Ele sentia meu perfume se acentuar, … medida que a excita‡Æo se
transformava em satisfa‡Æo. Eu j  tivera v rios orgasmos. Martin
acompanhava minhas rea‡äes, bebendo o suco de minha buceta, onde
seus l bios continuavam colados.
Minhas pernas tremiam. Meus dedos enterravam-se em seus cabelos,
apertando-o com for‡a na xoxota, onde, finalmente, enterrou sua
l¡ngua o mais profundo que conseguiu, brincando l  dentro com meu
ponto G.
-- Oh, querido! Quero gozar -- rouquejei, entre gemidos e espasmos
incontrol veis.
Sua l¡ngua se movia dentro da minha buceta em fogo, sorvendo meu
n‚ctar, misturando-o com sua saliva, lambendo-a em todas as
dire‡äes e fodendo-me, alisando meu ponto G.
Orgasmos mais intensos punham-me prostrada agora, mas sua l¡ngua
nÆo parava. Eu queria que ele trepasse em mim, me cavalgasse e
enterrasse sua pica, dando-me tudo que meu corpo pudesse suportar
de prazer.
-- Vem, quero seu caralho -- pedi, totalmente fora de mim.
Ele subiu em mim, lambendo minha pele, indo at‚ os seios, onde se
detive para lamber, beijar e sugar.
Uma de suas mÆos ficou entre as minhas coxas, esfregando
continuamente meu clit¢ris e a entrada de minha xoxota inundada.
Os orgasmos foram mais intensos e cont¡nuos agora. Meu corpo nÆo
parava de estremecer.
-- Eu nÆo paro de gozar -- confessei, quase sem voz.
-- Continue gozando. Goze, que vou me enterrar meu cacete em sua
buceta agora -- avisou ele, enquanto punha uma camisinha no seu
pinto e o posicionava na entrada de minha chana.
Empurrou um pouco, s¢ para sentir. Eu gemi e estremeci. Ele
deslizou suavemente por entre os l bios rosados e lubrificados.
Depois jogou os quadris contra mim, enterrando-se profundamente
dentro de minha buceta.
Ficou sentindo as contra‡äes dos meus m£sculos vaginais,
pressionando seu caralho na bucetinha estreita.
-- Como ‚ gostosa a sua bucetinha. Aperte. Assim! -- murmurou,
rouco de tanto tesÆo.
Come‡ou a se mover, fodendo-me a chana e eu me acabava em suspiros
e gemidos sob ele. Foi um dos orgasmos mais intenso de toda a
minha vida.
O cheiro de esperma que transbordou da camisinha se misturou ao da
minha xoxota, perfumando intensamente o quarto.
Ficamos, depois, a tarde inteira juntos, nus no quarto, brincando
de papai-e-mamÆe. Foi divertid¡ssimo









Cap¡tulo 5



Uma das trepadas mais memor veis de minha vida foi com Grant, um
milion rio vi£vo, que mora numa das mais belas mansäes da cidade,
no alto de uma colina. H  algum tempo eu o vinha assediando, no
banco, onde era diretor, at‚ que, finalmente, ele me convidou para
passar um fim de semana em sua casa.
Assim, no s bado … tarde, est vamos na piscina de sua mansÆo.
Apenas n¢s dois. A piscina era toda coberta, com telhas de vidro
que permitiam a entrada do sol. Havia plantas espalhadas naquele
enorme salÆo envidra‡ado. Grant havia me mostrado a casa e
cheg ramos ali, finalmente.
-- Gosta? -- indagou ele e eu respondi simplesmente suspirando.
Ele se aproximou de mim. Desabotoou minha blusa, depois soltou meu
sutiÆ de renda transparente, deixando- escorregar displicentemente
pelo meu corpo.
Suspirou, olhando meus seios rijos e pontudos, a cintura delicada,
a calcinha onde a sombra escura denunciava os pˆlos fartos de meu
monte-de-vˆnus.
-- Vocˆ ‚ linda! -- murmurou ele. -- NÆo quer nadar um pouco? --
continuou, flexionando as pernas para abaixar minha calcinha.
Quando se ergueu, eu estava nua diante dele, linda, provocadora e
desej vel. Num movimento r pido, mergulhei e meu corpo nu deslizou
sob a  gua transparente, em movimentos graciosos. Ele ficou
observando minhas n degas redondas, as pernas que se abriam e
fechavam ritmicamente. Sentiu tesÆo, um tesÆo enorme por mim e se
despiu, atirando-se na  gua e indo em meu encal‡o.
Tocou minha pele, acariciou meu corpo. Ele se grudou em mim,
prendendo-me com as pernas e com os bra‡os. Eu o punha em fogo,
era o pr¢prio fogo, esfregando-me nele, movendo os quadris,
procurando seu caralho.
Senti que ele me penetrava e gemi, apertando-me ainda mais. Ele
estava dentro de mim, de minha xoxota quente e estreita, que
sugava e comprimia seu pˆnis em contra‡äes excitantes e fortes.
Fomos para a borda da piscina. Ele abriu os bra‡os, segurando-se
nos azulejos. Comprimi meu corpo contra o dela e meus quadris se
moveram ritmicamente. Como ele gemia! Como se enroscava e se
esfregava, provocando-me, ati‡ando-me, fazendo-me buscar o gozo
com uma vol£pia que eu desconhecia em mim.
Gozei demoradamente, enquanto ele inundava minha chana de esperma.
Ficou agarrado em mim, movendo os quadris, gozando. Fora uma foda
r pida, uma apresenta‡Æo apenas, mas deliciosa.
-- Vocˆ ‚ gostoso demais, querido -- murmurei, mordendo a ponta de
sua orelha. -- Vamos brincar um pouco mais -- sugeri, voltando a
nadar.
Mergulhou. Mergulhei atr s dele. Ele me abra‡ou, por cima, com os
bra‡os, cobrindo meus seios. Encaixou-se entre minhas coxas. Seu
pˆnis ficou ro‡ando minha bunda rija e empinada.
Que tesÆo aquele caralho em minha bundinha me provocou! Fiquei me
esfregando. Seu ventre parecia se encaixar nas curvas acentuadas
de minha bunda. Seu pau se aninhava entre carnes quentes e macias.
Eu queria mais dela. Eu queria fodˆ-lo de todas as maneiras e
Grant tamb‚m parecia desejar isso.
Quando sa¡mos da piscina, havia toalhas a nossa espera.
Enxugamo-nos olhando um para o outro. O desejo estava acesso em
meu corpo. Seu caralho latejava de tesÆo por mim. Vi-o esfregar o
tecido felpudo sobre a pele, retirando as gotas de  gua que a
cobriam deliciosamente seu corpo m sculo.
Provoquei-o. Inclinei-me para enxugar os p‚s. S¢ que, ao fazer
isso, minha bunda ficou arrebitada ficou diante de seu caralho.
Ele podia ver meu cuzinho e os pˆlos de minha chana. Estremeci,
violentamente excitada.
Ele esfregou seu caralho por toda a exce‡Æo do reguinho de minha
bunda. Ele estremeceu. Vi que sua pele ficou toda arrepiada.
-- Quer comer a minha bundinha? -- perguntei, com a voz rouca de
tesÆo.
-- Quero comˆ-la inteirinha -- respondeu, enla‡ando-me por tr s.
Ele endireitou o corpo e ficou esfregando-o no meu. Desceu uma das
mÆos pelo meu ventre, at‚ a xoxota. Tocou meu clit¢ris. Eu gemeu,
jogando a cabe‡a para tr s.
Seu pˆnis comprimia-se contra a minha bunda dolorosamente. Eu
queria que ele me fodesse ali mesmo. Grant tinha planos, no
entanto.
-- Vamos at‚ meu quarto -- convidou-me ele.
Ela retirou dois roupäes de um arm rio. Vestimo-nos. Deixamos a
piscina, subimos por uma escadaria e, pouco depois, est vamos em
um enorme corredor. Grant abriu uma das portas. Segurando a minha
mÆo, ele me puxou para dentro.
O quarto era lindo, ricamente decorado. A cama era coberta de
cetim, com almofadas enormes, coloridas. Grant trancou a porta
atr s de n¢s. Depois me puxou at‚ a beirada da cama. Fez com que
eu me sentasse.
Ele se ajoelhou entre as minhas pernas. Soltou o n¢ que prendia o
roupÆo. Afastou-o. Fez o mesmo com o seu roupÆo. Seu caralho
pulsava, duro e tenso. Os olhos dele brilhavam. Estendeu a l¡ngua.
Lambeu-me, depois me deitou na cama e fez um sessenta e nove.
Lambi-lhe a glande, enfiando a l¡ngua entre ela e o prep£cio.
Ele sentiu arrepios percorrendo seu corpo. A l¡ngua inquieta e
£mida o fazia estremecer. As mÆos dele foram subindo por minhas
coxas, lentamente, ganhando a minha cintura, alcan‡ando meus
seios. Ela beliscou meus mamilos. Minha boca ardente envolveu seu
caralho. Grant me chupou com avidez.
Eu nÆo parava. Minha boca se movia, meus l bios giravam de um lado
para outro, pressionando a pele retesada de seu cacete. Minha
l¡ngua se enroscava em seu pˆnis. Minhas mÆos massageavam com
luxuria seu peito.
-- Vocˆ ‚ tÆo gostoso! -- murmurei, numa pausa, antes de voltar a
chupar seu caralho.
-- Vocˆ tamb‚m... Quero senti-la... Quero chup -la at‚ fazˆ-la
gozar -- disse, trˆmulo de tesÆo.
Lambeu-me. Eu gemi, atacando de com novo ¡mpeto seu caralho,
levando-o … loucura. Enfiou a l¡ngua em minha chana,
profundamente. Eu abaixei ainda mais os quadris e fiquei
esfregando a xoxota em sua boca, quase sufocando-o.
Seu h lito e sua l¡ngua me levaram … loucura. Eu gemi e logo
gozei, contorcendo-me no leito, com ele entre as minhas pernas,
fungando e se deliciando com minha bucetinha.
-- Isto ‚ delicioso -- disse ele, levantando a cabe‡a, com os
olhos brilhantes de tesÆo e os l bios lambuzados com o meu n‚ctar.
Ele suspirou, cheio de tesÆo, quando avancei sobre ele,
montando-o. Esfreguei o caralho em minha xoxota, depois ergui-me e
posicionei seu cacete … entrada de meu cu, ap¢s vestir-lhe uma
camisinha.
A glande se contraiu toda, minhas pregas se dilataram e ele
entrou. Fiquei contraindo os m£sculos, provocando-o ainda mais.
-- Vocˆ ‚ demais! -- sussurrou ele, acariciando-me o corpo todo.
Soltei o corpo lentamente, deixando aquela pica enorme e grossa
enterrar-se em mim, at‚ que a tive todinha dentro de meu rabo,
pulsando quente e gostoso.
-- Eu fa‡o tudo agora -- murmurei, iniciando meus movimentos de
subida e descida, controlando o prazer daquela trepada.
Uma das mÆos dele foi buscar meu clit¢ris. Massageou. Apertou.
Espremeu. Eu tremia. Movia-me mais depressa. A ansiedade crescia.
O tesÆo tamb‚m. O prazer come‡ou a fluir. O pau dele entrava e
sa¡a. Fiquei doida de prazer, sentada nele, com o pau dentro de
mim, apertando-o, enquanto gozava alucinadamente.
Tombei sobre o corpo dele, beijando-o alucinadamente, acariciando
seu corpo m sculo e viril. Estava saciada, pelo menos por
enquanto.
Antes que ele fizesse alguma coisa, eu me levantei e deixei
escapar seu pˆnis de dentro de mim. Olhando aquela coisa dura e
inflada. Retirei-lhe a camisinha.
Fomos para o banheiro, nus e abra‡ados. Aquele come‡o de noite
estava fresco e agrad vel, embora nossos corpos ardessem de calor.
Na  gua recuperamos as energias e o tesÆo, brincando. Grant me
esfregava. Suas mÆos resvalavam em meu corpo, tentando me segurar.
Eu me esfregava nele. Passava a mÆo em sua bunda. Brincava com seu
pinto.
A brincadeira nos excitou. Comecei a sentir tesÆo, um tesÆo de
voltar a trepar de novo. Sa¡ da banheira e fui esper -lo na cama.
Ele foi atr s de mim com seu caralho endurecido.
-- Vocˆ ‚ linda -- rouquejou ele, olhando-me. -- Um tesÆo! --
murmurou em seguida, com um desejo que me arrepiou. -- O que vocˆ
quer? -- indagou-me ele, massageando a cabe‡a do caralho.
-- Quero chup -lo at‚ vocˆ gozar em minha boca!
Grant se ajoelhou ao meu lado. Enlacei-o pelo pesco‡o, puxando-o
para mim. Nossas respira‡äes se confundiram. Seu h lito me
arrepiou. Sua l¡ngua realizou prod¡gios em minha boca, enquanto
nossos corpos se esfregavam com lux£ria. Ondas de prazer
percorreram meu corpo.
Rolamos juntos na cama, trocando beijos e car¡cias. Eu deslizava a
mÆo pelo corpo dele. Ele fazia o mesmo. Apertei sua bunda e seus
test¡culos. Ele apertou meus seios, minhas coxas e minhas n degas.
Eu suspirava continuamente, com aquele fogo ardendo dentro de mim,
contagiando minha xoxota, pondo fogo em minha pele. Minha l¡ngua
se enroscava na dele. Eu bebia sua saliva. Senti seu pˆnis rijo e
quente entre as minhas coxas e apertei-o com prazer. Movi as
pernas, friccionando-o. Grant gemeu, deliciado.
-- Vocˆ ‚ uma putinha deliciosa -- disse ele, entre suspiros de
tesÆo, surpreendendo-me.
-- Oh, Grant, venha, foda sua putinha. Estou ardendo de novo!
Estou com fogo na xoxota outra vez! Estou a fim de tudo, querido!
Quero foder e chupar! Quero ser fodida e chupada! Quero tudo de
vocˆ -- murmurei, fora de mim.
-- Fique por cima -- disse ele, deitando-se de barriga para cima,
com aquele caralhÆo levantado … minha espera.
Eu o atendi, acomodando-me sobre ele. Minha xoxota ficou pairando
acima da cabe‡a dele. Eu estava olhando fixamente para seu
caralho, ao alcance de minha boca. Senti o h lito dele e me
arrepiei. Ele foi se aproximando de minha chana, puxando a minha
bunda para baixo. Esperei at‚ que sua l¡ngua tocasse minha buceta.
Minhas mÆos enla‡aram seu pˆnis, fazendo-o estremecer e suspirar.
Sua l¡ngua se afundou dentro de mim, movendo-se. Eu gemi,
entontecida e deliciada com aquela experiˆncia.
Estendi a l¡ngua, lambendo a cabe‡a intumescida, de cima para
baixo, de baixo para cima, ao redor, de todo jeito. Grant suspirou
e sua l¡ngua se moveu com maior ˆnfase em minha chana. Enfiei a
l¡ngua entre a glande e o prep£cio dele, girando e alucinando-o.
Grant esmerava-se em meu clit¢ris e eu tremia, gozando
seguidamente. Tenho essa incr¡vel capacidade de gozar. Posso ficar
horas com um homem paciente, gozando e gozando sem parar.
Ele estremeceu de prazer, apertando minhas n degas, penetrando
ardentemente minha buceta com a l¡ngua, lambendo o clit¢ris,
mordiscando-o, prendendo-o entre os l bios e esfregando a l¡ngua.
Abri a boca, entÆo, e abocanhei todo o cacete dele, de uma s¢ vez,
com uma voracidade que o fez gemer.
Eu relaxei o corpo ao sentir uma de suas mÆos passear no rego de
minha bunda. Um dedo pressionou meu ƒnus. Foi uma sensa‡Æo
inesperada e gostosa. Ele empurrou. Senti seu dedo entrar dentro
de mim e mover-se em meu rabo, indo e vindo, massageando-me por
dentro.
Minha respira‡Æo parecia sumir, …s vezes, quando eu gozava,
chupando, mamando aquele caralho gostoso em minha boca, esfregando
minha chana no rosto dele, rebolando a bunda onde aquele dedo
realizava maravilhas.
Senti vertigem, tremia, me contorcia, retribuindo as car¡cias na
mesma medida. Enfiei minha mÆo por baixo da bunda dele e busquei
seu cu. Enfiei o dedo. Grant tornou-se ainda mais ardente em suas
chupadas e movimentos.
Tudo aquilo estava insuportavelmente delicioso. Eu sentia crescer
dentro de mim aquela onda de orgasmos, amea‡ando sufocar-me. Era a
l¡ngua dele indo e vindo, o dedo, o caralho em minha boca, os
gemidos, os suspiros, o cheiro de nossos corpos, os movimentos, o
esfregar de peles, a noite maravilhosa, tudo.
-- Vou gozar em sua boca! -- avisou ele, freneticamente, com a voz
rouca e entrecortada, o corpo estremecendo.
Aumentei a intensidade de minhas chupadas, fazendo isso em
del¡rio, com prazer e vol£pia extremos. Minha l¡ngua esfregava a
glande exposta de todas as formas poss¡veis.
Eu gozava sem parar e queria fazˆ-lo gozar tamb‚m. Ele gemeu alto
e arqueou o corpo. Eu suguei forte, entÆo. Os jatos de esperma
foram direto para minha garganta e engoli aquele n‚ctar com um
prazer imenso, sugando at‚ a £ltima gota.
Fiquei ali, com a l¡ngua e o dedo dele ainda enterrados em mim e
sua pica amolecendo entre meus l bios. Exausta, mas ainda nÆo
saciada.
*
Era noite e nad vamos na piscina. Quando sa¡mos, eu me inclinei,
jogando os cabelos para frente para batˆ-los e retirar o excesso
de  gua. Grant estava atr s de mim, observando-me. Ele olhava
fixamente para a minha bunda. Imaginei o que ele poderia estar
pensando.
-- Quero p"r na sua bundinha -- disse ele, aproximando-se com o
caralho na mÆo, masturbando-se lentamente.
Ele me segurou pelos quadris e pincelou o caralho entre as minhas
n degas. Que sensa‡Æo intensa, sentir aquela coisa quente passar
por cima de meu cu! Que tesÆo me deu! Que arrepios!
-- Quero p"r tudo -- murmurou ele, pondo uma camisinha.
Fiquei rebolando a bunda, esfregando-me na pica dele. Seu caralho
resvalou pelo meu ƒnus. Ele me apertou com for‡a. Uma das mÆos
deslizou at‚ a minha xoxota. A outra buscou meus seios. Car¡cias
coordenadas e aqueles beijos em minha nuca tiraram-me a
coordena‡Æo e me encheram de tesÆo e arrepios.
Arrepiei-me e gozei, s¢ com aquelas preliminares. Fiquei
estremecendo, enquanto ele enfiava o cacete em minha chana e
bombeava, indo e vindo, tirando-me o f"lego e me fazendo amolecer
os joelhos.
As mÆos me acariciavam nos seios e no clit¢ris. Os beijos em meus
ombros e em minhas costas eram deliciosos e cheios de vol£pia. A
pica se lambuzava em meu n‚ctar. Saiu dali ainda mais lubrificada.
Ele a acomodou na entrada do meu cu. Inclinei o corpo para frente,
arrebitando as n degas. Senti prazer em tˆ-lo brincando ali,
quente e gostoso.
Grant gemia, empurrando lenta e firmemente, enquanto me segurava
pelos quadris. Senti minhas pregas se dilatando. A cabe‡a do pˆnis
se espremeu e foi entrando, lenta mas decididamente.
Aquela pica em minha bunda come‡ou a se mover, ganhando cadˆncia,
… medida que eu me relaxava mais e rebolava a bunda, esfregando-me
nos pˆlos dele, quando ele se afundava em mim. Ele bombeava,
tirando-me a respira‡Æo. Gozei com ele esfregando meu grelinho.
Gozei com toque de suas mÆos em meus seios. Gozei com seus dedos
esfregando a entrada de minha buceta. Gozei no rabo tamb‚m. Um
gozo diferente, mais forte at‚, que mexeu comigo, que me reduziu a
um trapo e a uma fera ao mesmo tempo.
Acho que desmaiei depois, com ele ca¡do sobre mim, meu corpo
sentindo o peso dele. Ficamos ali por algum tempo, com o caralho
enfiado em meu rabo, amolecendo lentamente.
Voltamos … piscina para um pregui‡oso mergulho, depois nos
apoiamos na borda. Ele ficou diante de mim e senti seu caralho
esfregar minhas coxas.
Ficamos longamente naquela esfrega‡Æo deliciosa, deixando o desejo
crescer dentro de n¢s. Eu ergui uma das pernas. Ele encostou ponta
do cacete na minha chana, depois me abra‡ou, segurando-me pela
bunda.
-- Est  entrando, sente? -- disse ele.
-- Sim! Est  muito gostoso! -- disse eu, enquanto ele enterrava
minha piroca na minha buceta.
Sua expressÆo deslumbrada cedeu lugar ao prazer mais intenso,
quando come‡ou suas bombadas vigorosas e ritmadas.
E como esfregava meu grelinho. Como entrava, ro‡ando tudo dentro
de mim, me levando ao del¡rio, ao ˆxtase sem fim.
Tive orgasmos m£ltiplos, nÆo daqueles pequenos e sucessivos, mas
orgasmos fortes, demorados, cada um mais forte do que o outro,
numa escala ascendente e alucinante, sufocante e delirante, que
parecia nÆo ter fim.
Gemi e urrei naquela piscina, gozando como uma louca. Quando
sa¡mos, ele me levou at‚ o salÆo de gin stica de sua casa.
Deitou-me numa mesa de massagem e, com um ¢leo perfumado e quente,
come‡ou a me massagear o corpo todo.
O ¢leo deveria ter propriedades afrodis¡acas, pois em pouco tempo
eu estava louca de tesÆo de novo. Trocamos de posi‡Æo. Com o ¢leo,
comecei a masturb -lo e logo seu pˆnis endureceu e ficou rubro.
Grant tamb‚m se viu sob os efeitos daquele poderoso afrodis¡aco e
nÆo tivemos outra alternativa, senÆo treparmos alucinadamente ali
mesmo, na mesa de massagem.
Mas esta ‚ uma hist¢ria para uma outra ocasiÆo.CASA NOVA MODERNO
L. P. BAÇAN

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CASANOVA MODERNO

L P BAÇAN

Copyright (c) 1998

L P B Edições
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Capítulo 1



Tenho uma certa fama entre as garotas da cidade, por isso fica mais
fácil escolher e transar. A fama as atrai como moscas no mel. A fama
se espalha e você se torna uma lenda, um ídolo com adoradores e
imitadores.

Não foi fácil chegar a isso. Tive de estudar muito, praticar muito e,
quando olho para trás, lembrando-me dos primeiros tempos, quando eu já
demonstrava uma queda para isso, penso em algumas garotas especiais,
que me fizeram, merecer o codinome de Casanova.

Uma delas é Loreta, uma vizinha minha, alguns anos mais velha do que
eu. Um dia voltei de uma corrida que costumava fazer toda tarde, pelo
meu bairro e ela me surpreendeu. Quando entrei no banheiro para tomar
um banho, ela entrou junto, de biquíni. Estivera em meu quarto,
escondida, a minha espera.

No momento seguinte ela me cheirava, me lambia, me beijava e me
arrastava para o quarto. Eu jamais vira uma mulher tão excitada em
minha vida, despindo-me apressadamente, depois se despindo e me as
formas perfeitas e convidativas de seu corpo jovem e tentador.

Assim que me deitou na cama, ela se debruçou sobre mim, lambendo meus
testículos, enquanto as mãos dominavam-me o membro endurecido.


Sua boca entreaberta aproximou-se lentamente. A língua estendeu-se,
úmida e trêmula, roçando a glande avermelhada, alisando-a e
umedecendo-a de saliva.

Eu estremeci, diante da fome e do desejo dela. Senti o hálito dela em
minha glande e, no momento seguinte, sua boca esfomeada e ardente
envolveu meu caralho.

Tremores de prazer fizeram todo o meu corpo estremecer. A língua e a
boca de Loreta brindavam-me com as carícias mais íntimas e
alucinantes.

Eu acariciei febrilmente os cabelos dela, empurrando sua cabeça contra
meu membro, enterrando-o todo entre os lábios que o devoravam.

-- Eu quero! -- dizia ela, sôfrega e sem fôlego.

-- O quê, Loreta?

-- Quero ser chupada também -- pediu ela, fora de si, já virando o
corpo e oferecendo sua xoxota molhada e perfumada direto na minha
boca.

Eu a agarrei freneticamente pelo traseiro, apertando-a contra o rosto,
puxando-a totalmente sobre mim. Minha língua enterrou-se de uma vez na
xoxota dela, afundando-se nas carnes perfumadas, buscando seu sabor
mais íntimo.

Ela gemeu de prazer, arqueando todo o corpo, rebolando os quadris,
esfregando-se em mim, numa demonstração estonteante de desejo e tesão.

-- Você é um tesão! -- murmurou ela. -- Que pinto gostoso! Que corpo
gostoso! Oh, como eu o estou desejando!

-- Estou adorando isso! -- respondi, erguendo o traseiro dela para
examinar, com olhos devoradores, a bucetinha bem delineada, com lábios
delicados, emoldurados por pêlos escuros e crespos.

O perfume era perturbador e aguçava-me o desejo de comê-la inteirinha.
Eu voltei a afundar a cabeça entre as pernas dela, bebendo na fonte o
licor embriagador.

Minha língua deslizou para cima e para baixo, antes de se deter no
delicado botãozinho do clitóris, fazendo Loreta se remexer fora de
controle. Arrepiada e empolgada com aquela carícia tão íntima, ela
voltou a lamber e sugar sofregamente o caralho em sua boca,
mascando-o, mamando-o com um prazer inenarrável.

-- Ache meu ponto G -- pediu ela.

Eu já sabia o que era esse tal de ponto G. Havia lido sobre ele nos
livros. Imediatamente enfiei a língua na xoxota dela, buscando um
ponto rugoso na parte superior da abertura lubrificada.

-- Sim, aí mesmo! -- exclamou ela, apertando minha cabeça contra sua
buceta.

Gemidos e murmúrios escapavam de sua garganta, a cada vez que eu
resvalava a língua pelo seu clitóris, depois ia massagear o ponto G. A
excitação dela aumentava vertiginosamente. Eu sentia a fome e o desejo
dela contagiando-me. Queria acariciá-la por inteiro, tocando seus
peitos, alisando sua pele, massageando suas coxas.

-- Sim! Isso também! Não pare! Enfie o dedo! Quero tudo de você --
pediu ela, alucinada, quando minha mão deslizou ao longo do rego de
sua bunda gostosa.

-- O que você quer agora, Loreta?

-- Quero que enfie o dedo no meu cu... Eu gosto! É demais!

Eu estava completando meu aprendizado e não hesitei. O dedo ainda
inexperiente encontrou logo o orifício apertado. Massageou-o, forçando
a entrada. Ela gemeu mais forte, quando o dedo penetrou e ficou
acariciando-a por dentro, levando-a à loucura.

-- Ah, eu estou gozando! Estou gozando! Não paro de gozar! -- ficou
repetindo ela, enquanto todo o seu corpo se arrepiava continuamente,
abalando-se em espasmos de puro prazer.

Continuei com minha língua em sua buceta, lambendo o grelinho e
massageando o ponto G, até que ela explodisse em gozo e ficasse quase
desfalecida, gemendo e suspirando.

Loreta tombou para o lado e ficou estendida, olhando para mim com uma
expressão de satisfação e alegria no rosto afogueado. Eu me ajoelhei
ao lado dela, admirando suas formas, aspirando o perfume sutil e
embriagador que vinha de sua buceta molhada e excitada ao extremo.

-- Deixe-me lhe mostrar todo o meu tesão -- pedi, pousando as mãos
sobre as tetinhas dela, deslizando pelas encostas, subindo e descendo,
alisando os mamilos durinhos, provocando-a e fazendo-a arrepiar-se.

Uma expressão de prazer estampou-se no rosto dela. Enquanto uma das
mãos afagava-lhe os seios, a outra descia rumo aos pêlos fartos que
rodeavam sua xoxota.

A mão sobre os peitinhos subiu para acariciar o rosto ela. Ela mordeu
delicadamente um dos meus dedos, chupando-o com provocação. Lambi,
então, um dos seios dela, subindo e descendo, detendo-se no biquinho
para mascá-lo com provocação. Ela gemeu de desejo, remexendo-se
inquietamente.

-- Ah, que bom! -- rouquejou ela.

A língua desceu pelo ventre dela, fazendo-a contrair-se e arrepiar-se
de novo. As pernas dela se abriram naturalmente. O perfume se
acentuou. Fiz o caminho de volta, beijando seus seios, seu pescoço e
sua boca carnuda e deliciosa, sugando sua língua.

Minha mão entrou pelo meio das coxas, buscando o grelinho,
friccionando-o delicadamente, continuamente, fazendo-a suspirar e se
remexer. Loreta estava de novo em brasa. Em pouco tempo já se
contorcia novamente, gozando seguidamente, agora suplicando por mim,
pedindo para que eu a fodesse sem demora.

Eu já havia dado prazer a ela, mas queria lhe dar ainda mais, antes de
gozar dentro de sua xoxota deliciosa. Eu já estava tonto de tanto
desejo, mas sabia que valeria a pena. Aquela seria uma mulher especial
entre as mulheres que conhecia, por isso devassei com calma todo o
corpo dela. Minhas mãos e língua exploraram devidamente cada ponto
sensível de seu corpo.

Minha dedicação levou-a a um estágio insuportável de tesão.

-- Vem! Foda-me! -- suplicou ela, dominada e alucinada.

Ela pôs uma camisinha no meu caralho, pois só transava dessa forma. Eu
me arrastei para cima de Loreta, beijando e acariciando. Minha pica se
encaixou no meio das coxas dela, que tremiam de tanto desejo.

-- Que delícia de bucetinha você tem! -- eu disse, num suspiro,
enquanto empurrava lentamente a ponta do membro para dentro dela.

-- Vem! Me dá sua pica inteira! Quero tudo! -- pediu, enquanto eu ia
empurrando o quadril contra o dela.

Adorei aquele momento. Adorei o modo como Loreta ofegou, quando foi
penetrada. Gostei de sentir o perfume sutil de seu corpo, enquanto o
caralho ia roçando sua chana. Fiquei febril ao ver sua pele se
arrepiando. Vibrei com a inquietação que a assaltou quando eu a
penetrei e fui fundo dentro dela.

Senti o formato de seus seios, acariciei ao redor de seu umbigo, de
alisei suas coxas, enquanto o caralho friccionava seu ponto G e a
fazia chegar ao êxtase.

Loreta se derreteu sob mim, enquanto gozava alucinadamente. Deixei-a
entregue no leito, com os olhos fechados, o peito ofegante subindo e
descendo, os bicos dos seios arrepiados, os lábios entreabertos e
saciados.

Fiquei olhando aquele monumento, devorando-o com os olhos. Das coxas
aos lábios carnudos, passando pelos seios e pelo ventre, descendo,
acompanhando o triângulo peludo que descia rumo a sua vulva, tudo em
Loreta era perfeito e tentador.

-- Que delícia! -- murmurou ela, entreabrindo os olhos.

Sua pele ainda estava arrepiada. Os biquinhos de seus seios
continuavam durinhos, demonstrando sua excitação, tendo-me ali, nu e
ao seu lado.

-- Gostosa! -- sussurrei, abrindo os braços para recebê-la e apertá-la
com força, fazendo-a sentir todo o meu tesão, que ainda não passara de
todo e só crescera, enquanto eu a olhava.

Beijei seu rosto e seus lábios carnudos, enquanto minhas mãos
deslizavam pelo seu corpo, tocando sua pele macia, descendo por suas
costas e indo apertar com luxúria sua bunda empinada e tentadora.
Nossas línguas encontraram-se, trocando carícias loucas.

Deitei-a ao meu lado, puxando-a para mim, enfiando minha pica entre
suas coxas, sentindo o calor e a umidade de sua chana.

-- Gozei mais de meia dúzia de vezes. Pode uma coisa dessas? --
perguntou ela, com a boca próxima de minha orelha.

Sua voz rouca arrepiou-me inteiro e me provocou contrações de tesão no
ventre.

-- Oh, claro. Essa sua xoxota apertadinha e gostosa tem muito fogo e
eu adorei fodê-la.

-- Você é um garanhão! -- observou ela, excitada.

-- Estou sentindo um desejo irresistível de trepar de novo com você,
fodê-la até meu pau esfolar -- disse eu, fazendo-a arrepiar.

Enquanto eu dizia isso, enfiei meu dedo em sua chana, tocando seu
ponto G. Foi o bastante para fazê-la se derreter toda.

-- Oh, querido! -- murmurou ela, totalmente acesa agora, virando-se
sobre mim, esfregando seu corpo sobre o meu e beijando-me com todo o
seu fogo.

Minhas mãos percorreram as formas perfeitas de seu corpo, enquanto ela
ia deslizando para baixo, com a boca deixando uma trilha de saliva em
minha pele.

Sua boca faminta desceu, roçando meus pêlos, até a base de meu cacete.
Sua língua enroscou-se na pele retesada, subindo depois até que seus
lábios roçassem a glande intumescida e sensível. Sugou-me para dentro
de sua boca com avidez.

Conservou meu pênis em sua boca, mamando-o provocantemente por um
longo tempo, tornando-o mais rijo ainda, fazendo-me estremecer movia a
cabeça para cima e para baixo, com a língua se movendo ao redor da
glande.

-- Você me mata de tanto prazer! -- murmurei, entregue ao seu desejo e
a sua habilidade.

-- Você gosta? -- perguntou ela, com o pau em sua boca.

-- Oh, sim, adoro!

-- E eu gosto de sentí-lo passando a mão em mim, alisando minhas
tetinhas, brincando com minha bucetinha, tocando meu grelinho,
provocando meu ponto G!

-- Quero lhe dar só o que você gosta!

-- E eu vou lhe fazer o mesmo -- respondeu ela, continuando a me sugar
loucamente.

Eu enfiei a mão por baixo dela, ajoelhada entre minhas pernas, e
busquei sua xoxota molhada. Esfreguei-a delicadamente, passando o dedo
por toda a sua extensão, sentindo seu calor ardente.

Loreta ofegou, quase mordendo minha pica de tanto tesão. Eu insisti na
carícia, buscando o botãozinho saliente de seu clitóris para
acariciá-lo com a ponta do dedo.

Ela soluçou de tesão. Eu enfiei o dedo e toquei seu ponto G. Ela foi
ao delírio.

-- Ninguém jamais me tocou assim -- confessou ela, ofegante e trêmula.

-- Gosto de sentí-la assim tão molhada!

-- Você me fez ficar assim -- disse ela, girando a boca ao redor de
minha glande, quase me fazendo gozar.

Estremeci e senti meu pinto latejar. Ela parou de me sugar e deitou-se
ao meu lado. Deitei-me de lado para olhar seu corpo. Seus olhos
brilhavam de paixão. Seu peito arfava deliciosamente. Seu ventre se
contraía ritmadamente, indicando seu grau de excitação.

-- Vou lhe mostrar o quanto gosto disso -- falei, debruçando-me sobre
ela.

Primeiro lambi e mordisquei seus seios pontudos, prendendo entre meus
dentes os biquinhos rijos e salientes. Sua pele fresca e perfumada,
ainda úmida em alguns pontos, tinha um sabor todo especial. A
excitação me fazia trêmulo e ansioso.

Loreta apenas vibrava e gemia baixinho agora. Em breve estaria tomada
de uma febre que encheria seu corpo de calor e pressa. Ela exigiria a
penetração, o prazer e a satisfação total.

Beijei o pescoço dela, depois seus ombros, retornando aos seios para
lambê-los e mascar os biquinhos. Loreta suspirava de tesão, o corpo
abandonado na cama, as pernas abertas, de onde vinha o perfume intenso
e perturbador de sua xoxota.

Aquilo provocava em mim reações selvagens e primitivas. Eu queria
comer aquela mulher, lambê-la, penetrá-la, gozá-la de todas as formas,
tudo ao mesmo tempo, mas me continha e ia devagar, desfrutando seu
corpo, vibrando com suas reações, gozando as sensações que o momento
me proporcionava.

Deslizei pela cama, lambendo seu ventre, brincando com minha língua ao
redor do seu umbigo, afundando o rosto nos pêlos de sua vulva. A fonte
daquele perfume estava cada vez mais próxima, deixando-me febril.

Encaixei-me entre suas pernas. Fiz com que ela flexionasse os joelhos,
deixando-os penderem para os lados. A fenda tentadora e orvalhada
estava ali, diante de meus olhos, oferecida e convidativa.

Estremeci de tesão, olhando-a. Loreta tinha uma xoxota incomparável,
estreita, ardente, saborosa, com lábios rosados e delicados.

-- Que buceta linda! -- murmurei, a boca bem próxima dela para que meu
hálito a fizesse gozar.

Ela ofegou, estremecendo-se toda. Pendi a cabeça, atraído
inapelavelmente pelo perfume intenso. Loreta arqueou o corpo, deixando
escapar um gemido. A ponta de minha língua tocou seu botãozinho
delicado e sensível, pressionando-o.

-- Oh, que tesão! -- murmurou ela, com a voz entrecortada e rouca,
apertando minha cabeça contra seu corpo.

Minha língua percorreu toda a sua vulva e ela gemeu roucamente, com o
corpo todo abalado por espasmos contínuos.

-- Oh, já estou gozando!

Eu adorei o jeito como Loreta gozava, estremecendo, murmurando,
gemendo, gritando, arranhando-me e beliscando-me. Minha língua ficou
brincando com seu clitóris, pressionando, esfregando, lambendo,
provocando. Sua xoxota tornou-se ainda mais molhada, juntando minha
saliva com seu néctar.

Eu bebia aquele líquido precioso, sugando e beijando sua chana. Minhas
mãos estendiam-se sobre seu corpo, buscando os seios para apertá-los
com volúpia e tesão. Minha língua brincava continuamente à porta de
sua vagina estreita e deliciosa.

Arrepios cobriam a pele dela. Loreta se contorcia. Ondas de prazer
percorriam seu corpo. Suas reações me faziam insistir naquelas
carícias que a punham num estado de orgasmo permanente.

Mordisquei-lhe o clitóris, prendendo-o entre meus dentes. Depois lambi
incessantemente sua xoxota, esfregando minha língua nos lábios
rosados. Ela se contorcia e suspirava sem parar.

Eu sentia seu perfume se acentuar, à medida que a excitação se
transformava em satisfação. Loreta já tivera vários orgasmos. Eu
acompanhava suas reações, bebendo o suco de sua buceta, onde meus
lábios continuavam colados.

Suas pernas tremiam. Seus dedos enterravam-se em meus cabelos,
apertando-me com força na xoxota, onde, finalmente, eu enterrei minha
língua o mais profundo que consegui.

Fiquei brincando com ele e isso a levou ao delírio e a um prazer
intenso.

-- Oh, é demais! Estou desfalecendo! Continue! Assim! Quero gozar
tudo!-- rouquejou ela, entre gemidos e espasmos.

Minha língua se movia dentro da buceta em fogo de Loreta, sorvendo seu
néctar, misturando-o com minha saliva, lambendo-a em todas as
direções, tocando a rugosidade de seu ponto G.

Orgasmos mais intensos punham-na prostrada agora, mas minha língua não
parava. Eu queria trepar nela, cavalgá-la, enterrar-lhe minha pica,
mas, ao mesmo tempo, queria dar-lhe o máximo de prazer. Era uma forma
de garantir futuras trepadas e de permanecer em suas lembranças.

-- Quero seu caralho agora! Vem! -- pediu ela, totalmente fora de si.

Eu sentia que não poderia esperar mais também. Meu pênis doía. Meus
testículos pareciam querer explodir. Eu subi pelo corpo dela, lambendo
a pele, chegando aos seios, onde me detive para lamber, beijar e
sugar.

Uma de minhas mãos ficou entre as coxas dela, esfregando continuamente
seu clitóris e a entrada de sua xoxota inundada. Os orgasmos foram
mais intensos e contínuos agora. O corpo de Loreta não parava de
estremecer.

-- Eu derreto de tanto gozar! -- confessou ela, num fio de voz.

-- Continue gozando, minha querida! Goze! -- fiquei repetindo em seu
ouvido.

Ela adorou ouvir isso bem de perto, com a minha voz rouca fazendo-a
arrepiar-se por inteiro.

-- Goze que vou me enterrar em sua buceta agora!-- continuei enquanto
subia por ela e vestia uma camisinha no cacete.

Encaixei a cabeça do meu pinto na entrada de sua chana. Empurrei a
pontinha, só para sentí-la. Depois comecei a deslizar suavemente por
entre os lábios rosados e lubrificados, enterrando-me profundamente
dentro dela.

Fiquei ali por algum tempo, sentindo as contrações dos músculos
vaginais, pressionando meu caralho na bucetinha estreita, buscando
sutilmente um prazer que vinha lá de dentro.

-- Como é gostoso sentir sua bucetinha! Não pare! Aperte assim! --
murmurei, sentindo a deliciosa pressão contra meu cacete.

-- Agora quero tudo a que tenho direito -- pediu ela, movendo os
quadris.

Coordenei meus movimentos aos dela, golpeando-a virilmente, aumentando
o ritmo, até que explodíssemos em prazer e satisfação. Foi um dos
orgasmos mais intenso de toda a minha vida.

Quando retirei a camisinha, o cheiro de esperma misturou-se ao da
xoxota dela, perfumando intensamente o quarto. Ela ficou se esfregando
em mim, gemendo e suspirando, apertando-me e beijando-me. Cochilamos
deliciosamente em seguida.

*

Quando acordei, ela estava sentada na cama, ao meu lado, com as pernas
ligeiramente abertas, olhando-me. Encarei-a. Seu olhar era de tesão.
Ela havia vestido uma calcinha tão estreita que eu podia ver os
pelinhos escapando pelas beiradas. Continuou, olhando-a daquela forma.

-- O que houve? -- indaguei.

-- Você me surpreendeu, sabia?

-- Agradavelmente, espero -- respondi, subindo meu olhar devagarinho,
passando pelas pernas, pelas coxas, pela bucetinha recortada contra o
tecido, depois continuando, fixando-se nos biquinhos de seus seios
rijos e perfeitos e, finalmente, em seus lábios carnudos e nos olhos
pensativos.

-- Por que não o conheci antes? -- indagou ela, levantando-se e
arrastando-se até mim.

Deitou-se ao meu lado, esfregando suas coxas nas minhas coxas peludas.
Minhas mãos passearam pelo corpo dela, das coxas aos seios, num
movimento lento e apaixonado. Ela estremeceu, excitada. Sua respiração
acelerou. Senti nitidamente o perfume de sua buceta. Sua pele era
morna e macia, suave e deliciosa ao toque, arrepiando-se
continuamente.

-- Por que estou com tanto tesão? -- indagou ela, movendo-se de um
modo que seu corpo continuasse esfregando-se em mim.

O tom de voz dela foi provocante e sensual, meio rouco. Ela tremia, eu
podia sentir isso. Por instantes eu a olhei direto nos olhos.

-- Acho que é porque também estou com um tesão muito grande por você
-- respondi, deslizando as mãos pelos flancos dela, até as coxas de
novo, e dali até as nádegas roliças.

-- Quero trepar de novo!

-- Então vamos trepar de novo! -- murmurei, passeando as mãos pelo
corpo dela, detendo-me na rachinha delineada contra o tecido apertado
da calcinha.

-- Faça tudo que eu gosto!

-- Assim? -- murmurei, deslizando sobre a cama, até seus pés.

Toquei seus tornozelos e beijei as solas de seus pés. Enquanto fazia
isso, fui subindo devagarinho as mãos, alisando suas pernas, até suas
coxas, passando por entre elas, sentindo a umidade e o calor de sua
bucetinha.

A pele dela ficou toda arrepiada e ela suspirou e estremeceu.

-- Assim? -- insisti.

-- Oh, sim! -- ofegou ela.

Estendi minha língua e fui subindo pela coxa dela, lambendo a pele
arrepiada, aspirando o perfume intenso de sua xoxota. Lambi-a por cima
do tecido da calcinha, sentindo aquela umidade perfumada.

A respiração ofegante dele me excitou. Ela agarrou-me a cabeça,
apertando-a contra o corpo. Puxei sua calcinha para baixo. Ela olhava
para mim, ofegando e gemendo, excitando-me brutalmente.

Minha língua penetrou entre suas coxas, tocando sua buceta. Naquele
mesmo instante Loreta gozou, estremecendo toda, lambendo os próprios
lábios e revirando os olhos, numa imagem de volúpia e sensualidade

Eu continuei lambendo com gosto sua vulva molhada. Ela se contorcia e
gozava.

-- Você sabe fazer isso muito bem! Não pare! Continue! Ah, que língua!
Não paro de gozar!

Eu continuei chupando-a. Os olhos dela ficaram esgazeados. Seu corpo
estremecia continuamente de tanto tesão. Eu sentia todo o fogo daquela
mulher escorrer por minha língua, enquanto a enterrava o mais fundo
que podia, apertando a boca contra a xoxota dela.

Meu caralho estava duro ao extremo, latejando de tesão.

-- Venha! -- disse ela, fazendo-me deitar ao seu lado.

Foi a vez dela deslizar pela cama e ir buscar meu caralho endurecido,
com a glande avermelhada e maciça. Os olhos dela brilhavam. Chupou-me
demoradamente, depois estendeu o corpo, deixando as pernas penderem
para os lados e oferecendo-me sua xoxota jovem, de lábios rosados e
peludos.

Estremeci de tanto tesão, vendo-a naquela posição, esperando por mim.
Cavalguei-a. Minhas mãos subiram pelo ventre dela, tocando os seios e
os biquinhos eriçados de tesão.

Ela deslizou o corpo sobre a cama, até posicionar sua buceta molhada e
perfumada em minha pica, mal me dando tempo de vestir a camisinha.
Quase nos acabamos naquela noite, de tanto trepar.

-- Já foi enrabada alguma vez, Loreta? -- perguntei.

--Como?

-- Sexo anal, querida. Já praticou sexo anal alguma vez?

-- Não, na verdade! Não! Não mesmo.

-- Quer tentar?!

-- Pode doer. Tenho medo!

Naquele tempo, eu tinha um curiosidade enorme para saber como era
comer um cu.

-- Eu não deixo doer. Faço gostoso!

-- Falando a verdade?

-- Sim, por favor!

-- Tenho uma vontade enorme de experimentar -- confessou ela.

-- Então hoje é seu dia de sorte, querida.



Capítulo 2



Outra mulher marcante em minha vida foi Maria, uma jovem mexicana,
descendente de índios e espanhóis. Tinha olhos negros e amendoados,
cabelos compridos e negros e um corpo desenhado por um artista. Era
ardente e adorava fazer sexo pelo simples prazer de gozar,
ensinando-me muita coisa da arte latina de trepar.

Foi um tempo inesquecível, pois jamais encontrei depois dela uma
garota tão ardente por dentro e por fora, com uma buceta tão apertada
que mesmo lubrificada, meu cacete entrava com dificuldade. Uma vez lá
dentro, sua xoxota vestia meu pênis com perfeição, amoldando-se a ele.
Cada movimento do corpo dela era um arrepio e um espasmo de prazer.

Morava próximo de minha casa e, uma noite, quando meus pais viajaram,
eu telefonei e convidei-a para vir. Tomamos uma cerveja e uma garrafa
de vinho. Fomos para o meu quarto.

-- Você tem algo que mexe comigo e me revoluciona por dentro, sabia?
-- disse-lhe eu.

-- E eu me derreto transbordo, de tanta umidade em minha xoxota, só de
estar com você. Por que não me come? Por que não trepa comigo? --
disse ela, devorando-me com os olhos.

Era hora de deixar de lado as cerimônias e a preparação. Abri o zíper
da calça, retirei meu caralho, brinquei um pouco com ele para que
endurecesse, coloquei uma das mãos dela sobre ele.

Ela sorriu, deliciada. Sua respiração se apressou. Sob a blusa fina,
vi os biquinhos de seus seios ficarem durinhos, demonstrando sua
excitação.

-- Que gostoso! -- exclamou ela.

Seus olhos brilhavam de tesão e ela se ajoelhou-se diante de mim e
lambeu com deslumbramento o meu caralho, segurando-o com firmeza e
sugando-o com avidez e apetite.

-- É delicioso! -- murmurei e ela subiu, esfregando-se em mim,
beijando-me.

Abri os braços para recebê-la e apertá-la com força, fazendo-a sentir
todo o meu tesão. Beijei seu rosto e seus lábios carnudos, enquanto
minhas mãos deslizavam pelo seu corpo, tocando sua pele macia,
descendo por suas costas e indo apertar com luxúria sua bunda empinada
e tentadora.

Ela respirou fundo e senti o cheiro de sua xoxota tomando conta do
quarto. Nossas línguas se encontraram-se, trocando carícias loucas.
Fomos nos despindo. Eu a deitei na cama, depois fui encaixando minha
pica entre suas coxas mornas e esculturais.

-- Oh, delícia! -- murmurou ela, deitando-se sobre mim, esfregando seu
corpo no meu e beijando-me como uma alucinada.

Minhas mãos percorreram as formas perfeitas de seu corpo. Ela foi
deslizando o corpo para baixo, com a boca deixando uma trilha de
saliva em minha pele. Sua fome de amor me fascinava. Sua excitação era
contagiante.

Sua boca faminta desceu, roçando meus pêlos, até a base de meu caralho
e iniciando uma lenta subida rumo à cabeça maciça e avermelhada.

Ela me chupou. Aquela sensação foi eletrizante e perturbadora, pois
ela conservou meu pinto em sua boca ardente e voraz, mamando-o,
fazendo-me estremecer.

Eu enfiei a mão por entre suas pernas, buscando sua xoxota molhada.
Esfreguei-a delicadamente, passando o dedo por toda a sua extensão,
sentindo seu calor ardente.

Maria ofegou. Eu insisti na carícia, buscando o botãozinho saliente de
seu clitóris para acariciá-lo com a ponta do dedo. Ela estremeceu mais
forte ainda. Avancei o dedo, tateando à procura do ponto G. Quando o
encontrei e massageei, ela e seus olhos ficaram esgazeados, de puro
prazer.

-- Você é demais! -- exclamou ela, girando a boca ao redor de minha
glande.

-- Deixe-me brincar também -- pedi-lhe.

Ela parou de me sugar, suspirou e deitou-se ao meu lado. Pus-me a
olhar seu corpo. Seus olhos brilhavam de paixão. Seu peito arfava
ansiosamente.

Lambi e mordisquei seus seios pontudos, prendendo entre meus dentes os
biquinhos rijos e salientes. Sua pele fresca e perfumada tinha um
sabor todo especial.

Beijei o pescoço dela, seus ombros, retornando aos seios para
lambê-los e mascar os biquinhos. Maria suspirava de tesão, o corpo
abandonado na cama, as pernas abertas, de onde vinha o perfume intenso
e perturbador de sua chana molhada.

Aquilo me provocava terrivelmente. Deslizei pela cama, lambendo sua
barriguinha, brincando com seu ventre, afundando o rosto nos pêlos de
sua buceta, de onde vinha o perfume cada vez mais intenso, deixando-me
febril.

Encaixei-me entre suas pernas. Fiz com que ela flexionasse os joelhos.
Empurrei-os delicadamente para os lados. A rachinha tentadora e
orvalhada estava ali, diante de meus olhos, como um cálice de prazer a
ser degustado.

Estremeci de tesão, olhando-a. Maria sempre teve uma xoxota incrível,
estreita, ardente, saborosa, com lábios rosados e delicados, cheios de
pêlos crespos e escuros.

Toquei-a com a ponta da língua. Ela ofegou, estremecendo. Insisti.
Maria arqueou o corpo, deixando escapar um gemido. A ponta de minha
língua tocou seu botão delicado e sensível.

-- Oh, que tesão! -- exclamou ela, com a voz entrecortada e rouca,
apertando minha cabeça contra sua chana.

