Disponibilização em Esp: Passionate Novels
Envio e Tradução: Gisa
Revisão: Rosilene
Revisão Final: Tessy
Formatação: Iara
Preparem-se para o inevitável falecimento do malvado. Persigam e roubem tantas moças dos pervertidos Forasteiros, quantas forem necessárias para a continuidade
de nossa linha. Para prevalecer, devemos criar mulheres e produzir muitos filhos.
Não fui eu (Um humilde criado dos deuses) quem decretou isto, senão os próprios deuses:
Homens saiam e cacem.
LENDA VIKING
Capítulo 1
Alaska
Sofia Rowley, de trinta e dois anos, sentou no assento traseiro do táxi, olhando fixamente pela janela, mas sem ver nada. Deixar o Alaska hoje, não era possível,
já que Fairbanks1 estava a menos de duas horas da base do exército. Teria que ficar em um hotel, perto do aeroporto e amanhã, pegar o primeiro vôo para casa.
Deu boas vindas à idéia do sol batendo em sua face, quando o avião aterrissasse em Tampa. Alaska em fevereiro era muito frio, gelava os ossos.
Aqui é onde morreu Sam, pensou ela, olhando fixamente o traiçoeiro e gelado terreno a seu redor. Montanhas cobertas de neve se sobressaíam por toda parte, criando
um panorama pitoresco, mas mortal. Não sabia como o taxista árabe dirigia por tudo isto. Experiência, supunha ela ... E correntes fortes nos pneus.
Esgotada pela diferença de fuso horário, a tristeza e a falta do sono, Sofia passou as unhas vermelhas por seu longo cabelo loiro e suspirou. Ansiava prender
a selvagem juba de cachos em um rabo-de-cavalo, mas não tinha lembrado dos prendedores de cabelo, quando fez apressadamente a bagagem. As palavras sobre a morte
de seu irmão tinham expulsado todo o resto de sua mente.
Não sei o que fazer, Sam. Não sei como continuar sem você.
Sua vida, tão enfocada e bem dirigida, ficou de repente sem um objetivo concreto. Viagens Rowley já não tinham nenhum encanto. A morte de seu irmão de vinte
e dois anos a tinha obrigado a reconhecer que o trabalho e Sam tinham sido suas únicas metas.
Era tempo de voltar a começar, viver em vez de simplesmente existir. Sam não teria exigido menos. Efetivamente, seu irmão tinha insistido durante anos que saísse
e que se divertisse mais freqüentemente. Ela recordou uma conversa que tinham tido há só uns meses, enquanto ele estava aqui em uma atribuição secreta.
-Deveria sair e marcar mais encontros, irmãzinha - disse Sam - Sempre vi o modo com que os rapazes a olham. E embora me dá um pouco de asco - Quero dizer, é
minha irmã, depois de tudo - sei por que o fazem. É o tipo de mulher que todo homem quer: preparada, amável, trabalhadora, magnífica, e embora odeie dizer isto em
voz alta, tem um corpo para matar.
Sofia riu no telefone.
-Porque sempre tira a onda de não-tem-nenhuma-possibilidade-comigo. Os homens, basicamente, são patéticos e inseguros. Confie em mim, Sof.
Ela sacudiu a cabeça e sorriu abertamente.
-Sou tão mal nisto? Não quero ser.
A voz de Sam ficou séria.
-Me criou depois que Mamãe e Papai morreram, e nunca pude te agradecer o bastante.
-Sam, não precisa...
-Mas agora sou mais velho e merece encontrar seu final feliz. Não desperdice sua vida atrás de uma mesa de escritório, irmãzinha.
Sofia sorriu tristemente. Seu irmão tinha sido seu melhor amigo, seu único amigo. Sua morte tinha deixado um buraco em seu coração e em sua vida que nunca poderia
se curar.
O cansaço era insuportável, e as pálpebras de Sofia se fecharam devagar, as escuras e grossas pestanas baixaram. A dor que sentia por dentro era crua e potente;
deu boas-vindas à pausa que traria uma curta sesta.
Não importa quantos anos viverei Sam, sempre o levarei em meu coração e em minhas lembranças.
Os olhos de Sofia se abriram devagar. Espichou-se e bocejou, se sentindo um pouco mais refrescada. Se perguntando o quanto tinha dormido, lançou um olhar a seu
relógio. Ficou gelada.
Quatro horas?
Eles já deveriam ter chegado a Fairbanks.
Olhou pela janela do táxi. O pulso de Sofia disparou quando se deu conta de que nada parecia familiar. Era escuro, mas podia ver que o terreno era impossivelmente
mais áspero e mais montanhoso. A estrada... Continuava em uma estrada? Os olhos de Sofia se alargaram. Não pensava que fosse.
-Senhor -Disse ela, para as costas do taxista- Não acredito que está certo. Quero ir para Fairbanks.
Ele não disse nada. Seu coração se encolheu, enquanto que um sinistro sentimento a encheu.
-Senhor! -Gritou Sofia, sua voz pareceu histérica até em seus próprios ouvidos- Onde vai?
Seus olhares se encontraram no espelho retrovisor. Outra vez, o taxista não disse nada. O táxi aumentou a velocidade, e a encheu um verdadeiro pânico.
Ele a seqüestrava! O pensamento era incrível, a intumescia. Uma sensação surrealista a encheu. Isto não podia acontecer. Tinha que estar sonhando!
Uma grossa e opaca barreira de vidro, impedia Sofia de investir contra ele. Pensando rapidamente, ela procurou os trincos da porta, se preparando para saltar
do táxi. Não importava se a queda a matasse. Preferia saltar para sua própria morte, do que ser violada e assassinada por este pequeno, malvado e grotesco bastardo.
Mas os trincos não se moviam. Emitindo pequenos e aterrorizados sons, Sofia agitou os trincos mais forte, mas em vão. O condutor devia possuir um mecanismo que
impedia os passageiros do assento traseiro abrir as portas, até que pagassem o que deviam.
Ah não.
Deus, me ajude!
Sofia começou a dar chutes à porta com toda sua força.
-Me solte! -Gritou ela, seu coração zumbia em seus ouvidos. Seus punhos esmurravam o vidro que os separava- Abra a maldita porta!
O taxista nem sequer reconheceu que tinha falado. Seu silêncio era mais espantoso que qualquer palavra que pudesse ter cuspido para ela.
Ia morrer. Talvez lenta e tortuosamente.
Seu coração batia fortemente contra seus seio, e Sofia desabou inutilmente contra o assento.
Capítulo 2
Hannu, Nova Suécia
Atualmente
-O caçador de noivas me mentiu! -Cuspiu um descontente Viking.
-Sempre mentem! -Outra zangada voz masculina retumbou- É uma traição permitir a ele que nos enganem, milord!
-Isto nos custa quase todas nossas moedas para comprar uma noiva. Deveriam estar seguros que as noivas dos caçadores são as melhores mulheres para parir meninos
Vikings. Não só fisicamente, mas também emocionalmente!
As enfurecidas exigências de que os caçadores de noivas deviam ser açoitados e encarcerados, explodiram no corredor. Lorde Johen Stefsson sentou na ponta de
sua poltrona, e os soldados o rodearam ao redor da plataforma.
Não é que Johen requeresse proteção; não havia um chefe militar mais perito.
Johen se levantou, tinha dois metros e treze centímetros de altura, e seu corpo marcado pela batalha, tinha cento e quarenta e cinco quilos de sólido músculo.
Calçava botas negras de couro, uma túnica de seda verde sem mangas que contrastava com sua pele de bronze natural. O emblema de um dragão estava sobrecarregado nos
braceletes de ouro que tinha agarrados ao redor de seus potentes bíceps, indicando sua autoridade.
Lorde Stefsson poderia se defender com uma habilidade mortal, se a situação o requeria. Neste caso, o controle da multidão não seria um problema, como Johen
estava firmemente do lado das pessoas que o contemplavam em busca de liderança e conselho.
-Já basta! -bramou Johen, estreitando seus olhos em fatias cinzas. Tinha duas tranças contra suas têmporas, que serviam para manter seu cabelo marrom escuro
longe dos olhos; a brilhante juba que caía pelas costas- Ouço seus gritos, homens, e os levo à sério. Amanhã, falarei com nosso rei sobre isto.
O grupo de cinqüenta silenciou e apaziguou seus murmúrios, como uma onda pela reunião. As cabeçadas de aprovação e respeito disseram a ele que teria tempo para
encontrar uma solução, antes de tomar o assunto em suas próprias mãos.
Não era que se dirigir ao Jarl lhes servisse, pensou Johen, descontente. Toki só pensava em fazer moedas, não amigos.
Um dia, suas regras corruptas acabariam. Até que chegasse aquele tempo, tudo o que Johen podia fazer era agir como intermediário entre Toki e as pessoas a seu
setor. Falhando nisto, não havia nenhuma outra opção, só a de se rebelar outra vez.
A Revolução tinha sido ganha faz menos de duas semanas, e os velhos e corruptos Jarl, mortos e depostos. Sob as leis dos antigos reis, os caçadores de noivas
tinham chegado muito longe, compartilhando seus pouco lucros trabalhados com o desonesto Jarl.
Mas agora estava no poder um novo governo e deviam ser feitas muitas mudanças. Embora levaria seu tempo. Anos e anos de abandono e abuso não se podiam mudar
em menos de um mês.
Lorde Stefsson avaliou à multidão, sua mente treinada pela batalha estava acostumada a avaliar adversários de guerra, em vez de homens aos que se supunha governar.
Era um papel imensamente diferente, um que levaria tempo se acostumar, embora estava impaciente com o desafio. Sua gente tinha sido descuidada muito tempo e merecia
ser governada por um nobre que tivesse em conta seus melhores interesses.
A Revolução tinha sido tanto pela necessidade como pela inevitabilidade. No mundo Viking que existia sob o poeira e folhas, onde nenhum do Exterior sabia de
sua existência, a guerra não era tomada ligeiramente. Passava só quando a obrigação ditava.
Durante uns dois mil anos, os clãs Vikings de Nova Suécia, Nova Noruega e Nova Dinamarca, tinham prosperado profundamente sob a terra, no ventre da mesma. Era
o decreto dos deuses que vivessem e morressem ali, os antigos profetas predisseram que um dia, logo, talvez na vida de Johen, o número de mulheres que viviam em
cima da terra, diminuiria, quase ao ponto da extinção.
Os Vikings o arrumariam, os Terríveis Escandinavos estavam destinados a voltar a governar o mundo. Sua gente tinha sido acautelada por deuses dos acontecimentos
futuros. Era seu dever conservar seu estilo de vida, que só poderia ser feito se aqueles que moram em cima da terra não soubessem de sua existência.
O rei de Nova Suécia, Toki, tinha vacilado sendo descoberto por Forasteiros muitas vezes. Por isso, e por sua tirania brutal, Lorde Stefsson, o comandante do
setor independente do Hannu, tinha rejeitado até agora deixar a sua gente ser tragada por Nova Suécia. Toki não se atreveu a contradizer por medo de que Johen se
unisse com o inimigo do Jarl -O rei de Nova Dinamarca.
Os guerreiros do Hannu se rebelaram depois que Toki reclamou o trono, declarando Johen como seu líder. Situado entre o continente Nova Suécia e o reino barbárico
de Nova Dinamarca, sua pequena mas bem fortificada zona, prosperava.
Sua gente não era dependente de Nova Suécia... Exceto pelas noivas. Até que um novo Jarl derrocasse o corrupto, havia poucas probabilidades de que se exigirá
dos caçadores de noivas qualquer mudança significativa.
-É o trabalho de um caçador de noivas o de se assegurar que as mulheres roubadas de cima da terra não estão casadas com Forasteiros -Johen franziu o cenho, seu
rosto severo- Se não fizerem o trabalho pelo qual ganham altos salários, se desatará um inferno.
As aclamações seguiram.
Johen inclinou sua cabeça. Ele quis dizer cada palavra.
Ele estava tão cansado como as pessoas a seu setor, de esperar que exploda a Nova Revolução Sueca. Se os rebeldes não derrocavam logo Toki, Johen juraria sua
lealdade ao Novo Jarl dinamarquês.
-Não voltaria a comprar minha Jennifer, ainda se pudesse -Se queixou um homem- Seu coração ainda está com outro. É duro prepará-la para sua nova vida comigo.
As leis dos Mundos Subterrâneos não reconheciam o casamento de Forasteiros como vinculantes, ainda assim, Johen entendia a cólera que estes homens Vikings sentiam
ao descobrir que suas mulheres já estavam casadas. Isto fazia com que lhes ensinar a cultura Viking e eventualmente, assegurar sua felicidade matrimonial fosse uma
tarefa dura.
Uma vez que uma mulher era capturada, nunca podia voltar para o Exterior; seria temerário e talvez causasse o colapso de sua civilização. Era por isso que os
caçadores de noivas deviam ir a grandes distancia para fazer tudo o que pudessem, razoavelmente, para garantir um bom casamento.
