Nightword
Daughters of Darkness
Lisa Jane Smith
Capítulo 1
"Rowan, Kestrel e Jade," Mary-Linnette disse enquanto ela e Mark passavam pela antiga casa da fazenda Vitoriana.
"Huh?"
"Rowan. E Kestrel. E Jade. Os nomes das meninas que estão se mudando," Mary-Linnette inclinou sua cabeça em direção a casa da fazenda - suas mãos cheias de tecidos
de algodão da cadeira. "Elas são as sobrinhas da Sra.Burdock. Não se lembra que eu te disse que elas estavam vindo morar com ela?"
"Vagamente," disse Mark, reajustando o peso do telescópio que ele estava carregando enquanto eles subiam a colina. Ele falou pouco, o que Mary-Linnette sabia que
ele estava sendo tímido.
"Elas têm nomes bonitos," ela disse. "E devem ser garotas legais, porque a Sra.Burdock disse."
"A Sra.Burdock é louca."
"Ela é apenas excêntrica. E ontem ela me disse que suas sobrinhas são todas lindas. Quero dizer, eu tenho certeza que ela é preconceituosa e tudo, mas ela foi bem
precisa. Cada uma delas eram belíssimas, cada uma delas de um tipo completamente diferente."
"Então elas deviam estar indo para a Califórnia," Mark disse em um balbuciar quase inaudível. "Elas deviam estar posando para a Vogue. Onde você quer essa coisa?"
ele adicionou quando chegaram ao topo da colina.
"Bem aqui." Mary-Linnette colocou a cadeira virada para baixo. Ela limpou algumas sujeiras com o seu pé de modo que o telescópio ficou uniforme. Então ela disse
casualmente, "Você sabe, eu pensei que talvez nós pudéssemos ir lá amanhã e nos introduzir - uma espécie de bem-vinda a elas, você sabe..."
"Será que você quer parar com isso?" Mark disse sobriamente. "Eu posso organizar minha própria vida. Se eu quero conhecer uma garota, eu vou conhecer uma garota.
Eu não preciso de ajuda."
"Ok, ok. Você não precisa de ajuda. Tome cuidado com esse foco tubo..."
"E, além disso, o que é que vamos dizer?" Mark disse, em um rolo agora. "Bem-vindas a Briar Creek, onde nada nunca acontece. Onde há mais coiotes do que pessoas.
Quando você realmente quiser alguma emoção você pode ir na cidade e assistir no sábado à noite a corrida do rato no Golden Creek Bar..."
"Certo. Ok." Mary-Linnette suspirou. Ela olhou para seu irmão mais novo, que no exato momento estava sendo iluminado pelos últimos raios do pôr-do-sol. Vendo ele
agora, você acharia que ele nunca tinha ficado doente um dia em sua vida. Seu cabelo era tão escuro e brilhante quanto o de Mary-Linnette, seus olhos eram tão azuis
e claros e cheios de vivacidade. Ele tinha o mesmo tom bronzeado saudável como ela, o mesmo brilho de cor em sua bochechas.
Mas quando ele era um bebe, ele era franzino e magricela e cada respiração tinha sido um desafio. Sua asma havia sido tão ruim que ele passou quase a maior parte
do seu segundo ano em uma tenda de oxigênio, lutando para ficar vivo. Mary-Linnette, um ano e meio mais velha, tinha gastado cada dia esperando seu pequeno irmão
voltar para casa.
Isso mudou ele, estar sozinho em uma tenda onde até mesmo sua mãe não podia entrar. Quando ele saiu ele era tímido e pegajoso - agarrava o braço da mãe deles o tempo
todo. E por muitos anos ele não tinha sido capaz de sair para praticar esportes como às outras crianças. Isso foi há muito tempo atrás - Mark ia ser o júnior do
ensino médio esse ano, mas ele ainda era tímido. E quando ele ficava na defensiva, ele se reprimia para fora da cabeça das pessoas.
Mary-Linnette desejava que uma das novas garotas fosse certo para ele, chamando para sair um pouco, dando a ele um pouco de confiança. Talvez ele pudesse arranjar
de algum modo...
"No que você está pensando?" Mark perguntou suspeito.
Mary-Linnette percebeu que ele estava olhando para ela.
"Sobre como vai ser bom a observação hoje à noite," disse ela maliciosamente. "Agosto é o mês para observar estrelas, o ar está tão quente e calmo. Hey, essa é a
primeira estrela - você pode fazer um pedido."
Ela apontou para um ponto luminoso de luz acima do horizonte sul. Funcionou, Mark estava distraído e olhou também.
Mary-Linnette encarou a parte de trás de sua cabeleira escura. Caso venha fazer qualquer bem, eu desejo um romance para você, ela pensava. Eu desejaria isso para
mim também, mas qual seria o ponto? Não havia ninguém por aqui que fosse romântico.
Nenhum dos rapazes da escola - exceto talvez Jeremy Lovett - entendia o porquê ela se interessava por astronomia, ou o que ela sentia sobre as estrelas. Na maior
parte do tempo Mary-Linnette não se importava - mas ocasionalmente ela sentia um vazio em seu peito. Um ânsia de... Compartilhar. Se ela tivesse desejado, seria
por isso, por alguém para compartilhar à noite.
Oh, bem. Não ajuda ficar pensando nisso. E, além disso, embora ela não quisesse contar para Mark, eles estavam desejando para o planeta Júpiter, e não para uma estrela
no final de tudo.
Mark balançou sua cabeça como se ele fosse fazer uma longa caminhada através de lutas e veneno. Ele deveria pedir desculpas a Mary-Linnette antes de sair - ele não
gostava de ser desagradável com ela. Na verdade, ela era a única pessoa que ele ainda tentava ser decente.
Mas porque ela estava sempre tentando corrigir ele? Como por exemplo, desejar para as estrelas. E Mark não tinha realmente feito um desejo, de qualquer maneira.
Ele pensou, se eu fosse fazer um desejo, coisa que eu não faria porque é piegas e estúpido, seria por algum tipo de excitação por aqui.
Algo selvagem, Mark pensou - e sentiu um arrepio interior enquanto ele descia pela escuridão da colina.
Jade encarou o regular, brilhante ponto de luz sobre o horizonte sul. Era um planeta, ela sabia. Por causa das duas últimas noites que ela o tinha observado movimentando-se
por todo o céu, acompanhada por pequenas picadas de agulhas que deviam ser suas luas. De onde ela veio ninguém tinha o hábito de desejar para as estrelas, mas este
planeta parecia um amigo - um viajante, assim como ela. Enquanto Jade o observava esta noite, ela sentiu uma espécie de concentração de esperança dentro dela. Quase
um desejo.
Jade tinha que admitir que não foram levados a um início muito promissor. O ar da noite estava muito quieto, pois não era o som mais fraco de um carro chegando.
Ela estava cansada e preocupada e começava a estar muito, muito faminta.
Jade virou-se para olhar para suas irmãs.
"Bem, onde ela está?"
"Não sei," disse Rowan em sua mais gentil voz persistente. "Tenha paciência."
"Bem, talvez nós devêssemos examinar para ela."
"Não," Rowan disse. "Lembrem-se do que decidimos."
"Ela provavelmente se esqueceu de que nós estávamos chegando", disse Kestrel. "Eu disse que ela estava ficando senil."
"Não diga coisas como essas. Não é educado," Rowan disse ainda gentil, mas através de seus dentes.
Rowan sempre era gentil quando ela conseguia. Ela tinha dezenove anos, alta, magra e imponente. Ela tinha olhos castanhos canela e cabelos castanhos que caiam como
uma cascata em ondas por suas costas.
Kestrel tinha dezessete e seus cabelos tinha a cor de ouro velho que caia por suas costas como as asas de um pássaro. Seus olhos eram de cor âmbar como os de um
falcão, e ela nunca era gentil.
Jade era a mais nova, acabava de fazer dezesseis anos, e ela não se parecia com nenhuma de suas irmãs. Ela tinha o cabelo loiro branco que ela usava como um véu
para se esconder, e seus olhos eram verdes. As pessoas diziam que ela parecia serena, mas ela quase nunca se sentia serena.
Normalmente ela estava loucamente animada ou loucamente ansiosa e confusa.
Agora ela estava ansiosa. Ela estava preocupada com as repetidas batidas, sua maleta de couro do Marrocos com meio século de idade. Ela não podia ouvir nada dentro
dela.
"Ei, porque vocês duas não vão na estrada um pouco e vejam se ela não está vindo?"
Suas irmãs olharam de volta para ela. Havia poucas coisas que Rowan e Kestrel concordavam, mas Jade era uma delas. Ela podia ver que elas estavam prestes a se unir
contra ela.
"Agora o quê?" Kestrel disse, mostrando os dentes apenas momentaneamente.
E Rowan disse, "Você está tramando alguma coisa. O que você está tramando, Jade?"
Jade acalmou seus pensamentos e seu rosto e apenas olhou para elas naturalmente. Ela esperava.
Elas encararam de volta por alguns minutos, então trocaram um olhar entre si, rendendo-se. "Vamos ter que andar, você sabe," Kestrel disse para Rowan.
"Há coisas piores do que caminhar," disse Rowan. Ela empurrou uma mecha de seu cabelo castanho pra longe de sua testa e olhou ao redor da estação rodoviária que
consistia em três lados, um cubículo de paredes de vidro e madeira, e uma bancada. "Gostaria que tivesse um telefone."
"Bem, não tem. E são vinte milhas para Briar Creek," Kestrel disse o dourado de seus olhos brilhando com uma espécie de alegria sinistra. "Nós provavelmente vamos
ter que deixar nossas bagagens aqui."
Alarme passou através de Jade. "Não, não. Eu tenho todas as minhas... todas as minhas roupas lá dentro. Vamos lá, vinte milhas não é assim tão longe." Com uma mão
ela pegou o seu transportador de gato caseiro, apenas tábuas e fios e com a outra ela pegou a mala. Ela andou uma pequena distancia pela estrada antes dela ouvir
um barulho de cascalho atrás dela. Elas a estavam seguindo: Rowan suspirando pacientemente, Kestrel estalando a língua suavemente, seu cabelo brilhando como ouro
velho na luz das estrelas.
A estrada era uma faixa escura e deserta. Mas não totalmente silenciosa, havia dezenas de minúsculos sons noturnos, tudo somado em um complexo, harmonizando a quietude
da noite. Teria sido agradável, exceto que a mala de Jade parecia ficar mais pesada a cada passo, e ela estava com mais fome do que jamais esteve antes. Ela sabia
que era melhor mencionar para Rowan, mas isso fez ela se sentir confusa e fraca.
Só quando ela estava começando a achar que ela teria que abaixar a mala e descansar, ela ouviu um novo som.
Era um carro, vindo atrás delas. O motor era tão barulhento que parecia que ia levar muito tempo até chegar perto delas, mas quando ele passou, Jade viu que ele
estava muito rápido. Depois houve um barulho alto de cascalho e o carro parou. Ele voltou e Jade viu um rapaz olhando para ela através da janela.
Havia outro rapaz no assento do passageiro. Jade olhou curiosamente para eles.
Eles pareciam ter a mesma idade de Rowan, e os dois estavam profundamente bronzeados. O que estava dirigindo tinha cabelos loiros e parecia que não tinha se lavado.
O outro tinha o cabelo castanho. Ele vestia um colete sem camisa por baixo. Ele tinha um palito na boca.
Ambos olharam de volta para Jade, parecendo tão curiosos quanto ela estava. E então a janela do motorista abaixou. Jade estava fascinada com o quão rápido isso era.
"Precisa de uma carona?" O motorista disse, com um estranho sorriso brilhante. Seus dentes brilharam em contraste com seu rosto sujo. Jade olhou para Kestrel e
Rowan, que estavam recuperando o atraso. Kestrel não disse nada, mas olhou para o carro através de estreitos, pesados e amarrados olhos cor de âmbar. Os olhos castanhos
de Rowan estavam quentes.
"Claro que queremos," disse ela sorrindo. Então, duvidosamente, "Mas nós estamos indo para a Fazenda Burdock. Pode estar fora de seu caminho..."
"Oh, hey, eu conheço esse lugar. Não é longe," o do colete disse ao redor de seu palito. "De qualquer maneira, qualquer coisa por uma dama," disse ele, com o que
parecia ser uma tentativa de galanteio. Ele abriu sua porta e saiu do carro. "Uma de vocês pode sentar na frente, e eu posso sentar atrás com as outras duas. Sorte
minha, hein?" Ele disse para o motorista.
"Sorte sua," o motorista disse, sorrindo amplamente de novo. Ele abriu sua porta, também. "Você vai e coloca esse gato na frente, e as outras malas podem ir no
porta-malas," disse ele.
Rowan sorriu para Jade, e Jade sabia o que ela estava pensando. Eu me perguntava se todo mundo por aqui era tão amigável? Elas distribuíram seus pertences e depois
entraram no carro, Jade na frente com o motorista, Rowan e Kestrel atrás uma de cada lado do cara de colete. Um minuto depois eles estavam voando rua abaixo em uma
velocidade que Jade achou deliciosa, cascalho triturado debaixo dos pneus.
"Eu sou Vic," o motorista disse.
"Eu sou Todd," o cara de colete falou.
Rowan disse, "Eu sou Rowan, e esta é Kestrel. Essa aí na frente é a Jade."
"Vocês meninas são amigas?"
"Somos irmãs," Jade disse.
"Vocês não parecem irmãs."
"Todo mundo diz isso." Jade quis dizer todo mundo que eles conheceram depois que foram embora. Em sua antiga casa, todos sabiam que elas eram irmãs, então ninguém
dizia isso.
"O que vocês estão fazendo aqui fora tão tarde?" Vic perguntou. "Não é lugar para garotas legais."
"Não somos garotas legais," Kestrel explicou ausente.
"Estamos tentando ser," disse Rowan reprovadora través de seus dentes. Para Vic, ela disse, "Nós estávamos esperando nossa tia Opal nos pegar na rodoviária, mas
ela não veio. Nós vamos orar na Fazenda Burdock."
"A velha senhora Burdock é sua tia?" Todd disse, retirando seu palito. "Aquela morcega velha louca?" Vic se virou para olhar para ele, e ambos riram e balançaram
suas cabeças.
Jade parecia longe de Vic. Ela olhou para baixo para o seu gato, ouvindo pequenos ruídos o que significava que Tiggy estava acordado.
Ela se sentiu ligeiramente... Desconfortável. Ela sentiu algo. Mesmo que esses caras parecessem legais, havia alguma coisa abaixo da superfície. Mas ela estava muito
sonolenta... E tão leve... Comandada pela fome... Para descobrir exatamente o que era.
Rowan ainda parecia educada e perplexa, mas Kestrel olhava para a porta do carro ao seu lado pensando inteiramente. Jade sabia o que ela estava procurando - um trinco.
Não havia uma.
"Muito ruim," disse Vic. "Esse carro é uma verdadeira pilha de lixo. Você não pode sequer abrir a porta por dentro."
Ele agarrou o braço de Jade tão apertado que ela podia sentir a pressão sobre o osso. "Agora, vocês garotas serão legais e ninguém vai se machucar."
Eles pareciam ter dirigido por um longo tempo antes de Vic falar novamente.
"Vocês garotas nunca estiveram em Oregon antes?"
Jade piscou e murmurou uma negativa.
"Têm alguns lugares solitários bonitos," disse Vic. "Aqui, por exemplo. Briar Creek era uma cidade da corrida do ouro, mas quando o ouro acabou e a ferrovia passou,
ela morreu. Agora o deserto a está pegando de volta."
Seu tom era significativo, mas Jade não entendeu o que ele estava tentando transmitir.
"Ela parece pacífica," disse Rowan educadamente do banco traseiro.
Vic fez um breve som forte. "Sim, bem, pacifica não era bem o que eu queria dizer. Eu quis dizer por esse caminho. A casa da fazenda está a algumas milhas, certo?
Se você gritasse, não haveria ninguém para ouvir."
Jade piscou. Que coisa estranha de se dizer. Rowan, continuando conversando educadamente, disse: "Bem, você e Todd ouviriam."
"Quero dizer, ninguém mais," disse Vic, e Jade podia sentir sua impaciência. Ele vinha dirigindo mais e mais lentamente. Agora ele tirou o carro da estrada e parou.
Estacionou.
"Ninguém lá fora vai ouvir," ele esclareceu, se virando para olhar para trás. Jade olhou também, e viu Todd sorrindo, um grande sorriso brilhante com seus dentes
apertando seu palito.
"Isso mesmo," disse Todd. "Vocês estão sozinhas aqui com a gente, então talvez seja melhor vocês nos ouvirem, hein?"
Jade viu que ele estava prendendo o braço de Rowan com uma mão e o punho de Kestrel com a outra.
Capítulo 2
"Você vê, nós somos ambos os rapazes sozinhos," disse Todd da parte traseira. "Não há muitas meninas da nossa idade aqui, então nós estamos sós. Então, quando nos
deparamos com três garotas como vocês... Bem, naturalmente que a gente só queria conhecer vocês melhor. Entenderam?"
"Então se vocês garotas jogarem junto, todos nós podemos nos divertir," Vic determinou.
"Divertir... Oh, não," disse Rowan, consternada. Jade sabia que ela tinha capturado parte do pensamente de Vic e estava tentando muito severamente não bisbilhotar
mais. "Kestrel e Jade são muito jovens para qualquer coisa como essa. Sinto muito, mas temos que dizer não."
"Não vou fazer isso mesmo quando eu velha o suficiente," disse Jade. "Mas não é isso que esses caras queriam dizer afinal ele queriam dizer isso." Ela projetou
algumas imagens que ela tinha pegando da mente de Vic e mandou para a mente de Rowan.
"Oh, querida," disse Rowan redondamente. "Jade, você sabe que nós concordamos em não espiar pessoas como essa."
Sim, mas olha o que eles estão pensando, Jade disse silenciosamente, percebendo que se ela tivesse quebrado uma regra poderia quebrar todas.
"Agora olha," disse Vic em um tom que mostrava que ele estava perdendo o controle da situação. Ele se aproximou e agarrou o outro braço de Jade, forçando ela a
enfrentar ele. "Não estamos aqui para falar. Viram?" Ele lhe deu uma pequena sacudida. Jade estudou sua expressão por um momento, então virou a cabeça para olhar
interrogativamente para o banco traseiro.
O rosto de Rowan estava creme-pálido contra seu cabelo castanho. Jade podia sentir que ela estava triste e desapontada. O cabelo de Kestrel era um ouro fraco e ela
estava com o olhar carrancudo.
Bem? Kestrel disse silenciosamente para Rowan.
Bem? Jade disse do mesmo jeito. Jade torceu o corpo enquanto Vic tentou atraí-la. Vamos lá, Rowan, ele está me beliscando.
Acho que não temos outra escolha, disse Rowan.
Imediatamente Jade se voltou para Vic. Ele ainda estava tentando puxar ela, parecendo surpreso com o fato de que ela não estava se aproximando. Jade parou de resistir
e deixou arrastá-la para perto... E então suavemente ela soltou uma braço de seu aperto e levantou uma mão. O calcanhar de sua mão fez contato com seu queixo. Os
dentes dele bateram e sua cabeça foi para trás, expondo sua garganta.
Jade se lançou ali e mordeu.
Ela estava se sentindo culpada e excitada. Ela não queria usá-lo para fazer dessa forma, para afundar suas presas enquanto ele estava acordado e lutando em vez de
hipnotizado e dócil. Mas ela sabia que seus instintos eram tão bons quanto um caçador que tinha crescido perseguindo seres humanos em becos. Era parte de sua programação
genética avaliar qualquer coisa que ela via em termos de "É comida? Posso pegar? Quais são suas fraquezas?"
O problema é que ela não deveria estar se divertindo com esta alimentação, porque era exatamente o oposto do que ela e Rowan e Kestrel tinham vindo a Briar Creek
fazer.
Ela estava consciente da atividade do banco traseiro. Rowan tinha levantado o braço que Todd tinha usado para segurar ela. Do outro lado Kestrel tinha feito o mesmo.
Todd estava lutando, sua voz estupefata. "Hey hey o que você..."
Rowan mordeu.
"O que você está fazendo?"
Kestrel mordeu.
"Que espécie de aberração você está fazendo? Quem é você? Que tipo de monstro você é?"
Ele lutou selvagem por um minuto ou mais, e então retrocedeu enquanto Rowan e Kestrel mentalmente o levou ao transe.
Só se passou mais um minuto antes de Rowan dizer, "É o bastante."
Jade disse, Ah, Rowan...
"É o bastante. Diga-lhe para não se lembrar de nada disto... E descubra se ele sabe onde a Fazenda Burdock fica."
Ainda se alimentando, Jade explorou com sua mente, tocando levemente com um tentáculo de pensamento. Então ela retrocedeu, sua boca se fechando como um beijo enquanto
ela deixava a pele de Vic. Vic era apenas um grande boneco de trapos neste ponto, e ele caiu pesadamente sem energia contra o volante e a porta do carro quando ela
deixou ir.
"A Fazenda fica um pouco para trás... Temos que voltar a bifurcação na estrada," ela disse. "É estranho," acrescentou ela, perplexa. "Ele estava pensando que não
iria entrar em problemas por nos atacar por que... Por causa de alguma coisa sobre tia Opal. Eu não consegui pegar o quê."
"Provavelmente porque ela é louca," Kestrel disse sem emoção. "Todd estava pensando que ele não ia ficar em apuros porque seu pai é um Ancião."
"Ele não têm Anciões," Jade disse, vagamente presunçosa. "Você quer dizer um governador ou um policial ou alguma coisa," Rowan estava com o olhar carrancudo, não
olhando para elas. "Tudo bem," ela disse. "Essa foi uma emergência, tivemos que fazer isso. Mas agora vamos voltar ao que tínhamos concordado."
"Até a próxima emergência," Kestrel disse, sorrindo para fora da janela do carro dentro da noite.
Para evitar Rowan, Jade disse, "Você acha que devemos simplesmente deixá-los aqui?"
"Porque não?" Kestrel disse negligente. "Ele vão acordar em algumas horas."
Jade olhou para o pescoço de Vic. As duas pequenas feridas quando os dentes dela o perfuraram já estavam quase fechadas. Até amanhã ela seriam fracas marcas vermelhas
de antigas picadas de abelhas.
Cinco minutos depois elas estavam na estrada novamente com suas malas. Desta vez, porém, Jade estava alegre. A diferença era a comida - ela se sentia cheia de sangue
como um carrapato, carregada com energia e pronta para subir montanhas. Ela colocava a sua gaiola de gato e sua mala alternadamente, e Tiggy rosnava.
Era maravilhoso estar do lado de fora assim, andando sozinha no ar quente da noite, com ninguém com as sobrancelhas franzidas em desaprovação. Maravilhoso ouvir
os veados e coelhos e ratos se alimentando nos prados ao redor dela. Felicidade borbulhava dentro de Jade. Ela nunca se sentiu tão feliz.
"É agradável, não é?" Rowan disse suavemente, olhando ao redor quando elas chegaram à bifurcação da estrada. "É o mundo real. É nós temos tanto direito a ele como
qualquer um."
"Eu acho que é o sangue," disse Kestrel. "Seres humanos livres são muito melhores do que os que mantidos. Por que é que nosso querido irmão nunca mencionou isso
antes?"
Ash, Jade pensou e sentiu um vento frio. Ela olhou de relance atrás dela, não procurando por um carro, mas por algo muito mais silencioso e mortal. Ela percebeu
de repente o quão frágil sua bolha de felicidade era.
"Nós vamos ser pegas?" Ela perguntou a Rowan. Retrocedendo, no espaço de um segundo, para os seus seis anos de idade se virando para a sua irmã mais velha por ajuda.
E Rowan, a melhor irmã mais velha do mundo, disse imediatamente e positivamente, "Não."
"Mas se Ash descobrir... Ele é o único que pode entender..."
"Nós não vamos ser pegas," Rowan disse. "Ninguém vai descobrir que estamos aqui."
Jade se sentiu melhor. Ela abaixou sua mala e pegou uma mão de Rowan, que a apertou. "Juntas para sempre," disse ela.
Kestrel, que estava a alguns passos à frente, olhou de relance sobre o ombro. Então ela voltou e colocou a mão sobre a delas.
"Juntas para sempre."
Rowan disse solenemente; Kestrel disse com seus olhos amarelos rapidamente estreitos; Jade disse com absoluta determinação.
À medida que andava Jade se sentiu novamente dinâmica e alegre, gozando o escuro veludo da noite.
Aqui a estrada era só sujeira, sem pavimento. Elas passaram por prados e vários abetos Douglas. A casa da fazenda na esquerda seguia em um longo caminho. E finalmente,
morto em frente ao final da estrada, outra casa.
"É ela," disse Rowan. Jade reconheceu, também, a partir das imagens que tia Opal havia enviado. Tinha duas histórias, uma envolvendo alpendre, e um acentuado telhado
com muitas arestas. Uma cúpula estava brotando no piso superior, e havia um cata-vento sobre o celeiro.
Um verdadeiro cata-vento, Jade pensou, parando para olhar. Sua felicidade inundava ao seu redor a pleno vigor. "Eu amo ela," ela disse solenemente.
Rowan e Kestrel tinham parado, também, mas suas expressões estavam longe de ser uma união. Rowan pareceu completamente horrorizada.
"É um desastre," ela suspirou. "Olhe, a pintura do celeiro desapareceu completamente. As fotos não mostraram isso."
"E o alpendre," disse Kestrel ajudando. "Está caindo aos pedaços. Pode cair a qualquer momento."
"O trabalho," sussurrou Rowan. "O trabalho que levaria para arrumar esse lugar..."
"E o dinheiro," disse Kestrel.
Jade deu a elas um olhar frio. "Por que arrumá-lo? Eu gostei."
"É diferente." Rígida com superioridade, ela pegou sua mala e andou até o fim da estrada... Havia uma decrépita, principalmente caída... Barreira que cercava a propriedade,
e um perigoso... Parecia um portão. Um pouco além, no caminho coberto por ervas, havia um monte de pedaços de madeira como se alguém tivesse planejado concertar
a cerca, mas nunca tinha tempo para isso. Jade abaixou sua mala e sua gaiola para gato e puxou o portão. Para a surpresa dela, ele abriu facilmente.
"Viu, ele pode não parecer bom, mas ainda funciona..." Ela não chegou a terminar a frase corretamente. O portão caiu sobre ela.
"Bem, pode não funcionar, mas ainda é nosso," disse ela enquanto Rowan e Kestrel a ajudavam.
"Não, é de tia Opal," disse Kestrel.
Rowan apenas alisou o cabelo dela e disse, "Vamos."
Havia uma parte do alpendre faltando, e várias placas do próprio alpendre. Jade capengou a sua volta com dignidade. O portão tinha batido contra a sua canela, e
uma vez que era de madeira, ainda estava machucada. De fato, tudo aqui parecia ser feito de madeira, o que deu a Jade um alarmado agradável sentimento. Em sua antiga
casa, a madeira era considerada sagrada... E se mantinha fora do caminho.
Você tem que estar muito atenta para viver neste tipo de mundo, Jade pensou. Ou você vai se machucar.
Kestrel e Rowan estavam batendo na porta, Rowan educadamente com o seu soco inglês, Kestrel alto com o lado de sua mão. Não houve qualquer resposta.
"Parece que ela não está aqui," disse Rowan.
"Ela decidiu que não nos quer aqui," disse Kestrel, olhos cor de ouro reluzente.
"Talvez ela fosse até a estação de ônibus errada," disse Jade.
"Oh... é isso. Aposto que é isso," disse Rowan. "Pobre velha, ela está esperando por nós em algum lugar, e ela vai pensar que nós não aparecemos."
"Às vezes você não é completamente estúpida," informou Kestrel a Jade. Alto louvor de Kestrel.
"Bem, vamos entrar," disse Jade, para esconder o prazer que ela sentia. "Ela vai voltar aqui em algum momento."
"Casas humanas possuem fechaduras," começou Rowan, mas esta não estava trancada. A maçaneta girou na mão de Jade. As três entraram.
Estava escuro, ainda mais escuro que a noite sem luar lá fora, mas os olhos de Jade se ajustaram em alguns segundos.
"Hey, não é tão ruim," disse ela. Elas estavam em uma sala de estar em mau estado, mas bonito, preenchido com enormes e pesados mobiliários. Mobiliário de madeira,
muito escuro e polido, é claro. As mesas eram cobertas com mármore.
Rowan encontrou uma luz de bruxa, e de repente o quarto estava muito brilhante. Piscando, jade viu que as paredes eram verde pálido, com desenhos talhados em madeira
e moldados em uma tonalidade mais escura do mesmo verde. Fez Jade se sentir estranhamente pacífica. E ancorada, de alguma forma, como se ela pertencesse aqui. Talvez
fosse todos os móveis pesados.
Ela olhou Rowan, que estava olhando ao redor com tal graça que seu corpo lentamente relaxou.
Rowan sorriu e eu encontrei seus olhos. Ela acenou uma vez, "Sim."
Jade se aqueceu por uma momento de glória de estar certa duas vezes em menos de cinco minutos... E então ela se lembrou de sua mala.
"Vamos ver como é o resto do lugar," disse ela precipitadamente. "Eu vou olhar lá em cima, vocês olham por aqui."
"Você só quer o melhor quarto," disse Kestrel.
Jade ignorou ela, precipitando sobre o espaço, e voando escadas acima. Havia muitos quartos, e cada um tinha uma grande sala. Ela não queia o melhor, apenas o mais
afastado.
No final do corredor havia um quarto pintada de azul mar. Jade bateu a porta atrás dela e colocou a mala sobre a cama. Segurando seu fôlego ela abriu a mala.
Oh. Oh, não. Oh, não...
Três minutos mais tarde ela ouviu o clique da porta atrás dela, mas não se importou o suficiente para se virar.
"O que você está fazendo?" A voz de Kestrel disse.
Jade olhou para cima de seu frenético esforço para recussitar os dois gatinhos que ela estava segurando. "Eles estão mortos!" Ela gemeu.
"Bem, o que você esperava? Eles precisam de espaço para respirar, sua idiota. Como você esperava que eles se mantivessem através de dois dias de viagem?"
Jade fungava.
"Rowan te disse que você só poderia ter apenas um."
Jade fungava forte e olhar fixo. "Eu sei, é por isso que eu coloquei esse dois na mala." Ela soluçou. "Pelo menos Tiggy está bem." Ela caiu para seus joelhos e olhou
para o seu gato para ter certeza de que ele estava bem. Seus ouvidos estavam atentos, e seus olhos de ouro brilharam no monte do peludo negro. Ele sibilou, e Jade
se sentou. Ele estava bem.
"Por cinco dólares eu poso cuidar dos mortos," disse Kestrel.
"Não!" Jade saltou e se moveu protetoramente na frente deles, os dedos em garras.
"Não desse jeito," disse Kestrel, ofendida. "Eu não como carniça. Olha se você não se livrar deles de alguma maneira, Rowan vai descobrir. Pelo amor de Deus, menina,
você é um vampiro," ela adicionou enquanto jade embalava seus corpinhos no peito. "Aja como um."
"Eu quero enterrá-los," disse Jade. "Eles deveriam ter um funeral."
Kestrel rolou seus olhos e saiu. Jade enrolou os pequenos corpos em sua jaqueta e saiu atrás dela.
Uma pá, ela pensou. Onde isso estaria?
Mantendo seus ouvidos abertos para Rowan, ela andou timidamente ao redor do primeiro andar. Todos os quartos pareciam como a sala de estar: imponente e em um estado
de gentil decomposição. A cozinha era enorme. Tinha um lareira e um barracão do lado de fora da porta para lavar roupa. Também tinha uma porta para a adega.
