| 1- O Corpo Feminino em Debate - Maria Izilda Santos De Matos » sinopse São recentes as preocupações de diferentes disciplinas e áreas do conhecimento em relação a questões que envolvem o corpo. Esta coletânea de escritos de pesquisadores brasileiros e europeus escolhe o corpo feminino como objeto particular para uma análise aprofundada de suas diferentes representações no discurso médico, legal, religioso, midiático, cotidiano, artístico e literário. Rastreando as concepções acerca do corpo da mulher desde a Grégia antiga, passando pelo Renascimento, até a sensualidade feminina presente nas festas populares do Rio de Janeiro, os onze escritos abarcam séculos de uma história feita de repressão, silêncio e resistência. Prólogo Esta coletânea considera o corpo feminino a partir de sua eloqüência e de seus silêncios, de ações gloriosas e atividades triviais. No trabalho, na vida conjugai, na festa, no âmago do direito e no âmbito médico, o corpo das mulheres ganha, em cada texto, densidade. Transformado em objeto de manipulação da medicina, confiscado por religiosos, tratado como lugar de intervenções comerciais e políticas, mas, também, admirado por poetas, o corpo feminino reina e padece em diversas épocas da história. Território há muito considerado de posse e cultivo masculino, "vaso receptor", ora sagrado ora laico, o corpo das mulheres foi várias vezes identificado por seus mistérios e forças. 2- Discurso sobre a História da Literatura do Brasil - Gonçalves de Magalhães http://www.4shared.com/file/kB8iLQCK/DiscursosobreaHistoriadaLitera.html A literatura de um povo é o desenvolvimento do que ele tem de mais sublime nas idéias, de mais filosófico no pensamento, de mais heróico na moral e de mais belo na natureza; é o quadro animado de suas virtudes e de suas paixões, o despertador de sua glória e o reflexo progressivo de sua inteligência. E, quando esse povo, ou essa geração, desaparece da superfície da terra, com todas as suas instituições, crenças e costumes, escapa a literatura aos rigores do tempo para anunciar às gerações futuras qual fora o caráter e a importância do povo, do qual é ela o único representante na posteridade. Sua voz, como um eco imortal, repercute por toda parte, e diz: em tal época, debaixo de tal constelação e sobre tal ponto do globo existia um povo cuja glória só eu a conservo, cujos heróis só eu conheço. Vós, porém, se pretendeis também conhecêlo, consultai-me, porque eu sou o espírito desse povo e uma sombra viva do que ele foi. Cada povo tem sua história própria, como cada homem seu caráter particular, cada árvore seu fruto específico, mas esta verdade incontestável para os primitivos povos, algumas modificações, contudo, experimenta entre aqueles cuja civilização apenas é um reflexo da civilização de outro povo. Então, como nas árvores enxertadas, vêm-se pender dos galhos de um mesmo tronco frutos de diversas espécies. E, posto que não degenerem muito, os do enxerto brotaram, contudo algumas qualidades adquirem, dependentes da natureza do tronco que lhes dá o nutrimento, as quais os distinguem dos outros frutos da mesma espécie. Em tal caso, marcham a par as duas literaturas e distinguir-se pode a indígena da estrangeira. Em outras circunstâncias, como as águas de dois rios, que em... 3- Suspiros Poéticos e Saudades - Gonçalves de Magalhães http://www.4shared.com/file/pobnZV93/SuspirosPoeticoseSaudades-Gonc.html Prólogo Pede o uso que se dê um prólogo ao livro, como um pórtico ao edifício; e como este deve indicar por sua construção a que divindade se consagra o templo, assim deve aquele designar o caráter da obra. Santo uso de que nos aproveitamos para desvanecer alguns preconceitos, que talvez contra este livro se elevem em alguns espíritos apoucados. É um livro de poesias escritas segundo as impressões dos lugares; ora sentado entre as ruínas da antiga Roma, meditando sobre a sorte dos impérios; ora no cimo dos Alpes, a imaginação vagando no infinito como um átomo no espaço; ora na gótica catedral, admirando a grandeza de Deus e os prodígios do