Ninguém do Exterior poderia saber de sua existência... Um ponto que não podia ser bastante acentuado. Nas poucas ocasiões nas que as colônias tinham sido encontradas
por acaso, as pessoas em questão foi ou morta ou incorporada em sua cultura pelo casamento.
Johen era o produto de tal casamento. Seu pai, Eemil Stefsson, era um Viking do Hannu. Sua mãe, Amani, era uma Forasteira, que originalmente veio da Arábia Saudita.
Sua mãe tinha estado de férias com sua única parente viva, uma irmã, no que os Forasteiros chamavam Alaska, quando ela e a Tia Affra tinham tropeçado por acaso
com uma porta que as levou ao Mundo Subterrâneo. Elas tinham sido agarradas e vendidas no bloco de leilão de matrimônio.
Finalmente, depois de muita perseverança por seus maridos, ambas as mulheres se adaptaram felizmente à vida dos Vikings. Isto fez a transição mais fácil que
a de qualquer mulher que tinha dado seu coração a outro homem, antes de ser capturada.
Os caçadores de noivas tinham feito uma grave injustiça aos homens que estavam hoje de pé diante Johen. Entretanto, não era o trabalho de Lorde Stefsson julgar
os destinos dos caçadores de noivas; seria a decisão do Jarl. Se ele recusasse escutar, Lorde Stefsson não teria nenhum outro recurso, só o de se rebelar.
-Amanhã, falarei com o rei - Disse Johen, ficando de pé, se preparando para sair. Seu fixo olhar de prata percorreu ao grupo- Têm minha promessa.
Capítulo 3
O terror a tinha abandonado a favor do intumescimento, e Sofia não estava segura de quanto tempo tinha passado antes que o táxi parasse diante de uma remota
cabana de troncos.
As montanhas geladas empurram a seu redor. Estava quem sabe onde, profundamente no coração do Alaska rural. Não tinha visto outra cabana desde que tinha despertado.
A neve começou a cair, sopros suaves e tranqüilos que tinham uma capacidade mortal de congelar às pessoas. O que não daria para estar em casa na Florida, e que
o sol batesse em sua face.
Como em um sonho, Sofia olhou seu seqüestrador sair do táxi e fechar a porta atrás dele. O ruído surdo a fez piscar; a piscada obrigou à realidade a vir explodindo
sobre ela.
Ele a ia assassinar, e, provavelmente, violá-la primeiro. Não havia nenhuma outra explicação para isto.
Os dentes de Sofia começaram a chacoalhar. Olhou o taxista entrar na cabana de troncos e fechar a porta atrás dele, se obrigou a se concentrar em como poderia
o dominar.
Ele era pequeno, gordo e velho. Ela tinha 1,73 e um físico atlético. Sempre foi do tipo voluptuoso, mas estava em uma forma excelente.
Mas que podia usar como uma arma... Claro... suas chaves! Ela fuçou em sua bolsa de couro falso, aliviada quando encontrou as chaves de seu carro. Não eram uma
arma muito boa, mas eram melhor que nada.
Quando ele abrisse a porta do assento traseiro, o atacaria. Ela tirou do anel uma das chaves, encaixou-a na palma, e se preparou para bater.
Dirigir um táxi não dava a Willy o dinheiro suficiente para continuar com seu costume de consumir cocaína e beber. Maldição, apenas cobria os gastos. Por sorte,
sabia o que tinha que fazer e a quem tinha que ir para que pagassem muito bem.
Dois homens da montanha, altos e misteriosos que viviam aqui, em meio de um nada, pagavam a ele regularmente muito dinheiro por jovens mulheres, bonitas e foláveis.
Negras, brancas, asiáticas, espanholas... gostavam de todas. Mas durante todos estes anos tinha aprendido pelas quais pagavam mais, e a senhora de seu assento traseiro,
era uma delas.
Os homens da montanha com seus sotaques estranhos não pagavam muito para as fracas. Preferiam traseiros e quadris arredondados, e grandes seios. Uma face excepcionalmente
formosa sempre era uma exigência. A cor não importava.
Willy não sabia o que faziam os homens misteriosos com as mulheres, depois que as compravam e tampouco se preocupava. Era óbvio que as senhoras eram mortas depois
de que eram bem e decentemente fodidas e durante uns dias, porque a cabana sempre era desprovida de mulheres quando vinha... E não podia seqüestrar às fêmeas o bastante
rápido para satisfazer os estrangeiros.
Willy esperou com mais paciência do que sentia que os estrangeiros saíam e inspecionassem à nova escrava.
Sofia agarrou a chave tão fortemente, que seus nódulos empalideceram. Esperando liberar uma batalha com o pequeno taxista, assim, ela ofegou quando, em troca,
surgiram da cabana dois enormes homens cobertos por peles de urso polar. Eles a olharam diretamente e seu coração saltou do peito.
Usavam seu cabelo em uma trança de maneira antiga, trançada a ambos os lados de suas têmporas, para tirar o cabelo dos olhos. Obviamente, tinham assistido muitas
vezes Mel Gibson em Braveheart. As peles de urso polar obscureciam o que usavam em baixo e se tinham armas.
Quanto mais se aproximavam os gigantes do carro, mais suavam as palmas de Sofia. Tinham ao redor de dois metros! Queria que seu coração deixasse de bater tão
loucamente, mas não podia controlá-lo. O excesso de adrenalina fazia suas mãos tão úmidas que mal poderia manter a chave na palma.
Um dos homens abriu a porta dianteira do táxi. Ele pressionou um botão e Sofia ouviu o estalo das fechaduras. Mordeu o lábio inferior até o sangue. Seu coração
batia tão rápido, que se sentia perto de desmaiar. Não sabia o que fazer.
-Me deixem em paz! -Exigiu, sua voz gutural estava cheia de desespero- Saiam!
A porta principal se fechou de repente. Os dois brutos começaram a falar em uma língua estrangeira que não podia entender. Um deles assentiu, depois abriu a
porta do assento traseiro.
Os seios de Sofia subiam e desciam com sua respiração laboriosa. Bateria agora, ou depois que ele a tirasse do táxi?
Um segundo mais tarde, uma mão grande, com muita carne a agarrou pelo braço e a puxou bruscamente do assento traseiro e a pôs de pé. Dois segundos mais tarde,
ela o apunhalou com a chave, se liberando de seu agarre, enquanto bramava.
-Fã, hon skar mig!2
-Var inte så mesig!3
Sofia saiu correndo, fugindo cegamente na noite, tão longe de seus novos captores, como a levavam seus saltos altos, negros, de dez centímetros.
-Jag kommer att fixa henne!4
-Det är ingen större problem!5
Ela poderia ouvir suas vozes elevadas, gritando um ao outro. Seus braços se moviam loucamente enquanto corria, seus seios sacudiam, seus pés já estavam perto
de se congelar. Suas meias negras e saltos altos, não ofereciam nenhuma proteção contra a temperatura abaixo de zero. Estava vestida para um enterro - não para uma
carrida de alta velocidade.
Aonde vou? Sofia se perguntou histericamente.
Ali, corria para nenhum lugar. A cabana de troncos estava em uma área tão remota, que era impossível encontrá-la, para a maior parte das pessoas.
Seus olhos se alargaram de terror, quando ouviu o revelador rangido de botas na neve, que ganhavam terreno. Ah Deus, isto não podia acontecer. Não podia ser!
Ela correu com tudo o que tinha, seu coração batia como louco, o fôlego saía em rajadas. Sofia gritou quando duas mãos fortes a detiveram com eficácia, parando
sua fuga.
Ela arremeteu cegamente contra ele, com a chave, mas desta vez, o gigante simplesmente a arrebatou e a meteu no bolso, com sua mão livre.
-Basta - Ele disse bruscamente, franzindo o cenho. Seu sotaque era grosso, sua origem imperceptível-. Se acalme, mulher.
Mulher? Ah Deus, ele realmente tinha assistido muitas vezes Braveheart. O psicopata acreditava que vivia em tempos medievais!
Sofia deu chutes e se agitou, quando ele a levantou e a lançou no ombro. Parecia um camundongo que se batia contra uma inflexível parede de tijolos.
-Me ajudem! -Chorava ela, histérica-Que alguém me ajude!
O homem grande estava impassível diante seus gritos enquanto a levava para a cabana. Isto a obrigou a se perguntar com que freqüência fazia isto às mulheres,
já que parecia ser um trabalho rotineiro, para ele.
O gigante que ela tinha ferido, esperava na soleira. O homem colossal que a levava, disse algo a seu colega em sua estranha língua, depois o seguiu a um quarto
contíguo.
A porta se fechou firmemente, espantosamente, atrás deles. Uma luz se acendeu. Sofia foi levantada do ombro de seu captor e posta de pé diante eles. Seus dentes
começaram a chacoalhar outra vez.
Seu coração esmurrava como louco em seu peito enquanto o dueto tomava seu tempo, estudando-a. A rodearam em círculos como se estivessem inspecionando um novo
cavalo que pensavam comprar. A forçaram a abrir sua boca e observaram seus dentes, depois tocaram seus seios e os apertou um pouco. Uma mão em seu traseiro, a outra,
de cima abaixo por suas pernas...
-Por favor -Ofegou ela, sua voz saiu atrás de sua garganta- Não me machuque.
Um dos homens piscou, depois teve a coragem de parecer ofendido.
-Não te farei nenhum mal, mulher -Ele franziu o cenho- Se o fizesse, debaixo da terra, teria menos valor ao te vender.
Menos valor ao me vender? Como alguma escrava sexual moderna? Mas... Mas, por que a levariam sob a terra? Falariam tão livremente se não estivessem absolutamente
seguros de que nunca vez sairia viva?
Ah Deus. Ah Deus. Ah Deus.
A transpiração cobriu a testa e o decote. Incapaz de suportar outro momento, Sofia bateu a um dos seqüestradores na virilha e correu para a porta, enquanto ele
gritava de dor.
Um par de mãos a detiveram por trás. Em um momento estava dando chutes, gritando e batendo em algo a uma distância assombrosa, e no seguinte, tinha um lenço
sobre seu nariz, aspirando o que só poderia ser clorofórmio.
Sofia poderia sentir que a escuridão voava sobre ela. Quando suas pernas e mãos relaxaram devagar, seu último pensamento consciente foi, que esperava não voltar
a despertar.
Os pequenos olhos de Willy, parecidos com uma pérola, se iluminaram enquanto os dois estrangeiros davam um montão de notas de cem. Assobiou enquanto contava
o dinheiro. Sim, tinha sabido que a moça traria uma dinheirama, do momento no que fez plaf, no assento de seu táxi.
O que Willy não sabia ainda, era que desta vez não teria a possibilidade de gastar aquele dinheiro. Os homens altos e misteriosos, tinham decidido que o taxista
sabia muito, que tinha visto muito.
E era algo que não tolerariam.
Capítulo 4
Lorde Stefsson saiu da moradia do Jarl, furioso porque ele e o rei, não ficavam de acordo no que dizia respeito aos caçadores de noivas. O castigo pelo prejuízo
sob o Juramento do Caçador, deveria ter como resultado açoitar, encarceramento e o confisco da propriedade do culpado não lhe dar um puxão de orelhas.
Os caçadores de noivas que brilhavam em seu trabalho, deviam ganhar os salários mais altos. Seriam compensados pelas exigências do tempo que deviam fazer e deveriam
tê-lo feito todo o tempo.
Infelizmente, um leilão de noiva estava preparado para este dia. Como sempre, os caçadores de noivas poderiam vender legalmente as mulheres ao leiloeiro, sem
ter em conta a pouca investigação que tinham feito antes de roubar às mulheres. Johen estaria ali com seus soldados para assegurar o controle da multidão. Era o
melhor que ele podia oferecer aos homens de seu setor, que tinham pensado puxar por uma noiva de Forasteiro nesta véspera.
Agora mesmo, ele tinha outro dever de que se ocupar, de classe familiar.
Johen tinha prometido a seus pais que chegaria a sua casa, a tempo para a comida do meio-dia; tinham se visto só duas vezes em duas semanas. O preço do poder
supôs ele.
Amava ferozmente seu pai e sua mãe, mas a verdade era, que Johen não pensava com muita ilusão nesta comida. Seus pais levavam uma eternidade o pressionando para
se casar. Ele tinha insistido em não comprar uma noiva, até que a Revolução dos rebeldes tivesse sido ganha. Isto não tinha passado, mas seus pais esperavam que
ele seguisse sua linhagem apesar disso.
E, em efeito, quando ele deixou Lokitown e chegou à colônia de Hannu, quarenta e cinco minutos mais tarde, começou a conversa sobre o casamento. Johen sufocou
um suspiro quando seu pai começou a falar monotonamente sobre a importância de se assentar. Johen entendia seu dever e tinha pensado em se casar mais tarde, mas
preferia dar aos rebeldes outros dois anos. Havia muitas coisas para fazer em Nova Suécia e ele seria o responsável pela maior parte disso, se ganhassem.
Johen escutava respeitosamente enquanto devorava a perfeita comida de sua mãe.