Jade desceu pelo caminho com passos cuidadosos. Ela não podia ascender a luz pois ambas as suas mãos estavam segurando os gatinhos. E por causa dos gatinhos, ela
não podia ver seus pés. Ela tinha que sentir com o dedo do pé para dar o próximo passo.
No inferior das escadas seu dedo encontrou alguma coisa complacente, ligeiramente elástico. Estava bloqueando seu caminho.
Lentamente Jade esticou o pescoço dela ao longo do feixe do casaco e olhou para baixo.
Estava bem escuro aqui. Ela estava bloqueando a luz que vinha da cozinha. Mas podia ver o que parecia uma pilha de roupas usadas. Uma grande pilha.
Jade estava tendo um pressentimento muito, muito mal.
Ela cutucou a pilha de roupas com um dedo. Ele moveu ligeiramente. Jade respirou fundo e empurrou forte.
Era tudo um só. E rolou. Jade olhou para baixo, respirou fundo por um momento, e gritou.
Um bom, estridente, chamando atenção grito. Ela acrescentou um não verbal pensamento, a telepatia equivalente a uma sirene.
Rowan!Kestrel! Desçam aqui!
Vinte segundos depois a luz ascendeu e Rowan e Kestrel trotaram escadas abaixo.
"Eu já disse e repeti," Rowan estava dizendo através dos dentes. "Nós não usamos os nossos..." Ela parou, encarando.
"Acho que é tia Opal," disse Jade.
Capítulo 3
"Ela não parece muito bem," disse Kestrel olhando sobre o ombro de Rowan.
Rowan disse, "Oh, não," e se abaixou para sua tia Opal. Sua pele era como couro: amarelo castanho, firme e suave. Quase brilhante. E a pele era tudo o que havia
nela, como couro esticado sobre os ossos. Ela não tinha nenhum cabelo. Seus olhos eram escuros buracos com tecido seco dentro. Seu nariz estava em ruína.
"Pobre titia," disse Rowan. Seus próprios olhos castanhos estavam molhados.
"Nós estamos parecendo como quando morremos," disse Kestrel musicalmente.
Jade bateu o pé. "Não, olha, garotas! Vocês estão perdendo completamente. Olha isso!" Ela colocou um pé selvagem no meio da múmia. Alí, saliente a partir do vestido
azul florido semelhante a couro e pele, estava uma gigantesca lasca de madeira. Era quase tão longa quanto uma flecha, grossa na base e afinando até onde desapareceu
no peito da tia Opal. Lascas de tinta branca ainda em um lado.
Várias outros pedaços estavam espalhadas no chão da adega.
"Pobre velha," disse Rowan. "Ela devia estar carregando quando caiu."
Jade olhou Kestrel. Kestrel olhou de volta com exasperados olhos dourados. Havia poucas coisas que elas concordavam, e uma delas era Rowan.
"Rowan," Kestrel disse claramente, "ela foi estacada."
"Oh, não."
"Oh, sim," disse Jade. "Alguém a matou. E alguém que sabia que ela era um vampiro."
Rowan estava chacoalhando sua cabeça. "Mas quem saberia isso?"
"Bem..." Jade pensou. "Outro vampiro."
"Ou um caça-vampiros," Kestrel disse.
Rowan olhou para cima, chocada. "Eles não são reais. Eles são apenas historia para assustar crianças... não são?"
Kestrel deu de ombros, mas seus olhos dourados estavam escuros.
Jade se mexeu desconfortável. A liberdade que ela tinha sentido na estrada, a paz na sala de estar - e agora isto. De repente ela se sentiu vazia e isolada.
Rowan se sentou na escada, parecendo muito cansada e preocupada tirar o cabelo que estava em sua testa. "Talvez eu não devesse ter trazido vocês aqui," ela disse
suavemente. "Talvez aqui seja pior." Ela não disse, mas Jade podia sentir seu próximo pensamente. Talvez nós devêssemos voltar...
"Nada poderia ser pior," Jade disse ferozmente. "Eu morro antes de voltar."
Ela quis dizer isso. Voltar e esperar por cada homem que passe? Voltar para casamentos arranjados e infinitas restrições? Voltar para todos aqueles rostos desaprovadores,
que rapidamente condenam qualquer coisa diferente, qualquer coisa que não foi feito da maneira como havia sido há quatrocentos anos?
"Nós não podemos voltar," disse ela.
"Não, nós não podemos," disse Kestrel secamente. "Literalmente. Se queremos acabar como a tia Opal. Ou," ela pausou significativamente, "como tio Hodge."
Rowan olhou para cima. "Nem mesmo diga isso!"
Jade sentiu seu estômago se apertar como um punho. "Eles não poderiam," ela disse, empurrando de volta a memória que estava tentando emergir. "Não aos seus próprios
netos. Não a nós."
"O ponto," Kestrel disse, " é que não podemos voltar, então temos que continuar. Temos que descobrir o que vamos fazer aqui sem tia Opal para nos ajudar... Especialmente
se houver um caça-vampiros ao redor. Mas primeiro, o que vamos fazer com isso?" Ela acenou em direção ao corpo.
Rowan só balançou a cabeça dela tragicamente. Ela olhou ao redor da adega, como se ela pudesse encontrar uma resposta em algum lugar por ali. Seu olhar caiu sobre
Jade. Parou ali, e Jade podia ver o sistema de radar de sua irmã ligar.
"Jade, o que é isso em seu casaco?"
Jade estava muito chateada para mentir. Ela abriu o casaco e mostrou os gatinhos a Rowan. "Eu não sabia que minha mala iria matá-los."
Rowan parecia chateada demais para se zangar. Ela olhou de relance para as paredes, suspirando. Então, olhou de volta para Jade bruscamente: "Mas por que você estava
trazendo eles aqui embaixo?"
"Eu não estava. Eu só estava procurando por uma pá. Eu ia enterrá-los no quintal."
Houve uma pausa. Jade olhou para suas irmãs e elas trocaram um olhar entre si. Então as três olharam para os gatinhos.Então elas olharam para tia Opal.
Mary-Linnette estava chorando.Era uma bela noite, uma noite perfeita. Uma camada de inversão estava mantendo o ar de cima ainda quente, e a vista era excelente.
Havia pouca luz poluindo o céu e nenhuma luz direta. A casa da fazenda Vitoriana logo abaixo da colina de Mary-Linnette estava praticamente escura. A Sra.Burdock
era muito atenciosa sobre isso.
Acima, a Via-Láctea cortava o céu na diagonal como um raio. Para o sul, onde Mary-Linnette tinha direcionado seu telescópio, estava á constelação de sagitário, aquela
que sempre procurava. Era mais como um bule do que um arqueiro para ela.E logo acima do bico do bule, estava um pequeno arranjo rosa que parecia como vapor.Não era
vapor. Eram nuvens de estrelas. Uma estrela chamada Nebulosa da Lagoa. A poeira e o gás da estrelas mortas estavam sendo reciclados em jovens estrelas quentes, apenas
nascendo. Estava a quatro mil e quinhentos anos-luz de distância. E ela estava olhando, neste exato minuto. Uma criança de dezessete anos de idade com um telescópio
refletor Newtoniano de segunda mão assistindo a luz das estrelas nascerem.Às vezes ela estava tão cheia de admiração e... Anseio, que ela pensava que ela se quebraria
em pedaços.
Uma vez que não havia ninguém por perto, ela podia deixar as lágrimas desceram por suas bochechas sem fingir que era alergia. Depois de um tempo ela teve que se
sentar e limpar o nariz e os olhos com a manga de sua T-shirt.
Oh, vamos lá, dá um descanso, ela disse a si mesma. Você é louca, você sabe.
Ela desejava que não tivesse pensado em Jeremy antes. Porque agora, por algum motivo, ela continuava retratando a forma como ele parecia naquela noite quando ele
veio assistir o eclipse com ela. Seus olhos castanhos tinham mostrado um faísca de emoção, como se ele realmente se importasse com o que ele estava vendo. Como se,
naquele momento, de qualquer maneira, ele entendesse.
Eu tenho sido íntimo com a noite, uma pequena voz sentimental cantava dentro dela, tentando fazê-la chorar de novo.
Sim, claro, disse a voz cínica de Mary-Linnette. Ela pegou um pacote de Cheetos que ela mantinha debaixo de sua cadeira no gramado. Era impossível se sentir romântica
e dominada por completo pela grandiosidade enquanto comia Cheetos.
O próximo é Saturno, ela pensava, e limpou o as pequenas migalhas laranjas de seus dedos. Era uma boa noite para Saturno porque seus anéis estavam justamente passando
através de suas bordas.
Ela tinha pressa porque a lua estava subindo às 11:16. Mas antes que ela virasse seu telescópio para Saturno, ela deu uma última olhada para a Lagoa. Na verdade
só ao leste da Lagoa, tentando obter a abertura do aglomerado de estrelas fracas que ela sabia que estavam lá.
Ela não podia ver. Seus olhos não estavam bons o suficiente. Se ela tivesse um telescópio maior... Se ela morasse no Chile, onde o ar é mais seco... Se ela pudesse
ficar acima da atmosfera da terra... Então ela poderia ter uma chance. Mas por agora... Ela estava limitada pelo olho humano. Pupilas humanas que não abrem mais
do que 9 milímetros.
Nada a ser feito sobre isso.
Ela estava apenas centralizando Saturno no campo de visão quando a luz passou atrás da casa da fazenda abaixo. Não uma pequena luz no alpendre. Uma lamparina. Ela
iluminou a parte de trás da casa como um projetor.
Mary-Linnette se sentou de costas, irritada. Realmente não importava - ela não conseguia ver Saturno de qualquer maneira, ver os anéis que esta noite era apenas
uma delicada linha prateada cortando através do centro do planeta. Mas era estranho. A Sra.Burdock nunca acendia a luz de noite. As garotas, Mary-Linnette pensou.
As sobrinhas. Elas devem ter chagado e ela deve estar dando um passeio. Distraidamente ela pegou os seus binóculos. Ela estava curiosa.Eles eram bons binóculos,
Celestron Untimas, elegante e leve. Ela costumava usá-los para olhar tudo, desde objetos do infinito céu até as crateras da lua. Agora, eles ampliaram a parte de
trás da casa da Sra.Burdock em dez vezes.Ela não viu a Sra.Buedock, apesar de tudo. Ela podia ver o jardim. Ela podia ver o barracão e a cerca - na área onde a Sra.Burdock
mantinha suas cabras. E ela podia ver três garotas, todas bem iluminadas pela lamparina. Uma tinha cabelos castanhos, uma tinha cabelos dourados e a outra tinha
o cabelo da cor dos anéis de Saturno. Aquele prateado. Como a luz das estrelas. Elas estavam transportando algo embrulhado em plástico entre elas. Plástico preto.
Fortes sacos de lixo, se Mary-Linnette não estava enganada.Agora, o que na terra elas iam fazer com aquilo?
Enterrar.A menor com os cabelos prateados tinha uma pá nas mãos. Ela era boa cavando, também. Em poucos minutos ela tinha cavado grande buraco no chão da Sra.Burdock.
Então a do meio com os cabelos dourados virou, e por ultimo a maior com os cabelos castanhos.
Então elas levantaram o objeto ensacado - apesar de provavelmente ter um metro e meio de comprimento, parecia muito leve e colocaram no buraco que tinham feito.Elas
começaram a jogar a terra de volta no buraco.
Não, Mary-Linnette disse a si mesma. Não, não seja ridícula. Não seja louca. Deve haver alguma explicação, mundana e perfeitamente banal para isto.O problema era,
ela não conseguia pensar em nenhuma. Não, não, não. Esta não é a Rear Window, não estamos na Twilight Zone. Elas estão apenas enterrando... Alguma coisa. Algum tipo
de... normal...
O que mais além de um corpo morto teria um metro e meio de comprimento e mais alguns centímetros, rígido, e precisaria ser enrolado em sacos de lixos antes de enterrar?E,
Mary-Linnette pensou, uma sensação de adrenalina que fez seu coração bater mais rápido.
Onde estava a Sra.Burdock?
A adrenalina estava formigando dolorosamente em suas mãos e pés. Fez ela se sentir fora de controle, o que ela odiava. Suas mãos estavam tremendo tanto que ela foi
obrigada a baixar os binóculos. A Sra.B está bem. Ela está bem. Coisas como essa não acontecem na vida real. O que Nancy Drew iria fazer?De repente, no meio de
seu pânico, Mary-Linnette sentiu uma pequena risada tentar sair como um arroto. Nancy Drew, obviamente, iria caminhar até lá embaixo e investigar. Ela espionaria
as meninas atrás de um arbusto e então cavaria o jardim, uma vez que elas tivessem entrado na casa.Mas coisas como essa não acontecem. Mary-Linnette não podia sequer
imaginar tentando cavar o jardim do vizinho na calada da noite. La seria apanhada e seria uma humilhante farsa. A Sra.Burdock iria sair da casa viva e alarmada,
e Mary-Linnette morreria de vergonha tentando explicar.Em um livro isso pode até ser divertido. Na vida real, ela nem sequer queria pensar nisso.A única coisa boa,
isso fez com que ela percebesse o quão absurda sua paranóia era. No fundo, ela obviamente sabia que a Sra.Burdock estava bem. Caso contrário, ela não estaria aqui
sentada; ela iria chamar a polícia, como qualquer pessoa sensata. De alguma maneira, porém, ela se sentiu cansada. Sem mais olhar as estrelas. Ela verificou seu
relógio pelo brilho velho rubi da lanterna. Quase onze - bem, tudo ia acabar em dezesseis minutos mesmo. Quando a lua fica rosa, o céu fica muito claro.Mas antes
dela desmontar seu telescópio para a viagem de volta, ela pegou os binóculos novamente. Apenas uma última olhada.O jardim estava vazio. Um retângulo na fresca escuridão
do solo mostrava onde ele tinha sido violado. Mesmo enquanto Mary-Linnette olhava, a lamparina estava apagada.Não faria nenhum mal ir lá amanhã, Mary-Linnette pensou.
Na verdade, eu ia de qualquer maneira. Gostaria de dar as boas vindas para as meninas ao bairro. Eu deveria devolver as tesouras e a faca que a Sra.B me emprestou
para tirar a tampa do g[ás fora. E é claro que eu vou ver a Sra.Burdock lá, e então eu vou saber que está tudo bem.
Ash chegou ao topo da estrada sinuosa e parou para admirar o ponto de luz em chamas no sul. Você realmente podia ver melhor a partir de lugares isolados no país.
Daqui Júpiter , o rei dos planetas, parecia ser um OVNI.
"Onde você estava?" Disse uma voz perto. "Eu estou esperando você por horas."
Ash respondeu sem se virar. "Onde eu estava? Onde você estava? Supostamente era para nos encontrarmos naquela colina, Quinn." Mão nos bolsos, ele apontou com o cotovelo.
"Errado. Era nessa colina e eu tenho estado sentado aqui esperando por você o tempo todo. Mas esqueça isso. Elas estão aqui ou não?"
Ash se virou e caminhou sem pressa para o conversível aberto que estav estacionado ao lado da estrada, sua luzes apagadas. Ele inclinou um cotovelo na porta, olhando
para baixo. "Elas estão aqui. Eu disse que elas estariam. Era o único lugar para elas poderem ir."
"Todas as três?"
"Claro, todas as três. Minhas irmãs sempre ficam juntas."
Quinn enrolou a língua. "Lâmia são tem familiares maravilhosamente preciosos."
Quinn enrolou a língua. "Lâmia são tão maravilhosamente familiar precioso."
"E vampiros feitos são tão maravilhosamente... limitado," Ash disse serenamente, olhando para o céu novamente.
Quinn deu a ele um olhar como gelo preto. Seu corpo compactado estava completamente dentro do carro. "Bem, agora, eu nunca tenho que terminar de crescer, não é?"
Ele disse muito suavemente. "Um de seus antepassados cuidou disso."
Ash se reforçou a se sentar no capô do carro, suas pernas pendentes. "Eu acho que vou para de crescer esse ano," ele disse maliciosamente, ainda olhando para o declive
abaixo. "Dezoito não é uma idade tão ruim."
"Talvez não, se você tem uma escolha," disse Quinn, sua voz ainda suave como folhas morta caindo. "Tente ter dezoito por quatro séculos... Sem fim à vista."
Ash virou-se para sorrir para ele novamente. "Desculpe. Em nome da minha família."
"E eu sinto muito por sua família. Os Redferns têm tido pequenos problemas ultimamente, não tem? Vamos ver se eu entendi direito. Primeiro seu tio Hodge quebrou
a lei do Mundo da Noite e foi apropriadamente punido..."
"Meu tio pelo casamento," interrompeu Ash educadamente, um dedo para cima. "Ele era um Burdock, e não um Redferns. E isso foi a mais de dez anos."
"E então sua tia Opal..."
"Minha tia Opal..."
"Desapareceu completamente. Rompeu todos os contatos com o Mundo da Noite. Aparentemente porque ela prefere viver no meio do nada com humanos."
Ash deu de ombros, olhos fixos no horizonte sul. "Deve ser bom caçar no meio do nada com humanos. Sem concorrência. E sem o mundo da noite executando... Sem Anciões
colocando um limite de quantos você pode pegar."
"E sem supervisão," Quinn disse azedo. "Não importa o motivo dela ter vindo morar aqui, mas é obvio que ela encorajou suas irmãs a virem se juntar a ela. Você devia
ter informado a eles quando você descobriu que elas estavam se escrevendo secretamente."
Ash deu de ombros, desconfortável. "Não era contra a lei. Eu não sabia o que elas tinham em mente."
"Não é apenas eles," disse Quinn em sua voz suavemente preocupada. "Você sabe, existem rumores sobre um de seus primos... James Rasmussen. As pessoas estão dizendo
que ele se apaixonou por uma garota humana. Que ela estava morrendo e que ele decidiu mudar ela sem permissão..."
Ash deslizou para fora do capô e se endireitou. "Eu nunca ouvi esses rumores," ele disse, alegre e falso. "Além disso, esse não é o problema agora, é?"
"Não. O problema são suas irmãs e a bagunça em que elas estão. E se você pode realmente fazer o necessária para lidar com isso."
"Não se preocupe, Quinn. Eu posso lidar com isso."
"Mas eu me preocupo, Ash. Eu não sei como deixei você me convencer para entrar nisto."
"Você não deixou. Você perdeu o jogo de poker."
"E você trapaceou," Quinn estava olhando para fora em uma distância média, seus olhos estreitados, sua boca em uma linha reta. "Eu ainda acho que devíamos dizer
aos Anciões," ele disse abruptamente. "É a única maneira de garantir um profundo inquérito."
"Não vejo porque razão tem que ser tão profundo. Elas estão aqui apenas há algumas horas."
"Suas irmãs estão aqui há apenas algumas horas. Sua tia está aqui... Quanto tempo? Dez anos?"
"O que você tem contra a minha tia, Quinn?"
"O marido dela era um traidor. Ela é uma traidora agora por incentivar as meninas a fugirem. E quem sabe o que ela tem feito aqui nos últimos dez anos? Quem sabe
a quantas pessoas ela já contou sobre o Mundo da Noite?"
Ash deu de ombros, examinando suas unhas. "Talvez ela não tenha contado a niguém."
"E talvez ela tenha dito a cidade toda."
"Quinn," disse Ash pacientemente, como se estivesse falando com uma criança, "se a minha tia quebrou as leis do Mundo da Noite, ela tem que morrer. Pela honra da
minha família. Qualquer mancha como essa se reflete em mim."
"Esta é um das coisas que posso contar," Quinn disse por debaixo de sua meia respiração. "Seu auto-interesse. Você sempre parece depois do Número Um, não é?"
"Não é todo mundo?"
"Nem todo mundo é tão ruidoso sobre isso." Houve uma pausa, então Quinn disse, "E sobre suas irmãs?"
"O que têm elas?"
"Você pode matá-las se for necessário?"
Ash não piscou. "É claro. Se for necessário. Pela honra da família."
"Se elas deixaram escorregar alguma coisa sobre o Mundo da Noite..."
"Elas não são estúpidas."
"Elas são inocentes. Poderiam ser enganadas. Isso é o que acontece quando você vive em uma ilha deserta completamente isolada dos seres humanos normais. Você nunca
aprenderá quanto astutos esses vermes podem ser."
"Bem, nós sabemos como eles podem ser astutos," Ash disse, sorrindo. 'E o que fazer sobre eles."
Pela primeira vez Quinn sorriu, um charmoso, quase sonhador sorriso. "Sim, eu conheço as suas idéias sobre isso. Tudo bem. Vou deixar você aqui para cuidar disso.
Eu não preciso dizer para você checar todas as pessoas que as meninas tiveram contato. Faça um bom trabalho e talvez você possa salvar a honra da sua família. "
"Sem contar o constrangimento de um julgamento público."
"Vou voltar em uma semana. E se você não tiver as coisa sob controle, eu vou até os Anciões. Não me refiro aos Anciões da família Redferns, também. Eu vou levar
tudo para o conjunto do Conselho."
"Ah, tudo bem," disse Ash. "Sabe, você realmente deveria arranjar um hobby, Quinn. Vá caçar sozinho. Você está muito reprimido."
Quinn ignorou e disse brevemente, "Você sabe por onde começar?"
"Claro. As garotas estão... lá... embaixo." Ash se virou para o leste. Com um olho fechado, ele apontou com o seu dedo para uma mancha de luz no vale abaixo. "Na
Fazenda Burdock. Vou verificar as coisas na cidade, então eu vou dar uma olhada nos vermes ao redor."
Capitulo 4
Que diferença um dia faz.
De alguma forma, no calor de agosto da manhã seguinte, Mary-Lynnette não conseguia levar a sério ir ver se a Sra. Burdock estava viva. Era muito ridículo. Além do
mais, tinha muito trabalho a fazer, a escola começava em duas semanas. No começo de junho estava certa de que o verão duraria para sempre e de que diria "uau, este
verão passou muito rápido". E aí estava, na metade de agosto e dizendo "uau, passou muito rápido".
Preciso de roupas, pensou Mary-Lynnette. E uma nova mochila, e cadernos, e algumas dessas canetas azuis. E preciso que Mark compre tudo isso também, porque não irá
fazer isso sozinho e Claudina nunca lhe obrigará.
Claudine era sua madrasta. Era belga e muito bonita, com o cabelo negro cacheado e brilhantes olhos negros. Era só dez anos mais velha que Mary-Lynnette, e parecia
inclusive mais jovem. Era a empregada quando a mãe de Mary-Lynnette ficou doente há cinco anos. Mary-Lynnette gostava dela, mas era uma má substituta para sua mãe,
e Mary-Lynnette acabava sempre se ocupando de Mark.
Assim que não tenho tempo de ir ver a sra. B.
Passou o dia nas compras. Não chegou até a hora do jantar quando pensou de novo na sra. B.
Estava ajudando a tirar os pratos da mesa de jantar, onde o jantar era tradicionalmente feito diante da televisão, quando seu pai disse:
"Escutei algo hoje sobre Todd Akers e Vic Kimble."
"Esses perdedores" - murmurou Mark.
Mary-Lynnette disse:"O que?"
"Tiveram um tipo de acidente na estrada entre Hazel Green e Beavey Creek."
"Um acidente de carro?" disse Mary-Lynnette.
"Bom, aí é que está a coisa" disse seu pai. " Aparentemente o carro não tinha danos externos, mas ambos pensaram que tinha sido um acidente. Apareceram em casa pela
meia-noite e disseram que algo lhes tinha acontecido... mas não sabiam o que. Estiveram desaparecidos por algumas poucas horas " olhou de Mark para Mary-Lynnette.
" O que aconteceu com esses garotos?"
"Foram os OVNIS!"disse Mark imediatamente, se colocando em postura para discutir e deixando seu prato.
"Os OVNIS não existem" disse Mary-Lynnette. " Você sabe quanto os homenzinhos verdes teriam que viajar para chegar aqui? E isso não existe. Por que as pessoas tem
que inventar coisas quando o universo está cheio de coisas reais?... " se deteve. Sua família a olhava de forma estranha.
"Para dizer a verdade Todd e Vic provavelmente levaram uma surra"- disse ela, e pôs seu prato na pia da cozinha. Seu pai fez uma careta. Claudine apertou os lábios.
Mark riu.
"Em um sentido muito literal" disse. " Nós esperamos."Foi quando Mary-Lynnette ia para a mesa de jantar que um pensamento lhe veio.A estrada de Chiloquin ficava
por fora de Kahneta, a estrada em que estava sua casa. A estrada em que sra. B vivia. Era só quatro quilômetros entre a casa Burdock e Chiloquin.Não podia haver
uma conexão. A não ser que as garotas estivessem enterrando um homem verde que tinha abduzido Todd e Vic.
Mas isso lhe incomodava. Duas coisas estranhas acontecendo na mesma noite, na mesma área. Em uma pequena e dorminhoca cidade na qual nunca acontecia nada.Já sei,
ligarei para a sra. B. E estará bem, e isso demonstrará que tudo está bem, e poderei rir desse assunto.
Mas ninguém respondeu na casa Burdock. O telefone tocou e tocou. Ninguém respondeu e a secretária eletrônica nunca ligou. Mary-Lynnette desligou se sentindo estranha,
mas tranqüila. Sabia o que tinha que fazer agora.
Puxou Mark quando ia subindo as escadas."Tenho que falar com você."
"Olhe, se isto é sobre seu walkman..."
"Ahn? É sobre algo que temos que fazer esta noite" Mary-Lynnette o olhou. " O que aconteceu com meu walkman?"
"Uh, nada. Nada de nada."
Mary-Lynnette grunhiu, mas deixou passa."Escuta. Preciso que me ajude. Outra noite vi algo estranho enquanto estava na colina..." explicou as coisas de forma mais
breve possível. " E agora mais uma coisa estranha com Todd e Vic " disse.
Mark estava sacudindo a cabeça, a olhando com algo que parecia pena."Mare, Mare "disse amavelmente. "Realmente você está louca, você sabe."
"Sim " disse Mary-Lynnette. " Não importa. Irei de qualquer forma esta noite."
"Para fazer o que?"
"Para dá uma olhada nas coisas. Só quero ver a sra. B. Se eu puder falar com ela, me sentirei melhor. E se eu puder averiguar o que está enterrado no jardim, me
sentirei muito melhor."
"Talvez enterraram o homem das neves. A sede do governo em Klamaths nunca os encontrou, você sabe."
"Mark, me deve uma pelo walkman. Seja lá o que tenha acontecido com ele."
"Uh.." Mark suspirou, então murmurou resignado. "Que seja, lhe devo uma. Mas já vou lhe dizendo, não vou falar com essas garotas. "
"Você não tem que falar com elas. Nem sequer terá que vê-las. Há algo mais que quero que você faça. "
O sol estava se pondo. Tinham feito este caminho centenas de vezes para ir a colina, a única diferença era que Mark levava um par de tesouras de podar e Mary-Lynnette
tinha tirado o filtro vermelhor de sua lanterna.
"Realmente, você não acredita que elas tenham enterrado a velha."
"Não "disse Mary-Lynnette candidamente. " Só quero por o mundo de novo em seu lugar
.
"Você quer o que?"
"Você sabe, como se tivesse uma visão do mundo, mas as vezes você se pergunta "oh meu Deus, e se fosse diferente? Como, o que aconteceria se eu descobrisse que sou
adotada e que quem acredito que são meus pais, não fossem? E se fosse verdade, mudaria tudo, e por um minuto você não sabe o que é real. Bom, é assim que me sinto
agora, e quero me livrar dessa sensação. Quero meu velho mundo de volta.
"Sabe o que me dá medo? "Mark disse. " Que acho que eu entendo."
Quando chegaram a fazenda Burdock, já era noite. Ante eles, ao leste, a estrela Arcturus parecia pairar sobre a fazenda, brilhando em tonalidades avermelhadas.
Mary-Lynnette não se importou de abrir a porta. Foi até o matagal onde a cerca estava caída.
A casa da fazenda era como se fosse de sua família, mas com muito estilo vitoriano misturado com bolo de gengibre. Mary-Lynnette pensou que as rocas e vieiras e
o atrito davam um ar excêntrico ao lugar, assim como a sra. Burdock. Agora, estava olha uma das janelas do segundo andar, uma sombra se movia lá dentro.
Bom, pensou Mary-Lynnette. Ao menos sei que alguém está em casa.
Mark começou a retroceder enquanto ela começava a andar pelo caminho que levava a casa.
"Você disse que eu podia em esconder."
"Ok. Certo. Olhe, por que não pega essas tesouras e vai pela parte de trás...?"
"E olho a tumba do homem das neves enquanto estou por lá? Talvez escavar um pouco? Não, acho que não."
"Ok"disse Mary-Lynnette tranquilamente. "Então se esconda em algum lugar e espere que eles não vejam você quando chegarem na porta. Pelo menos com as tesouras terá
uma desculpa para estar atrás."
Mark lhe deu um olhar amargo e ela soube que tinha ganhado. Quando começou a ir, Mary-Lynnette disse de repente:"Mark, tenha cuidado. "
Mark agitou uma mão sem se virar.Quando ele estava fora de vista, Mary-Lynnette bateu na porta. Então tocou a campainha, não era uma verdadeira campainha era mais
um batedor. Podia escutar o eco no interior, mas ninguém saia.Bateu de novo com mais autoridade. Cada minuto que esperava que a porta se abrisse e que a sra. B,
pequena, com voz grave, de cabelo azulado e vestida com um velho vestido de algodão, estivesse do outro lado. Mas não aconteceu. Ninguém saiu.Mary-Lynnette deixou
de ser educada e começou a bater com uma mão e bater na campainha com a outra. Em algum momento entre a loucura de batidas, se deu conta que estava assustada.Realmente
assustada. Seu mundo inteiro estava mudando. A sra. Burdock raramente abandonava a casa. Sempre respondia a porta. E Mary-Lynnette tinha visto com seus próprios
olhos que tinha alguém em casa.Então por que não respondiam?
O coração de Mary-Lynnette estava acelerado. Ela tinha uma incômoda sensação que retorcia o estômago.
Deveria ir embora daqui e chamar o xerife Arkers. Coisas assim são seu trabalgo. Mas era complicado confiar no pai de Todd. Ela concentrou seu alarme e frustação
na porta.
Que se abriu. De uma vez. Mary-Lynnette primeiro bateu no ar e por um instante entrou em pânico, medo pelo desconhecido.
"Em que posso ajudar?"A voz era suave e nivelada. A garota era simplesmente bonita. O que Mary-Lynnette não tinha visto do alto da colina era que ela tinha o cabelo
castanho, olhos cor de avelã, seus traços eram classicamente modelados, sua alta figura era graciosa e esbelta.
"Você é Rowan " disse ela.
"Como você sabe?"Não podia ser ninguém mais; nunca tinha visto ninguém que se parecesse mais com um espírito do bosque.
"Sua tia falou sobre você. Sou Mary-Lynnette Carter. Vivo um pouco mais da estrada de Khaneta. Você provavelmente viu minha casa a caminho daqui."Rowan parecia evasiva.
Tinha um rosto doce e severo; e a pele parecia tão suave como as pétalas de uma rosa, pensou Mary-Lynnette. Disse:"Então, eu queria dar as boas-vindas a vizinhança,
dizer oi, ver se precisam de algo."Rowan agora parecia menos severa; quase sorriu e seus olhos marrons pareciam mais cálidos.
"Que amável de sua parte. Realmente. Eu quase desejaria que nós precisássemos de alguma coisa... mas, para dizer a verdade, estamos bem."Mary-Lynnette notou que
da maneira mais educada possível, Rowan estava evitando conversar. Bruscamente lançou um novo assunto para a conversa.
"São três garotas, não é? Vão para a escola daqui?'
"Minhas irmãs sim."
"Que bom. Mal posso esperar para mostrar tudo a elas. Eu vou para o último ano" outro assunto rápido, pensou Mary-Lynnette."Então, gostaram de Briar Creek? Claro
que é mais tranqüilo do que estão acostumadas."