Minha língua percorreu toda a sua vulva e ela gemeu roucamente, com o
corpo todo abalado por espasmos contínuos.

-- Gozei! -- murmurou ela.

Avancei minha língua e toquei seu ponto G. Foi o bastante para levá-la
à loucura. Maria gozava e estremecia, murmurando, gemendo, gritando,
arranhando-me e mordendo-me.

Minha língua ficou brincando em sua chana, lambendo o clitóris,
pressionando, esfregando e tocando o ponto G. Minhas mãos avançaram
pelo seu corpo, buscando os seios para apertá-los com volúpia e tesão.

Arrepios cobriam a pele dela, que se contorcia. Tremores abalavam seu
corpo. Suas reações me faziam insistir naquelas carícias que a punham
num estado de orgasmo constante.

Prendi-lhe o clitóris entre os dentes, depois lambi incessantemente
sua xoxota, esfregando minha língua nos lábios rosados. Ela se
contorcia e tremia sem parar, suspirando sempre.

Maria já tivera vários orgasmos. Eu acompanhava suas reações, bebendo
o néctar de sua xoxota. Suas pernas tremiam. Seus dedos entravam em
meus cabelos, apertando-me com força na buceta, onde eu enfiava minha
língua o mais profundo que pude.

-- Estou desfalecendo! Continue! Assim! Quero gozar tudo! -- rouquejou
ela, entre gemidos e espasmos.

Incansavelmente minha língua se movia dentro da buceta em brasa de
Maria, sorvendo seu néctar e fodendo-a. Orgasmos seguidos punham-na
prostrada agora, mas eu insistia. Não via o momento de trepar nela,
cavalgá-la, enterrando-lhe minha pica em sua chana, mas queria
deixá-la desfalecida de tanto gozo.

-- Vem, quero agora! Vem! -- pediu ela, fora de si.

Eu não poderia esperar mais também. Meu caralho doía. Minhas bolas
pareciam querer explodir. Subi por ela, lambendo sua pele, chegando
aos seios, que beijei, lambi e suguei. Uma de minhas mãos ficou entre
as coxas dela, esfregando continuamente seu clitóris e a entrada de
sua xoxota.

Os orgasmos não paravam em seu corpo. Eram mais intensos e contínuos.
O corpo de Maria não parava de tremer.

-- Eu me derreto! -- confessou ela, quase sem voz.

-- Goze! Goze! -- fiquei repetindo em seu ouvido. -- Goze que vou
entrar em sua buceta agora. Vou fodê-la com meu cacete -- continuei,
enquanto subia por ela.

Encaixei uma camisinha no caralho e posicionei-o às portas inundadas
de sua xoxota. Pus a ponta, abrindo passagem, depois deslizei lenta e
apertadamente por entre os lábios lubrificados.

Fiquei ali, imóvel, apenas sentindo as contrações de sua bucetinha,
pressionando meu cacete nas dobras estreitas, arrancando-me o prazer
extra.

-- Aperte! Assim! Mais! Hum! -- gemi, sentindo que chegava ao meu
limite máximo, movimentando-me desesperadamente em busca do prazer
final.

Foi um dos orgasmos mais intenso de toda a minha vida, enquanto que
Maria não parava de gemer e suspirar, jogando o quadril contra o meu,
fazendo a porra transbordar da camisinha.

Ela me apertava e me beijava num frenesi possessivo e deslumbrado.

-- Diga que não vamos parar! Diga que vamos continuar trepando! --
suplicou ela, apertando-se contra mim, continuando a gozar e a tremer.

-- Sim, vamos continuar -- concordei, contagiado.

Ela suspirou, sorriu e me beijou apaixonadamente. Depois se deitou
como uma cobra ao sol, olhando-me com olhos brilhantes. Inclinei-me
sobre ela e acariciei sua pele macia e perfumada, sentindo arrepios de
tesão e de prazer.

-- Só fico se você me deixar comer sua bundinha -- murmurei.

-- Só se fizer isso com muito jeito mesmo -- disse ela, girando na
cama e arrebitando a bunda.

Cobri-a com meu corpo, beijando-a desde as nádegas até a nuca e os
ombros. Arrepios percorriam o corpo dela incessantemente. Ela
rebolava, esfregando-se em mim, provocando-me. Seu fogo não se apagara
ainda e seu calor me incendiava, fazendo-me desejá-la de novo.

Vesti uma camisinha reforçada e super-lubrificada, excelente para sexo
anal, depois pincelei meu caralho no cu dela, espalhando ali o
lubrificante. Segurei-a pelos quadris.

-- Vou pôr no seu cu agora -- disse eu.

-- Põe logo! Estou brasa. Quase gozo, só na expectativa.

Encostei a ponta do pênis em seu cuzinho apertado. Empurrei. Ela
gemeu. O caralho lubrificado deslizou facilmente para dentro dela.
Quando dei por mim, ele já estava todo lá, pulsando dentro dela.

-- Que delícia! -- suspirei, respirando com esforço, beijando e
lambendo sua nuca, enfiando as mãos nos seios duros e pontudos para
apertá-los com volúpia.

Comecei a me mover sobre ela, golpeando-a com força. Maria começou a
esfregar o clitóris e o prazer tomou seu corpo de assalto, com uma
intensidade arrepiante e prazerosa.

Os orgasmos foram contínuos, num crescendo fantástico que tirou-lhe o
fôlego e só terminaram quando eu, gemendo alto e descompassado, gozei
novamente, enchendo a camisinha de porra.

Ela se estirou na cama, trêmula de prazer, enquanto eu permanecia
deitado sobre ela, ofegante.

Ficamos algum tempo em silêncio, repousando. Sua pele tinha um perfume
todo especial, que me encantava.

-- Vamos tomar um banho? -- indagou ela, com a voz rouca e saciada.

-- Você me esfrega?

-- Esfrego!

Sob a ducha ela esfregou todo o meu corpo. Fiz o mesmo com ela.
Naquela brincadeira, meu caralho se manteve duro. Ela desligou a água
e se ajoelhou diante de mim e enfiou o caralho em sua boca.

-- Você é muito gostoso -- murmurou ela, chupando.

Eu fiquei movendo os quadris, indo e vindo, fodendo sua boquinha
adorável e faminta com estocadas compassadas e suaves. As mãos dela
acariciavam meus testículos, minhas coxas, minha bunda redonda. Eu
gemia e suspirava. O caralho entrava e saía.

-- Oh, isso é muito bom -- rouquejei, empolgado com aquela boca
devoradora.

Seus movimentos foram se tornando frenéticos. Seus lábios fechados
contra meu pênis iam e vinham, anunciando mais um orgasmo. Não
resisti. Meu corpo estremeceu e eu senti o explodir em jatos de
esperma que Maria engoliu com renovado prazer.

Sugou vorazmente até a última gota, depois se sentou no piso,
ofegante, olhando-me com seu ar mais travesso. Liguei a ducha
novamente. Ela apanhou a esponja e lavou de novo meu caralho, que
continuava duro.

-- Vem! -- pediu ela, levando-me para a cama.

Deitamo-nos, unidos num abraço apertado. Eu beijei e lambi o pescoço
dela, os ombros, os seios apetitosos. Enfiei uma das mãos entre suas
coxas, esfregando o grelinho.

Ela me masturbou, provocando-me e se excitando com isso. Ficamos nos
esfregando, até que as nossas respirações se unissem no mesmo
descompasso.

Vesti uma camisinha no caralho, abri as pernas dela e ergui-as para o
alto, encaixando meu caralho na vagina dela. Enterrei numa estocada
lenta e profunda e comecei a me movimentar sem presa, indo e vindo,
tirando-lhe o fôlego.

Maria gozou seguidamente, enquanto eu me preparava para mais um
orgasmo, que veio chegando gradativamente, anunciando-se nos tremores,
no calor, na eletricidade que percorreu meus músculos e fez meu ventre
se contrair.

Eu fechei os olhos e deixei que ela continuasse se movimentando,
girando os quadris, enquanto eu me concentrava totalmente naquela
sensação que vinha lá de dentro, crescendo, agigantando-se e
explodindo em jatos de esperma, finalmente.

Adormeci pesadamente para acordar, no meio da noite com a língua de
Maria em minha boca e meu pau entre suas coxas.

-- Pensei que não fosse acordar mais -- disse ela, arrastando-se sobre
meu corpo, até se sentar em minhas coxas.

Segurou meu membro e ficou esfregando-o na xoxota, olhando-me com um
ar de provocação. Apanhou uma camisinha, retirou-a da embalagem,
assoprou-a, depois encaixou-a no devido lugar.

Posicionou o cacete em sua xoxota e foi enfiando-o lentamente, sempre
olhando para mim com aquele seu olhar brilhante, travesso e sensual.

-- Você é gostoso demais! -- murmurou ela, com meu pau todinho
enterrado em sua buceta.

Debruçou-se sobre mim, beijando-me. Começou a subir e descer os
quadris, numa cadência ritmada e gostosa. Abracei-a. Fechei os olhos e
me concentrei nos seus movimentos e em sua xoxota, engolindo e
soltando meu pênis, pressionando-o, massageando-o com deliberadas
contrações de sua vagina.

Deslizei as mãos pelo corpo dela.

-- Está tão bom! -- disse ela e me beijou e lambeu provocantemente,
enquanto fazia meu pau entrar e sair de sua chana.

Toquei os seios dela, apertando-os, beliscando os biquinhos eriçados.
Ela se movia com ritmo, devorando meu cacete, engolindo-o com sua
buceta voraz. Arrepios invadiram meu corpo, com ela inclinada sobre
mim, beijando meu pescoço, enfiando sua língua em meu ouvido. O prazer
aproximava-se rapidamente

-- Vou gozar! -- murmurei, quase desfalecido de tanto tesão.

Seus movimentos se tornaram frenéticos. Meu cacete entrava e saía com
força de seu buraquinho apertado. Ela gemia alto. Sua respiração era
entrecortada. Coordenei meus movimentos aos dela. Meu cacete pareceu
inchar-se dentro dela, antes de começar a pulsar, ejaculando
copiosamente, enquanto ela continuava se movendo.

Ela soltou o corpo sobre o meu. Fiquei alisando sua pele arrepiada,
enquanto nossas respirações voltavam ao normal. Seu hálito em meu
pescoço fazia-me arrepiar também.

Eu sentia sua xoxota contrair-se ainda, apertando meu caralho ainda
duro e dentro de sua chana ardente e agora saciada.

-- Eu mal termino e já tenho vontade de fazer tudo de novo --disse
ela, começando a balançar o corpo de um lado para outro, com minha
pica ainda dentro dela.

O caralho esfregava seu clitóris e massageava todo o interior de sua
chana, tocando seus pontos sensíveis. Ela estremeceu.

-- É muito tesão! -- murmurou e seu corpo começou a estremecer,
enquanto os primeiros orgasmos brotavam de seu ventre e espalhavam-se
pelo seu corpo arrepiado.

Deixei que ela se deliciasse com a minha pica, gozando até ficar sem
fôlego. Seu olhar se encheu de malícia. Ela começou a me masturbar,
empurrando o prepúcio para baixo, descobrindo a enorme glande
avermelhada.

Fazia isso de um modo especial e encontrava nisso uma forma
interessante de me dar um prazer inesperado. Eu deixei o corpo relaxar
no leito, sem querer mais nada na vida.

Maria continuou, com a mão em canudo subindo e descendo, apertando o
membro aquecido e rijo como jamais estivera antes. Comecei a gemer,
deliciando-me com a carícia. Ela sabia como fazer aquilo, como brincar
com meu corpo, criando novidades.

Os dedos apertavam firme, indo e vindo, numa cadência gostosa, sem
pressa, mas lasciva e agradável. Eu senti arrepios e sensações
intensas percorrendo meu corpo, em tremores inquietos e deliciosos.

Toquei seus seios jovens, rijos e empinados que se ofereciam aos meus
olhos. Ela se manteve debruçada sobre o meu caralho, masturbando-me.
Não resisti. Tombei o corpo na direção dela, beijando seus ombros e
seu pescoço, enquanto minhas mãos dominavam seus peitinhos.

Apertei-os, beliscando os mamilos eriçados, deliciando-me com aquela
firmeza jovem e atrevida. Ela ofegou e manipulou com mais ênfase o
cacete. Eu olhava com profundo tesão seus seios empinados, o ventre
achatado, os pêlos que cobriam seu monte-de-vênus gracioso.

Em minhas narinas chegava aquele perfume adocicado e intenso, sutil e
embriagador da sua xoxota.

-- Quero chupá-la! -- disse eu e ela me atendeu, acomodando-se, sem
deixar de me masturbar.

Meus lábios foram em busca do seu ponto mais úmido e perfumado. Ela
suspirou. Eu estiquei a língua e lambi toda a vulva e o clitóris
ereto, antes de penetrá-la e buscar a rugosidade interna e sensível de
seu ponto G.

-- Oh, sim! -- respondeu ela, o corpo estremecendo todo

Eu esperei que ela gozasse, depois abri ao máximo suas pernas e olhei
com um prazer imenso aquela bucetinha orvalhada e ardente, aspirando o
perfume entontecedor. Enfiei de novo a língua com prazer redobrado,
lambendo, sugando, beijando e alucinando-a.

-- Continue, quero gozar em sua língua -- pediu ela, ofegante e
excitada.

-- E eu quero gozar em sua mão!

-- Sim, vai gozar. Vou lhe bater uma punheta que jamais esquecerá,
querido -- prometeu ela, lambendo, chupando e me masturbando, tudo ao
mesmo tempo. -- Está bom assim?

-- Uma delícia!

Então ela continuou movendo a mão, coordenando os movimentos com
lambidas e chupadas na minha glande intumescida, levando-me ao
desvario, aumentando ainda mais o meu tesão.

Nossas respirações ofegantes se misturavam ao ruído dos gemidos e
suspiros de prazer que escapavam de nossas gargantas, até que
explodíssemos de prazer novamente.



Capítulo 3



Tenho algo em mim que coloca as mulheres à vontade. Eu não as assusto
e elas se sentem atraídas por mim naturalmente, sem traumas e sem
medos. Muitas vezes recebi visitas de mulheres que mal conhecia, que
apareciam para falar comigo e fazer amor. Acho que muito disso vinha
da minha fama, que as atraía.

Muitas delas eram passageiras. Algumas eram marcantes, como Alícia,
uma balconista da livraria do meu bairro, que num sábado à tarde
apareceu para me visitar.

Meus pais estavam em viagem e todos no bairro sabiam disso, inclusive
ela, com quem eu havia conversado no sábado de manhã. Convidei-a de
passagem e ela aceitou.

Uma vez em casa, ela me olhava com atenção, medindo-me. Eu gostei
daquele olhar. Vestia uma blusa de seda, com um decote alto, que me
fazia adivinhar o vale tentador de seus seios, com encostas
luxuriantes. A saia longa se assentava sobre suas coxas,
revelando-lhes as formas.

-- Quer beber alguma coisa? Está quente hoje -- propus, olhando-a nos
olhos, contendo meu desejo de agarrá-la.

-- Sabe o que eu gostaria mesmo de fazer agora? -- indagou ela e seu
olhar brilhou de tesão.

Nem me lembro o que respondi, pois no momento seguinte ela já estava
entre as minhas pernas, soltando meu cinto, abaixando o zíper de minha
calça. Suspirou ao encontrar meu cacete já em pé. Tirou-o para fora e
ajoelhou-se.

Começou a lamber meu caralho da base para a glande, lentamente,
vagarosamente, molhando-me com sua saliva morna. Eu podia ver seus
seios. Ela não usava sutiã. Eu sentia o cheiro de sua buceta. Estava
melada ao extremo.

Sua boca rodeou meu caralho. Pressionou os lábios e eu fui entrando
lentamente. Uma onda de calor e umidade envolveu minha pica e eu
estremeci, arrepiando-me, quando ela se pôs a mamar-me com avidez.

Ela me puxou para cima do tapete. Tirei toda a roupa, enquanto ela
fazia o mesmo. Tinha um corpo fantástico e perfeito. Os seios eram
redondos e pontudos. A buceta era peluda e apetitosa, com lábios
rosados.

Abraçamo-nos. Ela ficou se esfregando em mim, enquanto meu caralho se
encaixava entre suas coxas, que ficaram se movendo, friccionando-o,
molhando-o com a umidade que escorria de sua bucetinha excitada.

Eu a acariciava, enquanto ela me abraçava, esfregando o rosto e os
lábios em meu peito dele, mordiscando meus mamilos, acariciando minha
bunda e minhas coxas.

Os olhos dela tinham um brilho intenso, excitado, que iluminava seu
rosto com uma expressão de sensualidade e volúpia. Seus lábios
carnudos provocavam-me, úmidos e entreabertos, deixando surgir a ponta
da língua.

A expectativa de comer aquela chana perfumada e ardente quase me fez
desfalecer de tesão. Eu não via a hora disso acontecer.

-- Quero que me foda devagar! Demore bastante! -- murmurou ela, com a
voz rouca, enquanto lambia a minha orelha e me fazia arrepiar inteiro.

-- Sim, vou fodê-la devagarinho! -- respondi, enquanto deitava-me
sobre ela, beijando e mordiscando seus lábios carnudos e vorazes,
sentindo o sabor de sua pele.

Beijei-a longamente, com o caralho encaixado entre as coxas dela,
sentindo o calor úmido intenso da bucetinha orvalhada e lubrificada.
Depois fui lamber os bicos de seus seios fartos e rijos, gozando o
sabor quente de sua pele.

Rocei os lábios pelo ventre achatado e pelas penugens. Ela se contraía
e se remexia inquietamente, cobrindo-se de arrepios. Uma de minhas
mãos dele deslizou pelo corpo dela e foi sentir o calor e a umidade de
sua rachinha. Ela suspirou, ofegando e arqueando o corpo num gemido de
puro prazer.

-- Assim! Um pouco mais forte! -- orientou-me ela, quando comecei a
acariciar-lhe o grelinho intumescido, esfregando-o.

Esperei que ela se empolgasse e lhe dei meu tratamento especial.
Enfiei o dedo médio em sua chana, buscando o ponto G. Com o polegar
fiquei acariciando o grelinho dela. Ela perdeu a fala por instantes e
seus olhos ficaram esgazeados.

Para aumentar seu deleite, meu hálito subiu pelo ventre dela, voltando
aos seios tentadores e rijos, lambendo ao redor dos biquinhos,
mordiscando-os, prendendo-os entre os dentes, puxando-os e
soltando-os, saltando de uma para outra das encostas.

-- Quero um banho de língua -- pediu ela, num fio de voz.

-- Assim? -- indaguei, começando a lambê-la no pescoço, pacientemente,
depois descendo para os seios e para o ventre, avançando pelas coxas,
fazendo-a virar-se no tapete para repetir tudo nas costas dela.

Ela foi à loucura, contorcendo-se de prazer. Quando cheguei à bunda
dela, enfiando minha língua no reguinho dela, buscando seu cuzinho
para lamber e brincar com a ponta da língua, ela foi ao delírio.
Soltava gritinhos de prazer, aprovando cada carícia minha.

Minha língua desceu para as coxas dela, depois para os pés. Virei-a e
fui subindo com minhas lambidas pelas pernas inquietas. À medida em
que me aproximava da xoxota dela, ela estremecia e ia abrindo mais e
mais as pernas. Cai de língua em sua gruta molhada e ela foi ao
delírio.

Ficou alucinada. Gemia e ofegava, gritava, contorcia-se e apertava-me.

-- Agora! Agora! Goze comigo! Goze comigo! -- ficou dizendo, cada vez
mais ofegante, até que seu corpo estremeceu e ela gemeu mais alto,
extravasando seu tesão e desfalecendo por instantes.

Apesar de estar em ponto de bala, não quis me aproveitar disso. Eu a
fizera gozar como nunca havia gozado, com certeza. Estava ansioso e
febril, mas podia esperar até que ela se recuperasse.

-- Fantástico! Você foi fantástico! O que fez comigo? -- indagou ela,
pouco tempo depois.

-- Apenas estava lhe dando um pouco de prazer!

-- Você quase me matou de tanto gozar.

-- Foi apenas o começo, querida.

-- Estou febril. Quero me refrescar antes de continuar.

Fomos para o chuveiro e tomamos uma ducha morna e demorada, trocando
carícias e excitando-nos. Em seguida fomos para o meu quarto.

Ela se sentou na cama e me abraçou pela cintura, apertando o rosto
contra a minha barriga. Suas unhas arranharam-me os pêlos, descendo
para o meu ventre. O olhar dela era brilhante e sensual. Fechei os
olhos e esperei até que ela agarrasse meu pênis, apertando-o com
volúpia.

Eu respirei fundo, sentindo a força com que ela segurava meu caralho,
que se mantinha duro. Ela me empurrou, fazendo-me deitar na cama.
Subiu pelo meu corpo, cheia de tesão.

Senti sua respiração ardente contra minha pele, contagiando-me na
mesma luxúria que a dominava. Abracei-a, apertando-a contra mim,
gozando o contato provocante de suas formas perfeitas.

Ele me beijou com sofreguidão, enfiando sua língua em minha boca e
sugando voracidade e assim rolamos pela cama. Ela ficou sob mim. Minha
mão foi buscar a buceta molhada e estreita para uma carícia mais
íntima.

Ela arqueou o corpo, quando meu dedo roçou seu clitóris e foi tatear a
abertura lubrificada de sua chana.

-- Quero sentir de novo sua bucetinha -- disse eu, escorregando pela
cama para ir me ajoelhar entre as pernas dela.

Olhei, então, o corpo trêmulo e arrepiado diante de mim. Os olhos dela
brilhavam, úmidos, refletindo toda a sua excitação. Segurei-lhe as
pernas e as afastei para os lados.

A buceta orvalhada foi se abrindo gradativamente diante de mim. Eu
devorei com meus olhos extasiados aquelas formas irresistíveis, com
pêlos fartos e anelados rodeando a tentadora fenda, onde gotas de
néctar brilhavam.

O perfume arrebatador era um convite irrecusável. Lambi, num beijo
apaixonado, o botãozinho delicado do clitóris.

-- Oh, loucura! -- gemeu ela, arqueando o corpo.

Eu enterrei a língua na xoxota dela, numa carícia prolongada, pondo-a
frenética e extasiada, quando localizei e acariciei o ponto G. Fiquei
algum tempo ali, deixando-a mole com minhas carícias, até que não pude
mais suportar. Eu precisava gozar ou meu saco se arrebentaria de tanto
esperma acumulado.

Ela tremia, totalmente arrebatada na cama. Eu me arrastei para cima
dela, cobrindo seu corpo. Ela começou a se esfregar em mim,
beijando-me ardentemente.

Meu caralho se encaixou no meio de suas coxas, que tremiam de
excitação. Senti a umidade dela. Estava excitada ao extremo, com a
xoxota molhada e lubrificada.

Vesti uma camisinha no caralho e fui me movendo sobre ela, procurando
o encaixe completo. A cabeça do pênis se posicionou à entrada de sua
preciosa bucetinha.

-- Você tem mesmo uma bucetinha bem apertada! Que tesão! -- exclamei,
maravilhado.

-- Então vem, põe tudo entro dela!

Fui empurrando o quadril contra o dela, que fez o mesmo, apressando a
penetração.

-- Que gostoso! -- soluçou ela.

Ela gemia e estremecia, enquanto eu ia enfiando lentamente meu caralho
grosso na bucetinha apertada, pouco a pouco, sentindo cada centímetro
daquele paraíso de prazer e calor.

-- Enterra! -- pediu ela, golpeando seu quadril contra o meu.

Com esse movimento inesperado, meu membro penetrou ate à raiz,
engolido pela xoxota faminta. Ficamos ofegantes e imóveis por
instante, com as bocas coladas num beijo sôfrego, apenas sentindo o
prazer da penetração e o calor intenso da posse.

-- Oh, que delícia! -- suspirou ela, movendo os quadris em círculo,
endoidecendo-me.

Iniciei meus movimentos de vaivém lentamente, coleando o corpo sobre o
dela, que gemia e suspirava a cada estocada lenta.

-- Está bom assim? -- indaguei.

-- Oh, sim! Continue!

-- Quer mais rápido? Mais forte? -- continuei, acelerando o
movimentos.

Ela gemia e arfava, as unhas cravando-se na minha pele, os dentes
mordendo-me os ombros. Fui acelerando ainda mais, até atingir um ritmo
frenético e alucinante.

-- Estou gozando! Oh, como é bom! Ah, como é gostoso! -- avisou ela,
totalmente fora de si.

-- Eu também vou gozar! -- anunciei, sentindo meu corpo todo entrar em
convulsão.

Eu me desfiz em jatos quentes de esperma, que transbordaram da
camisinha e lambuzaram as coxas dela. Ficamos ambos estremecendo, à
beira do desfalecimento, gozando o êxtase final.

*

-- Posso lhe pedir algo? -- indagou ela, após um breve descanso,
virando-se de costas para mim.

-- Tudo que você quiser.

-- Coma minha bunda!

Estremeci de tesão e não esperei que ela pedisse de novo. Vesti uma
camisinha especial e encaixei meu caralho no reguinho entre suas
nádegas. Ela o sentiu e gostou. Ficou movendo os quadris, esfregando a
cabeça lubrificada nas preguinhas do seu cu.

Eu a fiz se deitar de bruços e me ajoelhei atrás dela. Esfreguei o
caralho, forçando a entrada. Ela gemeu, quando a cabeça se comprimiu e
começou a entrar. Urrou, quando a glande venceu a barreira e se
afundou dentro dela.

-- Quer que eu tire? -- perguntei.

-- Não! Quero mais! Tudo!

-- Estou pondo tudo! -- fui dizendo, enquanto a resistência diminuía e
eu avançava.

-- Vem! É demais!

-- Gosta?

-- Sim. é uma loucura! -- ofegou ela. -- Está dando um tesão incrível!
Continue! -- insistiu, com a voz trêmula e entrecortada.

Continuei empurrando, enquanto a puxava para mim pelos quadris.

-- Tudo! Com força! -- pediu ela.

-- Assim?

-- Sim! Vem! Eu quero! Quero sentí-lo! Já estou gozando! Quero mais!
Mais! -- disse ela, frenética, possessiva, alucinada, com metade da
glande já dentro de seu rabo.

Entrei lentamente, indo até o fundo. Fiquei me movendo sutilmente,
enquanto ela rebolava.

-- Não agüento esperar! -- falou ela.

Contagiado pelo tesão, deixei que ela tomasse a iniciativa. Senti meu
caralho friccionar gostosamente suas carnes ardentes e incrivelmente
apertadas.

-- Que tesão! -- suspirei, sem fôlego.

-- Ele está inteiro dentro de minha bunda! É gostoso -- falou ela,
fogosa.

Tomei seus seios em minhas mãos, acariciando-os, enquanto ela rebolava
em meu caralho. A cada movimento, eu me sentia desfalecer com aquela
sensação profunda de posse. em seu corpo.

-- Oh! Como é bom! -- gemeu ela.

O calor intenso de suas entranhas provocou-me um prazer inesperado.

-- Está gozando? -- perguntei.

-- Sim, é demais!

-- Então mexe!

-- Sim! Estou mexendo!

-- Mexe gostoso! Ah, que tesão de bundinha você tem!

Ela ficou rebolado, com movimentos voluptuosos, empurrando a bunda
contra o meu caralho, deixando-o sair e se afundar de novo dentro
dela.

-- Oh, que delícia! -- explodiu ela, com o corpo todo estremecendo, as
pernas tremulando, gozando e se, com meu cacete enterrado dentro dela.

Ficamos os dois naquele balanço, sentindo o prazer da posse. Eu me
relaxei sob ela, à espera do gozo.

Ela soluçava, com lágrimas de tesão nos olhos, o corpo estremecendo,
os músculos da bunda se contraindo ritmadamente, apertando meu cacete.

-- Está gozando? -- indaguei.

-- Como nunca gozei antes! -- disse ela. -- É um tesão! Uma delícia --
repetia ela, rebolando sempre.

Seus movimentos de bunda foram ganhando ritmo e velocidade, até que
ela gingasse alucinadamente, entre gemidos e murmúrios. Eu me senti
próximo do orgasmo, com o caralho prestes a jorrar no interior da
bunda dela todo o meu tesão.

-- Vem! Goze agora! Vem! -- pedia ela, fora de si, enquanto minha pica
se enterrava alucinadamente em seu rabo.

Uma onda ardente agigantou-se em meu ventre e eu gozei, gemendo e
apertando seus seios, enquanto ela gritava de prazer e satisfação, as
unhas enterrando-se em meu peito.

Ela ficou comigo naquele sábado e brincamos de papai e mamãe, fazendo
comidinha, assistindo televisão juntos, depois indo para a cama
trepar.

*

Aquele foi um final de semana inesquecível, porque, além de comer
Alícia, tive o privilégio de comer uma professora minha, tida como uma
mulher inacessível, fria e avessa a cantadas, apesar de muito bonita.
Diziam que era lésbica, mas eu não acreditei nisso e investi em minha
intuição. Sempre soube ler os olhos de uma mulher. Reconhecia a
feminilidade no brilho sutil de um olhar.

Eu chegava aos dezoito anos e ela passava um pouco dos trinta anos e
era divorciada. Eu precisava de algumas orientações para o projeto de
ciências que desenvolvia, por isso fui visitá-la no domingo. Ficamos a
tarde toda discutindo detalhes de meu trabalho.

Isso criou um clima todo especial entre nós e eu procurei envolvê-la,
elogiando seu perfume, falando de seus cabelos, fazendo-a sorrir e se
descontrair. Começamos a nos tocar. No início foram pequenos
esfregões. Depois a intimidade aumentou. Consegui tocar seu rosto para
afastar uma mecha de cabelo.

Isso mexeu com ela. Ficou me olhando fundo nos olhos, com a respiração
em suspense, como se esperasse alguma ação de minha parte. Respirei
fundo.

-- Quero fazer amor com você! -- disse-lhe, num sussurro que a fez
estremecer.

Ela quis desviar os olhos, mas eu a segurei pelo queixo, fazendo-a me
olhar. Aproximei meu rosto devagarinho. Seus lábios estremeceram. Vi a
ponta da língua surgindo entre eles, enquanto ela fechava lentamente
os olhos, entregando-se.

Beijei-a suavemente, enquanto avançava minha mão até sua nuca,
firmando-a, apertando-a contra mim, sugando seus lábios com força,
enfiando minha língua para tocar a dela.

Ela suspirou profundamente e me abraçou, extravasando toda a sua
luxúria e seu tesão, apertando-se contra mim, esfregando-se, gemendo,
murmurando palavras ininteligíveis.

-- Eu também quero -- disse, numa pausa, voltando a me beijar
alucinadamente.

Colou seu corpo ao meu, esfregando-se. Eu senti um tesão enorme com
aquilo, agradavelmente surpreso com seu tesão.

Ela me manteve sentado e se levantou. Começou tomar todas as
iniciativas e eu adorei isso. Brincava com meus sentidos e me excitava
como nenhuma outra já o fizera antes.

Ela ficou ofegando, enquanto retirava a calcinha. Meu cacete ameaçava
explodir de tanto tesão. Ela ergueu uma das pernas, pondo-a sobre meu
ombro. A minha frente estava sua fenda molhada e perfumada. Gotas
brilhantes e perfumadas pontilhavam os lábios rosados. O buraquinho
apertado se mostrava todo, enquanto ela se acomodava, desabotoando a
blusa e expondo os seios rijos e perfeitos, com biquinhos pontudos e
enrugados de tesão.

Meu hálito em sua chana a fez arrepiar-se e suspirar. Eu estremeci,
então, quando ela começou a mover os quadris, flexionando os joelhos,
e sua xoxota foi se aproximando, ficando ao alcance de minha língua e
de meus lábios.

-- Oh, gostoso! -- suspirou ela, segurando minha cabeça.

Apertou-me contra a chana e ofegou profundamente, estremecendo-se
toda. Ficou gingando os quadris sem parar, descendo e subindo,
esfregando a buceta em minha boca e língua. Minhas mãos subiram pelas
coxas ela, apertando e alisando.

Ela me olhava enfiar a língua em sua chana, segurando o vestido sobre
os seios, com uma expressão de sedução e provocação que me punha
louco. Eu continuei alisando as pernas dela, sentindo-a a maciez e
calor de sua pele.

Aquela brincadeira excitou-a brutalmente. Sua expressão era de pura
volúpia e desejo. Ela continuou esfregando a xoxota em meu rosto,
fazendo sua bucetinha esfregar-se em minha língua estendida.

Eu nem precisava lamber. Bastava manter a língua estendida e ela
esfregava a buceta nela. Não precisei enfiá-la dentro de sua xoxota.
Minha professora fez isso por mim. Com maestria ela esfregava o
grelinho em meu nariz.

Eu jamais estivera com uma mulher dominadora e ardente como ela.
Rebolava, esfregava, baixava e subia, fazia tudo que era possível e
impossível. Minha boca apenas ficava ali esperando o momento de sugar,
de lamber, de chupar, embriagando-me naquele perfume intenso, enquanto
ela ronronava e gemia.

Estava possuída de tanto tesão. Apertava os próprios seios, beliscando
os mamilos, eriçados e salientes. Suas mãos desciam pelo ventre e
pelas coxas, depois subiam, iam apertar os seios de novo, subiam pelo
pescoço e jogavam os cabelos para o alto. Murmurava e ofegava,
suspirando e gemendo baixinho.

Suas coxas estremeciam continuamente, enquanto ela se esfregava em
mim. Eu sentia o cacete latejar, de tanto tesão e desejo. Ela abriu as
minhas pernas, soltou meu cinto e abaixou o zíper. Levantei-me
parcialmente para ela puxar minha calça e minha sunga para baixo.
Quase fui ao delírio, quando ela virou de costas para mim e sentou-se
no meu colo.

Apontei o caralho, pincelando-o em sua vulva. Minha professora brincou
com ele, deixando-me doido. Esfregava o cacete em sua xoxota, gingando
os quadris, para depois subir novamente. Com ele preso entre suas
coxas, rebolava, movendo os quadris.

Aquilo me dava um prazer enorme. Ela também vibrava, estremecendo. Eu
podia sentir isso em sua respiração apressada e entrecortada.
Abracei-a, tomando suas tetas em minhas mãos, amassando-as, beliscando
os mamilos durinhos e sensíveis.

-- Quero que me foda devagar! Quero sentir você! Vem, põe esse caralho
em mim. Sou sua agora! -- rouquejou ela, com a voz rouca, enquanto eu
lambia sua orelha e mordia seu pescoço, fazendo-a arrepiar-se toda.

-- Sim! -- apressei-me em responder. -- Vou fodê-la devagarinho, de
mansinho -- fui murmurando ele, enquanto movia meus quadris.

Ela dobrou a cabeça para trás, procurando meus lábios. Eu a beijei
longamente, com o cacete encostado em sua xoxota, sentindo o calor
úmido intenso da bucetinha lubrificada.

-- Põe a camisinha! -- disse ela, passando-me a embalagem.

Eu a atendi e rapidamente posicionei meu cacete de volta em sua xoxota
ardente. Fui empurrando lentamente, até penetrá-la.

Comecei a mover ritmadamente meus quadris, fazendo-a gozar, entre
suspiros e gemidos. Eu estava em ponto de bala. Podia gozar a qualquer
momento.

Levantei-a e apoiei-a contra a escrivaninha onde estivéramos
estudando. Soltei sua saia. Ela ficou apenas com a blusa aberta e com
os seios expostos. Olhei deslumbrado todos os detalhes daquele corpo
excitado e oferecido, fascinando-me com sua beleza. Tudo era tentação
no corpo de minha professora.

Alisei a penugem suave que descia, acentuando-se rumo ao triângulo
peludo e sedoso, que apontava o caminho para a fonte do perfume mais
sutil e embriagador.

Avancei a língua e lambi, deliciado, os bicos das tetinhas dela,
gozando o sabor quente de sua pele, enquanto minhas mãos subiam e
desciam por entre as coxas dela, indo tocar a bucetinha molhada.

Esfreguei os lábios no ventre achatado e nas penugens macias. Ela se
contraía e se remexia inquietamente, cobrindo-se de arrepios. Uma das
mãos deslizou pelas coxas dela, enfiando-se ali, no ponto mais quente
e úmido, buscando seu ponto G.

Minha professora suspirou, ofegando e arqueando o corpo num gemido de
puro prazer.

-- Aí é gostoso! Um pouco mais forte! Bom! Muito bom! -- murmurou ela,
quando comecei a acariciar-lhe a rugosidade interna de sua chana,
esfregando-a com movimentos de vaivém.

Minha boca deslizou pelo ventre da professora, voltando aos seios
tentadores e rijos, lambendo ao redor dos biquinhos, mordiscando-os,
prendendo-os entre os dentes, puxando-os e soltando-os, saltando de
uma para outra das encostas.

-- Que delícia! -- murmurou ela, demonstrando na voz ofegante toda a
sua excitação.

-- Então sinta a minha língua. Assim é gostoso? -- indaguei, começando
a lambê-la no colo, depois descendo para os seios e para o ventre,
avançando na direção da chana.

Minha professora foi à loucura, contorcendo-se e arrepiando-se
intensamente. Minhas mãos foram até a bunda dela. Meus dedos
enfiaram-se no reguinho tentador, buscando seu cuzinho para massagear
e brincar com provocação.

Ela continha o desejo de gritar de puro prazer, aprovando cada um de
meus movimento de avanço, esperando com expectativa o movimento
seguinte.

Eu estava com o cacete a ponto de explodir, mas não me queria gozar
logo. Depois de tudo o que ela fizera, o mínimo que eu podia fazer era
dar a ela o que ela uma sessão completa e inesquecível de tesão. Além
disso, era uma marca significativa, a minha mulher número quinhentos.
Eu tinha de caprichar e torná-la memorável.

Minha língua desceu por entre as coxas dela, depois foi subindo. À
medida que me aproximada da xoxota dela, minha professora estremecia e
ia abrindo mais e mais as pernas.

Novamente enviei minha língua na chana dela e ela gozou de novo,
apertando minha cabeça contra sua buceta, onde eu enfiava a minha
língua com prazer redobrado.

-- Vem! Põe! Não agüento mais! Por favor!-- suplicou ela, abrindo as
pernas.

Meu caralho enterrou-se todo nela. Ficamos ali, movendo os corpos num
ritmo frenético e saltitante. Minha professora gemia e ofegava,
murmurava coisas, contorcia-se, apertava-me contra ela, beijando-me
sofregamente.

-- Agora! Goze comigo! -- disse ela, cada vez mais ofegante, até que
seu corpo estremeceu e ela colou sua boca na minha para não gritar de
prazer.

Senti meu ventre borbulhar e meu pênis dilatar-se, explodindo,
finalmente, em jatos intermináveis de esperma, que transbordaram da
camisinha e da xoxota apertada de minha professora, escorrendo por
suas coxas trêmulas.

Por alguns instantes ela permaneceu estremecendo e gozando, contraindo
os músculos vaginais e pressionando meu caralho como se quisesse
extrair dele até a última gota.

Depois me puxou para o sofá, onde nos sentamos, exaustos. Ela me
abraçou e colou sua boca à minha. Senti sua língua penetrar por entre
meus lábios, numa carícia íntima.

-- Delícia! -- murmurou ela, retirando a camisinha do meu caralho e
alisando-o com a mão.

O membro se mantinha duro.

-- Vamos para o meu quarto? -- propôs ela.

-- O que há de especial lá?

-- Eu, minha cama, minha banheira, eu, minha cama, eu...

Sorri, abraçando-a com força e trazendo-a para cima de meu colo. Meu
caralho endurecido ficou entre suas coxas, friccionando seu clitóris.
Ele gostou da brincadeira e continuou.

-- Quer ir agora? -- indaguei, mordendo-lhe o pescoço e a nuca,
alisando seus seios, cujos biquinhos ficaram eretos e salientes.

-- Depois desta -- falou ela, apanhando uma outra camisinha,
vestindo-a em meu pênis, depois empurrando-o gentilmente para dentro
de sua xoxota.



Capítulo 4



Sempre tive sorte com professoras. Uma das mais deliciosas lembranças
que tenho foi a de nossa professora de educação física, que fazia
nossa preparação para os jogos de futebol no colégio. Eu chutava
faltas muito bem e, uma tarde, ficamos nós dois no campo de
treinamentos, aperfeiçoando esse fundamento.

Havia um pequeno bosque ao lado. Anoitecia e estávamos para terminar o
treinamento, quando eu chutei uma bola com força, jogando-a lá.
Nicole, minha professora, foi buscá-la e, não a encontrando, pediu a
minha ajuda. Reclamando, fui ajudá-la.

Era um dia quente de verão e estávamos acalorados e suados. Começamos
a procurar juntos a bola. Eu a empurrei, chateado por ela não a ter
achado ainda.

-- Por que fez isso? -- protestou ela, empurrando-me de volta.

Bastaram mais alguns empurrões de lado a lado para cairmos na relva e
começarmos a lutar. Eu senti o corpo dela contra o meu, o formato dos
seios rijos e tentadores. O calor aumentou. A brincadeira tomou outro
rumo. Acabamos nos abraçando e beijando-nos, num clima excitante e
gostoso.

Tirei-lhe a roupa. Seus seios arfavam rapidamente. O ventre liso
exibia uma penugem suave, que descia, transformando-se numa sombra
escura, que se perdia no meio de suas pernas.

Alonguei meu olhar pelas coxas entreabertas. Meu caralho começou a
endurecer. Inclinei-me e minha respiração passeou pelo corpo dela,
descendo dos cabelos para os seios e dali para o ventre. Sentei-me na
relva ao lado dela.

Nicole notou a potência do meu cacete e sorriu. Pousei uma das mãos
entre os seios dela e fiquei alisando um e outro, beliscando os
biquinhos, que rapidamente enrijeceram-se.

-- Quero meter com você! -- disse eu.

-- Repita!

-- Quero meter com você. Quero comer você!

-- O que está esperando, então? -- repreendeu-me ela, visivelmente
excitada.

-- Você é minha professora,,,

-- E daí? Vou adorar tudo isso -- disse ela, estendendo a mão e
pousando-a no meu peito, depois deslizando para baixo lentamente.

Suas unhas arranharam minha pele, descendo para o ventre. O olhar dela
tornou-se brilhante. Fechei os olhos e esperei que ela pressionasse
meu pênis, agarrando-o e apertando-o com volúpia.

-- Que coisa mais gostosa! -- falou ela, os dedos apertando o membro
grosso e longo.

-- É o meu caralho -- disse eu, sem abrir os olhos, sentindo aqueles
dedos movendo-se ao redor de meu cacete.

-- Acho que vou brincar com ele -- falou ela, beijando meu peito,
entre os mamilos.

Depois ela enroscou seu corpo ao meu, deitando-se sobre mim. Segurou
meu rosto com as duas mãos e começou a me beijar. Eu senti sua
respiração ardente contra minha pele, o contato dos seios dela contra
meu peito, as coxas macias esfregando-se nas minhas.

Os movimentos do corpo dela e seu fogo incendiaram-me, contagiando-me
na mesma luxúria que a dominava. Abracei-a, apertando-a contra mim,
gozando o contato provocante dos seios dela, enquanto minhas mãos
desciam pelas suas costas até as nádegas roliças e arrebitadas.

-- Você está me dando tesão, sabia? -- murmurou ela, com a voz rouca
pelo desejo.

Eu sorri, extasiado, buscando os lábios úmidos e entreabertos para
beijá-los sofregamente, enfiando minha língua na boca ardente, que me
sugou com voracidade.

Ela esfregou provocantemente seu ventre no meu pênis e eu gozei sua
maciez e seu calor, ofegando de tesão, sentindo a pressão e os
movimentos dela.

-- Que gostoso! -- murmurei, as mãos passeando pelas curvas do corpo
dela.

-- Oh, querido, também estou adorando isso! -- sussurrou ela.

Ela me beijou o pescoço e a orelha. Suas coxas se fecharam, prendendo
o meu pinto, que ficou roçando sua pele macia e sensível.

-- Tesão! -- murmurei ele, girando o corpo e pondo-a debaixo de mim
para admirar o formato perfeito de seus seios, as auréolas escuras que
circundavam os biquinhos enrugados de paixão.

Minha mão desceu pelo ventre achatado e roçar seus pêlos, buscando a
buceta molhada e estreita para uma carícia mais íntima.

Ela arqueou o corpo, quando meu dedo roçou seu clitóris e foi tatear a
abertura lubrificada de sua chana. O perfume adocicado e penetrante
misturou-se ao da relva amassada, aguçando meu desejo. Olhei, então,
seu corpo trêmulo e arrepiado. Segurei-a pelos tornozelos e comecei a
afastá-los lentamente, com os olhos fixos na vulva dela.

A xoxota orvalhada foi se abrindo gradativamente diante dos meus olhos
excitados.

-- É tão linda a sua bucetinha! -- murmurei, rouco e trêmulo.

-- Venha logo! -- protestou ela, deliciosamente.

Desci os olhos dos pêlos para a tentadora fenda, onde gotas de néctar
rebrilhavam, refletindo o sol poente. Inclinei-me, inapelavelmente
atraído por ela.

O perfume arrebatador era um convite irrecusável. Minha língua
estendeu-se. Avancei a boca sofregamente e suguei, num beijo
eletrizado, o botãozinho delicado do seu clitóris.

-- Oh, que delícia! -- gemeu ela, arqueando o corpo.

Eu enterrei a língua na xoxota dela. A carícia foi intensa e
prolongada, pondo-a frenética e extasiada. Ela ficou gozando, gemendo
e suspirando, com o corpo percorrido por tremores incontroláveis.

-- Quero chupá-lo também -- pediu ela, cheia de impaciência e prazer,
num fio de voz.

Girei o corpo, pondo-me de quatro sobre ela. Meu caralho ficou ao
alcance de sua boca. Segurei-a pelas coxas e voltei a lamber e chupar
a xoxota molhada, enquanto sua boca ardente buscava meu cacete para um
beijo cheio de tesão e desejo.

Um arrepio intenso percorreu meu corpo. A língua dela se estendeu,
penetrando entre a glande e o prepúcio. Eu estremeci de puro prazer,
sentindo correntes elétricas percorrendo meu corpo. A boca de Nicole
abriu-se, sugando o caralho para o seu interior. A sucção e os
movimentos de sua língua entonteceram-me.

Eu me agarrei às coxas dela, sugando com redobrado ardor sua buceta,
lambendo o clitóris, mordiscando-o, massageando com insistência,
fazendo-a ofegar e se contorcer.

Minhas mãos escorregavam pelas pernas dela, numa carícia longa e
vibrante. Ela gemia. Sua respiração entrecortada revelava toda a
paixão que explodia em seu corpo, fazendo-a retribuir, sugando
avidamente o caralho em sua boca. Nossos corpos se esfregavam numa
dança alucinante e excitada.

-- Vou chupá-lo até vê-lo gozar! -- murmurou ela, mascando o meu
cacete.

-- Sim, faça isso, Nicole, por favor! -- assanhei-a, com um
estremecimento de prazer.

Eu redobrei os beijos e chupadas na sua chana. Ela continuou gozando
incessantemente, interminavelmente, com seu corpo tomado por
contrações e espasmos.

Enquanto ela me chupava, eu movia os quadris ritmadamente. Pouco a
pouco meus movimentos foram se tornando frenéticos. Minha boca não
descolava da xoxota dela, que se contorcia de prazer, gozando
seguidamente e chupando meu caralho.

Eu gemi roucamente, retesando o corpo abalado por espasmos, prestes a
gozar.

-- Você é tão gostoso! Deixe-me brincar um pouco mais com você! Fique
quietinho agora! -- ordenou ela, sentando-se em minhas coxas.

Ela segurou meu caralho com as duas mãos e começou a me bater uma
punheta lenta e alucinante. Estava uma loucura. Eu não parava de
tremer. Ela brincava habilmente com meu caralho, pondo tesão no que
fazia.

-- Estou ficando com tanto tesão! -- murmurei.

Ela sorriu, continuando a masturbar-me. Eu já estava entontecido de
tanta vontade de gozar. Ela se posicionou melhor sobre mim e começou a
esfregar a glande na sua vulva molhada e lubrificada. A sensação era
deliciosa e eu ansiava ir fundo em sua buceta.

-- Oh, isto é tão bom! -- murmurou ela, deixando, finalmente, que a
glande intumescida avançasse lentamente, penetrando sua xoxota,
enchendo-a de calor e tesão.

Ela foi soltando o corpo, fazendo o caralho roçar suas pregas,
entrando, deslizando suave e firmemente.

-- Fodas a minha bucetinha, querido! -- pediu ela e, antes que eu
fizesse alguma coisa, ela soltou o corpo e eu me enterrei nela.

Quando eu estava todo dentro dela, Nicole ofegou, alucinada, e
contraiu os músculos com força, pressionando meu membro dentro dela.
Depois começou a mover o corpo para cima e para baixo.

Fiz o mesmo. Não tínhamos pressa, apenas desejo, tesão e volúpia
naquele momento. Ela dobrou o corpo para frente, buscando meus lábios
para um beijo sôfrego e possessivo.

Eu a abracei, fodendo-a, deixando-a saltar sobre meu corpo.

-- Agora! Agora! Agora! -- fiquei repetindo, enquanto começava a me
agitar.

-- Vem, amor! Vem! -- disse ela, ofegante, alucinada, saltando sobre
mim, fazendo meu pinto inflar-se ainda mais, antes que eu começasse a
ejacular.

Ondas de prazer tomaram seu coro de assalto e ela ficou ali, inclinada
sobre mim, beijando-me freneticamente, enquanto eu continuava meus
movimentos, fazendo-a gozar até o fim, enchendo sua bucetinha de
porra.

Ficamos exaustos. Nicole estava em total desalinho sobre a relva. Eu
admirava seu corpo, suas curvas de mulher, seus seios delicados e
desabrochados, com biquinhos salientes e enrugados.

-- Você é linda! -- exclamei, num sussurro, beijando seus seios.

Minha mão desceu para tocar-lhe o ventre macio. Ela se moveu,
perturbada com meu hálito quente sobre seus seios e com minha mão que
descia pelo seu corpo.

Instintiva e naturalmente ela entreabriu as pernas e o perfume de sua
bucetinha, mesclado ao de minha porra, chegou às minhas narinas,
excitando-me novamente. Eu movi a cabeça e meu hálito no pescoço dela
a fez arrepiar-se. A mão que acariciava o ventre insinuava-se
lentamente na direção da xoxota.

-- Estou achando um tesão trepar com você -- disse eu, alisando-a
vagarosamente.

Toquei-lhe os seios empinados e firmes. A visão deles me deslumbrava.
Não resisti e lambi um dos mamilos, que se eriçou todo. Ela ofegou.
Toquei-lhe a xoxota, que continuava molhada e lambuzada de porra. Ela
gemeu e suspirou entrecortado. Busquei o grelinho e ela gozou quase
que imediatamente.

-- Gostou? -- indaguei.

-- Sim! É delicioso!

-- Tesão! -- murmurei, mordiscando o biquinho dos seios dela, enquanto
meu dedo percorria a bucetinha lambuzada de néctar, brindando-a com
delícias.

-- Beije-me! -- pediu ela, incendiando-se de novo.

Ela estendeu a língua por entre os lábios entreabertos. Eu a beijei,
enroscando minha língua na dela, sentindo sua saliva doce e perfumada.

Deitei-me sobre ela, beijando-a demoradamente, devassando sua boca de
maneira provocante e voraz. Depois, meus lábios desceram pelo corpo
dela, roçando seus pêlos suaves. Ela se contorceu toda, apertando as
pernas num movimento instintivo.

-- Abre! Quero ver sua bucetinha! -- murmurei, rouco de tesão.

As pernas dela se afastaram, empurradas pelo meu hálito ardente e
apaixonado. Eu rocei a língua na xoxotinha dela, lambendo
apaixonadamente, sentindo seu gosto misturado ao de meu esperma. Ela
suspirou com o corpo todo abalado.

-- É demais! -- gemeu ela.

-- Que tesão!

-- Você é muito demais! -- disse ela, apertando-me contra si e
esfregando-se em mim.