-Filho, é um nobre. Nossa linha depende de um casamento que desse fruto. -Eemil Stefsson olhou seu filho intencionalmente - Seria uma vergonha que a glória do
nome Stefsson morra com você.
-Realmente, Eemil -Sua mãe, Amani, disse com exasperação- Podemos não falar disto até que Johen termine de comer?
Seu pai franziu o cenho, mas esteve de acordo. Johen piscou os olhos a sua mãe.
Deuses, quanto tinha sentido falta da comida de sua mãe. De qualquer modo, havia comida decente por toda parte de Lokitown, mas nenhuma como da sua mãe, ao estilo
Viking-árabe.
Seu pai reatou seu discurso sobre o casamento, no mesmo momento em que o prato de Johen se esvaziou. Sua mãe sorriu, conhecendo muito bem seu marido. Não haveria
nenhuma ajuda dela, refletiu ele.
-É um assunto de honra -Vociferou seu pai- Por não mencionar de orgulho. O nome dos Stefsson não pode continuar sem uma noiva para te dar herdeiros. E além disso...
Johen o escutou com uma paciência que não sentia, quando seu pai começou seu discurso. Se recostou em sua cadeira, se resignando diante o discurso que nenhum
homem, salvo Eemil Stefsson, se atreveria a dar.
De qualquer jeito, a comida de sua mãe tinha merecido.
Johen recolheu seus guerreiros e soldados, fazendo gestos para seguir para o leilão de noivas. Se as intrigas de seus homens eram verdadeiras, o controle da
multidão poderia muito bem ser uma questão este dia.
Aparentemente, os homens de Hannu não eram os únicos zangados com o torpe trabalho dos caçadores de noivas, até agora; os Vikings de Nova Suécia, também ficavam
cada vez mais furiosos. O leilão de noivas, poderia muito bem se tornar feio.
Não gostava de viajar para Lokitown. Hoje, já tinha vindo uma vez para falar com o desgraçado rei. Duas vezes, esticava os nervos. Johen não pensava que Toki
seria tão louco para tentar matá-lo, mas era melhor agir sempre com cautela. Matar Johen levaria Hannu jurar sua lealdade para Nova Dinamarca, mas o Jarl de Nova
Suécia era conhecido por sua estupidez.
Os olhos cinzas de Johen se estreitaram, enquanto caminhava.
-Não usem a força a menos que seja absolutamente necessário - Instruiu a seus homens.
Fazendo seu caminho para o coliseu, Johen refletiu sobre o almoço que tinha compartilhado com seus pais há umas horas. Embora lamentasse admitir, seu pai tinha
realmente razão.
Johen tinha três irmãs casadas. A menos que tomasse uma noiva, sua linha morreria - e era um destino pior que a morte, para os orgulhosos Vikings.
Ele supôs que não o mataria olhar às mulheres do leilão deste dia, como noivas potenciais. Dez das quinze que se leiloavam, eram de Nova Suécia, acostumadas
aos costumes do mundo Viking Subterrâneo. Não passavam dias, meses ou talvez até anos, chorando pela vida de cima da terra.
Infelizmente, as mulheres Forasteiras, sempre tinham tido um encanto sobre Johen. Inclusive quando era apenas um moço nos transtornos da puberdade, ele entrava
às escondidas nos leilões de noivas, se ocultando nas sombras e sentindo luxúria por elas. Sua beleza exótica e sua origem desconhecida eram muita tentação para
renunciar.
Os gostos de Johen não tinham mudado com o passar dos anos. As mulheres forasteiras continuavam o fascinando. Talvez, poderia considerar ao menos a possibilidade
de...
Ele franziu o cenho. Não, era pouco prático. Ao menos nesta fase de sua vida.
Ajudar Niko a depor Toki não era só sua missão, e sim seu dever. Ele tinha que estar preparado quando os rebeldes estivessem preparados para golpear. Uma esposa
problemática, em uma junta tão crucial, era uma receita para o desastre.
E todas as noivas Forasteiras eram difíceis até que se assentavam no modo de vida dos Vikings. Não importava quão intrigante era qualquer das noivas Forasteiras
do leilão, ele só consideraria as mulheres natais como potenciais esposas. Apaziguaria seus pais, o permitindo se concentrar em seus deveres para o Hannu.
-Estamos aqui -disse Johen a seus homens- Preparem suas espadas.
Com seu rumo firmemente decidido, Johen entrou no estádio, com seus lutadores perto de seus calcanhares. Se este dia, comprasse uma noiva, seria sim uma natal
e não outra.
Capítulo 5
- Está seguro? -Ofegou ela- Poderia ser um engano? Talvez Sam não estivesse naquele helicóptero?
-Senhora, sinto muito. Não posso dizer quanto o lamento. Mas não é possível que seu irmão sobreviva a aquele acidente de helicóptero. Nenhuma das quatro vítimas
o poderia fazer.
Ela fechou seus olhos, e uma dor indescritível rasgou sua tripa. Sofia tinha se esforçado tanto para convencer Sam a sair do exército, mas não pôde lhe fazer
desistir. Ingênuo e patriótico, seu irmão quis fazer uma diferença por seu país. Mas não teve aquela possibilidade.
E não se supunha que os militares entregavam notícias como aquela em pessoa? Pensou Sofia, zangado com cada um e com todos. Assim passava sempre nos filmes.
- Senhora?-A voz de Jacob era suave- Sei que é duro para você, mas como único membro vivo de família do Especialista Rowley, realmente necessitamos que venha
ao Alaska e tente identificar os restos de seu irmão.
- Tentar? -Exaltou ela. Uma gelada frieza subiu por sua espinha- Não o pode dizer sua placa de identificação?
Cada pessoa que entra nos militares, levava em seus pescoços aqueles trocinhos de metal. Os usavam com o objetivo de identificação, para horríveis situações
como esta.
Jacob ficou imóvel do outro lado da conexão telefônica.
-Não encontramos sua cabeça -disse ele suavemente- Assim não havia nenhuma placa de identificação para recuperar.
Os olhos de Sofia se alargaram. Colocou a mão sobre sua boca, e gritou.
Seus olhos se abriram. Respirando pesadamente, Sofia saltou da cama. Sam...
Seu coração se afundou quando se deu conta de novo que seu irmão estava morto. Isto acontecia cada noite, desde que tinha recebido aquela horrível chamada. Apesar
de seu atual apuro, ainda tinha pesadelos.
Ela inspirou profundamente e exalou devagar enquanto olhava ao redor e se instalou devagar outra realidade, ainda estava mantida como cativa.
Sofia estava como prisioneira do estranho mundo subterrâneo durante cinco dias e noites muito longos. Não tinha visto a maior parte da civilização, mas a viagem
da cabana de troncos até esta colônia não descoberta, no ventre da terra, era bastante para a encher de um medo gelado.
Cada dia em cativeiro parecia tão longo como um ano. O primeiro dia ainda era impreciso e intumescido, quando tinha se sentido muito perturbada para entender
o que acontecia.
O intumescimento desapareceu no segundo dia e foi substituído por uma mistura de cólera e terror. Atacou física e verbalmente a qualquer que se atrevia a entrar
no diminuto quarto, onde estava presa, sem se preocupar se eram masculinos ou femininos, mulheres ou velhos.
Eles afirmavam ser Vikings. Esta gente estava louca, e não queria participar de sua loucura.
Uma velha curadora, chamada Myria tinha misturado uma poção para acalmar os nervos de Sofia, e tinha explicado onde estava e por que estava aqui, enquanto Sofia
sorvia a bebida. A mulher havia dito que as pessoas do Mundo Subterrâneo levava séculos sob a superfície da terra, como conseqüência de umas antigas profecias. Eles
acreditavam que um dia, as mulheres que viviam em cima da terra estariam perto de se extinguir.
Sofia poderia se importar menos por como decidiu existir sua gente. Ela se preocupava muito, entretanto, quando pensavam devolvê-la a seu mundo peculiar.
-Será a noiva de qualquer Viking que a ganhe no leilão -Disse Myria.
-Não pode falar a sério - Replicou Sofia. Ela conseguiu impedir que sua voz tremesse, mas necessitou muito esforço- Vou ser vendida... Como uma escrava?
-Não, como uma esposa. -A velha curadora franziu o cenho, suas rugas todas cobriram sua face, menos seus lábios- É uma honra.
Sofia não pensava que fosse uma honra. Ela tinha passado os dias pensando em três ou quatro métodos de fuga. Decidida a estar de volta na ensolarada Florida,
antes que fosse leiloada a algum bárbaro atrasado na quinta noite, tinha tentado evadir e escapar, ao menos uma dúzia de vezes.
Falhou em todas. Profundamente dentro dela, tinha sabido que ia falhar. Depois de tudo, esta gente continuava existindo e prosperando porque ninguém sabia deles...
Era tão simples e feio como isto. Sofia não era suficiente ingênua para acreditar que estes moradores Subterrâneos não tinham pensado e repensado cada escapamento...
E os fazia infalíveis.
De qualquer modo, devia a si mesma tentar, assim que o fez. Não perdeu a esperança até esta manhã, quando um grupo de mulheres entraram no quarto onde estava
presa e tiraram a roupa. Então a banharam, a barbearam de todo o cabelo e a massagearam com um rico óleo que cheirava a baunilha e a mel.
Eles a preparavam para o leilão de casamento. Aquele conhecimento era tão preocupante, como espantoso.
Mais tarde, durante a tarde, o grupo de mulheres voltou para a inspeção final de Sofia. Ela pediu roupa; elas disseram que todas as noivas iam nuas ao bloco.
Sofia empalideceu, rezando por sua morte.
Esgotada fisicamente e resignada mentalmente, Sofia não sabia o que fazer quando olhou seu reflexo no espelho irregular, rachado, da parede.
Fechou os olhos e suspirou. Lamentava que sua reza pedindo sua morte, não tivesse sido respondida. Teria sido bem-vinda inclusive voltar para a fase surrealista,
intumescida. Seria mais fácil passar por este leilão se não fosse tão dolorosamente consciente de tudo a seu redor.
-Tudo ficará bem -Cantarolou uma velha voz.
Os olhos de Sofia se abriram de repente. Não tinha ouvido Myria entrar.
-Duvido, mas obrigado por tentar me fazer sentir melhor - Seu olhar turquesa se arredondou- Nunca estive tão assustada.
Ela não era o tipo de pessoa que confessava seu medo, mas era fácil confiar na anciã. Ela tinha estado com Sofia ao longo dos cinco dias, e sua presença quase
se sentia normal.
-Juro que não sofrerá nenhum dano - A curadora fechou a porta atrás dela e andou como um pato no quarto. Era a única mulher que Sofia tinha visto, que não estava
adornada com um vestido fino. Sempre levava um capuz negro e encapuzado, que cobria tudo, e sua cor era um contraste absoluto com as brancas rugas de sua pele- Os
maridos Vikings são pacientes e amáveis. De Qualquer modo, tratam de sê-lo.
Sofia soprou ante isto.
-Que alentador - Resmungou ela, passando suas mãos por sua rebelde juba de cachos loiros.
-Bebe isto - A instruiu Myria, dando a ela uma taça de algo que poderia dizer que era alcoólico. Pelo visto, Sofia não era boa em ocultar suas emoções, em momentos
de angústia extrema- Bebe -Disse Myria outra vez- Acalmará bastante seus nervos.
Sofia não tinha nenhum problema ao seguir aquela ordem. Estava agradecida de que a anciã tinha intervindo em seu iminente destino, de qualquer pequeno modo que
podia. E, pensou ela enquanto engolia o conteúdo da jarra, a curadora tinha razão. Isto acalmava seus nervos. Uns minutos mais tarde Sofia se deu conta que também
fazia algo mais. Franziu o cenho com curiosidade.
- O que tinha? -Perguntou Sofia antes de acabar o resto do líquido doce e potente.
-Hidromel misturado com mel -Informou Myria- E umas ervas de meu jardim particular. Tenho que ir. Boa sorte, moça. Que os deuses sorriam sobre você e te traga
boa sorte, e um amo amável.
Amo - Neste mundo estranho, era uma palavra comparada para marido. Sofia não sabia que dizer mais à frente.
-Obrigado.
Uma estranha sensação golpeou seu ventre, e ela apertou suas coxas.
-Uh, Myria... Que tipo de ervas de seu jardim são estas?
A velha curadora riu velhacamente, enquanto abriu a porta, depois piscou os olhos.
-Eu gosto e quero que prospere em Lokitown. Te dei um pouco de ajuda para sua noite de núpcias. Seu futuro marido esperará se deitar com você esta noite.
Sofia ficou quieta. Seus olhos se estreitaram.
-Que-espécie-De-Ajuda.
Myria deu de ombros enquanto se dispunha a sair do quarto.
-É conhecida entre os Vikings como erotisk. -Suas sobrancelhas cinzas e peludas se elevaram- Nossos antepassados disseram que era como a chamada Cantárida6.
Sofia ofegou. E sufocou um gemido.