cristianismo; ora entre os ciprestes que espalham sua sombra sobre túmulos; ora, enfim, refletindo sobre a sorte da pátria, sobre as paixões dos homens, sobre o nada da vida. São poesias de um peregrino, variadas como as cenas da natureza, diversas como as fases da vida, mas que se harmonizam pela unidade do pensamento e se ligam como os anéis de uma cadeia; poesias d'alma e do coração, e que só pela alma e o coração devem ser julgadas. Quem ao menos uma vez separou-se de seus pais, chorou sobre a campa de um amigo, e armado com o bastão de peregrino, errou de cidade em cidade, de ruína em ruína, como repudiado pelos seus; quem no silêncio da noite, cansado de fadiga, elevou até a Deus uma alma piedosa, e verteu lágrimas amargas pela injustiça, e misérias dos homens; quem meditou sobre a instabilidade das coisas da vida e sobre a ordem providencial que reina na história da humanidade, como nossa alma em todas as nossas ações; esse achará um eco de sua alma nestas folhas que lançamos hoje a seus pés, e um suspiro que se harmonize com o seu suspiro. BIOGRAFIA: Gonçalves de Magalhães Domingos José Gonçalves de Magalhães nasceu no Rio de Janeiro, em 1811. Viveu na Europa, onde teve contato com a poesia romântica. A obra Suspiros Poéticos e Saudades foi considerada a obra inaugural do Romantismo no Brasil. O autor procurou criar e consolidar uma literatura nacional para o país. Morreu em Roma, em 1882. Seu poema de destaque foi Noite tempestuosa do livro Urânias. Obras: Suspiros Poéticos e Saudades (1836); Urânias (1862); Cânticos Fúnebres (1864) e outros 4- Caráter - Ralph Waldo Emerson http://www.4shared.com/file/jQbI6_I5/Carater-RalphWaldoEmerson-wwwL.html Prólogo Li que todos os ouvintes de Lord Chatham sentiam que havia algo de mais belo no homem do que tudo aquilo que ele afirmava. Acusam o nosso brilhante historiador inglês da Revolução Francesa de que sua narrativa acerca dos feitos de Mirabeau não corresponde ao alto conceito que faz do gênio deste. Se nos pusermos a comparar a exposição das façanhas dos Gracos, Ágis, Cleómenes e de outros heróis de Plutarco, concluiremos que a notoriedade dos personagens sobreleva o mérito do que realizaram. Sir Sidney, o Conde de Essex e Sir Walter Raleigh, homens de grande nome, todavia, pouco produziram. Não conseguimos descobrir a mais ínfima parte do valor pessoal de Washington, na descrição de seus empreendimentos. A autoridade do nome de Schiller é demasiado grande para seus livros. BIOGRAFIA: Pensador, ensaísta, poeta, conferencista, filósofo e orador norte-americano nascido em Boston, Massachusetts, fundador do transcendentalismo, movimento ideológico que exerceu notável influência na formação da identidade cultural de seu país e que lhe trouxe grande prestígio internacional. O início de sua vida foi marcado pela pobreza, pela frustração e pela doença. Órfão ainda criança de um pastor da Igreja Unitária, foi educado em Harvard e tornou-se pastor (1829). Após se casar, foi nomeado ministro da Segunda Igreja Unitária de Boston (1829), porém enviuvou dois anos depois, o que lhe provocou uma crise espiritual e o levou a deixar a igreja (1832). A seguir, viajou durante um ano pela Europa, esteve na Inglaterra e conheceu os pensadores britânicos William Wordsworth, Samuel Taylor Coleridge e Thomas Carlyle, o que o levou a iniciar sua própria filosofia idealista. Ao voltar, iniciou sua carreira como escritor e conferencista e, novamente casado (1835), criou um grupo que se reunia no Transcendental Club, o que deu origem ao nome do movimento, o transcendentalismo. As fontes do seu pensamento podiam ser identificadas em muitos movimentos intelectuais como o latinismo, neoplatonismo, puritanismo, poesia do Renascimento, misticismo, idealismo, ceticismo e romantismo. Reuniu elementos do passado e deu-lhes forma literária, exercendo importante influência nas obras de vários autores norte americanos, como Henry David Thoreau, Herman Melville, Walt Whitman, Emily Dickinson, Henry James e Robert Frost. Seus livros mais famosos foram Nature (1836), o primeiro deles e muito bem recebido sobretudo pela juventude de seu tempo, Essays (1841/1844), Poems (1846) e Em The Conduct of Life (1860). Os dois volumes de poesia que apareceram durante sua vida, Poemas (1846) e Dia de maio (1867) contêm alguns dos melhores versos da poesia norte-americana do séc. XIX. Após nova permanência na Europa, aposentou-se (1873) e retirou-se para sua casa de campo de Concord, Massachusetts, onde faleceu. 