Meus lábios escorregaram pela parte interna das coxas dela, foram até
os joelhos, depois retornaram. Concentrei minha atenção na bucetinha
dela.

Arrepios incontroláveis percorriam-lhe o corpo, que se contorcia todo.
Minhas mãos se estenderam até os seios, massageando-os. Eu continuava
com a cabeça entre as coxas dela, olhando aquela fenda tentadora, toda
úmida e convidativa.

-- Oh, como é gostoso! -- gemeu ela de novo, quando minha língua
avançou resolutamente e foi acariciar seu clitóris.

Ela foi à loucura. Eu chupei com luxúria sua buceta, tocando seu
clitóris, massageando-o e pressionando-o.

Ela me fez girar o corpo, deitando-me de costas. Meu caralho ficou em
pé, grosso e duro diante dos olhos dela, deslumbrando-a.

-- Quero trepar outra vez com você! -- disse ela.

Nicole se ergueu, então, ficando de pé, com as pernas abertas sobre
mim. Ficou suspirando, apertando os próprios seios, exibindo sua
buceta e olhando o meu caralho. Gotas brilhantes de néctar pontilhavam
os lábios rosados de sua vagina.

-- Quero foder assim! -- disse ela, no auge da excitação.

Estremeci quando ela começou a abaixar os quadris, flexionando os
joelhos até esfregar a xoxota no meu rosto. Estendi a língua. Ela foi
abaixando mais, até que a sua bucetinha fosse penetrada novamente.

Lambi e enfiei a língua com prazer redobrado na xoxota gotejante dela,
que estremecia e gemia de prazer. Ela ficou tocando os próprios seios,
beliscando os próprios mamilos, eriçados e salientes. Suas mãos
desciam pelo ventre e pelas coxas, depois subiam para ir apertar os
seios com volúpia.

Murmurava e gozava, com as coxas estremecendo continuamente, enquanto
eu a fodia com a língua. Meu caralho latejava de impaciência e desejo.

-- Estou gozando tanto! Agora quero seu caralho, quero todo ele em
mim!

Ela foi se abaixando, encostando a bucetinha na ponta intumescida do
membro.

-- Que gostoso! -- murmurou ela, enquanto o enterrava em sua xoxota,
soltando o corpo de uma vez, levando-me à loucura.

Ficou se movendo, subindo e descendo. Eu via o prazer e a satisfação
no rosto dela, que gozava continuamente, entre tremores e gemidos.

-- Você me deixa doido de tesão -- confessei-lhe, alisando suas coxas
sedutoras.

-- Quero que me foda devagar! Quero sentir você! -- murmurou ela, com
a voz rouca, enquanto lambia minha orelha e me fazia arrepiar.

-- Sim, sim! -- apressei-me em responder. -- Vou fodê-la devagarinho!
-- fui murmurando, enquanto a girava e me deitava sobre ela, beijando
seus lábios carnudos e vorazes, sentindo o sabor de sua pele, onde
mesclavam-se o cheiro do suor e da xoxota.

Beijei-a longamente, com o caralho encaixado entre as coxas dela,
sentindo o calor úmido intenso da bucetinha orvalhada e lubrificada.
Lentamente o tirei dali para dar o que ela queria: muito tesão.

Alisei a penugem suave que descia, acentuando-se rumo ao vértice
peludo e sedoso. Inclinei-me e lambi os bicos das tetinhas dela,
gozando o sabor quente de sua pele. Rocei os lábios pelo ventre
achatado e pelas penugens. Ela se contraía e se remexia inquietamente,
cobrindo-se de arrepios.

Uma de minhas mãos deslizou pelo corpo dela, até o meio de suas coxas,
enfiando-se ali. Ela suspirou, ofegando e arqueando o corpo num gemido
de puro prazer.

-- Assim! Bom! Muito bom! -- murmurou ela, quando eu voltei a
acariciar-lhe o grelinho intumescido, esfregando-o com movimentos de
vaivém.

Meu hálito subiu pelo ventre dela, voltando aos seios tentadores e
rijos, lambendo ao redor dos biquinhos, mordiscando-os, prendendo-os
entre os dentes, puxando-os e soltando-os, saltando de um para outro.

Depois comecei a lambê-la no pescoço, pacientemente, e fui descendo
para os seios e para o ventre, avançando pelas coxas esculturais. Ela
foi à loucura, contorcendo-se e arrepiando-se intensamente, quando
cheguei à xoxota, enfiando a língua com frenesi.

Ela gemia de puro prazer, aprovando cada movimento, esperando com
expectativa o movimento seguinte. Eu sentia meu caralho a ponto de
explodir, no mais alto nível de tensão.

-- Você está me deixando louca de tanto tesão -- falou ela, fora de
si, fazendo-me deitar para se sentar em meu cacete, enterrando-o de
uma vez em sua buceta voraz.

Ficou ali saltando sobre ele alucinadamente, gemendo e ofegando,
gritando, se contorcendo, enquanto eu apertava os seios dela.

-- Agora goze comigo! -- disse, cada vez mais ofegante, até que seu
corpo estremeceu e ela gritou selvagemente todo o prazer que tomava
seu corpo de assalto. Senti meu ventre borbulhar e meu membro
explodir, finalmente, em jatos intermináveis e abundantes de esperma,
que inundaram de novo sua buceta.

Gozamos como dois loucos, rolando na relva, unidos num abraço sôfrego
e num beijo devastador.



Capítulo 5



Às vezes eu fazia coisas malucas, como encontrar uma garota, gostar
dela e convidá-la para fazer amor. Isso acontecia principalmente
quando eu encontrava alguém parecida com Kim Bassinger, minha paixão.

Uma vez, numa festa na casa de uma das irmandades da universidade,
encontrei alguém assim. Era loura, com cabelos esvoaçantes e aqueles
lindos e carnudos lábios, cheios de pecado, convite e tentação.

-- Como é seu nome mesmo? -- indaguei.

-- Jennie!

-- Jennie, posso lhe fazer uma pergunta?

-- Sim, claro -- respondeu ela.

-- Não gostaria de trepar comigo?

Ela estremeceu e fixou seus olhos em mim.

-- Você é bem atrevido, não?

-- Não, não se trata disso. É que não gosto de perder tempo, quando
encontro alguém tão parecida com Kim Bassinger.

Ela continuou me olhando, sondando-me e medindo-me. Eu sorria,
olhando-a e desejando-a.

-- Bem, não foi muito original essa sua cantada, mas não deixa de ter
seus méritos.

-- Isso é um sim?

-- É, digamos que sim -- confessou ela, com um sorriso maroto e
sensual nos lábios carnudos.

-- Venha comigo! -- disse eu, segurando-a pelo braço e levando-a para
um dos quartos.

A cama era larga, enorme. Eu a despi, depois me despi, fazendo-a
deitar-se em seguida. Ela tremia de excitação. Eu me deitei ao lado
dela, olhando-a. Seus cabelos ficaram espalhados pelo lençol,
emoldurando seu rosto angelical e, ao mesmo tempo, provocador.

Eu a olhei demoradamente, aspirando a juventude que transbordava
daquele corpo.

-- Você é linda com os cabelos soltos assim -- exclamei, num sussurro,
pousando a cabeça nos os seios dela.

A mão desceu para tocar o ventre macio da garota. Ela se moveu,
perturbada com aquele hálito quente sobre seus seios e aquela mão que
descia pelo seu corpo. Instintivamente ela entreabriu as pernas e o
perfume de sua bucetinha chegou às minhas narinas, excitando-me.

Aquele era o meu perfume predileto. Eu movi a cabeça e meu hálito no
pescoço dela a fez arrepiar-se de novo. A mão que acariciava o ventre
insinuava-se lentamente na direção da xoxota.

-- Se soubesse como a desejei, assim que a vi -- fui dizendo, enquanto
a mão se movia sobe o corpo dela.

Eu toquei os seios tenros e firmes. Aquela visão deslumbrou-me. Eu não
resisti e lambi um dos mamilos, que se eriçou todo. A garota ofegou.
Eu via agora todos os detalhes daquele corpo tentador e transbordando
cor e beleza.

Toquei a chana. Já estava, muito molhada e ela gemeu e suspirou
entrecortado.

-- Gostou? -- indaguei.

-- Sim! Arrepia e dá uma sensação gostosa!

-- Meu tesão! -- murmurei, emocionado, mordiscando o biquinho dos
seios dela, enquanto o dedo percorria a bucetinha lambuzada de néctar.

-- Beije-me, querido! -- pediu ela, lânguida e oferecida.

Ela estendeu a língua por entre os lábios entreabertos. Beijei-a,
enroscando a língua na dela, sentindo sua saliva doce e perfumada.
Deitei-me sobre ela, beijando-a demoradamente, devassando sua boca de
maneira provocante.

Meus lábios desceram pelo corpo dela, roçando seus pêlos suaves. Ela
se contorceu toda, apertando as pernas num movimento instintivo.

-- Abre! Abre as pernas! Assim! Este perfume! É demais! Sua bucetinha
é linda! Como eu gosto dela! -- murmurei, rouco de tesão.

As pernas dela se afastaram, empurradas pelo meu hálito ardente e
apaixonado. Eu rocei a língua na xoxotinha dela, lambendo gotas
preciosas do néctar. Ela gemeu e suspirou com o corpo todo abalado.

-- É bom demais!

-- Que tesão, querida!

-- Você é gostoso demais -- disse ela, apertando-me contra si e
esfregando-se em mim.

Meus lábios escorregaram pela parte interna das coxas dela, foram até
os joelhos, depois retornaram, atraídos inapelavelmente pelo perfume.

Minha atenção se concentrou na bucetinha dela. Arrepios incontroláveis
percorreram o corpo de Jennie, que se contorcia, deliciada e
contagiada.

Minhas mãos se estenderam até os peitinhos rijos e tenros,
massageando-os. Eu continuava com a cabeça entre as coxas dela,
olhando aquela fenda tentadora, toda úmida e convidativa.

-- Oh, como isto é gostoso! -- gemeu ela de novo, quando minha língua
avançou resolutamente para lambê-la com luxúria, tocando seu clitóris,
massageando-o e pressionando-o, levando-a ao delírio.

Lambi-a de baixo para cima, de cima para baixo, de um lado para outro,
de fora para dentro, embriagando-se com o licor nela destilado. O
buraquinho convidava-me.

Ela se maravilhava com aquelas carícias tão íntimas e tão fortes,
sentindo uma tensão imensa acumular-se em seu corpo. Dei-lhe um tempo
para tomar fôlego e enfiei a língua, buscando seu ponto G. Esfreguei-o
e ela foi ao delírio, contorcendo-se na cama, cheia de luxúria.

-- Seu caralho! Quero tê-lo! -- pediu ela, o corpo todo contagiado
pela paixão.

Eu girei o corpo, deitando-se de costas. Meu caralho ficou em pé,
grosso e duro diante dos olhos dela, deslumbrando-a.

-- É tão gostoso! -- disse, ofegante.

-- É todo seu, queridinha!

Ereto e orgulho, o pinto se exibia como um instrumento e uma promessa
de prazer.

-- Quero trepar com você! -- disse ela.

-- Eu não quero outra coisa também -- respondei.

-- Quero assim! -- disse ela, subindo em mim e se sentando em meu
peito, pondo sua xoxota diante de meus olhos e de minha boca.

Não resisti e lambi-a, depois enfiei a língua com prazer redobrado na
xoxota gotejante da garota, que estremecia e gemia de prazer. Em pouco
tempo ela estava em brasa.

Murmurava e gozava, com as coxas estremecendo continuamente, enquanto
se esfregava em mim. Eu sentia o caralho latejar, de tanto tesão e
desejo.

-- Estou gozando tanto! Quero seu pinto agora! Quero todo ele em minha
bucetinha!

Eu fui ao delírio, quando ela endireitou o corpo, recuou um pouco,
depois foi se abaixando, encostando a bucetinha na ponta intumescida
do membro.

-- Que caralho tentador! Que gostoso que ele é! -- murmurou ela. --
Cadê a camisinha?

-- Aqui! -- respondi, estendendo-lhe uma.

Ela abriu e colocou-a sensualmente no meu caralho, depois ficou
pincelando-o na sua vulva molhada, até encontrar a entrada da xoxota
lubrificada.

Pôs a ponta e foi empurrando o quadril, enquanto enterrava o caralho
em sua xoxota incrivelmente estreita e morna. Ficou se movendo,
subindo e descendo o corpo, sem pressa, ofegando a cada estocada
lenta.

Aquilo deu a ela um gozo enorme. Eu podia perceber isso em seu rosto.
Quando começava a gozar, ficava estremecendo, saboreando sensações
intensas e deliciosas.

-- Você está me deixando maluco -- confessei, alisando as coxas
sedutoras.

-- E eu já estou doida! Doida de tesão! Quero que me foda! Sou sua,
agora! Foda-me devagar! Demore bastante! Quero sentir você! Agora sou
toda sua! -- murmurou ela, com a voz rouca, enquanto lambia a orelha a
minha orelha e me fazia arrepiar.

-- Sim, sim, meu tesão -- apressei-me em responder, enquanto a deitava
e deitava-me sobre ela, beijando e mordiscando seus lábios carnudos e
vorazes, sentindo o sabor de sua pele.

Beijei-a longamente, com o caralho encaixado entre suas coxas,
sentindo o calor úmido intenso da bucetinha orvalhada e lubrificada.
Ergui a cabeça por instantes para olhar todos os detalhes de seu corpo
lânguido e oferecido, fascinando-se com sua beleza. Tudo era
irretocável no corpo dela.

Adorei a auréola ao redor dos seios, com aqueles biquinhos duros e
salientes encravados no meio como pedras preciosas engastadas numa
jóia.

Alisei a penugem suave que descia, acentuando-se rumo ao vértice
peludo e sedoso, fonte do perfume mais sutil e tentador.

Eu me inclinei e lambi, deliciado, os bicos das tetinhas dela, gozando
o sabor quente de sua pele. Rocei os lábios pelo ventre achatado e
pelas penugens. Ela se contraía e se remexia inquietamente,
cobrindo-se de arrepios.

Uma das mãos deslizou pelo corpo dela, até o meio de suas coxas,
enfiando-se ali. Ela suspirou, ofegando e arqueando o corpo num gemido
de puro prazer.

-- Assim! Bom! Muito bom! -- murmurou ela, quando comecei a
acariciar-lhe o grelinho intumescido, esfregando-o com movimentos de
vaivém.

Voltei aos seios tentadores e rijos, lambendo ao redor dos biquinhos,
mordiscando-os. Comecei a lambê-la no pescoço, depois fui para os
seios e para o ventre, avançando pelas coxas.

Ela foi à loucura, contorcendo-se e arrepiando-se intensamente, quando
cheguei à xoxota, enfiando a língua com frenesi.

A garota sufocava os gritos de puro prazer, aprovando cada movimento.
Eu estava com o caralho a ponto de explodir, mas queria dar a ela toda
tesão que seu corpo jovem e fogoso merecia.

À medida que eu lambia a xoxota dela, a garota estremecia e ia abrindo
mais e mais as pernas, perdendo totalmente o controle. Freneticamente,
então, ela me fez deitar e sentou-se em meu cacete, enterrando-o
todinho nela.

Ficou saltando sobre mim alucinadamente. Gemia e ofegava, gritava,
contorcia-se, apertava os músculos do meu peito, enquanto eu apertava
os seios dela.

-- Agora, goze comigo! -- disse, cada vez mais ofegante, até que seu
corpo estremeceu e ela gritou todo o prazer que tomava seu corpo de
assalto.

Eu senti meu ventre borbulhar e meu membro dilatar-se, explodindo,
finalmente, em jatos intermináveis e abundantes de esperma, que
inundaram a camisinha e transbordaram.

*

Fui apanhar uma cerveja e levar para ela. Jennie se sentou na cama,
apanhou a garrafa e tomou-a inteirinha, sempre olhando para mim.
Depois que me devolveu o casco vazio, ela abraçou a minha cintura,
apertando o rosto contra a minha barriga.

Suas mãos alisaram meu peito e suas unhas arranharam os pêlos,
descendo para o ventre. O olhar dela tornou-se brilhante. Eu fechei os
olhos e esperei até que ela pressionasse meu pênis, agarrando-o e
apertando-o com volúpia.

Eu respirei fundo, sentindo a força com que ela segurara meu caralho,
que reagiu imediatamente, ficando duro. Ela abaixou meu short e
segurou-o.

-- Tem um caralho delicioso! -- murmurou ela, apertando o caralho com
força.

Acabei abraçando-a e tombando sobre ela na cama, onde nos enroscamos.
Ela subiu no meu corpo, disposta a demonstrar toda a sua gratidão pelo
prazer que eu lhe dera.

Senti a respiração ardente contra minha pele, o contato dos seios dela
contra meu peito, as coxas macias esfregando-se nas minhas,
contagiando-me na mesma luxúria que dominava novamente o corpo dela.

Abracei-a, apertando-a contra mim, gozando o contato com suas formas
jovens e delicadas.

Eu a beijei com sofreguidão, buscando os lábios úmidos e entreabertos
para enfiar a língua, que ela sugou com voracidade.

Ela esfregou provocantemente seu ventre no meu pênis e a sensação
daquele mastro rijo e pulsando contra o seu corpo arrepiou-a. Ela
beijou-me o pescoço e a orelha. Suas coxas prenderam meu caralho entre
elas. Eu fiquei movendo os quadris, roçando o cacete na pele macia e
morna.

-- Você é gostoso demais! -- murmurou ela.

Eu sorriu, girando o corpo e pondo-a sob mim para admirar o formato
perfeito de seus seios, as auréolas escuras que circundavam os
biquinhos enrugados de paixão.

Minha mão foi buscar a buceta molhada e estreita para uma carícia
íntima. Jennie arqueou o corpo, quando o dedo roçou seu clitóris e foi
tatear a abertura lubrificada de sua chana.

-- Já está molhadinha de novo -- disse eu, escorregando pela cama para
ir me ajoelhar entre as pernas dela.

Olhei, então, o corpo trêmulo e arrepiado diante de mim. Segurei-lhe
as pernas e comecei a afastá-las lentamente, com os o lhos fixos na
buceta orvalhada, que foi se abrindo gradativamente.

Eu percorri com o olhar aquelas formas irresistíveis, dos pêlos fartos
e anelados à tentadora fenda, onde gotas de néctar rebrilhavam.

O perfume arrebatador era um convite irrecusável. Lambi, num beijo
apaixonado, o clitóris.

-- Oh, que loucura! -- gemeu ela, arqueando o corpo.

Eu enterrei a língua na xoxota dela, numa carícia intensa e
prolongada, pondo-a frenética e extasiada.

-- Oh, não pare mais! -- pediu ela, ofegante, com a voz entrecortada.
-- E deixe-me chupar seu caralho!

Acomodei o corpo, pondo meu caralho ao alcance dos lábios dela. Ela
sugou quase em desespero, enquanto eu enterrava a língua na xoxota
dela, sentindo de novo aquele sabor sutil e inesquecível.

Com uma das mãos ela segurava a base do meu caralho, masturbando-me,
coordenando seus movimentos com os movimentos da boca, deslizando
morna em meu membro.

Eu retribuía, enviando a língua até seu ponto G, esfregando-o e
retornando ao seu clitóris, enquanto as mãos enlaçavam seu corpo,
massageando suas nádegas, deslizando pelo reguinho, acariciando
intimamente as preguinhas de seu ânus.

Ela rebolava e ofegava e em pouco tempo estávamos em ponto de bala
novamente. Ansiosa, ela se virou, abrindo as pernas e puxando-me para
cima dela.

Vesti a camisinha e, sem deixá-la esperar, enterrei o cacete nela numa
só estocada, indo lá dentro, no fundo, no ponto mais ardente de seu
corpo.

*

Depois de mais uma trepada, descemos para a festa para dançar. Jennie
vestia uma saia curta e uma camiseta colada à pele, realçando o
formato de seus seios redondos e firmes, com os biquinhos espetando o
tecido.

Ela sorriu e começou a dançar ao meu redor, depois foi se aproximando.
No final da música, estávamos nos esfregando na sala lotada.

Eu estremecia, sentindo sua bundinha redonda e dura contra meu
caralho, enquanto ela requebrava, numa provocação deliberada. Seu
calor e seu perfume me empolgavam. Seus cabelos compridos e sedosos
exalavam um suave aroma de flores.

Quando a música terminou, trocamos meia dúzia de palavras e subimos de
novo para o quarto. Eu a deitei na cama e me deitei sobre ela. Jennie
suspirou profundamente e foi se virando, ficando de costas para mim,
rebolando a bundinha e me provocando. Meu cacete assanhou-se,
erguendo-se firmemente.

Deixei minhas mãos escorregarem ao longo de seus braços e irem buscar
suas coxas rijas e torneadas para alisar. Cheirei seus cabelos e fui
até um de seus ouvidos. Beijei-a, mordiscando-lhe o lóbulo das
orelhas, enfiando a língua e fazendo-a se contorcer e oferecer-me os
lábios.

Estendeu a língua. Beijei-a, sugando-a. As mãos subiram pelo corpo
dela por debaixo da camiseta, indo tocar seus seios. Estava sem sutiã.
Quando toquei os biquinhos eriçados e delicados, ela ofegou,
esfregando o corpo em mim.

Virou-se de frente e se sentou parcialmente. Levantou os braços.
Tirei-lhe a camiseta. Não resisti e beijei-os, mordiscando os
biquinhos.

Ela soltou a saia e empurrou-a para os pés. A calcinha transparente e
minúscula escondia a sombra escura de seus pêlos e moldava o formato
delicado de sua vulva. Fiquei empolgado e cheio de tesão. Arranquei a
calcinha dela, enquanto ela tirava a minha roupa com sofreguidão,
demonstrando que estava também empolgada.

Ela me fez sentar, depois ajoelhou-se entre as minhas pernas,
empurrando meus joelhos para os lados.

-- Eu andava louca para arrumar um homem cheio de tesão como você,
sabia? -- rouquejou ela e, enquanto falava, beijava-me, esfregando-se
em mim numa excitação incontrolável, num desejo arrebatador e
delicioso.

Senti suas mãos movendo-se em meu corpo. Seus dedos enlaçaram meu
pinto, acariciando-o, alisando-o, apertando-o com luxúria, movendo-se
em vaivém e fazendo-me estremecer com movimentos cheios de luxúria e
paixão.

-- Vou chupar! -- disse ela. -- Quero sentí-lo inteiro em minha boca!

-- Sim, tudo que quiser -- concordei, reclinando o corpo no assento.

Ela abaixou a cabeça decididamente, lambendo meu saco, enquanto as
duas mãos enlaçavam meu cacete, apertando-o com volúpia. A língua se
estendeu, provocante e insinuante, roçando a glande avermelhada,
molhando-a de saliva.

Eu estremeci, fascinado. Senti seu hálito ardente em meu caralho. Seus
lábios envolverem a pele retesada e deslizarem ao longo dela, até os
pêlos.

Espasmos de puro prazer estremeceram meu corpo. A língua e a boca de
Jennie brindaram-me com carícias indescritíveis e arrebatadoras,
enquanto eu acariciava provocantemente sua nuca, seus ombros e seus
cabelos, apertando-a contra mim, enterrando fundo meu cacete em sua
garganta.

Ela apertava os lábios e os dentes contra meu pinto, mamando e
mordendo ao mesmo tempo.

-- Chupa também! -- pediu ela, com meu cacete em sua boca.

Eu já sentia seu perfume chamando-me para uma boa lambida. Eu me
acomodei no assento. Ela fez o mesmo, pondo os joelhos um de cada lado
de minha cabeça, posicionando sua xoxota perfumada e lubrificada acima
de minha cara.

Minha língua se esticou e penetrou-a, afundando-se nas carnes
saborosas e mornas, buscando logo encontrar o ponto G para fazê-la
delirar de gozo.

Quando consegui, ela estremeceu e abaixou os quadris, colando sua
xoxota em meu rosto. Mantive a língua lá dentro, alisando seu ponto
mais sensível.

Agradecida, ela mamou meu cacete, sugando de uma forma toda especial,
gemendo de prazer, quando a língua entrava nela e meu lábio tocava seu
grelinho, fazendo-a estremecer. Ela arqueava o corpo e rebolava a
bunda de satisfação.

-- Que homem gostoso você é! -- murmurou ela, chupando-me sempre,
enquanto eu me deliciava com sua xoxotinha, tão molhada que seu néctar
e minha saliva se misturavam em abundância, escorrendo-me pelos cantos
da boca.

O perfume era inesquecível e embriagava meus sentidos. Eu mantive
minha cabeça enterrada entre as pernas dela, levando-a ao delírio.
Comecei a esfregar minha língua para cima e para baixo, depois
enfiando e fazendo-a estremecer a cada movimento.

Minha atenção estava toda concentrada no seu clitóris delicado, indo e
vindo, roçando e esfregando, girando, fazendo-a suspirar e gemer,
tanto quanto seu ponto G, onde a ponta da minha língua tocava, numa
alucinante massagem.

Aquela seqüência devastadora teve logo sua resposta. Ela começou a
sugar meu pinto sofregamente, movendo a cabeça de um lado para outro,
proporcionando-me um prazer estonteante, próximo do gozo. Nossos
gemidos e suspiros se confundiam na mesma cadência, na mesma volúpia.

A excitação crescia em nossos corpos. Eu sentia um desejo violento de
fodê-la logo e experimentar sua buceta com meu caralho. Comer uma nova
mulher era sempre um momento especial, uma experiência inesquecível.
Penetrar uma nova buceta, sentir seu formato, sua pressão, sua
lubrificação e suas reações, tudo isso sempre me fascinou e me deixou
louco de tesão, num delírio incontrolável.

Ela ofegava, rebolando, totalmente fora de si. Fui além, enfiando meu
dedo em seu cuzinho, sentindo as preguinhas se relaxando
gradativamente, enquanto ela se abria para mim, gemendo e suspirando.

-- Bom? -- perguntei.

-- Sim! Põe mais!

-- Assim? -- continuei, enterrando mais um pouco o dedo em seu cu.

-- Mais!

-- Está gostando!

-- Você é o máximo! -- ofegou ela.-- Assim! Continue lambendo minha
chana! Continue enfiando o dedo!

Enquanto ela gemia, eu coordenava os movimentos de minha língua em sua
vagina e os do dedo em seu rabo com os de meu pau em sua boca. Ela
vibrava e gozava desvairadamente.

Ela estava contagiada ao extremo agora. Chupava, lambia, mascava,
esfregava, sugava, mordiscava e brincava com meu membro, deixando-me a
um passo do êxtase.

-- Estou gozando! É bom demais! -- exclamou ela, o corpo arqueando e
estremecendo ao mesmo tempo.

Senti sua xoxota pulsar e os músculos de sua bunda se contraírem,
enquanto ela gozava seguidamente. Seu corpo continuou estremecendo em
espasmos prolongados.

Ela soltou meu pinto e ficou gemendo e se lambendo, quase sem fôlego,
enquanto minha língua ia e vinha dentro de sua buceta e meu dedo
continuava brincando com seu cuzinho.

-- Quero tudo agora mesmo! -- soluçou ela, com voz trêmula e o corpo
convulsionado.

-- Tudo? -- indaguei.

-- Sim, quero que me ponha na bunda, na chana, na boca, em tudo!

Arrepiei-me de emoção e tesão. Ela se ajeitou no assento, arrebitando
a bunda perfeita e tentadora. Seu corpo cheirava a sexo, a foda e
prazer.

Posicionei-me atrás dela, pincelando meu cacete em sua bunda, só para
provocá-la. Ela continuava rebolando, estremecendo a cada vez que meu
membro tocava seu corpo.

Vesti uma camisinha e apontei, então, minha vara contra sua bucetinha
e fui empurrando devagar, pondo a pontinha da glande.

-- Não! -- pediu ela, com um esforço tremendo.

-- Não? -- estranhei.

-- Não! Quero que ponha que minha bunda! -- soluçou ela.

-- Tem certeza? -- insisti, enfiando mais um pouquinho do cacete em
sua chana, só para tentá-la.

-- Não! -- pediu ela, guiando, com a mão, meu caralho para seu rabo.

-- Posso pôr?-- indaguei.

-- Sim, põe!

Forcei um pouco, sentindo a glande comprimir-se contra seu cuzinho
apertado. Ela rebolou as nádegas, encaixando meu cacete ali. Suspirava
e gemia, respirando pesado e entrecortado.

-- Vou pôr -- avisei.

-- Põe logo!

Atendi-a, indo ao ataque. Senti a ponta da glande comprimir-se
dolorosamente.

-- Está entrando -- eu disse.

-- Sim! Vai!

-- Está entrando tudo -- fui dizendo, enquanto a resistência diminuía
e eu avançava.

-- Vem! Vem, querido!

-- É bom?

-- Sim. é uma loucura! -- ofegou ela. -- Está dando um tesão incrível!
Continue! -- insistiu, com a voz trêmula e entrecortada.

Segurei-a pelos quadris e continuei empurrando, enquanto a puxava para
mim.

-- Tudo! Com força! -- pediu ela.

-- Está indo!

-- Estou sentindo! Quero mais! Mais! -- disse ela, frenética, com
metade da glande já dentro de seu rabinho.

Contagiado pelo tesão daquela garota, deixei que a pica seguisse seu
rumo natural. Senti seu buraco ceder rapidamente à pressão e minha
glande ir se comprimindo e avançando, enterrando-se gostosamente em
suas carnes ardentes e incrivelmente apertadas.

-- Que tesão! -- suspirei, sem fôlego.

-- Ele está inteiro dentro de minha bunda! É gostoso -- falou ela,
fogosa.

Tomei seus seios em minhas mãos, acariciando-os, enquanto ela rebolava
em meu caralho. A cada movimento, eu me sentia desfalecer com aquela
sensação profunda de posse.

-- Oh! Como é bom! -- gemeu ela.

O calor intenso de suas entranhas provocou-me um prazer inesperado.

-- Está gozando? -- perguntei.

-- Sim, é demais!

-- Então mexe!

-- Sim! Vai ficar melhor ainda!

-- Sim, mexe! Ah, que tesão de bundinha você tem!

Ela ficou rebolado, com movimentos voluptuosos, empurrando a bunda
contra o meu caralho, deixando-o sair e se afundando de novo dentro
dela.

-- Oh, que delícia! -- explodiu ela, com o corpo todo estremecendo, as
pernas tremulando, gozando e se satisfazendo com meu cacete enterrado
todo dentro dela.

Ficamos os dois naquele balanço, sentindo o prazer da posse. Eu me
relaxei, à espera do gozo. Ela soluçava, o corpo estremecendo, os
músculos da bunda se contraindo ritmadamente, apertando meu cacete.

-- Está gozando? -- indaguei.

-- Como nunca gozei antes! -- disse ela. -- É um tesão! Uma delícia --
repetia ela.

Nossos movimentos foram ganhando ritmo e velocidade, até que eu a
cavalgasse, entre gemidos e murmúrios. Eu me senti próximo do orgasmo,
com o caralho prestes a jorrar no interior da bunda dela todo o meu
tesão.

-- Vem, goze agora! Vem! -- pedia ela, fora de si, rebolando na minha
pica, que se enterrava alucinadamente em seu rabo.

Meu caralho pareceu explodir. A onda ardente agigantou-se em meu
ventre e eu gozei, gemendo e apertando seus seios, enquanto ela
gritava de prazer e satisfação.



Capítulo 6



Uma das maiores emoções, para mim, sempre foi a de comer uma virgem.
Quando se atinge o pedestal da fama, como aconteceu comigo, isso se
torna um pouco mais fácil, mas a emoção é sempre renovado. Além do
prazer em si, há um componente a mais nisso tudo, que é o de ser o
primeiro, o de marcar para sempre uma xoxota e saber que outros
caralhos entrarão ali, mas a lembrança do meu ficará para sempre.

Foi isso que senti, quando soube que Hilary era cabaço. Isso aconteceu
quando estávamos na piscina da casa de campo de seus pais, no interior
do estado.

-- É mesmo virgem? -- indaguei, quando recuperei o fôlego.

-- Sim, sou!

-- Pois se há algo que me desafia e fascina na vida é o ato de tirar
um cabaço. Adoraria tirar o seu.

-- Nem vem com essa conversa... -- esquivou-se ela, rindo.

-- Falo sério. Por que ainda é virgem?

-- Quer que eu diga mesmo a verdade?

-- Claro!

-- Tenho medo.

-- Medo de quê?

-- De doer.

-- E se eu lhe disser que posso fazer sem que doa?

-- Não será o bastante.

-- Deixe-me ao menos tentar.

-- Outros já tentaram.

-- Deixe-me tentar -- insisti.

Ela me olhou por algum tempo, depois fez um gesto para que eu a
seguisse. Fomos para a sauna. Entramos e trancamos a porta. Sentamos.
Eu desci as mãos pelos seios dela, até seu ventre e dali até sua
vulva. Hilary ofegou, depois se abraçou a mim, enroscando-se toda.

-- Diga que não vai doer! -- pediu ela.

-- Não vai doer nada, querida!

-- Diga que vai ser gostoso!

-- Sim, vai ser muito gostoso mesmo -- confirmei, enfiando o dedo em
sua chana e a língua em sua boca.

-- Vai me comer com tesão?

-- Sim, com todo o meu tesão -- confessei, dominado por ela.

-- Você me deixa louca, sabia? -- falou, apertando e alisando meu
cacete com as duas mãos, enquanto eu lambia seus seios e chupava os
biquinhos salientes.

Sua pele estava arrepiada. Tremores percorriam-na, enquanto hesitava.
Eu continuei provocando-a. Ela não parava de suspirar. Sua voz estava
rouca. Seu hálito mais perfumado. De sua chana subia aquele aroma
inconfundível de desejo e luxúria.

Ela apertava e movia os dedos em meu caralho excitando-me.

-- Então vem, querido! Prove-me que não está mentindo! -- suplicou
ela, ofegante e fogosa.

Aspirei seu perfume, esfregando meu rosto no dela. Senti-a quase
desfalecer de tesão. Minhas mãos subiram até seu rosto. Ela fechou os
olhos. As mechas de seus cabelos caíam como uma cascata, emoldurando
seu rosto. Eram cabelos lisos e compridos, perfumados e sedosos.

Ela se remexia junto de mim e sua respiração era apressada, fora de
controle. Eu podia ouvir seu coração batendo e de seus seios e de sua
pele vinha aquele perfume de fêmea excitada.

Beijei-lhe o canto da boca. Ela girou lentamente a cabeça, esfregando
seus lábios nos meus.

-- Você é uma tentação, sabia? -- ofegou ela, rouca e entregue,
trêmula de desejo e paixão.

Beijei-a com sofreguidão e muito tesão. Abracei-a, colando meu corpo
ao dela, sentindo o volume de seus seios, a firmeza de suas coxas e o
desenho de sua cintura.

Ela me abraçou em resposta, apertando-se contra mim. Suspirou quando
enfiei minha língua entre seus lábios, provando sua saliva.

-- Quero ser sua primeira vez, seu primeiro homem! -- murmurei, rouco
de tesão.

-- Eu também quero!

Enquanto ela falava, suas mãos desceram pelas minhas costas e foram
apertar as minhas nádegas com volúpia. Fiz o mesmo, puxando-a ao meu
encontro, para que ela sentisse toda a rigidez de meu cacete,
enterrado no meio de suas coxas.

Acariciei seus cabelos. Minhas mãos tocaram os seios dela, redondos e
rijos, com biquinhos salientes e desejáveis, espetados e tenros.

Enfiei meu dedo em sua chana, procurando aquele ponto rugoso e
sensível. Ela estremeceu. Ofegou. Fechou os olhos e ficou imóvel junto
de mim. Estava excitada e gozava com um tesão que ameaçava explodir em
seu corpo.

Isso me fez desejar ainda mais tocá-la e sentí-la, tomando posse de
suas formas voluptuosas. Tudo nela me encantava. A auréola de seus
seios, o formato de seu monte-de-vênus, os pêlos, a bundinha e as
coxas, a bucetinha virgem, tudo, enfim.

-- Você é tão gostosa! -- murmurei ao seu ouvido.

Ela permaneceu entregue e trêmula. Estava delirando de tanto tesão.
Voltei a tocar seus seios, colhendo cada um em minhas mãos,
amassando-os suavemente, esfregando os biquinhos salientes e
enrugados.

-- São gostosos de sentir! -- murmurei, rouco e afogueado.

Empurrei os cabelos dela para trás e beijei seu pescoço com
provocação, lambendo sua pele, deixando ali a minha saliva. Fui
descendo, lambendo as encostas tentadoras. Ela não parava de se
arrepiar.

-- É gostoso! Como é gostoso! -- repetia ela.

-- Você é fantástica! -- respondi-lhe, mordiscando as tetinhas,
alisando sua cintura, lambendo os biquinhos, colhendo-os entre os
dentes e mascando-os suavemente.

O perfume de sua buceta era demais agora. Ela deveria estar mais
molhada do que jamais estivera em toda a sua vida.

Dos seios desci minha boca para seu ventre, beijando, lambendo e
mordiscando. Minhas mãos contornaram o corpo dela e foram massagear
suas nádegas rijas e roliças.

O perfume da xoxota mais e mais me provocava. Eu queria sentí-lo de
perto. Queria prová-lo. Queria gravar aquele sabor todo especial.

-- Oh, que tesão! -- murmurou ela.

-- Abre as pernas um pouco mais -- pedi, empurrando suas coxas para o
lado.

-- Sim! Sim! -- atendeu ela.

Subi uma de minhas mãos pela parte interna de sua coxa até a vulva.
Ela gemeu e ofegou, abalando-se toda. Estendi minha língua e lambi sua
chana com gosto.

Hilary incendiou-se. Gemeu, suspirou, contorceu-se, agarrando-me pelos
cabelos, apertando-me contra o corpo, enquanto eu a brindava com a
delícia das delícias, passando minha língua do seu clitóris para o seu
ponto G, usando toda a minha habilidade.

Senti em minha boca sua xoxota estreita e seu sabor de fêmea. Ela
ficou alucinada, pois gozou com a minha língua em sua chana, que senti
dilatando-se, enquanto elas estremecia e fungava, gemendo de puro
prazer.

Insisti naquela carícia. Minha língua não lhe deu tréguas. Enfiei com
gosto. Lambi. Chupei. Provoquei o botãozinho delicado de seu clitóris.
Prendi-o entre os dentes. Mordi-o como havia mordiscado os biquinhos
dos seios.

Ela gozava continuamente. Eu pressionava a língua contra o grelinho,
enquanto ela gemia e soluçava de prazer. Eu pensava em sua bucetinha,
no meu caralho rompendo seu selinho, sendo o primeiro e visitar as
entranhas perfumadas e mornas de seu corpo.

Ela ficou esfregando a mão em meu caralho, indo e vindo, muito
gostoso. Estendi a mão. Apanhei um óleo especial que estava ao nosso
alcance.

Dei a ela. Passou um pouco no meu pau. A mão dela deslizava com
facilidade agora. Espalhei um fio de óleo da nuca dela até a bunda. Um
pouco foi parar na chana.

O óleo em seu ânus e em sua chana provoca estranhas sensações. Conheço
isso. Ela vibrou. Toquei-lhe as nádegas, amassei-as. Enfiei um dedo no
reguinho. Acariciei seu ânus. Ela se contraía. Estava adorando aquilo.

Estendi um pouco mais a carícia. Busquei sua chana. Ela explodiu num
suspiro. Massageei. Toquei seu clitóris. Ela se assanhou. Gemeu. Sua
mão se tornou mais audaz em meu pênis.

Controlei-me. Não podia gozar em sua mão. Havia uma buceta virgem me
esperando.

-- Bom? -- indaguei.

-- Ótimo! -- ela respondeu, relaxada.

Senti o cheiro de sua chana. Ela entreabriu as pernas. O perfume era
mais intenso. Percebi o orvalho em sua chana. Tesão puro. Comecei a
massagear seu pescoço, depois seus seios. Esfregava sutilmente as
mãos, tocando os biquinhos. Ela se agitava. Suspirava. Gemia. Mordia
os lábios.

Deixei uma das mãos ali. A outra desceu pelo ventre dela, em
movimentos circulares, espalhando o óleo. Alcancei sua vulva. Ela
gemeu mais forte. Contorceu-se. Gostou da brincadeira. Enfiei um dedo
e senti o cabaço ali, Momento de emoção e vertigem.

Meu pau ardia de tesão. Ela continuava brincando com ele, embora não
pudesse vê-la, com a cabeça voltada para o outro, apertando os lábios.
Insisti na carícia e na massagem.

-- Como se sente? -- indaguei, com brandura.

-- No paraíso! Como pude deixar de aproveitar isso? Oh, doutor, você é
ótimo! É um santo!

O perfume e o sabor de sua chana eram incomparáveis. Continuei.
Massageei suas coxas e seus seios. Ela gemia cada vez mais forte, mais
entrecortado. Devo ter ficado horas ali, naquela preparação. Ou foi só
um minuto? Não sei.

Encostei-me nela. Meu caralho roçou sua vulva. Esfreguei-me nela.
Estava em delírio, ansiosa, numa expectativa deliciosa. Rocei.
Esfreguei, pondo a ponta. Tive de forçar. Deslizei a glande, até
tocar-lhe o cabaço.

-- Ai, que delícia! Que calor! Que incêndio!

-- O melhor ainda está para vir, querida -- eu disse e me inclinei
para beijá-la.

Pressionei um pouco mais, apenas para sentir a resistência do cabaço
dela. Depois, apenas um ligeiro golpe. Ela gemeu.

Se houve dor, ela esqueceu logo.

FIM
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CONJUGUE O VERBO AMAR



CAPÖTULO 1



O apito do ST-56 cortou a noite como um grito. O barulho foi aumentando at‚ que as paredes da casa
tremeram. Cibele correu … janela e ficou observando o grande cargueiro passar, as rodas de a‡o cantando
sobre os trilhos, os vagäes deslizando em grande velocidade.
Apoiou os cotovelos no parapeito da janela e o queixo nas mÆos e ficou sonhando, imaginando
quantas cidades diferentes aqueles vagäes conheciam. Cidades grandes e pequenas, muitas luzes, muito
movimento, tudo diferente daquele paradÆo de sub£rbio onde vivia. O £ltimo vagÆo passou e o trem se
afastava. Ela se deitou um pouco sobre a janela para olhar a composi‡Æo sumir na escuridÆo.
Nas casas ao lado da sua, todas iguais, em fila ao lado dos trilhos, viviam os ferrovi rios. Cibele
morava com o pai, sozinhos, j  que perdera sua mÆe muito cedo. Era feliz ao seu modo, divertindo-se com
coisas simples como ver os trens passarem conduzindo carga ou passageiros, sonhando um dia fazer uma
viagem para bem longe, em um daqueles.
Saiu da janela e foi sentar-se … mesa. Seus cadernos estavam esparramados sobre ela. Ela fazia seus
deveres de casa. J  era a aluna mais velha da classe, pois era a £nica de dezoito anos. NÆo era muito aplicada
em algumas mat‚rias, mas adorava geografia. Gostava de debru‡ar-se sobre os mapas e, com um l pis
tra‡ando a linha de um comboio, viajava de pa¡s para pa¡s, divertindo-se muito.
Era isso que fazia naquele momento. Pela janela aberta uma brisa vinha bulir em seus cabelos longos e
negros como a noite, ca¡dos sobre os ombros, escorregando sobre a mesa. Seus olhos negros vivos corriam
sobre os mapas com avidez. Seu rosto estava corado e radiante.
Passos conhecidos l  fora a fizeram levantar a cabe‡a. Era seu pai que chegava. Era guarda-chave
daquela pequena esta‡Æo, ponto intermedi rio entre duas cidades importantes. Cibele pulou da cadeira e foi
correndo abrir a porta.
- Cibele, nÆo deixe a janela aberta, filha.
- NÆo tem perigo, pai. NÆo precisa se preocupar - ponderou ela, agarrando-se ao bra‡o dele, assim
que ele entrou. __ O ST-56 passou hoje com mais de quarenta vagäes, nÆo foi?
- Ah, perdeu a conta outra vez?
- Eu me distra¡ um pouco... Quer que eu ponha a mesa?
- J  terminou suas tarefas?
- Faz tempo.
- EntÆo pode p"r. Vocˆ j  jantou?
- Ainda nÆo, esperava por vocˆ.
- EntÆo vamos logo com isso senÆo vocˆ vai ficar magrinha.
Cibele correu ao fogÆo e trouxe as panelas para a mesa, ap¢s o pai haver retirado dali seus cadernos.
Ela trouxe os pratos e depois sentaram-se para comer, em silˆncio. A garota mexeu e remexeu o garfo no
prato, antes de levantar a cabe‡a e indagar:
- Pai, quando vocˆ vai tirar ferias?
- Eu? F‚rias? Daqui uns quatro meses, por quˆ?
- Por nada, nÆo.
- Vocˆ perguntou por algum motivo, o que foi?
- NÆo, perguntei por perguntar, s¢ isso.
- Vamos l , menina. Pensa que eu nÆo conhe‡o esse seu jeitinho de perguntar s¢ por perguntar.
- Vamos viajar, pai?
- Viajar? Viajar para onde?
- Para lugar nenhum. Subir num trem e ir at‚ o fim da linha e depois voltar.
- Vocˆ sabe onde ‚ o fim da linha?
- NÆo, nÆo sei e isso torna uma coisa maluca, menina.
- Por isso mesmo, pai. NÆo ‚ gostoso fazer uma coisa maluca de vez em quando?
- Cibele, Cibele, minha filha - disse ele, com ternura, estendendo seu bra‡o para apertar a mÆo da
filha - Est  bem, eu a levo at‚ o fim da linha, daqui a quatro meses, quando eu tirar f‚rias.
- Vocˆ jura, pai?
- Por quˆ? NÆo acredita em mim?
- Acho que vocˆ vai querer passar todas suas f‚rias pescando, como da outra vez.
- Haver  tempo de sobra para a pecaria.
- Quanto tempo demora a viagem at‚ o fim da linha?
- Depende para que lado vocˆ for. Se for para o norte, umas vinte horas, at‚ o ponto final. Se for
para o sul, levar  mais.
- Vinte horas para ir e vinte para voltar?
- Sim, quarenta horas ao todo.
- Puxa! - exclamou ela, sonhadora, depositando o garfo sobre o prato e reclinando-se para tr s, na
cadeira.
- Ah, eu j  contei para vocˆ que o chefe da esta‡Æo vai ser substitu¡do?
- O Seu Pedro? O que aconteceu com ele?
- Nada, ele vai para uma esta‡Æo da cidade grande.
- E quem vem para c ?
- Ainda nÆo sabemos. Ele vai se transferido de Londrina para c .
- Por que vocˆ nÆo ‚ chefe da esta‡Æo?
- Porque precisa muita coisa para ser chefe da esta‡Æo. Al‚m disso, d  muita dor-de-cabe‡a. Prefiro
continuar como guarda-chave, ‚ mais sossegado.
- E quando o ST-97 passa de madrugada para fazer manobras e apanhar vagäes aqui na esta‡Æo.
- A¡ todo pessoal tem que se levantar tamb‚m, nÆo ‚ s¢ meu trabalho.
- Quando ele vai passar outra vez?
- J  que vocˆ perguntou, hoje.
- A que horas?
- As trˆs da manhÆ, nÆo se esque‡a de colocar o rel¢gio para despertar.
Ap¢s o jantar, enquanto o pai lia seu jornal na sala, Cibele lavava pratos e panelas, sonhando com a
viagem de quarenta horas. Seria uma loucura, uma verdadeira loucura.
- Tem hor¢scopo nesse jornal, pai? - gritou ela, lembrando-se.
- Acho que sim, vocˆ quer ler?
- Quero - respondeu ela, terminando de guarda tudo e indo ao encontro do pai.
Seu pai passou-lhe a coluna de hor¢scopo do jornal. Ela sentou-se … mesa e come‡ou a ler interessada.
- � hor¢scopo semanal, pai. Dos grandes.
- E vocˆ acredita nisso?
- NÆo, mas acho muito divertido. � uma coisa maluca.
- Tudo para vocˆ ‚ maluco, nÆo ‚?
- NÆo, pai. S¢ as coisas malucas mesmo.
Seu pai voltou ao jornal e ela continuou sua leitura. Seus olhos se arregalaram e ela riu baixinho, antes
de prosseguir. Mais … frente, por‚m, seu rosto se tornou s‚rio.
- Que bobagem! - exclamou ela.
- O que ‚ bobagem? - quis saber seu pai.
- Isso aqui, escute s¢: o amor, desconhecidos poderÆo lhe trazer muitas alegrias e conforto. Agora
ou‡a isso: noticias desagrad veis farÆo o nativo de Cƒncer sofrer muito.
- Noticias desagrad veis? Como assim?
- NÆo sei. Por isso digo que hor¢scopo de jornal ‚ coisa maluca mesmo. NÆo acerta uma. Acabei de
receber uma noticia agrad vel ainda h  pouco, nÆo foi? Ganhei uma viagem de presente. Bobagem! -
exclamou ela, amassando o jornal sobre a mesa.
- Ei, nÆo fa‡a isso. Eu ainda nÆo li essa parte - protestou o pai.
Na manhÆ seguinte, Cibele caminhou para seu col‚gio, muito feliz. Estava ansiosa para encontrar as
amigas e contar-lhes sobre a viagem que ganhara. Era a id‚ia mais maluca do mundo para ela, algo com que
havia sonhado desde h  muito.
- S"nia, adivinhe o que meu pai me deu ontem - disse ela, a uma de suas amigas.
Estavam no p tio do col‚gio, numa pequena roda de amigos. Garotas e rapazes conversaram quando
ela chegou, radiante.
- O que seu pai lhe deu? NÆo posso imaginar... Meu pai vai me dar uma tevˆ a cores e uma
aparelhagem de som - respondeu a amiga, filha de um rico propriet rio da cidade.
- NÆo, nÆo ‚ isso - gaguejou, envergonhada, Cibele, percebendo que faria um papel rid¡culo se
contasse o que ganhara.
- EntÆo o que ‚ - insistiu um dos rapazes.
- Eu nÆo estava falando com vocˆ. M rio. Falava com a S"nia.
- O que ‚ isso, Cibele? N¢s est vamos conversando aqui, vocˆ vem e lan‡a uma pergunta e nÆo quer
que todo mundo fique curioso? Como ‚, vai contar ou nÆo. Deve ser alguma coisa muito importante, porque
vocˆ parecia muito feliz.
- Querem mesmo saber?
- Sim - responderam todos.
- Ganhei uma viagem.
- Que maravilhoso, Cibele! - exclamou S"nia. - Vai ser nas f‚rias?
- Sim, nas f‚rias de...
- àtimo. Talvez a gente v  junto. Meu pai vai me levar para a praia tamb‚m.
- Praia? Mas quem falou em praia? - indagou Cibele.
- Vocˆ falou que ganhou uma viagem. Que viagem ‚ essa?
- Uma viagem de quarenta horas, de trem.
- De trem?! - retrucaram todos.
- Sim, o que tem demais nisso?
- Que mau gosto, Cibele querida - observou S"nia.
- Mau gosto? Po que ‚ mau gosto?
- Viajar de trem... Credo! � muito enjoativo, muito demorado.
- Acho isso muito maluco e divertido. Se vocˆs nÆo concordam...
- Ei, Cibele. Se vocˆ quiser, eu a levo para uma viagem - prop"s M rio.
- NÆo, muito obrigada! Eu sei das suas viagens. � para o mesmo lugar onde levou a Cleusa, nÆo ‚?
- E da¡? Vocˆ iria gostar, eu aposto. Pergunte para a S"nia, ela j  foi tamb‚m. NÆo ‚ mesmo, S"nia.
- Eu nÆo digo nada - respondeu S"nia, virando o rosto.
Cibele olhou para os amigos, decepcionada. A id‚ia da viagem poderia ser agrad vel para ela, mas em
nada emocionava seus colegas. Arrependeu-se de haver tido a id‚ia para a sala de aula, guardar seu material,
enquanto nÆo tocava o sinal de entrada.
Din , filha do ferrovi rio, tamb‚m a seguia. NÆo sabia o que dizer, por isso sentou-se ao lado da
amiga, dentro da sala.
- Vocˆ viu, Din ? Que turma mais besta, nÆo?
- A gente passa vergonha ao lado deles, nÆo ‚ mesmo? Eles tˆm cada id‚ia...
- Pois ‚. Eu que pensei que estaria fazendo uma grande coisa se contasse da viagem que ganhei...
- Eles nÆo entendem disso. Para eles tudo ‚ mais f cil, nÆo enfrentam a dificuldade que n¢s
enfrentamos. Viagem para a praia... Tevˆ a cores... Aparelho de som...
- Mas bem que eu gostaria de ser como eles, ter o que eles tˆm. Vocˆ nÆo gostaria, Din ?
- Quem nÆo gostaria. Mas a gente tem que se virar com o que est  ao nosso alcance. Pensar nessas
coisas ‚ pura perda de tempo. Coitado do meu pai!
- E do meu, entÆo? Um servi‡o duro, o dinheiro d  para a gente ir vivendo, mas nÆo se pode pensar
em televisÆo, viagem para a praia, essas bobagens todas...
- NÆo liga, nÆo.
- �, a gente nÆo pode ligar mesmo...