-Ainda mais potente que um afrodisíaco sexual.
Sofia acreditou. Suas mãos se apertavam em punhos, apertou a mandíbula, enquanto, resolutamente, tentou frustrar sua crescente excitação.
Todas as dez nativas tinham sido leiloadas e Lorde Stefsson se encontrou intrigado por uma magnífica Forasteira. Todas eram bastante assombrosas em sua beleza,
mas careciam de certa veia briguenta que achava atraente nas em mulheres.
Johen olhou enquanto as Forasteiras foram levadas ao tablado. Todas as cinco se destacavam exoticamente. Todas as cinco eram brigonas. Mas só uma delas atraiu
sua atenção no momento em que a viu.
Ele franziu o cenho gravemente. Não puxaria por ela. Não importava quanto o enfeitiçasse sua beleza e o orgulho de sua postura, não importava o desafiantemente
duro que chegasse a estar seu pênis em suas meias em apenas olhá-la...
-Pare com isto - Resmungou para si mesmo. Tinha feito um voto e pensava mantê-lo. A mandíbula de Johen se apertou enquanto se obrigava a afastar seu olhar, mas
era inútil.
Não era uma beleza clássica, mas isto não fez que seu encanto fosse menos potente. Possuía uns fascinantes olhos azul-esverdeados, uma cor que nunca tinha visto
antes, tinha o olhar pesado como com lasciva sexual. Era uma combinação irresistível.
Seu cabelo era comprido e loiro com leves e selvagens cachos uma indomável e exótica beleza feita para seu duro e forte jogo sexual. Sua pele era de uma magnífica
cor mel-ouro que reluzia pelo rico azeite com o qual, sem dúvida, a tinham lubrificado. Seus lábios eram cheios e vermelhos, naturais. Johen soprou seu fôlego quando
olhou para baixo e viu o resto.
Seus seios eram firmes e grandes, dois globos deliciosos com os que queria passar horas amassando, beijando e chupando-os. Seus mamilos eram rosados e muito
rígidos, tão aumentados que só de olhá-los fazia pulsar seu pênis.
A nua, loira cativa estava voluptuosamente formada, seu corpo era como uma beleza legendária do folclore Viking. Seios grandes, ventre plano, quadris curvilíneos...
E um sexo magnífico, barbeado.
Não se desculpou por olhar fixamente contemplando seu brilhante, lubrificado sexo. Precisava fodê-la tanto que doía.
O leiloeiro obrigou às mulheres que girassem, e Johen conseguiu uma vista dolorosamente excitante de seu traseiro cheio e perfeitamente arredondado. Uma vez
que voltaram a ficar de frente, começou o leilão de noivas cativas.
Ela era a primeira Forasteira no leilão. A mulher ali, ficou de pé, orgulhosa, suas costas retas e o queixo elevado, apesar dos gritos frenéticos, aclamações
e assobios que estalaram no estádio.
Seu olhar estreitado, de prata, se chocou com o da cativa. Seus olhos se alargaram e ela afastou rapidamente o olhar.
-Esta magnífica mulher se chama Sofia! -o leiloeiro lançou um grito na língua de sua gente- Com tetas grandes e um traseiro cheio, homens, merece suas últimas
moedas!
A risada ressoou em todas as partes do estádio. O leiloeiro piscou os olhos.
-Milords, como sempre, têm os primeiros direitos de luta e inspeção. Podem se aproximar agora às escravas de matrimônio!
As fossas nasais de Lorde Stefsson flamejaram quando viu cada maldito nobre do coliseu, se aproximar de Sofia. Esta empregada cativa não seria oferecida a aqueles
das classes inferiores - o leilão nunca chegaria tão longe. A loira de lábios vermelhos e grandes olhos turquesa seria a esposa de um nobre neste mesmo dia.
É um nobre. Você também pode puxar por ela...
Os músculos de Johen se esticaram, lutando contra o modo com que seu pênis vibrava somente ao olhá-la.
Capítulo 6
Sofia não sabia se gritava ou se masturbava. Queria torcer o pescoço de Myria por pôr este condenado erotisk em sua bebida.
A cada momento entrava mais na frenética excitação sexual. Certamente o efeito da erva acabaria logo - Tinha que fazê-lo! Inclusive os homens calvos e obesos
da multidão que a olhavam boquiabertos, começava a parecer como amantes aceitáveis.
Ah, Deus, era horrível! Dentro de Sofia, a ira lutava contra a excitação, mas parecia perder.
Havia um homem em particular ao qual Sofia encontrou seu olhar fixo que se extraviava por descuido. Se tivesse pensado que os homens que a raptaram eram gigantes,
era antes que o visse.
Vestia uma túnica sem mangas, de prata, de cota de malha, com dois braceletes com dois dragões como escudos, seguras implacavelmente ao redor de seus fortes
bíceps, tinha mais de dois metros de altura. Suas calças eram de couro negro e as botas cobriam a parte inferior de seu corpo, mas não escondiam a musculatura afiada
e potente embaixo deles.
Seu cabelo era de um marrom escuro, liso e caía no meio das costas, com uma trança em cada têmpora. E aqueles olhos... Fatias cinzas, desumanas, carentes de
toda emoção.
Seus olhares se encontraram e Sofia se sentiu decididamente nervosa. A loteava e não gostava disso. Sua libido sexual e faminta reconheceu que era bonito, sem
dúvida, mas a parte de seu cérebro que não estava cheia com a erva, se deu conta de quão potentemente estava construído.
Se algum homem gordo e calvo, puxava por ela, ao menos ainda podia ter a esperança de evitar algum dia o manicômio. Se puxasse por ela o gigante, nunca voltaria
a ver a Florida. Não parecia com o tipo que se rendia facilmente, absolutamente.
Afastou rapidamente o olhar e apagou um afiado fôlego. A excitação se atou ferozmente em seu ventre, a obrigando a apertar outra vez suas coxas.
O leiloeiro disse algo em sua língua Viking, e os espectadores aclamaram e assobiaram. Sofia engoliu seco, quando os homens começaram a subir no tablado, seus
cuidados se dirigiam diretamente a ela. Claramente, era a primeira das noivas pouco dispostas em subir para a oferta.
Não podia acreditar que acontecesse isto. Perdi meu irmão e minha liberdade em dois dias.
E agora, cinco dias mais tarde, estava sendo vendida em um leilão, como um animal.
Tanto o sofrimento e o exame de consciência tinham ocorrido depois da morte de Sam. Tanto, que sim, e sim só. Tinha realizado que tinha que conseguir uma nova
vida mas se esta era sua nova vida, voltaria a agarrar à velha, em um batimento do coração.
A orgulhosa e formosa mulher Forasteira começava a se assustar. Seus olhos estavam redondos, seus seios subiam e desciam com sua respiração laboriosa. Johen
tinha visto o olhar de apreensão nas faces de inumeráveis mulheres antes que fossem vendidas a seus amos, assim não podia dizer por que esta mulher em particular
golpeava uma corda de compaixão nele. E ainda assim, o fazia.
Johen suspirou. Não puxaria por ela.
Lorde Mikael Aleksson se aproximou da plataforma. Era um velho amigo, cuidaria muito bem de qualquer noiva que comprasse. Mas por que estava aqui? Mikael sempre
tinha sido um homem de muitas mulheres, para se assentar com uma.
Mas Sofia era... Embriagadora. Não havia nenhuma outra palavra para descrevê-la, e ainda esta carecia tristemente.
Quando Mikael se aproximou da mulher Forasteira, a observou cautelosamente de cima abaixo. Ela necessitou um momento, mas finalmente concedeu um pequeno e nervoso
sorriso.
As mulheres amavam Mikael, ou estavam a ponto de se apaixonar por ele. As jovens donzelas desmaiavam em seus pés, todas rezavam que fosse ela pela qual ele puxasse
quando era sua vez de estar de pé no leilão de matrimônio.
As moças natais estariam afligidas. Mikael tinha seu olhar posto em Sofia.
As fossas nasais de Johen flamejaram. Nem conhecia a mulher Forasteira, e ainda se encontrava detestando pensar que outro Viking a tocasse. Teria sido bastante
mau vê-la sendo vendida a um homem que mal conhecia, mas a um nobre que contava entre seus amigos íntimos?
Johen previu saudar Sofia na moradia de Mikael, toda curvas suaves e seios inchados. Ele seria obrigado a olhar quando seu amigo a olhasse com olhos luxuriosos
sobre a comida da tarde. Mikael pensaria no futuro, depois que Johen partisse, esperando se empurrar no corpo que agora possuía por lei.
Seus músculos do estômago se apertaram. Johen não podia explicar sua potente reação para a Sofia, mas o consumia. Nenhum homem deveria tocá-la. Nenhum homem,
só ele.
Apesar de seu voto, os pés de Johen o levaram a plataforma, aonde ela estava em pé.
A potência do erotisk quase fez Sofia gemer. Se sentia como um animal apanhado no cio. Havia só uma cura ao desespero que roía em seu ventre e combater aquela
necessidade só serviria para fazê-la sentir mais intensamente.
Um homem se aproximou dela. Um homem grande, e bastante atraente, embora não tão formidável como o sério que possuía os olhos cinzas e uma face sem emoção. Ela
sabia que este homem não o faria. Como o Viking, sua maldita libido o seguia a obrigando olhar, a nova ameaça masculina era um inimigo muito poderoso para escapar
dele.
Sofia tragou quando ele a observou de cima abaixo. Ele olhou seu corpo nu e sua face e ela não podia menos que notar sua ereção através das calças de couro que
usava. Alto, com o cabelo negro, e músculos provocadores, era tão aterrador como bonito.
A última coisa na terra que queria era que este homem puxasse por ela. Entretanto, lhe concedeu um pequeno sorriso como garantia.
Se ele casasse com ela, não o queria mais em guarda do que estava.
Fingiria estar conforme. Ou ao menos tentaria.
Ele piscou os olhos, e ela tragou outra vez.
Só quando pensou que a situação não podia piorar mais, ele subiu no tablado...O homem com os olhos de prata e rosto impassível.
Alto e grande, sua musculatura letal era uma vista embriagadora. Seus olhares se encontraram e ela se sentiu perto da hiperventilação. Uma aura de poder o rodeava.
Ela nunca tinha encontrado a um varão mais duro, mais decidido e perigoso em toda sua vida.
Seu olhar fixo passou sobre ela, suas pálpebras eram pesadas pelo desejo. Era a única emoção que Sofia o tinha visto revelar até agora, e a última que queria.
Seu corpo reagiu a seu fixo olhar, contra sua vontade, seus mamilos se endureceram mais, até que estiveram inchados e doloridos. Suas mãos estavam apertadas
em punhos, suas unhas cravadas em suas palmas.
Não podia negar que era impressionantemente atraente, mas não queria um marido como ele! Curto, muito gordo e fora de forma era a aquisição do ingresso ideal,
passar a noite de núpcias com tal homem não seria até necessário, porque poderia deixá-lo pasmado e correr. Ela esperava.
Mas este homem?
Seu olhar preocupado passava entre os dois potenciais compradores. Os dois puxariam por ela. Sem dúvida estes Vikings a queriam.
O erotisk continuava trabalhando sua magia escura e ela fechou brevemente os olhos, rezando que o pior da erva passasse logo.
Precisava de sua acuidade. As horas seguintes seriam cruciais.
Capítulo 7
Sofia...
Seu nome era tão exótico e belo como ela. Johen se imaginou gritando-o enquanto entrava e saía dela, com seu pênis se sacudindo e vibrando, enquanto gozava em
seu corpo.
-Milords -Disse o leiloeiro com uma reverência respeitosa -temos muitas noivas à venda para este dia, então o leilão deve seguir. Ouço uma primeira oferta?
-Dez mil -Anunciou Mikael sem uma pausa.
-Quinze - Disse outro.
Cada músculo do corpo de Johen se esticou. Se esqueceu do voto que tinha feito.
-Vinte.
O olhar surpreendido de Mikael voou para Johen; sua atenção estava posta em Sofia.
As sobrancelhas de Mikael se elevaram devagar. Seu meio sorriso era divertido, e bastante presunçoso. Mikael não era o único chefe militar em Nova Suécia com
a reputação de um pícaro. De qualquer modo, o outro nobre esteve tão surpreso de ver Johen puxando por uma noiva como Johen quando o tinha visto.
-Vinte e cinco -Disse Mikael, seus olhos dançavam.
Johen grunhiu.
-Trinta.
Ele poderia ouvir as falações da multidão. Era uma soma excessiva para pagar por uma noiva, e cada homem presente sabia.
O fixo olhar de Johen se desviou para Sofia. Ela parecia assustada, e ele não podia culpá-la. Toda a conversa ocorreu em uma língua da qual não sabia nada. Com
o tempo, aprenderia a língua Viking; no momento, tudo o que importava era se assegurar que a ensinaria.
- Algum nobre oferece trinta e cinco?
O olhar fixo de Johen recorreu aos homens, seu olhar possessivo falava por si só. Sabiamente, nenhum homem pensou em contradize-lo.