"Oh, estava muito tranqüilo quando chegamos"disse Rowan. " Mas nos gostamos, é um lugar maravilhoso. As árvores, os pequenos animais..." se deteve.
"Sim, esses pequenos e adoráveis animaizinhos" disse Mary-Lynnette. Chegou a ponto, sua voz interior dizia. Sua língua e o céu da boca pareciam velcro. Finalmente
disse"Entao, como está sua tia? "
"Está bem."
Esse instante de indecisão era tudo o que Mary-Lynnette precisava. Sua velhas suspeitas, seu velho pânico, voltaram de novo. Fazendo-a se sentir fria, como uma faca
de gelo.
Disse, com uma voz confiante quase alegre:"Bom, eu posso falar com ela um minuto? Você se importa? É que tenho algo importante a lhe dizer... "ela fez um movimento
como se fosse entrar na casa.Rowan a bloqueou na entrada.
"Oh, sinto muito. Mas, bom, agora não é possível."
"Oh, ela teve uma de suas dores de cabeça? Eu já a vi de cama antes " disse Mary-Lynnette reprimindo um sorriso.
"Não, não é uma dor de cabeça" disse Rowan amavelmente. "A verdade é que ela se foi há dois dias."
"Se foi?"
"Eu sei " Rowan fez uma careta mostrando como era estranho. " Decidiu ter uns dias livres. Umas pequenas férias."
'Mas, Deus, justo quando vocês chegaram... " a voz de Mary-Lynnette era quebradiça.
"Bom, você sabe, ela sabia que cuidaríamos da casa por ela. Por isso esperou até que chegássemos."
"Mas, por que... " Mary-Lynnette disse de novo. Sentiu um espasmo em sua garganta." Disse aonde foi?"
"Uhm, para o norte, para a costa. Não estou certa do nome da cidade."
"Mas... ' a voz de Mary-Lynnette falhou. Vá embora, lhe dizia sua voz interior. Agora era o momento de ser educada, cautelosa. Ir mais além seria mostrar a garota
que ela sabia que algo não se enquadrava bem nessa história. E já que tinha algo que estava errado, talvez a garota fosse perigosa... Era difícil de acreditar enquanto
ela olhava o doce rosto de Rowan. Não parecia perigosa. Mas então Mary-Lynnette se deu conta de algo a mais. Rowan estava descalça. Seus pés eram pálidos como o
resto de seu corpo, mas enormes. Algo neles, a forma em que estavam postos ou a grande definição de seus dedos, lhe fazia imagina-los correndo. A uma velocidade
selvagem e primária. Quando olhou para cima, havia outra garota ao lado de Rowan. A que tinha o cabelo dourado. Sua pele era leitosa, e seus olhos amarelos.
"Esta é Kestrel" disse Rowan.
"Sim " Mary-Lynnette disse. Se deu conta de que as estava olhando fixamente. E notou, um momento depois, que tinha medo. Kestrel inteira lhe fazia pensar em algo
selvagem, movimentos primários. A garota andava como se estivesse voando.
"O que está acontecendo?" disse Kestrel.
"Esta é Mary-Lynnette" disse Rowan, sua voz ainda era agradável. " Vive na estrada mais abaixo. Veio ver tia Opal."
"Só para ver se vocês precisam de algo " acrescentou Mary-Lynnette rapidamene. " Somos os únicos vizinhos" mudar de estratégia, estava pensando. Olhando para Kestrel,
acreditava no perigo. Agora tudo o que queria era evitar que estas garotas supusessem o que ela pensava.
"É uma amiga de tia Opal?" Kestrel perguntou docemente. Seus olhos amarelos examinaram Mary-Lynnette de cima a baixo.
"Sim, venho algumas vezes, ajudar com... ' oh, Deus, não diga jardim. " as cabras. Suponho que ela disse a vocês que deve tirar leite a cada doze horas."
A expressão de Rowan mudou drasticamente. O coração de Mary-Lynnette acelerou. A sra. B nunca, nunca iria embora sem deixar instruções precisas sobre suas cabras.
"É claro que sim " disse Rowan suavemente, um momento depois.As palmas das mãos de Mary-Lynnette suavam. Kestrel não tinha afastado seu olhar constante e imparcial
dela. Como um pássaro se aproximando de sua presa.
"Bom, está ficando tarde e suponho que vocês tenham coisas a fazer. Eu tenho que ir."
Rowan e Kestrel se olharam. Ambas olharam para Mary-Lynnette com os olhos de canela e dourados fixos intensamente nela. Mary-Lynnette teve a sensação de que seu
estômago se revirava de novo.
"Oh, não vá ainda " disse Kestrel docemente. " Por que não entra?"
Capitulo 5
Mark ainda estava murmurando quando virou a esquina da casa. O que estava fazendo ali?Não era fácil entrar no jardim pelo lado de fora. Teve que passar entre arbustos
que tinham crescido demais e amoreiras que tinham formado uma densa vala. E mesmo depois de ter passado por um túnel de folhas, não registrou rapidamente a cena
que tinha ante de si. Continuou avançando até que seu cérebro voltou a funcionar.
Hey, espera. Tem uma garota aqui.Uma bonita garota. Uma garota extremamente bonita. Podia vê-la claramente com a luz do poste. Tinha o cabelo loiro platinado, da
cor que só as crianças pequenas tem e era tão fino como o de uma criança, rodeando-a quando se movia como uma pálida seda. Era pequena. Ossos pequenos. Suas mãos
e pés eram delicados.Estava com o que parecia um velho pijama e dançava com uma música que parecia de um comercial. Havia um rádio nas escadas do poste. Também havia
um gatinho negro que olhou Mark por um momento e se jogou na escuridão.
"Mal acredito, nããão acredito, não se preocupe, nos ocuparemos dele... " dizia o rádio. A garota dançava com os braços sobre sua cabeça, tão leve como uma pluma,
pensou, olhando-a assombrado.Quando o comercial terminou começou uma música country, ela virou e o viu. Ela congelou, com os braços ainda em cima da cabeça, os pulsos
cruzados. Seus olhos se arregalaram e sua boca se abriu.Está com medo, pensou Mark. De mim. A garota não parecia graciosa agora; estava pegando o rádio na escada,
apalpando-o, sacudindo-o. Tentando encontrar o botão OFF, notou Mark. Seu desespero era contagioso. Antes de que pudesse pensar, Mark soltou as tesouras de podar
e se aproximou para pegar o rádio. Girou um dos botões, parando o som. Então olhou a garota, quem o olhava com olhos verdes prateados. Ambos estavam respirando agitadamente,
como tivessem acabado de desarmar uma bomba.
"Hey, eu também odeio country " Mark disse após um minuto, se encolhendo de ombros.Nunca tinha falado assim com uma garota antes. Mas claro, nunca uma garota tinha
se assustado com ele. E tão assustada... que ele podia imaginar seu coração batendo nas azuis veias abaixo a translúcida pele de seu pescoço. Então, de repente,
ela parou olhando aterrorizada. Mordeuu seu lábio e sorriu. Então, ainda sorrindo, piscou e fungou.
"Eu esqueci " disse, entrefechando o lado de um olho. " Você não tem as mesmas normas que nós."
"Normas sobre a música country? " tentou Mark. Ele gostava da voz normal dela. Era normal, não celestial. A fazia parecer mais humana.
"Normas sobre música de fora " disse." E também da televisão."
De fora, onde?, pensou Mark. Disse:
"Uh, oi. Me chamo Mark Carter."
"Eu sou Jade Redfern."
"Você é uma das sobrinhas da sra. Burdock."
"Sim. Chegamos noite passada. Vamos viver aqui."
Mark grunhiu e murmurou."-Minhas condolências."
"Condolencias? Por que? " Jade olhou o jardim rapidamente.
"Por que viver em Briar Creek é tão excitante quanto viver em um cemitério."Ela o olhou com um olhar longo e fascinado.
"Você... tem vivido em um cemitério?"Ele lhe deu um longo olhar.
"Eh, para dizer a verdade, só queria dizer que aqui é chato."
"Oh" pensou, depois sorriu. " Bom, para nós é interessante " disse. " É diferente de onde viemos."
"E de onde vocês vem?"
"De uma ilha. Fica perto..."pensou." Do estado do Maine."
"Do estado do Maine?"
"Sim."
"E essa ilha tem um nome?"Ela o olhou com grandes olhos verdes.
"Bom, não posso dizer isso a você."
"Eh... tudo bem " ela estava fazendo graça? Mas não tinha nada de brincalhão em seu olhar ou em seu rosto. Parecia misteriosa... e inocente. Talvez tivesse algum
tipo de problema mental. O pessoal do colégio Dewitt teriam algo para se entreter. Não eram muito tolerantes com os que eram diferentes.
'Olhe " ele disse abruptamente. "Se há algo que eu possa fazer por você... você sabe, se você se meter em problemas ou alguma coisa... me diga. Ok?"Ela inclinou
sua cabeça para um lado. Suas pestanhas projetavam uma sombra com a luz do posta. Sua expressão era direta e pensativa, e o olhava cuidadosamente, como se precisasse
compreendê-lo. Ela levou um certo tempo para fazer isso. Então sorriu, fazendo pequenas covinhas nas bochechas, e o coração de Mark se agitou inesperadamente.
"Ok" ela disse suavemente. "Mark. Você não é bobo, apesar de ser um garoto. É um bom garoto, não é? "
"Bom..."- Mark nunca tinha sido chamado de bom garoto, não no sentido que há na televisão. Não sabia exatamente nem como se media isso. " Eu... eu espero que sim."Jade
estava olhando fixamente para ele.
"Você sabe, eu decidi que vou gostar de estar aqui" sorriu de novo e Mark notou que era mais difícil de respirar... então sua expressão mudou. Mark também escutou.
Um selvagem quebrar no repleto emaranhado de rododentros e amoreiras na parte de trás do jardim. Era um estranho som, mas a reação de Jade foi desproporcional. Ela
ficou congelada, com o corpo tenso e tremia, os olhos fixos no matagal. Parecia aterrorizada.
"Hey' Mark disse amavelmente, e tocou o ombro dela." Hey, está tudo bem. Provavelmente é uma das cabras que conseguiu sair do curral, podem saltar qualquer tipo
de cerca" ela sacudia a cabeça negativamente." Ou um cervo. Quando estão tranqüilos soam como se fossem pessoas andando.
"Não é um cervo " sibilou ela.
"As vezes eles vem para os jardins pela noite. Você provavelmente não vê cervos no lugar de onde vem..."
"Não posso cheirar nada "disse como um tipo de sussurro. "É esse estúpido curral. Tudo cheira a cabra."
"Não pode cheirar...?" Mark fez a única coisa que lhe ocorreu para responder algo como isso. Passou seu braço ao redor da garota.
"Está tudo bem" disse suavemente. Não pôde evitar notar que ela estava fria e quente ao mesmo tempo, leve, maravilhosamente viva debaixo do pijama. " Por que não
entramos? Você estará a salvo lá."
"Me solte " disse Jade desagradecida, se retorcendo. " Eu posso ter que lutar " retirou o braço dele e voltou o rosto para o matagal. " Fique atrás de mim." Ok,
ela está louca. Não me importo. Acho que eu gosto disso.Se pôs ao lado dela.
"Olha, eu lutarei também. O que acha que é? Urso, coyote...?"
"Meu irmão."
"Seu...? " podia-se ver o assombro em seu rosto. Acabava de passar por cima da linha de loucura aceitável." Oh."Outro som entre as ramas. Definitivamente era algo
grande, não uma cabra. Mark se perguntava vagamente se um alce podia ter se perdido no bosque do lago Waldo, quando um grito cortou o ar.Um grito humano, ou pior,
quase humano. Enquanto terminava, houve um uivo que era definitivamente não humano, e de repente o som diminuiu. Mark estava assombrado. Quando terminou, se escutaram
alguns gemidos, então o silêncio.
Mark recuperou a respiração e disse:"Que demônios era isso?"
"Shh. Cala a boca "Jade estava meio agachada, com os olhos nos arbustos.
"Jade. Jade, escute. Você tem que entrar" desesperado, ele pôs um braço ao redor de sua cintura, pegando-a. Era leve, mas escorria feito água em suas mãos. Como
um gato que não quer ser acariciado. " Jade, seja lá o que seja, preciamos de uma arma."
"Eu não" parecia estar falando entre dentes... havia algo diferente em sua forma de falar. Ela estava de costas para ele e ele não podia ver seu rosto, mas suas
mãos estavam tensas.
"Jade" Mark disse apressadamente. Tinha medo o suficiente para poder correr, mas não podia abandona-la. Ele não podia. Nenhum garoto bom faria isso.Tarde demais.
As amoreiras de repente se moveram. Elas se separaram. Algo estava atravessando-as.
O coração de Mark pareceu se congelar, mas então se deu conta de que estava se movendo. Afastando Jade para um lado, se colocou entre ela e o que fosse que fosse
que se aproximava.
Mary-Lynnette passou entre as amoreiras. Seus braços e pernas foram arranhados pelos espinhos, e podia sentir a dor, as amoras sendo esmagadas contra ela. Provavelmente
tinha pego um mal lugar para atravessar a cerca, mas não tinha pensado nisso. Tinha pensado em Mark, em encontra-lo o mais rápido possível e tira-lo dali. Por favor,
que ele esteja aqui, pensou. Por favor, que ele esteja aqui e que esteja bem e nunca mais pedirei outra coisa.
Ela atravessou a última amoreira até o jardim e as coisas aconteceram muito rápido. A primeira coisa que viu foi Mark, e sentiu uma onda de alívio. Depois surpresa.
Mark estava diante de uma garota, seus braços levantados em defesa. Como se quisesse protege-la de Mary-Lynnette.E então, tão rápido que Mary-Lynnette quase não
notou o movimento, a garota corria para cima dela.
Mary-Lynnette levantou seus braços e Mark gritou:"Não, essa é minha irmã!"A garota parou a um passo de Mary-Lynnette. Ela devia ser a pequena de cabelo prateado.
Mary-Lynnette pôde ver que tinha os olhos verdes e a pele tão translúcida que quase parecia cristal.
"Jade, essa é minha irmã" disse Mark de novo, ansioso de que isso terminasse. " O nome dela é Mary-Lynnette. Ela não vai machucar você. Mare, diga a ela que você
não a machucará."
Machuca-la? Mary-Lynnette não sabia do que ele estava falando, e não queria saber. Essa garota era estranhamente linda como as outras, e algo em seus olhos... não
eram de um verde normal, eram quase prateados... isso fez com que Mary-Lynnette se arrepiasse dos pés a cabeça.
"Oi" disse Jade.
"Oi. Ok, Mark, vamos embora. Temos que ir. Agora mesmo."Ela esperava que ele fosse aceitar de imediato. Ele era o que não queria vir, e agora ali estava com sua
maior fobia, uma garota. Mas em vez de dizer isso, disse: "Ouviu os gritos? Viu de onde vinham?"
"Que gritos? Estava dentro da casa. Venha, vamos" Mary-Lynnette pegou Mark pelo braço, mas como ele era mais forte, não serviu de nada. "Talvez eu tenha ouvido alguma
coisa. Não estava prestando atenção" ela estava olhando desesperadamente o salão vitoriano, soltando mentiras de que sua família sabia aonde tinha vindo esta noite
e que esperavam que ela voltasse logo. De como seu pai e sua madrasta eram bons amigos da sra. Burdock e como queriam que voltasse com notícias de suas sobrinhas.
Ainda não estava certa se iam deixa-la ir embora. Mas por algum motivo, Rowan finalmente a deixou ir, dando um doce sorriso a Mary-Lynnette, e abrindo a porta principal.
"Sabe, eu acho que isso foi um lobo " disse Mark, excitado, a Jade. "Um lobo que veio do bosque Willamette."
Jade estava franzindo o cenho. "Um lobo?" pensou "Sim, acho que pode ter sido isso. Nunca vi um antes " olhou para Mary-Lynnette. "É isso que você acha que era?"
"Oh, claro" disse ela na sorte. "Com certeza era um lobo"deveria perguntar onde estava sua tia, pensou de repente. É a perfeita oportunidade de pega-las mentindo.
Perguntaria a ela e então ela diria algo... o que seja, mas não que sua tia tivesse ido para o norte de férias. E então ela saberia.Ela não fez. Simplesmente não
tinha força o suficiente. Não queria pegar ninguém mentindo nunca mais; só queria ir embora.
"Mark, por favor..."Ele a olhou e pela primeira vez pôde ver o quão chateada ela estava.
"Uh... ok"disse. E então a Jade. " Olha, por que você não vai para dentro? Ficará segura lá. E talvez... talvez eu possa voltar alguma hora?"
Mary-Lynette ainda o pegava pelo braço, e para seu alívio, ele começou a se mover. Mary-Lynnette foi até as amoreiras que tinha atravessado para chegar ali.
"Por que não vão por ali? É uma trilha" disse Jade, sinalando. Mark imediatamente respondeu a sugestão, arrastando Mary-Lynnette com ele, e viu um confortável oco
entre os arbustos atrás do jardim. Ela nunca o teria encontrado, a menos que o procurasse.
Quando chegaram a sebe, Mark se virou para olhar para trás. Mary-Lynnette também se virou.
Dali, Jade só era uma silhueta escura contra a luz do poste... mas seu cabelo, iluminado para trás, parecia uma aréola prateada. Que brilhava sobre ela. Mary-Lynnette
escutou como Mark continha o suspiro.
"Voltem qualquer dia" disse Jade cordialmente. " Para nos ajudar a ordenhar as cabras como tia Opal nos disse. Nos deu ordem muito concretas antes de sair de férias."Mary-Lynnette
petrificou.Se virou e atravessou o oco, com a cabeça dando voltas.
Quando chegaram a estrada disse:"Mark, o que aconteceu quando você chegou ao jardim?"
Mark se via especialmente preocupado."O que quer dizer com o que acontecer? Nada aconteceu."
"Você pôde olhar o que estava enterrado?"
"Não" disse Mark brevemente. "Jade estava no jardim quando cheguei. Não tive a oportunidade de olhar nada."
"Mark... ficou ali o tempo todo? Jade? Em algum momento ela entrou em casa? Ou alguma das garotas saiu?"
Mark grunhiu."Nem sequer sei como são as outras garotas. A única que vi foi Jade, e sim, ela ficou ali o tempo todo"ela o olhou obscuramente.
"Ainda não continua com aquela teoria, não é?"
Mary-Lynnette não respondeu. Estava tratando de ordenar seus pensamentos.
Não posso acreditar. Mas ela disse. Ordens sobre as cabras. Antes que sua tia saísse de férias.
Mas Rowan não sabia nada das cabras até que ela tivesse dito. Ela juraria que ela não sabia. E estava tão certa que a viagem não era verdade...Ok, talvez esteja
errada. Mas isso não quer dizer que Rowan estivesse dizendo a verdade. Talvez tenham inventado a história inteira ontem a noite, e Rowan só é uma má atriz. Ou talvez...
"Mark, isso pode parecer loucura, mas... Jade tinha um celular ou algo assim por perto?"
Mark parou secamente e deu um longo e lento olhar em Mary-Lynnette que dizia mais do que mil palavras. " Mary-Lynnette, o que há de errado com você?"
"Rowan e Kestrel me disseram que a sra. B tinha saído de férias. Que de repente decidiu tirar um descanso quando chegaram na cidade."
"E? Jade disse o mesmo."
"Mark, a sra. B vive aqui há dez anos, e nunca saiu de férias. Nunca. Como ia fazer isso justamente quando suas sobrinhas vem viver com ela?"
"Talvez porque possam cuidar da casa por ela" Mark disse com uma lógica esgamadora.
Foi exatamente o que Rowan tinha dito. Mary-Lynnette se sentiu de repente paranóica, como alguém que se dá conta de que tudo ao seu redor está conspirando contra
ela. Tinha estado a ponto de contar a ele das cabras, mas agora não queria. Oh, controle-se, garota. Até mesmo Mark está sendo racional. O melhor que pode fazer
é pensar racionalmente antes de ir correndo ao xerife Akers. O fato é, Mary-Lynnette disse a si mesma, brutalmente honesta, que você entrou em pânico. Teve um mal
pressentimento com essas garotas por algum motivo, e então se esqueceu completamente da lógica. Nem sequer conseguiu evidencias. Pode deixar passar.Não podia falar
com o xerife e dizer que suspeitava delas porque Rowan tinha os pés horríveis. Não havia evidências. Nada exceto... grunhiu, pensativa.
"Tudo se resume ao que há no jardim" disse em voz alta.Mark que estava andando ao seu lado com pesado silêncio, parou.
"Que?"
"Tudo se resume a isso" disse Mary-Lynnette com os olhos fechados. " Deveria ter olhado onde o enterraram... quando tive a oportunidade. Mesmo que Jade me visse.
A única prova real é isso... e é por isso que tenho que ver o que é."
Mark sacudia a cabeça negativamente."Ouça, olha..."
"Tenho que voltar. Não esta noite. Estou muito cansada. Mas amanhã. Mark, tenho que checar antes de falar com o xerife Akers. "
Mark explodiu."Antes de que? " gritou, o suficiente para que se produzissem ecos. "De que está falando? Falar com o xerife?"
Mary-Lynnette o olhou. Não tinha se dado conta do diferente ponto de vista que Mark tinha. Por que, pensou, por que está...
"Queria ver onde estava a sra. B... e isso nós sabemos " disse Mark. " Nos disseram onde ela está. E você viu Jade. Sei que ela é um pouco diferente, é como você
diz sobre a sra. B; ela é excêntrica. Mas você pode vê-la como alguém que machucaria alguém?"Por que está apaixonado por ela, pensou Mary-Lynnette. Ou ao menos gostava
muito dela. Mark gostava das garotas.Agora estava realmente confusa.Isso pode ser bom para ele... se a garota não for louca. Bom, talvez mesmo se a garota for louca,
ela não seja uma louca assassina. De qualquer forma, Mary-Lynnete não podia chamar a polícia para a nova namorada de Mark, a não ser tivesse provas.Me pergunto se
ela também gosta dele. Pareciam proteger um ao outro quando ela chegou.
"Não, você tem razão" disse em voz alta, alegre de que esta noite tivesse praticado umas mentiras."Ela não parece o tipo de pessoa capaz de machucar ninguém. Deixarei
tudo como está."Com você. Amanhã a noite, quando você estiver pensando que estou vendo as estrelas, irei até lá. Desta vez levarei minha própria pá. E talvez uma
pá grande para me defender dos lobos.
"Realmente acha que há lobos por ali?" perguntou, para mudar o assunto.
"Uh... talvez" Mark estava lentamente se tranqüilizando. " Foi algo estranho. Algo que nunca tinha escutado antes. Então você vai esquecer toda essa loucura sobre
a sra. B, não é?"
"Sim, esquecerei" Ficarei a salvo, pensava Mary-Lynnette. Desta vez não me assustarei, e me assegurarei de que não me vejam. Além do mais, se quisessem me matar,
podiam ter feito essa noite, não é?
"Talvez fosse o homem das neves gritando" disse Mark.
Capítulo 6
"Por que nós simplesmente não a matamos?" Kestrel perguntou.
Rowan e Jade trocaram um olhar. Havia poucas coisas em que concordavam, mas uma delas era definitivamente Kestrel.
"Primeiro de tudo, nós concordamos em não fazer isso aqui. Nós não usamos nossos poderes..."
"E não nos alimentamos dos humanos. E não matamos eles," Ketrel terminou o cântico. "Mas você já usou seus poderes hoje à noite; você chamou a Jade."
"Eu tinha que deixá-la saber da história que eu contei sobre a tia Opal. Na verdade, eu devia ter planejado isso antes. Eu devia ter percebido que as pessoas iriam
entrar e perguntar onde tia Opal está."
"Ela é a única que está perguntando. Se nós a matássemos..."
"Nós simplesmente não podemos sair matando as pessoas em nossa nova casa," Rowan disse firme. "Além disso, ela disse que sua família estava esperando por ela. Nós
vamos matar todos eles?"
Kestrel deu de ombros.
"Nós não vamos começar um banho de sangue," disse Rowan ainda mais firme.
"Mas e sobre influenciar ela?" Jade perguntou. Ela estava sentada com Tiggy em seus braços, beijando o veludo preto no topo da cabeça do gato. "Fazer ela se esquecer
de sua suspeita... Ou fazer ela pensar que viu tia Opal?"
"Isso seria bom... Se fosse só ela," disse Rowan pacientemente. "Mas não é. Vamos influenciar todas as pessoas que vierem à casa? E sobre as pessoas que ligam do
telefone? E os professores? Vocês duas supostamente iriam começar a escola em duas semanas."
"Talvez nós só teremos que perder isso," disse Kestrel sem arrependimento.
Rowan estava balançando sua cabeça. "Precisamos de uma solução permanente. Precisamos encontrar uma explicação razoável para o porque da tia Opal ter sumido."
"Nós precisamos mover tia Opal," disse Kestrel francamente. "Nós temos que acabar com ela."
"Não, não. Nós temos que mostrar o corpo," disse Rowan.
"Simples assim?"
Elas começaram a discutir sobre isso. Jade descansou o queixo sobre a cabeça do Tiggy e encarou os vidros da janela da cozinha. Ela estava pensando sobre Mark Carter,
que tinha um coração tão valente. Deu-lhe uma agradável emoção proibida apenas observá-lo. Em sua antiga casa não havia nenhum humano andando por ai livremente.
Ela nunca poderia ser tentada a quebrar a lei do Mundo da Noite e se apaixonar por um. Mas aqui... Sim, Jade quase podia imaginar caindo de amores por Mark Carter.
Como se fosse uma garota humana.
Ela tremeu delirantemente. Mas apenas quando estava tentando imaginar o que garotas humanas fazem quando estão apaixonadas, Tiggy teve uma súbita agitação. Pulou
de seus braços e correu pelo chão da cozinha. O pêlo de suas costas estavam de pé.
Jade olhou pela janela novamente. Ela não podia ver nada. Mas... Ela sentia...
Ela se virou para suas irmãs. "Alguma coisa estava no jardim lá fora está noite," ela disse. "E eu não consegui sentir seu cheiro."
Rowan e Kestrel ainda estavam discutindo. Elas não a ouviram.
Mary-Linnette abriu seus olhos e espirrou. Ela voltou a dormir. O sol estava brilhando ao redor de suas escuras cortinas azuis.
Levante-se e comece a trabalhar, ela disse a si mesma. Ela estava tentando esfregar o sono para fora de seus olhos e despertar. Ela era uma pessoa da noite, não
uma pessoa do dia.
O quarto era grande e estava pintado com o crepúsculo azul. Mary-Linette tinha colado estrelas e planetas que brilham no escuro no próprio teto. Gravada no espelho
da penteadeira estava um adesivo autocolante dizendo EU FREIO POR ASTERÓIDES. Nas paredes estava um grande mapa do relevo da lua. Um cartaz do Sky-Gazer's Almanac,
e impressões fotográficas de Plêiade, a Nebulosa da Cabeça de Cavalo, e o eclipse total de 1995.Era o retiro de Mary-Linnette, o lugar para ir quando as pessoas
não compreendiam. Ela sempre se sentiu segura na noite.Ela bocejou e cambaleou até o banheiro, pegando uma jeans e uma camisa no caminho. Ela estava escovando os
seus cabelos enquanto descia pelas escadas quando ela ouviu vozes vindo da sala de estar.
.
A voz de Claudine... e uma voz masculina. Não de Mark, em dias de semana ele normalmente fica na casa de seu amigo Ben. Um estranho.
.
Mary-Linnette espiou através da cozinha. Havia um homem sentado no sofá da sala de estar. Ela podia ver apenas a patê de trás de sua cabeça, que era loiro cinza.
Mary-Linnette deu de ombros e começou a abrir a geladeira quando ela ouviu seu próprio nome.
.
"Mary´Linnette é uma grande amiga dela," Claudine estava dizendo em sua rápida e ligeiramente acentuada voz. "Eu me lembro de alguns anos atrás quando ela ajudou
a consertar a cerca das cabras."
Eles estão falando da Sra.B!!
"Por que ela tinha cabras? Acho que ela disse a Mary-Linnette que iria ajudar desde que ela não podia sair muito mais."
"Que estranho," o cara disse. Ele tinha uma preguiçosa e cuidadosa voz. "Eu me pergunto o que ela quis dizer com isso."
Mary-Linnette, que agora estava espreitando atentamente através da cozinha, mantendo absoluto silêncio, viu Claudine dar um de seus pequenos e encantadores dar de
ombros.
"Eu supunha que ela quis dizer o leite... Todo dia ela tem leite fresco agora. Ela não tem que ir à loja. Eu não sei. Você mesmo terá que perguntar a ela." Ela riu.
Não vai ser fácil, Mary-Linnette pensava. Agora, por que um cara estranho estaria aqui fazendo perguntas sobre a Sra.B?
É claro. Ele deve ser da polícia ou algo assim. Mas sua voz a deixou pasma. Ele parecia muito jovem para ser um deles, a menos que ele estivesse planejando se infiltrar
na Dewitt High como um narcótico. Mary-Linnette se moveu pela cizinha, pegando uma vista melhor. Ali... Ela podia ver ele no espelho.
Decepção passou através dela.
Definitivamente não era velho o bastante para ser do FBI. E quanto mais Mary-Linnette queria que ele fosse um olho afiado, de rápida perspicácia, um detetive de
dura condução, ele não era. Ele era apenas um rapaz bonito que Mary-Linnette nunca tinha visto em sua vida.
Ele era esguio e elegante, com longas pernas esticadas à sua frente, tornozelos cruzados sob a mesa de café. Ele parecia um grande e amável gato. Ele tinha feições
lapidadas, olhos ligeiramente inclinados, e um desarmado sorriso preguiçoso.
Não apenas preguiçoso Mary-Linette decidiu. Imbecil. Malicioso. Talvez até mesmo estúpido. Ela não estava impressionada com a boa aparência a menos que fosse o magro,
castanho, e interessante e gentil, como... Bem, como Jeremy Lovett por exemplo. Caras deslumbrantes... Caras que pareciam como o grande gato loiro cinza... Não tinham
nenhuma razão para desenvolverem suas mentes. Eles eram egoístas e vãos. Com QIs alto o suficiente para manter o assento quente.
E esse cara parecia que não conseguiria ficar acordado ou sério para salvar sua vida.
Eu não me importo porque ele está aqui. Acho que vou lá em cima.
Foi então que o cara no sofá levantou a mão, os dedos balançando no ar. Ele virou de lado. Não o suficiente para olhar para Mary-Linnette, mas o suficiente para
indicar que ele está falando com ágüem atrás dele. Agora ela podia ver seu perfil no espelho. "Olá, você aí."
"Mary-Linnette, é você?" Claudine chamou.
"Sim." Mary-Linnette abriu a porta da geladeira e fechou fazendo barulho. "Apenas pegando suco. Então eu vou sair."
Seu coração estava batendo duro com o embaraço e o incomodo. Ok, então ele tinha visto ela no espelho. Ele provavelmente pensou que eu estava encarando ele, porque
do jeito que ele olhou. Ele provavelmente tinha pessoas olhando para ele onde quer que ele fosse. Então o que, grande coisa, vá embora.
"Não vá ainda," Claudine chamou. "Venha aqui e converse por alguns minutos."
Não. Mary-Linnette sabia que era uma reação infantil e estúpida, mas ela não podia ajudar. Ela bateu a garrafa de suco de damasco contra a garrafa de água com gás.
"Venha conhecer o sobrinho da Sra.Burdock," Claudine chamou.
Mary-Linnette continuou calma.
Ela ficou no ar frio da geladeira, olhando para o indicador de temperatura na parte de trás. Então ela colocou a garrafa de suco de damasco de volta. Ela torceu
uma lata de Coca par fora de um pacote de seis sem vê-lo.
