Re: EDGAR E A respostinha socrática...kkkkkk

Gente,

Essa discussão com certeza não vai dar em nada...

Mas, como não resisto, vou dar meu pitaco!

A burca é uma imposição da sociedade que muitas mulheres querem. Na Turquia, onde o véu é proibido, existe um movimento das mulheres pelo véu... Tudo bem que não poderia ser obrigatório tb, mas não deveria ser proibido. Ao mesmo tempo, a gente pode dizer que a proibição é pra ajudar aquelas que não entendem o véu/burca, que é para a libertação delas mesmas, etc. Não acredito nisso, ninguém consegue se libertar se não quiser, e pronto.

E outro erro é achar que uma madre é sinal de ternura, bondade, gentileza, suavidade, etc... Elas representam também repressão, falta de liberdade, a gente pode até pensar na inquisição, em um monte de coisas que não são assim tão ternas. Além de que nem toda madre escolhe ser madre, eu conheci um convento perto da casa do meu ex-marido que ele sempre dizia que era para as meninas ricas que não faziam o que era esperado: saiu do padrão, vai pro convento. Isso, década de 80/90, não era no século XIX! Era um convento bem rico, aliás. E era uma prisão. Mas ao mesmo tempo, eu estudei em colégio de madres, e via que a maioria queria ser madre (e quase não usavam roupa de madre, também), acho que umas duas que eu conheci largaram o hábito para casar.

Portanto, quando a gente fala em religião, na verdade, não chega em lugar algum.

E acabou o meu pitaco, que não chegou em lugar algum também...

beijos
Ingrid
que na verdade não tem muita opinião, mas que acha que o islamismo virou o inimigo porque os grandes precisam de algum inimigo

2010/5/22 Klingon <br.klingon@gmail.com>

Caro Edgar e associados do grupo

 

Voce ta mechendo em vespeiro... meu caro amigo...kkkkk... nessa fase que estamos vivendo, politica, religião e futebol da muito pano pra manga ...kkkkkkkkkkkkk

 

Mas respondendo sua perguntinha socrática...kkkkk...

 

Creio que as madres de uma certa forma "materializam" a forma fisica de Nossa Senhora, Madres nunca estiveram envolvidas em atentados, Madres em sua grande maioria transparecem ternura, bondade, gentileza, suavidade.

 

Já a burca esta relacionada com violencia, agressão, constrangimento, submissão, desrespeito.

 

BURCA É UMA IMPOSIÇÃO DE UMA SOCIEDADE.

 

Já a mulher que resolve entrar para o convento, sabe que terá que usar o hábito, ou seja aceita as regras.

 

Na minha opinião,E RESPEITO AS CONTRARIAS - burca é uma violencia contra a mulher, mulher nenhuma no mundo merece usar um traje daquele...

 

Mulher tem que ser igual na musica: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...", Mulher tem que causar enlevo, arrebatamento...

 

Mulher é para ser acariciada, observada, AMADA, agraciada, e de burca... convenhamos....fica IMPOSSÍVEL.

 

 

 

 

 

 

 

 

----- Original Message -----

From: Edgar Madruga

Sent: Saturday, May 22, 2010 8:39 AM

Subject: Re: <CantinhoDaLeitura> Blog de Época - O cinismo que se esconde atrás do combate à burca

Uma perguntinha socrática (perguntar não ofende, n'é?):

Se burca não pode, porque hábito de freira católica pode? Não vá me dizer que é diferente - mesmissima coisa, só a face fica de fora, mais nada.

---------
Edgar Madruga
Grupo Bons Amigos
http://groups.google.com.br/group/bons_amigos
Salvador/BA

Em 22 de maio de 2010 08:26, Renata Coutinho <renata.coutinho.listas@gmail.com> escreveu:

** Blog de Época- Diário do Centro do Mundo
Paulo Nogueira
O cinismo que se esconde atrás do combate à burca

"Não estou convencido de que qualquer comunidade tem o direito de forçar outra a ser civilizada." Essa frase do pensador inglês John Stuart Mill, um dos grandes

campeões da liberdade de expressão, me ocorre quando penso no debate que está sendo travado em torno da burka na França e em outros países europeus.
Mill não poderia ser mais sábio. Até porque o conceito de civilização é subjetivo.
O cerco à burka padece de um pecado fundamental: a hipocrisia. O presidente Nicolas Sarkozy e outros políticos afirmam que são contra a burka por serem a favor
das
mulheres "obrigadas a usá-las". Não. Eles estão investindo contra o véu muçulmano porque seus eleitores estão incomodados e, em certos casos, alarmados com o crescimento

da comunidade islâmica. Dez por cento da população francesa de 60 milhões são muçulmanos. Segundo contas confiáveis, o número de mulheres que usam a burka na França

não chega a 2 000.
As mulheres de véus não deram procuração a ninguém para que, supostamente, as protegessem. A discussão sobre se a burla é ou não símbolo da submissão feminina é

longa e sinuosa. A palavra definitiva caberá a quem as usa.
Num vídeo, vi uma conversa reveladora entre uma repórter francesa e uma jovem mulher islâmica coberta totalmente. "Você pode usar o que quiser e eu não?", perguntou

a segunda. "Que igualdade é essa?"  Ela disse ainda que uma das razões pelas quais veste o véu é que, com ele, se livra do avanço indesejado masculino.  A legislação

que está prestes a ser aprovada pelos franceses estipula uma multa de 150 euros, cerca de 450 reais, à mulher que vestir burka em local público. Reincidências poderão

levar à perda da cidadania.
É uma reportagem longa, mas vale cada minuto, conforme você pode verificar aqui.
Existe hoje um antagonismo entre muçulmanos e não muçulmanos em boa parte do mundo. É um mal que tem que ser combatido porque, de outra forma, jorrará cada vez
mais
sangue de ambas as partes. Proibir a burka, e ainda mais sob argumentos cínicos, vai tornar ainda maior um problema que já é suficientemente grande.
Me chama a atenção também, nos debates, o comportamento das mulheres ocidentais. As liberadas.  Elas compram com facilidade, como se estivessem numa loja em liquidação,

os argumentos usados por políticos europeus por razões principalmente eleitorais.  Em bares, defendem apaixonadamente as "irmãs muçulmanas oprimidas".
Também para as nossas liberadas vale a frase de Mill. É muita pretensão imaginar que podemos levar a civilização para os outros.
Fico com a  escritora americana Naomi Wolf, uma propagadora do neofeminismo. Ela escreveu um artigo sobre a polêmica dos véus depois de visitar países árabes para

tentar entender melhor o assunto. "No Ocidente, as pessoas enxergam neles uma repressão contra as mulheres e uma supressão de sua sexualidade", afirmou Wolf. "Mas,

quando conversei com mulheres árabes em rodas apenas femininas, o que ouvi foi bem diferente. Aprendi que a atitude muçulmana diante do traje feminino se baseia

numa forte noção do que é público e do que é privado. A sexualidade não é extirpada, mas endereçada a seus canais apropriados - o casamento, os laços que sustentam

a vida familiar e o compromisso que preserva um lar."
Wolf traz uma visão racional do que na França se chama genericamente de "voile", véu, e mostra que o Ocidente que consome avidamente a nudez feminina talvez não

esteja em posição de dar aos muçulmanos lições sobre respeito às mulheres.
Renata Coutinho

"Um livro aberto é um cérebro que fala; fechado, um amigo que espera;
esquecido, uma alma que perdoa; destruído, um coração que chora."
(Rabindranath Tagore)

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