Nem Mikael. Surpreendentemente, considerando quanto desfrutavam provocar um ao outro.
-Indo uma vez. Indo duas vezes...
Deuses, que formosa era. Seu pênis estava tão duro que doía.
-A noiva Sofia Rowley está vendida ao Lorde Stefsson por trinta mil moedas!
E agora era dele! Toda dele.
Johen mal notou quando Mikael o golpeou afetuosamente nas costas; estava muito ocupado contemplando à mulher que estava de pé ante ele. Sua esposa.
Ela estava assustada. Sofia talvez não entendia nenhuma palavra de sua língua, mas sua expressão disse que tinha entendido seu destino.
Sofia não tinha que falar sua língua, para saber o que acontecia. Se o da carícia de parabéns nas costas de Olhos de Prata não era bastante óbvio, o leiloeiro
que colocava a mão na sua, o disse a gritos.
Estava casada com ele. Segundo as leis deste estranho mundo, o bárbaro com o rosto sério, agora era seu marido.
Tremeu, embora não soubesse se era pelo medo no que se inundava seu cérebro, o erotisk que cobria cada nervo de seu corpo, ou os dois. Seus olhos de cor turquesa
se alargaram, quando ele puxou suavemente suas mãos.
-Sou Johen -Disse suavemente o gigante, e seu olhar fixo encontrou o seu- Seu amo.
Ele falava inglês. Não sabia se era uma coisa boa ou não. Tampouco sabia que dizer em resposta. Seu amo? Meu deus!
Sofia tragou pesadamente, seus seios subiam e desciam com sua pesada respiração. A transpiração explodiu em sua testa quando seu pulso disparou. Outra vez, não
sabia se as mudanças eram um resultado do terror ou da excitação.
Seu coração dizia que não podia acontecer, mas sua mente sabia que sim. Não era nenhum sonho. Seu irmão estava morto, e tinha sido seqüestrada a poucos minutos
depois de seu enterro. Despojada da roupa e de sua dignidade, agora estava de pé diante um homem que dizia que agora era sua posse.
A erva a bateu com força no ventre, a obrigando a sufocar um grito.
-Meu nome é Sofia Rowley -Disse ela rapidamente, tentando cobrir sua intensa excitação. Apertou suas coxas como se tentasse tirar suco de um limão. Se alguma
vez chegava a pôr suas mãos em Myria...
-Stefsson -Respondeu o homem, chamando sua atenção- Seu nome é Lady Sofia Stefsson.
Ela trataria mais tarde com as implicações de sua declaração. De momento, estava muito ocupada tratando de frustrar o erotisk.
-Não me sinto bem - Ofegou ela, sufocando um gemido. Deus, como precisava gozar! - Por favor... Tenho que me deitar.
Preferentemente em algum lugar particular, onde pudesse se masturbar como não existisse o amanhã. Uma vez repleta, poderia se concentrar no que sua intuição
gritava que era impossível: escapar do homem que chamava a si mesmo seu marido.
O pênis de Johen nunca tinha estado tão duro.
Embora tivesse comprado a uma noiva Forasteira que tentaria escapar dele se baixasse alguma vez a guarda, não se preocupava. Era sua fantasia, com quadris cheios
e exuberantes, um traseiro arredondado, grandes tetas, e uma face da que nunca cansaria de olhar.
Neste momento, o temia e talvez a aborrecia. Com tempo e paciência, chegaria a amá-lo, como sua mãe tinha chegado a amar a seu pai.
-Não me sinto bem - Disse ela, sua voz parecia afogada-. Por favor... Tenho que me deitar.
Seu medo era de esperar. Quase o mataria atrasar a consumação de seu casamento, mas era uma coisa honorável. Se queria que o amasse e confiasse nele, tinha que
ganhá-la.
-Venha - Disse ele silenciosamente, tratando de não assustá-la com seu habitual tom brusco. Seu ardente olhar percorreu sua face, seu corpo, incapaz de resistir
contemplar aqueles mamilos amadurecidos, rígidos- A levarei a nossa moradia.
Capítulo 8
A viagem ao setor de Johen era bastante longa, a surpreendendo quanto à imensidão deste mundo desconhecido. Os métodos de viagens Subterrâneas eram eficientes
e complexos.
Johen tinha explicado a uma Sofia distraída que quando viajava de um povoado a outro dentro de Nova Suécia, um carro de mina poderia te levar em qualquer lugar
que tivesse que ir. A versão Viking de um metrô, supôs ela. Mas viajando fora da colônia, como iam agora a Hannu, era necessário um navio para confrontar os gelados
rios Vikings debaixo da terra.
O ar era frio, açoitando sem piedade sua face. Por sorte, Johen tinha tirado sua túnica de cota de malha e a havia coberto com ela, antes de deixar o leilão.
Era pesada, grossa e áspera, mas a mantinha bastante quente. O erotisk também fazia um bom trabalho.
Sofia fechou os olhos e se segurou no corrimão do barco, dizendo-se que não estava excitada. O ar gelado que batia em seu rosto deveria ter agido como uma força
dissuasiva, mas não o fez. Cada segundo de cada minuto passava como um ano. Apertava repetidamente suas coxas, rezando que o barco atracasse logo e Johen a deixasse
em paz em um quarto, onde poderia tomar o assunto em suas próprias mãos, literalmente.
-Fica cinco minutos mais e estaremos em casa -Anunciou Johen, enredando seus dedos com os dela- Nossa casa fica perto do cais.
Bem. Se não chegasse logo a um quarto privado, estaria obrigada a começar a se masturbar como uma lunática, aqui mesmo, e agora.
-Bem - Exaltou Sofia.
Seus clitóris palpitava, pulsava. Precisava tanto se tocar. Só quando pensou que não podia suportar mais, o barco atracou.
Sofia esperou que a casa de Johen fosse tão simples e rústica como o quarto no qual tinha estado trancada durante cinco dias e noites. Era surpreendente ser
conduzida a uma esplendida casa subterrânea em que se gritava o luxo.
Os travesseiros de seda e as cortinas de cada cor imaginável, enchiam a cada quarto, a recordando a uma casa extravagante de algum sultão árabe. Os criados estavam
por toda parte, fazendo várias tarefas, cantarolando canções como se estivessem contentes com seu trabalho.
Sofia aspirou um não-tão-sutil-fôlego quando Johen a levou a seu quarto. A cama era enorme, tinha ao menos o dobro de sua cama, da Florida e esculpida em um
material negro ornamental, que não podia nomear. As orgulhosas cabeças de dragão tinham sido esculpidas no pé disso. Puras sedas azuis e verdes cobriam os oito postes
que saíam da gigantesca cama.
-Não espero que consumamos nossa união esta noite -Disse Johen suavemente, enquanto a girou para ficar diante dele- Mas ainda dormiremos sob as mesmas peles
na cama, nunca separados.
Aqueles olhos de prata traíram seu desejo. Se controlava bastante para manter suas mãos longe dela, mas Sofia se deu conta que era a última coisa que queria
fazer.
A parte de autoconservação de seu cérebro estava agradecida que não queria ter sexo esta noite, já que planejava fugir. Sabia que ser íntima com ele poderia
fazer mais territorial e isto a preocupava.
Duas mãos fortes aterrissaram em seus ombros e seu olhar fixo voou até encontrar o seu. Johen puxou a cota de malha que usava, e seus olhos estavam cheios de
uma luxúria da que não se arrependia, enquanto a tirou.
- O que faz? -Exaltou Sofia. Seu pulso se elevou, o coração batia em seu peito- Eu... Eu... Pensei...
-Não a violarei -Disse ele com voz rouca. Seu fixo olhar bebeu dela enquanto estava de pé, nua, diante ele- Só quero te tocar.
Sua palmas calosas descansaram na junta de seu pescoço. Devagar, suas mãos baixaram, sentindo cada curva de seus seios. As palmas rasparam seus sensíveis mamilos
e Sofia não pôde suprimir o pequeno gemido que escapou.
-Tão formosa -Murmurou Johen, massageando suavemente seus rígidos mamilos- E tão minha.
Brincou com seus seios e mamilos durante uns minutos tortuosamente longos. Cada segundo parecia uma hora, destruindo a concentração de Sofia. Estava tão perto
de gozar e sabia que não era sábio. Tinha que lutar contra a excitação recusava se render.
Seus dedos encontraram os lábios vaginais. Brincou devagar com eles, enquanto ela deu um profundo fôlego.
-Por favor - Pediu Sofia, sua voz era instável. Seu indicador encontrou seus clitóris e começou a esfregá-lo sedutoramente- Por favor para.
Sua súplica não pareceu acreditável até para seus próprios ouvidos. Podia ver sua grande ereção se inchando contra as calças de couro e se perguntou se seria
capaz de se retirar.
-Está molhada pela necessidade -Disse Johen com voz rouca- E ainda assim, respeitarei seus desejos.
Ele esfregou seus clitóris umas vezes mais, depois se retirou. Sofia gemeu ...De alívio ou sofrimento?
Que Deus a ajudasse, um santo não podia resistir a uma tortura como esta! O desejo se cravou em seu ventre; Nunca sobreviveria a esta noite com a prudência intacta!
Seus olhos frenéticos, todo seu corpo em fogo, doía tanto que sentia uma verdadeira dor.
Incapaz de suportar outro momento, com o cérebro muito rendido para considerar as conseqüências, Sofia subiu na cama, estendeu amplamente suas coxas, e começou
energicamente a se masturbar.
Gotas de suor apareceram na testa de Johen diante a vista carnal. Como poderia esperar que não consumasse o casamento, este dia, quando acariciava o sexo aí
mesmo, diante dele? Sua mandíbula se endureceu.
Doce Odin.
-Ah, Deus -Gemeu Sofia, esfregando urgente seus clitóris em círculos- Ah, sim.
Estava deitada de barriga para cima, os cachos de ouro estavam expostos em abano ao redor de sua cabeça. Suas pernas estavam totalmente abertas, mostrando a
apertada carne que ele queria empalar mais do que queria respirar. Seus mamilos apunhalavam para cima, chamando sua boca.
Johen apertou os dentes. Por que ela fazia isto?
Sofia gozou com um forte gemido, seus mamilos ficaram impossivelmente duros. Seu pescoço se arqueou e seus olhos se fecharam, e ainda queria mais.
-Não é bastante - Ofegou ela, sua voz parecia quase aterrorizada- Quando acabara isto?
Seguiu sua implacável busca de saciedade, quase o matando. Que homem poderia resistir a isto?
Então, Johen apertou os dentes enquanto assimilou suas palavras. Quando acabará isto? Quando acabará o que?
Lentamente, caiu em conta da resposta. A velha Myria era principalmente responsável pelo bem-estar das noivas cativas até que estavam apresentadas no leilão.
A velha ervanária Myria...
Sofia tinha sido bombeada de erotisk.
Doce, doce Odin.
Johen tirou toda a roupa, menos as bandas de ouro, que levava nos bíceps. Seu pênis estava duro como uma pedra, e mais que impaciente por ajudar sua esposa a
sair de seu apuro carnal.
Sentou-se na cama, a seu lado, descansando seu peso em um cotovelo.
-Tudo ficará bem - Disse ele de modo tranqüilizador, e sua mão livre massageava seus mamilos. Baixou a cabeça por volta de um. Fechou brevemente seus olhos enquanto
o amamentou, desenhando firmemente a medula aumentada.
Ela gemeu, gozando em voz alta. Ele estava perto de se derramar diante seus gemidos, seu aroma. Suprimindo seu próprio gemido, soltou seu mamilo com um comprido
gemido e levou sua atenção para o mamilo descuidado.
-Ohdddddeeuuuus!
Ela gozava. E gozava e gozava e gozava.
Deuses, mas nunca tinha visto uma mulher mais atraentetiva.
-Tinha pensado em te dar o tempo suficiente para pensar na consumação de nosso casamento -Disse Johen com voz áspera- E ainda assim, sua necessidade durará dias.
Ela gemeu. Seu pênis palpitou, sabendo que estava à altura do desafio. O líquido pre-ejaculatorio gotejava do diminuto buraco, desesperado por estar dentro dela.
-Acaba, pequena -Disse Johen densamente enquanto continuou brincando com ela. Sua mão reatou o jogo com seus seios, massageando seus mamilos rígidos.
Sofia gozou com um outro forte gemido, sua cabeça caída e sua boca entreaberta. Sua respiração era pesada, sua necessidade ainda grande.
-Por favor -Disse ela com uma pequena voz que o excitou de um modo que nenhuma mulher o fez alguma vez- Me ajude.
Parecia tão assustada, tão indefesa. Comoveu-o de um modo no que não podia nomear. Olhos amplos, inocentes e o corpo de uma lasciva, uma combinação embriagadora.
Johen deixou escapar seu fôlego. Não queria tomá-la assim, mas tampouco queria que sofresse uma dor desnecessária.