Que sobrinho? Não me lembro de ter ouvido falar de qualquer sobrinho.
Mas ela também não tinha ouvido falar sobre as sobrinhas da Sra.B, não até que elas estavam vindo. A Sra.B simplesmente não falava muito sobre a sua família.
Então ele é seu sobrinho... Que é o por que dele estar perguntando sobre ela. Ele sabia? Ele está com as meninas? Ou ele está atrás delas? Ou...
Pensamentos confusos, ela caminhou para a sala de estar.
"Mary-Linnette, este é Ash. Ele está aqui para visitar sua tia e suas irmãs," Claudine disse. " Ash, está é Mary-Linnette. Aquela que é uma grande amiga de sua tia."
Ash se levantou, em um encantador e preguiçoso movimento. Como um gato, incluindo a área da cintura. "Olá."
Só que não aconteceu dessa forma.
Aconteceu assim: Mary-Linnette tinho os olhos sobre o tapete quando entrou, lhe dando uma boa visão de seu tênis Nike e dos desgastes nos joelhos de seu jeans. Quando
seu olhar subiu, ela olhou para sua camisa, que tinha um desenho obscuro... Uma flor preta sobre o fundo branco. Provavelmente um emblema de algum grupo de rock.
E então, quando suas m,aos entraram em seu campo de visão, elas os alcançou automaticamente, balbuciando uma saudação e olhando para cima em seu rosto enquanto o
tocava. E está era a parte que era difícil de explicar.
Ligação.
Alguma coisa aconteceu.
Hey, eu não conheço você?
Não conhecia. E esta era a coisa. Ela não o conhecia... Mas ela sentia que deveria. Ela também sentiu como se alguém a tivesse alcançado por dentro e tocado sua
espinha com um fio de eletricidade viva. Não era muito agradável. A sala ficou vagamente rosa. Sua garganta se apertou e ela podia sentir seu coração batendo lá.
Algo não... Agradável. Mas de alguma forma, quando você põem tudo junto, provoca uma espécie de trêmulas tonturas como...
Como o que ela sentia quando olhava para a Nebulosa da Lagoa. Ou imaginava galáxias acumuladas em pavilhões e super aglomerados, crescendo mai e mais, até que perdia
o significado do tamanho e se sentia caindo.
Ela estava caindo agora. Ela não podia ver nada, exceto seus olhos. E aqueles olhos eram estranhos, como prismas, mudavam de cor como uma estrela vista através da
pesada atmosfera. Agora azul, agora dourado, agora violeta.
Oh, leve isso embora. Por favor, eu não quero isso.
"É tão bom ver um rosto novo por aqui, não acha? Nós estamos muito entediados aqui com nós mesmos," Claudine disse, completamente normal e num tom um pouco afobado.
Mary-Linnette saiu de seu transe, e ela reagiu como se Ash tivesse lhe oferecido um ganso em vez de sua mão. Ela saltou para trás, olhando para qualquer lugar menos
para ele. Ela tinha a sensação de estar sendo salva de sua queda.
"O-kay," Cludine disse em seu sotaque bonitinho. "Hmm." Ela estava enrolando o seu escuro cabelo nos dedos, algo que só fazia quando estava extremamente nervosa.
"Talvez vocês dois já se conheciam?"
Houve um silêncio.
Eu deveria dizer alguma coisa, Mary-Linnette pensou atordoada, olhando para a lareira de pedra. Estou agindo como louca e humilhando Claudine.
Mas o que aconteceu aqui?
Não importa. Se preocuparia mais tarde. Ela engoliu, fixou um sorriso em seu rosto e disse, "Então, há quanto tempo está aqui?"
Seu erro foi que em seguida ela olhou para ele. E tudo aconteceu de novo. Não tão claro como antes, talvez por que ela não estava tocando ele. Mas o sentimento de
choque elétrico foi o mesmo.
E ele pareia um gato que tinha levado um choque. Enfurecido. Infeliz. Espantado. Bem, pelo menos ele estava acordado, Mary-Linnette pensava. Ele e Mary-Linnette
se encararam, enquanto o quarto dilatava e se tornava rosa.
"Quem é você?" Mary-Linnette perguntou, abandonado qualquer vetígio de cortesia.
"Quem é você?" Ele disse, quase no mesmo tom.
Ambos se olharam fixamente.
Claudine estava fazendo pequenos barulhos de clique com sua língua e tirando o suco de tomate. Mary-Linnette sentia muito por ela, mas não podia lhe dar qualquer
atenção. Toda a consciência de Mary-Linntte estava focalizada no rapaz à sua frente; em combatê-lo, em bloqueá-lo. Em conseguir se libertar desse estranho sentimento
que ela era um dos dois pedaços do quebra-cabeça que há pouco tinham sido estalados juntos.
"Agora, olha," ela disse tensamente, no preciso momento em que ele começou bruscamente, "Olha..."
Eles pararam e se olharam novamente. Então Mary-Linnette conseguiu desviar os olhos dela para longe. Algo estava se arrastando à sua mente...
"Ash," ela disse, enquanto adquiria o cabo disto. "Ash. A Sra.Burdock disse algo sobre você... Sobre um pequeno menino chamado Ash. Eu não sabia que ela estava falando
sobre seu sobrinho."
"Sobrinho neto," Ash disse, sua voz não firme o bastante. "O que ela disse?"
"Ela disse que você era um pequeno menino mau, e que você provavelmente ficaria pior quando crescesse."
"Bem, ela tinha esse direito," disse Ash, e sua expressão suavizou um pouco... Como se ele estivesse em terreno mais familiar.
O coração de Mary-Linnette estava se acalmando. Ela descobriu que se ela se concentrasse. Ela podia fazer o estranho sentimento recuar. Isso ajudava se ela olhasse
para longe de Ash.
Respire fundo, ela disse a si mesma. E de novo. Ok, agora vamos pegar essas coisas direito. Esqueça o que aconteceu; esqueça tudo isso; pense sobre isso depois.
O que é importante agora?
O que é importante agora é:
1)Este cara é o irmão daquelas meninas;
2)Ele pode estar envolvido com o que aconteceu com a Sra.B;
3)E se não estiver, ele pode ser capaz de ajudar com alguma informação. Tal como se sua tia tinha deixado um testamento, e se tiver, quem ficou com as jóias da família.
Ela olhou de relance para Ash com o canto do olho. Ele parecia definitivamente mais calmo. A chama diminuindo. Seu peito subindo mais devagar. Os dois eram como
um interruptor.
"Então Rowan e Kestrel e Jade são suas irmãs," disse ela, com toda a educada indiferença que poderia manter. "Elas parecem legais."
"Eu não sabia que você conhecia elas," disse Claudine, e Mary-Linnette percebeu que a madrasta estava parada na porta, o pequeno ombro encostado no batente da porta,
braços cruzados, toalha de prato na mão. "Eu disse a ele que você ainda não tinha conhecido elas."
"Mark e eu fomos lá ontem," Mary-Linnette disse. E quando ela disse isso, algo relampejou no rosto de Ash... Algo apareceu e desapareceu antes que ela pudesse realmente
analisar. Mas fez ela se sentir como se estivesse na beira de um precipício em um vento gelado.
Por quê? O que poderia estar errado em mencionar que ela conheceu as meninas?
"Você e Mark... E esse Mark seria... Seu irmão?"
"Isso mesmo," Claudine disse da porta.
"Algum outro irmão ou irmã?"
Mary-Linnette piscou. "O que, você está fazendo algum censo?"
Ash fez uma má imitação de seu antigo sorriso preguiçoso. "Eu só gostaria de manter o rastro dos amigos de minhas irmãs."
Por quê? "Para ver se você aprova ou algo assim?"
"Na verdade, sim." Ele fez o sorriso de novo, com mais sucesso. " Somos uma família antiquada. Muito antiquada."
O queixo de Mary-Linnette caiu. Então, tudo de uma vez, ela se sentiu feliz. Agora ela não precisava pensar em assassinatos ou quartos rosas ou o que esse cara sabia.
Tudo o que ela precisava pensar era o que ela iria fazer com esse cara.
"Então, você é de uma família antiquada," ela disse, dando um passo para frente.
Ash acenou.
"E você está no comando," Mary-Linnette disse.
"Bem, apenas aqui. Em casa, é meu pai."
"E você vai apenas dizer à suas irmãs que amigos elas podem ter. Talvez você comece a decidir os amigos de seus tios, também?"
"Na verdade, eu estava apenas discutindo que..." Ele acenou uma mão em direção à Claudine.
Sim, você estava, Mary-Linnette percebeu. Ela deu mais um passo em direção à Ash, que ainda estava sorrindo.
"Oh, não,"disse Claudine. Ela abanou seu pano de prato uma vez. "Não sorria."
"Eu gosto de uma garota com espírito," Ash ofereceu, como se ele tivesse trabalhado duro para encontrar a coisa mais detestável que fosse possível dizer. Então,
com um tipo de desafio determinado, ele piscou, se aproximou, e segurou Mary-Linnette sob o queixo.
Fzzz. Descarga elétrica. Mary-Linnette se libertou. Ash fez o mesmo, olhando para sua própria mão como se ela o tivesse traído.
Mary-Linnette teve um inexplicável impulso de chocar Ash contra o chão e cair sobre ele. Ela nunca sentiu isso por nenhum garoto antes.
Ela ignorou seu impulso e chutou sua canela.
Ele gritou e saltou para trás. Mais uma vez, a sonolenta presunção desapareceu de seu rosto. Ele parecia intimidado.
"Acho melhor você ir embora agora," Mary-Linnette disse agradavelmente. Ela estava impressionada consigo mesma. Ela nunca foi do tipo violenta. Talvez houvesse coisas
escondidas profundamente em seu interior que ela nunca suspeitou.
Claudine respirou profundamente e balançou a cabeça. Ash ainda estava furioso, mas não foi a lugar nenhum. Mary-Linnette avançou sobre ele novamente. Mesmo que ele
fosse metade de uma cabeça mais alto, ele recuou. Ele olhou para ela em algo parecido com admiração.
"Hey. Hey, olha, você sabe, você realmente não sabe o que está fazendo," ele disse. "Se você soubesse..." E Mary-Linnette viu de novo... Algo em seu rosto que de
repente não fez ele parecer mais estúpido ou amável a todos. Como o brilho da lâmina de uma faca na luz. Algo que dizia perigo...
"Oh, vá incomodar alguém mais," Mary-Linnette disse. Ela preparou seu pé para outro chute.
Ele abriu sua boca, em seguida a fechou. Ainda segurando sua canela, ele olhou para Claudine e arrumou um ferido e miserável sorriso flertando.
"Muito obrigada por todas as suas..."
"Vá!"
Ele perdeu o sorriso. "É isso o que estou fazendo." Ele avançou com dificuldade para a porta da frente. Mary-Linnette o seguiu.
"Do que eles chamam você afinal?" Ele perguntou no pátio da frente, como se ele finalmente tivesse encontrado o que estava procurando. " Mary? Marylin? M'lin? M.L.?
"
"Eles me chamam de Mary-Linnette," Mary-Linnette disse direta, e adicionou sob sua respiração, " Aqueles que falam de mim." Ela tinha lido A Megera Domada no prêmio
de Inglês no ano passado.
"Ah, é? E sobre M'lin o amaldiçoado?" Ele ainda estava se afastando.
Mary-Linnette estava assustada. Então talvez sua classe tenha lido isso, também. Mas ele não parecia inteligente o suficiente para citar Shakespeare.
"Divirta-se com suas irmãs," ela disse e fechou a porta. Então ela se inclinou sobre ela, tentando respirar. Seus dedos e rosto estavam dormentes, como se ela fosse
desmaiar.
Se as meninas tivessem assassinado ele, ela entenderia, ela pensava. Mas eles são tão estranhos... Há algo seriamente estranho sobre toda a família.
Estranho de uma maneira que assustava ela. Se ela acreditasse em premonições, ela estaria ainda mais assustada. Ela tinha um mau pressentimento... Uma sensação de
que coisas iriam acontecer...
Claudine estava olhando para ela da sala de estar.
"Fantástico," ela disse. "Você acabou de chutar um convidado. Agora sobre o que foi tudo isso?"
"Ele não ia embora."
"Você sabe o que eu quero dizer. Vocês dois se conhecem?"
Mary-Linnette apenas deu de ombros vagamente. A tontura estava passando, mas sua mente estava nadando em perguntas.
Claudine olhou para ela atentamente, então balançou a cabeça. "Eu me lembro de meu irmão menor... Quando ele tinha quatro anos ele empurrou uma garota de cara na
caixa de areia. Ele fez isso para mostrar que gostava dela."
"Mary-Linnette ignorou isso. "Claude... Por que Ash estava aqui? Do que vocês falaram?"
"Sobre nada," disse Claudine, exasperada. "Apenas uma conversa normal. Uma vez que você o odeia tanto, que diferença que faz?" Então como Mary-Linnette continuava
olhando para ela, ela suspirou. "Ele estava muito interessado em fatos estranhos sobre viver no país. Todos os locais históricos."
Mary-Linnette bufou. 'Você contou a ele sobre o Homem das Neves?"
"Eu disse a ele sobre Vic e Todd."
Mary-Linnette congelou. "Você está brincando. Por quê?"
"Porque esse é o tipo de coisa que ele estava perguntando! Pessoas perdidas no tempo..."
"Perdendo tempo."
"Tanto faz. Estávamos apenas tendo uma agradável conversa. Ele era um bom garoto. Ponto final."
O coração de Mary-Linnette estava batendo rápido.
Ela tinha razão. Ela tinha certeza disso agora. Todd e Vic estavam ligados a tudo o que tinha acontecido com as irmãs e a Sra.Burdock. Mas qual era a conexão? Vou
ir e descobrir, ela pensava.
Capítulo 7
Encontrar Todd e Vic tornou-se nada fácil.
Era fim de tarde na hora em que Mary-Linnette entrou na loja de conveniências de Briar Creek, que vendia de tudo desde pregos, linhas de nylon até ervilhas enlatadas.
"Olá, Bunny. Será que você não viu Todd e Vic por aí?"
Bunny Marten olhou para cima por trás da bancada. Ela era bonita, com suaves cabelos loiros, um rosto arredondado, e uma tímida expressão. Ela estva na sala De Mary-Linnette
na escola. "Você checou no bar Gold Creek?"
Mary-Linnette acenou. "E em suas casas, e na outra loja, e no escritório do xerife." O escrotório do xerife era também o da prefeitura e o da biblioteca pública.
"bem, se eles não estiverem na piscina, geralmente eles estão plinking." Plinking era atirar em latas para praticar.
"Sim, mas onde?" Mary-Linnette disse.
Bunny balançou a cabeça, os brincos brilhando. "O seu palpite é tão bom quanto o meu." Ela hesitou, olhando para baixo em suas cutículas, que ela estava empurrando
para trás um pouco brusco com um palito de madeira. "Mas, você sabe, eu ouvi dizer que eles vão para o Mad Dog Creek algumas vezes." Seus vastos olhos azuis olharam
para Mary-Linnette significativamente.
Mad Dog Creek... Ah, ótimo. Mary-Linnette fez uma careta.
"Eu sei." Bunny levantou os ombros em um calafrio. "Eu não iria lá. Eu ficaria pensando naquele corpo o tempo todo."
"Yeah, eu também. Bem, obrigada, Bun. Te vejo por aí."
Bunny analizou criticamente suas cutículas. "Boa caçada," ela disse distraidamente.
Mary_linnette saiu da loja, olhando de soslaio para a quente, indistinta luz do sol de agosto. A Main Street não era grande. Tinha grandes edifícios feitos de pedra
e tijolo dos dias quando Briar Creek tinha sido uma cidade da corrida do ouro, e alguns poucos prédios com a pintura desgastada. Todd e Vic não estavam em nenhum
deles.Bem, e agora? Mary-Linnette suspirou. Não havia nenhuma estrada para Mad Dog Creek, apenas uma trilha que era constantemente fechada pelo crescimento do matagal.
E todo mundo sabia mais do que plinking por lá.
Se eles estiverem lá, eles provavelmente estão caçando, ela pensava. Sem mencionar bebendo, e talvez usando drogas. Armas e cerveja. E depois há aquele corpo.
O corpo foi encontrado no ano passado nessa mesma época. Um homem; um andarilho com sua mochila. Ninguém sabia quem ele era ou como ele morreu - o cadáver estava
muito desidratado e destruído pelos animais para saber. Mas as pessoas falavam de fantasmas flutuando ao redor do riacho no inverno passado.
Mary-Linnette suspirou de novo e entrou em seu carro.
O carro era antigo, era enferrujado, fazia barulhos altos quando forçado a acelerar, mas era dela, e Mary-Linnette fazia o seu melhor para mantê-lo vivo. Ela o adorava
porque tinha muito espaço atrás para guardar seu telescópio.
Ela parou na única estação de gás de Briar Creek. Sob o banco, ela puxou a alavanca querendo levantar o capô, e se pôs a trabalhar.
Puxe um pouco para cima... Quase, quase... Agora torça...
O capô voou aberto.
"Você já pensou em trabalhar no negócio de mecânica?" Disse uma voz atrás dela. "Você tem o toque."
Mary-Linnette se virou. "Olá, Jeremy."
Ele sorriu - um sorriso que se mostrou em seus olhos, que eram estimados castanhos com extravagantes chicotadas escuras.
Se eu fosse me apaixonar por um garoto - e eu não estou - seria alguém como ele. Não um grande gato loiro que acha que pode escolher os amigos de suas irmãs.
Era um ponto discutível, afinal - Jeremy não saia com garotas. Ele era um solitário.
"Quer que eu dê uma olhada?" Ele limpou as mãos em um pano.
"Não, obrigada. Eu fiz a revisão semana passada." Mary-Linnette começou a bombear o gás.
Ele pegou um rodo e uma garrafinha de spray e começou a lavar o pára-brisa. Seus movimentos eram hábeis e gentis e seu rosto estava completamente solene.
Mary-Linnette teve que esconder uma risadinha, mas ela apreciou que ele não estava rindo enquanto limpava o vidro e o pára-brisa corroído. Ela sempre teve um estranho
sentimento de afinidade com Jeremy. Ele era a única pessoa em Briar Creek que parecia um pouco interessado em astronomia - ele a tinha ajudado a construir um modelo
do sistema solar na oitava série, e é claro que ele tinha assistido o eclipse lunar com ela no ano passado.
Seus pais haviam morrido em Madford quando ele era apenas um bebê, e seu tio o trouxe a Briar Creek em um trailer Fleetwood. Seu tio era estranho - sempre distraído
em busca de ouro no Klamath. Um dia ele não voltou.
Depois disso, Jeremy morou sozinho no trailer na floresta. Ela fazia icos e trabalhava na estação de gás para ganhar dinheiro. E se suas roupas não eramtão boas
como as dos outros garotos, ele não se importava - ou não demonstrava.
O punho da mangueira de gás ainda estava na mão de Mary-Linnette. Ela percebeu que estava sonhando acordada.
"Mais alguma coisa?" Jeremy disse. O pára-brisa estava limpo.
"Não... Bem, na verdade, sim. Você por acaso, hmm, não viu Todd Akers e Vic KImble hoje, viu?"
Jeremy parou no meio do movimento de pegar os vinte dólares que ela estava lhe dando.
"Por quê?"
"Eu só queria falar com eles," disse Mary-Linnette. Ela podia sentir calor em sua bochechas. Oh, deus, ele pensa que eu quero sair com Vic e Todd - e ele acha que
eu sou louca por perguntar a ele.
Ela se apressou em explicar. "É apenas porque Bunny falou que eles poderiam estar no Mad Dog Creek, e eu pensei que talvez você tivesse visto eles, talvez em algum
momento essa manhã, uma vez que você vive naqueles arredores..."
Jeremy balançou a cabeça. "Eu saí ao meio dia, mas eu não ouvi nenhum tiro vindo do riacho esta manhã. Na verdade, eu não acho que eles têm passado todo o verão
por lá, eu continuo dizendo à eles para manterem distância."
Ele disse calmamente, sem ênfase, mas Mary-Linnette teve a súbita sensação de que talvez Vic e Todd pudessem ouvi-lo. Ela nunca soube de Jeremy entrando em uma luta.
Mas às vezes um olhar passava por seus olhos castanhos que era... Quase assustador. Como se houvesse algo por baixo desse garoto tranqüilo que ele aparenta - algo
primitivo e puro e mortal que pode fazer muito dano se acordado.
"Mary-Linnette... Eu sei que isso não é da minha conta, mas... bem, eu acho que você deveria ficar longe desses caras. E se você quiser realmente encontrar eles,
me deixe ir com você."
Oh. Mary-Linnette sentiu um caloroso rubor de gratidão. Ela não poderoa levar a oferta adiante... Mas foi gentil da parte dele fazê-lo.
"Obrigada," ela disse. "Eu vou ficar bem, mas... Obrigada."
Ela assistiu enquanto ele entrava dentro da estação para buscar seu troco. Como deve se sentir uma pessoa que vive sozinha desde que tinha doze anos de idade? Talvez
ele precisasse de ajuda.
Talvez ela devesse pedir ao seu pai para dar a ele alguns bicos o redor da casa. Ele os fazia para todo mundo. Ela só tinha que ter cuidado - ela sabia que Jeremy
odiava caridade.
Ele trouxe de volta o seu troco. "Aqui está. E Mary-Linnette..."
Ela olhou para cima.
"Se você encontrar Todd e Vic, tenha cuidado."
"Eu sei."
"Eu quis dizer isso."
"Eu sei," Mary-Linnette disse. Ela tinha se aproximado para pegar o troco, mas ele não tinha soltado. Em vez disso ele fez uma coisa estranha: ele abriu seus dedos
enrolados com uma mão enquanto colocava as notas e as moedas com a outra. Então ele fechou seus dedos de novo. Como resultado, ele estava segurando a mão dela.
O momento de contato físico surprendeu ela e a tocou. Ela encontrou a si mesma olhando para seus finos dedos marrons, para seu forte mas delicado domínio sobre sua
mão, para o anel de ouro com desenho preto que ele usava.
Ela ficou ainda mais surpresa quando ela olhou de relance para o seu rosto novamente. Havia preocupação em seus olhos abertos - e algo como respeito. Por um instante
ela teve um selvagem e inexplicável desejo de contar tudo a ele. Mas ela poderia imaginar o que ele pensaria. Jeremy era muito prático.
"Obrigada, Jeremy," ela disse, conjurando um pequeno sorriso. "Se cuide."
"Você também. Há pessoas que sentiriam sua falta se alguma coisa acontecesse." Ele sorriu, mas ela podia sentir seu olhar preocupado sobre ela, mesmo quando ela
estava dirigindo para longe.
Certo, e agora?
Ela tinha perdido a maior parte do dia procurando por Vic e Todd. E agora, com a imagem dos olhos castanhos de Jeremy em sua mente, ela se perguntou se tinha sido
uma idéia estúpida desde o começo.
Olhos castanhos... E que cor eram os olhos do grande gato loiro? Estranho, era difícil de lembrar. Ela pensava que pareciam castanhos no momento em que ele estava
falando sobre sua família antiquada. Mas quando ele disse que gostava de uma menina com espírito, ela lembrava que eles eram uma espécie de azul. Ou quando o brilho
da lamina de uma faca tinha lampejado neles, eles não eram gelo cinza?
Oh, quem se importa? Talvez eles fossem laranja. Apenas vamos para casa agora. Se preparar para hoje à noite.
Como é que Nancy Drew sempre encontrava as pessoas que ela queria interrogar?
Por quê? Por quê? Por que eu?
Ash estava olhando para um cedro gotejando perto de um riacho. Um esquilo muito estúpido para sair do sol estava olhando de volta para ele. Em uma rocha ao seu lado
um lagarto levantou primeiro um pé, depois o outro.
Não era justo. Não era certo.
Nem mesmo ele acreditava.
Ele sempre teve sorte. Ou, pelo menos, ele sempre conseguiu escapar por um fio de cabelo de um desastre. Mas desta vez o desastre o atingiu e foi uma total aniquilação.
Tudo o que ele era... Tudo o que ele acreditava sobre si mesmo... Ele poderia perder isso em cinco minutos? Por uma garota que era provavelmente demente e certamente
mais perigosa do que todas as suas irmãs juntas?
Não, ele concluiu cruelmente. Absolutamente não. Não em cinco minutos. Levou apenas cinco segundos.
Ele conhecia tantas garotas - garotas legais. Bruxas com sorrisos misteriosos, vampiras com deliciosas curvas, transformadoras com fofas caudas peludas. Até mesmo
garotas humanas com carros esportivos extravagantes que nunca parecem perceber quando ele morde seus pescoços. Por que não poderia ter sido uma delas?
Bem, não era. E não havia nenhum ponto a discutir sobre a injustiça disso. A pergunta era, o que ele vai fazer sobre isso? Apenas se sentar e deixar o destino correr
à solta?
Sinto muito sobre sua família, Quinn havia dito à ele.
E talvez esse era o problema. Ash era vítima dos genes da família Redfern. Redfern nunca podiam ficar fora de problemas; ele pareciam se entrelaçar com os humanos
a cada curva.
Então ele iria esperar Quinn voltar e em seguida oferecer um pedido de desculpas? Sinto muito; eu não posso lidar com as coisas aqui depois de tudo; eu nem sequer
posso terminar a investigação.
Se ele fizesse isso, Quinn poderia chamar os Anciões e eles poderiam investigar eles mesmos.
Ash sentiu sua expressão endurecer. Ele baixou seus olhos para o esquilo, que repentinamente se atirou para uma árvore em um borrão de pele vermelha. Do seu lado,
o lagarto parou de se mover.
Não, ele não iria esperar pelo o destino para acabar com ele. Ele faria o que pudesse para salvar a situação - e a honra da família.
Ele faria isto esta noite.
"Nós vamos fazer isso hoje à noite," disse Rowan. "depois que escurecer completamente, antes que a lua subir. Nós vamos movê-la para a floresta."
Kestrel sorriu generosamente. Ela ganhou o argumento.
"Teremos que ser cautelosos," disse Jade. "Essa coisa que eu ouvi lá fora na noite passada... Não era um animal. Eu acho que era um de nós."
"Não há nenhuma outra Pessoa da Noite por aqui," disse Rowan suavemente. "Esse era o ponto de vir aqui, em primeiro lugar."
"Talvez tenha sido um caçador de vampiros," Kestrel disse. "Talvez aquele que matou tia Opal.'
"Se um caçador de vampiros matou tia Opal," disse Rowan. "Nós não sabemos disso. Amanhã nós poderíamos olhar pela cidade, ver se nós podemos pelo menos chegar a
uma idéia de quem poderia ter feito isso."
"E quando nós encontrarmos ele, nós vamos cuidar deles," Jade disse ferozmente.
"E Se a coisa que você ouviu no jardim nos encontrar, nós cuidaremos dele também," Kestrel disse. Ela sorriu, um sorriso faminto.
Crepúsculo, e Mary-Linnette estava assistindo do estaleiro. O resto de sua família estava confortavelmente acomodado lá dentro para a noite; seu pai lendo um livro
sobre a Segunda Guerra Mundial, Claudine trabalhando conscienciosamente em um projeto de costura, Mark tentando afinar sua velha guitarra que tinha estado jogada
no sótão por anos. Ele estava sem dúvidas, tentando encontrar palavras que rimassem com Jade.
O pai de Mary-Linnette olhou por cima de seu livro. "Indo observar as estrelas?"
"Yeap. Deve ser uma boa noite... Sem lua até depois da meia noite. É a última oportunidade de ver alguma Chuva de Meteoros."
Ela não estava exatamente mentindo. Seria uma boa noite, ela podia manter um olho na chuva de meteoros enquanto ela caminhava para a Fazenda Burdock.
"Ok, apenas tenha cuidado," seu pai disse.
Mary-Linnette estava surpresa. Ele não tinha dito coisa como essa por anos. Ela 0lhou de relance para Claudine, que estava empurrando com sua agulha, lábios apertados.
"Talvez Mark devesse ir com você," Claudine disse sem olhar para cima.
Oh, meu Deus, ela acha que eu estou instável, Mary-Linnette pensava. Eu realmente não a culpo.
"Não, não. Vou ficar bem. Vou ter cuidado." Ela disse isso muito rápido.
Mark estreitou os olhos. "Você não precisa de ajuda com as suas coisas?"
"Não, vou pegar o carro. Vou ficar bem. Sério." Mary-Linnette fugiu para a garagem antes que sua família pudesse falar qualquer outra coisa.
Ela não empacotou seu telescópio. Em vez disse, ela colocou uma pá no banco traseiro. Ela colocou a tira de couro de sua câmera ao redor de seu pescoço e prendeu
uma lanterna em seu bolso.
Ela estacionou ao pé de seu monte. Antes de pegar a pá, ela pausou por um momento para olhar lealmente para o nordeste, em direção à constelação de Perseu*.
Sem meteoros neste segundo. Tudo bem. Chaves na mão, ela se virou para abrir a porta traseira do carro... E saltou violentamente.
"Oh, Deus!"
Ela quase bateu de frente com Ash.
O pulso de Mary-Linnette estava correndo e seus joelhos estavam fracos. De medo, ela disse a si mesma. E isso é tudo.
"Você quase me deu um ataque cardíaco!" Disse ela. "Você sempre rasteja atrás das pessoas desse jeito?"
Ela esperava alguma resposta inteligente de suas brincadeiras ameaçadoras ou uma variedade de hey-baby. Mas Ash apenas amarrou sua cara ao seu estado de espírito.
"Não. O que você está fazendo aqui?"
O coração de Mary-Linnette pulou várias batidas. Mas ela ouviu sua própria voz responder planamente, "Eu vou observar as estrelas. Faço isso todas as noites. Você
pode querer anotar isso para a polícia."
Ele olhou para ela, e então para o carro. "Observar as estrelas?"
"Claro. Dessa colina." Ela sinalizou.
Agora ele estava olhando para a câmera ao redor do pescoço dela. "Sem telescópio," ele comentou cético. "Ou será que é o que está no carro?"
Mary-Linnette percebeu que ela ainda estava segurando as chaves, pronta para abrir a parte de trás do carro. "Eu não trouxe um telescópio hoje à noite." Ela foi
até o lado do passageiro do carro, a porta destrancada, e pegou seus binóculos. "Você não precisa de um telescópio para observar as estrelas. Você pode ver muito
com um desses."
"Ah, sério?"
"Sim, sério." Agora, isso foi um erro, Mary-Linnette pensava, de repente cruelmente divertida. Agindo como se você não acreditasse em mim... Apenas espere.
"Você quer ver as luzes de quatro milhões de anos atrás?" Disse ela. Então sem esperar por ele responder: "Certo. Rosto para o leste." Ela rodou um dedo para ele.
"Aqui, pegue os binóculos. Olhe para essa linha de árvores no horizonte. Agora mova para cima..." Ela dava as direções, vociferando elas como se fosse um sargento.
"Agora você vê um disco brilhante com uma espécie de mancha ao redor dela?"
"Hmm. Sim."
"Esta é Andrômeda. Outra galáxia. Mas se você tentasse olhar para ela através de um telescópio, você não poderia ver tudo de uma vez. Olhando através de um telescópio
e como olhar para o céu através de um chapéu de palha. Esse é todo o campo de visão que você consegue."
"Tudo bem. Ok. Você fez seu ponto." Ele começou a baixar os binóculos. "Olha, nós podemos suspender a observação das estrelas por um minuto? "Eu queria falar com
você..."
"Quer ver o centro de nossa galáxia?" Mary-Linnette interrompeu. " Vire para o sul."
Ela fez tudo, menos girá-lo fisicamente. Ela não ousaria tocar ele. Já havia tanta adrenalina correndo através de seu sistema - se ela fizesse contato ela poderia
ir ao estado supercrítico e explodir.