***


Ely olhou pela janela do trem de passageiros, esperan‡oso. Havia sido promovido e iria assumir a
chefia daquela pequena esta‡Æo. NÆo era uma grande coisa, mas para ele, come‡ando a carreira, aquilo era
muito importante. Conseguira a promo‡Æo gra‡as a ajuda de um influente diretor da estrada de ferro e
necessitava esfor‡ar-se ao m ximo para corresponder … confian‡a nele depositada.
Era jovem ainda, talvez jovem demais para aquele tipo de servi‡o. Vinte e cinco anos, um rosto de
adolescente moleque, mas muito respons vel e honesto. Trabalhava para a companhia havia oito anos.
Come‡ara como varredor de plataforma e subira muito, gra‡as a seus esfor‡os e trabalho.
O chefe do trem, seu conhecido, aproximou-se dele.
- � a pr¢xima parada, Ely.
- Obrigado, Cido. Como ‚ a cidadezinha?
- Pequena, sem muitos atrativos, mas um ponto de partida. Tudo vai depender de seu esfor‡o. Se
corresponder, logo poder  ser transferido para uma outra esta‡Æo maior.
- Vontade nÆo me falta.
- Vocˆ vai longe, rapaz. Lembra-se quando eu lhe dizia isso, h  muito tempo, l  onde vocˆ estava?
- Se vocˆ soubesse como eu o admirava com esse bon‚ vermelho que vocˆ usa...
- Vai ter um agora.
- J  tenho, est  guardado em minha mala. Caramba, como fiquei alegre quando foi … loja comprar
aquilo. Foi o m ximo, rapaz!
- Imagino mesmo.
- Vocˆ conhece o pessoal dessa esta‡Æo para onde vou?
- Conhe‡o, sÆo todos muitos bons, vocˆ vai gostar deles. s¢ que a maioria deles ‚ muito mais velha
que vocˆ, nÆo sei como vai sentir dando ordens a eles.
- Essa neg¢cio de ordens ‚ muito relativo para mim. Acho que, antes de tudo, ‚ preciso ter um bom
relacionamento com o pessoal. Ao inv‚s de ordens, pretendo fazer pedidos, nÆo sei se vocˆ me entende.
- �, um pouco de simpatia ajuda muito. A camaradagem ‚ muito importante.
-Gosto do meu servi‡o, esperei por esta chance muito tempo. Agora que a tenho, vou colocar em
pr tica uma por‡Æo de id‚ias que sempre tive.
- Vou torcer para que tudo dˆ certo para vocˆ. E a noiva, vocˆ a deixou?
- Sim, ela ficou para tr s, mas logo eu volto para busc -la. Assim que me acertar em minhas novas
fun‡äes mobiliar minha casa muito bem, eu vou busc -la para me casar com ela.
- O servi‡o que vocˆ vai fazer ‚ muito solit rio. � bom, ainda mais para um mo‡o como vocˆ, ter
para onde voltar … noite. Conheci um rapaz que estragou toda sua carreira porque, sendo solteiro, passava as
horas farreando. Houve um acidente na esta‡Æo que ele chefiava e o resto vocˆ calcula, nÆo?
- Comigo nÆo vai acontecer isso. Cido. Tenho minha cabe‡a no lugar.
- Isso ‚ muito dif¡cil hoje em dia.
- Vocˆ est  brincando.
- Estou sim. Olhe, estamos chegando.
Ely debru‡ou-se sobre a janela e olhou para a frente. Ao longe podia perceber a torre da igreja da
cidadezinha, algumas casas e, em linha reta, a fileira da casa dos ferrovi rios que trabalhavam naquela
esta‡Æo. Eram casas pequenas, todas constru¡das da mesma maneira, com tijolos descobertos, numa simetria
quase mon¢tona.
O maquinista apitou diversas vezes antes de chegar ao cruzamento com a rodovia e tratou de ir
freando a composi‡Æo. Era algo quase autom tico. A cada parada, ele sabia exatamente onde come‡ar a usar
o freio para que o trem parasse justamente onde deveria parar. Nenhum cent¡metro mais, nenhum cent¡metro
menos.
Ely se levantou e retirou duas malas do bagageiro. Despediu-se do seu amigo.
- Felicidades, Ely. A gente vai se ver todo dia, nÆo ‚?
- Certo. Cido. E quando vocˆ tiver um tempinho de sobra, apare‡a por aqui para a gente conversar,
est  bem?
- Certo. O trem j  est  parando. Preciso ver se h  alguma mensagem para n¢s. Mais uma vez,
felicidades.
- Obrigado, Cido. At‚ a vista.
- At‚ a vista. Ely.
O trem parou, Ely firmou as duas malas em suas mÆos, respirou firme e pisou na plataforma com o p‚
direito, cheio de planos e esperan‡as.



CAPÖTULO 2



O ex-chefe daquela esta‡Æo ferrovi ria fez seu discurso de despedida agradecendo a colabora‡Æo de
todos os subordinados. Ao finalizar, apresentou aquele que seria o novo chefe, encarregado daquela fun‡Æo.
Ely agradeceu as palavras do amigo, cumprimentou-o e, depois, depositando seu chap‚u cuidadosamente
sobre a mesa, come‡ou a falar a todos os presentes:
- Meus amigos, meu nome ‚ Ely Rebello e serei, de agora em diante, o novo chefe de vocˆs. Isso
muito me alegra, mas, por outro lado, me deixa um tanto constrangido porque noto aqui que a maioria tem
mais idade que eu. Por isso, vamos dispensar todos os tratamentos formais. Minha teoria ‚ de que todos
aqueles que trabalham num mesmo setor devem, antes de tudo, procurar serem amigos. Isso ‚ muito
importante. Al‚m disso...
E assim continuou ele, fazendo amigos a cada frase que pronunciava. A um canto, por‚m, dois
homens olhavam com desagrado aquela simpatia toda que irradiava da figura jovem e dinƒmica de Ely. Um
deles comentou com vis¡vel irrita‡Æo.
- Eu gostaria de saber como ‚ que esse moleque veio parar aqui. Na sa¡da do Seu Pedro o mais
indicado para ser chefe aqui seria eu, ou entÆo vocˆ, Dito.
- Concordo com vocˆ. Costa, mas o que se h  de fazer? Na certa o belezinha a¡ deve ter um pistolÆo.
E dos grandes. Passaram por cima da gente e mandaram algu‚m sem experiˆncia nenhuma. � o fim do
mundo mesmo.
- E vocˆ vai deixar por isso mesmo?
- � como eu disse, o que se h  de fazer?
- N¢s dois seremos os auxiliares mais diretos dele. Ser  muito f cil criar alguma confusÆo, fazˆ-lo
cometer erros...
- NÆo, isso nÆo. Vocˆ sabe que os erros sÆo muito perigosos em nossa profissÆo.
- NÆo chegaremos a tais extremos. Vamos apenas cuidar que ele seja envolvido num processo
administrativo por falta de capacidade, ‚ muito simples.
- E se ele for afastado, vocˆ tem certeza de que ser  um de n¢s dois o escolhido para novo chefe?
- E por que nÆo?
- E quem vai me garantir que, caso seja eu o escolhido, vocˆ nÆo v  me envolver num processo
desse?
- Ora, Dito, vocˆ me conhece, somos amigos, sou seu compadre, eu nunca pensaria nisso...
- Bom, as chances sÆo iguais para n¢s dois. Precisamos estudar agora o que faremos. Isso tem que
ser bem feito para que nÆo acabe se voltando contra a gente, nÆo ‚?
- Claro, claro. Hoje … noite eu vou … sua casa e n¢s conversaremos, est  bem?
- Certo.
Assim que terminou de falar, Ely foi aplaudido e cumprimentado pelos presentes. Dito e Costa
disfar‡ando o desagrado que sentiam pela presen‡a do mo‡o, tamb‚m o cumprimentaram efusivamente.
Quando praticamente todos j  haviam voltado para suas fun‡äes. Jorge, o pai de Cibele, aproximou-se dele.
- Desculpe-me, chefe...
- Oh, nÆo, por favor - interrompeu-o Ely. - Pode me chamar por Ely, nÆo tem problema nenhum.
- Est  bem, Ely. Fica melhor assim, tenho idade para ser seu pai, nÆo ‚?
- Assim, est  melhor. O seu nome ‚...
- Jorge, sou guarda-chave.
- Pois nÆo. Seu Jorge, pode falar. Qual ‚ o problema?
- NÆo, nÆo se trata de algum problema. � que vocˆ chegou hoje, o antigo chefe ainda nÆo desocupou
a casa para vocˆ morar...
- NÆo se preocupe quanto a isso. O Pedro j  me convidou para pernoitar l , enquanto ele nÆo se
muda.
- Mesmo assim, gostaria de convidar vocˆ para jantar ou almo‡ar comigo um dia desses, se nÆo for
muita pretensÆo minha...
- Ora, Seu Jorge, o que ‚ isso? Aceito sim, com muito prazer.
- Verdade, mesmo?
- Claro que sim. Para quando ‚ o convite?
- At‚ para hoje … noite, se vocˆ nÆo se importar.
- Certo. Hoje … noite jantarei em sua casa. S¢ espero nÆo causar nenhum aborrecimento para sua
esposa.
- Eu nÆo tenho esposa, ela j  ‚ falecida. Minha filha ‚ que cuida de tudo.
- EntÆo avise sua filha para que nÆo exagere. Tamb‚m sou um homem simples, como o senhor. Nada
de luxo.
- Olhe, minha casa ‚ a n£mero cinco, nÆo h  como errar.
- Est  bem. Seu Jorge. Hoje … noite, …s sete horas, est  bem?
- NÆo, …s sete nÆo. Tem que ser depois das sete.
- Por que nÆo?
- ·s sete ‚ o hor rio do ST-56, de carga.
- Depois disso, entÆo.


***


Ap¢s o expediente da manhÆ. Ely dirigia-se … casa do ex-chefe daquele posto para almo‡ar, j  que
havia sido convidado. Como nÆo estava de servi‡o, deixara seu chap‚u na esta‡Æo e caminhava sobre os
pedregulhos colocados nos intervalos dos dormentes. O barulho era gostoso de ser ouvido. Ele experimentou
dar passos pisando apenas nos dormentes, mas era muito cansativo, EntÆo, lembrou-se dos tempos de crian‡a,
tentou se equilibrar sobre um dos trilhos, mas s¢ conseguiu dar alguns passos antes de se desequilibrar e
pular fora. Um riso abafado soou atr s dele. Ele se virou e encarou a adolescente metida num uniforme
colegial, camisa branca de mangas compridas com distintivo e uma saia azul-marinho.
- Do que vocˆ est  rindo? - perguntou ele, olhando admirado a beleza daquele rosto moreno,
sorrindo para ele.
- Nada, nÆo estou rindo de nada - disse ela, aproximando-se.
- Como nÆo? Acha que sou surdo e cego para nÆo ouvir e ver?
- Est  bem, eu estava rindo de vocˆ. S¢ conseguiu dar quatro passos e meio sobre os trilhos.
- Como sabe que foram s¢ quatro passos e meio?
- Eu contei. O £ltimo nÆo valeu, porque vocˆ se desequilibrou.
- Ah, ‚? Muito bem. E vocˆ quantos passos consegue dar sobre os trilhos?
- Quantos vocˆ quiser.
- Duvido.
- Quer apostar?
- Est  bem, vamos apostar. Aposto dez cruzeiros como nÆo d  mais do que dez passos a¡ em cima.
- EntÆo vamos ver.
Cibele agilmente pulou para um dos trilhos e, sob o olhar espantado do rapaz, com incr¡vel agilidade e
velocidade foi caminhando sobre os trilhos, … medida em que contava em voz alta. Quando chegou ao
vig‚simo passo, parou e olhou para tr s.
- At‚ aqui est  bom? Quero ver se vocˆ faz melhor.
- Pois entÆo me espere a¡ - disse ele, subindo no outro trilho, mas caminhando nÆo mais de cinco
passos antes de desequilibrar-se novamente.
Quando Cibele percebeu que ele desequilibrou, p"s-se a rir novamente.
- Est  bem, sem goza‡Æo, vocˆ ganhou os dez cruzeiros. Tome - disse ele, retirando o dinheiro da
carteira.
- NÆo, nÆo precisa me pagar, eu s¢ estava brincando com vocˆ.
- Mas eu fa‡o questÆo, aposta ‚ aposta. Tome, os dez cruzeiros sÆo seus.
- NÆo, eu nÆo vou pegar, nÆo insista. Foi s¢ uma brincadeira.
- Est  bem. Mesmo assim eu fico lhe devendo dez cruzeiros. Como ‚ seu nome?
- Meu nome ‚ Cibele.
- Muito bem, Cibele. Qualquer dia desses vocˆ me ensina como caminhar sobre os trilhos.
- Ensino sim. Vocˆ ‚ novo aqui na cidade, nÆo ‚? Ainda nÆo o conhecia.
- Sim, cheguei hoje.
- Vai ficar?
- Acho que sim. A casa do chefe da esta‡Æo ‚ essa, nÆo ‚?
- Do Seu Pedro? Sim, ‚ essa mesma. Ele vai embora, sabia? Foi transferido. No lugar dele vir  um
outro chefe. Se vocˆ ‚ algum cobrador ou coisa parecida, trate de cobr -lo, antes que ele v  embora. Vocˆ ‚
um cobrador?
- E se eu fosse?
- Eu nÆo gosto de cobradores, sÆo muito mal educados. Vocˆ nÆo parece um cobrador, ‚ muito gentil
para isso.
- Bondade sua, Cibele. Tchau!
- Tchau!
Cibele continuou seu caminho. Enquanto caminhava, voltava a cabe‡a para olhar o rapaz, parado
frente … porta da casa. Teve vontade de acenar-lhe, mas nÆo o fez. Afinal, nÆo o conhecia muito bem, aquilo
nÆo era direito.
Quando chegou em casa, a garota tratou de aprontar logo o almo‡o. Pouco depois seu pai chegava
muito entusiasmado.
- Cibele, hoje … noite vocˆ vai ter que cozinhar como nunca, est  me ouvindo?
- U‚! Por que isso, pai?
- Sabe quem vem jantar conosco hoje … noite?
- NÆo tenho a menor id‚ia...
- O novo chefe da esta‡Æo...
- Pai do c‚u! O que eu vou fazer?
- Fa‡a aquilo que sabe, filha. Ele ‚ um rapaz muito bom, muito camarada. � gente simples como
n¢s.
- Vocˆ est  dizendo que o novo chefe ‚ um rapaz?
- Por incr¡vel que pare‡a. NÆo deve ter mais do que vinte e cinco anos.
- Sabe, pai? Eu pensava que o Seu Costa ou o Seu Dito, um deles, ‚ que seria o novo chefe. Vocˆ
nÆo pensava assim tamb‚m?
- �, mas resolveram mandar esse rapaz. Ele ia come‡ar a trabalhar hoje mesmo. Gostei dele, gostei
mesmo.
- Mas por que vocˆ teve essa id‚ia de convid -lo para jantar aqui?
- NÆo sei, eu acho que quis ser camarada com ele. Afinal, ele vai ter um pouco de trabalho at‚ se
arrumar aqui; nÆo custava nada a gente dar uma ajudazinha, nÆo ‚?
- Concordo, mas o que eu vou fazer para ele?
- Fa‡a o de costume.
- Mas nÆo fica bem, pai.
- EntÆo pegue dinheiro, v  at‚ a granja e compre um frango. Asse-o para o jantar, entÆo.
- �, a¡ j  facilita mais, mas eu nunca cozinhei para convidados antes. Ser  que ele vai gostar?
- Deixe de ser boba, filha. Tudo vai sair bem, nÆo se preocupe tanto.
- �, nÆo ‚? Vocˆ fala isso porque nÆo ‚ vocˆ que vai cozinhar. J  pensou se eu ficar nervosa e deixar
queimar o frango.
- Eu a fa‡o comˆ-lo inteirinho, peda‡o por peda‡o, menininha - brincou o pai, balan‡ando o dedo
indicador na ponta do nariz da jovem.


***


- Mas nÆo tem cabimento mesmo. Dito. � como vocˆ disse, um moleque. Mandaram um moleque
aqui para fazer o papel de homem, nÆo tem cabimento uma coisa dessas.
- Ora, ora, por que tanta indigna‡Æo, o que houve?
- Sabe o que eu acabei de ver? O chefe da esta‡Æo brincando com a filha do Jorge.
- Aquele menininha?
- Ela mesmo. J  pensou se o pessoal da cidade vˆ uma coisa dessas? Vai achar que a nossa
companhia est  virando bagun‡a mesmo.
- Escute, aquela filha do Jorge j  est  uma mocinha, nÆo? Quantos anos ser  que ela tem?
- Uns dezoito, dezenove anos, por quˆ? Sua cara nÆo mente, vocˆ est  pensando em alguma coisa.
Vamos, me conte.
- � s¢ uma id‚ia, mas isso vai depender de como as coisas acontecem. Esse rapaz ‚ noivo, nÆo ‚? Eu
vi a alian‡a na mÆo direita dele.
- Eu tamb‚m vi, e da¡? O que tem isso?
- Bom, ele est  aqui e a noiva est  l , bem longe. Sabe como homem ‚. Na certa quando a saudade
aperta, ele vai dar um jeito de tapear a saudade. Se ele namorasse a filha do Jorge...
- E o que a gente faz?
- Manda uma cartinha para a noiva dele, ela vem aqui e faz o maior escƒndalo. Da¡ a gente pressiona
a dire‡Æo, faz umas fofocas no ouvido certo e pronto. Nosso problema est  resolvido sem sair ningu‚m
machucado.
- Olhe, se vocˆ for escolhido para ser o novo chefe, eu nÆo vou me importar mesmo. Vocˆ ‚ muito
mais eficiente que eu. Nunca na vida pensaria numa coisa dessa.
- Isso deve ser um elogio, nÆo ‚?
- �, ‚ isso mesmo. S¢ que tem um probleminha nisso tudo. Como ‚ que a gente vai descobrir o
endere‡o da noiva dele? Perguntar nÆo ficaria bem, nÆo ‚?
- �, vocˆ tem razÆo, mas... Espere, acho que j  sei.
- � demais para mim. Vocˆ ‚ muito inteligente mesmo. Como ‚ que a gente vai fazer?
- � muito simples. Vocˆ sabe como sÆo esses rapazes de hoje em dia. Por qualquer coisinha estÆo
escrevendo cartas para as namoradas. Quando ele fizer isso, quem ‚ o encarregado do malote aqui na
esta‡Æo?
- Eu, ‚ claro. E j  entendi. Se ele mandar, eu anoto o endere‡o. Se ela mandar vejo o remetente e
pronto. Problema solucionado.
- àtimo, ¢timo. O duro ‚ que o rapaz conquistou todo mundo aqui. Viu s¢ como o pessoal falou bem
dele depois daquele discurso?
- Mas isso era de se esperar. Pelo que eu entendi, ele vai dar moleza para todo mundo e ‚ isso que o
pessoal quer.
- Mas isso nÆo vai longe, nÆo se preocupe.
- Bom, com licen‡a que eu vou atender o tel‚grafo, mais tarde a gente conversa direitinho sobre isso.
Costa esperou que o amigo se afastasse, antes de acender um cigarro e caminhar sobre os dormentes,
em dire‡Æo a sua casa. Na verdade, a vinda de Ely era, na sua opiniÆo, a maior burrada feita pelos diretores da
companhia. Aquilo era servi‡o para homem feito, de pulso firme e vontade de ferro para poder controlar
todos os homens sob suas ordens. Um pouco de moleza que fosse dada e pronto. Desandava para a bagun‡a,
com ningu‚m ouvindo ningu‚m.
Chegou em casa. A mulher veio recebˆ-lo … porta.
- E da¡, Costa? Ouvi dizer que o novo chefe chegou, ‚ verdade?
- Como ‚ que j  soube? As fofoqueiras da vila j  passaram por aqui?
- Credo, homem. Isso ‚ modo de falar?
- Estou nervoso.
- Eu sei por quˆ.
- Deve saber mesmo. Um moleque mandaram um moleque para c . E por que nÆo eu? O que ‚ que
ele tem que eu nÆo tenho? Sou muito experiente, j  trabalho nisso h  quase vinte anos, ningu‚m conhece
melhor que eu o servi‡o.
- Calma, nÆo precisa ficar assim. Dizem que o rapaz ‚ muito bom.
- Bom? Aquilo nÆo ‚ bondade, ‚ moleza no duro. Onde j  se viu permitir que o pessoal o chame pelo
nome? Fosse comigo e todos teriam que me chamar de Chefe Costa eu nÆo deixaria por menos.
- Isso praticamente encerra suas chances de se tornar chefe aqui, nÆo ‚?
- NÆo, nÆo acho assim. Vocˆ sabe como ‚ isso, hoje ele ‚ chefe aqui, amanhÆ vai para l , depois de
amanhÆ nÆo ‚ mais nada. Numa dessas mudan‡as, eu chego l .
- �, vocˆ tem razÆo. Se o rapaz for bom mesmo eles logo o transferem para uma outra cidade maior,
nÆo ‚ mesmo?
- Veremos - respondeu ele, atirando o chap‚u sobre a mesa, sorrindo enigmaticamente.



CAPÖTULO 3



Jorge abaixou-se para verificar se a chave do desvio estava no lugar certo, depois levantou-se e ficou
olhando para o lado onde o ST-56 surgiria dentro de alguns minutos. Sua fun‡Æo era a de vigiar aquela
passagem de n¡vel, pois nÆo havia ali uma cancela. Ele ficava sobre a rua, acenando para os ve¡culos, quando
o trem se aproximava.
Pensou na filha que ficara em casa preparando o jantar na camaradagem de Ely, seu novo chefe. O
apito do trem cortou a noite e ele caminhou para o centro da pista, com uma bandeira vermelha na mÆo. O
potente farol o iluminou, enquanto o trem se aproximava. Naquele momento, um veiculo se aproximava da
passagem, sem diminuir a velocidade. Jorge olhou espantado para o carro que avan‡ava, acenou a bandeira e
adiantou-se. O carro freou violentamente, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, Jorge percebeu que
estava sobre os trilhos.
O trem apitou novamente, misturando seu som estridente com um grito, logo abafado pelo ranger
met lico dos freios que tentavam deter a composi‡Æo, mas j  era tarde demais.
Cibele ouviu o ranger dos freios e precipitou-se para a janela, a tempo de ver um espet culo
fantasmag¢rico de fa¡scas que saltavam das rodas travadas, escorregando sobre os trilhos. Pessoas corriam
para a passagem de n¡vel. Ela entendeu que deveria ter ocorrido algum acidente. Ao lembrar-se de que seu
pai era o respons vel por aquela chave, sentiu seu sangue gelar. Como louca saiu de casa e correu na dire‡Æo
do ajuntamento.
- O que houve? - indagava a um e outro, tentando se aproximar do local do acidente.
- NÆo sei, parece que algu‚m morreu - respondeu um.
- Quem?
- NÆo sei, est  l  na frente.
- Pai! - gritou ela, empurrando todos … sua frente para se aproximar do local.
- NÆo, Cibele, nÆo v  l  - pediu-lhe sua amiga Din , segurando-a pelo bra‡o.
- NÆo, quero ver, me solte, Din .
- Por favor, Cibele, nÆo v , est  muito feio.
- Por que vocˆ est  dizendo isso? Foi meu pai, nÆo foi? - indagou ela, libertando-se dos bra‡os da
amiga e se aproximando.
Um bon‚ de ferrovi rio prendeu-se em seu p‚. Ela parou, abaixando-se e o examinou, reconhecendo-
o como sendo o de seu pai.
- Pai! - gritou ela.
- Ely, nÆo deixe que ela se aproxime, ‚ a filha do Jorge - avisou o ex-chefe ao rapaz.
- Est  bem, vou tir -la daqui - respondeu ele, segurando a garota pela cintura e a carregando para o
pr‚dio da esta‡Æo.
Cibele debatia-se desesperada, tentando se libertar. Ely a fez sentar-se, obrigando-a a tomar um copo
d' gua.
- Meu pai... - solu‡ou ela.
- Eu sinto muito.
- Oh, nÆo! - exclamou a jovem, cobrindo o rosto com as mÆos, chorando.
Ely ficou ali olhando para ela, sem saber o que fazer, sentindo seu cora‡Æo despeda‡ar-se pela trag‚dia
e pelo sofrimento da garota. Sem que dessa conta, tomou-a nos bra‡os e apertou-a contra o peito. Cibele
desesperada, igualmente o abra‡ou, deixando que o pranto rolasse livremente de seus olhos.
- NÆo chore, por favor. Vocˆ tem que ser forte - disse, baixinho.
- Meu pai... Meu pai... - repetia ela.
Algumas das esposas dos ferrovi rios chegaram naquele momento, Ely pediu que tomassem conta de
Cibele enquanto ele voltava … cena da trag‚dia.
- Algu‚m sabe como aconteceu isso? - perguntou …s pessoas reunidas ao redor do corpo.
- A culpa foi minha, a culpa foi minha - repetiu o motorista do carro.
- Por quˆ? O que houve? - indagou o rapaz, segurando o outro pelo ombro, tentando acalm -lo.
- Eu nÆo havia percebido o trem, at‚ que ele acenou a bandeira vermelha. Eu brequei o carro, mas
ele ficou ali na frente do trem. Meu Deus, foi horr¡vel...
Ely passou a mÆo pelo rosto, desesperado, tentando se acalmar tamb‚m, coordenar as id‚ias. Procurou
tomar as providˆncias necess rias, removendo o corpo e chamando a policia.
- Mau sinal, Dito?
- Isso ‚ bom para n¢s, Costa. pena que o Jorge tenha sofrido isso.
- � uma pena mesmo. Homem muito bom, trabalhador. Mas... Por que ‚ bom para n¢s?
- O moleque se saiu muito mal hoje. Viu s¢ a bronca que a policia deu nele por haver removido o
corpo?
- Acho que ele tinha razÆo. Deixar o coitado ali para quˆ?
- Mas pegou mal, nÆo pegou? Ali, na frente de todo mundo.
- � nisso vocˆ tem razÆo. Sabe, estou pensando na filha dele. O que vai ser dela agora?
- Pelo que eu sei, j  deve ser maior de idade. Al‚m do mais vai receber o seguro pela morte do pai. �
um bom dinheiro, se ela souber cuidar dele.
Achavam-se todos os ferrovi rios reunidos na pequena casa de Cibele, velando o corpo de seu pai. A
jovem nÆo estava ali, naquele momento. Encontrava-se na residˆncia do chefe da esta‡Æo, pois ainda nÆo se
refizera da trag‚dia. Havia tomado um calmante, quando Ely chegou.
- Cibele, este aqui ‚ o novo chefe da esta‡Æo - apresentou-o o dono da casa.
- Oi, Cibele!
- EntÆo vocˆ nÆo ‚ cobrador?
- NÆo, mas isso nÆo faz muita diferen‡a agora. Tente descansar um pouco. Tudo vai dar certo no
final.
- E meu pai? Cadˆ meu pai?
- Est  em sua casa, agora. Eu tomei as providˆncias. Ele ser  sepultado amanhÆ. Volto a repetir, eu
sinto muito mesmo, Cibele.
- O jantar...
- NÆo se preocupe com o jantar, agora descanse.
Uma n‚voa fina e esbranqui‡ada pareceu cobrir lentamente os olhos da jovem, enquanto ela
adormecia. Seu sono foi agitado, cheio de sobressaltos, gritos. Na manhÆ seguinte, ao acordar, seu corpo
parecia feito de chumbo. Sua cabe‡a, no entanto, parecia flutuar. Estranhou o ambiente, … medida em que se
lembrava do acontecido, sentia l grimas brotarem de seus olhos. Enxugou-os lentamente com as costas da
mÆo, virando-se na cama.
Havia algu‚m sentado na poltrona ao seu lado. A principiou ela nÆo reconheceu quem era. Depois,
firmando a vista, percebeu que se tratava de Ely. Ele se mexeu, tamb‚m, acordando. Olhou para ela e sorriu.
Ela sorriu em resposta.
- Est  melhor, Cibele.
- Sim, estou melhor.
- Mais conformada?
Ela tentou responder, mas suas palavras foram afogadas por um solu‡o. Apenas balan‡ou a cabe‡a
num gesto afirmativo.
- Meu nome ‚ Ely. Fiquei aqui durante toda a noite porque vocˆ estava agitada. Espero que nÆo se
importe com isso.
- NÆo, de jeito nenhum. Agrade‡o por vocˆ ter se preocupado comigo.
- Quer que eu saia agora para vocˆ se vestir?
- Quem tirou minha roupa?
- NÆo se preocupe, nÆo fui eu.
- EntÆo me deixe sozinha um pouco. Depois eu quero ver meu pai - disse ela, com firmeza.
- Eu a levarei - respondeu ele, retirando-se.
Ely dirigiu-se ao banheiro, onde lavou o rosto e penteou-se. A noite fora longa e agitava. Ele nÆo
havia dormido direito.
- O senhor aceita tomar caf‚ agora? - indagou-lhe a empregada da casa.
- Sim, aceito. O Seu Pedro ainda est  dormindo?
- Sim, nÆo acordou ainda.
- EntÆo sirva o caf‚. A Srta. Cibele tamb‚m est  se levantando.
- Coitadinha dela, nÆo?
- Sim, ‚ uma pena realmente.
- O que vai acontecer com ela agora?
- Ela ficar  bem, deve ter parentes, nÆo?
- Que eu saiba ela nÆo tem nenhum. Era s¢ ela e o pai.
- Tem certeza disso?
- Acho que tenho.
- Bom, mesmo assim, haver  quem tome conta dela, nÆo se preocupe.
Pouco depois, Cibele sentava-se … mesa com ele.
- � bom vocˆ comer bastante, Cibele. NÆo jantou ontem, vocˆ pode ficar muito fraca.
- Vocˆ tamb‚m nÆo jantou, nÆo ‚?
- Eu comi alguma coisa ontem … noite.
Cibele fechou os olhos e apertou os l bios. Depois tapou os ouvidos com firmeza, fazendo uma careta.
- O que foi? Alguma coisa errada? - indagou Ely...
- O barulho... Estou ouvindo o barulho.
- Que barulho, Cibele?
- Os freios do trem... Os freios.
- Acalme-se, garota! - ordenou ele, rispidamente, segurando-lhe as mÆos e obrigando-a a encar -lo.
- Acalme-se, vamos, j  passou.
Ela o olhou surpresa, fez uma careta de quem ia chorar, depois se controlou. O tom de voz do rapaz
assustou-a um pouco, mas surtia efeito. Ela suspirou fundo, antes de come‡ar a tomar seu caf‚.
- O que vai ser de mim agora?
- Com calma tudo se resolver . Vocˆ tem parentes?
- Nenhum que eu saiba.
- Como assim?
- Talvez eu tenha, talvez nÆo tenha, eu nÆo sei. Meu pai nunca me falou deles.
- Bom, vocˆ vai ter que se virar sozinha, Cibele, mas pode contar com minha ajuda para o que for
necess rio. Sei que ‚ um momento muito dif¡cil para vocˆ, mas vocˆ ainda ‚ jovem, vai conseguir.
- Vou ter que trabalhar agora, nÆo ‚?
- NÆo, isso nÆo ser  preciso. Todos os ferrovi rios tˆm um seguro de vida, seu pai tamb‚m tinha. �
obrigat¢rio na companhia.
- Eu nÆo quero esse dinheiro, custou a vida de meu pai.
- Est  bem, nÆo vamos discutir isso agora. Mais tarde eu lhe darei maiores detalhes - disse o rapaz,
tentando encerrar o assunto, pois reconhecia ser desagrad vel falar sobre aquilo para ela, naquele momento.


***


· tarde, ap¢s o sepultamento, Ely retornou … esta‡Æo para encerrar seu expediente. Pedro se encontrou
com ele na plataforma.
- Ely, minha mudan‡a j  est  acertada. O ST-97 passa aqui hoje de madrugada e carregar  tudo que
‚ meu. Ali s, gostaria de lhe falar sobre isso. Minha esposa acha que a viagem poder  danificar os m¢veis.
Al‚m disso, eu tamb‚m acho ‚ hora de troc -los. Assim, achei que seria mais f cil para mim vender os
m¢veis principais e depois comprar outros. Se vocˆ quiser alguns.
- � uma boa id‚ia. Seu Pedro. Vamos para l  agora e combinaremos o pre‡o de tudo.
- Como vocˆ quiser.
Enquanto caminhavam. Ely notou, bem … frente, perto da vila dos ferrovi rios um vulto de mulher
sentado sobre os trilhos. Pelos longos cabelos reconheceu que se tratava de Cibele. NÆo falara com ela
durante toda a tarde, por isso resolveu ir at‚ l .
- Seu Pedro, eu j  vou. Quero conversar um pouco com a filha do Seu Jorge, ela ainda est  muito
abalada.
- Est  bem. Pobre garota!
Ely caminhou at‚ l . Cibele estava sentada sobre um dos trilhos com o queixo depositado sobre os
joelhos e as mÆos ao redor das pernas, olhando para a porta de sua casa. Sentia-se angustiada, com um pesado
sentimento de solidÆo oprimindo-lhe o peito. NÆo percebeu quando Ely chegou ao seu lado e sentou-se
tamb‚m sobre o trilho.
- O que h , Cibele? Alguma coisa errada?
- Estou com medo de entrar em casa.
- Medo? Medo por quˆ?
- Sei l , uma coisa maluca. Eu nÆo quero ficar sozinha.
- Mas vocˆ nÆo precisa ficar sozinha. NÆo h  ningu‚m com quem vocˆ possa dormir esta noite?
- NÆo quero amolar ningu‚m. E depois, veja todas essas casas. SÆo pequenas, apertadas, nÆo ficaria
bem eu incomodar algu‚m se tenho uma casa inteirinha s¢ para mim.
- Eles entenderiam, mas se isso a preocupa, posso oferecer-lhe meu quarto l  na casa do Seu Pedro.
S¢ estamos eu, ele e a esposa, vocˆ dorme no meu quarto e eu dormirei na sala, tem um sof -cama l , eu
estarei bem. Al‚m disso, nÆo vou poder dormir a noite toda mesmo. O ST-97 passa de madrugada e vai fazer
manobras para apanhar a mudan‡a do Seu Pedro.
- Mas ele vai mudar...
- NÆo se preocupe. Ele vai viajar tamb‚m com a esposa, mas eu vou comprar-lhe os m¢veis
principais.
- Se ele viajar de madrugada, eu ficarei sozinha l ...
- Eu a acordo, se quiser, para vir comigo at‚ a esta‡Æo. Depois a gente volta para dormir...
Pela primeira vez que estavam ali Cibele levantou a cabe‡a e olhou maliciosa para ele.
- Vai ser uma coisa maluca mesmo.
- O quˆ?
- Eu e vocˆ, sozinhos, naquela casa. O pessoal vai falar at‚ gastar a l¡ngua.
- E da¡? Vocˆ se importa com o que eles dizem? Mas se isso pode lhe causar algum aborrecimento,
leve algu‚m para ficar com vocˆ. Uma amiga, por exemplo.
- S¢ se eu convidar a Din .
- Pois bem, fa‡a isso.
- Obrigada, vocˆ ‚ muito bom. Sabe meu pai gostava muito de vocˆ, apesar de s¢ o conhecer por
algumas horas. Ontem, na hora do almo‡o, ele s¢ falou de vocˆ.
- Seu pai era um homem muito bom. Agora vamos.
- Preciso apanhar minhas roupas. Desde ontem que eu nÆo tomo banho.
- Est  bem, sua porquinha. V  apanhar as roupas.
- Eu nÆo vou sozinha, j  lhe disse que tenho medo.
- Eu vou com vocˆ - disse o rapaz, pondo-se em p‚ e estendendo a mÆo para que ela se levantasse
tamb‚m.
Cibele apertou-lhe a mÆo com for‡a e p"s-se em p‚. Antes de soltar-lhe a mÆo, por‚m, ela olhou-o
cuidadosamente. Depois comentou, com um acento de decep‡Æo na voz:
- Vocˆ ‚ noivo!
- Sim, eu sou noivo. H  alguma coisa demais nisso?
- NÆo, nada, ‚ que eu...
- Vocˆ o quˆ?
- Nada. Vem comigo buscar a roupa entÆo - disse ela, soltando-lhe a mÆo.
- E depois disso vamos avisar aquela sua amiga para fazer companhia a vocˆ. Assim nÆo terei que
acord -la no meio da noite.
- Vamos entÆo - concordou ela, caminhando temerosa para a porta de entrada de sua casa,
esfor‡ando-se para nÆo come‡ar a chorar novamente.



CAPÖTULO 4



De madrugada, ap¢s a partida do ex-chefe, Ely ficou algum tempo conversando com os homens no
pr‚dio da esta‡Æo. Depois, resolveu voltar para dormir mais um pouco. Ainda faltava algumas horas para o
amanhecer e ele caminhou pelos trilhos, pensativo. Pensava em Cibele, no que seria dela ap¢s o acontecido.
Seria dif¡cil, para ela, enfrentar a nova situa‡Æo que se apresentava. Estava sozinha, sem parentes, mas
precisava de ajuda. Recordou-se da noite do acidente, da fragilidade da jovem entre seus bra‡os, chorando, e
nÆo p"de conter uma onda de ternura que o invadiu.
Quando chegou a casa, notou a luz da cozinha acesa e gente se movimentando l . Com surpresa,
encontrou Cibele em p‚. Ela havia feito caf‚, e estava … mesa, com uma por‡Æo de cadernos espalhados.
- Cibele, que id‚ia foi essa? O que est  fazendo?
Ela se levantou surpreendida e encarou-o com olhos sonolentos.
- Eu havia me esquecido de minhas aulas. Din  me trouxe as tarefas de casa, eu preciso fazˆ-las para
amanhÆ.
- NÆo precisa se preocupar com isso agora, seus professores entenderÆo.
- O caso nÆo ‚ esse, Ely. Eu nunca deixei de fazer minhas tarefas, entendeu?
- Entendi - disse ele, sentando-se e servindo-se de um pouco de caf‚. - Como conseguiu fazer
esse caf‚?
- Com  gua, a‡£car e p¢ de caf‚ - respondeu ela, com simplicidade.
- NÆo digo isso, como arranjou o p¢, coador essa coisa toda?
- Falei com a esposa do Seu Pedro, ela mostrou-me tudo.
- Muito bem, Cibele. Foi uma boa id‚ia. NÆo precisa de ajuda a¡? - indagou ele, debru‡ando o
corpo sobre a mesa para ver o que ela fazia.
- Bem, s¢ se... NÆo, vocˆ nÆo precisa se preocupar.
- Vamos fale, qual o problema?
- � que eu nÆo sou muito boa em Portuguˆs e Matem tica. Gosto de Geografia, Historia, mas nÆo me
dou bem a Matem tica. Vocˆ me ajuda mesmo?
- Claro. O que quer saber?
- Vamos ver o que tenho que fazer de Portuguˆs - disse ela, procurando no caderno. - Aqui est .
Puxa! � bastante. NÆo se preocupe, v  dormir. Vocˆ deve estar cansado.
- Eu disse que ia ajud -la, agora vamos logo senÆo nÆo terminaremos isso antes do amanhecer.
- J  que vocˆ insiste... Bem, a primeira coisa de Portuguˆs. Conjugue o verbo amar para mim em
todos os tempos e modos.
- Tudo isso?
- Eu disse que era bastante.
- NÆo tem importƒncia. Vamos l , entÆo. Escreva a¡: Presente do Indicativo. Eu amo, tu amas, ele
ama, n¢s...
- Isso eu sei terminar. � bonito, nÆo ‚?
- O que ‚ bonito?
- Esse verbo.
- Sim, sim bonito.
- Vocˆ j ; o conjurou para sua noiva? - perguntou ele, sem levantar a cabe‡a.
- Sim, j , mas que pergunta, Cibele! NÆo vem ao caso. Escreva a¡ j ?
- Puxa! - exclamou ela, levando a caneta at‚ a boca num gesto sonhador.
- O que foi agora, Cibele?
- Ningu‚m ainda conjurou o verbo amar para mim.
- Ningu‚m mesmo.
- Bem, s¢ vocˆ agora, mas nÆo conta, nÆo ‚?
- Bobinha! Essas coisas sempre acontecem, a gente nÆo pode ter pressa. Um dia quando vocˆ menos
esperar, algu‚m vai conjugar o verbo amar para vocˆ.
- Queria que vocˆ conjurasse - corrigiu ela, voltando a escrever.
- EntÆo vamos. Pret‚rito do Indicativo: eu amei, tu amaste, ele...
- Por que ‚ passado. NÆo quero que me conjuguem o verbo amar dessa maneira. prefiro no presente,
ou entÆo no futuro.
- Estamos falando do passado agora, Cibele. Daqui a pouco falaremos no futuro.
- Vocˆ gosta de sua noiva mesmo.
- � claro que gosto.
- Mentira!
- Como assim, Cibele? NÆo entendi. Eu gosto realmente de minha noiva, vou me casar com ela, isso
nÆo ‚ bastante? Por que vocˆ disse que ‚ mentira?
Cibele olhou-o sorridente e esperan‡osa, mas nada respondeu. Abaixou a cabe‡a e continuou
escrevendo, deixando Ely intrigado. O que Cibele entendeu, mas nÆo quis dizer, foi que ao indagar ao rapaz
se ele gostava de sua noiva ele nÆo respondeu que a amava e, sim, que gostava dela. Para a jovem, havia uma
grande diferen‡a entre amar e gostar.
Ely serviu-se de mais um pouco de caf‚, consultou as horas discretamente e acendeu um cigarro.
Apesar de estar cansado, a presen‡a da jovem era reconfortante, agrad vel.
- Vocˆ fuma, Cibele? - perguntou ele, oferecendo-lhe o cigarro aceso.
- NÆo, mas dou umas tragadas de vez em quando - respondeu a garota, apanhando o cigarro.
- Quantos anos vocˆ tem?
- J  fiz dezoito. E vocˆ?
- Vinte e cinco.
- Vocˆ ‚ muito mo‡o, para ser chefe da esta‡Æo?
- � o que todos pensam, mas pretendo provar o contr rio. Pelo menos at‚ agora estou me saindo
bem.
- Na noite do acidente com papai, l  na esta‡Æo, vocˆ estava comigo, nÆo ‚?
- Sim, tentava consol -la.
- Mas depois saiu e ficaram algumas mulheres comigo. Uma delas era esposa do Costa. Conhece?
- Sim, ‚ meu bra‡o direito l  na esta‡Æo.
- Pois ‚. A mulher estava falando que ele estava muito bravo por nÆo ter sido escolhido chefe.
- Isso ‚ normal, eu j  esperava por isso. Costa ‚ um bom homem, tem sido muito atencioso para
comigo.
- S¢ falei por falar, viu?
- Sei. Agora vamos para o Pret‚rito Imperfeito do Indicativo.
- Esse a¡ eu sei.
- EntÆo fa‡a, vamos ver.
Cibele, cabisbaixa, completou a conjura‡Æo do verbo naquele momento. Enquanto escrevia, disse ao
rapaz:
- Estou lhe devendo um jantar.
- NÆo se fala mais nisso agora.
- Eu fa‡o questÆo de pagar. Meu pai o convidou, por isso...
- Est  bem.
- AmanhÆ eu voltou para minha casa. Estive pensando. Sabe? Vou me sentir muito solit ria l 
dentro, mas a Din  me far  companhia. Assim nÆo terei medo tamb‚m.
- � assim que se fala, Cibele. A gente nÆo deve fugir dos problemas. Temos que enfrent -los,
encar -los e vencˆ-los.
- S¢ sinto por uma coisa, puxa vida!
- O quˆ?
- Meu pai me havia prometido uma viagem quando ele tirasse f‚rias.
- E quando seria isso?
- Daqui a quatro meses. Öamos tomar o trem aqui e ficar nele at‚ o fim da linha. Depois voltar. Ele
disse que era uma viagem de quase quarenta horas.
- Que coisa maluca, menina.
- Por isso mesmo. Por ser maluca ‚ que gosto. Sabe eu nunca viajei. Lembro-me que desde que eu
nasci, sempre vivia aqui. E eu gostaria de viajar.
- Todas as garotas gostam de viajar.
- Agora nÆo poderei mais.
- E por que nÆo?
- Viajar sozinha nÆo tem gra‡a. al‚m disso, preciso trabalhar. Olhe, vocˆ nÆo vai precisar de uma
empregada? Deixe-me ficar aqui cuidando de suas casa - pediu ela, quase suplicando.
- Cibele, que id‚ia mais boba. Vocˆ nÆo vai precisar trabalhar. Estive dando uma olhada nos pap‚is
l  na esta‡Æo. O seguro de seu pai ‚ de aproximadamente sessenta mil cruzeiros.
- Quanto? - indagou ela, com os olhos arregalados.
- Sessenta mil cruzeiros e sÆo todos seus, quer queira, quer nÆo queira. Vocˆ j  tem dezoito anos,
pode movimentar isso numa conta banc ria.
- Meu Deus do c‚u! O que vou fazer com tanto dinheiro?
- Se vocˆ pensar bem nÆo ‚ tanto assim. Mas se souber aplicar, poder  garantir seus estudos e sua
vida.
- Mas ele custou a vida de meu pai.
- Ele nÆo custou a vida de seu pai. Ele ‚ uma esp‚cie de recompensa pela morte dele, uma garantia
para os herdeiros do falecido.
- Sessenta mil pela vida de um homem. � barato, nÆo ‚? Meu pai valia mais.
- Isso eu sei, Cibele, mas j  ‚ alguma coisa. Vocˆ nÆo precisar  trabalhar. Al‚m disso, a garota que
trabalha para o Seu Pedro vai trabalhar para mim tamb‚m.
- Mas vocˆ vai me deixar fazer-lhe um jantar um dia, nÆo vai?
- Sim, deixou, se isso a faz feliz.
- Sim, isso me faz muito feliz. Agora vamos terminar esse verbo. O que falta mesmo?


***


Dito aproximou-se euf¢rico de Costa, exibindo em sua mÆo um peda‡o de papel, onde se percebia
algumas anota‡äes.
- Costa, consegui, est  aqui comigo. Veja.
- O que ‚ isso?
- Chegou uma carta para o moleque, pelo malote da Estrada de Ferro. Foi mandada por essa mo‡a
aqui. Anotei o endere‡o antes de entregar-lhe a carta. Perguntei, assim como quem nÆo quer nada, se era da
namorada. Ele confirmou.
- Bom trabalho, Dito. Isso ‚ muito bom mesmo. J  temos um bom assunto para escrever uma carta
para essa tal noiva dele.
- Que assunto?
- Vocˆ nÆo soube? A filha do Jorge passou a noite l  na casa dele.
- Sozinha com ele?
- NÆo, a Din , filha do Antunes, estava com ela, mas escute s¢ o que aconteceu. De madrugada,
depois da passagem do ST-97, os dois ficaram conversando, sozinhos, na cozinha. NÆo sei o que mais houve,
mas sei que ficaram at‚ bem tarde.
- Como ‚ que vocˆ sabe disso?
- Eu sei e isso basta, nÆo ‚? O que vocˆ acha que a noiva dele vai pensar de tudo isso?
- Se ela for ciumenta, nÆo quero nem ver a bagun‡a que vai dar.
- E isso vai ser muito bom para n¢s. Al‚m disso, percebi que o rapaz tem o cora‡Æo muito mole. Ele
ainda nÆo sabe, mas a companhia j  providenciou um substituto para o Jorge. Ele dever  chegar no final da
semana. E at‚ l , a filha do Jorge vai ter que desocupar a casa porque o novo guarda-chave vem com a
fam¡lia.
- Bem, e o que isso quer dizer?
- Quero dizer que numa cidadezinha como a nossa nÆo vai ser f cil para a mo‡a achar uma casa para
alugar. Ela ter  que se ag�entar nÆo sei de que modo.
- Est  bem, entendi at‚ a¡. Vocˆ acha que o rapaz, morando sozinho, vai oferecer hospedagem para
ela at‚ que possa arrumar uma outra casa?
- Acho nÆo, tenho certeza. Ainda mais se a gente, com parte de quem est  assim com muita pena
dela, sugerir isso para ele. O que vocˆ acha.
- Boa, muito boa mesmo essa id‚ia.
- No malote da correspondˆncia deve ter vindo tamb‚m o comunicado para ela desocupar a casa.
Assim que ele ler, vai ficar muito preocupado, com toda certeza. J  pensou no que vai acontecer quando a
noiva dele chegar aqui e encontrar aquela garota morando com ele?
- Vocˆ ‚ terr¡vel mesmo. Vamos ver como estÆo as coisas com o rapaz, entÆo.
Ely estava, naquele momento, terminando de ler a carta da noiva. Ela estava com muita saudade dele e
desejava vˆ-lo. Ao terminar a leitura, ele ficou pensativo, olhando o grande rel¢gio … sua frente, na parede.
Tentou lembrar-se da fisionomia da noiva, mas era dif¡cil, incrivelmente dif¡cil.
Reparou, entÆo, na carta oficial que tinha sobre a mesa. Abriu-a e come‡ou a ler no momento em que
Dito e Costa entravam no pr‚dio. A principiou, o assunto pareceu irrelevante. Depois, pensando nas
conseq�ˆncias, Ely ficou muito preocupado. Era um problema s‚rio para Cibele resolver.
- Ei, vocˆs viram isso? - indagou aos dois homens, sentado em suas mesas de trabalho.
- De que se trata rapaz? - quis saber Costa.
- � um comunicado da companhia nos avisando que no final da semana vai chegar um substituto
para o Jorge. Diz aqui que o novo guarda-chave vir  com a fam¡lia e que devemos arrumar-lhe acomoda‡äes.
Costa olhou para seu companheiro e piscou. O outro entendeu e fingiu preocupa‡Æo tamb‚m.
- Isso ‚ muito s‚rio, Ely - disse Costa, levantando-se e aproximando-se do rapaz. - NÆo vai ser
f cil para a filha do Jorge.
- Como assim?
- � muito dif¡cil arrumar casa aqui. Se nÆo for para comprar, nÆo h  mesmo. Poucas casas sÆo de
aluguel e nÆo sei de nenhuma desocupada. Al‚m disso, nÆo dar  tempo de se construir uma, caso a mo‡a
pretenda usar o dinheiro do seguro para isso.
- Puxa, ‚ dif¡cil assim conseguir uma casa por aqui?
- Cidade pequena, ‚ dif¡cil construir alguma coisa por aqui. NÆo h  mesmo uma boa valoriza‡Æo dos
im¢veis, ningu‚m se arrisca, a nÆo ser que precise mesmo.
- Caramba! Mas n¢s precisamos dar um jeito. NÆo podemos jogar aquela mo‡a na rua assim sem
mais nem menos. NÆo h  um modo dela ficar com alguma fam¡lia de ferrovi rio?
- Isso ‚ muito dif¡cil. Vocˆ viu como sÆo nossas casas. Pequenas, poucos c"modos, todos tem
fam¡lias numerosa, nÆo vejo como.
- Mas tem que haver uma solu‡Æo - disse o rapaz, esmurrando a mesa.
- Eu poderia dar uma sugestÆo?
- Claro, Costa. � isso que precisamos agora.
- Mas nÆo sei se vai ser do seu agrado. Al‚m disso, o pessoal pode come‡ar a falar depois...
- O que vocˆ est  querendo dizer?
- Bem, a £nica casa em condi‡äes de abra‡ -la ‚ a sua. � o £nico solteiro e sua casa tem dois quartos, nÆo
‚?
- � isso mesmo. Foi uma boa id‚ia, Costa. Preciso conversar com Cibele agora e explicar-lhe a
situa‡Æo. Veremos o que ela vai achar de tudo isso.
Enquanto o rapaz apanhava seu bon‚ e sa¡a para falar com Cibele, Costa voltou-se sorridente para
Dito e disse-lhe:
- Vamos tratar de escrever aquela carta o mais depressa poss¡vel.
- Mas e se a filha do Jorge nÆo aceitar ir morar com ele?
- Isso nÆo me preocupa nem um pouco. Ela vai aceitar sim.