Duro e preparado, ele se moveu entre as coxas de sua esposa. Se dispondo a entrar nela, entrelaçou seus ásperos dedos pela suave seda de seu cabelo de ouro,
e seus olhos encontraram seu fixo olhar verde-azul assombroso.
-Quer que a ajude? -Colocou a ponta de seu pênis na abertura de seu sexo. Se ela dissesse não, não seria capaz de parar- Deseja esta consumação?
-Sim! -Chorou ela. Suas mãos agarraram suas nádegas, o aproximando. Seus olhos eram grandes, desesperados- Por favor, entra em mim!
Dentes apertados, músculos tensos, Johen empurrou devagar seu largo e grosso pênis em seu sexo. Ele gemeu quando a empalou, se assentando até o punho, no paraíso
quente e molhado.
Sofia gozou imediatamente. Violentamente. Gritou, suas unhas se cravaram na carne rígida de seu traseiro.
Perto de gozar, Johen usou cada gota de obstinação para conter seu orgasmo. Começou a se mover devagar dentro de sua apertada carne, seu corpo inteiro apertado
em um prazer que era quase uma agonia. Teve que se concentrar nas necessidades de sua esposa, em vez de nas suas próprias.
-Mais rápido - Ofegou Sofia. Lançou seus quadris para ele, palpitando contra ele-. Mais rápido, mais duro-Disse ela.
Johen grunhiu, dando o que necessitava. Atravessou-a profundamente com golpes longos e rápidos. Ela gemeu em resposta, gozando mais vezes do que ele poderia
contar.
-Pertence a mim -Disse Johen possessivamente, a montando duro- Seu sexo, seu tudo -Nunca esquecerá que é minha.
Mais tarde trabalharia em reclamar seu coração, sua alma. No momento tudo que podia fazer era se desfrutar em suas apertadas profundidades, que devorava glutonamente
cada polegada dela.
Os quadris de Sofia se elevaram para ele, encontrando impulso contra impulso.
-Não vou esquecer -Só não pare!
Johen possuiu impossivelmente mais duro. Gemeu enquanto a montava, o som da carne contra carne era igual de excitante como o aroma de seus orgasmos. Repetidas
vezes, mais profundo e mais rápido, a marcando possessivamente como dele.
Já não podia se conter. O orgasmo o rasgava e ele não podia pará-lo.
-Estou gozando, aqui vou, pequena.
Acabou com um forte rugido quando chupou cada última gota dele. Seu corpo inteiro se convulsionou em cima do dela, os tensos músculos se afrouxavam diante a
explosão que absorvia tudo.
Johen a sustentou estreitamente, sua respiração pesada, seu corpo cheio de suor. Murmurou sobre sua sexualidade, sua beleza... e sua promessa de que um dia,
logo, o amaria.
Só poderia esperar que suas palavras fossem verdade.
Eram marido e esposa. Amo e querida. Não teria outro caminho.
Capítulo 9
Três dias mais tarde
-Juro que não a morderão -Disse Johen com uma piscada, enquanto conduzia Sofia pela mão, para a casa de seus pais - Tudo ficará bem.
Sofia duvidava.
Em primeiro lugar, o erotisk ainda não tinha saído de tudo. Seus impulsos não eram tão absorventes como tinham sido ao longo dos três dias passados, mas ainda
ferviam a fogo lento. Suas bochechas se cobriram de calor, pensando em possíveis vergonhas.
Em segundo lugar, ainda estava em choque. Em pouco mais de uma semana, Sofia tinha agüentado a morte de seu único parente, sobreviveu um seqüestro, tinha sido
despojada de sua roupa e posses, depois vendida ao melhor lance em um leilão.
A roupa que Johen tinha dado como substituição era horrivelmente indecente. A túnica de cor ouro era sem dúvida formosa, mas muito transparente para a tranqüilidade
de Sofia. O vestido começava com uma borracha elástica que começou em cima de sua linha de decote e descia até seus tornozelos. A corda vermelha se entrecruzava
em seus quadris e impediu que a barra caísse até seus dedos do pé. Seus mamilos se apertavam contra seu transparente Top, duros e excitados. Dizer que estava mortificada
por seu traje era pouco.
Em conjunto, havia muitas vezes quando sentia que estava em meio de um sonho longo e estranho.
E Sofia se sentia incômoda pretendendo ser dócil e traçando sua fuga todo o momento. Teria sido muito mais fácil se pudesse odiar Lorde Johen Stefsson.
Se a tivesse maltratado ou insultado. Se a tivesse forçado a ter sexo. Ou negar sabendo que a potente erva a deixava louca. Infernos, até sendo feio teria ajudado!
Simplesmente passava pela síndrome de Estocolmo. Não é a primeira mulher que começa a se identificar com seu captor, e não seria a última. Luta contra isso.
Não tinha nada porque se sentir culpado. Tinha sido seqüestrada, e era normal querer sua liberdade.
E ainda assim a culpa estava ali sempre que o gigante a olhava fixamente com olhos iluminados e devolvia o sorriso.
Por que o fazia? Por que? A conhecia fazia só três dias. Não podia estar apaixonado por ela!
Johen era um soldado afiado pela batalha, um líder sábio e respeitado por sua gente. Não era um jovem que não podia separar a luxúria do amor. Com seus trinta
e seis, Johen não só era quatro anos mais velho que ela, mas julgando sua habilidade na cama, se deitou com muitíssimas mulheres.
E ainda assim...
Apesar de seu cérebro, sem ter em conta sua força muscular, havia algo inexplicavelmente ingênuo sobre ele. Johen a olhava com tal esperança, tal desejo - como
se tivesse o poder de satisfazê-lo ou rompê-lo. Sofia não podia entender por que, mas a apanhava.
Não queria machucá-lo. Apesar de tudo, realmente não queria. Chame de síndrome de Estocolmo, chame algo mais, mas não tinha nenhum desejo de ferir este homem
que se chamava seu marido.
-De algum jeito, sobreviverei a esta comida -Disse Sofia silenciosamente. Uma pontada de excitação se lançou por ela, a obrigando a apertar seus músculos vaginais-
Preferentemente sem se fazer de tola.
Johen riu. Era a primeira vez que o tinha ouvido fazer isto, e se encontrou dando um sorriso genuíno.
Para! Não entende que tenho que odiá-lo?
-O único tolo daqui sou eu -Respondeu Johen, parando diante a porta da casa de seus pais. Levantou sua mão até seus lábios e a beijou suavemente- Estou louco
por você.
Sofia suspirou mentalmente. Pelo visto, não a entendia.
A porta se abriu repentinamente. Assustada, o olhar de Sofia aterrissou no bonito casal que estava ali, de pé, seus pais.
Eles a observaram de cima abaixo, como se loteando seu mérito para seu filho. Embora fosse tolo, encontrou seu escrutínio até mais espantoso que o leilão de
três dias atrás. Sofia não tinha nenhuma razão para que a incomodasse o que pensava esta gente dela, e parte dela desejava que desgostasse do que viam, assim se
sentiria melhor quando fugisse de Johen.
Não parecia que isto acontecesse.
O sorriso do pai era amplo, a mãe quase radiante.
-Saudações, filha - Disse o homem mais velho, com os olhos iluminados- Sou Eemil e esta é minha esposa, Amani -Inclinou respeitosamente sua cabeça- Bem-vindos
a nossa moradia.
Sofia forçou um sorriso, cada nervo de seu corpo se crispou.
-Obrigado.
Quando os pais de Johen a levaram a sua casa, Sofia decidiu que tinha todos os elementos de uma noite longa. Uma aura de exuberância reinava na reunião, enquanto
se sentia como se tivesse chegado à terra de Oz.
A comida era diferente de qualquer que Sofia tinha provado alguma vez. Quando escutou a conversa, escutou a história da captura de Amani e seu casamento com
o grande Viking a seu lado, entendeu por que o sabor à comida era tão único.
Uma mistura de duas culturas, a comida era como a decoração ... Conan o Bárbaro encontra à Princesa Jasmine da Arábia.
-Minha irmã e eu pensamos que poderíamos desmaiar - Refletiu Amani em um lírico sotaque árabe- Os casamentos arrumados não eram nada novo para nós, mas a cultura
Viking era muito para assimilar, para duas mulheres que tinham vivido vidas tão protegidas.
Eemil riu ao recordar.
-Acredito que realmente desmaiou, meu amor. De qualquer modo, parece que me lembro de te reanimar, só para me olhar outra vez e voltar a desmaiar.
A família compartilhou uma risada e Sofia encontrou movendo seus lábios, também, apesar dela. Muito bem podia sentir empatia com a grave situação de Amani.
-Não recordo o desmaio -A mãe de Johen zombou.
-Sim, o fez -Respondeu Eemil rapidamente-Bem em meus malditos pés.
-Ah, se cale!
O olhar de Sofia se extraviou para a face de Johen, que sorria abertamente. Era óbvio que ele e seus pais tinham uma relação próxima. O amor e o vínculo que
compartilhavam eram uma coisa tangível.
Johen parecia uma versão mais jovem, mas surpreendentemente similar de seu pai. Mesma altura e musculatura, mesmos olhos zombadores e sorriso. De Amani, tinha
herdado seu cabelo escuro e cútis verde oliva.
Embora Sofia achou a conversa divertida e intrigante, também era horrivelmente alarmante. No primeiro ano de seu casamento, Amani tinha fugido de Eemil várias
vezes, só para ser recuperada em meras horas. Ela tinha brigado contra ele, declarando seu ódio para ele, sua gente e tudo o que significavam.
Tudo em vão.
Amani havia possuído a vantagem do ódio e da fúria, sem mencionar a uma aliada em sua irmã, e ainda não tinha escapado. Sofia fechou brevemente seus olhos. Não
tinha nenhum aliado neste mundo, ou qualquer ódio para Johen para evocar e apelar. Inclusive parecia que sua fúria ia e vinha.
Não deixe que eles a rompam, Sofia. Recorda o que era ser livre.
Mais os olhava se relacionar, mais via sua própria família refletida em seus sorrisos. Tinha esquecido a que se parecia uma mãe e pai, filha e filho, se juntar
ao lado de uma mesa e só desfrutar de estar vivos e juntos. Isto apelava a ela, e não gostava.
Ah, Sam, recorda como eram as coisas boas antes que Mamãe e Papai morressem? Passaram tantos anos desde que me permiti recordar.
Cafés da manhã de tortinhas aos sábados. Lavar o carro da família aos domingos. Amor, afeto e um sentido de pertencer a cada dia da semana.
Tudo isto tinha sido levado por um capricho do cruel destino. Durante anos, não tinha tido ninguém, só seu irmão. Agora, nem sequer tinha a ele. Em cima da terra,
estava completa e totalmente sozinha.
O olhar de Johen desviou para Sofia. Ele a olhou de maneira inquisitiva, mas por sorte, não chamou a atenção. Ele poderia ver a angústia em sua face, as lágrimas
não derramadas, e soube sem dúvida que algo estava errado ...Mas não sabia o que era.
Incapaz de suportar seu olhar fixo, Sofia piscou várias vezes em uma rápida sucessão, enquanto recuperava a calma. Olhando longe, olhou sua comida, fingindo
interesse pelos pedaços de carne amadurecida, verduras e pão que tinha diante.
Enquanto Johen e Eemil tinham uma conversa política, Amani disse:
-Sei que para você é insuportável.
O olhar de Sofia procurou o da mãe de Johen. Faz um segundo tinha estado a meio caminho para a mesa. Uma piscada mais tarde e estava a seu lado.
-Sim, é -Suspirou ela - Muito insuportável.
Amani assentiu. Sua mão encontrou a de Sofia em cima da mesa e descansou ali.
-Pensa fugir de meu filho.
Ela pensou em negar, mas não havia nenhuma razão para fazê-lo.
-Sim, faço -Confessou Sofia, retirando sua mão- Certamente pode entender.
-Sim - Amani esteve de acordo, seus olhos marrons eram gentis. A bondade que exsudava, fez que Sofia sentisse culpada- Depois de tudo, fui como você uma vez.
Sinto sua emoção e a compadeço.
-Sinto que segue um mas.
O tom de Amani era sensível, mas firme.
-Mas não pode escapar -Quando Sofia abriu sua boca para refutá-lo, a mãe de Johen colocou um dedo em seus lábios- Acha que pode fugir com êxito, e acreditará
durante algum tempo. É normal... Todas o temos sentido igual.
-Sou diferente -Insistiu Sofia silenciosamente. Uma parte dela se perguntava quantas noivas Forasteiras haviam dito a mesma coisa em vão, e silenciou o pensamento
sem piedade- Não posso aceitar isto sem uma luta!
-E eu tampouco. -Suspirou Amani - Tinha pensado tentar e te economizar das tristezas dos primeiros dias do casamento, mas vejo que não é possível. Deve aprender
por você mesma.
Ah, Deus, não diga que sou justo como você! Por favor, pare!
-Só quero que saiba que estou aqui se precisa falar. Estive em sua pele e sei como se sente ao levá-los.