"Vire-se," ela disse. Ele fechou os olhos brevemente, então se virou, levantando os binóculos de novo.
"Você tem que olhar para a constelação de sagitário*." Ela brandiu as instruções. "Está vendo? Aqui é onde o centro da Via Láctea está. Onde todas as nuvens de estrelas
estão."
"Muito bonito."
"Sim, é bonito. Ok, agora vá um pouco para cima à leste, você deve ser capaz de encontrar uma pequena espécie de brilho turva..."
"A rosa?"
Ela deu a ele uma rápida olhada. "Sim, a rosa. A maioria das pessoas não vêem isso. Essa é a Nebulosa Trifid.
"E o que são essas linhas escuras nela?" Mary-Linnette parou em ponto morto.
Ela se esqueceu de suas maneiras de sargento. Ela deu um passo para trás. Ela olhou para ele. Ela podia sentir sua respiração vindo mais rápido.
Ele baixou os binóculos e olhou para ela. "Algo errado?"
"Elas são nébulas escuras. Buracos de poeira na frente do gás quente. Mas... você não pode vê-las."
"Eu apenas posso."
"Não. Não. Você não pode ver isso. Não é possível, não com os binóculos. Mesmo que você tivesse pupilas de nove milímetros..." Ela puxou a lanterna de seu rosto
e iluminou o rosto dele.
"Hey!" Ele se virou de costas, fechando os olhos apertados, sua mão na frente. "Isso dói!"
Mas Mary-Linnette já havia visto. Ela não podia dizer que cor eram os seus olhos agora, porque as partes coloridas, as íris, estavam reduzidas a quase invisíveis
anéis. Seus olhos estavam só pupilas. Como o de um gato em sua máxima dilatação.
Oh, meu Deus... As coisas que ele deve ser capaz de ver. Estrelas de magnitude oito, talvez de magnitude nove. Imagine isso, ver uma estrela de magnitude nove com
os olhos nus. Ver as cores das nuvens de estrelas - hidrogênio quente brilhando rosa, oxigênio brilhando verde-azul. Ver milhares mais de estrelas bagunçadas no
céu...
"Rápido," ela disse com urgência. "Quantas estrelas você vê no céu agora?"
"Eu não posso ver nada," ele disse com uma voz abafada, a mão ainda nos olhos. "Eu estou cego."
"Não, eu quero dizer sério," Mary-Linnette disse. E ela pegou seu braço.
Foi uma coisa estúpida de se fazer. Ela não estava pensando. Mas quando ela tocou sua pele, foi como terminar uma corrida. Choque varreu sobre ela. Ash baixou sua
mão e olhou para ela.
Por apenas um segundo eles estavam cara a cara, o olhar fixo travado. Algo como um relâmpago tremeu entre eles. Então Mary-Linnette puxou distância.
Eu não posso mais fazer mais isso. Oh, Deus, por que eu sequer estou aqui de pé falando com ele? Já tenho o bastante pela frente essa noite. Tenho que encontrar
um corpo.
"Essa foi a lição de astronomia," disse ela, esticando uma mão para os binóculos. Sua voz estava apenas um pouco indecisa. "Eu vou subir a colina agora."
Ela não perguntou para onde ele estava indo. Ela não se importava, desde que fosse para bem longe.
Ele hesitou um instante antes de dar a ela os binóculos, e quando ele deu garantiu em não tocá-la.
Ótimo, Mary-Linnette pensava. Nós dois sentimos o mesmo.
"Adeus."
"Adeus," ele disse hesitante. Ele começou a caminhar para longe. Parou, sua cabeça abaixada. "O que eu queria dizer"
"Bem?"
Sem se virar, ele disse em uma plana e perfeitamente composta voz, "Fique longe das minhas irmãs, Ok?"
Mary-Linnette estava assombrada. Tão indignada e cheia de descrença que não conseguiu encontrar palavras. Então ela pensou: Espere, talvez ele saiba que elas são
assassinas e está tentando me proteger. Como Jeremy.
Com a garganta subitamente apertada ela conseguiu dizer, "Por quê?"
Ele balançou sua cabeça abaixada. "Eu não acho que você seria uma boa influência para elas. Elas são do tipo emotivas e eu não quero que elas consigam nenhuma idéia."
Mary-Linnette estava vazia. Eu devia saber, ela pensava. Ela disse, doce e uniforme, "Ash? Torça e morra."
Capítulo 8
Esperou mais uma hora depois dele ter ido pela estrada leste - para fazer o quê, não tinha idéia. Não havia nada nessa direção, exceto duas baías e muitas árvores.
E sua casa. Esperava que ele fosse andando até a cidade e não se desse conta do quão longe estava.
Está bem, já se foi, agora esqueça ele. Você tem trabalho para fazer, se lembra? Um pouco perigoso. E ele não está envolvido. Não acho que ele sabia alguma coisa
do que aconteceu com a Sra.B.
Pegou a pá e começou a caminhar para o oeste. Enquanto andava se deu conta de que podia manter Ash longe se sua mente. Por que só podia pensar no que estava por
vir.
Não tenho medo de fazer isso, não tenho medo, não tenho medo... Mas é claro que tenho medo.
Mas ter medo era bom, fazia ela ser cuidadosa. Faria este trabalho rápido e silenciosamente. Entraria pelo buraco no mato, uma escavação rápida, e iria embora antes
que alguém a visse.
Tentou não imaginar o que iria encontrar se estivesse certa.
Se aproximou com cuidado da fazenda Burdock, indo para o norte e logo virando para o sudeste para entrar por trás. A natureza nesta parte voltou a ser selvagem,
estava cheias de arbustos árvores e amoreiras. As árvores cresciam. Muito em breve esta parte se tornaria uma floresta.
Não acredito que estou fazendo isso, pensou Mary-Linnette enquanto se aproximava do canto do jardim. Mas o estranho era que acreditava. Ia invadir a propriedade
de um vizinho e olhar para um cadáver, e estava suspeitosamente tranqüila. Com medo mas não aterrorizada. Talvez houvesse uma parte dela mesma que desconhecia.
Talvez eu não seja o que sempre pensei que era.
O jardim estava escuro e cheirava bem. Não eram as íris e os narcisos que a Sra.B havia plantado; não eram os arbustos que estavam crescendo. Eram as cabras.
Mary-Linnette rodeou o portão, com os olhos cravados na silhueta da casa. Só havia duas luzes acesas.
Por favor, que não me vejam, e por favor não me deixe fazer barulho.
Ainda observando a casa, entrou lentamente, dando passos cuidadosos sobre e terra revirada. Os primeiros golpes com a pá quase não tiveram efeito sobre a terra.
Ok. Ponha um pouco de convicção nisso. E não olhe para a casa; não tem sentido. Se olharem para fora, irão te ver, e não há nada que você possa fazer para evitar.
Justo quando pôs seu pé sobre a pá, algo fez barulho com os arbustos que tinha atrás.
Inclinada sobre a pá, Mary-Linnette congelou.
Pare de se preocupar, disse a si mesma. Não são as irmãs. Não é Ash que vem lá de trás. É um animal.
Escutou. Um estrondoso crack foi ouvido vindo da cerca das cabras.
Não é nada. É um coelho. Escave!
Crack.
Um som de algo farejando. Depois outro crack. Definitivamente era um animal. Mas se era um coelho, devia ser um muito barulhento.
Quem se importa o que é? Mary-Linnette disse a si mesma. Não há animais perigosos por aqui. Não tenho medo do escuro. É o meu habitat natural. Eu amo a noite.
Mas esta noite, de alguma forma, se sentia diferente. Talvez fosse apenas a cena anterior quando Ash havia lhe dado a mão, e havia feito ela se sentir confusa e
triste. Mas agora quase pensava que havia algo que tratava de dizer que a noite não é o habitat dos humanos. Que não foi feita para isso, com sua visão pobre e ouvidos
insensíveis e mau olfato. Não pertencia ali.
Crack.
Talvez tenha mau audição, mas posso escutar isso perfeitamente. E é grande. Algo grande estava farejando nos arbustos.
Que tipo de animal seria. Não era um cervo, cervos não farejavam assim. Soava maior que um coiote, mais alto. Um urso?
Então escutou um som diferente, ramos e folhas secas se agitando bruscamente. Sob a baixa luz da casa ela podia ver os ramos se moverem, enquanto algo tentava sair.
Está saindo.
Mary-Linnette pegou a pá e começou a correr. Não em direção ao buraco dos arbustos, nem para a casa, ambos os lugares eram perigosos. Corria para a cabana das cabras.
Posso me defender aqui dentro - aleijá-lo ou golpeá-lo com a pá...
O problema era que dali não conseguia ver. Havia duas janelas no quintal, mas entre a terra e a escuridão exterior, Mary-Linnette não podia ver nada. Quase não podia
ver as cabras, mas ainda podia escutar.
Não acenda a lanterna. Só servirá para revelar sua posição.
Ficando completamente quieta, tentou ouvir.
Nada.
Seu olfato estava saturado com o cheiro das cabras. As camadas de adubo de decompondo no chão cheiravam muito, e mantinham a cabana quente. Suas mãos estavam suando
enquanto segurava a pá.
Nunca bati em ninguém... Não desde que Mark e eu brigávamos quando crianças... Mas, demônios, chutei um desconhecido hoje de manhã...
Esperou que a violência saísse quando necessitasse.
Uma cabra a golpeou no ombro. Mary-Linnette a afastou. Outra cabra a rodeou de repente e Mary-Linnette mordeu o lábio.
Oh Deus - ouvi alguma coisa lá fora. A cabra também ouviu.
Podia saborear a mordida em seu lábio. Era como chupar uma moeda. Sangue tinha gosto de cobre, e ela percebeu de repente que também tinha gosto de medo.
Algo abriu a porta da cabana.
Então Mary-Linnette pensou que algo mal estava atrás dela. Algo que farejava como um animal, mas que podia abrir uma porta como um humano. Não podia ver o que era
- era apenas uma sombra na escuridão. Não pensou em ascender a lanterna - seu único impulso era golpeá-lo com a pá, para sair antes que pudesse pegá-la. Estava agindo
por impulso.
Em vez disso, conseguiu dizer, "Quem é? Quem está aí?"
Uma voz conhecida disse, "Sabia o que ia fazer. Estou te procurando por todas as partes."
"Oh, Deus, Mark." Mary-Linnette se apoiou em uma parede, soltando a pá.
As cabras estavam agitadas. E os ouvidos de Mary-Linnette doíam. Mark entrou mais.
"Arg, que cheiro ruim. O que você está fazendo aqui?"
"Idiota," Mary-Linnette disse. "Eu quase bati em você!"
"Você disse que iria esquecer toda essa loucura. Mentiu para mim."
"Mark, não... Podemos falar mais tarde. Escutou alguma coisa aí fora?" Mary-Linette estava tentando recompor seus pensamentos.
"Como o quê?" Ele estava tão tranqüilo. Fazia ela se sentir ligeiramente idiota. Então com a voz um pouco mais severa disse, "Como um grunhido?"
"Não. Como um farejado." Mary-Linnette estava começando a respirar mais lentamente.
"Não escutei nada. Será melhor nós irmos. O que vamos dizer se Jade sair?"
Mary-Linnette não sabia responder isso. Mark estava em um mundo diferente, um feliz e brilhante, onde o pior que podia acontecer era ficar envergonhado.
Por fim ela disse, "Mark, me escute. Sou sua irmã. Não tenho motivos para mentir para você, ou julgar, ou fazer você ficar mal na frente de quem você gosta. E eu
não invento coisas. Mas eu te digo, totalmente a sério, tem algo estranho com essas garotas."
Mar abriu a boca, mas ela continuou falando. "Então existem apenas duas coisas possíveis, uma é que eu esteja completamente louca e a outra é que seja verdade. Você
realmente acha que estou louca?"
Estava pensando no passado enquanto dizia isso, em todas as noites que havia cuidado de sua mãe doente, nos livros que havia lido em voz alta, nas vezes que tinhas
cuidados de suas feridas e dado seus biscoitos. E de alguma forma, embora estivesse escuro, podia notar que Mark também estava recordando. Haviam compartilhado tanto.
Sempre estariam conectados.
Finalmente Mark disse calmamente, "Você não está louca."
"Obrigada."
"Mas eu não sei o que pensar. Jade não faria mal a ninguém. Eu simplesmente sei disso. E desde que eu conheci ela..." Ele parou. "Mare, é como se agora eu soubesse
porque eu estou vivo. É diferente de todas as garotas que já conheci. Ela é... É tão valente, e tão divertida, e tão... Ela mesma."
E eu que pensava que era a de cabelo loiro, pensou Mary-Linnette. Demonstra o quão errado eu estou.
Estava emocionada e surpreendida pela mudança de Mark, mas principalmente estava assustada. Muito assustada. Seu estranho e cínico irmão tinha encontrado alguém
por quem se preocupar... E a garota provavelmente era descendnte de Lucrezia Borgio
E agora, mesmo que não conseguisse vê-lo, podia escutar o apreço em sua voz. "Mare, não podemos apenas ir embora?"
Mary-Linnette se sentiu pior.
Ficou e pé e ambos levantaram a vista para olhar pela janela. Lá fora uma luz havia ascendido.
"Feche a porta," sussurrou Mary-Linnette, em uma voz que fez Mark fechar a porta de imediato.
"E fique quieto," ela adicionou, agarrando seu braço e o colocando contra a parede. Cuidadosamente olhou pela janela.
Rowan saiu primeiro pela porta de trás, seguida por Jade, e logo depois por Kestrel. Kestrel carregava uma pá.
Ah. Meu. Deus.
"O que está acontecendo?" Disse Mark, tentando olhar. Mary-Linnette pôs a mão em sua boca. O que estava acontecendo era que as garotas estavam cavando o jardim novamente.
Dessa vez não viu nada envolto em sacos de lixo. Então, o que estavam fazendo? Destruindo provas? Iriam levá-lo para casa e queimá-lo, cortá-lo?
Seu coração batia como louco.
Mark tinha se movido e estava olhando para fora. Mary-Linnette ouviu como continha a respiração e tossia. Talvez estava tentando buscar uma explicação razoável para
isso. Ele apertou seu ombro.
Ambos observavam como as garotas se inclinavam para cavar. Mary-Linnette estava impressionada pela força que elas tinham. Jade parecia tão frágil.
Cada vez que uma das irmãs olhava para o jardim, o coração de Mary-Linnette parava de bater. Que não nos vejam, que não nos apanhe, ela pensava.
Quando elas tinham um bom monte de terra empilhado, Rowan e Kestrel se meteram no buraco. Removeram os sacos de lixo que Mary-Linnette havia visto antes. Parecia
estar rígida e surpreendentemente leve.
Pela primeira vez, Mary-Linnette se perguntou se não seria um pouco leve demais para ser um corpo. Ou muito rígido... Quanto tempo durava o rigor mortis*?
* Rigor mortis é um sinal reconhecível de morte que é causado por uma mudança química nos músculos, causando aos membros do cadáver um endurecimento ("rigor") e
impossibilidade de mexê-los ou manipulá-los. Tipicamente o rigor acontece várias horas após a morte clínica e volta espontaneamente depois de dois dias, apesar do
tempo de início e duração depender da temperatura ambiente. (Fonte: Wikipédia)
A respiração de Mark era irregular, quase arguejante. As garotas carregavam o corpo de volta pelo buraco do portão.
Mark soltou uma maldição.
O cérebro de Mary-Linnette estava acelerado. Sussurrou, "Mark, fique aquí. Eu vou segui-las..."
"Eu vou com você!"
"Você terá que dizer a papai se acontecer alguma coisa comigo..."
"Vou com você."
Não havia tempo para discutir. E algo dentro de Mary-Linnette se alegrou por ter Mark como apoio.
Sussurrou, "Venha, vamos. E não faça barulho."
Tinha medo de ter perdido o rastro das irmãs - era uma noite muito escura. Mas quando ela e Mark passaram pelo buraco do portão, viram uma luz à frente. Uma pequena
luz. As irmãs levavam uma lanterna.
Mantenha a calma, mova-se com cuidado, Mary-Linnette não se atrevia a dizer a Mark em voz alta, mas continuava a pensar de novo e de novo, como um mantra. Todo o
seu ser estava concentrado na luz que se via à frente, como a cauda de um cometa na escuridão.
A luz ia para o sul, para o pinheiro. Não passou muito tempo até que começaram a andar pela floresta.
Onde vão? Pensou Mary-Linnette. Podia sentir as caimbras de seus músculos e tratou de andar o mais rápido possível sem fazer barulho. Tiveram sorte - o solo da floresta
estava forrada de folhas de pinheiros. As folhas cheiravem bem e estavam ligeiramente úmidas fazendo com quie amortecesse o som de seus passos. Mary-Linnette quase
não podia ouvir Mark andando do seu lado,exceto quando se queixava.
Eles continuaram andando pelo que pareceu uma eternidade. Era uma noote fechada e Mary-Linnette não fazia idéia de onde estavam. Ou como iam voltar.
Oh, Deus, foi loucura fazer isso - e trazer Mark junto, também. Estamosno eio da floresta com três garotas loucas...
A luz parou.
Mary-Linnette parou, levantando um braço para Mark. Estava olhando para a luz, tentando se assegurar de que não se movia mais.
Não. Estava imóvel. Apontava para o solo.
"Vamos chegar mais perto," Mark sussurrou, colocando a boca perto da orelha de Mary-Linnette. Ela acenou e começaram a andar para a luz, o mais lento e silencioso
possível. A cada poucos passos paravam, para ver se a luz girava para eles.
Se agachou e engatinhou os últimos metros para a parte onde as garotas havia parado. Uma vez alí, ela tinha uma boa visão do que as garotas estavam fazendo.
Cavando. Kestrel tinha retirado algumas folhas e estava fezndo um buraco.
Mary-Linnette sentiu quando Mark caiu em seus joelhos ao lado dela, esmagando os ramos. Ela podia sentir seu peio se movendo. Ela sabia que ele ia o mesmo que ela.
Eu sinto muito. Oh, Mark, eu sinto muito.
Jánão podia negar. Mary-Linnette sabia. Nem sequer teria que olhar para o saco.
Como vou encontrar esse lugar novamente? Quando trouxer o xerife, como vou lembrar o caminho? É como um laririnto - há árvores em todas as direções, e nada chamativo.
Mordeu seu lábio. A camada de musgo em que estava sentada era macia e confortavel. Poderia esperar ali por um longo tempo, até que as irmãs fossem embora, e fazer
marcas nas árvores, de alguma forma. Tirar fotografias. Pendurar sua meias nos galhos.
A luz da lanterna iluminou uma mão cavando. Então, Rowan e Kestrel levantaram o saco - Jade deve estar segurando a lanterna, pensou Mary-Linnette - e colocaram dentro
do buraco.
Bom. Agora fechem o buraco e vão embora.
A luz mostrava Rowan se inclinando para pegar a pá novamente. Começou rapidamente a tapar o buraco com terra. Mary-Linnette estava feliz. Acabará em breve, pensou
e deixou escapar um suspiro.
E nesse momento tudo ficou claro.
A luz da lanterna se movia em todas as direções. Mary-Linnette se encolheu, sentindo como seus olhos ficavam maiores. Podia ver uma silhueta contra a luz - cabelos
dourados ao redor
da face. Kesrel. Kestrel estava de pé na frente de Mark e Mary-Linnette, com seu corpo tenso e quieto. Escutando. Ouvindo.
Mary-Linnette ficou totalmente parada, com a boca aberta, tentando respirar sem fazer nenhum barulho. Havíam coisas que rastejavem debaixo dela. Minhocas e piolhos
de cobra*. Não se atreveu a se mover quando algo roçar suas costas sob a camisa.
Seus próprios ouvdos estavam escutando. Mas a floresta estava em silêncio... Um silêncio chocante. Tudo o que Mary-Linnette podia ouvior era o seu coração batendo
selvagemente em seu peito como se estivesse em sua garganta.
Estava com medo.
E não era só medo. Era algo que não podia lembrar haver sentido desde que tinha uns dez anos de idade. Medo de fantasma. O medo de algo que nem sequer tinha ceteza
de que estava lá.
De alguma forma, vendo a silhueta de Kestrel na floresta escura, Mary-Linnette teve medo dos monstros. Ela tinha um mau pressentimento.
Oh, por favor... Eu não devia ter trazido Mark aqui.
Foi então que percebeu que era a respiração de Mark que fazia barulho. Um som suave, mais parecido com o ronronar de um gato do que respiração. Era o barulho que
fazia quando seus pulmóes não funcionavam bem.
Kestrel ficou tensa, virando a cabeça, tentado localizar o som.
Oh, Mark, não. Não respire, prenda a respiração... Tudo aconteceu muito rápido.
Kestrel avançou. Mary-Linnette viu como se a´preoximava a grande velocidade. Muito rápido... Ninguém se movia tão rápido...
Ninguém humano...
O que são essas garotas?
Sua visão veio aos pedaços - como se estivesse debaixo de uma luz estreboscópia. Kestrel saltou. Árvores escuras ao redor. Uma mariposa na luz.
Kestrel se aproximou.
Protega Mark...
Um cervo. Kestrel ia em direçaõ à um cervo. A mente de Mary-Linnette estava cheia de imagens estranhas. Imagens que não faziam sentido. Pensava que não era Kestrel,
Mas um desses dinossauros quer tinha visto em filmes. Porque Kestrel se movia assim.
Ou talvez não fosse um cervo, mas Mary-Linnette podia ver o brando de sua garganta, tão branca quanto a garganta da garota. Podia ver os olhos negros do animal.
O cervo gritou.
Descrença.
Não posso ver isso...
O cervo estava no chão, agitando as pernas. E Kestrel estava sobre ele. Seu rosto enterrado em seu pescoço. Com seus braços o rodeando.
O cervo gritou de novo. Se mecheu viloentamente. Parecia estar em convulsão.
A luz da lanterna iluminou tudo. Então ele caiu no chão. Nã borda da área iluminada, Mary-Linnette viu duas silhuetas de onde Kestrel tinha vindo. Estavam todas
rodeando o cervo. Houve um último espasmo e deixou de lutar. Ele permaneceu imovel. Mary-Linnette podia ver o cabelo de Jade, Tão fino que refletia a luz no meio
da escuridão.
No silêncio prevalescente, as três se inclinaram sobre o cervo. O cercando. Com os ombros se movendo ritmicamente. Mary-Linnette não podia ver o que estavam fazendo,
mas parecia algo familiar. Ela tinha visto dezenas de vezes em documentários da natureza. Cães selvagens ou lobos ou leões. A manada tinha caçado e agora estavam
se alimentando.
Sempre havía tentado... Ser uma boa observadora... E agora, tenho que acreditar em meus próprios olhos...
Ao seu lado, a respiração de Mark era agitada.
Oh, Deus, me deixe tirá-lo daqui. Por favor, deixe-nos ir.
Isso foi como se ela tivesse acabado de sair da paralisia. Seu lábio estava sangrando outra vez - devia tê-lo mordido enquanto observava o cervo. O sabor de cobre
chegou a sua boca.
"Venha," sussurrou quase imperceptívelmente, retrocedendo. Com o estômago revirando enquanto se movia. Pegou o btaço de Mark. "Venha."
Em vez disso, Mark se levantou.
"Mark!" Ela o agarrou e tentou pará-lo.
Ele se distanciou. Avaçou para a claridade.
Não.
"Jade!"
Ia para a claridade.
Não, pensou Mary-Linnette de novo, então foi atrás dele. Já tinham sido pegos, e realmente não importa o que ele fez. Mas ela queria estar com ele.
"Jade!" Mark disse e pegou a lanterna. Apontou diretamente para o borda da claridade onde três rostos estavam voltados para ele.
Mary-Linnette estremeceu. Uma coisa é supor o que elas estavam fazendo, Mas outra muito diferente era ver. Esses três belos rostos, pálidos sob a luz da lanterna...
com o que parecia batom em seus lábiuos e queixo. Vermelho escarlate, de cereja.
Mas não era batom nem cereja. Era sangue, e o pescoço branco do cervo também estava encharcado dele.
Comendo o cervo, realmente comendo o cervo. Oh, Deus, elas estavam realmente fazendo isso...
Parte de sua mente - a parte que tinha absorvido os filmes de terror - esperava que as três sibilassem e corressem para longe da luz. Bloqueariam seus olhos com
mãos manchadas de sangue enquanto seus rostos se tornavam selvagens.
Isso não aconteceu. Não emitiu nenhum ruído selvagem, nem vozes demoníacas, nenhuma contorção.
Em vez disso, enquanto Mary-Linnette se congelava horrorizada e Mark tentava respirar, Jade se levantou.
E disse, "O que está fazendo aqui fora?"
Com uma voz confusa e vagamente irritada. Da maneira com que você fala de um garoto que fica te seguindo em todo lugar pedindo por um encontro.
Mary-Linnette reparou que sua cabeça dava voltas.
Houve um longo silêncio. Então Rowan e Kestrel se levantaram. Mark estava respirando difícil, colocando a luz da lanterna sobre elas alternadamente, mas sempre voltando
para Jade.
"O que vocês estão fazendo aqui; essa é a questão!" Ele disse de forma irregular. A luz da lanterna pousou sobre o buraco, e em seguida, de volta para as garotas.
"O que vocês estão fazendo?"
"Eu perguntei primeiro," Jade disse, franzindo o cenho. Se ela estivesse sozinha com ela, Mary-Linnette começaria a pensar que as coisas não estavam tão ruins depois
de tudo. Que talvez não estivessem em perigo.
Mas Rowan e Kestrel se olhavam mutuamente, e depois a Mark e Mary-Linnette. E suas expressões faziam com que sua garganta se fechasse.
"Não deveriam ter nos seguido," Rowan disse. Ela parecia severa e triste.
"Não deveriam ter sido capazes," disse Kestrel. Ela parecia irritada.
"É porque cheiram como as cabras," disse Jade.
"O que está fazendo?" Mark disse de novo, quase soluçando. Mary-Linnette queria se aproximar dele, mas não podia se mover.
Jade limpou a boca com as costas da mão. "Bem, não está vendo?" Ela se voltou para suas irmãs. "Agora, o que vamos fazer?"
Houve silêncio. Então Kestrel disse, "Não temos escolhas. Temos que matá-los."
Capítulo 9
A audição de Mary-Linnette enlouqueceu. Ouviu as palavras de Kestrel como se tivesse sido dito por um personagem de um filme ruim. Matá-los, matá-los, matá-los.
Mark riu de uma forma muito estranha.
Isto vai ser ruim para ele, pensou Mary-Linnette. Quero dizer, se sairmos dessa, coisa que não vai acontecer, seria ruim para ele. Ele já tem medo das garotas, e
de certa forma é pessimista sobra à vida em geral.
"Porque não nos sentamos todos?" Disse Rowan, deixando escapar um suspiro. "Temos que pensar no que fazer."
Mar jogou sua cabeça para trás e riu de novo.
"Por que não?" Ele disse. "Vamos todos nos sentar, por que não?"
Eram tão rápidas como galgos, pensou Mary-Linnette. Se corrêssemos agora, nos alcançariam. Mas se nos sentarmos, e deixá-las confortáveis, e as distraíssemos ou
as
"Senta," Ordenou a Mark bruscamente. Rowan e Kestrel deixaram o cervo e se sentaram. Jade ficou em pé com as mãos sobre seu quadril, e logo se sentou também. Sentado,
Mark continuava atuando como um bêbado. Movia a lanterna de um lado para outro. "Vocês são algo. Vocês são..."
"Somos vampiros," Jade disse.
"Claro," Mark riu para si mesmo. "Claro," disse de novo.
Mary-Linnette pegou a lanterna. Queria estar no controle. E ela era pesada e de metal. Poderia ser uma arma.
Uma parte de sal mente pensava: apontar a luz da lanterna nos olhos delas no momento certo e então fugir delas; a outra parte pensava: quer dizer que elas acreditam
ser vampiras, pessoas com uma rara deficiência que as deixam anêmicas; e uma terceira parte pensava: talvez devesse admitir que são reais.
O mundo de Mary-Linnette estava de cabeça para baixo.
"Não odeia isso," Mark começou a dizer. "Você conhece uma garota, parece simpática e conta a todos os seus amigos, e antes que se de conta ela se torna um vampiro.
Não odeia quando isso acontece?"
Oh. Deus, está histérico, Mary-Linnette notou. O agarrou pelo ombro e disse em sua orelha, "Recomponha-se."
"Não vemos porque deveríamos falar com eles Rowan," Kestrel estava dizendo. "Você sabe o que temos que fazer."
E Rowan estava balançando a cabeça dela. "Eu estava pensando em influenciar eles," ela disse em voz baixa.
"Você sabe que isso não vai funcionar," a voz de Kestrel era suave e plana.
"Por quê?" Jade perguntou.
"Nos seguiram por um motivo," Rowan disse cansada. Acenou em direção ao buraco. "Eles tem suspeitado de nós há algum tempo... Há quanto tempo?" Ela olhou para Mary-Linnette.
"Eu as vi cavar o buraco terça à noite," Mary-Linnette disse. Assinalou o buraco com a cabeça. "Essa daí é sua tia?"
Houve um breve silêncio e Rowan parecia pensativa. Então inclinou sua cabeça ligeiramente. Com graça.
"Oh, inferno," disse Mark. Seus olhos estavam fechados e sua cabeça rodava sobre seu pescoço. "Oh, inferno. Elas enrolaram a Sra.B em um saco."
"Dois dias," Rowan disse a Jade. "Suspeitam de nós à dois dias. E não podemos apagar suas memórias que estão misturada com outras pessoas por tanto tempo. Nunca
saberíamos se pegamos tudo."
"Bem, podemos apagar os dois últimos dias inteiros," Jade disse.
Kestrel grunhiu, "E ter duas pessoas perguntando sobre o tempo perdido?"
De repente a mente de Mary-Linnette se iluminou com uma idéia. "Todd Akers e Vic Kimble," ela disse. "Fizeram alguma coisa para lhes dar amnésia. Eu sabia que tinha
que haver uma conexão."
"Não temos escolha," Kestrel disse tranquilamente a Rowan. "E vocês sabem tão bem quanto eu."
Ela não está sendo maliciosa, Mary-Linnetet notou. Apenas prática. Se um leão ou um lobo ou um falcão pudesse falar, diria o mesmo. "Nós temos que matar ou morrer,
é tão simples quanto isso."
Apesar da situação, Mary-Linnetet sentia algo como fascinação... e respeito.
Mark tinha seus olhos abertos agora. E Rowan estava triste, tão triste. É terrível, sua expressão dizia, mas alguém vai sair ferido.
Rowan inclinou sua cabeça, depois a subiu para olhar Mary-Linnette diretamente. Seus olhos se encontraram. Depois de um momento, sua expressão mudou ligeiramente
e assentiu.
Mary-Linnette sabia que nesse momento estavam se comunicando sem palavras. Cada uma reconhecia as outras como fêmeas dominantes que estavam dispostas a lutar e morrer
pelos seus.
Quis dizer que eram boas irmãs.
Sim, alguém sairá ferido, Mary-Linnette pensou. Se ameaçar minha há família, eu irei lutar.
Sabia que Rowan havia compreendido. Rowan iria odiar matá-la...
"Não," disse uma voz, e Mary-Linnette se deu conta que era a de Jade. E segundos depois ela estava de pé, com as mãos fechadas, com as palavras saindo de sua boca
como em uma erupção. "Não, não pode matar Mark. Não deixarei."
Rowan disse, "Jade, eu que isso é difícil..." Kestrel disse, "Jade, não seja boba..."
Jade estava tremendo, seu corpo tenso como um gato pronto para brigar. Sua voz estava mais alta que das outras.
"Não pode fazer isso. Eu acho... Eu acho..."
"Jade..."
"Eu acho que ele é minha alma gêmea!"