5- Andar a Pé - Henry David Thoreau http://www.4shared.com/file/Ka6ZbAxB/AndaraPe-HenryDavidThoreau-www.html Andar a pé é um trecho selecionados do livro "walden". Desde a sua publicação, em 1854, ?Walden ou a Vida? nos Bosques se converteu numa bíblia secreta, lida e amada no mundo inteiro. Sem este livro planetário, que une poesia, ciência e profecia, não teria havido Gandhi, o movimento ecológico e a rebelião mundial da juventude. Pelo seu dom de fazer florir e frutificar o coração do homem, esta obra é uma semente. Prólogo DESEJO dizer uma palavra em nome da natureza, em nome da liberdade absoluta, em nome da amplidão, que contrastam com a liberdade e a cultura das cidades — no sentido de considerar o homem como um habitante da natureza, ou parte e parcela dela, e não como um elemento da sociedade. Desejo fazer uma exposição vasta e, se puder, a farei enfática, pois existem muitíssimos campeões da civilização. Não só o ministro e as congregações das escolas mas todos vós a tomareis em consideração. Em todo o decurso da minha vida só encontrei uma ou duas pessoas que compreendiam a arte de andar, isto é, de dar passeios a pé — que tinham o gênio, por assim dizer, do "sauntering", palavra esplendidamente derivada de "pessoas vadias que erravam pelo país, na Idade Média, e pediam esmola sob o pretexto de irem à la Sainte Terre" à Terra Santa, até as crianças exclamarem "Lá vai um Sainte-Terrer", um "Saunterer", um da Terra Santa. Os que nunca vão à Terra Santa nas suas peregrinações, como pretendem, são, em verdade, meros vadios e vagabundos; mas os que lá vão ter são "saunterers", no bom sentido que tenho em vista. É certo que alguns derivariam a palavra de sans terre, sem terra ou pátria, o que, portanto, no bom sentido, significará — não tendo pátria determinada, mas igualmente tendo sua pátria em toda parte. Pois este é o segredo do vitorioso "sauntering". Os que se deixam permanecer em casa, quietos, sempre e sempre, podem ser os maiores errantes de todos; mas o "saunterer", no bom sentido, não é mais errante do que o rio sinuoso, cujo propósito contínuo é encontrar o caminho mais curto para o mar. Prefiro a primeira como sendo a derivação mais provável pois toda caminhada é uma espécie de cruzada que nos foí pregada por algum Pedro, o Eremita, para avançarmos reconquistarmos esta Terra Santa das mãos dos infiéis. BIOGRAFIA: Henry David Thoreau nasceu em Concord, Massachusetts a 12 de julho de 1817. Era o terceiro de uma família de quatro filhos. Formou-se em Harvard em 1837. Além de escrever, Thoreau foi sucessivamente um hábil agrimensor, mecânico, carpinteiro e às vezes, jardineiro para seus vizinhos fazendeiros, que muito o respeitavam, depois de descobrirem que ele sabia muito mais sobre o campo do que eles próprios. Thoreau apreciava a natureza e adorava viver ao ar livre, vagando pelos campos com a mesma liberdade que tinha em seus próprios caminhos. Foi durante toda a sua vida um grande viajante, mas suas viagens eram sempre na região de Concord. Ele nunca atravessou o oceano. Morava a trinta quilômetros de Boston, mas raramente ia lá.Não apreciava os lugares frequentados pelos homens, mas não era grosseiro nem anti-social, sendo querido por todos que realmente o conheciam. Seu livro mais conhecido Walden, or life in the Woods é um registro do que ele fez e viu durante os dois anos que passou numa cabana, construída por suas próprias mãos, às margens de um pequeno lago nos bosques de Walden, ao sul de Concord. O local de sua cabana é até hoje marcado por um monte de pedras colocadas pelos peregrinos que o visitam todos os anos. Thoreau