Profundamente dentro, Sofia sabia que Amani era sincera com ela, não tratava de enganá-la ao fazer acreditar que a fuga não era possível quando era. A verdade
era ainda mais frustrante que as mentiras.
-Por que? -Perguntou Sofia, sua voz tremia um pouco- Me faça entender por que - Mantinha sua voz baixa, para não ser ouvida por acaso pelos homens. Entretanto,
Johen e Eemil estavam muito embrulhados na conversa para notar sua cólera crescente- Têm escassez de mulheres aqui embaixo ou o que?
-Às vezes. Entretanto, nada significativo estes dias.
Suas fossas nasais flamejaram.
-Então por que?
Sofia era nove décimos de lógica racional e um décimo, emoção. Amava e odiava tão fortemente como a seguinte pessoa, mas seu cérebro não estava conectado a estereotípia
de moda feminina. Tinha que entender, até em um mundo onde a razão não poderia existir.
-Por que os homens de meu país se casam com várias mulheres? -Perguntou Amani suavemente- Por que tomam seus patrícios cristãos somente uma esposa? -Agitou uma
mão- Por que os judeus lutam contra os muçulmanos pelos direitos à Terra Santa, e os muçulmanos lutam igual de ferozmente para os mesmos direitos?
Sofia ficou imóvel. Por causa de sua crença profundamente sustentada de que era a vontade de seu Deus particular.
Seus ombros caíram, a luta saía dela. Estava cansada, mental e emocionalmente.
-Os Vikings acreditam na vontade de deuses do Valhala - Amani encontrou outra vez a mão de Sofia - Esta cultura é uma antiga, uma civilização encharcada em suas
próprias regras e doutrinas. É estranho para você, como foi uma vez para mim, mas finalmente verá os Vikings pelo que são... Gente boa, orientada para a família.
-Mas o mundo acima da terra...-Sofia sacudiu sua cabeça, sem entender- Como pode deixar toda a esperança de vê-lo alguma vez?
O sorriso de Amani era nostálgico.
-O amor pode fazer muitas coisas a uma mulher.
Sofia rodou mentalmente seus olhos. Não queria faltar o respeito à mãe de Johen, mas não era o tipo de pessoa para ser governada por sentimento.
-Estou feliz que esteja apaixonada por seu marido -Sussurrou Sofia- Mas...
-Sim, sei -A interrompeu Amani- Mas não era meu amor por Eemil do qual falávamos.
Sofia levantou uma sobrancelha de ouro.
-Era o amor de Eemil por mim o que me fez impossível seguir com a guerra contra ele -O olhar fixo de Amani pareceu suave cada vez que falava de seu marido- Os
Vikings, como você presenciou, são criados de forma diferente a qualquer cultura de cima da terra.
-É uma subestimação -Resmungou Sofia.
Amani sorriu abertamente.
-Sim, é -Sua expressão ficou séria- Mas aquela diferença está mostrada também no amor que guardam a suas mulheres.
-O que quer dizer?
-Não estou segura que possa explicá-lo -Disse Amani pensativamente- Suponho que é o modo em que os homens criam seus filhos.
Sofia escutou atentamente, um absorto auditório.
-Os ensinam que sua noiva é o centro de toda a vida e sentido. Aqui embaixo, um homem não está completo sem uma. Através da mulher, sua casa é bendita e a continuidade
de sua linha prometida. Emocionalmente -Seguiu Amani- Um adolescente é criado para sonhar com sua futura noiva, idealizando-a talvez um pouco demais -Silenciosamente,
riu entre dentes- Tais emoções sensíveis, ensinadas a um grupo tão áspero de varões nos parecem estranhas, mas assim é o caminho aqui embaixo.
Isto certamente explicava muito, saber como Johen poderia olhá-la com tal amor ingênuo nos olhos.
-Se preocupam se seu amor não é devolvido?
-Ainda tenho que ver que acontecesse isto. Esperam que levará tempo para ganhar o amor de sua noiva, mas sabem que se forem maridos bons e pacientes e amáveis,
finalmente serão recompensados e terão em troca seu amor.
Então alguma vez se rendiam? Santo céu.
As emoções de Sofia estavam em caos. Como poderia Johen talvez amar alguém que não conhecia fora do sentido bíblico? Não tinha sentido.
Então, Sofia suspirou, como poderia Johen ou algum outro Viking se casar e amar uma mulher que nunca tinham encontrado antes, se apoiando em uns momentos em
um leilão? Era estranho. Todo este mundo era estranho.
Tinha que encontrar uma saída antes que perdesse totalmente o julgamento. Ou, pior ainda, antes que tudo começasse a ter sentido.
O que faço? Me sinto tão perdida.
Sofia passou os dedos pelo cabelo, pensando rapidamente. Tinha que escapar antes que os sentimentos de Johen ficassem mais profundos. Depois de escutar o discurso
de Amani, entendeu que realmente se preocupava com ela. O ferir, não era o que queria.
Seu olhar se extraviou para onde estava sentado seu marido. Ele estava rindo e feliz, desaparecido seu antigo estóico impassível.
Por mim?
Johen tinha se casado com Sofia contra sua vontade, talvez, mas se não a tivesse comprado, o teria feito outro homem. Tinha-lhe mostrado somente bondade e entendimento.
Por esta razão, devia respeito e consideração.
Deixaria a vida de Johen com menos memórias possíveis. Quanto antes fizesse clique em suas sapatilhas vermelhas e retornasse ao Kansas, menos dor causaria.
-Um dia, amará a meu filho -Prometeu Amani, acariciando afetuosamente sua mão um tempo, antes de ficar de pé- Te prometo que a fará mais feliz que em seus sonhos
mais selvagens.
Capítulo 10
Sofia não podia escapar o bastante rápido da casa dos pais de Johen. Não só tinha que escapar das palavras de Amani, porque o erotisk era feroz. Seu pulso disparou
e a transpiração apareceu em sua testa e entre seus seios.
-Tudo ficará bem -Murmurou Johen, a levando para sua casa-. Quase estamos lá.
-Não acredito que posso esperar - Confessou Sofia, de modo instável. Olhou seu perfil- É tão feroz, que me dói o ventre.
Seus olhos pareceram suaves, embora não a olhassem. Só continuou andando, no carro de mina os levando mais longe dos vinte passageiros que era possível.
-Realmente dói - Ofegou ela.
Pararam diante as caixas do elevador metálico que os levaria ao setor que Johen chamava casa. Os dentes de Sofia morderam seu lábio inferior, tirando sangue,
quando olhou desembarcar dois passageiros. Johen a levou no artefato metálico e fechou as portas.
-Dói tanto -Chorou Sofia. Sentiu que a viagem durava para sempre.
Sua mandíbula se apertou quando levou o mecanismo ao meio piso, depois, o parou. Johen trabalhou rápido com seu vestido, o levantando sobre sua cabeça e o apanhando
só atrás de seu pescoço.
Seu corpo, agora nu, estava exposto diante ele. Ele tocou seus seios com um grunhido baixo, colocou um mamilo rígido em sua boca e o sorveu com força. Justo
como sabia que gostava.
Era um pouco alarmante que ele já conhecesse seu corpo tão bem, e era um professor na manipulação disto.
As mãos de Sofia encontraram suas calças e as baixou, só abaixo de suas duras nádegas. Sua ereção larga e grossa saltou livre, ficando impossivelmente mais rígida
entre suas palmas.
-É tão formosa, Sofia -Disse Johen densamente, beijando seus olhos, seu nariz, depois, seus lábios- Sou tão feliz que me pertença.
Ele a levantou e ela envolveu suas pernas ao redor de sua cintura. Sustentando suas nádegas, Johen a atraiu para ele, seu enorme pênis encheu rapidamente sua
carne excitada.
-Ah, Deus -Gemeu Sofia, sua cabeça se arqueou quando ele entrou nela- Ah, sim, Johen; Oh, Deus.
-É tão gostoso -Disse ele em voz rouca, seus olhos voltavam outra vez à vida dentro dela. Havia uma escuridão nele, uma dor que só pareceu recuar quando estava
perto dela- Te necessito, Sofia.
Seu coração se apertou.
-Johen...
Como sentindo e entendendo a agitação emocional que causaram suas palavras, Johen recolheu o ritmo de seu impulso, se concentrando em fazê-la gozar. O obteve
admiravelmente, justo como sempre. Sofia gritou seu nome enquanto gozava, apertando seu pênis tão rápido e furiosamente como podia.
-Sempre te precisarei -Murmurou Johen enquanto agüentava onda atrás de onda de êxtase- Sempre.
Falou de sua beleza, de seus olhos e seu sorriso. Empurrava em suas profundidades como se tentasse alcançar sua alma.
Chegava dentro dela. Chegava dentro.
Johen gozou com um rugido, seu pênis se sacudiu dentro dela. Sofia olhou seus olhos todo o momento, presenciando como a vida os abandonava outra vez.
Era como se ele entendesse que ela voltaria a conspirar contra ele uma vez que a paixão se descorasse... E tinha que se fortificar contra qualquer ferida que
podia causar o conhecimento.
Capítulo 11
Às primeiras horas do sexto dia de seu casamento, o erotisk desapareceu completamente. Se foi sua constante dor, a tortura, a luxúria inextinguível. Em seu
lugar havia uma dor muscular que a fazia se sentir de novo como virgem, em vez da mulher amadurecida que era.
Sofia nunca tinha tido tanto sexo em sua vida. Johen tinha feito amor quase sem parar na semana passada, parando tão somente para dormir e comer. Parecia tão
esgotado como ela, ainda assim, ainda conseguia se levantar em cada ocasião que gemia e o chamava.
Ele a tinha tomado mais vezes que tinha pensado que era possível, em mais lugares que tinha sonhado alguma vez deixando que um homem a invadisse.
E ela tinha suplicado. Como um animal no cio, tinha necessitado o pênis duro de Johen como se sua vida dependesse disso.
A coisa mais estranha de todas, entretanto, era a confiança que tinha começado a sentir por seu marido. Era grande e poderoso, mortal e brusco, mas ainda assim,
era terno e suave ao mesmo tempo. Ao menos com ela. Se nunca aprenderia outra coisa nova sobre ele, entendia completamente uma coisa: Nunca a machucaria.
Uma pena que não podia dizer o mesmo sobre ela, o que a afetava.
Sofia suspirou suavemente quando olhou o rosto adormecido de Johen. A desgostava o pensamento de causar a este homem qualquer dor, mas devia tentar e escapar.
Seis dias de grande sexo mal compensavam uma vida em cativeiro.
Aqui embaixo, nunca teria opções. Johen decidiria cada movimento. Qualquer mulher pronta, tentaria fugir.
Não é como se não a pudesse substituir. Hoje a chama sua esposa, mas se esquecerá no momento em que o deixe.
Se tão somente acreditasse realmente.
Durante cinco dias e noites, Lorde Stefsson descuidou dos deveres que tinha com Nova Suécia, por permanecer ao lado de sua esposa. Quando despertou durante o
sexto dia e encontrou Sofia dormindo profundamente a seu lado, Johen se deu conta que os efeitos do erotisk tinham passado.
A parte egoísta dele, o desejava de novo, já que sabia que enquanto que a luxúria a consumia, se deitaria com ele gostosamente, inclusive iniciaria seu ato sexual.
Agora que Sofia poderia se sacudir das teias de aranha carnais de sua mente, a batalha começaria.
Ele tinha ouvido muitas histórias durante os anos, sobre noivas cativas, para saber que haveria um tempo difícil em sua moradia até que Sofia aceitasse a Nova
Suécia como sua casa e a ele, como seu marido. Por isso, ele tinha jurado não comprar uma noiva Forasteira.
Mas quando Johen olhou o sono de Sofia, os cachos de ouro que emolduravam sua formosa face, sabia que tudo isto não importava. Por mais tempo que tomasse, independentemente
da atitude de obstinação que mostrasse, valeria a pena.
Algo em Sofia o tinha chamado no momento em que a viu. Havia um olhar em seus olhos que ele entendia muito bem: um vazio, uma dor que o fazia sentir morto por
dentro.
Fazia falta à morte para reconhecer a morte.
Johen não sabia pelo que tinha passado Sofia antes de sua captura pelos caçadores de noivas, mas independentemente do que era, tinha causado uma grande dor dentro
dela. Ele confrontava olhos assim cada vez que se olhava no espelho.
Ele tinha visto tantas coisas durante sua ascensão ao poder, lutando sem piedade contra Toki pela autonomia de Hannu. Cadáveres espalhados como papel caídos
ao longo dos rios gelados. Meninos golpeados -pequenas vítimas inocentes que não tinham feito nada mal a ninguém. Mães chorando. Cadáveres destroçados em todas as
partes...
Presenciar aquelas vidas em teoria, era totalmente diferentes ao vê-los na realidade. Uma parte de Johen tinha morrido na revolta, uma peça de sua alma que tinha
pensado que não recuperaria nunca. Estar com Sofia o fazia sentir esperança outra vez, como se depois de tudo, não tivesse sido em vão.