Súbito silêncio.
Então Rowan grunhiu, "Oh, querida..."
Kestrel disse, "Sim, claro."
Apontou a lanterna bruscamente para Kestrel, esperando deixá-la fora de combate primeiro, e que Rowan ficasse com ela se estivesse ferida. Mas o golpe nunca chegou,
Mark se atirou na frente dela, segurando seus braços.
"Não machuque Jade!"
Então, tudo se tornou o caos. Braços, pernas dedos, chutes. Jade e Mark gritavam para que parassem. Mary-Linnette sentiu como a lanterna abandonava suas mãos. Encontrou
longos cabelos, e os puxou. Alguém a chutou e a dor surgiu em suas costelas.
Então ela percebeu que Mark a arrastou para longe da luta. Jade estava sobre Kestrel e
Todo mundo estava arquejando. Mark estava quase chorando.
"Não podemos fazer isso," ele disse. "Isso é terrível. É errado."
Enquanto isso, Jade estava gritando, "Ele é minha alma gêmea, ok? Ok? Eu não posso fazer nada com ele se estiver morto!"
"Ele não é sua alma gêmea, sua idiota," disse Kestrel com voz abafada. Ela estava de cabeça para baixo sobre um tapete de grama. "Quando vocês são alma gêmeas, isso
atinge você como se fosse um raio, e você sabe que essa pessoa está predestinada para você. Você não acha que são almas gêmeas, você simplesmente sabe que é o seu
destino querendo ou não."
Em algum lugar profundo no cérebro de Mary-Linnette, alguma coisa soou em alarme. Mas ela tinha coisas mais urgentes com o que se preocupar.
"Mark, caia fora daqui," ela disse quase sem fôlego. "Corra!"
Mark nem sequer a soltou. "Por que temos que ser inimigos?"
"Mark, são assassinas. Você não pode aceitar isso. Mataram sua própria tia."
Três rostos estavam voltados para ela, espantados. A lua em quarta crescente pairava acima das árvores, e Mary-Linnette podia vê-las claramente.
"Não matamos!" Disse Jade indignada.
"O que te faz pensar isso?" Perguntou Rowan. Mary-Linnette sentiu sua boca se abrindo.
"Porque vocês a enterraram, por Deus."
"Sim, mas a encontramos morta."
"Alguém lhe cravou uma estava," Kestrel disse, tirando folhas de pinheiro de seu cabelo dourado. "Provavelmente um caçador de vampiros. Suponho que você não saiba
nada sobre isso."
Mark engoliu saliva. "Cravou uma estaca?"
"Bem, um pedaço de madeira," disse Kestrel.
"Ela já estava morta?" Perguntou Mary-Linnette a Rowan. "Então porque vocês a enterraram no jardim?"
"Teria sido falta de respeito deixá-la no sótão."
"Mas porque não a levaram ao cemitério?"
Rowan pareceu surpresa.
Jade disse, "Hmm, vocês não viram tia Opal."
"Ela não parecia muito bem," Kestrek disse. "Está dura e rígida. Você poderia dizer mumificada."
"É o que acontece conosco," disse Rowan como desculpa.
Mary-Linnette se apoiou em Mark, tentando se localizar dentro de seu novo mundo. Tudo estava girando.
"Então a estavam apenas escondendo. Mas... Fizeram alguma coisa com Todd Akers e Vic Kim..."
"Nos atacaram," Jade interrompeu. "Pensaram coisas ruins sobre nós e apertaram nossos braços."
"Eles..." Mary-Linette se sentou de repente. Compreendeu tudo de uma vez. "Oh, Deus. Esses idiotas!"
Porque ela não havia pensado nisso? Havia rumores de que ano passado Vic e Todd agrediram uma garota em Westgrove. Assim que eles também haviam tentado com elas,
e...
Mary-Linnette suspirou e logo deixou escapar uma pequena risada. "Oh, não. Oh, espero que vocês tenham lhes ensinado uma boa."
"Apenas mordemos eles um pouco," disse Rowan.
"Eu gostaria de ter estado lá para ver isso."
Ela estava rindo. Rowan estava sorrindo. Kestrel tinha colocado um pequeno sorriso. E de repente Mary-Linnette soube que elas não lutariam mais.
Todo mundo respirou fundo, se sentaram e olharam um para o outro.
São diferentes dos humanos normais, pensou Mary-Linnette, olhando para elas sob a luz da lua. É tão obvio depois que você já sabe.
Eram inumanamente bonitas, é claro. Rowan com seu sedoso cabelo e face doce; Kestrel com seus olhos dourados; Jade com seus delicados gestos e cabelos brilhantes
como as estrelas. Como as Três Graças, só que mais feroz.
"Ok," Rowan disse suavemente. "Parece que temos um problema. Temos que pensar em alguma coisa."
"Não diremos a ninguém," Mark disse. Ele e Jade se olhavam mutuamente.
"Temos um caso de Romeu e Julieta em nossas mãos," Mary-Linnette disse a Rowan.
Mas Kestrel também estava falando com Rowan. "Não importa o que eles prometerem, como podemos acreditar neles?"
Rowan estava pensando, os olhos passando pela claridade. Então deixou escapar um suspiro e acenou
"Existe apenas um caminho," ela disse. "Laço de Sangue."
Kestrel levantou as sobrancelhas. "Oh, sério?"
"O que é isso?" Mary-Linnette perguntou.
"Um laço de sangue?" Rowan parecia indefesa. "Bom, é uma profecia de nosso povo, sabe." Mary-Linnette apenas a olhou e ela continuou: "Se refere à nossa família.
Por exemplo, o que de nossos antepassados fez com uma família de bruxas."
Bruxas, pensou Mary-Linnette. Oh... Deus. Então as bruxas também são reais. Me pergunto quantas coisa mais seriam verdades que eu desconheça.
"Vampiros normalmente não se relacionam com bruxas," Rowan estava dizendo. "E Hunter Redfern - esse é nosso ancestral - tinha um verdadeiro feudo de sangue no século
XVI."
"Mas não podia ter filhos," adicionou Jade. "E precisava da ajuda de uma bruxa para ajudar a família Redfern inteira ou sua linhagem terminaria ali. Ele teve que
pedir desculpas e fazer uma cerimônia. E então ele só teve filhas. Há há."
Mary-Linnette piscou. Há há?
"Assim que, você vê, somos em parte bruxas. Todos os Redfern são." Rowan estava explicando amavelmente em tom de professora.
"Nosso pai costumava dizer que não éramos obedientes," disse Jade. "Porque estava nos nossos genes. Porque nas famílias bruxas, são as mulheres que mandam."
Mary-Linnette começou a gostar das bruxas. "Há há," ela disse. Mark a olhou estranhamente.
"O ponto é que poderíamos fazer uma cerimônia como essa agora," disse Rowan. "Isso nos faria família para sempre. Não poderíamos trair uns aos outros."
"Sem problemas," disse Mark, ainda olhando para Jade.
"Por mim, tudo bem," disse Jade, e deu a ele um rápido sorriso.
Mas Mary-Linnette estava pensando. Rowan estava de algo falando sério. Não poderia fazer isso de qualquer jeito. Era pior do que adotar um cachorro: era mais como
se casar. Era uma responsabilidade por toda a vida. E mesmo que essas garotas não matassem seres humanos, ela matava animais. Com os dentes.
Mas o mesmo faziam as pessoas. E nem sempre para comer. Era pior beber o sangue de cervos ou fazer botas com bezerros?
Além disso, por mais estranho que pareça, já se sentia muito próxima a essas garotas. Nos últimos minutos havia estabelecido uma relação com Rowan melhor do que
com as garotas de sua sala. Fascinação e respeito haviam mostrado ser uma forma estranha de confiança.
E além do mais, que outra opção restava? Mary-Linnette olhou para Mark, depois para Rowan. Acenou lentamente.
"Ok."
Rowan virou para Kestrel.
"Então se supõe que eu decida?" Kestrel disse.
"Não podemos fazer sem você," Rowan disse. "Já sabe."
Kestrel olhou para longe. Seus olhos dourados estavam entrecerrados. Sob a luz da lua seu perfil era perfeito. "Isso quer dizer que nós nunca mais voltaremos para
casa. Que nos juntamos com os vermes? É isso o que eles vão dizer."
"Quem são vermes?" Perguntou Mark, tirado de sua conexão com Jade.
Ninguém respondeu. Jade disse com uma estranha dignidade, "Eu não posso ir para casa de qualquer maneira. Estou apaixonada por um de fora. E vou contar para ele
sobre o Mundo da Noite. Então eu já estou morta." Mark estava abrindo sua boca - para protestar e dizer que Jade não deveria se arriscar por ele, pensou Mary-Linnette
- quando Jade acrescentou: "E ele também, naturalmente."
Mark fechou a boca.
Rowan disse, "Kestrel, já fomos muito longe para voltar atrás."
Kestrel olhou para a floresta por outro minuto. Então, de repente, se virou para todos, rindo. Havia algo selvagem em seus olhos.
"Está bem. Vamos fazer isso," ela disse. "Contaremos tudo. Romperemos todas as regras. Podemos também.
Mary-Linnette sentiu um calafrio. Esperava que não se arrependessem disso. Mas o que ela disse foi, "E como é feita a cerimônia?"
"Troca de sangue. Nós nunca fizemos antes, mas é fácil."
"Talvez seja um pouco estranho, isso sim," disse Jade. "Porque será um pouco vampiro depois."
"Um pouco o quê?" Disse Mary-Linnette, levantando um pouco a voz sem querer.
"Só um pouquinho," Jade estava juntando ligeiramente a ponta dos dedos no ar. "Uma gota."
Kestrel lançou um olhar para o céu. "Vai embora em poucos dias," disse pesadamente, que era o que Mary-Linnette queria saber.
"Enquanto não for mordido por um vampiro outra vez por um tempo," acrescentou Rowan. "Se não, é perfeitamente seguro. De verdade."
Mary-Linnette trocou um olhar com Mark. Não para discutir, já haviam decidido. Apenas para apoio. Então Mary-Linnette respirou profundamente e chutou alguns musgos
com o pé.
"Ok," ela disse, se sentindo tonta, mas convencida. "Estamos prontos."
Capitulo 10
Isso pareceu um choque de uma medusa.Mary-Lynnette manteve seus olhos fechados e seu rosto virado enquanto Rowan lhe mordia o pescoço. Ela estava pensando na forma
em que o cervo tinha gritado. Mas a dor não era tão ruim. Se foi quase de imediato. Ela podia sentir o calor em seu pescoço enquando o sangue fluía, e depois de
um minuto, um leve enjôo. Uma debilidade. Mas o mais interessante de tudo era que parecia ter uma nova sensação. Podia sentir a mente de Rowan. Era como estar vendo,
mas sem usar os olhos - usando longitudes de ondas diferentes. A mente de Rowan - sua presença - era vermelha quente, como o fogo. Também era imprecisa e redonda
como uma bola de ar flutuando no espaço.
Seria isso o que os psíquicos chamam de pessoas que estão rodeadas por uma aura?
Então Rowan se afastou, e terminou. A nova sensação desapareceu.Mary-Lynnette levou os dedos a seu pescoço imediatamente. Sentia umidade ali. Um pouco de ternura.
"Não toque" disse Rowan, passando o polegar sobre seus lábios. " Isso desaparece em um minuto."Mary-Lynnette piscou, se sentindo cansada. Olhou para Mark que estava
sendo solto por Kestrel. Ele parecia bem, talvez um pouco enjoado. Ela sorriu para ele, e ele levantou suas sobrancelhas e sacudiu ligeiramente a cabeça.
Me pergunto como será sua mente, pensou Mary-Lynnette. Então ela disse, assombrada:
"O que está fazendo?"
Rowan tinha pego uma rama e a estava afinando."Cada espécie tem uma debilidade"disse. "Prata para os lobisomens, ferro para bruxas... e madeira para os vampiros.
É a única coisa que pode cortar nossa pele"adicionou.
"Não queria dizer isso. Eu quero dizer porque"Mary-Lynnette disse, mas já sabia o por quê. Ela olhou a avermelhada rama enquanto Rowan cortava o pulso.Intercâmbio
de sangue, tinha dito Rowan.Mary-Lynnette tragou saliva. Não olhou para Mark nem para Kestrel.Farei isso primeiro e então ele verá que não é tão ruim, disse a si
mesma. Posso fazer isso, posso fazer isso... e então nós podemos ficar vivos.
Rowan a olhava, lhe oferecendo o pulso.Sabor de cobre, pensou Mary-Lynnette, se sentindo mal.Fechou os olhos e pôs sua boca sobre o pulso de Rowan. Um Calor. Bem-estar.
E um sabor que não era de cobre, mas algo saboroso e estranho. Mais tarde, tratou de descobri-lo, mas só podia pensar em coisas como: bom, algo como o cheiro de
baunilha, e um pouco como a sensação da seda, e um pouco também como se ver as cataratas. Era ligeiramente doce.
Depois se sentiu como se pudesse correr montanhas inteiras.
"Oh, cara" disse Mark, soando enjoado. "Se eu pudesse engarrafar isso, ganharia milhões."
"Já tinha pensado nisso antes"disse Kestrel friamente. "Os humanos nos caçam por causa do sangue."
"Falaremos disso depois" disse Rowan firmemente. " Agora o vínculo."
A mente de Kestrel era dourada. Com algo de prateado, enviando brilhos em todas as direções.
"Ok, Jade" disse Rowan. " Mark, já é o suficiente. Solte ela."Mary-Lynnette viu que ela estava separando fisicamente Mark de Jade. Mark sorria tontamente, e Mary-Lynnette
sentiu algo de inveja. Como seria ver a mente da pessoa amada?
A mente de Jade era prateada, uma intricada rede de esferas como se fossem adornos de natal. E quando Mary-Lynnette parou de beber o sangue de Jade, se sentiu leve
e brilhante. Como se um rio de montanha corresse em suas veias.
"Está bem" disse Rowan. "Agora compartilhamos o mesmo sangue" levantou uma mão e Jade e Kestrel fizeram o mesmo. Mary-Lynnette olhou para Mark, e depois a levantaram
também, e suas mãos se uniram como os ganchos de uma roda.
"Prometemos ser fieis a vocês, protegê-los e defendê-los sempre" disse Rowan. Ela assentiu para Mary-Lynnette.
"Prometemos sermos fieis a vocês" repetiu Mary-Lynnette lentamente. " Protegê-los e defendê-los sempre."
"Pronto " disse Rowan simplesmente. " Agora somos uma família."
Jade disse: "Vamos para casa."
Tiveram que terminar de enterrar a tia Opal. Mary-Lynnette olhou enquanto Rowan colocava folhas de pinho sobre a tumba.
"Também herdaram nossos problemas" disse Kestrel a Mary-Lynnette alegremente. " Isso quer dizer que terão que nos ajudar a averiguar quem a matou."
"Já levo um tempo querendo saber disso."
Deixaram o cervo onde estava. Rowan disse:"Há muitos cervos por aqui, assim não será desperdiçado." Sim, assim é a vida, pensou Mary-Lynnette enquanto abandonavam
o prado. Olhou para trás, e por um momento pensou ter visto uns olhos verdes-alaranjados na sua frente. Era grande demais para ser um coiote. Abriu a boca para dizer
isso aos demais - mas a sombra desapareceu.Teria imaginado? Acho que minha vista está diferente. Tudo parece brilhar mais.Todos os seus sentidos estavam aguçados.
Lhe parecia mais simples sair dos bosques por onde tinha vindo. Mark e Jade não andavam de mãos dadas , isso não teria sido muito prático, mas Jade o olhava freqüentemente.
E quando passavam por lugares complicados, se ajudavam mutuamente.
"Está feliz, não é?" disse Mary-Lynnette suavemente quando esteve ao lado de Mark.
Ele deu um sombrio e profundo sorriso sob a luz da lua.
"Sim. Eu suponho que estou" depois de um minuto disse: " É como... não sei como descrever, mas é como se eu pertencesse a Jade. Ela me vê realmente. Quero dizer,
não só superficialmente. Ela me vê por dentro, e eu gosto. Ninguém nunca tinha feito isso... exceto você."
"Fico feliz por você. "
"Escuta" disse. "Acho que devíamos procurar algo para você. Há muitos garotos por aqui..."
Mary-Lynnette grunhiu."Mark. Se eu quiser conhecer um garoto, eu conhecerei. Não preciso de ajuda."
Ele sorriu como um cordeiro de novo."Sinto muito." Mas Mary-Lynnette estava pensando. É claro que ela encontraria alguém que a aceitasse como ela era, com alguém
que pudesse compartilhar tudo. Esse era o sonho de todos. Mas quantas pessoas seriam verdadeiras?
E não havia muitos garotos por aí... Pensou em Jeremy Lovett de novo. Seus lindos olhos marrons... Mas não pôde manter a imagem em sua cabeça. Ela se dissolvia,e
ante seu horror , se convertiam em olhos azuis e dourados e cinza, assim como refletia a luz.Oh, Deus, não. Ash era a última pessoa que podia compreende-la. E não
queria sequer compartilhar um assento de ônibus com ele, muito menos sua vida.
"O que quero saber é quem os fez vampiros" disse Mark. Estavam sentados em enormes móveis de estilo vitoriano na sala de jantar da fazenda Burdock. Rowan tinha acendido
a lareira." Foi a velha? A tia de vocês?"
"Não foi ninguém" disse Jade parecendo confusa. " Não somos vampiros transformados. Somos a lâmia." Ela pronunciou Lay mii-u.
Mark olhou para os lados."Uh-huh. E o que é isso?"
"Somos nós. Vampiros que podem ter filhos, e comer, e beber, e envelhecer se quisermos, e viver em família. O melhor tipo de vampiros."
"É uma raça de vampiros, basicamente" disse Kestrel. " Olha, há dois tipos diferentes de vmapiros, ok? O tipo que começa como humano e que muda quando um vampiro
o morde, e os que nasceram vampiros. Esse é o nosso tipo. Nossa árvore genealógica é muito longa."
"A mais longa" disse Jade de novo. " Somos Redferns; temos ancestrais na pré-história."
Mary-Lynnette piscou."Mas vocês três não são tão velhas, não é? "- disse nervosamente.
Rowan riu."Tenho dezenove. Kestrel dezesete, Jade dezesseis. Não paramos de crescer ainda.
Kestrel estava olhando para Mary-Lynnette."Qual idade vocês acham que nossa tia tinha?"
"Um... em torno de setenta, setenta e cinco, suponho."
"A última vez que a vimos ela tinha quarenta" disse Kestrel. " E isso foi há dez anos, quando ela abandonou a ilha."
"Mas talvez ela estava viva setenta e quatro anos naquela época" disse Rowan. " O que acontece, se deixarmos de crescer, é que quando voltamos a envelhecer, vem
tudo de uma vez."
"Se você estiver viva há quinhentos ou seiscentos anos, pode ser algo interessante."
Mary-Lynnette disse: "Então essa ilha da que vocês vinheram... é o Mundo da Noite? "
Rowan parecia assombrada. "Oh, não, é uma cidade segura. Você sabe, um lugar onde a nossa gente vive sem humanos. Hunter Redfern a fundou o século XVI para ter um
lugar seguro onde viver."
"O único problema" disse Kestrel com seus olhos dourados brilhando " é que as pessoas de lá continuem fazendo o mesmo que faziam no século XVI. E criaram uma norma
na qual ninguém pode ir embora"exceto alguns homens e garotos em que se confiam plenamente.Como Ash, suponho, pensou Mary-Lynnette. Ela esteve a ponto de dizer isso,
mas Rowan estava falando de novo. "Por isso escapamos. Não queríamos nos casar com quem nosso pai mandasse. Queríamos ver o mundo dos humanos. Queríamos... "
"Comer besteiras" disse Jade. "E ler revistas, e usar calças e assistir televisão."
"Quando a tia Opal deixou a ilha, não disse a ninguém aonde ia, exceto a mim" disse Rowan. "Ela nos disse que ia a uma pequena cidade chamada Briar Creek onde a
família de seu marido tinha construído uma casa faz cento e cinqüenta anos."
Mary-Lynnette passou os dedos pelas suaves almofadas verdes. "Ok. Mas então onde fica o Mundo da Noite?"
"Oh... não é um lugar..."- Rowan pareceu vacilar. " Quero dizer... é complicado de explicar" disse. "Você nem sequer deveria saber que existe. As duas primeiras
normas do Mundo da Noite é que nunca deve ser contado a humanos... e que você nunca pode se apaixonar por um deles."
"E Jade quebrou as duas em questão de minutos"- murmurou Kestrel. Jade pareceu contente.
"E a pena para ambos é a de morte para todos os que estão envolvidos" disse Rowan. " Mas... somos uma família" respirou profundamente. " O Mundo da Noite é um tipo
de sociedade secreta. Não só de vampiros. Há bruxas e lobisomens e metamorfos também. Todo o tipo de criaturas da noite. Estamos em todas as partes."
Em todas as partes? Pensou Mary-Lynnette. Era uma idéia tão desconcertante como interessante. Então havia um mundo inteiro que nunca tinha conhecido - um lugar para
explorar, como os aliens e a galáxia de Andrômeda.
Mark não parecia muito perturbado ante esse pensamente de que houvesse vampiros por todas as partes. Estava sorrindo para Jade com um cotovelo no braço verde do
sofá. "Então você pode ler mentes? Você lê a minha mente agora mesmo?"
"As almas gêmeas podem escutar a mente de outra pessoa" - disse Jade a Mark.Almas gêmeas... Mary-Lynnette queria mudar de assunto. Se sentia um pouco incômoda.
"Eu queria que vocês parassem de dizer isso. O que vocês têm é muito melhor que ser almas gêmeas" Rowan dizia a Jade. "Com o amor você pode descobrir uma pessoa.
Mas ser almas gêmeas é involuntário, você nem sequer tem que gostar da outra pessoa quando a conhece. Talvez pareça completamente errado para você em todas as formas
de errado, temperamento errado, idade errada. Mas você sabe que você nunca vai está completamente feliz sem ele de novo.
Mais e mais incômodo. Mary-Lynnette tinha que dizer algo, "E o que acontece se isso acontecer com você, se você encontrar alguém que seja sua alma gêmea, mas ela
não queria ser?" perguntou a Rowan. Notou que sua voz estava estranha, pesada. "Não há uma forma de se libertar disso?"
"Nunca ouvi falar disso" disse Rowan lentamente. Seus olhos marrons a olhavam atentamente. " Mas suponho que eu possa perguntar a uma bruxa... se você tiver esse
problema."
Mary-Lynnette tragou saliva. Os olhos de Rowan eram amáveis e amistosos e Mary-Lynnette tinha muita vontade de falar com alguém, alguém que pudesse compreende-la.
"Rowan..."
Não pôde dizer mais. Rowan, Kestrel e Jade olharam de uma vez para a porta da frente.
Então houve um som fraco, um que só os gatos podiam ter escutado. Um momento depois, aí sim, Mary-Lynnette escutou. O som de pés sobre o poste, tap, tap, tap. E
depois uma batida seca.
"hey, há alguém lá fora" disse Jade, e antes que Mark pudesse detê-la, ela já ia para a porta da frente.
"Jade, espere um minuto"disse Mark.Jade, é claro, não esperou nem um segundo. Mas perdeu o tempo tirando as trancas da porta, e Mary-Lynnette pôde escutar como os
passos se afastavam correndo.Jade abriu a porta, olhou o poste e gritou. Mary-Lynnette se aproximou e viu que Jade tinha posto os pés onde faltava madeira no poste.
Todo mundo que não conhecia a casa fazia isso. Mas isso não era o que tinha lhe feito gritar.era a cabra.
"Oh, Deus" disse Mark. "Quem faria algo assim?"
Mary-Lynnette olhou e sentiu uma queimação em seu peito e em seus braços, uma sensação de dor. Seus pulmões pareciam se contrair e sua respiração se agitou.Sua visão
ficou borrada.
"Vamos para dentro"disse Rowan. " Jade, você está bem?"Jade estava respirando nervosamente. Soava da forma de Mary-Lynnette. Mark se inclinou para tirá-la do buraco.
Rowan e Kestrel levantaram a cabra pelas patas. Mary-Lynnette voltava para dentro da casa com os dentes apertados e mordendo o lábio. O sabor de cobre era como um
ponto de sangue na sua boca.Puseram a cabra sobre o carpete estampado da sala de jantar. A respiração de Jade se transformou em soluços.
"É Ethyl" disse Mary-Lynnette. Ela tinha vontade de chorar.Ela se ajoelhou junto a Ethyl. A cabra era totalmente branca com um rosto doce e longo. Mary-Lynnette
se aproximou para tocar o focinho, suavemente. Ela tinha ajudado a sra. B a poda-la.
"Está morta" disse Kestrel. "Não pode nos machucar" Mary-Lynnette olhou para cima rapidamente. O rosto de Kestrel parecia distante.O espanto apareceu por baixo da
pele de Mary-Lynnette.
"Vamos jogá-la fora" disse Rowan.
"A pele já está arruinada" disse Kestrel.
"Kestrel, por favor..."
Mary-Lynnette se levantou. "Kestrel, cala a boca!"Houve uma pausa. Para o espanto de Mary-Lynnette a pausa continunou. Kestrel ficou calada.Mary-Lynnette e Rowan
começaram a tirar as pequenas estacas de madeira do corpo da cabra. Algumas eram tão pequenas como palitos. Outras mais longas que os dedos de Mary-Lynnette e mais
amplas, com a extremidade afiada. Alguém forte teria feito aquilo, pensou Mary-Lynnette. Suficientemente forte para atravessar a pele da cabra com a madeira. Uma
e outra vez. Ethyl tinha sido atravessada por todas as partes. Centenas de vezes. Parecia um ouriço.
"Não sangrou muito" disse Rowan suavemente. " Isso quer dizer que estava morta quando fizeram isso. E olha isso" tocou cuidadosamente o pescoço de Ethyl. A branca
pele estava vermelha igual a do cervo, pensou Mary Lynnette.
"Alguém a cortou ou mordeu seu pescoço" disse Rowan. " Então foi rápido e por isso não sangrou muito. Não foi como..."
"O que? " disse Mary-Lynnette.
Rowan duvidou. Olhou para Jade. Jade fungou e limpou o nariz no ombro de Mark.
Rowan olhou de nova para Mary-Lynnette. "Não foi como o tio Hodge" olhou para baixo e cuidadosamente tirou a outra estaca, acrescentando ao monte que estava acumulado.
"Você sabe, mataram o tio Hodge da mesma maneira, os anciãos. Só que ele estava vivo quando fizeram isso."
Por um momento Mary-Lynnette não pôde dizer nada. Então disse:"Por que?"
Rowan tirou duas estacas mais com o rosto controlado e branco. "Por contar a um humano a existência do Mundo da Noite."
Mary-Lynnette se sentou de cócoras e olhou para Mark. Mark se sentou no chão, levando Jade com ele.
"Por isso tia Opal abandonou a ilha" disse Rowan.
"E agora alguém matou tia Opal com a estaca" disse Kestrel. " E alguém matou a ovelha da mesma forma de mataram o tio Hodge."
"Mas quem?" disse Mary-Lynnette.
Rowan sacudiu a cabeça. "Alguém que conhece a existência dos vampiros."
Os olhos azuis de Mark ficaram mais escuros do que o normal e um tanto desfocados. "Você tinha falado de um caçador de vampiros antes."
"Isso é o que supomos" disse Kestrel.
"Ok, então quem por aqui é esse caçador? O que é um caçador de vampiros?"
"Esse é o problema" disse Rowan. " Não sei como identificar. Nem seque sei se existem caçadores de vampiros."
"Devem ser humanos que conhecem o Mundo da Noite" disse Jade limpando as lágrimas com as costas da mão. " E ninguém acredita neles... ou talvez não queiram dizer
as pessoas. Então nos caçam. Você sabe, nos matam um a um. Conhecem tanto o Mundo da Noite como nós."
"Você quer dizer que eles sabiam como mataram o tio de vocês"disse Mary-Lynnette.
"Sim, mas isso não é um grande segredo" disse Rowan. " Quero dizer, não tinha que conhecer tio Hodge para saber" é o método tradicional de execução entre os lâmias.
Não há muitas outras coisas além das estacas e do fogo quem matem vampiros.
Mary-Lynnette pensou nisso. Não chegou muito longe. Quem queria matar uma mulher velha e uma cabra?
"Rowan? Porque sua tia tinha cabras? Quero dizer, sempre pensei que era para o leite, mas.."
"É pelo sangue, é claro - disse Rowan tranquilamente." Se ela parecia tão velha como você disse, provavelmente, não podia sair pelos bosques para caçar.
Mary-Lynnette olhou de novo para a cabra procurando pistas, procurando ser metódica, organizada. Quando seus olhos chegaram as costas de Ethyl, pestanejou e se inclinou
para frente."Tem... tem algo na boca dela."
"Por favor, me diga que é uma brincadeira" disse Mark.
Mary-Lynnette agitou uma mão para ele. "Não é. Preciso de algo para... um momento" foi para a cozinha e abriu uma gaveta. Tirou uma faca de prata decorada e voltou
a sala de jantar.
"Ok" disse enquanto tratava de abrir os dentes de Ethyl. Havia algo dentro ,algo como uma flor, mas negra. A tirou com os dedos.
"Silêncio das cabras " murmurou Mark.
Mary-Lynnette o ignorou, girando a coisa que se desintegrava em suas mãos.
-Parece um Iris... mas está pintado de preto.
Jade e Rowan trocaram um olhar. "Bem, isso tem algo a ver com o Mundo da Noite" disse Rowan."Se não estávamos certas disso antes, agora temos certeza. As flores
negras são símbolos do Mundo da Noite."
Mary-Lynnette deixou o Iris no chão. "Simbolos, como...? "
"Os que levamos para identificarmos uns aos outros. Você sabe, anéis, pingentes, roupa ou coisas assim. A cada espécie corresponde uma flor, e há outras flores que
determinam a que família ou clã pertencem. As bruxas usam dálias negras, os lobisomens usam dedaleiras negras, os vampiros transformados usam rosas negras...
"E há um clã que usam íris negra" disse Kestrel se aproximando deles. " Eu sei, porque Ash pertence a um deles."
"Ash... " disse Jade olhando para Kestrel com grandes olhos verdes.
Mary-Lynnette congelou. Algo fazia sua cabeça dar voltas. Algo sobre um desenho negro...
"Oh, Deus" disse. " Oh, Deus. Conheço alguém que tem um anel com uma flor negra.
Todos a olharam."
"Quem?" disse Mark ao mesmo tempo que Rowan. Mary-Lynnette não sabia qual deles dois parecia mais surpreso.
Mary-Lynnette tratou de se acalmar. "Jeremy Lovett" disse finalmente. Não muito tranqüila.
Mark fez uma careta.
"Esse cara. Ele vive sozinho em um trailer no bosque, e no último verão..." a voz de Mark parou. Sua mandíbula se abriu,e então falou de novo mais lentamente. "e
o verão passado encontraram um corpo perto de lá."
"Você pode dizer" perguntou Mary-Lynnette a Rowan fracamente " se alguém é uma criatura da Noite?"
"Bom..." Rowan parecia cansada. " Bom, não é certo. Se alguém tem experiência em criar uma barreira em sua mente... bom, talvez consigamos surpreendê-lo e ele diga
algo. Mas se não, não. Não é certo."
Mar se inclinou para trás. "Ótimo! Bom, acho que Jeremy seria uma grande criatura da Noite. Assim como Vic Kimble e Todd Akers."
"Todd" disse Jade. " Espere um minuto" pegou uma das estacas que tinham tirado da cabra e a olhou.