morreu de uma tuberculose galopante em maio de 1862, com a idade de qurenta e cinco anos. 6- Grãos de Mostarda - Humberto de Campos http://www.4shared.com/file/bE0QOiff/GraosdeMostarda-HumbertodeCamp.html Prólogo Desde a Exposição Pecuária realizada em Mineapolis, não se falava em outra coisa, nos centros criadores, senão no touro "Bellerophon", premiado com 50.000 dólares. Era uma beleza de animal. E como procriador, um verdadeiro assombro, não havendo notícia de outro igual não só no Minesota como, mesmo, nos Estados Unidos. Encerrada a grande feira, e tornando o "Bellerophon" à fazenda natal, continuou a romaria dos criadores. De toda a parte vinha fazendeiros, entusiasmados com as notícias sobre o formidável pai de malhada. E de tal forma que o seu proprietário, o velho e conceituado criador James Smith, resolveu meter o animal no estábulo e cobrar de cada visitante a quantia de dois dólares. Era um meio de reduzir o número dos inoportunos e, sobretudo, de pagar-se do tempo consumido com as explicações. 7- O Monstro e Outros Contos - Humberto de Campos http://www.4shared.com/file/XC4wQjGv/OMonstroeOutrosContos-Humberto.html Prólogo Pelas margens sagradas do Eufrates, que fugia, então, sem espuma e sem ondas, caminhavam, na infância maravilhosa da Terra, a Dor e a Morte. Eram dois espetros longos e vagos, sem forma definida, cujos pés não deixavam traços na areia. De onde vinham, nem elas próprias sabiam. Guardavam silêncio, e marchavam sem ruído olhando as coisas recém-criadas. Foi isto no sexto dia da Criação. Com o focinho mergulhado no rio, hipopótamos descomunais contemplavam, parados, a sua sombra enorme, tremulamente refletida nas águas. Leões fulvos, de jubas tão grandes que pareciam, de longe, estranhas frondes de árvores louras, estendiam a cabeça redonda, perscrutando o Deserto. Para o interior da terra, onde o solo começava a cobrir-se de verde, velando a sua nudez com um leve manto de relva moça, que os primeiros botões enfeitavam, fervilhava um mundo de seres novos, assustados, ainda, com a surpresa miraculosa da Vida. Eram aves gigantescas, palmípedes monstruosos, que mal se sustinham nas asas grosseiras, e que traziam ainda na fragilidade dos ossos a umidade do barro modelado na véspera. Algumas marchavam aos saltos, o arcabouço à mostra, mal vestidas pela penugem nascente. Outras se aninhavam, já, nas moitas sem espinhos, nos primeiros cuidados da primeira procriação. Batráquios de dorso esverdeado porejando água, fitavam mudos, com os largos olhos fosforescentes e interrogativos, a fila cinzenta dos outeiros longínquos, que pareciam, à distância, à sua brutalidade virgem, uma procissão silenciosa, contínua, infinita, de batráquios maiores. 8- O Brasil Anedótico - Humberto de Campos http://www.4shared.com/file/toHV4xg5/OBrasilAnedotico-HumbertodeCam.html Prólogo Bernardo Pereira de Vasconcelos, no início da moléstia grave que afinal o inutilizou para o serviço do país, sofria de uma paralisia nas pernas, que o obrigava a arrastar os pés, quando andava. Entrava ele, certa vez, no Senado, esfregando os sapatos no soalho, quando o visconde de Caravelas, que era coxo e abaixava-se de uma banda a cada passada, lhe observou, rindo: - Que é isso? Você está varrendo o Senado? - É verdade - confessou o grande tribuno. - É verdade. E, aludindo ao defeito do agressor: - Eu varro o Senado e você ajunta o cisco! BIOGRAFIA: O AUTOR Humberto de Campos Terceiro ocupante da Cadeira 20, eleito em 30 de outubro de 1919, na sucessão de Emílio de Menezes e recebido pelo Acadêmico Luís Murat em 8 de maio de 1920. Humberto de Campos (H. de C. Veras), jornalista, crítico, contista e memorialista, nasceu em Miritiba, hoje Humberto de Campos, MA, em 25 de outubro de 1886, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de dezembro de 1934. Foram seus pais Joaquim Gomes de Faria Veras, pequeno comerciante, e Ana de Campos Veras. Perdendo o pai aos seis anos, Humberto de Campos deixou a cidade natal e foi levado para São Luís. De infância pobre, desde cedo começou a trabalhar