-Nos deixe tirar cada um a dor do outro -Murmurou ele, passando suavemente uma mão por seu cabelo. Quando Johen olhou o sono de sua esposa, sabia que tinha tomado
a decisão correta em escolhê-la como sua noiva. Tinham mais em comum que pensava qualquer deles- A aprecio mais a cada momento que passa.
Era verdade. O modo em que sorria a seu pesar cada vez que o encontrasse sendo boa companhia, cada vez que ele deslizava seu pênis dentro dela e aqueles olhos
em branco, tristes que cintilavam em seu brilhante olhar azul-esverdeado durante aqueles minutos roubados...
Ele a amava. Com todo seu coração, já a amava, embora não pudesse dizer até que estivesse preparada para ouvi-lo.
Sofia não se criou em sua cultura e portanto não entendia os caminhos de sua gente. Sua mãe tinha contado sobre a conversa em que teve com sua esposa por volta
de três dias, e do desconcerto de Sofia diante que um homem pudesse amá-la tão ferozmente, com tal devoção e tão rapidamente.
Sua mãe não tinha mentido. Ele queria Sofia como se a tivesse conhecido toda sua vida.
Johen piscou, recordando que tinha deveres que já não podia descuidar. Havia conflitos por debater, ofensas por ouvir e um setor para governar. Com um suspiro,
se levantou e foi colocar uma roupa limpa.
Seria um longo caminho com Lady Stefsson, mas uma da que sua Senhoria estava seguro de que o merecia.
Quando as portas do enorme quarto se fecharam silenciosamente, os olhos de Sofia se abriram devagar.
Muito antes que Johen houvesse tocado seu cabelo ou tivesse pronunciado uma palavra, tinha sabido que sua atenção estava posta nela. Insegura do que fazer ou
dizer, tinha fingido dormir. Suas palavras ditas suavemente ressoaram em seu coração:
Deixa nos tirar cada um a dor do outro... A aprecio mais a cada momento que passa.
Sabia sobre a morte de seu irmão? Sobre a perda de seus pais faz tantos anos? Tinha dito algo que não podia recordar? Que dor levava ele? Deveria se preocupar?
Eles não tinham falado muito, já que a maior parte de suas horas acordadas as tinham passado na cama. Ainda, de algum jeito, não se necessitavam palavras entre
eles. De alguma forma, de algum jeito, o que tinham juntos era, em seu lugar e tempo, bom.
Sofia suspirou. Tinha que partir. Johen afetava não só sua mente, mas também seu coração.
Capítulo 12
Sofia correu tão rápido como podia, correu cegamente pelo desconhecido mundo dos Vikings, fora da casa de Johen. Não sabia aonde ia. Não sabia nem se tratava
de escapar ou simplesmente de se desafogar. Lagrimas emanavam de seus olhos diante a confusão que sentia.
Ficando sob a terra com Johen era tão estranho como espantoso. Voltar para o mundo gelado de cima era igual de angustiante. Ali acima estaria sozinha.
Aqui embaixo, tinha Johen, Eemil e Amani; três pessoas que a queriam muitíssimo em sua família. Inclusive sabendo sua cólera e frustração, tinham aberto os braços,
a tratando como a uma dos seus.
Pertencia a eles.
Parou de repente, ofegando pelo ar. Era tudo o que ela tinha querido - uma família de verdade. Mas a que preço?
A tristeza a dominou até que só teve que chorar. Não tinha perdido o controle de suas emoções desde que seus pais tinham morrido, mas agora parecia que não podia
parar.
-Sofia.
A voz, tão suave, tão preocupada e familiar, a acalmou de uma maneira que a assustou. Sucumbir sem uma luta não estava em seu vocabulário, mas estava tão tentada
a fazê-lo...
-Sofia - Murmurou Johen, se aproximando dela. Por sorte, ele não a tocou; já estava suficientemente alterada- Está bem?
-Não - Soluçou ela, tentando deixar de chorar. Ela apagou as lágrimas, mas continuaram caindo- Não sei o que fazer. Não sei o que pensar. Não sei até quem sou
mais - E é a coisa mais assustadora de todas.
Johen não a interrompeu, pelo que ela estava agradecida de uma estranha maneira.
-Em meu mundo, não tinha nada. Perdi a todos os que me importavam alguma vez. Meus pais, meu irmão... Todos estão mortos.
-Sinto muito -Disse ele silenciosamente- Se estivessem vivos, os raptaria para você.
Sofia ficou imóvel. Sorriu através dos olhos chorosos.
-Realmente?
-É obvio -Disse Johen como se não pudesse entender por que pensava de outra maneira- Quero te fazer feliz, Sofia... Mais feliz do que esteve alguma vez.
Ela olhou longe.
-Isto não tomaria muito - Sussurrou ela.
Johen a levou uns passos, para um banco, e suavemente, sentou Sofia a seu lado.
-Não pretendo entender o que deve sentir. Vi nas faces de inumeráveis noiva cativas, mas nunca vivi isto -Suspirou- O que deve entender é que minha gente nunca
a deixará ir. Não poderiam embora quisessem. Uma vez que os caçadores de noivas a capturaram, seu destino foi selado. Sei que está zangada comigo.
-Não -Disse Sofia francamente- Não estou. Me dou conta de que se não tivesse me comprado, alguém mais o teria feito. De qualquer modo, não posso pensar em algo
mais do fato de que isto aconteceu.
Ele assentiu.
-Está zangada comigo.
-Não com você expressamente - Estou zangada com toda esta civilização -Estendeu suas mãos- Seus caminhos não são normais para mim, Johen. Se roubasse uma mulher
em cima da terra, iria para a prisão.
Ele assobiou.
-Prisão? Uma célula de encarceramento? Por fazer o que decretaram os deuses?
-Lá acima, ninguém acredita em seus deuses -Disse ela suavemente- Não o fazem desde milhares de anos.
-Que pena -Johen enredou seus dedos com os de Sofia- Sei que é duro para você - Murmurou ele- Juro te dar tanto espaço e tempo como necessita, a fim de encontrar
sua felicidade.
-E se não a encontrar? -Perguntou ela tristemente.
Ele apertou sua mão.
-Vai fazer. Não permitiria que acontecesse outra maneira.
Sofia não podia menos que sorrir diante sua arrogância, e ele piscou os olhos.
Sentaram-se em silencio durante muito tempo, sem dizer uma palavra. De mãos dadas, suas almas encontraram uma paz que nenhum deles tinha experimentado durante
anos. Depois do que pareceu uma vida para Johen, Sofia descansou por fim a cabeça em seu ombro, lhe permitindo abraçá-la.
A velha Myria, a ervanária, olhava das sombras, e um sorriso separava as enrugadas dobras de sua face. Tinha sabido que estes dois eram perfeitos um para o outro,
desde o momento que encontrou Sofia. Uns se chamavam presente, uma bênção, outros, uma maldição. O que fosse, ela tinha sabido.
O destino era irônico com seus giros e voltas, mas ao final sempre se arrumava. Era duro para que o casal recém casado o compreendesse agora, mas em outro mês,
Sofia amaria Johen com tanta paixão como ele o fazia. Outro mês mais tarde e estaria grávida com seu menino.
Em efeito, o destino era irônico, mas ainda assim, sábio. Não havia nenhuma outra pessoa viva quem poderia ter reconhecido e ter entendido as sombras que outro
levava.
Agarrando seu capuz fortemente sobre ela, a velha Myria se afastou. Algo forte estava a ponto de agarrar Nova Suécia na forma de uma mulher. Ela só poderia rezar
aos deuses da Valhala que sua gente estivesse preparada.
Epílogo
Três meses mais tarde
-Está definitivamente grávida - Proclamou Johen. Ele não deveria se sentir tão contente com sua fertilidade, olhando sua pobre pequenina esposa tentar acalmar
as náuseas que tinha desde umas semanas, mas não podia se conter. Ela estava grávida. Nenhuma mulher poderia esperar alguma vez ser mais atraente.
-Ou isto - Gracejou ele- Ou sucumbiu a uma nova enfermidade da que nenhum Viking ouviu falar alguma vez.
Sofia gemeu quando agarrou seu rebelde estômago.
-Que tipo de enfermidade seria?
-Talvez o chamaríamos... A-esposa-da-cara-verde.
-Não é engraçado.
-E aqui, eu estou pensando em me fazer de bobo da corte.
-Poderia precisar de umas lições mais.
Johen esfregou as costas de Sofia, fazendo todo o possível por consolá-la. Passavam longos momentos até que ela se sentisse bastante aliviada para se sentar,
e logo se sentava em seu lugar favorito...Seu colo.
Sorrindo suavemente, ela envolveu seus braços ao redor de seu pescoço.
-Sou muito feliz, já sabe.
Ele beijou sua testa.
-Sim, sei -Murmurou Johen- Posso vê-lo em seus olhos -Deu a sua esposa um apertão suave, não desejando tentar a natureza e fazê-la sentir-se mau. Sobretudo,
não enquanto que estava sentava sobre seu colo- Nunca me senti mais abençoado, Sofia. Obrigado por toda a bondade que trouxe a minha vida.
-É tão lindo...Vai fazer me chorar.
-Também o faz freqüentemente, estes dias. Talvez deveríamos trocar o nome da enfermidade à-esposa-da-cara-verde-e-olhos-vermelhos.
Sofia lhe deu um pequeno golpe no peito.
-Realmente precisa de mais lições.
Não era um bobo da corte, mas tolo e louco apaixonado, ele era. Os três meses passados tinham sido os mais maravilhosos de sua vida. Ele e Sofia tinham ficado
tão próximos que Johen não podia recordar sua vida antes dela. Era quase como se não tivesse vivido antes daquela véspera profética, do leilão de noivas.
Verdade seja dita, não o fez. Tinha existido, mas não tinha vivido realmente.
-Obrigado por ter meu menino -Murmurou Johen, seu olhar fixo memorizava sua face- Te amo, Sofia.
-De nada -Sussurrou ela. Ela alcançou e passou uma mão sobre o contorno de sua mandíbula- Eu também te amo. -Seu sorriso sustentava a promessa de uma vida longa
e feliz juntos- Mais do que saberá alguma vez.
Mais tarde, uma vez que as náuseas tinham passado, Sofia e Johen pegaram um carro de mina para uma estação que atracava no lado oposto de Hannu, onde viviam
os pais de Johen. Seus parentes políticos receberam as notícias da gravidez de Sofia como tinha sabido que iam fazer: com abraços, beijos e lágrimas de alegria.
-Não posso começar a te dizer que felizes somos! -Riu Amani- Eemil e eu vamos ser avós!
Eemil estava igualmente comovido, indo e batendo na porta de seu irmão e compartilhando as notícias de sua gravidez. Logo, toda a grande família de Johen estava
ali, com comida e bebidas prontas para uma celebração improvisada.
Sofia sorriu abertamente a seu marido, enquanto seu pai e seu tio começaram a cantar e dançar, uma indecente interpretação Viking reservada só para as ocasiões
muito especiais. Johen arqueou sua cabeça e riu, depois deu a Sofia um apertão contente.
Ela estava feliz. Que Deus a ajude, mas nunca tinha sido mais feliz.
A vida no Mundo Subterrâneo tinha resultado ser mais maravilhosa do que Sofia tinha pensado que era possível. Não era por que estava casada com o melhor homem
do mundo, mas além de Johen, o reino ainda tinha muitas coisas.
Johen tinha dado a Sofia o presente mais assombroso... O presente de ser amado aconteça o que acontecer. Eles só tinham casados três meses atrás, ainda assim,
em seu coração sentiu como se tivessem estado juntos durante três vidas. Tudo entre eles tinha encaixado tão rápido e tão bem.
Ainda pensava no mundo de cima da terra de vez em quando, e agora era um daqueles tempos. Sua mamãe e papai teriam estado tão extasiados como os pais de Johen
diante a notícia de sua gravidez. E Sam teria sido o melhor tio do mundo.
Sofia sorriu. Esperava que sua família olhasse do céu e visse este momento com os seus olhos de anjos.
Ela piscou, depois voltou sua atenção à interpretação Viking. Rindo com seu marido, deixou a cabeça no ombro de Johen, agradecida de ser uma parte desta maravilhosa
família.
1 Fairbanks é uma cidade localizada no Alaska, Estados Unidos. É a maior cidade do interior do Alaska e a segunda maior cidade do estado.
2 Diabos, ela me cortou! - tradução do sueco
3 Não foi tanto assim caralho! - tradução do sueco
4 Se fixe no teu!
5 Não é nenhum problema!
6 Cantárida: Inseto coleóptero que mede entre 10 e 20 mm, de cor verde escuro brilhante, que vivem nos ramos das árvores e, sobretudo, dos freixos. Contém uma
substância que se emprega na medicina para curar as queimaduras. O efeito secundários, a erção espontânea do pênis, converteu a cantárida no afrodisíaco de referência
até o século XVII, quando caiu em desuso, dado o número de envenenamentos, com conseqüências mortais, que produziram tais práticas.
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