Rowan olhava Mary-Lynnette. "De qualquer forma, deveríamos ir ver seu amigo Jeremy. Provavelmente é inocente, algumas vezes os humanos conseguem nossos anéis ou
pingentes, e tudo se confunde. Especialmente se passeam por um de nossos clubes..."Mary-Lynnette não estava tão certa. Tinha um terrível pressentimento. A forma
em que Jeremy se escondia em si mesmo, a forma em que sempre parecia um estranho na escola, até seu aspecto e sua simples forma de andar... Não, tudo parecia levar
a mesma conclusão. Tinha resolvido o mistério de Jeremy Lovett, finalmente, e não era um final feliz.
Kestrel disse: "Ok, bem; podemos ir ver esse Jeremy. Mas o que acontece com Ash?"
"O que acontece com Ash?" disse Rowan. Tirando a última estaca. Girou o carpete cuidadosamente sobre a cabra.
"Bom, não vê? É sua flor. Então alguém do clã fez isso."
"Uh, sei que começo a parecer um gravador quebrado" disse Mark. " Mas não sei do que estão falando. Quem é Ash?"As três irmãs o olharam. Mary-Lynnette afastou seu
olhar. Depois de tantas oportunidades perdidas, ia soar muito peculiar quando dissesse por casualidade que o tinha visto. Duas vezes. Mas não teve escolha. Tinha
que dizer.
"É nosso irmão"disse Kestrel.
"Enlouqueceu" disse Jade.
"É o único de nossa família que talvez saiba que estamos em Briar Creek" disse Rowan. " Viu quando dava uma carta a Crane Linden para nossa tia. Mas não que ele
pudesse ter visto o endereço. Não é tão bom nas coisas que não se relacionam com ele."
"Pode dizer" - disse Jade. " Tudo o que importa a Ash é Ash. Ele é muito egocêntrico."
"Tudo o que importa a ele é ir atrás de garotas e estar em festas" disse Kestrel com um desses sorrisos que fez Mary-Lynnette se perguntar se realmente o desaprovava.
"E caçar."
"Ele não gosta de humanos" disse Jade. " Se não gostasse de ir atrás de garotas humanas e brincar com elas, provavelmente, planejaria apagar todos os humanos da
terra e ser o todo poderoso"
"Soa como um grande cara" disse Mark.
"Bom, é um tanto conservador" disse Rowan. " Politicamente. Pessoalmente é..."
"Liberal. "
"Para ser sincera" disse Jade. " Só há uma coisa que ele quer quando vai atrás de uma garota humana além de seus carros, quero dizer."
O coração de Mary-Lynnette batia forte. Com cada segundo que passava era mais complicado falar. E cada vez que tomava fôlego, alguém começava a falar.
"Espera, acreditam que ele fez tudo isso?" perguntou Mark.
"Não posso negar " disse Kestrel. Jade assentiu vigorosamente.
"Mas a sua própria tia" disse Mark.
"Ele faria se estivesse envolvendo a honra da família" disse Kestrel.
"Sim, bom, esse é o problema" disse Rowan tensamente. " Ash não está aqui. Está na California."
"Não, não está" disse Ash casualmente da parte de trás da sala de jantar.
Capítulo 12
O que aconteceu depois foi interessante. Mary-Linette pode ver como as irmãs faziam o mesmo que não haviam feito na floresta. Todas sibilando e os dedos em garras.
Igual nos filmes. Exceto que quando um vampiro sibilava, soava real. Como um gato, e não como uma pessoa imitando um gato. Todas as garotas se prepararam para lutar.Não
houve nenhum estranho sorriso. Mas Jade e Kestrel mostravam os dentes longos e curvados, que faziam as pontas se tornarem afiados como dos felinos. E algo mais.
Seus olhos mudaram. Os olhos verdes de jade se tornaram prateados. Os olhos dourados de Kestrel pareciam ouro. Até mesmo os olhos de Rowan tinham uma sombra sobre
eles.
"Oh, garoto," Mark disse. Ele estava junto de Jade, olhando para ela e para Ash.
Ash disse, "Olá."
Não olhe para ele, Mary-Linnette disse para si mesma. Seu coração batia loucamente e seus joelhos tremiam. Atração de partícula, pensou, recordando suas aulas de
física do ano passado. Mas havia algo mais, uma palavra mais curta, e não importava o que dissesse, não conseguia tirar da cabeça.
Almas gêmeas.
Oh, Deus, não quero isso. Por favor, por favor, eu não pedi por isso. Eu quero descobrir uma super nova e estudar um laboratório de raios gamas. Quero ser aquela
que irá resolver os mistérios de onde está toda a matéria negra no universo.
Eu não quero isso.
Devia ter acontecido com alguém como Bunny Marten, alguém que gasta o seu tempo a procura de um romance. A única coisa que Mary-Linntette queria era alguém que a
compreendesse...
..que compreendesse a noite com você, sussurrou uma parte de sua mente.
E em vez disso estava ali, presa a um tipo que suas próprias irmãs tinham medo.Era verdade. Por isso estavam em posição de luta, fazendo barulhos ameaçadores. Até
mesmo Kestrel tinha medo dele. E quando notou isso, a raiva fluiu em seu interior. Fosse o que fosse o que sentia por Ash, ela tinha medo dele.
"Não sabe bater na porta?" Ela disse e andou até dele. Diretamente.Ela tinha que cuidar de sua nova família. Tanto Jade quanto Kestrel tentaram segurá-la para impedir
que se aproximasse de seu irmão. Mas Mary-Linnette as afastou.
Ash a olhou com cautela.
"Ah, você," ele disse. Sem qualquer entusiasmo.
"O que você está fazendo aqui?"
"É a casa de meu tio."
"É a casa de sua tia, e você não foi convidado."
Ash olhou para suas irmãs. Mary-Linnette podia ver o que se passava na cabeça dele. Será que elas já contaram sobre o Mundo da Noite ou não? Claro que se não tivessem
contado, seu comportamento havia dado uma pista. A maioria das garotas humanas não sibilava.
Ash levantou um dedo. "Ok. Agora ouçam."
Mary-Linnette lhe deu um pontapé na canela. Ela sabia que era inapropriado, ela sabia que ele não pediu por isso, mas não pode parar a si mesma. Tinha que fazê-lo.
"Oh, pelo amor de Deus," Ash disse, retrocedendo. "Você é louca?"
"Sim, ela é," disse Mark, abandonando Jade e correndo para junto de Mary-Linette. "Todo mundo sabe que é louca. Não pode evitar." Ele recuou, a puxando junto. Ele
estava olhando para Mary-Linnette como se ela tivesse tirado toda a sua roupa e estivesse dançando mambo.
Assim como Jade e Kestrel. Seus olhos haviam voltado ao normal e seus dentes haviam se retraído. Nunca haviam visto ninguém tratar seu irmão assim. E ter um humano
fazendo isso...
Se as meninas tinham força sobre humana, Ash com certeza era muito mais forte. Ele poderia destroçar Mary-Linette com um único golpe. Mas ela não podia evitar. Não
tinha medo dele, só dela mesma e do estúpido sentimento que flutuava em seu estômago. Suas pernas queriam ceder.
"Alguém poderia dizer a ela para não fazer isso de novo?" Ash estava dizendo.
Jade e Kestrel olharam para Mary-Linnette. Mary-Linnette deu de ombros, respirando rapidamente. Viu que Rowan a olhava, mas não da mesma forma. Rowan parecia preocupada
e surpresa e pesarosa.
"Já o conhecia," ela disse
"Eu deveria ter dito," disse Mary-Linnette. "Ele veio a nossa casa. Ele perguntou a minha madrasta sobre vocês e seus amigos... Disse que precisava dar luz verde
já que era a cabeça da família."As três garotas olharam para Ash com olhos entrecerrados.
"Então você estava aqui," disse Kestrel. "Há quanto tempo?"
Rowan disse suavemente, "O que você... Realmente está fazendo aqui?"
Ash soltou sua canela. "Não podemos nos sentar e conversar como pessoas civilizadas?"
Todos olharam para Mary-Linnette. Ela respirou profundamente. Ela ainda sentia como se sua pele estivesse eletrizada, mas seu coração estava se acalmando. "Sim,"
disse, e tratou de parecer normal para que não soubessem que havia passado por um surto de loucura.
Enquanto iam para o sofá, Mark sussurrou, "Tenho que dizer, nunca havia visto você agir de forma tão imatura antes. Estou orgulhoso de você."
Até mesmo as irmãs mais velhas têm maus momentos, pensou Mary-Lienntte. Deu-lhe umas palmadas carinhosas e se sentou, se sentindo cansada.Ash se acomodou em uma
cadeira. Rowan e Ketrel se sentaram ao lado de Mary-Linnette. Mark e Jade se sentaram em um divã.
"Está bem," disse Ash. "Agora podemos nos apresentar rapidamente? Suponho que esse é seu irmão."
"Mark," Mary-Linnette disse. "Mark, esse é Ash."Mark assentiu. Ele e jade entrelaçaram as mãos. Mary-Linnette viu com o olhar de Ash se pousava sobre suas mãos.
Não pode decifrar nada de sua expressão.
"Certo. Então," Ash olhou para Rowan. "Eu vim para levar-las para casa, onde todos sentem muitas saudades.
Jade suspirou, "Dá um tempo."
Kestrel disse, "E se nós não queremos ser levadas?" E mostrou seus dentes brevemente. Mary-Linnette não pensava que isso era estranho. O que ela achou estranho foi
que Ash não recuou o sorriso. Não parecia cansado ou sarcástico nesse momento. Parecia alguém que ficaria feliz em terminar o trabalho.
Rowan disse, "Nós não podemos ir para casa, Ash." Sua respiração era ligeiramente irregular, mas seu queixo estava levantado.
"Bom, vocês têm que voltar para casa. Porque de outra forma haverá conseqüências drásticas."
"Sabíamos disso quando fomos embora," disse Jade, comtão pouca emoção como Rowan. Seu queixo também estava levantado.
"Bom, eu realmente acho que vocês não pensaram direito." A voz de Ash era dura.
"Nós preferimos morrer a voltar lá," disse Jade.
"Oh, ótimo, tudo bem. Eu tomarei nota disso," Ash disse tenso. Então sua expressão escureceu. Parecia ter mais determinação do que Mary-Linnette supôs. Não como
o gato dourado. Mas como um pálido e elegante tigre.
"Escuta," ele disse. "Há certas coisas que não compreendem, e não tenho tempo de brincar. Então o que vocês acham de mandar seus amigos para casa e assim poderemos
conversar em família."
Mary-Linnette fechou suas mãos em punhos. Mark se aproximou mais de Jade, que o empurrou ligeiramente com seu cotovelo. Estava franzindo o cenho. "Acho que seria
melhor," ela disse.
"Não vou te deixar."
Rowan mordeu o lábio. "Mark..."
"Eu não vou. Não tentem me proteger. Ele não é estúpido, mais cedo ou ais tarde ele vai descobrir que sabemos sobre o Mundo da Noite."
Rowan conteve a respiração involuntariamente. A expressão de Kestrel não mudou, mas seus músculos ficaram tensos e prontos para lutar. Os olhos de Jade focaram prateados.
Mary-Linnette s sentou muito quieta.Todos olharam para Ash. Ash parecia chateado.
"Sei que vocês sabem," Ash disse com paciência mortal. "Eu estou tentando tirá-los disso, pobre imbecil, antes que eu descubra o quanto vocês sabem."
A irmãs o olharam. Mary-Linnette abriu a boca e a fechou de novo.
"Pensei que não gostava dos humanos," disse Mark.
"Eu não gosto deles, os odeio," Ash disse, sem sequer pestanejar.
"Então porque quer nos deixar ir?"
"Porque se te mato, teria que matar sua irmã," Ash informou, com um sorriso que podia ter se encaixado perfeitamente na festa do Chapeleiro Maluco.
"Então porque se ela te chutou."
Ash parou de responder como se fosse uma partida de tênis.
"Sim, bem, talvez mude de idéia a qualquer momento."
"Não, espera," disse Jade. Estava sentada com as pernas cruzadas, olhando atentamente para seu irmão. "Isso é muito estranho. Por que você se importa com o que acontece
com um humano?"
Ash não disse nada. Olhou para a chaminé amargamente.
Foi Rowan quem disse suavemente, "Porque eles são almas gêmeas."
Um momento de silêncio, depois todo mundo começou a falar de uma vez.
"São o quê? Quer dizer, como Jade e eu?"
"Oh, Ash, isso é incrível. Eu só gostaria que nosso pai estivesse aqui para ver isso."
"Não é minha culpa," Mary-Linnette disse. Todo mundo se virou para olhá-la, e notou que seus olhos estavam cheios de lagrimas.
Rowan se inclinou sobre Kestrel para poder colocar uma mão sobre o ombro de Mary-Linnette.
"Quer dizer que é verdade?" Disse Mark, olhando de Mary-Linnette para Ash.
"É verdade. Eu acho. Eu não sei como supostamente deveria ser," disse Mary-Linnette se concentrando para não chorar.
"É verade," disse Ash. "Mas isso não quer dizer que vamos fazer algo a respeito."
"Oh, você está certo," disse Mary-Linnetet. Estava feliz por estar com raiva de novo.
"Então vamos recolher todas as nossas coisas e voltar para casa," disse Ash para suas irmãs. "Esqueceremos tudo isso e diremos que nunca aconteceu."
Rowan estava olhando para ele, balançando sua cabeça ligeiramente. Havia lágrimas em seus olhos, mas ela estava sorrindo.
"Nunca pensei que o escutaria dizer algo assim," ela disse. "Você mudou tanto... Eu não consigo acreditar."
"Eu também não posso acreditar," Ash dise sem vida. "Talvez seja um sonho."
"Mas agora você tem que admitir que os humanos não são vermes. Você não pode ser a alma gêmea de um verme."
"Sim. Ok. Humanos são formidáveis. Estamos de acordo, agora vamos para casa."
"Quando nós éramos crianças, você era assim," disse Rowan. "'Antes de você começar a agir como se fosse melhor do que todo mundo. Eu sempre soube que havia algo
mais. E eu sempre soube que você não acreditava realmente nas coisas horríveis que dizia. Em algum lugar aí dentro, você continua sendo aquele garoto, Ash."
Ash sorriu pela primeira vez na noite. "Eu não apostaria nisso."
Mary-Linnette tinha ouvido tudo se sentindo cada vez mais e mais débil. Para piorar isso, disse a Rowan, "Não acho que sua tia pensava isso."
Ash se sentou. "Hey, onde está a velha, por falar nisso? Eu preciso falar com ela antes de irmos."
O silêncio parecia interminável.
"Ash... Você não sabe?"
"Claro que ele sabe. Dez contra um que foi ele," disse Kestrel.
"O que eu deveria saber?" Ash disse, mostrando que estava a ponto de perder a paciência.
"Sua tia está morta," disse Mark.
"Alguém a empalou" adicionou Jade.
Ash olhou ao redor da sala. Sua expressão dizia que ele pensava que era uma brincadeira. Oh, Deus, pensou Mary-Linnette, quando ele está assustado e selvagem desse
jeito ele parece tão jovem. Vulnerável. Quase humano.
"Alguém... Matou.... Tia Opal. É isso o que estão me dizendo?"
"Está nos dizendo que não sabia?" Perguntou Kestrel. "O que tem estado fazendo a noite toda, Ash?"
"Batendo a cabeça contra uma pedra," Ash disse. "Depois procurando vocês. Quando entrei estavam falando de mim."
"E você não cruzou com nenhum gado esta noite? Nenhuma... Vamos dizer... Cabra?"
Ash lhe deu um longo e incrédulo olhar. "Eu me alimentei, se é isso o que esta perguntando. Mas não foi uma cabra. O que isso tem a ver com a tia Opal?"
"Acho que é melhor mostrar para ele," Rowan disse.
Foi ela que se levantou e retirou o tapete que cobria a cabra. Ash atravessou a sala para ver o que ela estava fazendo. Mary-Linnette se virou para ver sua cara.Ele
estremeceu. Mas se controlou rapidamente.
Rowan disse suavemente, "Olha o que havia dentro de sua boca."
Ash pegou a flor com cautela. "Um Iris. E?"
"Você esteve recentemente no seu clube?" Perguntou Kestrel.
Ash lhe deu um longo olhar. "Se eu tivesse feito isso, por que eu assinaria com um Iris?"
"Talvez para nos dizer quem fez."
"Não tenho que matar cabras para dizer qualquer coisa, já sabe. Eu sei falar."
Kestrel não pareceu impressionada. "Talvez dessa forma a mensagem teria um pouco mais de impacto."
"Eu pareço o tipo de pessoa que perde tempo cravando palitos em uma cabra?"
"Não. Não, eu não acho que você tenha feito isso," disse Rowan em seu jeito quieto. "Mas alguém fez - provavelmente o mesmo que matou tia Opal. Temos tentado descobrir
quem foi."
"Bem, quem vocês têm como suspeitos?"
Todos olharam para Mary-Linnette. Ela olhou para longe.
"Há um principal suspeito," Mark disse. "Seu nome é Jeremy Lovett. Ele é realmente..."
"Rapaz muito tranqüilo," Mary-Linnette interrompeu. Se alguém iria descrever Jeremy, seria ela. "Eu o conheço desde a pré-escola, e eu nunca, nunca teria acreditado
que ele pudesse mal a ninguém - muito menos uma mulher velha e um animal."
"Mas seu tio era louco," disse Mark. "Eu ouvi coisas sobre sua família..."
"Ninguém sabe nada de sua família," Mary-Linnette disse. Ela se sentia como se tivesse que manter a cabeça para fora da água, com suas mãos e pés atados. O que estava
afundando não era as suspeitas de Mark - eram as suas próprias. Uma pequena voz dentro dela dizia: "Mas ele parecia um tipo tão simpático," o que significa, é claro,
que não era.
Ash a estava olhando com uma ampla e intensa expressão. "Como esse Jeremy se parece?"
Algo na forma como ele disse irritou Mary-Linnette. "O que te importa?"
Ash piscou e olhou para longe. Ele deu de ombros ligeiramente e disse com forçada moderação, "Só curiosidade."
"É muito bonito," disse Mary-Linnette. Era uma boa forma de deixar escapar sua raiva e frustração. "E ele é muito inteligente e sensível, não apenas superficial.
Ele tem cabelo cor de abacaxi e uns belos olhos castanhos... É magro, bronzeado, e um pouco mais alto que eu, porque normalmente chego à altura de sua boca..."
Ash não pareceu muito contente. "Eu vi alguém semelhante no posto de gasolina da cidade." E se virando para Rowan, "Você acha que seria algum vampiro fora da lei?"
"Obviamente não é um vampiro convertido, porque Mary-Linnette o viu crescer," disse Rowan. "Estava pensando que poderia ser um lamia renegado. Mas não há muito que
a gente possa tentar descobrir daqui. Amanhã iremos vê-lo e então saberemos mais. Certo?"
Mark acenou. Jade acenou. Mary-Linnette respirou profundamente e acenou.
Ash acenou e disse, "Está bem, vejo porque não podemos regressar antes de resolver tudo isso. Assim que, uma vez que saibamos quem matou tia Opal, vamos nos ocupar
dele, e então vamos para casa. Entendido?"
Suas irmãs trocaram alguns olhares. Não responderam.
Enquanto ela e Mark regressavam para casa, Mary-Linnette notou que Sirius havia se levantado sobre o horizonte. Brilhava como uma jóia, mais brilhante do que jamais
havia visto. Parecia quase um sol em miniatura, lançando raios azuis, dourados e violetas.
Pensou que o efeito devia ser psicológico, até que lembrou que havia trocado de sangue com três vampiros.
CAPÍTULO 13
Jade sentada na poltrona, segurando Tiggy de cabeça para baixo em seu colo, cariciando seu estômago. Ele era louco, mas ronronar. Ela olhou para baixo,seus brilhantes
olhos verdes,indignados.
"uma cabra," Kestrel anunciou da porta, dizendo a palavra como se fosse algo que não é mencionado em uma sociedade civilizada", Esta bem já pode colocar o gato p/
fora."
Jade não pensou assim. Há alguém louco em Briar Creek, e ela planejava manter Tiggy seguro onde poderia vê-lo.
"Nós não estamos temos que se alimentar de bode, não é?" Kestrel perguntou Rowan perigosamente.
"Claro que não. tia Opal fez porque era muito velha para caçar." Rowan olhou preocupada enquanto respondia
"Eu gosto de caçar", disse Jade. "É ainda melhor do que eu pensei que seria." Mas Rowan não estava ouvindo, ela estava mordendo o lábio e olhando a distância.
"Rowan, o quê foi?"
"Eu estava pensando sobre Você e Mark. Acho que precisamos falar sobre isso."
Jade sentiu medo. Rowan estava em um de seus modos de organização, que significava que você poderia piscar e descobrir que ela tinha reorganizado todo o seu quarto
ou que você estava se mudando para o Oregon. "Falar sobre o quê?" ela disse cautelosamente.
"Sobre o que vocês dois vão fazer. Será que ele vai permanecer humano?"
"É ilegal mudá-lo", Kestrel falou incisivamente.
"Tudo o que fizemos esta semana é ilegal", disse Rowan.
"E se trocarmos sangue de novo mais algumas vezes, você quer que ele seja um vampiro?" Ela perguntou a Jade
Jade não tinha pensado nisso. Ela pensou que Marcos era agradável a maneira como ele
era. Mas talvez ele gostaria de ser um. "O que você vai fazer com a sua? "ela perguntou a Ash, que estava chegando lentamente do andar de baixo.
"Minha o quê?" Ele parecia sonolento e irritado.
"Sua alma gêmea. A Mary-Lynnette vai continuar humana?"
"Essa é a outra coisa que eu tenho que me preocupar", disse Rowan.
"Você já pensou em tudo, Ash?"
"Eu não posso pensar a esta hora da manhã. Eu não tenho um cérebro ainda."
"É quase meio dia", disse kestrel com desdém.
"Eu não me importo com isto. Eu ainda estou dormindo." Ele olhou lívido para a cozinha. "E você não precisa se preocupar", acrescentou ele, olhando para trás e soando
mais desperto. "Porque eu não estou fazendo qualquer coisa com a menina e Jade não vai fazer nada com o irmão. Porque nós estamos indo para casa." Ele desapareceu.
O coração de Jade estava batendo duro. Ash poderia agir frívolo e cruel, mas viu o
que estava por baixo. Ela olhou para Rowan.
"Mary-Lynnette é realmente sua alma gêmea?"
Rowan recostou-se, os cabelos castanhos se espalhando como uma cachoeira no verde
Brocade do sofá. "Temo que sim."
"Mas então como ele pode querer ir?"
"Bem..." Rowan hesitou. "Almas gêmeas nem sempre ficam juntas. As vexes é só muito fogo e relâmpagos e tudo isso. Algumas pessoas podem apenas não suportar isto"
Talvez Mark e eu não somos realmente almas gêmeas, Jade pensamento. E talvez isso seja bom. Soa doloroso.
"Pobre Mary-Lynnette", disse ela.
Uma voz soou clara em sua mente: Por que ninguém diz "Pobre Ash"?
"Pobre Mary-Lynnette", Jade disse novamente.
Ash reapareceu. "Veja", ele disse e se sentou em uma das esculpidas cadeiras de mogno. "Precisamos ter as coisas não em linha reta. Não é apenas uma questão de eu
querer que vocês voltem para casa. Eu não sou o único que sabe que vocês estão aqui". Jade enrijeceu.
Kestrel disse, quase agradavelmente, "você disse alguém?"
"Eu estava com alguém quando a família ligou para dizer que vocês estavam sumidas. E ele estava lá quando eu percebi que você deviam ter desaparecido. Ele também
passa a ser um telepata extremamente poderoso. Portanto, apenas me considero afortunado já que eu o convenci a me deixar tentar levar vocês de volta."
Jade olhou para ele. Ela não se considera sortudo. Ela também considerou estranho que Ash se meta em tais problemas por ela e Rowan e Kestrel. Talvez ela não conhecesse
seu irmão tão bem como ela pensava.
Rowan disse, muito sobriamente, "Quem foi?"
"Oh, ninguém." Ash recostou-se e olhou melancolicamente para o teto. "Apenas Quinn."
Jade se retraiu. Quinn... que cobra. Ele tinha um coração como uma geleira e ele desprezava os humanos. Ele era o tipo que tomar a lei do Mundo da em suas próprias
mãos, se ele achasse que estava sendo aplicada corretamente.
"Ele está voltando na segunda-feira para ver se eu tenho cuidado da situação", disse Ash." E se eu não tiver, nós estamos todos mortos, você, eu, e seus poucos camaradas
humanos".
Rowan disse: "Então, temos até segunda-feira para descobrir alguma coisa."
Kestrel disse: "Se ele tentar alguma coisa conosco, ele está morto."
Jade espremeu Tiggy ate que ele rosnou.
Mary-Lynnette estava dormindo como uma pedra, mas uma pedra com invulgarmente
sonhos vívidos. Ela sonhava com estrelas mais brilhantes do que ela já tinha visto e nuvens de estrelas brilhando em cores como as luzes do norte. Sonhou com o envio
de um telegrama astronômicos em Cambridge, Ts Massachuset, para registrar seu pedido de nova descoberta de uma supernova. Sobre a primeira vez que ela se viu no
espelho com os novos olhos que pareciam como o de uma coruja ou um gato... Então o sonho mudou e ela era uma coruja, abatendo em uma corrida vertiginosa a partir
de um abeto Douglas oco. Ela pegou um esquilo em suas garras e sentiu uma onda de alegria simples. Matar era tão natural... Tudo o que ela tinha de fazer era ser
a melhor coruja, ela poderia ser, e apanhar a comida com os pés. Mas, então, uma sombra caiu sobre ela em algum lugar acima E, no sonho, ela se sentiu uma terrível
sensação de que mesmo os caçadores podem ser caçados. E que algo estava atrás dela...
Ela acordou desorientada, não como de onde ela estava, mas como a quem ela era. Mary-Lynnette ou um caçador sendo perseguido por algo com os dentes brancos no o
luar? E mesmo quando ela desceu as escadas, ela não podia sacudir a sensação de mal- estar do seu sonho.
"Oi", disse Mark. "Isso é café da manhã ou o almoço?"
"Ambos", Mary-Lynnette disse, sentando no sofá da sala familiar com suas duas barras de granola.
Mark estava olhando para ela. "Então", disse ele, "você pensou nisso, também?"
Mary-Lynnette rasgou a capa fora de uma barra de granola com os dentes. "Sobre o quê?"
"Você sabe."
Mary-Lynnette sabia. Ela olhou ao redor para certificar-se de Claudine
não estava no alcance da voz. "Não pense sobre isso."
"Por que não?" Quando ela não respondeu, ele disse: "Não me diga que você não se perguntou como seria. Para ver melhor, ouvir melhor, ser telepáta... e viver para
sempre. Quero dizer, nós poderíamos ver o ano três mil. Você sabe as guerras de robô, colonização de outros planetas... vamos lá não me diga que não esta nem um
pouco curiosa."
Tudo que Mary-Lynnette podia pensar era uma linha de um poema de Robert Service: E o
céus da noite era vivo com a luz, como uma palpitante, emocionante chama... . "Estou curiosa", disse ela. "Mas não há nenhum ponto de querer saber. Eles fazem coisas
que nós não podemos fazer como matar"
Ela pousou o copo de leite como se tivesse perdido o apetite. Ela não tinha,
embora isso, qual era o problema? Ela devia estar doente do estômago com apenas
o pensamento de matar, de beber sangue de um corpo quente. Em vez disso, ela estava com medo. Do que estava lá fora, do mundo e de si mesma.
"É perigoso", disse ela em voz alta para Mark. "Você não vê? Nós começamos a se misturar neste mundo noturno e é um lugar onde as coisas ruins podem acontecer. Não
é apenas o mau gosto reprovado em uma classe. Mau gosto..."... dentes brancos ao luar ...
"Como começar matar", Mary-Lynnette disse. "E isso é grave, Mark. Não é como nos filmes."
Mark estava olhando para ela. "Sim, mas nós já sabíamos disso." Seu tom de voz disse "Qual é o problema?"
E Mary-Lynnette não podia explicar. Ela levantou-se abruptamente. "Se estamos passando por cima disto, é melhor entrar em movimento", disse ela." É quase uma hora".
As irmãs e Ash estavam esperando na Burdock Farm."Você pode sentar-se na frente com Mark e comigo", Mary-Lynnette disse a Jade, não olhando para Ash. "Mas eu não
acho que é melhor você levar o gato."
"O gato vai", Jade disse com firmeza, começando dentro "Ou eu não vou."
Mary-Lynnette colocou o carro em marcha e se retiraram Quando eles viram o pequeno espanador de edifícios na rua principal, Mark disse: "E aí está sexta-feira, no
centro de Briar Creek, em toda sua glória. Uma típica tarde, com absolutamente ninguém nas ruas."
Ele não disse que com a sua amargura habitual. Mary Lynnette olhou para ele e viu que ele não estava falando com ela e sim com jade que estava olhando em volta com
real interesse, apesar das garras do gato incorporado em seu pescoço.
"Alguém está nas ruas", disse ela alegremente. "É isso. Os meninos, Vic. e outro Todd. E adultos."
Mary-Lynnette reduziu quando ela passava o gabinete do xerife, mas não parou até que chegaram ao posto de gasolina na esquina oposta. Então ela saiu e olhou
casualmente na rua. Todd Akers estava lá com seu pai, o xerife e Vic Kimble.
Sr. Kimble tinha uma fazenda do leste da cidade. Eles estavam todos entrando no
carro do xerife, e todos pareciam muito animados. Bunny Marten estava em pé na calçada observando quando eles desceram. Mary-Lynnette senti uma pontada de medo.
Isto é o que acontece quando você tem um terrível segredo, ela pensou. Você se preocupa com tudo o que acontece, e se pergunta se tem algo a ver com você, se ele
vai te pegar.
"Ei, Bunny" ela chamou. "O que está acontecendo?"
Bunny olhou para trás. "Oh, oi, Mary". Bunny Caminhou sem pressa do outro lado da rua. "Há o que estão fazendo? Eles estão indo só para verificar uma coisa no cavalo".
"Que coisa no cavalo?"
"Ah... você não soube?" Bunny estava olhando para trás Mary-Lynnette agora, onde
Mark e os quatro estrangeiros estavam saindo da station wagon. Repentinamente
seus olhos azuis ficaram mais arregalados e chegaram até seus cabelos macios louro.
Agora, ela que saber quem são os visitantes, Mary-Lynnette pensou ironicamente. Quem poderia ser?
"Olá" disse Ash.
"Nós não ouvimos nenhuma coisa sobre o cavalo", disse Maria Lynnette, delicadamente.
"Ah... hum, um dos cavalos do Sr. Kimble cortou a garganta no arame farpado noite passada. Isso é o que todo mundo estava dizendo esta manhã. Mas só agora o Sr.
Kimble veio para a cidade e disse que não achava que era de arame farpado, afinal. Ele pensa... alguém fez isso de propósito. Cortou sua garganta e o deixou para
morrer."
Ela curvou os ombros em um arrepio.
"Você vê?" Jade disse. "É por isso que eu estou mantendo meu olho em Tiggy."
Mary-Lynnette notando Bunny olhar Jade. "Obrigado, Bunny"
"Eu tenho que voltar à loja," Bunny disse, mas ela não se moveu. Agora ela
estava olhando Kestrel e Rowan.
"Eu vou levá-la lá", disse Ash galante. Com o que, Mary-Lynnette pensando,
deve ser o seu costume colocar-se dessa maneira. "Afinal, não sabemos o que
pode estar escondido por aqui."
"em plena luz do dia", disse Kestrel com repulsa, mas Ash já estava levando Bunny pra longe. Mary Lynnette decidiu que ela estava contente de se livrar dele.
"Quem era aquela menina?" Rowan perguntou, e algo em sua voz era estranho.
Mary-Lynnette olhou para ela com surpresa. "Bunny Marten. Eu a conheço da escola. O que há de errado?"