CAPÖTULO 5



Ely dirigiu-se … casa de Cibele, mas esquecera-se de que estava, naquele momento no col‚gio, onde
estudava. Pela primeira vez, era ela o centro das atra‡äes na rodinha de conversa. Os rapazes e garotas a
crivavam de perguntas e ela sentia-se, de certo modo, muito envaidecida por isso.
- Cibele, Din  nos disse que vocˆ vai receber um dinheiro pela morte de seu pai, nÆo ‚ mesmo? -
havia indagado uma de suas amigas.
- Sim, ‚ isso mesmo. Vou receber sessenta mil.
- E ‚ tudo seu?
- Claro.
- Menina, isso ‚ que ‚ certo. Se eu tivesse dez por cento de tudo que vocˆ tem estaria feliz - disse
outra.
- Mas vocˆ nÆo disse que seu pai vai lhe dar uma tevˆ a cores, um aparelho de som e outras coisas
mais?
- Sim, ele disse e vai dar. Eu fico com inveja de vocˆ porque meu pai nunca me daria um monte de
dinheiro assim. O m ximo que ele me d  ‚ cinq�enta cruzeiros e olhe l . Quando eu quero comprar roupas e
coisas assim tenho que pedir para minha mÆe. Mas ter todo esse dinheiro assim, puxa!
- Sessenta mil nÆo ‚ tanto dinheiro assim - ponderou Cibele. - Se a gente nÆo tomar cuidado, logo
acaba.
- Mas e as coisas que a gente pode comprar com tudo isso, bem? O que me diz disso? Roupas,
discos, viagens, uma por‡Æo de coisas.
- Mas vocˆs estÆo se esquecendo de uma coisa - interrompeu Din . - Cibele est  sozinha agora,
nÆo tem ningu‚m para tomar conta dela, sustent -la...
- Isso nÆo ‚ problema. Eu estou aqui para isso - disse M rio, adiantando-se. - Se Cibele quiser, eu
posso tomar conta dela.
- Isso eu dispenso - respondeu Cibele, olhando-o com desd‚m.
Mais tarde, ao final das aulas, Cibele e Din  voltavam para casa. Sem que percebessem, M rio as
seguia.
- Cibele, vocˆ pode ir na frente. Tenho que ir at‚ a loja de tecidos comprar pano para minha mÆe.
- Quer que eu v  com vocˆ?
- NÆo, nÆo precisa. Talvez eu demore um pouco. Al‚m disso, vocˆ ter  que fazer seu almo‡o, nÆo ‚?
- Sim tenho - concordou ela, afastando-se.
M rio aproveitou a chance para se aproximar.
- U‚, M rio. NÆo sabia que este era seu caminho - observou ela.
- De agora em diante vai ser.
- Como assim?
- Vou tomar conta de vocˆ.
- Isso eu dispenso. Sei tomar conta de mim mesmo.
- Quer fazer o favor de soltar o meu bra‡o?
- Est  bem, est  bem. Vocˆ nÆo se importa se eu a acompanhar at‚ sua casa nÆo ‚?
- Sim, eu me importo e muito. NÆo preciso de vocˆ.
- EntÆo vai ter que me aturar porque vou acompanh -la at‚ l . Sabe como ‚, hoje em dia ‚ muito
perigoso uma garota bonita como vocˆ andar desprotegida por a¡.
- Agrade‡o sua preocupa‡Æo, mas sei que vocˆ s¢ faz isso por interesse. Pensa que nÆo o conhe‡o
muito bem? - perguntou ela, parando e encarando-o desafiadora.
- Ora Cibele, nÆo seja assim. Eu nÆo sou tÆo mau quanto pare‡o. Tenho at‚ um bom cora‡Æo. Vocˆ
est  em dificuldades agora vai precisar de ajuda, por que nÆo me deixa ajud -la?
- Porque j  tenho quem me ajude, sabia?
- Ah, ‚? E quem vai ajud -la?
- O pessoa todo da esta‡Æo. Eles gostam muito de mim - respondeu a garota, continuando a andar.
Estavam agora ao lado do leito da ferrovia. Cibele subiu sobre os pedregulhos e caminhou,
equilibrando-se sobre um dos trilhos.
- Puxa, que legal! Como vocˆ consegue isso? - perguntou M rio, tentando imit -la.
- NÆo ‚ da sua conta.
- Escute aqui, Cibele. Quem vocˆ pensa que ‚? Uma menininha p‚-de-chinelo que vai receber um
dinheirinho de nada? S¢ por isso acha que pode me esnobar? Saiba que isso nÆo significa nada para mim! -
exclamou ele, r¡spido, apertando o bra‡o da garota.
- Solte meu bra‡o senÆo eu vou lhe bater com a minha bolsa.
- Vocˆ nÆo seria capaz disso - desafiou ele.
Em resposta, Cibele brandiu a sua bolsa cheia de livros e cadernos em dire‡Æo … cabe‡a do rapaz. Este,
mais r pido, agarrou seu bra‡o no ar, prendendo-a.
- E agora, garotinha? O que vocˆ vai fazer se eu lhe der um beijo?
- Se vocˆ se atrever eu nunca mais olho para sua cara.
- Eu vou ficar deveras preocupado com isso.
- Solte-me! - gritou ela.
M rio nÆo lhe deu ouvidos e baixou a cabe‡a, tentando beij -la. foi quando sentiu um pulso forte
bater-lhe ao ombro.
- � melhor soltar a senhorita - ordenou Ely.
- Escute aqui, cara. O assunto nÆo lhe diz respeito. � melhor dar o fora - respondeu M rio, soltando
Cibele e encarnado Ely.
- Algum problema com vocˆ, Cibele? - indagou-lhe Ely.
- Esse trouxa que est  me importunando. queria me beijar.
- Escute aqui, seja l  quem vocˆ for. � melhor nÆo se meter. O assunto ‚ entre n¢s dois aqui, vocˆ
nÆo tem nada com isso - advertiu M rio.
- E melhor vocˆ ficar, rapaz. Se pensa que pode ficar por aqui importunando qualquer parente dos
ferrovi rios est  muito enganado. Esse assunto me diz respeito porque eu sou o chefe aqui, est  entendendo?
- Ah, entÆo vocˆ ‚ o tal que a ajuda?
- Como assim? NÆo entendi - disse Ely.
- Olhe aqui. Vocˆ pode ser o chefe, ou seja l  que for. NÆo pode me dar ordens e nÆo tenho
satisfa‡Æo a lhe dar.
- V  embora, vai ser melhor para n¢s dois - advertiu Ely, segurando o outro pelo bra‡o e tentando
empurr -lo.
Em resposta, M rio virou um soco, mas Ely j  esperava por aquilo. Abaixou-se e replicou, atingindo o
est"mago do rapaz com um soco. M rio dobrou-se sem f"lego, agachando-se sobre os pedregulhos.
- Vamos embora, Cibele. Isso ‚ o suficiente. Eu a acompanho at‚ sua casa - disse Ely, segurando-a
pelo bra‡o com delicadeza.
- Puxa, vocˆ ‚ valente mesmo. E forte, tamb‚m. Que soco, rapaz! Que soco! O M rio bem que
mereceu aquilo.
- Vamos esquecer isso e nÆo comentar com ningu‚m. NÆo ficaria bem para mim se o pessoal
soubesse, nÆo ‚ mesmo?
- Eu fico muito grata a vocˆ, mais uma vez - disse ela, sentindo-se deliciosamente protegida ao
lado dele.
- Vocˆ j  almo‡ou?
- Ainda nÆo. Tenho que chegar em casa e preparar ainda a comida.
- NÆo se preocupe com isso. Venha almo‡ar comigo.
- Com vocˆ?
- Sim. Preciso falar com vocˆ. � algo muito importante.
- De verdade mesmo? NÆo ‚ s¢ um pretexto para me fazer almo‡ar com vocˆ?
- NÆo, ‚ de verdade mesmo, Cibele.
Pouco depois, … mesa, ap¢s o almo‡o, Cibele olhou agradecida para ele.
- Puxa, Ely, nÆo sei o que seria de mim se nÆo fosse vocˆ.
- Seus problemas ainda nÆo acabaram, Cibele. Ali s, acho que estÆo come‡ando agora.
- O que h  de errado? vocˆ falou isso de um modo tÆo s‚rio.
- E ‚ s‚rio mesmo, garota. Escute bem o que vou lhe dizer. Hoje recebi um comunicado da Agencia
Central, informando que mandarÆo, no final da semana, um substituto para seu pai. Isso era preciso
realmente. Acontece que ele j  vem com a fam¡lia e temos que arrumar-lhe acomoda‡äes. A ordem que
recebi foi para que vocˆ desocupasse a casa.
Cibele olhou-o surpresa, custando a crer no que ouvira. Era simplesmente imposs¡vel deixar a casa.
NÆo teria para onde ir.
- Mas... Eu... - gaguejou ela, sem conseguir coordenar seus pensamentos.
- Sei o que vocˆ vai dizer e entendo. Mas h  uma sa¡da, vai depender de vocˆ.
- Que sa¡da?
- Minha casa ‚ a £nica que dispäes de acomoda‡äes para abrig -la. SÆo dois quartos e eu s¢ preciso
de um. Vocˆ poder  usar o outro at‚ que a situa‡Æo se resolva.
- Mas... Eu e vocˆ?
- Sim, ter  que ser assim. Vocˆ pode convidar aquela sua amiga para ficar com vocˆ, dormir com
vocˆ. Isso vai evitar que o pessoal fale demais.
- Mas mesmo assim eles vÆo falar. Essa gente tem a l¡ngua comprida e o divertimento deles ‚ esse,
fofocar a vida dos outros.
- Eu nÆo me importo nem um pouco com isso. Estou mais preocupado com vocˆ, se ‚ que me
entende.
- E sua noiva? O que ela vai achar de tudo isso?
- Ela nÆo precisa ficar sabendo disso. E depois eu posso muito bem explicar tudo o que est  se
passando, ela ‚ muito inteligente e culta, entender  a situa‡Æo.
- Ela nÆo ‚ ciumenta?
- NÆo, ela tem toda confian‡a em mim.
- Quer dizer que terei que aceitar?
- � a £nica solu‡Æo, nÆo h  outro modo. At‚ que consigamos arrumar um outro lugar para vocˆ ficar,
ter  que ser assim. Al‚m disso, vocˆ estar  mais protegida em minha companhia. Ningu‚m se atrever  a
incomod -la.
- Obrigada, mais uma vez, Ely! - exclamou ela, apertando a mÆo do rapaz, sobre a mesa.
Ely sentiu um estremecimento percorrer seu corpo e uma onda de ternura invadi-lo como sentira na
noite do acidente quando a estreitara em seus bra‡os.
- Tudo vai sair bem, Cibele - disse ele, carinhosamente.
- Dito, vocˆ j  mandou aquela carta? - indagou Costa chegando esbaforido ao pr‚dio da esta‡Æo,
onde estava seu amigo.
- NÆo, ainda nÆo. O malote s¢ vai no ST-42, por quˆ? Alguma outra coisa a ser acrescentada?
- Uma bomba! Sabe o que aconteceu ainda h  pouco? O Ely brigou com um rapaz por causa da filha
do Jorge.
- Brigou? Mas de que jeito?
- De soco mesmo. Parece que o rapaz estava tentando ser gentil com ela e o Ely partiu para cima
dele de soco. Quando a noiva dele souber disso tamb‚m.
- Mas como ‚ que vocˆ soube disso?
- Eu vinha para c  quando encontrei o rapaz sentado nos trilhos. Ele mal conseguia se levantar.
Tinha recebido um soco no est"mago que estava at‚ sem fala. Ele me contou tudo.
- EntÆo vamos ter que fazer outra carta.
- Sim, e vamos r pido antes que ele apare‡a por aqui. E tome cuidado para que ele nÆo veja quando
vocˆ a colocar no malote, entendeu?
- NÆo se preocupe com isso, eu sei como fazer.
Pouco mais tarde, quando Ely chegou muito satisfeito, Dito percebeu que o plano havia dado certo e
que Cibele concordara em ficar na casa do rapaz.
- E entÆo, Ely? Ela concordou?
- Sim. Felizmente. Ia ser realmente muito dif¡cil para ela se arrumar.
- �, pobrezinha dela! - exclamou Dito, concordando com o chefe.
Naquela noite, … hora do jantar, Cibele estava em sua casa, encaixotando sua mudan‡a. O jantar estava
sobre a mesa e ela aguardava nÆo sabia o quˆ. Lembrou-se, entÆo, com um certo temor, que aguardava a
vinda do pai, ap¢s a passagem do ST- 57. Parou com o que fazia e olhou pela janela. Logo ele passaria. A
solidÆo a encheu de temores.
Levantou-se do chÆo onde estava, embalando utens¡lios e colocando-os numa caixa e foi sentar-se …
mesa. Serviu-se lentamente, olhando para o lugar vago no outro lado da mesa. Lutou para que as l grimas
nÆo escorressem de seus olhos. Come‡ou a comer, mas o que punha na boca nÆo tinha sabor algum.
De repente, ao longe, cortando o silˆncio da noite, o apito do trem, como uivo de um animal louco.
Cibele sentiu o chÆo faltar sob seus p‚s, mas procurou se controlar. Era apenas mais uma passagem do ST-
56, nÆo havia com que se preocupar. Como sempre fazia, mas daquela vez com passos maquinais, foi at‚ a
janela. O clarÆo forte do farol da m quina rasgava a escuridÆo como uma navalha. O maquinista come‡ou a
frear a composi‡Æo. As rodas, sendo travadas, chiaram num ru¡do met lico e apavorante, Cibele levou as
mÆos aos ouvidos, mas o ru¡do parecia aumentar, aumentar e o trem nÆo mais se movia sobre os trilhos, mas
parecia caminhar em sua dire‡Æo. Apavorada, precipitou-se pela porta da casa e saiu correndo. S¢ havia um
caminho a seguir e este era ao lado da ferrovia. O trem vinha logo atr s dela, apitando e fazendo chiar o freio
das rodas. O que a deixava ainda mais aturdida.
Lembrou-se, entÆo do £nico lugar onde poderia se sentir segura: a casa de Ely. Rumou para l  como
uma louca e, quando entrou, desesperada, o trem passou. Cibele correu para o quarto que havia ocupado na
noite do acidente e atirou-se na cama, chorando.
Ely atendia o chefe do trem, dando-lhe instru‡äes, enquanto aguardavam a partida. Costa se
aproximou dele e avisou:
- Ei, Ely. Aquela garota que trabalha em sua casa est  a¡ fora e quer falar com vocˆ. Parece que ‚
muito importante, porque ela est  muito nervosa.
- O que ser  que houve? - indagou ele. E depois dirigiu-se a Costa, pediu-lhe que cuidasse da
partida do trem, enquanto ele verificava de que se tratava.
Foi encontrar a jovem na plataforma.
- O que houve, Maria? Vocˆ parece assustada.
- A Cibele, Seu Ely. NÆo sei o que aconteceu com ela.
- Parece que ficou louca, eu nÆo sabia o que fazer.
- Mas o que aconteceu, criatura. Conte logo.
- Eu estava servindo o jantar quando ela chegou correndo, entrou pela porta e foi se jogar em cima
da cama, chorando como louca. Tentei falar com ela, mas ela nÆo quis me responder. EntÆo eu resolvi que era
melhor chamar o senhor.
- Est  bem. Maria. Fez muito bem. Eu vou j  para l . Enquanto isso, pe‡a ao Costa a¡, dentro que
chame um m‚dico e o mande para l  o mais depressa poss¡vel.
Enquanto o rapaz corria, preocupado, para casa, a empregada informou Costa do que estava
ocorrendo e do que Ely queria que ele fizesse. Costa acabou de despachar o chefe do trem e chamou por Dito.
- O que est  havendo por aqui, Costa. Que confusÆo ‚ essa?
- A filha do Jorge est  l  na casa dele, parece que houve alguma coisa com ela e o Ely quer que a
gente chame um m‚dico. Vocˆ faz isso, enquanto eu vou at‚ l  e vejo o que est  acontecendo. Talvez a gente
consiga descobrir alguma coisa £til para usarmos contra ele.
- Est  bem. Vou chamar o m‚dico, entÆo, mas algu‚m ter  que ficar tomando conta aqui da esta‡Æo.
- Pe‡a para algu‚m da se‡Æo de bagagens dar uma olhada de vez em quando. Isso ‚ muito
importante.
- Est  bem. EntÆo v  para l  e veja o que descobre enquanto eu vou buscar o m‚dico.
- Certo, certo. Mas v  depressa, a mo‡a pode estar sofrendo alguma coisa.
Costa deixou o amigo e saiu em dire‡Æo da casa de Ely. Tinha esperan‡as realmente de descobrir mais
coisas que pudesse incriminar Ely diante de sua noiva, dando motivos para um escƒndalo e um conseq�ente
processo administrativo.



CAPÖTULO 6



Ely chegou em casa e correu imediatamente para o quarto. Cibele jazia prostrada na cama, chorando
nervosamente. O rapaz sentou-se ao lado dela, sem saber o que fazer.
- Cibele, o que houve? - indagou.
- O trem... O barulho... - solu‡ou ela, sem se virar.
Ely percebeu o estado nervoso em que ela se encontrava. Segurou-a firme pelos pulsos, obrigando-a a
se levantar.
- Cibele, acalme-se - gritou ele.
A jovem, no entanto, continuava no mesmo estado. Ely levantou o bra‡o para desferir uma bofetada
com a inten‡Æo de fazˆ-la voltar a si, mas a mÆo parou no ar, incapaz de completar o gesto. EntÆo ele
abra‡ou-a e beijou-a com for‡a, quase com violˆncia.
Assim que a soltou, Cibele havia parado de chorar, mas de seus olhos ainda escorriam l grimas. Ela
passou as mÆos pelos l bios, surpresa.
- Vocˆ me beijou! - exclamou ela.
- Foi o £nico modo que julguei que pudesse fazˆ-la voltar … razÆo. Vocˆ estava...
- NÆo, por favor, nÆo explique - pediu ela, colocando sua mÆo sobre os l bios dele e acariciando-os
levemente.
- Cibele, desculpe-me...
- Foi a primeira vez que me beijaram.
- Foi?
- Sim. � tÆo gostoso.
- �, mas nÆo vamos falar nisso agora. Conte-me o que houve. O que aconteceu para vocˆ ficar nesse
estado?
- Eu nÆo fico mais naquela casa, sozinha. Por favor deixe-me ficar aqui.
- Est  bem, est  bem, se isso a deixa mais calma. Vocˆ falou alguma coisa sobre trem e barulho...
- Quando o trem passou eu me lembrei daquela noite. Foi horr¡vel! - exclamou ela, aninhando-se
nos bra‡os dele.
Ely ficou sem rea‡Æo, mas sentindo-se bem com o gesto da garota. Seus bra‡os fizeram men‡Æo de
abra‡ -la, mas pararam no ar. apenas conseguiu acariciar de leve os cabelos da garota.
- Ely - disse ela, ainda encostada em seu peito.
- O que, Cibele?
- � tÆo gostoso.
- O que ‚ tÆo gostoso?
- Ser beijada.
- Sei, vocˆ j  disse isso. Agora ‚ melhor vocˆ se deitar um pouco. Eu mandei chamar um m‚dico
para vocˆ.
- Eu nÆo preciso de um m‚dico - disse ela, levantando o rosto e encarando-o.
Estavam bem pr¢ximos. Ela podia sentir a respira‡Æo do rapaz, seu h lito. Ely levantou as mÆos e
segurou-lhe o rosto com carinho. Depois, sem que ele conseguisse explicar a si pr¢prio, voltou a beij -la com
ternura, sem suspeitar que, do lado de fora do quarto, Costa presenciava tudo aquilo.
Quando o m‚dico chegou, Cibele j  se sentia bem melhor, reanimada pelos beijos de Ely. Mesmo
assim, receitou-lhe um calmante. Quando tudo se normalizou, Cibele e Ely ficaram novamente a s¢s.
- Vocˆ que mesmo ficar aqui est  noite? - perguntou ele.
- Vocˆ deixa?
- � muito arriscado para n¢s dois, eu acho que perdi a cabe‡a, Cibele. NÆo sei o que houve comigo.
- Eu gostei, isso basta para mim. NÆo me importa se vocˆ gosta ou nÆo de mim. Beij -lo foi a coisa
mais maravilhosa do mundo, melhor que uma viagem de quarenta horas at‚ o fim da linha.
- Cibele, vocˆ nÆo entende. Eu sou noivo, n¢s nÆo podemos ficar sozinhos aqui.
- Eu vou convidar a Din  para ficar comigo.
- Puxa vida, o que est  acontecendo comigo? - perguntou-se ele, indo sentar-se numa das poltronas
da sala.
Cibele o seguiu, entristecida. NÆo conseguia entender a rea‡Æo do rapaz. Afinal, tudo acontecera de
modo espontƒneo. O modo dele encarar aquilo a fazia sentir-se miser vel.
- Se vocˆ vai ficar assim por minha causa eu vou embora. Acho que terei coragem bastante para
dormir sozinha.
- NÆo, nÆo estou aborrecido com vocˆ. Estou aborrecido comigo mesmo.
- Mas foi por minha causa, nÆo foi?
- Escute uma coisa. Cibele. Eu tenho a minha noiva...
- Olhe, nÆo fale mais nisso. Se vocˆ quiser, eu esque‡o tudo que aconteceu. Sim, isso mesmo.
Vamos fazer de conta de que nada existiu entre n¢s, que n¢s nÆo nos beijamos que n¢s nÆo estamos
apaixonados um pelo outro.
Ely levantou o rosto para ela, olhando-a assustado. Pela primeira vez desde que chegara, pensou
naquela possibilidade. Estava longe de sua noiva, Cibele era tÆo fr gil e tÆo meiga, ele se preocupava com
ela, queria ajud -la a todo custo. Teria se apaixonado por ela?
- De onde vocˆ tirou essa id‚ia, Cibele? - perguntou ele.
- Que id‚ia?
- Isso de estarmos apaixonados.
- Ora, qualquer bobo percebe isso. NÆo ‚ uma coisa maluca?
- Puxa vida, o que eu fa‡o agora! - exclamou ele, reclinando-se na poltrona. - Vocˆ me deixou
confuso, garota. Muito confuso mesmo. J  nÆo sei onde estÆo meus p‚s nem minha cabe‡a.
Cibele sentou-se em outra poltrona, diante dele. Ficaram se olhando e pensando, ambos tentando se
descobrir. Cibele sorria levemente, enquanto que Ely tinha os l bios franzidos de preocupa‡Æo.
- Vocˆ j  jantou? - quis saber.
- NÆo, ainda nÆo. Eu estavam jantando quando o trem passou.
- EntÆo vamos jantar. A comida j  deve ter esfriado at‚. vocˆ fechou sua casa quando saiu de l ?
- Acho que nÆo, nÆo me lembro direito.
- Depois iremos l , entÆo. Vocˆ pega suas roupas e avisa sua amiga.
- Vocˆ me ajuda a fazer as tarefas hoje … noite?
- Mais conjuga‡Æo de verbos?
- Sim. Hoje ‚ o verbo querer, mas nÆo gosto muito dele.
- E por que nÆo?
- Porque amar ‚ mais bonito.
- H  diferen‡a entre os dois?
- Claro que h . Vocˆ nÆo consegue perceber?
- NÆo, nÆo vejo como.
- Querer ‚ simplesmente gostar e desejar. Amar significa tudo. Amar, querer, desejar, sentir, viver,
nascer, uma por‡Æo de coisas.
- Naquele dia, quando vocˆ me perguntou se eu gostava de minha noiva, o que eu lhe respondi?
- Respondeu que gostava.
- EntÆo vocˆ disse que era mentira. Por quˆ?
- Porque vocˆ s¢ gostava e nÆo amava, entendeu? Se eu amasse algu‚m realmente e algu‚m me
perguntasse, eu diria simplesmente que amava. Vocˆ usou uma por‡Æo de palavras, quando podia usar uma
s¢.
- NÆo entendi nada, mas nÆo tem importƒncia. Vamos jantar. J  tomou banho hoje?
- Hoje, j . Pensa que eu sou uma porquinha, ‚?


***


- Rapaz, ‚ uma pena que n¢s j  tenhamos mandado aquela carta - disse Costa, atirando seu bon‚
sobre a mesa do dito.
- Vamos, conte-me o que viu l .
- Os dois estavam se beijando, abra‡ados, l  no quarto.
- NÆo diga?!
- Pois eu juro. Vi com esse olhos aqui. Os dois bem abra‡adinhos, trocando beijos. Tudo muito
romƒntico, dava gosto de ver.
- Isso ‚ muito bom. Quando a noiva dele souber disso tamb‚m... S¢ espero que ela seja daquela tipo
bem ciumenta e explosiva. Quanto mais barulho ela amar, melhor para n¢s.
- Al‚m disso, precisamos pensar em alguma coisa mais. Se no processo administrativo constar que
ele, por um motivo ou outro, tenha sido negligente ou irrespons vel, melhor para n¢s. Al‚m disso, temos que
fazer uma coisa bem feita, onde n¢s dois sejamos mencionados como elementos respons veis e capazes. Tem
id‚ia de alguma coisa assim?
- Como vocˆ falou, ‚ muito complicado. No caso da negligencia seria f cil, se envolvˆssemos a
garota de algum modo. Quando … irresponsabilidade, j  ‚ mais dif¡cil agora ‚ descobrir como juntar isso tudo
num plano bem bolado.
- Eu tamb‚m nÆo tenho a menor id‚ia de como fazer isso.
- Mas vamos l , puxe pela mem¢ria use sua imagina‡Æo. Temos que descobrir alguma coisa.
- Bem, s¢ se a gente usasse... NÆo isso nÆo daria certo.
- Vamos situar o problema. Irresponsabilidade e negligˆncia, o que o indiv¡duo tem que fazer para
receber essas acusa‡äes?
- No caso dele h  uma por‡Æo de coisas. Deixar de atender um chefe de trem, por exemplo, sem
haver antes nomeado um substituto. Todo mundo ficaria aguardando por ele, o trem se atrasaria parado aqui
na esta‡Æo. Isso resultaria num processo administrativo autom tico.
- Grande id‚ia mesmo. A gente poderia aproveitar a passagem do ST-97, de madrugada. Ele faz
manobras e o chefe da esta‡Æo tem que estar presente dirigir tudo. A entremos n¢s. Ele nÆo estar  aqui e n¢s
faremos isso. O chefe do trem far  constar nossos nomes no seu relat¢rio e tudo estar  feito.
- Parece muito simples. Mas como impedir que ele venha aqui? Todo chefe de esta‡Æo tem em casa
um despertador maior que qualquer sino de igreja. � dif¡cil nÆo acordar.
- Diabos, isso mesmo. E se a gente quebrasse o despertador?
- Que id‚ia mais idiota, isso nÆo daria certo. NÆo tem nem cabimento pensar nisso.
- Desculpe-me, eu estava s¢ brincando. O que a gente faz para um indiv¡duo dormir bastante? O
bastante para nÆo acordar com o barulho de um despertador?
- S¢ se a gente desse para ele uma dose cavalar de calmante para dormir. A¡ nem o apito de vinte
trens o faria acordar a tempo de estar presente no momento exato.
- Um, sei, sei. Hoje … noite, o m‚dico receitou um vidro de calmante para a garota. Se houvesse um
modo de fazer o Ely tomar aquilo, tudo estaria resolvido. O ST- 97 passa nesta madrugada, nÆo dar  tempo
para fazermos nada. Teremos que esperar uma outra oportunidade.
- Sim, mas o problema, continua. como dar o calmante para ele?
- Bom, ele ainda nÆo comprou o calmante para a garota, mas tenho certeza que vai fazer isso ainda
hoje. Se houvesse um modo de pegar aquela receita, ir buscar o rem‚dio e depois nÆo entregar a ele e sim …
empregada. Ou entÆo comprar dois vidros. Entregar um a ele e outra … empregada. Com uma boa est¢ria
poder¡amos convencˆ-la a colocar uma dose bem refor‡ada no jantar dele. Que acha disso?
- Caramba! Ao inv‚s de resolver, vocˆ traz mais problemas? Como vamos apanhar aquela receita?
- Isso nÆo vai ser dif¡cil.
- Mas espere um pouco. Ele nÆo vai ligar uma coisa … outra?
- NÆo, de modo algum. Ele vai dormir demais, depois poder  pensar que esqueceu o rel¢gio para
despertar, dar corda, qualquer coisa assim. Ele nunca pensar  em perguntar … empregada se ela p¢s alguma
coisa na comida dele que o fizesse dormir daquele jeito.
- E se ela contar?
- Contar como? Ela nem tomar  conhecimento do problema. Quando der por f‚ seu querido patrÆo j 
estar  no olho da rua.
- Tem razÆo. Tem toda razÆo. � um bom plano, nÆo pode sair errado.
- E nÆo sa¡ra. Logo um de n¢s ser  o novo chefe da esta‡Æo, amigo.
Costa deu alguns passos pela sala. Depois foi sentar-se na escrivaninha de Ely. Tinha certeza de que
ele seria escolhido para ser o novo chefe. Dito nÆo tinha qualidades de lideran‡a; nem era inteligente o
bastante para aquele cargo. Era um bom sujeito, mas nunca poderia ser chefe de nada.
Martelava-lhe a cabe‡a a maneira como poderia conseguir a receita com Ely. Pensou por algum
tempo. Depois, resoluto, levantou-se e avisou Dito:
- Vou conseguir aquela receita agora.
Quando Costa chegou na casa de Ely, o rapaz estava terminando de jantar, Cibele, j  mais calma,
estava com ele.
- Ely, vou ter que ir at‚ a farm cia comprar uns rem‚dios para a minha mulher. Se vocˆ quiser, eu
aproveito e trago os rem‚dios que o doutor passou para a Cibele. Quer que eu fa‡a isso?
- Oh, Costa! Eu j  estava me esquecendo disso.
- Eu nÆo preciso de rem‚dios. J  estou bem - interrompeu-os Cibele.
- Nada disso, mocinha. Se o medico receitou, vocˆ tem que tomar - repreendeu-a Ely, retirando a
receita do bolso e entregando-a ao outro. - Vocˆ paga l  para mim e depois eu acerto com vocˆ, est  bem,
assim?
- NÆo tem problema, Ely - respondeu Costa, sorrindo satisfeito.
Assim que ele saiu, Cibele comentou com Ely.
- NÆo sabia que a mulher dele estava doente. S¢ se for da l¡ngua, porque ‚ a maior linguaruda da
cidade inteira.
- Deixe de ser intrigante e termine logo seu jantar.
- J  terminei.
- EntÆo vamos buscar suas roupas e fechar sua casa. AmanhÆ mesmo vocˆ providencia sua mudan‡a
para c . H  um quartinho ali no fundo da casa, vocˆ poder  mandar colocar tudo l  dentro, at‚ arrumar uma
casa para vocˆ.
- Mas tem um problema. Como vou pagar os carregadores?
- NÆo se preocupe com isso. Eu lhe empresto algum dinheiro. No final da semana sai o pagamento,
vocˆ vai receber o dinheiro de seu pai. Al‚m do sal rio mensal, vir  uma por‡Æo de acr‚scimos e, talvez, at‚
o dinheiro do seguro. Depois vocˆ me paga.
- E tem outra coisa. Se vou ficar aqui com vocˆ, vamos combinar uma pensÆo.
- Que pensÆo?
- Ora, quer dizer que vou comer e dormir aqui sem pagar nada?
- Vai, por quˆ? alguma obje‡Æo?
- Muito bonito! NÆo precisa ficar com d¢ de mim s¢ porque sou ¢rfÆ de pai e mÆe, agora.
- Deixe de ser boba, Cibele. Por que eu lhe cobraria isso? Fica por conta das li‡äes que vocˆ vai me
dar.
- Que li‡äes?
- Li‡äes de como andar sobre os trilhos sem se desequilibrar. Afinal de contas um chefe de esta‡Æo
que se preze tem que saber fazer isso muito bem, nÆo ‚?
- Que coisa maluca! Nunca soube de um chefe de esta‡Æo que caminhasse sobre os trilhos.
- Agora j  se sabe de um: eu. E entÆo, concorda?
- � a coisa mais maluca que j  ouvi, mas concordo.
- àtimo. Assim fica tudo resolvido por enquanto.
- S¢ falta uma coisa?
- O quˆ?
- Sua noiva - respondeu ela, olhando-o com jeitinho malicioso e um brilho interessante nos seus
olhos de adolescente.
- Deixe que eu me preocupe com isso.
- Claro, nem pensei em lhe dar sugestäes.



CAPÖTULO 7



Naquela noite ainda ap¢s auxiliar Cibele com as tarefas, Ely foi para seu quarto. Estava muito
preocupado com tudo que estava acontecendo, algo que ele mesmo nÆo conseguia entender. Pensou na noiva
enquanto fumava nervosamente, caminhando pelo quarto. Ela era, naquele momento, apenas uma grata
lembran‡a fr gil e desprotegida de Cibele. Tentava analisar-se, mas as palavras da garota martelavam seu
c‚rebro. Estaria ele realmente apaixonado por ela ou era somente uma preocupa‡Æo passageira, resultado da
responsabilidade que tinha para com as fam¡lias de seus chefiados? NÆo conseguia uma resposta.
Foi at‚ a janela. O luar batia de chapa sobre a superf¡cie polida dos trilhos que se estendiam a perder-
se de vista. Levavam a tantos lugares aqueles trilhos, pensava ele, a voz de Cibele, no quarto vizinho,
conversando com a amiga, o trazia de volta seus problemas.
NÆo estava com sono por isso resolveu sair. No portÆo, encontrou-se com Costa que chegava com o
rem‚dio.
- Olhe aqui, Ely. O rem‚dio que o doutor receitou para a Cibele.
- Ah, ¢timo. Muito obrigado. Costa!
- De nada, Ely. quer mais alguma coisa?
- Se vocˆ nÆo est  com pressa, gostaria de conversar um pouco com vocˆ.
- Ora, como nÆo?
- Estou muito preocupado com a situa‡Æo de Cibele. Preciso pensar logo numa solu‡Æo, ela nÆo vai
poder ficar aqui por muito tempo.
- � como eu j  disse, vai ser dif¡cil.
- Se ao menos tivesse um parente...
- O Jorge nunca mencionou parente algum. Acho que era s¢ ele e a filha, mesmo.
- E a esposa dele?
- Essa morreu j  faz tempo. Foi pouco depois que eles mudaram para c .
- Vocˆ trabalha aqui h  muito tempo, nÆo?
- Muito tempo sim.
- Bom nÆo vou tomar mais do seu tempo. Vocˆ tinha ido buscar rem‚dio para sua esposa, nÆo?
- �, de vez em quando ela sofre de uma dor-de-cabe‡a, mas passa logo com uns comprimidos.
- Eu vou entrar e dar o rem‚dio para a Cibele. Boa-noite, Costa. E obrigado!
- Boa-noite! - despediu-se o outro, satisfeito por ter notado que Ely parecia muito preocupado com
Cibele.
Ely entrou dirigindo-se at‚ o quarto de Cibele. Bateu de leve na porta.
- Cibele, tome aqui seu rem‚dio.
Ela abriu a porta, olhando para ele. Era algo que ela nÆo podia negar a si pr¢pria nem a ningu‚m.
Estava amando. Pela primeira vez em sua vida estava amando e aquilo era maravilhoso para ela. Poder estar
ali, perto, sob o mesmo teto, a enchia de felicidade.
- Obrigado! - disse ela, ro‡ando seus dedos na mÆo do rapaz ao apanhar o frasco. - como devo
tomar isso aqui?
- O doutor disse um comprimido antes de deitar-se.
- At‚ quando?
- At‚ vocˆ se sentir melhor. Agora, boa-noite! Tenho que acordar de madrugada por causa do St-97.
- Se vocˆ quiser, eu o acordo.
- NÆo precisa, eu vou colocar o rel¢gio para despertar na hora.
- Eu acordo de qualquer jeito mesmo. Ali s, sempre acordo antes do rel¢gio despertar.
- Por que vocˆ acorda?
- Porque meu pai era guarda-chave. Venho fazendo isso h  mais de dez anos, todos os dias. J  me
habituei.
- Curioso isso. Acho que me habituarei tamb‚m?
- Tenho certeza que sim.
- Boa-noite, entÆo - repetiu ele, sem coragem de se afastar da porta.
- Boa-noite! - respondeu ela, olhando-o feliz.
- Eu queria lhe pedir uma coisa, mas... NÆo, deixe para l . NÆo tem importƒncia.
- NÆo, pode pedir.
- � que... Mas eu nÆo quero lhe dar nenhuma amola‡Æo.
- Por favor, eu insisto.
- Se vocˆ acordar mesmo de madrugada, se quiser pode fazer um caf‚ para quando eu voltar?
- Claro que sim - concordou ela, abrindo os l bios num longo sorriso.
- Boa-noite! - disse ele mais uma vez retirando-se bruscamente e afastando-se para seu quarto.
Cibele fechou a porta devagarinho, depois correu e se atirou na cama, abra‡ando-se ao travesseiro.
Virou-se e ficou olhando para o teto, romƒntica e sonhadora, embalando em seus bra‡os o travesseiro.
- O que h  com vocˆ, Cibele? Ficou maluca? - sussurrou-lhe Din .
- NÆo estou apaixonada.
- Apaixonada? Que coisa mais maluca, menina.
- � verdade. Estou apaixonada pelo Ely.
- NÆo!
- Sim , tenho certeza disso.
- E ele?
- NÆo tenho certeza ainda, mas acho que ele gosta de mim tamb‚m. NÆo quis afirmar nada, mas a
gente percebe, nÆo ‚?
- Vocˆs j  conversaram sobre isso? - indagou Din , curiosa, sentando-se ao lado da amiga.
- Sabe o que aconteceu hoje? Ele me beijou.
- Jura?
- Juro.
- Conte-me como foi.
- Tudo come‡ou de um susto meu... - continuou Cibele, sussurrando para nÆo ser ouvida, no outro
quarto, pelo rapaz.


***


Na manhÆ seguinte, Ely dirigiu-se para o trabalho, muito satisfeito. Sentia-se feliz, pois, na
madrugada, ao voltar para casa ap¢s a partida do trem. Cibele o esperava com um lanche bem preparado: caf‚
e torradas. O rapaz sentiu, com aquilo, uma sensa‡Æo agrad vel de voltar para casa e encontrar algu‚m a sua
espera, com um pouco de aten‡Æo para uma conversa inteligente.
Preocupava-se, por‚m, o fato de que estava fazendo algo injusto para com sua noiva. Por isso, ap¢s a
conversa daquela madrugada com Cibele, decidira escrever uma carta … noiva e contar-lhe o ocorrido. Ele
sabia que nÆo podia mais fugir … verdade de que amava Cibele, sua fragilidade, seus cabelos longos e seus
olhos negros. Amava toda aquela ternura que vinha dela e o envolvia todas as vezes em que se encontravam.
Ap¢s sua sa¡da de casa, naquela manhÆ, Ely nÆo percebeu Costa, … distancia, aguardando que ele se
afastasse. Este esperou que Cibele e Din  fossem para o col‚gio, antes de dirigir-se at‚ a casa para falar com
a empregada.
- Maria, quero lhe pedir um favor muito grande que o m‚dico me pediu para fazer. Olhe aqui este
rem‚dio, ‚ um calmante que o doutor receitou para a Cibele. Ela nÆo quer tomar, mas precisa. Vocˆ viu o que
aconteceu com ela ontem … noite, nÆo viu?
- Vi, sim, Seu Costa. Que coisa mais impressionante, quase morri de medo.
- Pois ‚, para que aquilo nÆo aconte‡a mais ‚ preciso colocar esse rem‚dio na comida dela.
- Mas de que jeito eu vou fazer isso?
- Pode colocar at‚ na comida, quando vocˆ fizer. coloque sobre o arroz, quando for servir a mesa,
nÆo tem perigo nenhum. Vocˆ pega uns quatro comprimidos desses e quebra num copo fazendo um p¢s bem
fininho. Depois ‚ s¢ esparramar sobre a comida.
- Mas o seu Ely tamb‚m vai comer a comida. O rem‚dio nÆo fazer mal para ele?
- De jeito nenhum, vai at‚ ser bom. Ele tem andando muito preocupado com o que aconteceu com os
pais de Cibele. NÆo tem dormido direito tamb‚m. Isso aqui vai deix -lo bem calmo.
- Quantas vezes tenho que fazer isso?
- S¢ amanhÆ … noite, na hora do jantar, entendeu bem?
- Sim, entendi direitinho, pode deixar comigo.
- Olhe l , nÆo se esque‡a de modo nenhum. Ela precisa tomar esse rem‚dio senÆo pode ter outro
ataque como o de ontem … noite. E nÆo conte nada para ningu‚m sobre isso. Se a Cibele souber disso ‚ capaz
de mandar o Ely despedir vocˆ.
- Deus me livre. Seu Costa! Eu preciso deste emprego, tenho que sustentar...
- Est  bem, nÆo precisa nem dizer. Eu sei como ‚ a situa‡Æo. Posso confiar em vocˆ, entÆo?
- Pode sim.
- àtimo - despediu-se Costa caminhando satisfeito para a esta‡Æo.
Assim que chegou procurou seu amigo e contou-lhe tudo.
- Costa, vocˆ ‚ o diabo em forma de gente. Se isso der certo nÆo precisaremos nem da noiva dele
para ajudar.
- Em todo caso, quanto mais coisas pudermos jogar sobre ele, melhor. Al‚m disso, podemos dar um
jeito de envolvˆ-lo num caso com a Cibele. Os beijos que estes trocaram ontem … noite nÆo vÆo ficar s¢
naquilo. Eu vi, mas ‚ preciso que mais gente veja os dois daquele jeito. Eu preciso ter uma conversa com a
Din , ela tem dormido l  em companhia de Cibele. Talvez ela saiba de alguma coisa que possa nos ajudar,
nÆo ‚?
- Sim, tamb‚m ‚ outra boa id‚ia. Com tudo isso ele vai ser expulso da companhia, para nossa
felicidade.
· noite, durante o jantar, Cibele e Ely trocavam olhares apaixonados, sorrisos cheios de romantismo e
promessas.
- Din  nÆo veio hoje? - indagou o rapaz.
- Ela vir  mais tarde. Tinha que ajudar sua mÆe numas costuras.
- Bom, assim a gente poder  conversar um pouco mais, nÆo? Tenho tantas coisas para lhe dizer.
- S¢ tem uma coisa que gostaria que vocˆ me explicasse. Como vai fazer com sua noiva?
- Eu lhe escrevi uma carta hoje. Contando-lhe tudo que est  acontecendo aqui, como me sinto em
rela‡Æo a vocˆ...
- E como vocˆ se sente com rela‡Æo a mim?
- Acho que a amo, Cibele.
- Puxa, eu fico tÆo feliz - sorriu ela em resposta, estendendo sua mÆo para segurar firme a do rapaz.
Ap¢s o jantar. Cibele prop"s algumas li‡äes de como equilibrar-se sobre os trilhos, mas nÆo durou
muito isso. Logo ambos estavam sonolentos pelo efeito dos comprimidos que a empregada havia posto na
comida. Din  ainda nÆo havia chegado, mas os dois resolveram ir dormir. · porta do quarto da garota, Ely
despediu-se beijando-a de leve na testa.
Em seu quarto, o rapaz nem conseguia mudar de roupa para dormir. Acabou adormecendo como
estava, pesadamente. O mesmo aconteceu com Cibele, de modo que ambos nÆo ouviram quando Din 
insistentemente chamou por eles. A empregada j  havia ido embora e, como nÆo obtivesse resposta. Din 
resolveu voltar para casa.
De madrugada, pouco antes da passagem do ST-97. Cibele acordou. NÆo conseguia, por‚m, manter os
olhos abertos nem coordenar seus pensamentos. A sonolˆncia ainda era muito forte, mas ela p"de ouvir
quando o despertador no quarto de Ely fez soar suas campainhas, sem que o rapaz acordasse. Toda corda do
despertador foi gasta. Cibele nÆo ouviu nenhum ru¡do no quarto dele. Come‡ou a ficar preocupada.
Ao longe, o ru¡do da aproxima‡Æo do ST-97 j  podia ser ouvido. levaria ainda uns dez minutos para
chegar a esta‡Æo, por isso ela resolveu esperar mais um pouco. Os minutos iam se escoando, o ru¡do do trem
aumentava, mas Ely nÆo acordava. Sonolenta, Cibele levantou-se, vestiu seu roupÆo e saiu cambaleando,
indo bater … porta do quarto do rapaz. NÆo obtendo resposta, experimentou o trinco. A porta estava
destrancada. Ela acendeu a luz e entrou. Agarrou Ely pelos ombros e chamou-o bem alto. O rapaz abriu os
olhos assustado:
- O que houve, Cibele? O que est  fazendo aqui?
- O ST-97 j  vem vindo. Vocˆ s¢ tem mais uns cinco minutos, at‚ que ele chegue na esta‡Æo.
- Mas o que aconteceu? O rel¢gio nÆo despertou?
- Despertou toda a corda que tinha, mas vocˆ nÆo acordou. Agora levante-se imediatamente e corra
para … esta‡Æo. Vou fazer um caf‚ para quando vocˆ voltar.
- Tem certeza que j  ‚ hora do trem passar?
- Ou‡a-o se aproximando.
Abrindo e fechando os olhos, com for‡a, Ely sentou-se na cama e prestou aten‡Æo. O trem se
aproximava realmente. Apanhou seu bon‚ e saiu em disparada, rumando para a esta‡Æo.
Naquele momento na esta‡Æo, Costa estava sentado na escrivaninha de Ely, esperando triunfante a
chegada do trem. Nesse momento, Dito entrou esbaforido.
- Vocˆ nÆo falou que ele ia dormir at‚ amanhÆ cedo, Costa?
- De quem vocˆ est  falando?
- Do Ely, ‚ claro. Quem poderia ser?
- Mas eu falei com a empregada, depois que ela saiu de l  ontem … noite. Ela j  tinha posto o
rem‚dio na comida e eles haviam comido.
- EntÆo como se explica isso? O Ely vem vindo a¡.
- Mas nÆo ‚ poss¡vel! Como ‚ que ele acordou?
- Quantos comprimidos ela p"s?
- P"s quatro, o bastante para fazˆ-lo dormir at‚ tarde amanhÆ.
- EntÆo ele nÆo jantou...
- Diabos, s¢ faltava essa - disse Costa visivelmente contrariado, levantando-se, no momento em
que Ely chegava.
- N¢s pensamos que vocˆ nÆo fosse aparecer hoje. Ely - disse-lhe Dito.
- Se nÆo fosse por Cibele eu nÆo teria vindo mesmo. O rel¢gio despertou e eu nem ouvi. Dormia
como pedra. Vamos ver agora os despachos para o ST-97? NÆo queremos que o trem atrase em nossa
esta‡Æo, nÆo ‚ mesmo?
- Sim, nÆo queremos - concordou Dito, olhando Costa com um sorriso de goza‡Æo.
Ap¢s a partida do trem, Ely voltou para casa. Sentia-se ainda um pouco sonolento e nÆo conseguia
explicar-se porque havia dormido daquele modo. Sentia-se feliz porque ia ao encontro de Cibele que devia
estar aguardando a sua chegada com o caf‚ quente. Era uma sensa‡Æo gratificaste aquela.
Ao chegar, por‚m, chamou pela garota e nÆo obteve resposta. Dirigiu-se … cozinha, notou que, sobre o
fogÆo, uma vasilha com  gua para caf‚ estava fervendo, enquanto Cibele dormia, debru‡ada sobre a mesa.
Sem fazer muito ru¡do. Ely terminou ele mesmo de fazer o caf‚, servindo duas x¡caras. Depois gentilmente,
tocou o ombro da jovem, fazendo-a acordar:
- Oh, desculpe-me, o caf‚! - exclamou ela, levantando-se precipitadamente.
- NÆo precisa se preocupar. Eu j  o fiz, est  aqui na mesa. Acho que n¢s dois precisamos dele. NÆo
sei o que houve comigo para dormir desse jeito.
- Comigo tamb‚m nunca aconteceu isso - disse a jovem. - S¢ se foi efeito daquele comprimido
que tomei.
- Que comprimido?
- Aquele que o m‚dico me receitou.
- Ah, sei. Mas nÆo posso entender o meu caso. Acho que eu estava mais cansado do que podia
imaginar.
- Imagino. Esses £ltimos dias foram realmente muito movimentados para n¢s dois.
- Talvez seja isso. Agora experimente o caf‚. NÆo sei se vai gostar ou nÆo dele.
- Est  delicioso. Onde est  o ant¡doto agora? - indagou ela, brincando.
- Est  tÆo ruim assim? - retrucou ele, olhando-a desconsolado.