no comércio como meio de subsistência. Dali, aos 17 anos, passou a residir no Pará, onde conseguiu um lugar de colaborador e redator na Folha do Norte e, pouco depois, na Província do Pará. Em 1910 publicou seu primeiro livro, a coletânea de versos intitulada Poeira, primeira série. Em 1912 transferiu-se para o Rio. Entrou para O Imparcial, na fase em que ali trabalhava um grupo de escritores ilustres, como redatores ou colaboradores, entre os quais Goulart de Andrade, Rui Barbosa, José Veríssimo, Júlia Lopes de Almeida, Salvador de Mendonça e Vicente de Carvalho. João Ribeiro era o crítico literário. O diretor José Eduardo de Macedo Soares participava da segunda campanha civilista. Humberto de Campos ingressou no movimento. Mas logo depois o jornalista militante deu lugar ao intelectual. Fez essa transição com o pseudônimo de Conselheiro XX com que assinava contos e crônicas, hoje reunidos em vários volumes. Assinava também com os pseudônimos Almirante Justino Ribas, Luís Phoca, João Caetano, Giovani Morelli, Batu-Allah, Micromegas e Hélios. Em 1923, substituiu Múcio Leão na coluna de crítica do Correio da Manhã. Em 1920, já acadêmico, foi eleito deputado federal pelo Maranhão. A revolução de 1930 dissolveu o Congresso e perdeu o mandato. O presidente Getúlio Vargas, que era admirador do talento de Humberto de Campos, procurou minorar as dificuldades do autor de Poeira, dando-lhe os lugares de inspetor de ensino e de diretor da Casa de Rui Barbosa. Em 1931, viajou ao Prata em missão cultural. Em 1933 publicou o livro que se tornou o mais célebre de sua obra, Memórias, crônica dos começos de sua vida. O seu Diário secreto, de publicação póstuma, provocou grande escândalo pela irreverência e malícia em relação a contemporâneos. Autodidata, grande leitor, acumulou erudição, que utilizava nas crônicas. Poeta neoparnasiano, fez parte do grupo da fase de transição anterior a 1922. Poeira é um dos últimos livros da escola parnasiana no Brasil. Fez também crítica literária de natureza impressionista. É uma crítica de afirmações pessoais, que não se fundamentam em critérios e, por isso, não podem ser endossadas nem verificadas. Na crônica, seu recurso mais corrente era tomar conhecidas narrativas e dar-lhes uma forma nova, fazendo comentários e digressões sobre o assunto, tecendo comparações com outras obras. No fundo ou na essência, não era uma crítica profunda, que não resiste ao tempo. BIBLIOGRAFIA Além do Conselheiro XX, Campos usou os pseudônimos de Almirante Justino Ribas, Luís Phoca, João Caetano, Giovani Morelli, Batu-Allah, Micromegas e Hélios. Deixou Humberto de Campos um diário secreto, publicado postumamente, causou enorme polêmica, destilando o autor críticas e comentários mordazes aos seus contemporâneos. Além de Poeira, publicou: * Da seara de Booz - crônicas - 1918 * Vale de Josaphat - contos - 1918 * Tonel de Diógenes - contos - 1920 * A serpente de bronze - contos - 1921 * Mealheiro de Agripa - 1921 * Carvalhos e roseiras - crítica - 1923 * A bacia de Pilatos - contos - 1924 * Pombos de Maomé - contos - 1925 * Antologia dos humoristas galantes - 1926 * Grãos de mostarda - contos - 1926 * Alcova e salão - contos - 1927 * O Brasil anedótico - anedotas - 1927 * Antologia da Academia Brasileira de Letras - participação - 1928 * O monstro e outros contos - 1932 * Memórias 1886-1900 - 1933 * Crítica (4 séries) - 1933, 1935, 1936 * Os países - 1933 * Poesias completas - reedição poética - 1933 * À sombra das tamareiras - contos -1934 * Sombras que sofrem - crônicas - 1934 * Um sonho de pobre - memórias - 1935 * Destinos - 1935 * Lagartas e libélulas - 1935 * Memórias inacabadas - 1935 * Notas de um diarista - séries 1935 e 1936 * Reminiscências - memórias -1935 * Sepultando os meus mortos - memórias - 1935 * Últimas crônicas - 1936 * Contrastes - 1936 * O arco de Esopo - contos - 1943 * A funda de Davi - contos - 1943 * Gansos do capitólio - contos - 1943 * Fatos e feitos - 1949 * Diário secreto (2 vols.) - memórias - 1954 |
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