CAPÖTULO 8



- Agora s¢ podemos contar com a ajuda da noiva dele para solucionar nosso problema, Costa. A
id‚ia de fazˆ-lo perder o trem foi muito boa, mas nÆo poder  ser feita enquanto a filha do Jorge estiver
morando com o Ely.
- mas eu nÆo consigo entender. A garota tamb‚m tomou o rem‚dio. E veja bem que ela ainda deve
ter tomado o comprimido que o m‚dico receitou.
- Vocˆ se esquece. Ali s, n¢s nos esquecemos de que ela ‚ filha do ferrovi rio. Est  habituada com
os hor rios de trem e automaticamente acorda. Com minha mulher acontece isso e com a sua tamb‚m.
Estavam ambos no portÆo da casa do Costa, conversando. O trem j  havia passado e s¢ reinava a
escuridÆo por ali, amainada um pouco pelo luar. Podia-se notar no semblante daqueles homens a decep‡Æo,
mas ao mesmo tempo, a firme decisÆo de nÆo desistir do plano inicial.
- Pelo menos poderemos ainda incrimin -lo por se envolver com a mo‡a. EstÆo ambos dormindo sob
o mesmo teto, podemos acus -lo de aproveitador, coisa assim.
- Mas a mo‡a j  ‚ maior de dezoito, sozinha, ningu‚m tem nada com isso.
- Mas vocˆ se esquece de que ele ‚ novo? Isso aqui significa muito, vocˆ sabe que em mat‚ria de
moral o povo daqui ‚ muito r¡gido. Quando todos ficarem sabendo disso, ainda mais se a gente se encarregar
de aumentar um pouco as coisas, deturpar os fatos, vÆo exigir a cabe‡a dele. A noiva, sabendo disso, ficar 
uma fera.
- Vocˆ acha que ela vir  aqui?
- A noiva? Claro que sim. Toda mulher ‚ ciumenta.
- Ela j  deve ter recebido a carta. O malote chega l  no mesmo dia.
- Se duvidar muito, hoje mesmo ‚ capaz dela chegar aqui.
- Quanto ao fato dele estar se aproveitando da Cibele, para que haja qualquer coisa ‚ preciso que
haja uma acusa‡Æo. Nem eu nem vocˆ poder¡amos fazer nada disso abertamente, sem comprometer nossa
posi‡Æo.
- N¢s nÆo precisamos fazer isso. O povo se encarregar  disso. Al‚m disso mais precisamos ainda
ouvir o que a Din  tem a dizer sobre o que viu l  na casa dele.
- Vocˆ vai perguntar?
- Pode deixar comigo. Eu sei como lidar com isso.
Como havia prometido, Costa realmente se disp"s a fazer umas perguntas a Din . Na certa era ela
deveria ter muita coisa a contar, porque era muito amiga de Cibele. As mulheres geralmente trocam segredos
entre si. Com um pouco de tato seria f cil arrancar essas informa‡äes de Din .
Assim, ap¢s as aulas, esperou a passagem de Din  em dire‡Æo de sua casa.
- Din , fa‡a-me um favor. Preciso falar um pouco com vocˆ.
- Pois nÆo, Seu costa: O que h ? - indagou a garota, aproximando-se.
- Eu nÆo fiquei sabendo da Cibele, sabe se ela melhorou?
- Ah, aquilo foi passageiro. S¢ um susto, ela j  est  melhor.
- Fico muito aliviado com isso. Todos n¢s gostamos muito dele, ‚ uma pensa que tenha acontecido
aquela trag‚dia com o pai dela, nÆo?
- Sim, fiquei com muita pena dela, coitadinha. Sozinha no mundo. Ainda bem que o Ely ‚ muito
bom, est  dando toda ajuda necess ria.
- Sabe de uma coisa, Din ? C  entre n¢s, pelo amor de Deus, nÆo v  contar a ningu‚m, mas eu acho
que o Ely est  gostando da Cibele. A gente nota isso. L  na esta‡Æo ele fala muito dela, vive preocupado com
ela. apesar dele ser noivo, isso nÆo quer dizer nada, ele pode desmanchar o noivado, nÆo ‚ mesmo?
- Mas nÆo s¢ o Ely que est  gostando dela. Ela tamb‚m gosta do Ely - respondeu a jovem,
ingenuamente, sem perceber quais as reais inten‡äes de Costa.
- Verdade! Acho isso muito bonito, eles sÆo jovens, tem a vida toda pela frente, nÆo ‚ mesmo? Mas
por que vocˆ diz que ela gosta dele? Ela lhe disse isso?
- Sim, foi ela mesma que disse isso. Eles at‚ j  se beijaram.
- Verdade? EntÆo ‚ amor mesmo. Fico muito contente com isso. A coitadinha da Cibele estava
precisando mesmo que alguma coisa boa acontecesse com ela. Mas eu s¢ fico preocupado com uma coisa: os
dois morando na mesma casa, isso vai acabar na boca do povo.
- Mas ele ‚ muito honesto e respeitador. Imagine o senhor que ontem … noite eu nÆo fiz companhia
para a Cibele. Hoje cedo ela me contou gentil e que eles ficaram um bom tempo, de madrugada,
conversando.
- Verdade? Quer dizer que eles estavam sozinhos l  na casa?
- Sim. O Ely ‚ um rapaz muito bom mesmo, nÆo ‚? Hoje em dia ‚ dif¡cil achar algu‚m assim. Fosse
um outro qualquer e j  estaria querendo se aproveitar da situa‡Æo, nÆo ‚ mesmo.
- Sim, isso mesmo. � um absurdo o mundo de hoje em dia.
- Mais alguma coisa. Seu Costa? Tenho que ir logo para casa ajudar minha mÆe.
- NÆo, nada, pode ir. Eu s¢ queria mesmo saber como ia a Cibele. Obrigado!
Costa afastou-se muito satisfeito. Se aquilo fosse parar nos ouvidos de sua mulher, logo toda a cidade
estaria sabendo disso. Precisava, por‚m fazer com que ela tomasse conhecimento do fato sem que ele
for‡asse uma situa‡Æo. Como era hora do almo‡o, foi para casa. Assim que como quem nÆo quer nada, foi
dizendo … esposa.
- Aquele rapaz, o Ely, ‚ mesmo muito bom. Nunca vi ningu‚m assim antes.
- U‚! Virou a casaca? Ainda ontem vocˆ estava falando cobras e lagartos dele. O que houve para
vocˆ ficar assim.
- Fiquei sabendo de uma coisa que me deixou de boca aberta. � realmente um rapaz de princ¡pios,
honesto, integro, coisa rara no mundo de hoje.
A mulher o olhou desconfiada, mas curiosa, ao mesmo tempo, porque farejava ali uma boa fofoca.
- Mas me conta entÆo o que houve - pediu ela.
- Imagina vocˆ que ontem … noite a Din  nÆo p"de fazer companhia … Cibele e entÆo ela ficou a noite
toda sozinha com o Ely e ele nÆo saiu da linha. NÆo ‚ para se elogiar um homem desses?
- Passou a noite com a mo‡a, sozinhos, os dois na casa?
- Sim, fiquei sabendo disso.
- E Ely foi muito bom para ela? Pois fique sabendo que eu nÆo acredito nessa bondade, Costa. Nesse
mato tem coelho, nÆo existe um homem assim. Ele ‚ mo‡o, est  longe da noiva e a Cibele j  est  uma
mocinha, tem corpo de mulher.
- Oh, mulher! como vocˆ pode pensar uma coisa dessas dos dois?
- Eu tenho experiˆncias. Costa sei como sÆo essas coisas - disse ela, desconversando e indo para a
cozinha servir a mesa.
Costa aguardou alguns minutos, porque sabia que era questÆo de tempo. Nem bem ele se sentou …
mesa para almo‡ar e a mulher desapareceu de casa. Ele se levantou e foi olhar sorrateiramente pela janela. L 
estava ela conferenciando com a vizinha. Mais algum tempo e a est¢ria j  correria pela cidade toda, cada vez
mais deturpada.
· tarde, Cibele resolveu fazer umas compras, pois pretendia preparar o jantar daquela noite. Estava
devendo aquilo a Ely e pretendia fazer-lhe uma surpresa. Tinha algum dinheiro que o rapaz lhe emprestar  e
era o suficiente para que ela pudesse preparar um jantar bem caprichado. J  havia, inclusive, dispensado a
empregada para aquela noite.
Quando retornava, foi abordada por M rio que, desde que recebera aquela li‡Æo de Ely nÆo mais havia
se aproximado dela. Ambos se viam diariamente na escola, mas nÆo trocavam mais nenhuma palavra.
Quando Cibele o viu, ficou desconcertada, pois ele se plantou ao lado dela muito naturalmente, e olhando-a
descaradamente, indagou-lhe:
- Escute, o que ‚ que ele tem que eu nÆo tenho?
- O que vocˆ est  dizendo?
- Ora, ora, nÆo se finja de inocente. Vocˆ tem uma carinha de anjo, mas nÆo engana mais ningu‚m.
Pensa que a cidade toda j  nÆo est  sabendo do que se passa l  naquela casa?
- M rio, eu nÆo estou entendendo vocˆ. O que vocˆ quer dizer com tudo isso?
- Que santinha ela ‚! vocˆs dois, sozinhos l  na casa, que romƒntico, nÆo? Acontece, mocinha que eu
tamb‚m quero a minha parte, sabia?
- Que parte?
- NÆo se fa‡a de rogada. Se vocˆ e ele podem se divertir todas as noites, porque nÆo deixar um
pouquinho para mim?
- Vocˆ est  me ofendendo.
- E vocˆ merece considera‡Æo, por acaso? Sabe o que vocˆ ‚?
- NÆo se atreva!
- NÆo ser  preciso que eu diga, vocˆ j  entendeu. E entÆo, quando ‚ que n¢s podemos ter nosso
piquenique particular.
- Cretino! - exclamou ela, indignada, esbofeteando-o e disparando para casa.
Seus olhos estavam cheios de l grimas e ela podia ouvir a gargalhada c¡nica de M rio perseguindo-a
pelo caminho todo. Quando chegou em casa, atirou-se no sof , chorando desesperadamente. Sabia que o
povo interpretaria de um modo err"neo, arriscara-se fazendo aquilo, mas o que deseja mesmo era estar perto
de Ely.
Aquele fora o £nico modo que encontrara, mas o pre‡o que estava pagando era alto demais.


***


Naquela mesma tarde, quando o trem de passageiros parou na esta‡Æo, uma jovem muito bem vestida
desceu dele, e na plataforma, olhou para os lados, ansiosa. Era morena e bonita, cabelos curtos e olhos
grandes e inquietos. Ela indagou ao carregador que passava:
- Escute, meu senhor. Onde posso achar o chefe da esta‡Æo?
- O Ely? Ele deve estar ali naquela porta, conversando com o chefe do trem. Se vocˆ quiser falar
com ele e s¢ esperar um pouco que j  ele vai sair.
Realmente, pouco antes da partida do trem. Ely saiu conversando com o chefe do trem, seu velho
amigo. Ao ver a jovem, seus olhos se esbugalharam e ele se aproximou vagarosamente, como se recusasse a
acreditar naquilo que via.
- Silvia, o que vocˆ est  fazendo aqui? - indagou ele, surpreso.
- Isso ‚ pergunta que se fa‡a? Ficamos algum tempo sem nos ver e ‚ isso que tem a me dizer quando
me vˆ?
- Desculpe-me, Silvia, mas ‚ uma surpresa, nÆo esperava vocˆ por aqui.
- Vim vˆ-lo - disse ela, beijando-o de leve na boca.
- Com quem vocˆ veio?
- Vim sozinha. Mas vocˆ nÆo parece muito feliz por me ver.
- NÆo, ‚ que... Bem, vocˆ recebeu minha carta?
- Temos que ficar conversando aqui?
- NÆo, perdoe-me, estou confuso com sua presen‡a. Vamos at‚ minha casa. Deixe que eu leve as
malas.
Enquanto caminhavam, Ely insistiu sobre a carta.
- Vocˆ escreveu para mim?
- Sim, vocˆ nÆo recebeu a carta?
- NÆo, nÆo recebi nada vindo de vocˆ - disse ela, sem mentir.
Havia recebido a carta e resolvera verificar o que estava acontecendo. Gostava muito de Ely, j  se
conheciam h  muito tempo.
- Puxa, ‚ tÆo embara‡oso - disse ele.
- O que ‚ embara‡oso?
- � uma longa est¢ria. Vou lhe contar enquanto caminhamos.
Ely a p"s a par de tudo que estava acontecendo do que fazia por Cibele, deixando de lado o fato de
que ambos estavam apaixonados e que o noivado deveria ser desfeito. Esperava preparar primeiro a garota
antes de dar-lhe aquela noticia.
Ao chegar em casa, encontraram Cibele ainda no sof , enxugando um resto de l grimas do rosto. Nem
Silvia, nem Ely, reparam que ela estivera chorando.
- Silvia, quero que conhe‡a Cibele. � a garota de quem lhe falei. - disse ele … noiva. E depois
dirigiu-se … Cibele, apresentou Silvia como sendo sua noiva.
Cibele estendeu a mÆo num cumprimento cheio de embara‡o e vergonha ao mesmo tempo. Ainda
martelava-lhe na cabe‡a as palavras e a gargalhada c¡nica de M rio.
- Sinto muito o que aconteceu com seu pai. Cibele. Ely j  me contou tudo sobre vocˆ.
- Tudo?
-Sim, Ely ‚ um rapaz muito bom, sei que faz isso porque tem um bom cora‡Æo.
Pelo olhar de Ely, no entanto, Cibele percebeu que ele omitira o que havia entre eles. NÆo entendia
porque ele havia procedido daquela maneira, quando o melhor a fazer seria contar a verdade.
A principio, reinou um clima de tempestade pela casa, logo desfeito, por‚m, pela espiritualidade e
inteligˆncia de Silvia. Esta, no entanto, lutava contra o sofrimento que lhe passava pela alma ao saber que
perderia o noivo. Era muito capaz de reconhecer o que havia entre Ely e Cibele.
O motivo principal de sua visita havia sido a carta an"nima que recebera. Nela era mencionado o
nome de M rio, por isso, naquela tarde ainda, ap¢s Ely haver retornado ao trabalho, ela deu uma desculpa
qualquer a Cibele e saiu … procura do rapaz.
NÆo foi dif¡cil localiz -lo naquela pequena cidade. M rio lhe contou todo o incidente da briga que
tivera com Ely, a seu modo, por‚m. Al‚m disso, acrescentou o boato que circulava pela cidade. Isso
aumentou ainda mais o sofrimento da garota.
Quando voltava para casa, Silvia foi abordada por um desconhecido. Era Costa que percebera sua
chegada, e pretendia envenen -la ainda mais com suas mentiras.
- Desculpe-me, senhorita. NÆo pude deixar de notar sua chegada. Trabalho na esta‡Æo junto com o
Ely e acho que n¢s temos muita coisa em comum.
- Como assim? Mal o conhe‡o... O que temos em comum?
- Uma carta, por exemplo.
- Uma carta? Esta, por exemplo? - indagou ela, retirando de sua bolsa a carta an"nima que
recebera.
- Sim, ‚ essa mesma. Ela nÆo cont‚m ainda tudo que deveria saber. Muita coisa aconteceu depois
disso.
- EntÆo foi o senhor o autor desta carta, nÆo foi?
- Sim, isso mesmo.
- Agora me diga uma coisa: qual seu interesse em tudo isso?
- Meu interesse? Ele se assemelha muito ao seu. A senhorita tem um noivo e deve ter ci£mes dele.
NÆo quer perdˆ-lo, tamb‚m. Eu, de minha parte, tinha um cargo em vista, e tinha ci£mes desse cargo e nÆo
queria perdˆ-lo.
- O cargo que Ely assumiu?
- Sim, isso mesmo.
- E est  tentando o quˆ com esta carta?
- Bom, se Ely for despedido da companhia, ter  que voltar para sua cidade. a¡ entÆo ele ficar  perto
da senhorita e ser  f cil vigi -lo.
- Entendo. E o senhor assume o cargo que ficar  vago com a sa¡da dele, nÆo ‚?
- Isso mesmo. Como vˆ, temos algo em comum.
- Como poder  Ely ser despedido por causa desta carta?
- Muito simples. Bastar  que a senhorita arme um escƒndalo na frente de testemunhas. Al‚m disso, o
comportamento dele tem sido inconveniente com rela‡Æo …quela garota que mora com ele...
- Sim, fiquei sabendo disso tamb‚m.
- Para mim j  ‚ o bastante. Isso incorrer  em um processo administrativo e ele ser  demitido.
- NÆo acha isso um argumento um pouco falho? O que tem a companhia a ver com a vida particular
de seus funcion rios?
- No caso dele ‚ diferente, ‚ um cargo de chefia, responsabilidade. Eu tamb‚m havia pensado nisso.
Ate tentei incrimin -lo por negligencia, mas meu plano nÆo deu resultados.
- NÆo deu? E que plano foi esse?
- Posso contar com a sua discri‡Æo?
- Claro, afinal, n¢s dois temos interesses em jogo, nÆo ‚?
- Sim, sim ‚ verdade - concordou Costa colocando Silvia a par de tudo que havia feito para impedir
que Ely estivesse presente na chegada do ST-97.



CAPÖTULO 9



Naquela noite, … hora do jantar, Silvia depositou a carta an"nima que recebera ao lado de seu prato, o
que despertou a curiosidade do Ely e Cibele.
Silvia demonstrava nervosismo e uma certa preocupa‡Æo. Sabia que nÆo poderia lutar contra Cibele,
pois esta conquistara definitivamente o amor de Ely. Nada que ela fizesse ou tentasse fazer poderia separar os
dois. Al‚m disso, nÆo era esse o interesse dela.
- O que acha disso, Ely? - disse ela finalmente estendendo o envelope para o rapaz.
Este o abriu curioso e, … medida em que lia, seu rosto cobria-se de indigna‡Æo. Ao final da leitura,
passou o papel para que Cibele o lesse tamb‚m.
- E isso nÆo ‚ tudo. Hoje … tarde soube de um boato que corre a cidade de que vocˆs dois... Bem,
acho que vocˆs entendem o que quero dizer.
- Realmente corre um boato pela cidade, Ely. Hoje … tarde o M rio me disse uma por‡Æo de besteiras
por causa disso. Todo mundo pensa que n¢s dois estamos nos portando muito mal.
- Mas ‚ um absurdo. Espero que vocˆ nÆo tenha acreditado nisso, Silvia.
- Que importa isso agora? Diga-me uma coisa, Ely, com toda sinceridade. Vocˆs se amam, nÆo ‚
mesmo?
Ely compreendeu que nÆo adiantaria mais adiar o momento. Estendeu sua mÆo e apertou a de Cibele.
- Sim, Silvia. Eu amo Cibele e ela tamb‚m me ama. Eu nÆo esperava que isso acontecesse, mas
aconteceu, foi al‚m de minhas for‡as. No entanto, posso lhe garantir que nada fiz que pudesse comprometer-
lhe, assim como Cibele. Temos mantido o respeito.
- Nem precisa dizer isso. Eu o conhe‡o bem, Ely, sei que vocˆ ‚ um homem de bem. Cibele tamb‚m
‚ uma boa garota, vocˆs serÆo felizes.
- Vocˆ nÆo fica com ci£mes, nÆo vai ficar brava, armar um escƒndalo.
- Para quˆ? Estragar a felicidade de vocˆs? NÆo, eu nÆo tenho esse direito.
- Quer dizer que concorda com isso.
- Sim, Cibele, e desejo felicidades para vocˆs. NÆo vou armar um escƒndalo porque ‚ isso que
querem que eu fa‡a.
- Como assim? - indagou Ely, intrigado.
- Vocˆ nÆo tem id‚ia de quem possa ter me mandado essa carta, Ely?
- Mas eu nÆo tenho a menor id‚ia, nÆo conhe‡o ningu‚m que possa descer tÆo baixo assim.
- Talvez o M rio tenha feito isso - sugeriu Cibele.
- Mas onde ele conseguiria o endere‡o de Silvia? - atalhou Ely.
- Se continuar com esse racioc¡nio vai chegar ao culpado. Mas isso nÆo ‚ tudo. Vocˆ correu grande
perigo aqui. Ely e nÆo sabe disso. A pessoa que escreveu essa carta me procurou hoje, interessada em causar
mais aborrecimentos para n¢s.
- Quem foi?
- Algu‚m que anteriormente j  havia tentando executar um plano para incrimin -lo, fazendo com
que um rem‚dio de dormir fosse colocado em sua comida. Parece que Cibele frustou todo o plano, como boa
filha de ferrovi rio que ‚.
- EntÆo foi por isso que nÆo acordei de madrugada, com o despertador disparando toda sua corda aos
meus ouvidos. Mas quem
colocou o rem‚dio para dormir? e para quˆ?
- Quem colocou foi sua empregada, mas ela nÆo teve culpa. Foi induzida a isso. A id‚ia toda era
fazˆ-lo dormir, impedindo-o de estar presente no momento da chegada do trem. Isso acarretaria um processo
administrativo onde vocˆ perderia o cargo...
- E quem teria interesse em fazer isso?
- Conhece o Sr. Costa?
- Costa?! Mas nÆo ‚ poss¡vel, eu o conhe‡o bem, ‚ meu amigo, nÆo faria isso.
- Fez, Ely. Ele queria seu cargo, estava muito enciumado porque perdera a chance com a remo‡Æo do
chefe anterior. Sua chegada o deixou bastante aborrecido porque ele esperava ser o substituto.
- Est  disposta a declarar isso perante testemunha, Silvia?
- Quando vocˆ quiser.
- Fico-lhe muito grato por isso. Silvia. Vocˆ demonstrou ter um car ter acima de todas as baixezas
do mundo. NÆo concorda Cibele.
- Sim, concordo. Ele ‚ uma coisa maluca, mesmo.
Mais tarde, perante testemunhas. Silvia preencheu um documento contando tudo que sabia sobre os
planos de Costa para afastar Ely da chefia da esta‡Æo. De posse do documento. Ely convocou uma reuniÆo
imediata com todos os ferrovi rios, naquela mesma noite. Todos estavam presentes quando o rapaz chegou.
- Qual ‚ o problema. Ely? - perguntou Costa, sem suspeitar de que toda trama que urdira estava
para desabar sobre sua pr¢pria cabe‡a.
- Pessoal, ‚ um assunto muito delicado. Vamos ser obrigados a instaurar um processo administrativo
aqui.
- Processo administrativo! - exclamaram todos, pois sabiam que aquilo implicava em alguma falta
muito s‚ria cometida por algu‚m.
- Mas qual o motivo de um processo administrativo - indagou Costa, sentindo qualquer coisa no ar.
- Uma denuncia que recebi e que est  contida neste papel aqui em minhas mÆos. Como e do
interesse de todos, vou passar … leitura dele.
Assim, com voz pausada e firme foi efetuando a leitura da declara‡Æo de Silvia contando tudo que
sabia. · medida em que ouvia, Costa sentia o mundo desaparecer sob seus p‚s. Os companheiros de longos
anos de trabalho o olhavam com rancor, condenando-o ao desprezo total. Sentindo-se perdido, achou que nÆo
deveria sofrer todas as penalidades sozinho, j  que Dito tamb‚m sabia da trama.
- NÆo precisa continuar, eu confesso tudo que esta a¡. Nunca me conformei mesmo com sua vinda
para c . mandaram um moleque para fazer o servi‡o de um homem. Eu esperava que vocˆ se atrapalhasse
todo, mas isso nÆo aconteceu. Por isso resolvi fazer tudo isso para afast -lo daqui. Mas nÆo fiz tudo sozinho.
Tenho um companheiro, ‚ o Dito.
- Vocˆ nÆo tem mesmo nem um pingo de dignidade, nÆo ‚, Costa? - disse-lhe Dito, terrivelmente
envergonhado de seu papel.
- Eu estou muito surpreso com isso. Vocˆs dois eram meus homens de confian‡a, eu at‚ havia feito
uma recomenda‡Æo … companhia para que lhes desse uma promo‡Æo. Da¡ … chefia de uma esta‡Æo seria
apenas um passo.
- Agora que vocˆ diz isso? - disse Costa, desconsolado.
- Estou agora diante de um problema dif¡cil para solucionar. Sei que vocˆs dois tˆm fam¡lia e que
trabalham h  muito tempo nesta cidade. NÆo quero que suas fam¡lias sofram as conseq�ˆncias da ambi‡Æo
que correu vocˆs dois.
- O que pretende fazer conosco? - indagou Dito.
- Eu desisto do processo administrativo se vocˆs dois concordarem em pedir transferencia para outra
cidade. Prometo que farei tudo para que essas transferencias sejam aceitas.
- Isso ‚ bom demais para eles, Ely - disse um ferrovi rio. - NÆo se esque‡a que de que eles nÆo se
importavam com o fato de vocˆ perder seu emprego.
- Eu sei disso, amigo, mas nÆo sou vingativo. Talvez essa nova chance os fa‡a ver que todo homem
tem seu valor e que cedo ou tarde esse valor ser  reconhecido. Fa‡o isso mais pelas fam¡lias dos dois do que
por eles.
- Pensando bem, ‚ uma solu‡Æo justa para um caso sujo como esse - concordou o ferrovi rio, assim
como todos os presentes.


***


- Com tudo resolvido, acho que minha presen‡a ‚ demais por aqui - disse Silvia, um pouco mais
tarde.
Estavam os trˆs reunidos na sala. Cibele havia servido um caf‚ e depois sentara-se no bra‡o da
poltrona ocupada por Ely. Abra‡ando-o carinhosamente.
- NÆo sei o que teria sido de n¢s dois sem sua ajuda, Silvia. Vocˆ foi formid vel. - agradeceu Ely.
- Obrigada! vocˆ sabe que eu gosto de vocˆ, nÆo me agradou ver como planejavam destrui-lo. Al‚m
disso, tive em Cibele uma boa amiga. Estarei torcendo pela felicidade de vocˆs dois. Vou embora amanhÆ
mesmo...
- NÆo, por favor, fique mais alguns dias - pediu-lhe Cibele.
- Seria... doloroso demais para mim, acho que vocˆ compreende. Mas antes de tudo, ‚ preciso que
vocˆs dois acertem essa situa‡Æo. NÆo podem continuar assim.
- Vocˆ tem razÆo. Silvia. Vamos ficar noivos imediatamente e nos casaremos assim que for poss¡vel.
Isso vai calar a boca de todo o povo, e solucionar de uma vez por todas o problema de Cibele. Ela nÆo ter 
mais que se preocupar em mudar de casa. Ficar  aqui para sempre.
A conversa foi interrompida por algu‚m que batia l  fora. Cibele foi atender e notou, com certo temor
que eram Dito e Costa que desejavam falar com Ely. Entrou assustada para avisar o rapaz.
- Ely, o Dito e o Costa estÆo a¡ fora e querem falar com vocˆ.
- Mande-os entrar, entÆo.
- Que vocˆ acha que eles querem?
- S¢ vou saber depois que eles disserem, nÆo?
Cibele foi at‚ l  e convidou os dois homens a entrar. Eles pareciam bastante envergonhados e no rosto
de ambos notava-se arrependimento.
- Por favor, sentem-se - pediu-lhes Ely, polidamente.
Ambos se sentaram e ficaram cabisbaixos, … procura de palavras.
- Qual ‚ o problema? - insistiu Ely.
- Bem.. � que n¢s dois... Eu... Fale vocˆ, Costa. Vocˆ sempre foi melhor que eu para essas coisas.
- Est  bem, Dito. Sabe, Ely, o que Dito quer dizer ‚ que n¢s dois sentimos muito o que aconteceu -
come‡ou Costa.
Perdera toda aquela aparˆncia arrogante e pretensiosa que exibia, substituindo-a por algo mais
humilde e honesto.
- Pois nÆo, pode continuar.
- � que n¢s dois nÆo merec¡amos o que vocˆ fez por n¢s, considerando tudo que planejamos. Fomos
muito mesquinhos e estamos aqui para agradecer a solu‡Æo que vocˆ tomou para o nosso caso. O maior
culpado nisso tudo fui eu, eu que me deixei levar pelo ci£me e pelo despeito, deixando de agir como homem.
Perdoe-nos, sim?
- Eu sempre os tive como homens honesto, de car ter. Vejo que nÆo me enganei e fico mais feliz
ainda por saber que tomei uma decisÆo justa. Vamos esquecer tudo que houve, nÆo h  nada para ser
perdoado.
- Mas n¢s insistimos nas transferencias. NÆo temos mais condi‡äes de ficar aqui. O pessoal vai
sempre desconfiar de n¢s.
- Concordo com isso e nÆo posso culp -los. AmanhÆ n¢s providenciaremos as transferencias.
Enquanto elas nÆo forem aprovadas vocˆs continuarÆo normalmente o servi‡o, nÆo quero que tenham
nenhum preju¡zo.
Os dois homens se levantaram, agradecidos, e estenderam as mÆos para o rapaz que as apertou com
amizade. Estava muito contente, no fundo, com a decisÆo que tomara.


***


Na manhÆ seguinte, Ely e Cibele foram se despedir de Silvia, que partia. A jovem desejou felicidade a
ambos, portando-se com muito dignidade. Costa fez questÆo de lhe pedir desculpas. Pouco depois, quando o
trem partiu, Ely e Cibele, abra‡ados acenaram para ela at‚ que o trem se perdeu na distancia.
- � uma mulher maravilhosa, nÆo? - disse Ely.
- � uma coisa maluca mesmo.
- Bom mocinha, temos que resolver nosso problema agora...
- NÆo diga nada agora, por favor. Deixe tudo para hoje … noite, … hora do jantar. Depois que o ST-56
passar e vocˆ voltar para casa, n¢s conversaremos sobre o assunto.
- Por que isso?
- Por que sim.
- Mas que coisa maluca!
- Se ‚ maluca, ‚ sinal que ‚ boa.
Ely concordou. · noite ap¢s a passagem do ST-56, caminhou para casa cheio de ansiedade e
curiosidade pelo que pretendia fazer Cibele. Durante o dia todo dia fora muito misteriosa. Ele nÆo conseguira
descobrir nada sobre que planos ela estava tramando. Reconhecia, por‚m, que tudo aquilo que aquele toque
de mist‚rio dava … sua volta para casa um toque todo especial e delicioso.
Quando chegou notou que todas as luzes estavam apagadas, com exce‡Æo de uma claridade que vinha
da cozinha. Caminhou …s cegas at‚ l  e, quando chegou … porta, sorriu feliz com que via.
Sobre a mesa, dois candelabros com velas perfumadas e algumas flores. Um delicioso jantar estava
servido. Cibele passar  a tarde toda preparando aquilo. Al‚m disso havia pedido a Din  que reformasse
totalmente um vestido seu, deixando-o apropriado para a ocasiÆo. Para esper -lo, havia arrumado muito bem
os cabelos e se perfumado.
- E entÆo, gostou da surpresa? Eu estava lhe devendo um jantar.
- Querida, isso me deixou de queixo ca¡do, nÆo esperava que vocˆ fosse caprichar tanto...
- Repita, por favor.
- O quˆ?
- Vocˆ me chamou de querida.
- Sim, querida - disse ele, caminhando os passos que o separavam dela e estreitando-a mais que
podia em seus bra‡os enquanto a beijava com amor.
Cibele sentiu-se sobre nuvens. Tudo era muito maravilhoso e ela sentia a atordoante sensa‡Æo de amar
e ser amada, de poder saborear num beijo todo aquele sentimento que parecia querer explodir dentro dela.
- E entÆo, vamos jantar agora? - convidou ela.
Ap¢s o jantar, transcorrido num clima de romantismo ambos foram sentar l  fora, sobre os trilhos,
para conversar. O c‚u estava limpo e o luar refletia-se j  sobre os trilhos, marcando aquela longa estrada.
Cibele recostou sua cabe‡a no ombro dele, pedindo-lhe:
- Vocˆ me faz uma coisa?
- Tudo o que vocˆ quiser, querida.
- Conjugue o verbo amar para mim.
- Todinho?
- NÆo, s¢ na primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo.
- Est  bem. Eu amo...
- Vocˆ - acrescentou ela.
- Eu amo vocˆ, prometo que vou lhe conjugar sempre que quiser esse verbo maravilhoso. Al‚m
disso tenho uma surpresa para vocˆ.
- Surpresa? que surpresa?
- Vocˆ queria uma viagem de quarenta horas, nÆo era mesmo?
- Ah, eu nÆo estava falando s‚rio...
- NÆo fuja agora. Pois bem, vocˆ nÆo vai ganhar uma viagem de quarenta horas...
- Ah! - exclamou ela, fingindo decep‡Æo.
- ... mas sim uma viagem de sete dias.
- Sete dias? Por que sete dias?
- Estive verificando uma circular da companhia e esta ‚ a licen‡a que dÆo para os chefes de esta‡Æo
quando se casam.
- Verdade?
- Verdade. vocˆ quer se casar comigo?
- Vamos ver se vocˆ entende - disse ela, pondo-se de joelhos … frente e beijando-o com ardor.
Levantaram-se felizes e, de mÆos dadas sa¡ram caminhando sobre os trilhos, cheios de confian‡a e
amor.


FIM


36


36


LIVROS DE BOLSO

ROMANCE ERàTICO


CONSULTàRIO SEXUAL



Copyright ¸ 1999 - L P Ba‡an
_________________________________________________________________



Cap¡tulo 1



Sou um sujeito sacana, reconhe‡o isso. Num mundo de sacanagens, como o
nosso, nÆo poderia ser diferente. Consultor sexual. Vocˆ pode imaginar
isso? Consultor Sexual! Eu me sento l  e fico ouvindo aquelas mulheres
falarem e falarem. No fundo eu e elas sabemos bem o que elas precisam:
uma pica bem dura e grossa no meio das coxas, esfolando suas chanas,
enchendo-as de porra.

H  uma propriedade calmante no esperma. Estou convicto disso. Embora
os estudos cient¡ficos nada comprovem, eu, em minhas observa‡äes, pude
constatar como a porra acalma mulheres nervosas. � incr¡vel como essa
substƒncia, injetada o mais profundo poss¡vel torna-as, de hist‚ricas
a mulheres tranq�ilas e sorridentes.

� assim que elas deixam o meu consult¢rio. Sacanagem? NÆo, estou l 
para resolver problemas e o fa‡o. Tenho meus m‚todos, ‚ claro, e os
aplico satisfatoriamente. Elas saem contentes e eu fico cada vez mais
rico.

Afinal, para que serve a vida senÆo para servir e gozar? Tenho uma
bela casa onde moro sozinho, mas onde estou sempre acompanhado. ·
vezes tenho de atender a domic¡lio, vocˆ me entende, nÆo tenho dois ou
trˆs carros, nÆo me lembro bem se vendi o BM. ou se o mandei para uma
revisÆo. H  uma semana que nÆo o vejo na garagem e! Ah, eu me lembrei.
Est  com Cristy, minha secret ria, ela ‚ muito esquecida, aquela
garota.

Al‚m disso, tenho um barco, lindo e, nos finais de semana, quando o
tempo est  bom, gosto de passear no mar. � bom, d  uma sensa‡Æo de
liberdade incr¡vel. Tenho tamb‚m duas motocicletas, uma japonesa,
convencional, e uma boa e velha Harley, que uso, …s vezes, quando
quero transar com uma garotinha mais jovem, s¢ para me desopilar. Sou
sacana por isso? H  tanta gente fazendo isso, meu caro. Olhe ao seu
redor.

Sou s¢cio de uma por‡Æo de clubes. At‚ um de p ra-quedismo. Dei alguns
saltos j , coisa louca! Tamb‚m jogo tˆnis e golfe, embora meu jogo
preferido seja com um outro instrumento: o pˆnis.

Nasci assim: com este dom maravilhoso de gozar a vida e satisfazer a
mulher. Tenho uma percep‡Æo aguda e uma conversa sensacional. Capto as
coisas nas estrelinhas. ·s vezes fico assustado com as coisas que fa‡o
ou consigo, mas ‚ meu gˆnero, meu estilo. Confesso que, caso eu fosse
mulher, eu daria para mim mesmo. Sou realmente gostoso.

Cuido do meu corpo. Fa‡o gin stica e pesos diariamente, ao me
levantar, vou ao cabeleireiro a cada dez dias, cuido de minhas unhas,
de minha pele e ando na moda. Fa‡o questÆo disso. Cristy passa l  em
casa constantemente para!, mas aproveita para dar uma geral em meu
guarda roupa e retirar os excessos. NÆo sei o que ela faz com as
roupas que vÆo caindo da moda.

Ficou curioso, nÆo? Posso perceber isso. Quer saber o que h  entre
Cristy e eu. Precisa falar? Cristy ‚ minha secret ria e uma boa amiga.
NÆo a selecionei para trabalhar comigo apenas pelos seus belos olhos,
pelo cabelo comprido ondulado, quase selvagem, pelo corpo escultural.
Cristy tem habilidades. Chupa como ningu‚m. Tem um rabo que acaba
comigo e a chana mais apertada e lubrificada que jamais encontrei. �
um privil‚gio ter uma secret ria como ela.

Mas nÆo estamos aqui para falar de Cristy. Sou um pouco ciumento e
rela‡Æo a ela e a qualquer momento eu conto o motivo. Acho que vocˆ
quer saber mais sobre o meu trabalho, se sou mesmo eficiente, se
soluciono os problemas das mulheres que me procuram.

Homens? Vocˆ est  louco! Eu vou l  cuidar de macho? Eles que se fodam.
Procurem uma consultora sexual e se virem. Ora essa! De macho eu quero
distƒncia. Meu neg¢cio sÆo mulheres, problem ticas, carentes,
deficientes, abandonadas, mal entendidas, nÆo apreciadas, mas
desfrut veis.

Se vejo as coisas todas ca¡das, uma pele mal cuidada ou coisa assim,
j  descarto logo. Mando para um amigo psiquiatra que adora essa
coisas. Mas nÆo tenho tido problemas quanto a isso. O pre‡o que cobro
j  faz uma sele‡Æo natural. Sou car¡ssimo. Afinal, nÆo apenas
consulto, mas aplico o rem‚dio tamb‚m. Tratamento completo.

Minha clinica fica na Ilha, em Long Island, onde posso ver o mar. Com
um bin¢culo vejo meu barco l  na marina. Bem situado, nÆo? NÆo foi
f cil, reconhe‡o. Por isso valorizo o que tenho. J  fui pisado,
humilhado e sofri como o diabo, se ‚ que esse filho de uma puta
sofreu, nÆo sei porque dizem isso, mas estou aqui, prefiro nÆo viver
do passado, mas curti o presente.

Voltemos, por‚m, ao que importa. Acho que vocˆ est  curioso ou, devo
dizer, curiosa sobre o que se passa entre estas luxuosas paredes,
forradas de mogno, com m¢veis da mesma madeira, couro, objetos de arte
sugestivos. Vou satisfazer sua curiosidade. Antes, por‚m, deixem-me
falar-lhe sobre aquele objeto ali, um pinto de madeira tÆo polido que
vocˆ juraria que ‚ de vidro. Ganhei-o de uma africana, mulher de um
embaixador, nÆo vou dizer de onde. Era o companheiro dela, aquele
caralho.

A pobrezinha est va tÆo problem tica que tive de me esmerar com ela.
Curei-a. Deixou-me o pinto de madeira sei que ‚ a maior ca‡adora de
garotinhos em Washignton, para onde seu marido foi transferido. Sempre
recebo cartäes dela. SÆo pr¢digos em elogios ao meu trabalho.

Bem, falei desse pinto porque ele ‚ importante no meu trabalho. Quando
fa‡o a primeira consulta com uma paciente, deixo-o na mesa, ao alcance
dela. Parece incr¡vel, mas ‚ verdade. � a maneira como ela olha aquele
objeto que direciona o meu tratamento. � divertidissimo sondar as
rea‡äes delas.

Algumas ficam cheias de acanhamento, mas vocˆ percebe logo que a
vontade ‚ agarrar aquilo e meter logo no meio da chana. A prendi muito
com essas observa‡äes e elas me ajudam em meu trabalho.

Acho que a melhor maneira de demonstrar o que acontece aqui ‚ deixar
que acompanhem uma das minhas sessäes. Estou aqui com a ficha de
Molly, esposa de um executivo do setor financeiro. Acho que ele anda
desleixando de seu trabalho. Hoje em dia ‚ comum isso. Os homens andam
preocupados com a sobrevivˆncia e esquecem de suas mulheres.
Felizmente, para mim.

Molly ‚ casada h  cinco anos e tem pesadelos freq�entes. Consultou um
m‚dico e, como ele ‚ meu amigo, descobriu logo que o problema dela era
de pica, por isso mandou-a para mim. � jovem, vinte e sete anos, tem
forma‡Æo universit ria. Cristy dever  anunci -la em breve. Acompanhe o
que acontece.

Cristy abre a porta e ela entra. O perfume entra primeiro. � bonita,
muito bonita. Repare no conjunto verde-limÆo, como real‡a sua pele
morena. Os olhos, olhe como sÆo negros e profundos, um pouco tristes.
Ela est  constrangida. Viu o cacete de madeira. Olhe como os olhos
dela mudaram, brilharam. Cacilda! Essa est  no papo. O neg¢cio dela ‚
comigo mesmo.

Mando-a sentar-se. Que elegƒncia! Cruza as pernas. Olha o pinto sobre
a mesa. Entreabre os l bios. Vejo a ponta da l¡ngua. Gosta de chupar,
descruza as pernas. Acho que as coisas esquentaram l  embaixo. � pica
mesmo, ‚ o que a incomoda.

Vejo como ela relaxa o corpo na poltrona de couro. Est  sentindo o
conforto que a envolve. Apoia as costas. Olha de esguio para a pica de
madeira. finjo analisar sua ficha, preenchida por Cristy. Que perfume
delicioso! Ela abaixa a cabe‡a. Quando levanta os olhos, ‚ para o
pinto de madeira. Depois para mim. Sustenta o olhar ao perceber que
nÆo olho diretamente para ela, mas posso perceber seu olhar.

Deve estar me achando bonito. Sou bonito. Olha o pinto de madeira,
depois para mim de novo. Est  fantasiando. Seu peito sobe e desce um
pouco mais depressa. Essa mulher est  se excitando, cruza as pernas
novamente. Percebo todos os gestos.

-- Molly Norrisson? -- indago a ela.

-- Sim, doutor -- ela me responde e sua voz est  ligeiramente trˆmula.

-- Estou vendo aqui as anota‡äes do m‚dico que a recomendou.
Pesadelos! Ins"nia! Ele menciona a possibilidade de algum dist£rbio de
natureza sexual! -- vou dizendo, casualmente, mas percebo que o
diagn¢stico a deixa tensa.

Preciso fazˆ-la relaxar, inspirar-lhe confian‡a.

-- Acho que compreende a natureza do meu trabalho, Molly -- digo eu,
deixando de lado qualquer outro tratamento, pois procuro estabelecer
logo um clima de familiariedade. -- Tudo depender  de sua sinceridade
e da maneiro como encarar seu problema.

-- Acho que entendo, doutor!

-- De agora em diante, apenas Dick. L  fora, na rua, numa festa, se
nos encontrarmos, pode me chamar de Dr. Gallaway. Aqui dentro apenas
Dick. Compreendeu?

-- Sim, Dick! -- ela confirme e meus nome nos l bios dela soa
maciamente.

Percebeu isso?

-- Fale-me um pouco sobre vocˆ -- eu pe‡o e ela come‡a a contar sua
vida.

Garota americana comum, estudou sem maiores dificuldades, casou-se
antes de terminar a universidade, esperando voltar no futuro, mas o
casamento acabou por imped¡-la definitivamente. NÆo tem filhos. � um
bom sinal. A chana est  perfeita. Gosto disso.

-- E quando come‡ou a ter pesadelos -- indaguei.

-- Bem, h  uns dois anos e meio, mais ou menos.

-- Pode ligar isso a algum fato importante ocorrido em sua vida, com
seu marido, em seu casamento, qualquer coisa assim? -- e ela fica
pensativa.

Note que semblante ador vel, ligeiramente confuso. Est  mais relaxada,
mais gostosinha. Vou comer essa mulher e ela nem sabe disso ainda.

-- NÆo sei ao certo! Acho que foi depois que meu marido assumiu a
sociedade da firma! Come‡ou a trabalhar demais, pobrezinho, at‚ tarde.
Sempre cansado. Levava trabalho nos finais de semana. Dizia como era
importante sua confirma‡Æo na sociedade.

-- E o que vocˆ fazia?

-- Eu o incentivava, o que mais poderia fazer?

Pobrezinha! O marido se tornava um viciado em trabalho, o casamento
come‡ava a ir para o brejo e ela ainda o incentivava. Aposto como ele
aposentou a pica.

-- E o relacionamento sexual de vocˆs, como ficou?

O constrangimento dela aumenta. Ela me olha temerosa nos olhos.
Sorrio, inspirando confian‡a. Ela relaxa. Est  no papo.

-- Bom! Ele estava sempre tenso! apressado!

-- Tinham rela‡äes satisfat¢rias?

-- Na verdade eram boas e!

-- Eu perguntei outra coisa, Molly, vocˆ sentia prazer? Gozava.

Ela abaixa a cabe‡a, deliciosamente embara‡ada.

-- NÆo, na verdade nÆo. Eram sempre incompletas! Ele enfiava e gozava!

Gosto disso. Est  usando as palavras certas, est  entrando no clima,
se abrindo, deixando a guarda se desproteger.

-- E como vocˆ se satisfazia?

Ela nÆo sabe o que responder. Fica agitando as mÆos no ar. Entende
logo.

--Vocˆ se masturba?

-- Sim -- ela confirma.

-- Ainda faz isso?

-- Sim.

-- Com que freq�ˆncia?

-- Fico s¢ em casa! Algumas vezes por dia.

-- Isso a satisfaz ?

-- NÆo, pelo contrario. Quando mais me masturbo, mais sinto
necessidade de me masturbar.

Ela olha o pˆnis de madeira, depois para mim. J  sustenta o olhar,
mesmo falando de um assunto que, deveria embara‡ -la. Percebe a
diferencia que h  entre a mulher que entrou e esta que me conta tudo
agora?

-- Com as mÆos? -- insisti.

-- sim -- ela responde e as mÆos ficam quietas, repousadas sobre o
ventre.

-- Mais alguma coisa?

-- O chuveirinho do banheiro! O jato de  gua do bidˆ! a hidromassagem!
um consolo de pl stico que comprei escondido!

-- J  tentou alguma aventura extra conjugal?

-- Pensei nisso, mas nÆo tive coragem.

-- Por quˆ?

-- NÆo sei! Fidelidade ao casamento, acho.

Fico em silˆncio olhando-a fixamente. � parte da t‚cnica. Isso a faz
sentir que desejo que ela fale mais, que h  mais coisas para serem
contadas. Ela hesita. Tem mais coisa a¡, tenho certeza.

-- Al‚m disso, h  essa amiga!

-- Que amiga?

-- Jane, uma vizinha! Conversamos bastante! Quase todo dia ela aparece
l  em casa! � l‚sbica! Sei disso!

-- E vocˆ?

-- NÆo se. Ando tÆo! TÆo confusa que! …s vezes imagino que! mas nÆo!
acho que nÆo faria isso.

-- Relacionar-se com outra mulher?

-- Sim.

-- E por que nÆo?

-- NÆo sei ao certo -- ela diz e olha para o pinto de madeira.

Percebe agora a utilidade desse instrumento? Ele d  as pistas todas. O
neg¢cio dela ‚ pica. Nada de ro‡a -- ro‡a, de esfrega‡Æo, de banho de
l¡ngua, de chuvisco, chuva ou tempestade, seja l  o nome que elas dÆo
a isso.

Quer um macho junto dela. Quer que lhe chupe as tetinhas, afague suas
coxas, morda seus l bios. Quer sentir a for‡a de um caralho entrando
em sua buceta, devagar, a princ¡pio, que ‚ para sent¡ -- lo entrando,
com for‡a, depois, que ‚ para fazer gozar.

Ah, pobrezinha! Est  curada e nem sabe. Ali s, nem est  doente.

-- Acha que nÆo seria uma rela‡Æo satisfat¢ria? -- indago, apenas para
confirmar.

-- NÆo, penso que nÆo -- ela responde e olha novamente para a madeira
polida.

NÆo preciso perguntar mais, Vamos ver agora a natureza desses
pesadelos. Acomodo-me na minha poltrona, olhando-a com ar de
compreensÆo e est¡mulo. Ela est  bem … vontade agora. Preparada.
Continuo mantendo o ar profissional e interessado. Isso a ajuda.

-- Bem, parece-me que o problema crucial sÆo os pesadelos, nÆo?

-- Sim, eles tˆm se repetidos freq�entemente!

-- Todas as noites?

-- Sim e tamb‚m quando cochilo, … tarde. Acordo! Molhada! Suada! --
ela corrige, mas j  entendi o recado.

-- Compreendo que isso possa constrangˆ-la, Molly, mas eu preciso que
vocˆ me conte um desses pesadelos com todos os detalhes.

Ela fica embara‡ada, percebeu? Ai tem coisa interessante. Prepare-se
para ouvir. Eu garanto que ser  excitante. Mas s¢ acompanhe, nÆo fa‡a
gesto bruscos com as mÆos. Entendeu? Porra, eu estou dizendo para vocˆ
nÆo tocar nenhuma punheta enquanto ela conta a hist¢ria dela! Isto ‚
coisa s‚ria, cacete!

Ela continua embara‡ada. Passeia o olhar pelo consult¢rio. Olha um
quadro, a estante de livros, o divÆ de couro. Seu olhar se det‚m.
Percebo o que a incomoda.

-- Acha dif¡cil contar-me frente a frente?

-- Sim, Dick -- ela responde e novamente meu nome enche os l bios
dela.

-- Acharia mais confort vel no divÆ? Eu ficarei numa posi‡Æo em que
vocˆ nÆo me ver . Quero que fa‡a de conta que nÆo estou aqui. Deite-se
l , relaxe e comecei a falar, como se estivesse contando para sua
melhor amiga, para um confidente, mas nÆo para um confessor. NÆo estou
aqui para reprim¡-la ou repreendˆ-la. Quero ouvir para ajud -la,
entendeu?

Ela se levanta. Deixa a bolsa na poltrona. Vai at‚ o divÆ. Senta-se.
Deita-se. Acomoda-se. Cruza as pernas estendidas, est  se defendendo,
protegendo a chana de alguma forma. � normal. As coisas ficam boas
quando ela descruza as pernas. Sinal de que confia. Que nÆo teme nem
se sente amea‡ada.

Puxo uma poltrona e me sento atr s dela. Ligo o gravador
estrategicamente posicionado. Espero at‚ que ela comece.



Cap¡tulo 2



-- Eles me seq�estram. Trˆs ou quatro homens, nÆo os conhe‡o. H  um
negro entre eles, enorme, forte, musculoso, que me segura em seus
bra‡os e me joga dentro de um carro. Fico estendida no assoalho.
Dirigem. Param nÆo sei onde. Sou retirada e levada para uma cabana. L 
dentro h  um quarto, com uma cama e uma pia apenas. Empurram-me.
Deixam-me ali! Sozinha, em desespero. De repente a porta se abre e
surge o negro, com uma camiseta bem justa, delineando os m£sculos de
seu peito e de seus bra‡os. O jeans tamb‚m ‚ muito apertado. Vejo o
volume de seu pˆnis e isso me assusta!

Ela fica em silˆncio por instantes. Com certeza pensa no pˆnis de
madeira, que viu sobre a minha mesa, deixo que ela se refa‡a da emo‡Æo
e continue:

--! Eu come‡o a gritar. Ele manda que eu cale a boca, mas gritando
comigo. Pe‡o que me chame seu chefe, que me explique o que est 
acontecendo.

Ele insiste para que eu me cale. Estou em desespero. Grito. Ele me
esbofeteia. Fico chocada, mas reajo, nÆo sei como, nem com que for‡as.
Avan‡o para ele, chutando e esmurrando. Ele come‡a rir de mim,
zombando. Segura-me pelos ombros, balan‡a-me como se eu fosse um saco
de palha. Eu o arranho no rosto. Ele me esbofeteia outra vez, fico
mais furioso ainda. Ele me agarra. Ca¡mos no piso! Ele me abra‡a. Isso
me horroriza. Ele diz que sou uma gata selvagem, que sabe o que eu
preciso para me acalmar!

E n¢s tamb‚m, nÆo?

--! Estamos ofegantes, naquela luta. Percebo como as pernas dele se
enroscam nas minhas. Sinto seu h lito. Cheira o HortelÆ. � agrad vel.
Temo isso. Temo aquela aproximidade. Temo seus bra‡os me apertando e
suas pernas enroscadas em mim. Sinto um fogo dentro de mim. Estou me
excitando com isso. De repente ele me beija! Quase mordendo! Sugando!
Sua l¡ngua penetra em minha boca, enrosca-se na minha, eu a sugo, eu
me aperto nele, sinto suas mÆos grandes e fortes descendo pelo meu
corpo. As costuras da minha roupa vÆo se rompendo com facilidade. Ele
fala, com a voz rouca, que vai me comer, me chama de gata selvagem.
Diz que vai me chupar inteira, que vai rasgar a minha buceta, que vai
romper as pregas do meu ƒnus!

Ela faz uma pausa. Est  ofegante. Realmente excitada, sua voz ganhou
novo tom e esse tom me excita. O silˆncio dela persiste. Preciso
incent¡va-la.

-- O que diz dessa Molly que surge em seus sonhos. � vocˆ mesma?

--NÆo! NÆo! Eu nÆo me reconhe‡o! Mas isso me excita, compreende? NÆo
posso ser assim, Jamais seria assim, se isso me acontecesse, eu
resistiria, nÆo permitiria!

-- � claro -- respondo, sem ironia, percebe?

-- NÆo posso conceber que sou eu mesma ali, numa cabana miser vel,
como prisioneira, me esfregando naquele homem forte e bonito. Mas ele
continua beijando. Beijos s"fregos! Car¡cias rudes m culas! Eu desejo
ser penetrada por ele, desejo aquela rudeza toda, aquela pressa toda
com que ele me despia, rasgando as minhas roupas. Deixo meu desejo
correr livremente, retribuo as car¡cias! Arranho e mordo, ele gosta.
Marco sua pele. Rasgo tamb‚m sua camiseta, surpreendentemente fr gil.
Solto-lhe o cinto da cal‡a. Aperto-me contra aqueles m£sculos
poderosos, sinto seu calor, seu cheiro de macho, sua virilidade. Quero
vˆ -- lo nu, esfregando-se em mim, machucando-me, sufocando-me, fico
nua. Deixo-o nu. Seguro seu caralho. � grosso, longo, enorme! Mas nÆo
me assusta mais. Digo a ele que o quero dentro de mim, com for‡a. com
toda for‡a. Ele me chama de puta reprimida. Gosto da defini‡Æo.

Meus colegas me chamam de charlatÆo, que sou indigno de meu diploma,
que desonro a profissÆo. Pensa que me importo ? NÆo estou nem ai. A
questÆo ‚ que resolvo. Sabe que tem at‚ umas sacaninhas que, de algum
modo, ficam sabendo de meu of¡cio e me procuram, sem que tenham nenhum
problema. Vˆm aqui s¢ para serem fodidas por mim, um especialista no
assunto.

E eu como mesmo. Quer dar? Pois venha. Sendo bonita e gostosa, eu papo
mesmo. E ainda cobro por isso. Cobro caro, como j  disse, que ‚ para
valorizar meu trabalho.

Fodam-se eles. Continuo na minha.

-- Estou toda arrepiada! Molhada! Com tesÆo mesmo, um tesÆo que nunca
senti em minha vida. Ele me beija no pesco‡o, nos ombros. procura meus
seios, seus l bios sugam! Ele mordisca! Arrepio-me toda! Gosto! Me
enrosco ainda mais! Mordo! Arranho! Ele me lambe o ventre. Estreme‡o
continuamente. O h lito desce, passa sobre meus pˆlos! Vai em dire‡Æo
a minha vagina! Massageia meus seios! Belisca os biquinhos excitados!
Estou toda sens¡vel! De repente! Ele! Enfia! Enfia a l¡ngua em mim!
Aquela l¡ngua enorme! Morna! Molhada de saliva! Gostosa! Eu! Eu gozo!

Fica ofegante, as pernas abertas, im¢vel, apenas respirando com
dificuldade. Acho que ela gozou. Tenho certeza que ela gozou. Vocˆ
tamb‚m percebeu isso?

E vocˆ pare com isso, caralho! Pensa que nÆo vejo suas mÆos? Se
esfregando ai, enquanto minha doce paciente conta suas intimidades!
Ora, tome jeito!

--! Sinto umas das mÆos dele esfregando as minhas costa, descendo at‚
a minha bunda! Esfrega! Aperta! A l¡ngua nÆo para! A mÆo! aperta
minhas n degas! O dedo! Grosso, forte, bruto, em meu ƒnus, for‡a,
penetra, nÆo d¢i, Sinto prazer.

-- J  sentiu prazer assim antes? -- indago, porque ‚ absolutamente
necess rio saber isso.

-- NÆo! Na verdade, nÆo! Jamais imaginei que meu corpo pudesse ser
explorado daquele jeito. MinC&#158;&#144; G &#26;&#27;÷`#.M<R&#04;e
tesÆo, de calor, de saliva, com a l¡ngua dele. Meu rabo era penetrado
com vigor, deixando-me tensa ao sent¡ -- lo mover-se dentro de mim!

-- J  foi enrabada alguma vez, Molly? -- pergunto e vocˆ j  sabe o
motivo.

--Como, doutor?

Pobrezinha. NÆo sabe o que ‚ ser enrabada, mas imagina.

-- Sexo anal, Molly. J  praticou sexo anal alguma vez?

-- NÆo, na verdade! NÆo! NÆo mesmo.

-- Mas em seu sonho!

-- Pesadelos, doutor!

-- Certo, em seu pesadelo o dedo do homem lhe d  prazer.

-- Sim, muito. Um prazer intenso! diferente! combinado com o prazer
que sentia em minha xoxota, em meus seios, que ele amassava, apertava
e alisava. Eu supliquei que ele me fodesse logo! Estava alucinada!
Pedi! pe‡o! Insisto! Quero!

Percebo a sutiliza da transposi‡Æo temporal? Ela falava no tempo
passado, como se aquilo tivesse acontecido. De repente, ela vem para o
tempo presente e me faz uma importante revela‡Æo. Ela quer agora. Ela
insiste agora para ser fodida. J  est  al‚m do sonho. J  mistura a
realidade com o sonho. Est  quase pronta para receber meu tratamento.

Estendendo a mÆo e abro uma gaveta do arm rio ao meu lado. Veja que
sortimento de camisinhas. Para quˆ? NÆo sou nenhum idiota, meu caro ou
minha cara. Al‚m disso, essa mulher tem uma fantasia que vou atender.
Olhe as camisinhas de todas as cores. Que cor devo escolher? Acertou:
a preta. Vai ficar chique e bem no clima do que ela deseja.

Deixo-a mÆo, aberta, pronta para ser usada. Come‡o a soltar meu cinto,
o fecho da cal‡a, o z¡per. Ela nÆo me vˆ. NÆo vˆ meu caralho em p‚,
grosso e longo, como ela quer, como ela precisa. Ponho a camisinha.
Ficou lindo!

Mas continuemos a ouvir o que ela nos conta:

--! O corpo dele domina o meu. Sinto seu peso. Sinto seu caralho
ro‡ando minha vagina agora. Estou suando. Estou em fogo, seu cheiro me
entontece, ‚ delicioso, m sculo, intenso. Abro as pernas ao m ximo.
Sinto seu pinto entrando em mim, devagar, bem devagar, ‚ enorme. For‡a
minha chana, quase a rasga, dilata. Penetra, vai indo, fundo. Bem
fundo. Fico sem f"lego. A sensa‡Æo ‚ boa. � ¢tima. � deliciosa! Ele me
diz que estou recebendo um caralho de macho, um caralho de verdade.
Aprovo. Concordo. E gozo.

Gozou tudo a que tinha direito. Fico analisando a est¢ria toda. O que
vocˆ me diz? Ela est  sendo sincera? Realmente tem esses pesadelos?
Vocˆ chamaria isso de pesadelo? Eu, por mim, gostaria de ter dezenas
deles todas as noites. NÆo com o negrÆo, ‚ claro, mas com ela. Que
macho nÆo ‚ o meu negocio, j  disse e repito, para que nÆo reste a
menor d£vida.

Eu nÆo sei. Examino novamente a ficha dela. Busco algum ind¡cio de
veracidade em sua est¢ria. S¢ tenho o que ela contou ao m‚dico que a
encaminhou e o que nos ouvimos dela agora.

Mas meu caralho est  pronto, com est  bela camisinha negra. Estou
excitado. Fiquei excitado com as possibilidades er¢ticas da est¢ria
dela. Vou suger¡-la a! Quase. NÆo vou dizer quem.

-- E entÆo, doutor? O que me diz? -- ela indagou e se volta
ligeiramente.

Seus olhos se arregalam, fixos no meu caralho. Sua boca se entreabre.
Vejo a l¡ngua dela. Percebo tamb‚m? NÆo h  medo nem susto nela. Olhe
os arrepios nas pernas dela. Olhe como treme. Olhe como me deseja.

Lentamente ela se levanta. Recua at‚ a estante. Tiro meus sapatos,
meias, cal‡a, jaleco e camisa. Fico nu, com o caralhÆo esticado,
vestido de negro.

-- NÆo, doutor, por favor! -- ela diz.

Caminho na dire‡Æo dela, o pintÆo oscilando como uma lan‡a em riste,

-- NÆo quero! Por favor, doutor! -- ela insiste.

Aproximo-me mais. Dou-lhe uma bofetada. Ela fica surpresa. Dou-lhe
outra. Seus olhos brilham.

-- Ah, doutorzinho safado! A meu pintinho negrinho ador vel. Ah,
cavalo de pinto que eu quero chupar, p"r na minha chana e no meu cu --
ela diz, avan‡ando para mim como uma fera encurralada.

Atracamos -- nos. Veja como ela luta, enrosca-se em mim, esfregando-se
em mim, beijando-me, mordendo-me. Est  louca de tesÆo. Vai ter o que
precisa.


!


Caralho! Viu s¢ que foda arrepiante? Ela quase me mata, de tanto
foder. Na boca, na chana, no ƒnus. Queria que eu pusesse em toda
parte. Estou exausto. Vou tomar um banho e j  volto.


!



Pronto. J  estou vestido de novo e poderemos conversar. Vocˆ viu que
mulher? Que safada? E depois, eu ‚ que sou charlatÆo. Sou ‚ um puto
muito bem apanhado e conhecedor do meu of¡cio.

Vejamos o que mais para hoje. Ah, esta ‚ boa. J  est  em tratamento h 
algum tempo. J  fizemos o diabo. O problema dela ‚ que era muito
recatada ao sexo. S¢ fazia papai -- e -- mamÆe. NÆo conhecia mais
nada.

Venho ensinando-a. Hoje faremos algo novo. Ela quer aprender a chupar.
Chupar at‚ o fim. Engolir a minha porra. � esposa de um corretor de
im¢veis, com algum problema sexual que nÆo nos interessa. Ela arrumou
um amante e quer deslumbr  -- lo com tudo, brind  -- lo com seus
conhecimentos.

Mando Cristy introduz¡-la. Olhe como ela ‚ uma gracinha.

-- Bom dia, doutor! Est  uma bela tarde, nÆo?

-- Melhor, agora que vocˆ chegou, querida.

Ela se senta na poltrona. Cruza as pernas com desenvoltura. Perdeu
todo o acanhamento. Olhe que coxas lindas! Se vocˆ reparou bem,
percebeu que ela est  sem calcinhas. Est  ¢tima, essa minha paciente.
Realmente, …s vezes me surpreendo com os resultados de meus
tratamentos.

Funciona de verdade.

-- E entÆo, disposta a aprender aquilo? -- pergunto a ela.

-- Dispost¡ssima!

-- Tem alguma fantasia?

Ela sorri com mal¡cia, percebe? Olhe o biquinho que ela faz com os
l bios gostosos.

-- Sim, tenho.

Levanto-me. Ela me faz um gesto.

-- NÆo, fique ai mesmo, em sua poltrona, doutor.

Ela se levanta, vem at‚ mim. Afasta a poltrona da escrivaninha. Entra
debaixo do tampo. Fica de joelhos. Puxa a minha cadeira. Ela fica
escondida l  embaixo. NÆo a vejo, mas sinto seus dedos mexendo no
z¡per de minha cal‡a, abaixando-o. Eles entram, seguram meu cacete,
puxam para fora. Ela me massageia com suas mÆos pequenas e suaves.
Masturba-me. O caralho cresce em suas mÆos. Ou‡o-a ofegar, enfiada
entre minhas pernas, estico-me. Sinto seu h lito apressado bailar
sobre meu pˆnis. Estreme‡o. � a l¡ngua dela que me ro‡a, enfiando-se
entre a glande e o prep£cio.

Ela chupa a ponta do meu membro. Ah, gostaria que vocˆ pudesse ver
isso! Gira. Gostoso. Molhada. L bios carnudos. Apertam. Sugam, mais,
vou entrando em sua boca. Ro‡o o c‚u de sua boca. Seus dentes apertam
suavemente a pele esticada. D  um pouquinho de medo, mas ‚ gostoso.

Ela move a cabe‡a para a frente, enfia todo o meu caralho na boca.
Alisa com a l¡ngua. Depois come‡a a se movimentar, para frente e para
tr s. Suas mÆos se apoiam em minhas coxas. Apertam. A boca vai e vem.
Gostoso. Ela suga. Mordisca. Risca a glande com os dentes.

-- Bom, muito bom, querida! Vocˆ est  ¢tima! -- elogio, para
estimul -la.

Ela retira o caralho da boca e fica apertando-o com a mÆo.

-- O que mais eu poderia fazer para dar prazer? -- indaga.

-- Se eu estivesse nu e deitado, por exemplo, vocˆ poderia enfiar o
dedo em meu ƒnus. � muito bom e estimula a ere‡Æo.

-- Verdade?

-- Sim, ‚ verdade.

-- Ah, que bom saber dessas coisas, doutor.

-- Experimente apertar bem a base do pˆnis. Vai sentir como todo o
corpo dele e a glande fica mais grossa, mais maci‡a com o sangue
bombeando.

-- Sim, isso mesmo -- confirma ela, e volta a enfiar todo o meu
caralho em sua boca.

-- Agora chupe! Desse jeito! Mais! Procure girar a cabe‡a de um lado
para outro enquanto se mexe! Sim! A l¡ngua! Alise sempre!
Principalmente a glande! Vai! Vai, queridinha! Vai que j  -- j  eu
gozo! Gozo em sua boca! Beba! Beba meu licor! Beba meu n‚ctar! Bebe
meu prazer!


Cap¡tulo 3


Como vocˆ est  vendo, esta ‚ uma t¡pica tarde de trabalho aqui em meu
consult¢rio. S¢ come‡o a atender a partir das duas horas. vou at‚ …s
seis. Acha pouco quatro horas de expediente? NÆo vˆ o que eu fa‡o?
Porra, que exigˆncia! Tente fazer um expediente duplo desses para ver
se ag�enta!

E depois, com o pre‡o que cobro, ‚ o mesmo que trabalhar dobrado.
Ali s por falar em pre‡o, o meu ‚ o triplo do que cobram meus colegas.
E as clientes pagam e nÆo chiam. Pagam com gosto. Com satisfa‡Æo.

EntÆo eles reclamam porque cobram barato e nÆo satisfazem as clientes.
Eu, nÆo. Sou caro porque sou bom. Curo mesmo. Todo tipo de problema.

Uma vez uma cliente me procurou. Seu marido queria praticar sexo anal
com ela, mas ela, sempre que tentavam, ela sentia muita dor.
Incompetˆncia dele, sorte minha. Ele achou que fosse algum problema
com ela. Em resumo, ela veio parar aqui.

Fiz a consulta de praxe.

--! pois ‚ assim, doutor. Ele teima que nÆo deve doer, eu insisto que
d¢i. E d¢i mesmo. � at‚ gostoso quando ele fica esfregando o pau duro
em mim, mas na hora que tenta enfiar, eu sinto dor!

Ela era uma mulher muito aberta. Falava desbragadamente sobre o
assunto, sem nenhum constrangimento.

Se vocˆ a visse, saberia porque o marido queria comer o rabinho dela.
Era uma linda mulher, com um corpo escultural. Os seios na medida dos
quadris, que eram largos, ap¢s a cintura bem afinada. N degas redondas
e bem firmes, ligeiramente empinados. Bundinha de mo‡a, embora ela
beirasse os trinta ƒnus, quero dizer, anos.

Enquanto ela falava, eu s¢ estava de olho, imaginando a estrat‚gia
para entrar nela. Nela mesmo. Um cuzinho apertado nÆo ‚ problema.
Basta um pouquinho de criatividade. Isso eu tenho de sobra, mod‚stia a
parte.

Continuemos com a nossa consulta, no entanto.

-- J  tentou lubrificar ou algo assim? -- indaguei-lhe.

-- De todo jeito, doutor. O problema nÆo ‚ de lubrifica‡Æo, mas de
dor.

-- Sim! -- murmurei, pensativo. -- Importa-se em se levantar e
caminhar um pouco pelo consult¢rio? -- pedi-lhe.

Ela obedeceu. Levantou-se e andou de um lado para o outro. Tinha mesmo
uma bela bunda, al‚m de outros encantos. Enquanto ela andava, eu
observava e pensava. Dor se resolve com anest‚sico. Um anest‚sico
local, que permitisse a penetra‡Æo, mas nÆo tirasse o prazer.

Era um problema. O anest‚sico aplicado ali poderia lambuzar o pau do
marido e, em conseq�ˆncia, os dois ficariam anestesiados,
esfregando-se at‚ o cacete dele e as pregas dela se esfolarem todos.
NÆo iria funcionar.

Que diabos poderia estar havendo? Como solucionar isso? Foi entÆo que
me lembrei do m‚todo da distensÆo gradativa. Conhece? Claro que nÆo. �
inven‡Æo minha. Foi um caso que enfrentei de H¡mem resistente. Isso
mesmo, H¡mem. NÆo sabe o que ‚ isso? � caba‡o. Caba‡o resistente.
Daqueles que o pau bate e volta e nÆo fura nem com arco -- de -- pua.
Agora sabe, nÆo ‚?

-- Est  bem, Dinah! -- disse a minha paciente. -- H  algumas t‚cnicas
que se pode usar, mas ter  que confiar em mim e deixar tudo por minha
conta.

-- Confio totalmente em vocˆ, doutor.

-- àtimo, querida. Dispa-se, entÆo. Mas fa‡a isso com bastante
sensualidade.

Ela adorou a id‚ia. Olhou ao redor, procurando algo.

-- O que foi? -- indaguei.

-- NÆo tem uma musiquinha?

-- Vocˆ nÆo sabe cantar?

-- Sim, claro. Pode escurecer um pouco o ambiente? � s¢ para dar clima
-- pediu ela.

Concordei. Fechei as cortinas. Deixei apenas aquele abajur ali, no
canto, sobre a mesinha, aceso. Ela come‡ou a cantar uma m£sica lenta,
dos anos trinta ou quarenta, bem apropriada.

Acompanhei com interesse, retribuindo cada pe‡a que ela tirava com uma
das minhas, de modo que, quando ela terminou, est vamos ambos nus. Ela
olhou meu caralho, parou de cantar e ficou s‚ria.

-- Ah, nÆo vai dar nÆo, doutor! -- disse, com convic‡Æo e um certo
receio.

-- E por que nÆo? -- indaguei, alisando meu belo cacete, numa
punhetinha leve, apenas para manter o tesÆo em alta.

-- O cacete do meu marido ‚ menor e mais fino que o seu e nÆo entra de
jeito nenhum. O seu, nem pensar!

-- Tolinha! � tudo uma questÆo de jeito, vocˆ ver . Disse que confiava
em mim, nÆo foi?

-- Sim, mas estou vendo e digo que nÆo conseguir .

-- Vai por mim, benzinho. Vai por mim.

--Olhe l , doutor.

-- Se doer eu nÆo ponho.

-- Se doer vocˆ tira?

-- L¢gico!

-- EntÆo est  bem. O que eu fa‡o agora?

-- Por que nÆo vem aqui e senta no meu colo?

-- Assim, a seco?

-- Bobinha! Vamos apenas brincar um pouco. Venha c , vou lhe ensinar
uma por‡Æo de sacanagens.

Ela sorriu e veio at‚ mim. Afastei um pouco a minha poltrona da
escrivaninha. Ela se sentou no meu colo. Acomodei-me de forma que meu
caralho sa¡sse por entre as coxas dela. Umas esfregadinhas depois e
ela j  estava toda molhada.

Abracei-a, com as mÆos alcan‡ando seus seios. Comecei a bolin -la,
alisando suas tetinhas durinhas, beliscando os biquinhos. Ela se
encostou em mim. Beijei seu pesco‡o e sua nuca. Fui brincando assim,
fazendo-a se arrepiar.

O caralho continuava l , inofensivo, s¢ relando na chana dela. Quando
mais ela se esfregava, mais se excitava e mais se molhava. ·s vezes
ela fechava as coxas e apertava meu pau com bastante for‡a, tremendo.

Continuei s¢ ali, alisando e beijando, enchendo-a de arrepios e de
tesÆo. Ela rebolava no meu colo. EntÆo pus meu pau na chana dela,
tudinho, bem l  no fundo.

-- NÆo estou entendendo seu tratamento, doutor -- ela me disse, mas
gostando da brincadeira.

-- Fique quietinha, querida. Deixe-o a¡. Contra¡a os m£sculo da vagina
e do ƒnus ao mesmo tempo. Fa‡a de conta que sua chana vai morder meu
pau. Ao fazer isso, quero que pisque o cu!

-- Piscar o cu, doutor? -- indagou ela e caiu na risada.

Foi ¢timo aquilo, porque ela se relaxava cada vez mais.

-- Contrai os m£sculos da xoxota e os m£sculos do ƒnus ao mesmo tempo.
Depois, quando relaxar os m£sculos da vagina, force o ƒnus como se
fosse peidar!

Ela riu mais ainda. E eu ali, s¢ amassando, com meu pau dentro dela,
s¢ no gostoso.

-- Est  bem, vou tentar.

Ela come‡ou, entÆo, a contrair os m£sculos da chana. Apertava e
soltava. Apertava e soltava.

-- Deixe-me ver se est  fazendo corretamente -- disse-lhe, enfiando a
mÆo por baixo dela.

Pus meu dedo no cuzinho dela. Vi que ele piscava, no ritmo das
contradi‡äes. Fiz uma suave pressÆo que pareceu incomod -la. Estendi
minha mÆo e apanhei um potinho de um creme apropriado. Se vocˆ nÆo
conhece ainda, recomende. � ¢timo.

Enfiei meu dedo no potinho, depois l  embaixo da bunda dela.

-- Sim, continue, querida -- pedi, o dedo apoiado no buraquinho dela,
que piscava e piscava.

A cada piscada, auxiliado pelo creme, o dedo deslizava um pouquinho
mais para dentro dela, sem que ela percebesse. E eu incentivava:

-- Assim! Vocˆ nÆo est  se esfor‡ando! Mais um pouco! Repita. Est 
gostoso a¡ na bucetinha?

-- Est  ¢timo!

-- Algum desconforto no rabinho?

-- NÆo, est  ficando divertido.

Nesta balada, quando ela deu por si, meu dedo j  havia penetrado
todinho no buraquinho dela. NÆo disse nada. Retirei-o e mergulhei dois
dedos no potinho de creme.

-- Agora vamos melhorar ainda mais o exerc¡cio. Vou exigir mais
esfor‡o de vocˆ. Quero que force mesmo seu ƒnus. Se peidar melhor
ainda.

Ela riu e se atirou ao exerc¡cio com gosto. Piscava e eu empurrava.
Piscava e eu empurrava. Adivinha o que aconteceu? Dois dedos no rabic¢
dela, sem dor, sem trauma nenhum.

A xoxotinha piscava tamb‚m. Percebi que ela gozava e isso era muito
bom.

-- Ah, doutor! Est  bom demais este pinto na minha buceta. Por que nÆo
gozamos assim? Estou com um fogo na chana que nÆo ag�ento. Vamos
foder, vamos? A gente deixa essa est¢ria de cu para outro dia!

E eu deixei? De jeito nenhum. Sou um profissional. Se pagam por um
servi‡o, terÆo aquele servi‡o. Al‚m do mais, faltava pouco, muito
pouco mesmo, j  que eu havia lambuzado trˆs dedos no creme e come‡ava
a pressionar o buraquinho dela. Um dedo por vez, mas unindo-os depois.

-- Continue, estamos perto agora. Pisque mais! Peide! Peide na minha
mÆo! NÆo se incomode, querida. Vamos, mais for‡a! Mais!

-- Ah, doutor! Que fogo! Que coisa esquisita!

-- Boa?

-- Deliciosa! Est  me queimando por dentro! O que est  acontecendo?

-- O que vocˆ julgava imposs¡vel, querida.

-- Pus trˆs dedos no seu cu.

-- NÆo acredito.

-- Vai ter que acreditar porque ‚ verdade. Continue piscando agora.
Deixe-ajeitar melhor minhas pernas. Levante a bunda um pouquinho.

Ela atendeu. Eu aprumei o caralho, quando ela se sentou, o cacete
entrou no lugar dos dedos. Ela foi sentindo o neg¢cio entrar. Entrava
e nÆo parava mais de entrar.

-- Oh, doutor, isso a¡ nÆo sÆo seus dedos! Cadˆ o caralho?

-- Todinho no seu buraco.

-- NÆo pode ser, que gostoso. Ah, que del¡cia. Queima. Mas esquenta.
Minha chana tamb‚m queima. Todo eu queimo!

-- Assim que ‚ bom. Quer mexer s¢ para sentir?

-- Ah, quero sim -- respondeu ela, apoiando as mÆos nos bra‡os da
poltrona.

Comecei a massagear seu grelinho e a enfiar meus dedos na sua chana.
Ela rebolava e gemia como uma doida, o cu engolindo meu pau com uma
fome de fazer gosto.

-- Ah, doutor! Ah, seu safado! Comedor! Pintudo! Gostoso! -- ela dizia
e sentava na cara com afinco. -- vou gozar! Vou gozar! Estou gozando!
Es! tou! go!zan! do! -- gemeu ela, toda mole, soltando o corpo em meu
pau.

Ficou gemendo enquanto eu tamb‚m gozava, sentindo os jatos de espermas
esguicharem dentro dela. Estava resolvido o problemas.

Como vˆ, aqui acontece de tudo. Tive uma outra paciente que reclamava
de dor, quando transava com o marido. Dizia que do¡a mesmo. Fiz o
exame, fiz o tratamento e, quando terminamos, ela ficou ali no divÆ,
alisando meu pau, beijando, esfregando no rosto, uma verdadeira
adora‡Æo

-- Isto aqui sim, ‚ um caralho de verdade -- ela comentou e eu fiquei
todo orgulhoso.

Depois pensei: se meu caralho, grosso e comprido, nÆo provocava dor, o
que estava havendo com ela? Pois foi o que perguntei a minha paciente.

-- Seu caralho ‚ gostoso, doutor. O do meu marido ‚ um neg¢cio de
louco. � anormal. � uma vara! mas uma vara, doutor. D  duas desta sua,
tÆo pequenina, tÆo ador vel!

Fiquei deprimido naquele dia. Fiquei mesmo. Ela chamou a minha pica de
pequena. Talvez, comparada … do marido, fosse. Mas nÆo ‚, ‚ uma bela
pica, de bom tamanho e boa grossura.

Ah como resolvi o problema dela? Recomendei que se divorciasse do
marido. Deu certo. Ela se saiu muito bem do div¢rcio e casou-se h 
algum tempo com um marido de pau pequeno. ·s vezes ela aparece aqui
para matar saudade e me agradecer.

� assim que eu trabalho. Satisfa‡Æo garantida mesmo.

Caso dif¡cil? Vocˆ quer saber se j  me deparei com algum caso
realmente dif¡cil? Muitos. Muitos mesmo. Tive um caso, certa vez, de
uma mulher com um problema mais ou menos parecido com o de Molly, a
primeira paciente que atendi hoje.

Seu nome ‚ Margareth. Eu a chamava de Maggie, ‚ mais ¡ntimo. Maggie
enfrentou o mesmo problema de Molly, s¢ que cedeu … tenta‡Æo e acabou
indo buscar consolo nos bra‡os de uma vizinha. Ela me contou tudo
sobre o esfrega -- esfrega delas e em como era delicioso o prazer que
flu¡a nela, quando estava com a vizinha.

Mas Maggie gostava de pica, reconhecia isso. Lembrava-se do prazer que
sentia com um caralho dentro de sua chana, um consolo de pl stico, um
pinto mais elaborado de marfim ou qualquer outra coisa que nÆo fosse o
original nÆo a satisfazia. Queria pica e queria a vizinha tamb‚m. NÆo
tinha jeito. A vizinha era mulher, por mais que quisesse ser macho
para agradar Maggie.

EntÆo, finalmente, Maggie veio me procurar e me contou o seu problema.
Tentei dar-lhe um tratamento de choque, mas ela se arrepiou toda e nÆo
me deixou aproximar dela.

-- NÆo sei, doutor, acho que me habituei … sutileza do amor feminino,
seus modos sÆo muito bruscos! Me assustam!

eu me vi, entÆo, …s voltas com um grande problema. Posso ser gentil,
sutil, manhoso, ardiloso, mas jamais, jamais mesmo, chegaria a me
igualar em tal assunto com uma mulher entendida. Elas sabem das coisas
entre elas. E esse departamento nÆo ‚ minha especialidade. Trato
mulheres com problemas caralhais, entende? Caralho ‚ meu instrumento
de trabalho.

Mas ela fora at‚ l , pagara a consulta e queria se tratar. Fiquei
matutando, enquanto ela recompunha a roupa que eu quase tirara.

Veja bem qual era o problema. A mulher queria uma pica de verdade numa
foda entre mulheres. NÆo d  para juntar isso. EntÆo, minha mente
brilhante trabalhou ao redor do problema. Se ela queria tudo isso e
nÆo dava para conseguir isso de apenas uma fonte, o neg¢cio era juntar
tudo em duas fontes. Percebeu a sutileza?

Como? NÆo entendeu? � simples, cara. Ela poderia ter as duas coisas,
se transasse com uma mulher que lhe desse a sutileza e um homem que
lhe desse a pica.

S¢ que havia um problema. Com outra mulher, ela conseguia trair o
marido. Com um homem, nÆo. EntÆo eu tinha que resolver isso tamb‚m.

-- Maggie, acha que sua amiga poder  colaborar na solu‡Æo do seu
problema?

-- Sarah? Claro que sim, doutor. Ela sabe que vim aqui, nÆo queria
deixar, com medo de me perder, mas aceitou. Ela gosta de mim mesmo.
Quer o melhor para mim. Entende a sutileza desse amor?

-- EntÆo vamos marcar uma nova consulta e vocˆ trar  sua amiga com
vocˆ, est  bem?

-- E como ela poder  ajudar?

-- Deixe o problema comigo. Confia em mim?

-- Sim, tive as melhores referˆncia a seu respeito.

-- Pois nÆo a desapontarei. Veja com Cristy, na sa¡da, um novo hor rio
e ver  como resolveremos seu problema.

Ela sorriu aliviada. Eu nÆo estava l  muito confiante no que iria
fazer, mas era a £nica possibilidade imagin vel.


Cap¡tulo 4


No dia marcado, as duas compareceram. Antes de qualquer coisa, pedi
para falar com Sarah em particular. Ficamos a s¢s em meu consult¢rio.
Examinei-a descaradamente. Era uma loura voluptuosa e excitante, com
seios volumosos, cabelos compridos e cheios, olhos azuis-acinzentados,
boca grande e carnuda que me fez imaginar que, com ela, seria capaz de
chupar dois cacetes ao mesmo tempo. Ou o cacete e os bagos de um
indiv¡duo.

Vestia um conjunto cinza, que destoava um pouco com a sua beleza, mas
acentuava suas formas. Ao sentar, exibiu as coxas sem pudor. Olhou-me
com certo ar de desafio.

-- Em que posso ajud  -- lo doutor? -- indagou ela, direto no assunto.

-- Bom, a questÆo toda ‚ o problema!

-- Problema? -- ela me interrompeu, e eu percebi certa zombaria ou
animosidade na voz dela.

-- Sim, o problema que Maggie me trouxe. Acho que vocˆ est  a par do
assunto e nÆo precisamos entrar em detalhes. Pelo que se, vocˆs tem um
relacionamento que, para ser perfeito, precisa apenas de um detalhe.
Quero saber se vocˆ est  disposta a isso para resolver o problema.

-- E o que terei que fazer? -- indagou ela, agora interessada no
assunto.

-- J  pensou em introduzir uma terceira pessoa no relacionamento de
vocˆs?

Ela recuou, chocada. Olhou-me com estranhamento.

-- NÆo vejo outra forma de solucionar a questÆo. Um homem ter  de
participar desse relacionamento, completando assim a satisfa‡Æo de
Maggie.

-- Ela jamais aceitaria isso.

-- Essa ‚ a questÆo. Quero saber se vocˆ concordaria com isso?

Ela pensou por instantes. Seu rosto se tornou triste.

-- Para nÆo perdˆ-la, eu faria qualquer coisa, doutor -- disse ela,
num fio de voz.

-- àtimo!

-- Mas isso nÆo resolve o problema. Maggie vai resistir … id‚ia.

-- NÆo se fizermos a coisa certa.

-- E qual ‚ a sua id‚ia?

-- Meu plano ‚ o seguinte -- disse-lhe e lhe contei tudo que
tencionava fazer para solucionar o problema de Maggie.

A o final, Sarah aprovara e estava disposta a colabora comigo.
Preparamos todos os detalhes e mandamos Maggie entrar. Ela se
aproximou toda ressabiada, ligeiramente confusa, querendo saber logo o
que se passava.

-- Maggie, para que eu possa avaliar bem seu caso, preciso que vocˆ
fa‡a amor com Sarah, aqui no meu consult¢rio, agora. Vou observar para
tirar algumas conclusäes.

-- � absolutamente necess rio, doutor?

-- Imprescind¡vel -- insisti.

-- Se nÆo h  outro jeito, eu concordo, entÆo. Mas vou ficar tensa
constrangida vendo-o ai.

Pensei por instantes. Apanhei, em minha gaveta, uma m scara de dormir.
Estendi-a para Maggie.

-- Cubra os olhos com isso. Vai ter a impressÆo de que tudo est  …s
escuras.

-- Ser  que funciona?

-- Se vocˆ se empenhar, creio que sim. Para ser curada, vocˆ ter  que
se dedicar de corpo e alma ao tratamento. Pode ser?

Ela concordou, finalmente. Vestiu a m scara. Sarah a conduziu at‚ o
divÆ e come‡ou a desp¡-la. Eu fiz o mesmo e me aproximei. Maggie tinha
um corpo escultural, seios redondos e empinados, ventre liso,
achatado, coberto de penugens. Uma xoxota peludinha que era um doce.

Ajudei Sarah a se despir. Ela estava constrangida mesmo, pois meu
caralho, acidentalmente, esfregava-se no corpo dela e ela se retra¡a
toda.

Ficamos todos pelados. A excita‡Æo pairou entre n¢s. Olhei Sarah e ela
fez um sinal de cabe‡a, dizendo-me que estava tudo bem. Ela deitou
Maggie no divÆ. Cobriu-a com seu corpo e iniciou uma sessÆo de beijos
lentos, demorados, mas ardentes no rosto e nos l bios de minha
paciente.

Enquanto isso, seus corpos se encaixavam. A coxa de Sarah ficou
ro‡ando a vagina de Maggie, que fazia o mesmo em retribui‡Æo. Eu
fiquei ali, com o cacete endurecido e em fogo, olhando a bundona de
Sarah se mover voluptsuosamente, enquanto ela se esfregava em Maggie.
Cara, isso ‚ que ‚ tesÆo. Fiquei em ponto de bala e daria tudo para
ter comido o cu da sapatÆo.

Mas sou um profissional e me controlei. Mas que era uma bunda bonita e
gostosa, era. E como era.

Ap¢s aquela sessÆo preliminar, Sarah deixou seu corpo cair fora do
divÆ e continuou beijando o corpo de Maggie, os seios, o ventre,
enquanto a tocava com as mÆos. Eram mesmo toques sutis, cheios de arte
e vol£pia.

Sarah levantou os olhos para mim. Retirou uma das mÆos, a que cobria
os seios de Maggie. Estendi minha mÆo e a substitu¡. Sarah coordenou
meus movimentos, pondo sua mÆo sobre a minha. Foi nesse dia que
apreendi a sutileza do toque.

Depois, chegou a vez de substituir os l bios dela. Ela se afastou um
pouco. Eu me ajoelhei junto ao divÆ. Fui espalhando beijos sobre o
ventre de Maggie, enquanto acariciava os seios durinhos, rijos, macios
ao mesmo tempo, biquinhos eri‡ados, um tesÆo mesmo.

Beijando-a, eu sentia o perfume de sua pele, o sabor de sua pele, seu
cheiro feminino que vinha l  de baixo, entre as coxas, onde a mÆo de
Sarah se movia.

Ai, entÆo, foi gostoso, pois minha mÆo substituiu aquela tamb‚m. Para
coordenar meus trabalhos, Sarah ficou atr s de mim, com suas mÆos
sobre as minhas, ensinando-me.

Eu sentia seus seios esfregando-se em minhas costas. Suas coxas
ficaram ao lado de minha bunda. Ela come‡ou a se esfregar em mim com
desejo. NÆo sei como, mas ela encaixou a chana em meu quadril e ficou
ali, ro‡ando. Eu sentia sua umidade escorregar em minha pele.

émida estava tamb‚m a chana de Maggie. Ela movia um dedo apenas, o
m‚dio, deslizando de cima para baixo, de baixo para cima, percorrendo
toda a sua vulva e seu clit¢ris.

E alisando seus seios. E beijava seu ventre. E Sarah se esfregava em
mim. E eu esfregava o pau no divÆ. Ficamos ali, naquele esfrega --
esfrega por um longo tempo. Maggie se excitava cada vez mais. Ofegava,
gemia debilmente. Queria me tocar, mas quando fazia um gesto,
interromp¡amos as car¡cias e Sarah segurava a mÆo dela.

Sarah ofegava em meu pesco‡o e isso me arrepiava e me excitava. Meu
dedo subia e descia mais depressa na chana de Maggie. A mÆo deslizava
nas tetinhas dela, subindo e descendo as encostas tentadoras.

-- Oh, Sarah! Que del¡cia! Est  tÆo bom! -- murmurou ela.

-- Sim, querida. Vai ficar melhor ainda. Vou chupar sua chaninha. Vocˆ
quer?

-- Claro que sim! Vou adorar! Vem enfia sua linguinha em mim! -- pediu
minha paciente, impaciente.

Sarah abriu mais as pernas dela, jogando cada uma delas de cada lado
do divÆ. Maggie ficou com as pernas escancaradas, a bucetinha molhada
ali, a minha disposi‡Æo.

Minha auxiliar fez o primeiro toque. Fiquei observando como a sua
l¡ngua se estendia, tocava embaixo da vulva de Maggie e ia subindo
lentamente, at‚ o clit¢ris, onde circulava e lambia. Retornava l 
embaixo. As mÆos subiam pelo corpo de Maggie, arranhando delicadamente
seu ventre, alisando seus seios, apertando os biquinhos tesudos.

-- Est  bom assim? -- indagou Sarah, fazendo um gesto para que eu a
substitu¡sse.

-- Sim, delicioso -- respondeu Maggie, enquanto eu ca¡a de l¡ngua
naquela buceta molhada e perfumada.

Que sabor intenso e delicioso, Sarah ficou de novo atr s de mim,
coordenando meus movimentos, esfregando-se em meu quadril. Que chana
mais molhada, cara. Ela me melava todo. E fungava em meu pesco‡o e me
arrepiava como um louco. E meu caralho querendo furar o couro do divÆ.
Coisa de doido, mesmo.

-- Ah, Sarah! Mais! Mais r pido, querida, estou come‡ando a gozar! Que
bom! Fundo agora! Quero sua linguinha l  dentro! Tudo! Ah, Sarah,
querida! Ah, se vocˆ tivesse uma pica! Ai que vontade de comer um
caralho.

Ergui-me. Sarah se debru‡ou sobre Maggie, erguendo as pernas dela e
pondo-a em seus ombros, esfregando chana com chana agora, mas a
posi‡Æo permitia que tivesse acesso … bucetinha das duas. E ao cu de
Sarah, se eu quisesse. Mas estava ali para resolver o problema de
Maggie. E fiz isso, entÆo.

Quando ela estava na maior geme‡Æo, pedindo um caralho, eu entrei de
sola. Me acomodando atr s de Sarah, enfiei minha piroca todinha na
xoxota dela.

-- Ai, Sarah, o que vocˆ est  fazendo comigo! Ah, que gostoso! O que ‚
isso? -- surpreendeu-se Maggie.

-- Estou lhe dando um milagre, estou lhe dando o que sempre pediu, ‚
uma piroca, das grandes, agora goze, goze que isso aqui est  muito
bom! -- disse Sarah, em cuja xoxota meu caralho ro‡ava, a cada vez que
entrava e sa¡a da chana de Maggie.

Foi uma loucura. Gozei como doido, esporreando-a todinha. Aquela
melequeira.

-- Tamb‚m quero experimentar isso -- disse Sarah, finalmente, pegando
meu pau melecado de porra e enfiando sabe onde?

No cu, que eu tanto desejara, cara, fui fundo. aquele cuzinho quente,
apertado, delicioso. Bombei alucinadamente. Ela gemeu. Sarah rebolava
como uma louca. Maggie se contorcia debaixo dela, pois voltavam a
esfregar chana com chana.

Gozei de novo, duas em seguidas, praticamente sem tirar de dentro.
Esfolei-me todo. A cabe‡a de meu pau ficou vermelha. prejuizo minhas
consultas do dia, mas valeu a pena.

Quando terminamos de gozar, Sarah retirou a m scara de Maggie. A
principio ela nÆo entendeu Sarah por cima dela e eu atr s dela,
peladÆo, com o caralho enterrado na bunda da amiga.

-- Vocˆs! vocˆs me tra¡ram! -- ela balbuciou.

-- NÆo, querida. N¢s resolvemos o problema! vocˆ gozou, nÆo gozou? NÆo
gozou como gostaria de gozar sempre? Vamos, confesse.

-- Sim! Foi delicioso! Foi selvagem! vocˆs me surpreenderam. Estava
muito bom.

-- Eu tamb‚m gostei-afirmou Sarah, piscando o cuzinho e apertando meu
esfolado caralho.-acho que descobri enormes possibilidades de tornar
nosso relacionamento mais rico e mais excitante.

-- Como assim?

-- Vamos conversar depois de um banho -- propus e l  fomos para a
minha hidromassagem.

Ali brincamos mais um pouco. Sarah chupou meu caralho, enquanto
Maggie, deitada em meu peito, deixava que eu lambesse sua xoxota e
enfiasse nela a minha l¡ngua.

E fomos invertendo, criando posi‡äes. Eu fodi as duas de novo, ali,
naquele banheiro. Tenho de tudo l , at‚ uma sauna. Quando ficamos
mesmo esgotados, fomos para l , onde conversamos, afinal, sobre a
solu‡Æo do problema de Maggie.

-- Bem, garotas, acho que, vencida a timidez e o constrangimento de
Maggie, posso oferecer a solu‡Æo para o problema. Vocˆs terÆo de
incluir um amante na rela‡Æo de vocˆs.

-- Isso at‚ eu j  percebi, doutor -- disse Sarah, com cinismo.-a
questÆo ‚: quem vamos incluir? Precisa ser algu‚m de confian‡a,
saud vel, que nÆo compromete nossas vidas.

-- E vocˆs tˆm isso ao alcance da mÆo-afirmei, olhando-as com grande
sabedoria.

-- Como? NÆo estou entendendo -- disse Maggie.

-- Seus maridos, tolinhas!

-- Nossos maridos? -- repetiram elas, em un¡ssono.

-- sim, eles mesmos. Vocˆs j  pensaram como seria interessante para o
marido de Maggie transar com vocˆ, Sarah? E em como ficaria infernal
seu marido transar com Maggie? Vocˆs podem reves  -- los. E para
tornar tudo mais interessante ainda, eles nem precisam saber desse
arranjo. Para todos os efeitos, um nÆo saber  que o outro tamb‚m mama
tetas e chupa as mesma chana. Compreenderam?

As duas se olharam com um sorriso enorme nos l bios.

-- Doutor, vocˆ ‚ um gˆnio -- falou Maggie.

-- Um artista!-ajudou Sarah.

-- Ora, meninas, assim vocˆs me deixam acanhado. � o meu trabalho,
vocˆs me pagam para isso. s¢ pe‡o que falem bem de mim a suas amigas.
Agradecerei pessoalmente cada cliente nova que me mandarem.

-- Faremos isso -- prometeu Maggie. -- Como tamb‚m, sempre que
ficarmos com saudade, viremos n¢s, s¢ para desfrutar de suas
habilidades e de sue precioso instrumento.

E nÆo era para eu sorrir envaidecido?


Cap¡tulo 5


O meu trabalho ‚ isso que vocˆ est  vendo. Fa‡o de tudo e mais um
pouco, vou al‚m, me excedo …s vezes, mas, no fim de tudo, fa‡o o meu
trabalho, cumpro o que prometo, justifico o dinheiro que me pagam. E
elas vˆm aos montes. Tenho consultas marcadas para daqui a um ano,
para vocˆ ver como elas vˆm.

A pr¢xima paciente, por exemplo, nÆo deve estar com problema nenhum.
Veio recomendada pela Sra. Rochefort, uma francesa deliciosa que comi
no ano passado. Est  em Paris agora, mas deve falar muito de mim, pois
freq�entemente aparecem amigas suas para uma visita e uma foda. Agora
fique a¡. vou pedir a Crisry que a mande entrar.

Ela est  entrando agora. Observe o olhar curioso que ela me lan‡a.
Curioso e malicioso. Anda como uma pantera, toda cheia de frˆmitos,
mas maciamente, adoravelmente. Aponto a poltrona. ela se senta. Cruza
as pernas. Veja que coxas lindas, morenas, lisas, sem pˆlos.

Adoro isso. Adoro o conjunto que ela veste, a blusa colante por baixo
do paletozinho, a saia curta e justa. Tem p‚s pequenos.

-- Pois nÆo, Francis -- digo, olhando-a.

Cabelos curtos, num formato que real‡ava seu rosto. Nariz finos, boca
de bom tamanho, com l bios carnudos. Olhos escuros. Sombrancelhas bem
feitas. Um leve acento de perfume, notou? Nada exagerado, mas um
perfume discreto, elegante.

-- Vim recomendada pela minha amiga, Sra. Rochefort. disse-me que
poderia me ajudar!

Ah, danadinha! vou ajudar sim, penso eu, olhando-a com vivo interesse.
Ela ‚ um tesÆozinho, nÆo? Seu sotaque francˆs me arrepia. O jeito como
move os l bios tamb‚m. Vou foder essa mulher. Acho que ela tamb‚m sabe
disso, mas vou adorar meter meu caralho americano no meio de suas
coxinhas francesas.

-- O que a tem incomodado especificamente? -- indagou. depois que ela
fala um monte de abobrinha que nada me dizem a seu respeito.

-- NÆo sei, doutor. Ando sem tesÆo, sabe? Meu marido nÆo me satisfaz!
Tenho um amante, mas nÆo ‚ grande coisa. Tenho medo de estar perdendo
meus encantos. Estou ficando deprimida. Muito deprimidinha! --
murmurou ela, fazendo um beicinho delicioso que me ponha a imaginar
aquele biquinho chupando meu caralho, pegando s¢ a pontinha, enfiando
a linguinha no buraquinho da uretra.

-- E como imagina que eu possa ajud -la? -- pergunto, s¢ para ver a
rea‡Æo.

-- Bem, a Sra. Rochefort ficou muito satisfeita com seus servi‡os,
doutor -- ela respondeu e fica me olhando toda trˆmula e ansiosa.

-- venha at‚ aqui-ordenou, afastando um pouco a minha poltrona da
escrivaninha.

Ela se anima toda. Levanta-se e vem, gingando as cadeiras, as
mÆozinhas se apertando. TesÆozinha. Venha para o papai, venha!

Ela chega. Encosta-se na escrivaninha, a minha frente, olhando-me com
expectativa. Posso sentir o cheiro de sua bucetinha molhada. Est  com
desejo. Est  querendo trepar. Vai ter a sua trepada, minha querida
francesinha delicada.

-- Estou aqui! O que quer? -- pergunta ela, sentando-se no tampo da
mesa.

Cruza as pernas. NÆo se incomoda com a saia. Vejo at‚ o fundo, at‚ a
calcinha transparente. TesÆo! Sinto uma agulhada aqui no meu
instrumento, que reage de pronto e se ergue. gostosa!

-- Preciso fazer uma avalia‡Æo do seu caso -- digo, com cinismo e
mal¡cia.

-- Como?

-- Preciso trepar com vocˆ e ver o que est  havendo ‚ com vocˆ ou ‚
apenas incompetˆncia dos homens com quem tem trepado.

-- Assim tÆo simples?

-- Sim, estou vendo que ‚ uma bela mulher, gostosa, tesuda, com tudo
no lugar. Sua aparˆncia geral ‚ muito saud vel. NÆo creio em nenhum
dist£rbio f¡sico. Se sua chana estiver perfeita e suas rea‡äes tamb‚m,
tudo me levar  a supor que ‚ uma mulher normal, sem problema nenhum.

-- E se isso ocorrer?

-- Vou recomendar que troque de marido ou de amante. Ou troque os
dois.

-- Disse que vamos! trepar?

-- Sim. Conhece o termo, nÆo?

-- Trepar ‚ o mesmo que foder?

-- Isso mesmo.

-- EntÆo vou adorar esta consulta, doutor.

-- EntÆo fique tranq�ila. vou come‡ar meu exame. Fique na sua. S¢ me
deixe conduzir o exame de maneira satisfat¢ria, promete?

-- Prometo -- diz ela, num suspiro emocionado.

Viu s¢ como foi f cil? Ela quer trepar, s¢ isso. vou lhe dar uma
trepada. Uma trepada que ela nunca mais esquecer . Come‡o. Bem
devagar, ponho minha mÆo no joelho dela. Massageio, olhe como ela se
arrepia.

Avan‡o. A coxa ‚ lisa, morna, gostosa. Ela descruza as pernas. O
cheiro de sua xoxota ‚ doce e intenso. Ela est  molhada. Tenho
certeza.

Chego … calcinha, tecido de primeira. Minhas pacientes sÆo chiques.
Mantenho meu olhar fixo no dela, brinco com o el stico da calcinha,
passeio os dedos sobre seu monte de vˆnus, peludinho. Ela abre mais as
pernas. Facilita as coisas, enfio a mÆo pela calcinha dela. Toquei a
chana e ela estremece, busco o clit¢ris. � um carocinho durinho j .
Massageio. Espremo. Aperto. Esfrego. Ela fica tremendo, mordendo os
l bios, apertando os olhos.

-- Como estÆo minhas rea‡äes, doutor?

-- àtimas, at‚ aqui -- respondo, deixando sua chana em paz e me
levantando.

fico em p‚ diante dela. Afasto gentilmente suas pernas, o m ximo que
permite a sua saia justa, ela se ergue um pouquinho, puxa a saia para
tr s. Fico encaixado entre as coxas.

-- L  embaixo est  tudo normal -- digo e beijo-a demoradamente,
enroscando minha l¡ngua … dela, sugando e mordiscando seus l bios
carnudos e mornos.

Ela ofega, sinto o calor de sua boca. Seu h lito ‚ perfumado e me
arrepia. Ela desce uma das mÆos pelo meu corpo. Vai tocar meu caralho
em riste e duro. Aperta-o com verdadeiro deslumbramento.

-- A Sra. Rochefort nÆo exagerou quanto ao seu instrumento doutor.

-- Gostou?

-- Adorei.

-- � todo seu. Pode brincar … vontade.

Ela topa. Fica massageando e apertando, movendo a mÆozinha sobre o
tecido levantado da cal‡a, abra‡o-a com firmeza. Fa‡o-a descer da
mesa. Ro‡o seu corpo no meu. Meu caralho espeta seu ventre.

Deslizo as minhas mÆos pelo corpo dela, des‡o pelas costas vou at‚ a
bundinha, durinha, arrebitada, redonda. Um tesÆo! Seguro-a pelas
n degas e aperto-a contra meu pˆnis rijo. Ela vibra e rebola os
quadris.

Est  assanhada. Come‡a a soltar os botäes de minhas roupas, ‚ h bil,
me despe o tronco com facilidade. Deslumbra-se com meus m£sculos, com
meus pˆlos. Ela acaricia. Inclina a cabe‡a. Sinto seus beijos em meus
mamilos. Seus dentes finos e pequenos mordem adoravelmente. �
delicioso!

Seus l bios vÆo descendo pelo meu ventre. Come‡o a desp¡-la tamb‚m,
at‚ ver seus seios nus ao meu alcance. Ela continua beijando meu
ventre e meu peito. Aperto seus seios. sinto sua rigidez. Toco os
biquinhos eretos e enrugados de tesÆo.

Inclino-me sobre ela e solto o fecho da saia. Ela mexe o corpo e a
saia desliza para baixo. Est  descal‡a. Seus sapatos estÆo debaixo da
escrivaninha j . Eu a fa‡o erguer-se. Enfio a minha mÆo na calcinha
dela. busco a vulva molhada e ardente. Ela estremece e funga, como se
estivesse gozando.

-- Ah, doutor! Que mÆos!

-- Que chana! Que tetinhas, minha queria -- murmuro, rouco ao seu
ouvido e flexiono os joelhos para beij  -- los um a um.

Prendo o biquinho entre os dentes. Masco como se fosse uma uva madura
que nÆo desejo romper. Depois lambo, lambo e mordo. Aliso com a l¡ngua
aquelas encostas durinhas. A pele dela est  toda arrepiada.

Enquanto isso, l  embaixo, minhas mÆos empurram a calcinha para baixo.
Ela se apoia em meu ombro. A calcinha fica de lado. Seu perfume ‚ mais
intenso. Quero beber o n‚ctar de sua chana.

-- Deixe-me fazer isso -- pediu ela, quando come‡o a tirar a sunga.

Ela se ajoelha diante de mim. Segura de modo respeitoso o el stico da
sunga. Come‡a a puxar para baixo. respeitosamente nÆo ‚ bem o termo. �
como um ritual, algo sagrado que ela encara com a m xima seriedade.

Meu caralho surge diante dos olhos dela, grosso e palpitante, pedindo
car¡cia, louco para dar prazer. Ela mal acredita. H  l grimas de
felicidade nos olhos dela. Seus dedinhos enla‡am o grosso e duro.

-- Que maravilha, doutor! Que coisa linda! Que esp‚cime! ela m£rmura,
a voz trˆmula.

Vejo-a fazer um biquinho e lev  -- lo at‚ a ponta do meu caralho. Seus
l bios envolvem minha glande. Sinto sua l¡ngua girar e estreme‡o. Meus
joelhos fraquejam de tesÆo. Minha respira‡Æo tamb‚m se apressa. Isso ‚
gostoso , isso ‚ tesÆo.

eu vacilo, estou mole de tesÆo. Ela aperta os l bios e os dentes na
pele retesada e recua a cabe‡a. Depois avan‡a. Coordeno meus
movimentos aos dela e fodo sua boquinha, indo e vindo, indo e vindo. �
loucura! � bom demais! Posso at‚ gozar, mas nÆo quero. Vou foder sua
bucetinha. E seu cuzinho tamb‚m. Ela gira a l¡ngua ao redor de meu
pˆnis, enquanto nos movimentamos. Suas mÆos sobem pelo meu corpo.

bolino seus seios, ela me chupa desesperadamente. Quer me fazer gozar
em sua boca. E me fode o cu, com os dedos, depois eu lhe dou o mesmo
rem‚dio.

-- Ah, del¡cia! -- murmura ela, deixando meu caralho escorregar para
fora de sua boca voluptuosa.

Ergue-se e me abra‡a. Esfregando-se em mim. Nossos l bios se juntam
sofregadamente. Nossas l¡nguas se degladiam. Enroscam-se. Bebo a sua
saliva com gosto. Com lux£ria. Aquele sabor me embriaga. Seus l bios
estÆo ardentes. contagio-me. Meus bagos doem de tanto tesÆo. Devo ter
um litro de porra l  dentro, esperando para ser despejado na bucetinha
dela.

Fa‡o-a deitar-se na escrivaninha. Deixo suas pernas de fora. Ponho-as
sobre meus ombros. Inclino-me. Seu quadril vem de encontro ao meu
rosto. Sua chana tamb‚m. Bebo, na ta‡a mais excitante, o sumo daquela
buceta. � doce, quente e me päe em ponto de bala. Enfio a l¡ngua,
giro, aperto seu grelinho, ela geme. Ela se debate, eu insisto, ela
goza. Como goza essa francesinha. E mais se molha. Mais eu bebo. Vou
ficar bˆbado com o sumo de sua chana.

-- Ah, doutor, foda-me. Päe seu caralho a¡ dentro logo! Estou gozando!
Mas quero o m ximo -- ela pede.

-- Calminha, minha querida. O m‚dico sou eu, conhe‡o o tratamento.
Nada de pressa, vocˆ est  nas mÆos de um especialista -- eu lhe digo e
avan‡o meus l bios molhados pelo ventre dela, at‚ os seios.

Chupo-os e lambo-os, mordisco os biquinhos. L  embaixo, minha mÆo
acaricia sua vulva. Enfio um dedo l  dentro. � apertada e ardente.
Fodo-a com os dedos. Ela goza de novo. E me morde. E geme, e se
contorce, agarrada em mim, esfregando-se, fissurada, em del¡rio.

retiro o dedo molhado e lubrificado de sua chana. Pressiono o cuzinho
dela. ela geme mais alto. enfio tudo, de uma vez, l  no fundo,
sentindo-a desfalecer. Seus olhos estÆo morti‡os. Sua boca se
entreabre. Ela respira e solu‡a. H  l grimas de paixÆo em seus olhos.

-- Quero! Quero! Eu quero! -- solu‡a ela.

-- Quer o quˆ?

-- O caralho! Termine! Estou morrendo de tanto gozar! Päe, doutor! Päe
agora! Quero! Eu quero!

Endireito o corpo. seguro meu cacete e aponto para a chana dela. Ela
geme. Ela suplica. Ela se debate. Suas pernas se enroscam em mim.
Deixo entrar apenas a cabe‡a. Fico indo e vindo. Ela quer tudo, eu nÆo
dou, massageio seus seios, ela toma uma de minhas mÆos e leva … boca.
fica chupando meus dedos, lambuzando-os de saliva.

-- Päe! Por favor! Päe agora! Eu suplico! Quero tudo, doutor!
Quero!Päe! -- ela repetia, os olhos molhados de l grimas, o rosto
crispado de tesÆo.

Eu estou no meu limite. Continuo provocando-a, pressionando seu ƒnus.
Pincelando sua vulva. Enfiando s¢ a pontinha, tirando, batendo com a
glande em seu clit¢ris. Dou-lhe tapas na bunda. Ela chora de
felicidade.

Estou quase gozando tamb‚m. De meu caralho escapa o l¡quido viscoso e
lubrificante que precede o gozo. Seguro um pouco mais. EntÆo,
finalmente, eu me afundo dentro dela, rasgando sua chana apertada,
indo at‚ o fundo, at‚ que meus test¡culos toquem suas n degas.

Ela relaxa o corpo por instantes, desfalecida. NÆo lhe dou tr‚guas.
Inicio meus movimentos. Ela geme e goza, geme e goza. Suplica que eu
termine logo. Eu a atendo. Meu prazer explode inesgot vel, num jorro
de esperma que a inunda e transborda sobre o tampo envernizado da
minha escrivaninha.



Cap¡tulo 6


Taradas? Vocˆ quer saber se eu atendo as taradas tamb‚m? Atendo todas,
indistintamente. SÆo complicad¡ssimas. Veja este arm rio aqui. Est 
vendo? SÆo chicotes, correias, correntes, pregos, objetos de a‡o. Aqui
tem de tudo que vocˆ possa imaginar.

Mulheres taradas me procuram, masoquistas, principalmente. Raramente
atendo ou recebo s dica. Mas masoquistas conhe‡o aos montes e j 
atendi uma por‡Æo delas.

Est  vendo esta caixa aqui? Tem todo o uniforme de colegial. � de uma
de minhas pacientes. Quando ela marca consulta, mando lavar, passar e
perfumar. Fica a disposi‡Æo dela. Quando chega, vai para o vesti rio
ali na entrada, veste sua roupinha, depois entra.

O que acontece? Bem vou lhe contar. Acho melhor voltar ao come‡o
quando ela chegou aqui pela primeira vez. Era uma mulher acabada, mas
percebia-se a beleza mal cuidada nela. Vestia-se mal. Os cabelos mal
tratados, as unhas irregulares, uma merda de mulher.

Ao vˆ-la, entendi logo que se tratava de uma masoquista. Aquela mulher
se odiava e nÆo sabia.

-- NÆo gozo, doutor -- ela me disse, quando pergunte qual era o
problema. -- NÆo gozo de jeito nenhum. Meu marido ‚ muito gentil,
muito carinhoso, tem um caralho proporcional e se esfor‡a ao m ximo.
Eu me sinto um lixo por isso. Pe‡o que ele me bata porque sou ruim de
cama, mas ele ‚ bom, nÆo faz isso. Eu nÆo sei, doutor. Se continuo
assim, acho que ele vai me abandonar.

Enquanto ela falava, eu a sondava. Sentava-se reta, com as pernas bem
juntas, as mÆos cruzadas sobre as coxas, mantinha-se de cabe‡a baixa.
Evitava me olhar. E eu havia deixado o pinto de madeira sobre a
escrivaninha, ela nem sequer o olhou. Era mesmo um caso complicado.
Levou tempo, at‚ conseguir fazer com que ela relaxasse.

Assim que come‡ou a sessÆo, ela estava l , deitada no divÆ uma perna
sobre a outra, as mÆos cruzadas sobre o ventre. Eu estava atr s dela,
de modo que ela nÆo me visse.

Fiquei s¢ esperando que ela come‡asse a falar. Eu estava um pouco
confuso com ela. Uma mulher que nÆo dava tesÆo nenhum. Era dif¡cil
ficar ali, olhando-a. Era tÆo desinteressante. EntÆo uma id‚ia come‡ou
a se desenvolver em minha cabe‡a.

Eu precisava descobrir o modelo masculino da vida dela. Fui direto ao
assunto.

-- Louise, quero que relaxe bem agora, depois pense em um homem, nÆo
num homem qualquer, mas em um homem que foi inesquec¡vel em sua vida.
Algu‚m em quem vocˆ pense at‚ hoje. Entende o que estou pedindo?

-- Sim, doutor, mas nÆo sei! Meu pai morreu cedo. S¢ tive irmÆs! S¢ me
lembro dele!

-- Quem? -- indaguei, interessado, principalmente porque percebi, no
corpo dela, uma certa rea‡Æo.

Seu tom de voz tamb‚m se alterou.

-- Ele, meu professor de inglˆs, no col‚gio. Eu era muito nova. Acho
que me apaixonei por ele, vivia tentando chamar a aten‡Æo dele. Ele
era divorciado. Um dia, eu precisava terminar um trabalho e fui at‚ a
casa dele. Eu deveria ter um dezessete anos. Ou menos, nÆo me lembro.

Eu havia acertado. Houve uma rea‡Æo inesperada em seu corpo. Ela
relaxou. Sua voz se tornou mais viva, descruzou as pernas, separou-as.
As mÆos se soltaram, andaram sobre o corpo dela. Agitavam-se no ar.

-- O que houve na casa dele?

-- Ele estava sozinho. Tinha tomado algumas cervejas! Acho que
assistia um jogo de basquetebol. Eu estava com meu uniforme. Lembro-me
bem. blusa branca, de mangas compridas. Saia plissada azul. A gente
enrolava a cintura para ela ficar mais curta. Quando fui vˆ -- lo,
encurtei-a ainda mais.

-- O que pretendia fazer com isso?

-- NÆo sei! Acho que seduz¡ -- lo -- foi a resposta, com um tom de voz
excitado.

-- E o que acontece?

-- Acho que consegui. Est vamos na sala. Eu fazia as perguntas. Ele me
respondia. Eu anotava em meu caderno, depois ele vinha conferir.
Debru‡a-se sobre mim. Eu sentia seu cheiro. Cheiro de macho. De
cerveja. de suor, estava de camiseta sem mangas. Tinha bra‡os fortes e
musculosos. Era um atleta. Bonito. Gostoso. Seu nome era Henry --
disse ela e ficou em silˆncio por momentos, com o olhar perdido no
teto.

-- Continue -- eu pedi.

-- Eu me excitei com aquilo. Ele me ro‡ava. Toc vamos -- nos. Percebi
que a respira‡Æo dele foi se tornando mais pesada. Ficou nervoso, eu
tamb‚m, minhas faces ardiam. Minha xoxotinha virgem ficou molhada!

-- Virgem? Vocˆ era virgem?

-- Sim, virgem.

-- Umas punhetinhas de vez em quando?

-- Ah, isso sim, ou nos carros, com os garotos, esfregando -- nos.

-- J  havia gozado antes?

-- Dava umas sensa‡äes, mas gozo mesmo, nÆo. S¢ conheci com ele,
naquela tarde.

-- E como foi isso.

-- Ele me disse alguma coisa, mas eu estava no mundo da lua, excitada,
nervosa, e escrevi tudo errado. Quando ele debru‡ou para ver,
repreendeu-me.

-- Como ele fez isso?

-- Disse que eu havia escrito errado, que nÆo estava aprendendo a
fazer direito e nem me esfor‡ando. Disse, depois, que eu deveria
apanhar na bunda para nÆo me distrair!

-- Ele disse isso?

-- Sim -- confirmou ela, agora mais solta, as coxas se movendo no
divÆ, as mÆos esfregando os seios e o ventre.

-- E o que aconteceu?

-- Eu era maluca mesmo, sabe o que eu fiz? Olhei-o e disse que ele
poderia bater se ele quisesse. Ele duvidou. Eu me levantei,
debrucei-me sobre a mesa e levantei a saia, mostrando-lhe a minha
bunda.

-- Realmente?

-- Eu estava doida por ele, compreende? Se ele me pedisse para pular
do alto de um pr‚dio eu pularia. Fiquei ali, trˆmula, com a chana,
esperando. Ouvia a respira‡Æo dele. Ouvi-o dizendo que nÆo o
desafiasse. Eu insisti. Disse que era uma menina m , que precisava ser
punida. Supliquei. Ele veio. Senti-o atr s de mim. NÆo percebia o que
ele fazia, mas esperava alguma coisa acontecer. Queria que alguma
coisa acontecesse.

-- O que vocˆ queria, afinal?

-- Que ele me tocasse.

-- E da¡?

-- Da¡, muito delicadamente, ele baixou minha calcinha, toda at‚ os
p‚s. Tirou-a. Ouvi-o fungar abafado. Acho que cheirava a minha
calcinha. Ele separou minhas pernas. Alisou minha bunda. Deu uns
tapinhas. Chamou-me de menina m , repetiu. foi batendo nas minhas
n degas. Fazia barulho. Esquentava. Dava um calor danado. Minha chana
piscava de tesÆo. Ele batia explodiam. Eu gozava. Uma sensa‡Æo
diferente. Mais forte! Forte mesmo! -- murmurou ela, e ficou quieta,
respirando com dificuldade.

Esperei um pouco. Estava excitado tamb‚m. Gozava com ela aquela surra
na bunda.

-- EntÆo! EntÆo! -- continuou ela, com a voz trˆmula e emocionada. --
Ele se deitou em mim. Por cima de mim. Senti aquela coisa quente e
dura se esfregar em minha chana. Eu estava em brasa. Ele p"s a
pontinha. NÆo senti dor. Ele empurrou com for‡a e eu gozei
explosivamente. E continuei gozando, enquanto ele me fodia! E me
fodia! E eu gozava! E me chamando de menina m ! E me batendo na bunda!
e apertando meus seios! me beijando a nuca.

Ela se interrompeu. Uma das mÆos estava entre as coxas. A outra
apertava os seios. Ela gozou ali, no divÆ, s¢ de se lembrar. Pedi
licen‡a e fui at‚ o banheiro. Bati uma punheta em homenagem …quele
grande professor.

Poderia tˆ-la fodido, mas nÆo era o caso. Ali eu tinha que ir com
calma. Havia descoberto o que ela gostava. Precisava apenas comprovar
a minha teoria.

Pedi que ela marcasse uma outra consulta. Ela concordou. antes que ela
sa¡sse, dei-lhe outras ordens.

-- Louise, vou anotar aqui tudo o que quero que vocˆ fa‡a para a
pr¢xima consulta -- disse-lhe.

-- Como assim, doutor?

-- Vamos fazer uma sessÆo de cura. Vou comprovar minha conclusÆo e
preciso de toda a sua colabora‡Æo. Vocˆ est  disposta?

-- Sim, claro. O que precisarei fazer?

-- Entre outras coisa, vamos dar uma trepada, n¢s dois, aqui no
consult¢rio.

-- Doutor! -- escandalizou-se ela.-ser  mesmo necess rio?

-- � a £nica maneira. Se tudo correr como estou prevendo, vocˆ
entender  seu problema e poder  voltar a se relacionar
maravilhosamente bem com seu marido. Vale a pena, nÆo?

Ela pensou por instantes e concordou com um aceno de cabe‡a.

-- Farei tudo que me pedir.

-- Em primeiro lugar, vocˆ ir  a um salÆo de beleza. Limpeza de pele,
maquiagem completa, perfume. Depois ir  a um cabeleireiro e pedir  um
novo corte de cabelo. Talvez deixando-os soltos e armados, nÆo presos
assim como os usa.

-- Mas o que isso far  por mim?

-- Vamos trabalhar sua imagem. Anda fazendo exerc¡cios?

-- NÆo, nÆo tenho ƒnimo!

-- Pois se quer uma vida sexual melhor, vai se matricular hoje mesmo
numa academia e come‡ar a malhar. Quero seu corpo bem enxuto para a
nossa sessÆo. Al‚m disso, renova seu guarda -- roupa. Quero roupas
novas, excitantes, que realcem seu corpo. Pe‡a isso … vendedoras que a
atenderem. Compreendeu?

-- Sim! e quando voltaremos a nos encontrar novamente? Tenho tido
dificuldades para marcar consultas. Seus hor rios entÆo sempre
repletos!

-- vou marcar sua volta no tempo certo. At‚ l , quero que malhe, se
pinte, vista-se de outra forma e pense positivo. Vou cur -la e seu
marido vai nos agradecer pelo esfor‡o. Est  bem? Pois em trˆs meses
vocˆ dever  voltar. V  falar com Cristy. Vou orient -la pelo
interfone.

Ela saiu com um ƒnimo. Liguei para minha secret ria e pedi que
encontrasse um hor rio para Louise em trˆs meses. O problema dela
estava, afinal, sob controle. Anotei em minha agenda uns negocinhos
que precisaria comprar. Quando chegasse a hora, Christy ligaria para
confirmar a consulta e pegaria as medidas de Louise. Eu pretendia
comprar um uniforme completo de colegial para ela, este aqui, ali s.

Bom, nÆo preciso lhe dizer que, quando chegou a hora, eu resolvi o
problema de Louise e ela ‚ hoje uma mulher ajustada, com um
relacionamento sexual perfeito com seu marido.

Como, Ah, vocˆ quer que eu conte? NÆo consegue imaginar? Sacanagem!
Vocˆ quer ‚ sacanagem nÆo ‚? Mas est  tamb‚m. Se est  aqui, me dando
aten‡Æo, merece isso. Afinal, sou um profissional. Dos bons. Contarei,
entÆo.

Trˆs messes depois, Louise retornou ao meu consult¢rio. J  realizei
prod¡gios em minha carreira, mas confesso que, naquele dia, at‚ eu
fiquei surpreso. Quando ela entrou, entrou envolta numa nuvem delicada
e sutil de perfume

Parou na minha frente e me olhou interrogativa, esperando a minha
aprova‡Æo. Confesso que nÆo a reconheci. NÆo podia ser, nÆo era a
mesma Louise de trˆs meses atr s. Os cabelos estavam soltos e
escovantes. Tinha um ar de pantera. A pele estava linda. O corpo
escultural.

-- Linda! Realmente linda!

--Gostou? Estou malhando todo dia, meu marido ficou contente com a
mudan‡a. Est  entusiasmado e tremendamente apaixonado por mim. Quer
foder toda noite! E a¡ ‚ que est  o problema, doutor -- disse ela, com
tristeza.

Percebi l grimas nos olhos dela.

-- O que foi? -- indaguei.

-- Continuo nÆo gozando, doutor. Ele me alisa, me excita, mas quando
päe o caralho em mim e fica esfregando, sinto que falta alguma coisa!
NÆo consigo ir al‚m daquele tesÆozinho de nada! NÆo me satisfaz, ele
goza que se acaba, diz que estou o m ximo, que cada foda ‚ melhor que
a outra, sinto at‚ inveja dele, de tanto que goza. Enquanto eu! Nada!

-- NÆo se preocupe, minha querida. Se minha teoria estiver correta,
vamos resolver seu problema.

-- Verdade, doutor? Isso me parece tÆo imposs¡vel, enquanto que, para
vocˆ, tudo parece sob controle.

-- E est  -- disse-lhe, com convic‡Æo -- Vocˆ acredita em mim, nÆo?

-- Sim, claro.

-- EntÆo vamos cuidar logo disso. Ou‡a bem o que quero que vocˆ fa‡a.
Tome est  caixa. H  roupas aqui. V  at‚ o banheiro e troque-se. Vista
estas roupas sem discutir. Depois volte aqui.

Ela estranhou, mas atendeu. Foi at‚ o banheiro. Fechou a porta. Eu
apanhei um caderno e uma caneta em minha gaveta. Deixei sobre a
escrivaninha, encostei uma cadeira e esperei. Minutos depois ela
voltou, cheia de surpresa, olhando o uniforme de colegial que vestia.

-- NÆo entendo, doutor!

-- Confie em mim. Quero que venha at‚ aqui e anote o que vou lhe
dizer-ordenei e ela obedeceu.

Sentou-se, apanhou a caneta, abriu o caderno. Esperou, comecei a falar
umas abobrinhas e ela foi anotando. De vez em quando eu ia conferir o
que ela havia escrito. Corrigia algumas coisas e continuava, ao fazer
isso, esfregava-me nela. Ela se contra¡a a princ¡pio, depois foi
entrando no clima. Meu h lito passava pelo seu pesco‡o. Ela se
arrepiava. Eu ditava, ela escrevia. Foi ficando inquieta, nervosa.
Come‡ou a errar. Corrigi com mais firmeza. At‚ que!

-- Tudo errado, Luise. tudo errado. Menina m . Acho que vou ter que
bater na sua bunda para vocˆ aprender.

Cara, que coisa fant stica se produziu ali. Ela voltou o rosto para
mim. Seus olhos chispavam. Sua boca tremia. L grimas desceram pelo seu
rosto.

-- Sim, sou uma menina m . Bata em mim, bata na minha bundinha,
professor. Com for‡a, bata, sou m . Mere‡o -- ela disse e se debru‡ou
sobre a escrivaninha.

Baixou as mÆos at‚ as coxas. Foi repuxando a saia lentamente
erguendo-a.

Que coxas sensacionais. Que beleza de pernas. Que loucura de traseiro.
Que bunda. A calcinha transparente deixava ver perfeitamente o
reguinho da bunda.

Senti seu cheiro. Estava molhada. Estava excitada. Desp¡-me. Meu
caralho estava teso, ansioso para experimentar aquela bucetinha.
Tirei-lhe a calcinha, at‚ os p‚s. Depois afastei suas pernas. Dei-lhe
um tapa na bunda, com for‡a. Meus dedos marcaram sua pele. Ela
estremeceu.

Continuei batendo, com for‡a. Chamei-a de m , de putinha, de
vagabunda, de vigarista, de tudo quanto ‚ nome que me lembrei. E
batia. E ela gemia. Chorava de prazer. Se remexia. Rebolava a bunda.
Pedia mais e eu atendia.

Foi uma sessÆo aquela, As l grimas dela molhavam a escrivaninha. Sua
vagina ficou tÆo excitada que gotejava. Meu caralho, entÆo, do¡a de
tanto tesÆo.

Quando a vi no ponto, enfiei-lhe minha vara com for‡a. Ela gemia e
gritava de prazer, pedindo tudo, pedindo mais, querendo se acabar no
ˆxtase.

Deitei-me sobre ela. Amassei seus seios. Ela gozou, e gozou repetidas
vezes. De quebra eu ainda fodi sua bundinha, pois nÆo pude resistir.
Ela gozou com a buceta e com o cu naquela tarde maravilhosa.

Estava curada, afinal.


Cap¡tulo 7


Pois ‚. Assim eu curei Louise. Ensinei-a gozar de novo. Ela passou a
experiˆncia para o marido. Juntos inventam mil e uma formas de fazˆ-la
gozar. � assim. N¢s temos uma no‡Æo de dor diferente. Louise ‚
diferente. NÆo encara a dor como n¢s a encaramos. Para ela, dor ‚
prazer, dentro de certos limites.

Uma vez entrou uma s dica aqui. L  pelas tantas ela tirou um chicote e
uma coleira de cachorro. Disse que gozaria se eu fingisse ser seu
cachorrinho e me deixasse chicotear.

S¢ isso? NÆo! Ela queria mijar em cima de mim, se deixasse, ela
cagaria. Pois bem, expliquei delicadamente que minha especialidade nÆo
era aquela. Sabe o que acontece? Ela encrespou. Achou ruim. Mandei
pegar de volta seu dinheiro da consulta. E o que ela fez? Partiu para
cima de mim.

NÆo sou faixa -- preta de caratˆ a toa. Embora nÆo pratique agora,
naquela ‚poca eu estava no auge. Dei-lhe algumas porradas bem dadas e
a pus para fora daqui. Nunca mais voltou. Acho que ‚ por isso que as
s dicas foram se escasseando. Conhecem a minha fama quanto a elas. NÆo
tolero mesmo.

Sacanagem ‚ uma coisa, humilha‡Æo ‚ outra. Amor pra mim tem que ser na
base do caralho.

Se j  atendi homem? Vocˆ j  perguntou isso. NÆo atendo. NÆo atendo
mesmo. Acho que! Sim, uma vez. S¢ uma vez, mas foi para um amigo.
Coisa profissional, em alto n¡vel. Tinha uma esposa meio tarada. Ela
s¢ gozava se fosse em situa‡Æo de perigo. Pode entender isso?

Sugeri que transassem no elevador, nas escadas do pr‚dio, no carro,
durante o dia, numa pra‡a, … noite e coisas assim. NÆo deu certo.

-- Por que nÆo a manda aqui? -- sugeri.

Ele riu. Conhecia minha fama. Conhecia o meu trabalho.

-- Dick, meu amigo, sem essa. Preciso de sua ajuda, mas nÆo do seu
instrumento. Quero dicas, uma solu‡Æo. Preciso fazer aquela mulher
gozar e nÆo estou conseguindo.

Pedi que me falasse sobre ela. Anne, a esposa do meu amigo Peter,
havia sido uma pessoa muito independente em sua juventude. Formara-se
em advocacia. Trabalhava no ramo. Morava sozinha por muito tempo,
sempre se virando sozinha.

Conheceram-se num tribunal. Casaram-se. As rela‡äes sexuais deles eram
satisfat¢rias, mas nada explosivo. Ela pedia isso. Peter se esfor‡ava
ao m ximo e, assim, foi descobrindo os gostos dela.

Trazia, agora, o problema para mim. Pensei em diversas mulheres que se
encaixavam mais ou menos no mesmo perfil de Anne. Eram mulheres fortes
que, para satisfazerem, precisava de algu‚m mais forte, de emo‡äes
forte, de domina‡Æo.

-- J  sei, Peter. Vocˆ vai ter que representar.

-- Como assim?

-- Criar situa‡äes de perigo para ela. Inesperadamente, sem que ela
saiba.

-- Como o quˆ, por exemplo?

-- Vou pensar em algo e lhe aviso. S¢ tem uma coisa. Quando formos p"r
isso em pr tica, preciso estar presente.

-- Est  maluco, Dick! Acha que vou deix  -- lo nos ver transando? --
protestou ele.

-- � preciso. Se algo sair errado, eu poderei corrigir. Se ela der
certo, ‚ uma experiˆncia e tanto que poderei estender a outras
pacientes com o mesmo problema.

-- NÆo, nÆo vai dar certo.

-- Dar . Serei tÆo discreto que vocˆ nem perceber  a minha presen‡a.

Ele pensou por instantes.

-- Vai valer a pena, Peter! -- comentei.

Ele concordou, finalmente. Fiquei de preparar tudo e avis  -- lo. Por
alguns dias pensei no assunto. Neste intervalo, fomos juntos a uma
pe‡a de teatro. Falava sobre crimes. Havia uma cena de estrupo. Uma
mulher era for‡ada por um homem com uma espada. Ele a comia, sempre
amea‡ando-a com a espada.

Observei Anne. Vi como ela ficou excitada com a cena. Excitada mesmo.
TÆo excitada que pude sentir o cheiro de sua chana molhada. E aquilo
me deu uma id‚ia, na volta, fomos jantar. Quando ela e minha companhia
foram ao banheiro, disse a Peter que, na noite seguinte, far¡amos
aquilo.

-- Como vai ser?

-- AmanhÆ eu o encontro na sa¡da do trabalho. Vamos tomar um drinque.
Uns dois ou trˆs, ser  melhor. Levarei todo o material e lhe
explicarei.

-- Material? Que material?

-- Deixe comigo. Sua mulher vai se arrebentar de tanto gozar, meu
caro. Mas ter  que ser firme e forte. Confie em mim.

Peter confiou. Na tarde seguinte, passei pelo escrit¢rio dele e fomos
a um bar, onde tomamos alguns martinis. Antes de sairmos, mandei-o
tomar uma cerveja ainda.

-- Por que isso? -- indagou ele. j  meio bˆbado.

-- Para dar veracidade … coisa.

-- Tem certeza que dar  certo? Nunca cheguei bˆbado em casa.

-- Mas hoje ‚ um dia especial, Peter. Um dia especial.

Fomos, entÆo, para a casa dele, em meu carro. Estacionei algumas casas
antes e fomos a p‚. Durante o caminho, eu contara ao Peter o meu
plano. Ele concordou de novo. Dei-lhe as coisas que havia levado.

Ele aceitou tudo numa boa. Vestiu uma camiseta bem apertada, jeans
justo, botas e, para finalizar, pus em sua mÆo uma enorme faca de
ca‡a, dessas grandes mesmo, quase um facÆo.

Entramos pela garagem. Peter tinha a chave. Naquele hor rio, Anne
fazia o jantar. Peter se preparou. Fiz alguns ru¡dos e, momentos
depois, a luz da garagem se acendeu. Anne veio descendo a escada
cuidadosamente, olhando por tudo.

Eu me escondi atras de algumas caixas. Peter ficou ao p‚ da escada,
oculto. Quando Anne chegou ao seu alcance, ele a agarrou e puxou-a,
prensando-a na parede. P"s uma das mÆos na boca dela. P"s a faca na
garganta.

Ah, esqueci de dizer. Peter vestia uma m scara de esquiador dessas que
s¢ deixam os olhos, o nariz e a boca a mostra. Ela se debateu
debilmente, pois aquela faca seguramente a intimidava. Ou talvez fosse
o joelho de Peter que se alojara entre as coxas dela.

Ficaram ali im¢veis, ofegantes.

-- Vou fodˆ-la, minha querida -- disse ele, disfar‡ando a voz.

Ela balan‡ou a cabe‡a de um lado para o outro. Parecia assustada. Ou
talvez tivesse reconhecido Peter por algum detalhe, mas adorou a
situa‡Æo. Eu sei apenas que tudo correu muito bem.

-- Estou louco! Louco de tesÆo por vocˆ, sua gostosa. Sua piranha
vagabunda! Sua vaca! Vou comer sua chana! Vou foder sua bunda! Vou
fazˆ-la chupar meu caralho -- continuou ele, empurrando-a contra uma
pilha de pneus.

Anne vestia uma cal‡a comprida e uma camiseta folgada. Vi a lƒmica
rebrilhar e cortar facilmente o tecido da camiseta. Vi que a mulher do
amigo tinha peitos interessantes. Grandes e duros, empinados,
deliciosos.

Ele continuou, com a mÆo tapando a boca da esposa. A camiseta virou
trapos.

-- Vou tirar a mÆo de sua boca e vocˆ nÆo vai gritar. Se gritar eu a
mato -- disse ele, com decisÆo.

Lentamente retirou a mÆo. Ela nÆo gritou. Ofegava.

-- Por que! Por favor! NÆo! -- gemeu ela, debilmente, mas ele brandiu
a faca diante dos olhos dela.

Tocou a lƒmina na face dela. Ela estremeceu toda. A faca foi descendo,
at‚ tocar-lhe os seios. Fico imaginando a sensa‡Æo que o a‡o provocou
em seus seios, mas vi que se arrepiaram. Aquilo a excitava de fato. Eu
havia acertado mais uma vez.

-- Dispa-se-ordenou Peter e ela o obedeceu submissa.

Endireitou-se diante dele. Era peludinha, linda com aquele peitos, a
cintura afinada, os cabelos soltos, os olhos assustado, mas brilhantes
de tesÆo.

A lƒmina da faca passeou pelo corpo dela. Desceu at‚ as coxas. Entrou
no meio delas. Peter estava fazendo muito bem seu papel. As costas da
faca esfregaram a chana de Anne. Ela gemeu, trˆmula.

-- NÆo! NÆo me machuque! Farei o que quiser! NÆo me machuque! Farei o
que quiser! Pode me foder! Pode comer o meu cu! Se quiser, eu chupo
sua pica! Eu fa‡o tudo que vocˆ quiser.

-- EntÆo tire a minha roupa. S¢ a cal‡a. Baixe-a.

Ela obedeceu. O caralho dele nÆo se equipara ao meu, mas era um belo
instrumento.

-- Ajoelhe-se agora e chupe meu cacete-ordenou ele. -- E nÆo pense em
morder ou fazer qualquer gracinha, senÆo!-amea‡ou ele, pondo a faca no
pesco‡o dela.

Cara, nunca vi uma mulher chupar com tanta vol£pia, com tanto desejo.
Eu ali, vendo, senti meu cacete doer. S¢ o respeito … casa do meu
amigo me impediu de bater uma punheta. A visÆo era excitante. Aquela
mulher nua, submissa, de joelhos, lambendo e chupando o caralho.

-- Chega agora, nÆo quero gozar em sua boca. Quero esporrar no seu cu
ou na sua chana, nÆo decidi ainda. Erga-se.

Ela obedeceu. Ele a empurrou, quase fazendo-a sentar-se sobre os
pneus.

-- Abra as pernas.

Ela obedeceu.

-- Abra mais. Assim -- disse ele, ro‡ando as costas da faca no
clit¢ris dela, na chana, nos seios, por tudo.

Estendeu a l¡ngua, grande e vermelha. E lambeu a chana da mulher.
Lambeu com gosto porque via quanto ela estava molhada. Via como ela se
contorcia e gozava. E gemia. E murmurava.

E a l¡ngua dele entrando e saindo, arrepiando-a, deixando-a em ponto
de bala.

-- Est  toda molhada! Est  gostando, nÆo ‚, minha putinha? -- falou
ele.

Ela apenas gemeu, revirando os olhos, mordendo os l bios.

-- Diga que est  gostando -- insistiu ele, cutucando levemente com a
faca.

-- Sim, estou adorando! NÆo pare! Continue! Ah, linguinha safada! Que
gostosura!

Peter enterrava a l¡ngua o mais fundo que podia, apertando a boca
contra a xoxota de Anne, sugando, movendo os l bios, pressionando o
clit¢ris. Ela foi ao del¡rio.

EntÆo ele, que deveria estar no m ximo de seu limite, ergueu-se,
deixou cair a faca e se atracou com ela. Vi quando golpeou o quadril e
ouvi o gemido alto de prazer de Anne. Ele a havia penetrado num s¢
golpe.

Come‡aram a se mexer, os dois, como loucos, alucinados, gemendo,
gozando, enfiando e tirando, o caralho abrindo e fechando a chana
dela, os pˆlos se confundindo, as mÆos se tocando, as bocas se
devorando.

Gozaram. Como gozaram. Vi a porra de Peter escorrer pelas coxas
deliciosas de Anne, que ap¢s ter se saciado por algum tempo, come‡ou a
se esfregar de novo no marido.

-- Agora foda meu cu! Vocˆ prometeu! -- pediu ela, novamente excitada.

A mulher era mesmo um furacÆo. Peter a virou com brutalidade,
debru‡ou-a sobre os pneus. Aproveitou o pinto ainda lambuzado de porra
e meteu-o no cu dela.

Ah, como Anne rebolava. Como gemia. Como gozava a filha -- da -- puta.
E o marido tamb‚m. S¢ eu ali, louco por uma punheta, mas me segurando
por respeito.

Aquilo foi uma loucura. Quando terminou de foder o cu da esposa, Peter
caiu para o lado. Ficaram os dois ali, ofegantes, saciados. Ela
praticamente se arrastou at‚ ele, estavam num ponto mais claro da
garagem. Ela acariciou o peito dele. EntÆo notou. Se fingiu ou nÆo,
nÆo sei. Mas gostou. Peter me disse depois. Ela adorou aquilo e gozou
tudo que tinha direito.

Ah, o que ela notou? Uma pintinha que Peter tinha no mamilo direito.

-- Mas! � vocˆ, Peter? -- indagou ela, retirando-lhe a m scara,
surpresa ou fingindo surpresa.

-- NÆo tinha me reconhecido ainda?

-- NÆo, vocˆ! Seu maluco!! Quase me matou de medo! Essa faca! As
roupas! O cheiro de bebida! Vocˆ preparou tudo! Eu adorei! Adorei,
querido -- disse ela, cobrindo-o de beijos.

E o que vejo? O caralho do meu amigo se erguendo de novo, para alegria
e del¡rio dos dois. Come‡aram tudo de novo, ali mesmo. Peter ficou tÆo
satisfeito com os resultados que, al‚m de me pagar o custo do
tratamento ainda me deu um conjunto de golfe completo.

Naquela noite, se eu nÆo tivesse me encontrado com nÆo -- vou -- dizer
quem, eu teria me acabado na punheta. Teria que bater umas trˆs ou
quatro, tamanho o tesÆo que senti naquela garagem.

sou assim, percebeu> Quando me empenho em alguma coisa, vou fundo e
resolvo mesmo. O quˆ? Que coisa tola. NÆo vou falar sobre isso. Tem
cabimento. Naquele tempo eu era bobinho. Era, mas me especializei.

NÆo, definitivamente nÆo vou lhe contar como foi a minha primeira vez.
NÆo ‚ algo de me orgulhar, sabe? Na primeira vez a gente nÆo sabe das
coisas, fica todo confuso, nÆo sabe o que est  acontecendo.

Uma coisa ‚ vocˆ ver uma mulher numa revista. A outra ‚ vˆ-la ao vivo,
ficar cara a cara com uma chana. Sentir aquele cheiro, aquela vol£pia
e nÆo saber o que fazer direito. Ah, nem quero lembrar isso.

Sobre Christy? Falar sobre ela? NÆo tem nada para falar. � minha
secret ria e s¢.

Talvez eu devesse contar o caso da vi£va virgem. Gosto de virgens,
sabia? Da mesma forma como gosto das mulheres com buceta bem apertada.
Gosto de sentir meu caralho encontrar uma certa resistˆncia, ser
envolvido, apertado.

Que vi£va? � uma est¢ria interessante. Nadine casou-se aos vinte e
dois anos com um capitÆo de navio mercante. Aos trinta veio me
procurar. Ainda era virgem. Preservara-se todo aquele tempo.

O marido sumira, logo na primeira viagem que fez, no dia do casamento.
Nem tiveram lua -- de-mel. Ele ia para Hong -- Kong. Quando chegasse,
avisaria Nadine que tomaria um aviÆo e iria encontr  -- lo l . Teriam,
entÆo, sua lua -- de-me.

S¢ que ele chegou em Hong -- Kong, mas nÆo telefonou para ela nem
apareceu mais. Simplesmente sumiu. Foi dado como morto, afinal e
Nadine continuou sua vida, com a casa, um carro e uma boa pensÆo. Al‚m
do seguro que recebeu.

Era uma mulher muita bonita. Digo assim porque nÆo sei dela, se est 
viva ou se morreu. S¢ me procurou apenas uma vez. Entrou por aquela
porta e parou diante da minha escrivaninha. Bem ali.

Uma mulher, aos trinta anos, est  no auge de sua beleza e de sua
sexualidade. Assim estava Nadine, parada, na minha frente. Morena,
cabelos longos, olhos ligeiramente tristes, mas grandes e brilhante.

Sabe, falando agora sobre ela, reconhe‡o que Nadine me marcou mesmo.
Foi a £nica de minhas pacientes que jamais retornou. Pagou por um
servi‡o exclusivo. Teve o que queria e ficou satisfeita, penso eu.

Esmerei-me com ela, afinal, o que ela pagou para que eu fizesse eu
faria de gra‡a.

Ali estava Nadine, naquela tarde de verÆo! Nadine! O ar condicionado
estava ligado. A temperatura estava agrad vel no consult¢rio, mas l 
fora estava terr¡vel. Filetes de suor escorriam pelo seu peito,
sumindo para dentro do vestido.

Imaginei que fosse o calor. Ou talvez fosse nervosismo. NÆo sei. Tudo
em Nadine ‚ sempre confuso para mim.

-- Recebi ¢timas referˆncia a seu respeito, doutor -- disse ela, um
tanto formal.

-- NÆo quer se sentar? -- eu falei, apontando a poltrona.

-- Prefiro ficar em p‚, se nÆo se incomoda.

Fiz uma expressÆo de quem nÆo se incomodava.

-- E entÆo, em que posso ajud -la?

-- � um especialista em assuntos sexuais, nÆo?

-- Tento -- disse, com mod‚stia.

-- � -- corrigiu-me ela, surpreendendo-me.

-- Est  bem, sou. Em que posso ajud -la? -- repeti.

-- Quero que tire o meu caba‡o, doutor.

Estranhei. Vocˆ tamb‚m nÆo estranharia? Fiquei meio atordoado com o
pedido.

-- Escute, cirurgia nÆo ‚ minha especialidade!

-- NÆo conhece outra forma de tirar o caba‡o de uma mulher, doutor? --
ela indagou, desafiadoraramente.

E eu nÆo sabia, de certo?


Cap¡tulo 8


Nadine me contou a sua est¢ria, entÆo. Fiquei, de certa forma, com
pena, mas nÆo me pagam para ter pena, mas para prestar servi‡os. Eu
sou um profissional, nÆo canso de repetir isso. Era uma mulher
sofrida, mas eu ia lhe dar alegria. Uma alegria um tanto atrasada, mas
ainda a tempo.

Dei-lhe prazer. Ensinei-lhe o caminho. Acho que ela o trilha agora,
com aquele sorriso feliz nos l bios, nos olhos brilhantes e o corpo
escultural e sedutor.

Mas ela estava ali, a minha frente. Este nÆo ‚ um assunto que se
discuta em p‚. Indiquei a poltrona mais uma vez e fiz um gesto com a
cabe‡a. Ela concordou e se sentou. Manteve seu olhar em mim.
Sondava-me. Gostava do que via.

-- A natureza do seu pedido ‚ um tanto incomum, Nadine. Posso fazer
isso para vocˆ sem maiores problemas, mas por que pagar por isso?

-- Quero que seja perfeito, doutor. Escondi-me na tristeza durante
muito tempo. Quero conhecer a alegria, se ela existe mesmo, vou passar
o resto de minha vida preocupada apenas em vivˆ-la.

-- Isso ‚ ¢timo, querida! Fico feliz que pense assim. Tem algum pedido
especial?

-- Tenho trinta anos, doutor. NÆo ser  um h¡mem fr gil!

-- Quanto a isso, nÆo se preocupe. Conhe‡o o meu trabalho.

-- Quero que seja perfeito!

-- Ser .

-- Estou um pouco tensa.

-- Eu a farei relaxar.

-- Como?

-- Se me acompanhar! -- convidei-a, levando-a at‚ a sala ao lado,
anexa ao meu escrit¢rio.

-- Vou desp¡-la, Nadine -- disse, ela nÆo protestou.

Dei a volta nela, Fiquei a suas costas. Soltei o fecho do vestido.
Depois puxei o z¡per para baixo. Desceu, at‚ o come‡o das n degas
dela. Costas perfeitas. Pele macia. Perfumada. Linda mesmo. Soltei o
fecho do sutiÆ, de passagem.

Ela permaneceu im¢vel, apenas esperando. Empurrei lentamente o belo
vestido no ombro dela. Caiu parcialmente. Fiz o mesmo do outro lado. O
vestido farfalhou e desceu, ficando preso no quadril dela.

Continuei …s costas dela, tinha n degas lindas, redondas e
arrebitadas, a calcinha era fina, fin¡ssima. Delicada, branca, com
rendas.

Entrava no meio da bunda. Deixava ver aquelas duas ma‡Æs deliciosas.
Abaixei-me. Levantei os p‚s dela, tirei-lhe a sand lia. Tinha p‚s
pequenos e belos. Tirei o outro sapato. Baixei sua calcinha.

-- Deite-se ali, querida. De costas para mim -- pedi, sufocando a
vontade de vˆ-la de frente, de conhecer seus seios, ver o negrume de
seus pˆlos.

Com elegƒncia ela subiu e se deitou na cama. Desp¡-me tamb‚m. Ela
acompanhou meus movimentos. Vi que estremeceu, quando desnudei meu
caralho, j  duro, com a glande meio aparecendo pelo prep£cio.

-- J  conhece um caralho de verdade? -- indaguei-lhe.

-- NÆo! -- respondeu ela, num sopro de voz.

-- Toque-o.

-- � preciso?

-- Sim, toque-o. NÆo tenha medo dele, veja como ‚ rijo, mas macio,
olhe estas veias! EstÆo assim, por sua causa! Aperta um pouco! Gosta?

-- � quente! Provoca uma sensa‡Æo estranha em mim!

-- Boa?

-- Sim, muito boa.

-- � a vol£pia, querida. Assim! Massageie-o! J  se masturbou?

-- Sim!

-- Um homem se masturba assim -- eu disse e segurei o cacete, movendo
a mÆo em vaiv‚m.

-- Posso fazer isso por vocˆ?

-- Por favor, querida.

Ela ficou esfregando a mÆo em meu caralho, indo e vindo, muito
gostoso. Estendi a mÆo. Apanhei um ¢leo especial que tenho. Feito com
amˆndoas e alguns ingredientes secretos. Sabe o que ele faz? Faz arder
a pele, um ardor de tesÆo, coisa de louco.

Passou um pouco no meu pau. A mÆo dela deslizava com facilidade agora.
Espalhou um fio de ¢leo da nuca dela at‚ a bunda. Deixou escorrer pelo
reguinho. Um pouco vai parar na chana. � importante isso.

O ¢leo em seu ƒnus e em sua chana provoca estranhas sensa‡äes. Conhe‡o
isso. Ela vibra, toco as n degas, amasso-as. Enfio um dedo no
reguinho. Toco seu ƒnus. Ela se contrai. Depois gosta.

Estico um pouco mais a car¡cia. Busco sua chana. Ela explode num
suspiro. Massageio. Toco seu clit¢ris. Ela se assanha. Geme. Sua mÆo
se torna mais audaz em meu pˆnis, ‚ punheta das boas. Controlo-me. NÆo
posso gozar em sua mÆo. H  uma buceta virgem me esperando.

-- Bom? -- indago.

-- àtimo! -- ela responde, relaxada.

Adoro seus pˆlos, bastante. Sinto o cheiro de sua chana. Ela entreabre
as pernas. O perfume ‚ mais intenso. Percebo o orvalho em sua chana.
TesÆo pura.

Come‡o a massagear seu pesco‡o, depois seus seios. Esfrego sutilmente
as mÆos. Toco os biquinhos. Ela se agita. Suspira. Geme. Morde os
l bios. Deixo uma das mÆos ali. A outra desce pelo ventre dela, em
movimentos circulares, espalhando o ¢leo.

Alcan‡o sua vulva. Mas um pouco dela. Ela geme mais forte.
Contorce-se. Gosta da brincadeira, enfio um dedo, sinto o caba‡o, est 
ali, h  trinta anos, me esperando. Momento de emo‡Æo. Vertigem. Coisa
linda.

Meu pau arde de tesÆo. Ela continua brincando com ele, embora nÆo
possa vˆ -- lo, com a cabe‡a voltada para o outro, apertando os
l bios. Insisto na car¡cia, na massagem.

-- Como se sente? -- indagou, com brandura.

-- No para¡so! Como pude deixar de aproveitar isso? Oh, doutor, vocˆ ‚
¢timo! � um santo!

J  me chamaram de tudo, menos disso. Gosto. Demostra o quanto estou
sendo importante para ela. Contorno a mesa. Ela solta com pesar o meu
caralho. Abro ainda as pernas dela. Vou fazer uma loucura. Aquele ¢leo
na l¡ngua ‚ dinamite. Vocˆ fica com vontade de enfiar a l¡ngua em tudo
quanto ‚ buraco.

NÆo me intimido. Quero dar a Nadine o prazer que ela procura. Toco-a
com a l¡ngua. Ela arqueia o corpo, gemendo alto. Goza. Sinto que ela
goza quando come‡a a trabalhar, lambendo, chupando, sugando, enfiando.

O perfume e o sabor de sua chana sÆo incompar veis. Continuo.
Massageio suas coxas e seus seios. Ela geme cada vez mais forte, mais
entrecortado. Devo ter ficado horas ali, naquela prepara‡Æo. Ou foi s¢
um minuto? NÆo sei. Nadine sempre me confunde.

-- O que h  mais, doutor? H  mais prazer do que isso? -- ela me
indaga, enquanto minha l¡ngua lambe seu caba‡o.

-- H  sim, querida -- eu respondo, controlando-me ao m ximo.

Encosto-me nela. Meu caralho ro‡a sua vulva. Esfrego-me nela. Est  em
del¡rio, ansiosa, numa expectativa deliciosa. Ro‡o. Esfrego, ponho a
ponta, tenho de for‡ar, o ¢leo e a saliva e o n‚ctar dela auxiliam.
Deslizo a glande, at‚ tocar-lhe o caba‡o.

-- Ai, doutor! Que del¡cia! Que calor! Que incˆndio!

-- O melhor ainda est  para vir, Nadine querida -- eu digo e me
inclino para beij -la.

Seus l bios sÆo doces e estÆo ardendo de vol£pia. Sugo sua l¡ngua.
Esfregando meu caralho na buceta dela. Amasso seus seios. Belisco seus
biquinhos. Lambo seu pesco‡o. Est  coberta de arrepios. Em febre.
Nessa febre gostosa de sexo.

Pressiono um pouco mais, apenas para sentir a resistˆncia do caba‡o
dela. Vai se romper. Quero ser delicado. Apenas um ligeiro golpe, o
suficiente para superar o obst culo.

Ela geme. Se houve dor. Ela esqueceu logo. Tran‡ou as pernas em meu
corpo. Puxou-me para junto dela. O cacete se enterra todo na chana
dela. Ela se contorce. Gira os quadris. Assanha-se. Suplica. E me
movimento.

Mais e mais vou aumentando a potˆncia e o ritmo. A chana ‚ apertada e
se contra¡ quando entro nela. Del¡cia. Del¡rio, gemidos, suspiros,
vejo l grimas de prazer nos olhos dela, ela ri, feliz e goza, goza com
meu caralho, com meus beijos, com minhas car¡cias.

Eu gozo tamb‚m, no limite de minha resistˆncia, ap¢s tˆ-la feito subir
pelas paredes. Inundo-a de esperma, fico ali, me movendo, o pau duro,
insistindo, levando-a ao ˆxtase completo, at‚ que desfalesse.

Ah, como foi bom, depois, banhar seu corpo cansado e suado. Como foi
agrad vel escorregar as mÆos lambuzadas de sabonete pelas suas curvas
e saliˆncias, suas reentrƒncias! Nadine! Inesquec¡vel Nadine.

Pediu-me que a ensinasse chupar. Eu o fiz. Pediu-me que comesse seu
cu, com a mesma t‚cnica. Ela gozou. Adorou tudo. foi uma longa e
proveitosa sessÆo de terapia.

�, foi bom conversar com vocˆ, mas veja a hora. Dentro de minutos
encerro meu expediente de hoje. Estou cansado, mas a noite que chega
me convida. Vou ao encontro dela. H  muita coisa a ser usufru¡da e
aproveitada.

Com quem? Olha a curiosidade. NÆo interessa. Agora que terminei. Pode
bater sua punheta com calma. Aproveite meus ensinamentos com
sabedoria.

Use o ¢leo, como eu. � ¢timo! Se nÆo tiver, qualquer coisa
lubrificante. Divirta-se! A gente se vˆ por ai!


FIM.



 

L. P. Baçan - corpos em chamas
L. P. Baçan - ardente e gostosa
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'TUDO QUE É BOM E ENGRANDECE O HOMEM DEVE SER DIVULGADO!

PENSE NISSO! ASSIM CONSTRUIREMOS UM MUNDO MELHOR."

JOSÉ IDEAL

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