"Ela estava olhando para nós", disse Rowan suavemente.
"Ela estava olhando para Ash. Ah, e provavelmente para vocês três, também. Você é nova e é bonita, por isso ela estava provavelmente a pensar que os meninos vão
preferir você a ela."
"Eu vejo". Mas Rowan ainda parecia preocupado.
"Rowan, o que é?"
"Não é nada. Tenho certeza de que não é nada. Só que ela tem um nome Lâmia".
"Bunny?"
"Bem". Rowan sorriu. "Lâmia são tradicionalmente nomeados com coisas naturais como pedras preciosas e animais e flores e árvores. Então Bunny seria um nome lâmia,
uma espécie de doninha da mata não é?"
Algo estava puxando as bordas da consciência de Mary- Lynnette novamente.
Algo sobre Bunny... Sobre Bunny e... Madeira...
Mas Ela não conseguia se lembrar. Para Rowan ela disse: "Mas pode-ser algo suspeito ou qualquer coisa sobre ela? Quero dizer, é que ela não parece ser uma de vocês?
Porque eu não consigo ver Bunny como um vampiro. Desculpe-me, eu só acho que não pode ser."
Rowan sorriu. "Não, eu não sinto nada. E eu tenho certeza que você está certa, os seres humanos podem ter nomes como o nosso, também. Às vezes fica confuso."
Por algum motivo bizarro de Mary- Lynnette ainda pensava em madeira. "Você sabe, eu Não vejo porque vocês se nomeiam de árvores. Eu pensei que era perigoso madeira
para vocês".
"É, e que torna os nomes poderosos. Tree supostamente são alguns dos nomes mais poderosa que temos."
Ash estava saindo da loja geral. Imediatamente Mary-Lynnette virou ao redor e olhou para Jeremy. Ela não pode vê-lo na estação de gás, mas ela ouviu algo, algo que
ela percebeu que tinha sido ouvido por vários minutos. Martelando. "Vamos dar a volta por trás", disse ela, já andando, não esperando Ash para alcançá-los. Kestrel
e Rowan foi com ela.
Jeremy estava lá trás. Ele estava batendo uma tábua longa através de uma janela quebrada. Havia fragmentos de espessura, vidro verde matizado em todo o terreno.
Seu cabelo castanho estava caindo em seus olhos enquanto ele lutava para segurar a placa estável.
"O que aconteceu?" Mary-Lynnette disse. Moveu-se automaticamente para manter direito final da placa no lugar para ele. Ele olhou para ela, fazendo uma careta de
alívio.
"Mary-Lynnette obrigado. Só um segundo." Ele enfiou a mão no bolso e pegou um prego e começou a dar golpes certeiros com o martelo. Então ele disse: "Eu não sei
o que aconteceu. Alguém quebrou ontem à noite. Fez uma verdadeira bagunça. "
"Na noite passada, parece ter sido uma noite movimentada", Kestrel disse secamente.
Jeremy olhou para a voz. E depois... Suas mãos foram ainda, mais firmes com o martelo e pregos. Ele estava olhando as torres, e Rowan ao seu lado, por um longo tempo.
Finalmente, ele se virou para Mary Lynnette e disse lentamente: "Você precisa de mais gás já?"
"Oh, não. Não." Eu deveria ter desviado a cerca de fora, Mary-Lynnette pensou. Nancy Drew teria definitivamente ter pensado nisso. "Eu apenas pensei que o motor
estava fazendo barulho e pensei que você poderia dar uma olhada como da última vez."
Incoerente e patético, ela decidiu, no silêncio que se seguiu. E Jeremy encarou com seus olhos castanhos seu rosto.
"Claro, Mary-Lynnette", disse ele não sarcasticamente, mas delicadamente. "Assim que eu tiver acabado".
Ah, ele não pode ser um vampiro. E então o que estou fazendo aqui, procurando ele e suspeitando dele, quando ele só foi bom para mim? Ele é o tipo que ajuda senhoras
de idade, não mata elas.
Sssssss.
Ela começou como o silvo selvagem rasgou o silêncio. Ele veio de trás ela, e por um instante terrível, ela pensou que era Kestrel. Então ela viu que Jade e Mark
haviam circulado o canto, e que Tiggy estava lutando como um bebê leopardo nos braços de Jade. O gatinho estava cuspindo e arranhando, o pelo negro eriçado. Antes
de Jade poder obter uma melhor aderência, ele subiu até o ombro e saltou, atingindo o solo.
"Tiggy!" Jade gritou. Depois correu atrás dele seu cabelo loiro voando, ágil como se ela mesma fosse um gato. Mark a seguiu, esbarrando em Ash que estava chegando.
Ash foi batido na parede do posto de gasolina.
"Bem, isto foi divertido", disse Kestrel.
Mas Mary-Lynnette não estava realmente escutando. Jeremy estava olhando para Ash e sua expressão deu arrepios de frio em Maria Lynnette. Ash e estava olhando para
trás com os olhos verdes como gelo glaciar. Seus olhares eram bloqueado em algo como um instantâneo ódio instintivo. Mary-Lynnette sentiu um tremer de medo por Jeremy,
mas não parecem ter medo de si mesmo. Seus músculos estava apertado e parecia pronto para se defender. Então, deliberadamente, ele se afastou. Virou as costas para
Ash. Ele reajustou o bordo e Mary-Lynnette fez o que deveria ter feito no começo. Ela olhou para sua mão. O anel em seu dedo de ouro brilhava, e ela pode ver o desenho
em preto sobre o selo. Um espanador de altura de flores em forma de sino. Não é uma íris, não uma dália, não uma rosa.
Havia apenas uma flor Rowan tinha mencionado que este poderia ser esta. Ela
cresceu selvagem por aqui e era veneno mortal. Deda leira. Portanto, agora que ela conhecia. Mary-Lynnette se sentiu quente e doente. Sua mão começou a tremer. Ela
não queria se mover, mas não podia ficar aqui
"Sinto muito tenho que fazer uma coisa," As palavras saíram em um doloroso suspiro. Ela sabia que todo mundo estava olhando para ela. Ela não se importou. Ela deixou
de ir a bordo e quase fugiu. Ela continuou até que ela estava por trás das janelas boardedup da Gold Creek Hotel. Então ela encostou-se à parede e olhou para o lugar
onde termina a cidade e começa o deserto. Ciscos de poeira dançava na luz do sol brilhante, contra um
fundo escuro do abeto de Douglas. Eu sou tão estúpida. Todos os sinais estavam lá, bem na frente do meu rosto. Por que não vi antes? Acho que porque eu não queria...
"Mary-Lynnette".
Mary-Lynnette virou-se para a voz suave. Ela resistiu ao impulso de jogar-se nos braços de Rowan e berrar.
"Eu vou ficar bem em apenas alguns minutos. Serio. É apenas um choque."
"Mary-Lynnette..."
"é só que eu o conheço há tanto tempo. Não é fácil imaginá-lo você sabe. Mas eu acho que só vai lhe mostrar. As pessoas nunca são o que parecem".
"Mary-Lynnette-" Rowan parou e balançou a cabeça. "Do que você está falando?"
"Dele. Jeremy. Claro." Mary-Lynnette respirou. O ar estava quente e empoeirado. "Ele fez. Ele realmente fez isso."
"Por que você acha?
"Por quê? Porque ele é um lobisomem."
Houve uma pausa e Mary-Lynnette repente se sentiu envergonhado. Olhou ao redor para se certificar que ninguém estava no alcance da voz, e então disse que mais discretamente,
"não é ele?"
Rowan estava olhando para ela com curiosidade. "Como você sabe?"
"Bem, você disse dedaleira preto é para lobisomens. E estava uma dedaleira em seu
anel. Como você sabia?"
"Eu apenas senti os poderes. Vampiro são mais fracos na luz solar, mas Jeremy não é ele esta tentando esconder alguma coisa. Ele está bem lá fora".
"Ele está certo", disse Mary-Lynnette amargamente. "Eu devia ter percebido isso. Quero dizer... Ele é a única pessoa na cidade que estava interessado no eclipse
lunar. E a maneira como ele se move, e seus olhos... e vive em Mad Dog Creek, por Deus entendi. Quero dizer, que a terra tem sido em sua família há gerações. E '
- Mary-Lynnette deu uma fungada convulsiva repentina "as pessoas dizem que viram o Sasquatch por lá. Um grande monstro peludo, meia pessoa e meia besta. Agora, O
que isso parece? "
Rowan estava em pé, parada, sua expressão grave, mas seus lábios estavam se contraindo.
Mary-Lynnette estava com sua visão borrada e molhada derramado lagrimas sobre sua faces.
"Eu sinto muito." Rowan pôs a mão em seu braço. "Eu não estou rindo."
"Eu pensei que ele era um cara legal", Mary-Lynnette disse, virando-se.
"Eu ainda acho que ele é", disse Rowan. "E na verdade, realmente, você sabe isso significa que ele não fez isso"." O fato de que ele é um cara legal?"
"O fato de que ele é um lobisomem." Mary-Lynnette voltou. O que?"
"Você vê", disse Rowan", lobisomens são diferentes. Eles não são como vampiros. Eles não podem beber um pouco de sangue de pessoas e depois parar sem fazer nenhum
real dano. Eles matam cada vez que caçar, porque eles têm que comer. "Mary-Lynnette engoliu em seco, mas Rowan continuou serenamente. "Às vezes, eles comem o animal
inteiro, mas eles sempre comem os órgãos internos, coração e fígado. Eles têm que fazê-lo, da mesma forma que os vampiros precisam beber sangue".
"E isso significa..."
"Ele não matou a tia Opal. Ou o cabra. Ambos estavam intactos." Rowan suspirou. "Olha. Lobisomens e vampiros tradicionalmente se odeiam. Eles foram rivais sempre,
e acho que os lâmia acham lobisomens como uma espécie de classe mais baixa. Mas na verdade, muitos deles são gentis. Eles só caçam para comer."
"Ah", disse Mary-Lynnette oca. Caso ela não seja mais feliz sobre isso? "Então o cara que eu pensei que era bom só tem que comer o fígado estranho ocasionalmente."
"Mary-Lynnette, você não pode culpá-lo. Como posso explicar? Eles gostam disso, Lobisomens não são pessoas que às vezes se transformam em lobos. Eles são lobos que
às vezes se parecem com as pessoas".
"Mas eles continuam a matar", Mary-Lynnette disse categoricamente.
"Sim, mas apenas os animais. A lei é muito rigorosa quanto a isso. É proibido pegar humanos pegar em nenhum momento. Vampiros conseguem disfarçar o seu trabalho,
fazendo com que pareça um garganta cortada, mas quando lobisomens matam são inconfundíveis."
"Tudo bem. Grande". Eu deveria estar mais entusiasmado, Mary-Lynnette pensou. Mas como você poderia confiar em alguém que nunca disse que era um lobo atrás de seus
olhos? Você pode admirar-lhes o caminho que você admira um predador elegante e bonito, mas confiar neles... Não.
"Antes de ir para trás, podemos ter um problema", disse Rowan. "Se ele percebeu que você reconheceu seu anel, ele pode saber que nós te falei que você sabe. "Ela
olhou volta e baixou a voz. "O Mundo Noite".
Mary-Lynnette entendido. "Oh, Deus."
"Sim". Isso significa que é o seu dever de transformar-nos a todos La dentro Ou matar-se. "
" Oh, Deus"
"A única coisa é que eu não acho que ele vai. Ele gosta de você, Mary-Lynnette. Muito. Eu Não acho que ele poderia fazer-se para transformá-lo dentro"
Mary-Lynnette sentiu-se rubor. "Mas, então, que iria pegá-lo em apuros,
também, não é?"
Poderia, se ninguém nunca descobrisse. É melhor voltar e ver o que está acontecendo ta certo. Talvez ele não perceba que você conhece. Talvez Kestrel e Ash conseguiram
enganar ele. "
CAPÍTULO 14
Eles caminharam de volta para a estação de gás rapidamente, os seus ombros quase se tocando. Mary-Lynnette encontrou conforto na proximidade de Rowan, em sua leveza.
Ela Nunca teve um amigo que antes era totalmente igual a ela, que achou tão fácil cuidar de pessoas quando os cuidados são levados em conta.
Quando chegaram à estação de gás, elas podiam ver que o pequeno grupo estava agora agrupados em torno do carro Lynnette Mary's. Jeremy estava olhando sob o capô.
Mark e jade estavam de volta, de mãos dadas, mas não havia nenhum sinal de Tiggy. Kestrel estava encostada a uma bomba de gás, e Ash estava falando com Jeremy.
"Então, o lobisomem entra no consultório do médico e segundo ele diz:" Doutor, eu
acho que eu tenho raiva. "E o médico diz..."
Tanta coisa para fazer e olha o que ele faz, Mary-Lynnette pensou.
Rowan, olhos fechados e os ombros tensos, disse: "Ash, não é engraçado." Ela
abriu os olhos. "Sinto muito", disse ela ao Jeremy. "Ele não queria dizer isso."
"Ele quis, mas isso não importa. Já Ouvi piores." Jeremy debruçado sobre o motor
novamente. Ele substituiu um boné com cuidado, mesmo torções. Então ele olhou para
Mary-Lynnette. Mary-Lynnette não sabia o que dizer. Qual é a etiqueta para quando você acaba de descobrir que alguém é um lobisomem? E isso pode ser o seu dever
de comê-lo?
Seus olhos se encheram. Ela estava completamente fora de controle hoje.
Jeremy olhou para longe. Ele balançou a cabeça ligeiramente. Sua boca estava amarga. "Foi o que eu imaginei. Eu achei que você ia reagir desta maneira. Ou disse
isso a mim mesmo isso há muito tempo."
"Você?" a visão de Mary- Lynnette's estava desmarcada. "Mas, então você teria começado um aborrecimento. Certo?"
Jeremy sorriu. "Bem,nós não estamos realmente seguindo as leis do Mundo da noite por aqui."
Ele disse em um tom de voz normal. Ash e as irmãs olhara em volta reflexivamente.
Mary-Lynnette disse: "'Nós'?"
"Minha família. Eles se estabeleceram aqui, porque foi tão longe do caminho. Um
lugar onde eles não incomodam ninguém, e ninguém iria incomodá-los. De
Naturalmente, eles já se foram, agora só resta eu".
Ele disse sem auto-piedade, mas Mary-Lynnette se aproximou. "Eu sinto muito."
Jade se moveu do outro lado, seus olhos verdes prateado, de. "Mas isso é o porquê de nós
viéssemos aqui, também! Porque, ninguém nos incomodaria. Nós não gostamos do Mundo Noturno,"
Jeremy deu outro sorriso, aquele sorriso que mostrou na maior parte em seus olhos. "Eu
sei", disse a Jade." Vocês está relacionada com a Sra. Burdock, não estão?"
"Ela era nossa tia", disse Kestrel, seu olhar de ouro fixo sem hesitação em cima dele.
A expressão de Jeremy mudou ligeiramente. Ele se virou para olhar Kestrel diretamente. "'Era'?"
"Sim, ela se envolveu com um ligeiro acidente envolvendo uma estaca", disse Ash. "Engraçado o que acontece algumas vezes..."
A expressão de Jeremy mudou novamente. Ele olhou como se estivesse procurando apoio no
carro. "Quem fez isso?" Então ele olhou para Ash, e Mary-Lynnette vi um brilho de dentes. "Espere você acha que eu fiz. Não é?"
"Ele fez cruzar nossas mentes em um ponto," disse Ash. "Na verdade, parecia manter
cruzá-los. Frente e para trás. Talvez devêssemos colocar em uma faixa de pedestres."
Mary-Lynnette disse, "Ash, pare com isso."
"Então você está dizendo que você não fez isso", disse Mark para Jeremy, ao mesmo tempo em que Rowan disse: "Na verdade, Kestrel acha que foi um caçador de vampiros".
Sua voz era suave, mas mais uma vez, todo mundo olhou em volta. A rua estava
ainda desertas
"Não há nenhum caçador de vampiros por aqui", disse Jeremy categoricamente.
"Então há um vampiro", Jade disse em um sussurro animado. "Tem de haver,
devido à forma como a tia Opal foi morta. E a cabra."
"A cabra...? Não, nem sequer me diga. Eu não quero saber". Jeremy balançou a capa de Mary- Lynnette é fechou. Ele olhou para ela e disse rapidamente", Esta tudo
bem por aqui. Você tem que mudar o óleo logo. "Então, ele virou-se para Rowan. "Eu sinto muito por sua tia. Mas se há um vampiro por aqui, este alguém fica escondido.
Realmente escondido. Mesmo se ele é um caçador de vampiros".
"Nós já descobrimos isso", disse Kestrel. Mary Lynnette esperou Ash falar, mas Ash foi ao outro lado da rua parecendo uma estrela da Broadway, com as mãos nos bolsos,
aparentemente tinha desistido da conversa no momento.
"Você não viu nada que pudesse dar-lhe uma dica?" Mary-Lynnette disse. "Nós podemos dar uma olhada ao redor da cidade."
Ele encontrou seus olhos diretamente. "Se eu soubesse, eu ia dizer." Havia apenas a
menor ênfase na última palavra. "Se eu pudesse ajudá-lo, eu o faria."
"Bem, venha para o passeio. Você pode colocar a cabeça para fora da janela", Ash disse, voltando à vida.
Mary-Lynnette marchou, agarrou-o pelo braço e disse - os outros, "Desculpe-nos." Ela o transportou em uma série de rebocadores para a parte traseira do posto de
gasolina. "Você é idiota!"
"Ah, olha...
"Cale a boca" Ela apontou o dedo em sua garganta. Não importava que tocar ele fosse detonar explosões elétrica. Isto apenas deu a ela outra razão para querer matá-lo.
Ela descobriu que a névoa rosa era muito parecida com raiva quando você começou a gritar com ele.
"Você tem que ser o centro de todo o drama, não é? Você tem de ser o centro de atenção, mesmo sem dizer nada inteligente e porque não matem a boca fechada"
"Ow," disse Ash.
"Mesmo que isso signifique ferir outras pessoas. Mesmo que isso signifique ferir alguém que
só tenha sofrido por toda a vida. Bem, não desta vez."
"Ow
"Rowan disse que vocês pensam todos os lobisomens são de classe baixa. E você sabe o que
é isso? De onde eu venho, chamam-lhe de preconceito. E os seres humanos também têm, e
não é uma coisa bonita. É a coisa mais detestável do mundo. Eu sou vergonha de ainda estar lá enquanto você falava. "Mary-Lynnette percebeu que estava chorando.
Ela também percebeu que Mark e Jade estava olhando ao redor da borda do posto de gasolina.
Ash estava recostado na borda da janela com os braços para cima num gesto de rendição.
Ele olhou para ela perdido e envergonhado. Deus, Mary-Lynnette pensou.
"Você vai continuar cutucando-o dessa maneira?" Marcos disse timidamente. Mary-Lynnette poderia ver Rowan e Kestrel atrás dele e Jade. Todos olharam assustados.
"Eu não posso ser amiga de alguém que é um fanático", disse a todos eles. Ela deu a Ash um soco para dar ênfase.
"Nós não somos", Jade disse virtuosamente. "Não acreditamos nessas coisas estúpidas".
"Nós realmente não somos", disse Rowan. "E Mary-Lynnette nosso pai está sempre gritando
com Ash por visitar o tipo errado de pessoas no exterior. Pertencendo a uma club que admite lobisomens, tendo lobisomens como amigos. Os Elders todos dizem que ele
é liberal demais sobre isso."
Ah. "Bem, ele tem um jeito engraçado de mostrar isso", disse Mary-Lynnette, relaxando ligeiramente.
"Eu apenas pensei em mencionar isso", disse Rowan. "Agora vamos deixá-lo sozinho."
Ela agrupou os outros para trás, indo para frente da estação.
Quando eles foram embora, Ash disse: "Posso me mover agora, por favor?" Ele olhou como se estivesse zangado.
Mary-Lynnette desistiu. Sentia-se cansada, de repente, cansada e emocionalmente esgotado. Muitas coisas tinham acontecido nos últimos dias. E isso continuou acontecendo,...
bem, ela estava cansada, só isso.
"Se você quiser ir embora logo, seria mais fácil", disse ela, afastando-se de Ash. Ela podia sentir a cabeça ligeiramente caída
"Mary-Lynnette..." Havia algo na voz de Ash que ela nunca tinha ouvido antes. "Olhe que não é exatamente uma questão de eu querer ir embora. Tem outra pessoa do
mundo a noite que vem na segunda-feira. Seu nome é Quinn. E se minhas irmãs e eu não voltar com ele, à cidade inteira está em apuros. Se ele pensa que nada de irregular
está acontecendo aqui... Você não sabe o que as pessoas da Noite podem fazer".
Mary-Lynnette podia ouvir seu coração batendo distintamente. Ela não se voltou para olhar para Ash.
"Eles poderiam acabar com Briar Creek. Eu pretendo resolver isto. Eles fizeram coisas, para
preservar o segredo. É a única proteção que eles têm de sua espécie."
Mary-Lynnette não assentiu, mas disse com convicção simples, "Suas irmãs não estão indo embora."
"Então, a cidade inteira está em apuros. Há um lobisomem desonesto, três renegados Lâmia, e um assassino vampiro vagando em algum lugar secreto para não mencionar
dois seres humanos que sabem sobre o mundo noturno. Esta é uma área do desastre paranormal".
Um longo silêncio. Mary-Lynnette estava tentando muito duro para não ver as coisas do ponto de vista de Ash. Enfim, ela disse: "Então o que você quer que eu faça?"
"Oh, eu não sei, porque todos nós não fazemos uma festa com pizza e assistimos TV?" Ash
soou selvagem. "Eu não tenho idéia do que fazer", acrescentou ele em tom mais normal. "E
é melhor você acreditar que eu estive pensando sobre isso. A única coisa que eu posso ver é que as meninas tem que voltar comigo, e todos nós temos de mentir através
de nossos dentes para Quinn.
Mary-Lynnette tentou pensar, mas sua cabeça estava latejando.
"Há uma outra possibilidade," disse Ash. Ele disse que isso sob a sua respiração, como se ele não se importaria se ela fingiu não ouvi-lo. Mary-Lynnette aliviou
um torcicolo no pescoço, observando imagens azul e amarelo do sol sobre as pálpebras fechadas. "O que?"
"Eu sei que você e as meninas fizeram uma cerimônia de laço de sangue. Era ilegal, mas isso é até certo ponto. Você é parte da razão pela qual não quero sair daqui."
Mary-Lynnette abriu a boca para apontar que eles não querem sair porque a vida tinha sido insuportável para eles no mundo noturno, mas Ash acrescentou apressado.
"Mas talvez se você fosse como nós, poderia dar um jeito. Eu poderia ter as meninas de volta para a ilha, e em seguida, em poucos meses eu poderia tirá-los novamente.
Íamos a algum lugar onde ninguém nos conhece. Ninguém suspeitaria de nada irregular sobre você. As meninas estariam livres, e você estaria lá, assim não há razão
para eles não deverem ser felizes. Seu irmão poderia vir também."
Mary-Lynnette virou-se lentamente. Ela examinou Ash. O sol trouxe tons quentes ocultos em seus cabelos, tornando-se um loiro cintilante em algum lugar entre Jade
e Kestrel's. Seus olhos estavam sombreados, de uma cor escura. Ele estava magro e elegante como sempre, mas com uma mão no bolso e uma expressão de dor no seu rosto.
"Não faça careta, você vai estragar a sua aparência", disse ela.
"Pelo amor de Deus, não me proteja", gritou. Mary-Lynnette estava assustada. Bem. Razoável. "Eu acho", disse ela, com mais cautela, mas com cuidado em deixá-lo saber
que ela era a única com direito de ficar chateada ", sugerindo que você está me mudando em um vampiro. " ]
O canto da boca de Ash se ergueu ironicamente. Ele pôs a mão no bolso e desviou o olhar. "Essa foi a idéia geral, sim."
"Assim suas irmãs podem ser felizes."
"Assim não tenho que matar um vigilante da noite como Quinn."
"Mas as pessoas de noite não vão me matar do mesmo jeito, se você me mudar?"
"Só se eles acharem você", disse Ash selvagemente. "E se nós podemos sair daqui limpos, não teriam. De qualquer forma, como um vampiro você teria uma chance melhor
de
combatê-los."
"Então eu deveria tornar-me uma vampira e deixar que eu amo aqui para suas irmãs poderem ser felizes irmãs pode ser feliz."
Ash apenas olhou raivosamente o telhado do edifício através da rua. "Esqueça isto" "Acredite em mim, eu nem estava pensando sobre isso, em primeiro lugar." "Excelente".
Ele continuou a olhar fixamente. Tudo de uma vez Mary-Lynnette tinha o horrível sensação de que seus olhos estavam molhados.
E eu chorei. Eu não sei quantas vezes nos últimos dois dias e eu só chorava quando as estrelas eram tão bonitas que doía. Há algo de errado comigo agora. Eu nem
sei mais quem sou. Parecia haver algo errado com a Ash, também.
"Ash..."
Ele não olhou para ela. Seu queixo estava apertado. O problema é que não há qualquer resposta certa, Mary-Lynnette pensou. "Desculpe-Me", disse , tentando sacudir
o sentimento estranho que tinha de repente desceu sobre ela. "É justo que cada coisa saiu tão estranho... Eu nunca pedi nada disso. "Ela engoliu." Acho que você
nunca pediu, tampouco. Primeiro suas irmãs fugir... e depois eu. É alguma piada, não é?"
"Sim". Ele não estava olhando pra fora, mas estava distante "Olha como eu poderia... assim dizer. Eu não pedi para isso, e se alguém havia dito na semana passada
que Eu estaria... envolvido... com um, humano, eu teria batido arrancado a cabeça fora. Quer dizer, depois de uivos de gargalhada. Mas". Ele parou. Que parecia ser
o fim de sua confissão. mas. Claro, ele realmente não preciso dizer mais.
Mary-Lynnette com os braços, dobrados sobre o peito, olhou para um pedaço curvo de vidro no chão e tentou pensar no que dizer, mas chegou a nada. Ela resistiu ao
impulso de cutucar o vidro com o pé. "Eu sou uma má influência sobre suas irmãs".
"Eu disse que protejo você. Vou tentar protegê-la."
"Eu posso me proteger."
"eu notei," ele disse secamente. "Isso ajuda?"
"Está percebendo? Não, porque você realmente não acredita nisso. Você sempre acha que eu sou mais fraca que você, mais suave... mesmo se você não disse isso, eu
sei que você estava pensando isso".
Ash, de repente olhou astuto. Seus olhos eram verdes como flores hellebore. "Se você fosse um vampiro, não seria mais fraca", disse ele." Além disso, você saberia
o que eu estava realmente pensando. "Ele estendeu a mão." Quer um exemplo?"
Mary-Lynnette disse abruptamente, "É melhor voltar. Eles vão pensar que nós matamos uns aos outros."
"Deixe-os", disse Ash, sua mão ainda resistia, mas Mary-Lynnette apenas balançou a cabeça e se afastou. Ela estava assustada. Onde quer que ela tivesse ido com a
Ash, estava ficando muito profundo. E ela quis saber quanto de sua conversa tinha sido audível lá na frente. Quando ela virou a esquina, os olhos imediatamente foram
para Jeremy. Ele estava com Kestrel na bomba de gás. Eles estavam juntos, e para apenas um instante Mary-Lynnette sentiu algo parecido com desânimo. Então, sua voz
interior perguntou: Você está louca? Você não pode estar com ciúmes por ele enquanto você está se preocupando se ele está com ciúmes de você e, entretanto, estava
errada sobre o que fazer com a sua alma gêmea... É bom se ele e Kestrel gostam um do outro.
"Eu não me importo, eu não posso esperar mais", Jade estava dizendo para Rowan calçada. "Eu tenho que encontrá-lo."
"Ela pensa que Tigrinho foi para casa", disse Rowan, vendo Mary-Lynnette. Ash foi para Rowan. Kestrel fez, também. De alguma forma, Mary-Lynnette foi deixado ao
lado de Jeremy. Mais uma vez, ela não sabia a etiqueta. Ela olhou para ele e parou sensação estranha. Ele a olhou de forma tranqüila. Mas então ele pareceu assustado.
Ele lançou um olhar para a calçada e disse: "Mary-Lynnette, tome cuidado."
"O que?"
"Cuidado." Foi o mesmo tom que ele usava quando alertou ela sobre Todd e Vic. Mary-Lynnette seguindo seu olhar na direção de Ash.
"Está tudo bem", Mary-Lynnette disse. Ela não sabia como explicar. Mesmo suas próprias irmãs não tinham acreditado. Ash não iria machucá-la.
Jeremy olhou desolado. "Eu sei que caras como esse. Às vezes, eles trazem as meninas humanas aos seus clubes e você não quer saber o porquê. Então, basta apenas
prestar atenção em si mesmo, e em todas os certo?"
Foi um choque desagradável. Rowan e as meninas tinham dito coisas semelhantes, mas o que veio de Jeremy foi fundo, de alguma forma. Ash tinha, sem dúvida, feito
coisas em sua vida Que... Bem, isso faria com que ela quisesse matá-lo se o conhecia. Coisas que você não podia simplesmente esquecer.
"Eu vou ter cuidado", disse ela. Ela percebeu seus punhos estavam cerrados, e ela disse:
com um lampejo de humor: "Eu posso lidar com ele".
Jeremy ainda estava desanimado. Seus olhos castanhos eram escuros e sua mandíbula se apertou quando ele olhou para Ash. Sob a sua tranqüilidade, Mary-Lynnette podia
sentir o poder controlados. Raiva Fria. Meso debaixo de toda aquela proteção ela podia sentir o poder. E o fato de que ele não gostava de Ash.
Os outros foram voltando. "Vou ficar bem", Mary-Lynnette sussurrou rapidamente.
Jeremy disse: "Eu vou continuar pensando sobre as pessoas em torno da cidade. Direi
se eu aparecer com alguma coisa."
Mary-Lynnette assentiu. "Obrigado, Jeremy." Ela tentou dar-lhe um olhar tranqüilizador
quando todos entraram no carro. Ele ficou olhando enquanto ela saia do posto de gasolina. Ele não tinha acenado.
"Ok, então vamos para casa", disse Mark. "E então o quê?" Ninguém respondeu. Mary-Lynnette percebeu que ela não tinha idéia.
"Eu acho que é melhor descobrir se ainda temos algum suspeito", disse ela em último.
"Não há outra coisa que temos que fazer primeiro," Rowan disse suavemente. "Nós
vampiros, eu quero dizer."
Mary-Lynnette poderia dizer apenas pela forma como ela disse. Mas Mark perguntou: Qual?"
"Nós precisamos de alimentos", disse Kestrel com seu sorriso de formiga mais radiante.
Eles voltaram para Burdock Farm. Não havia sinal do gato. Os quatro vampiros indo para a floresta, Jade chamando por tiggy Mary-Lynnette dirigido para a Sra.B. com
uma lista em cima da mesa e uma caneta de prata com um exigente padrão vitoriano sobre ele. "Agora", ela disse a Mark como ela se se sentou à mesa da cozinha. "Nós
estamos indo fazer uma lista dos suspeitos."
"Não há nada nesta casa para comer, você sabe", disse Mark. Ele tinha todos os armários abertos. "Só coisas como café instantâneo e Jujyfruits verde".
"O que posso dizer, a sua namorada esta morta. Vamos. Sente-se e concentrar-se."
Marcos sentou-se e suspirou. "Quem é que temos?"
"Nós deveríamos ter ido para descobrir o que foi o negócio com o cavalo", Mark
disse.
Mary-Lynnette parada com a caneta pronta sobre o papel de carta. "Você está certo,
deve ser conectado. Esqueci-me sobre isso. "Que só vale para mostrar a você, trabalho de detetive não se mistura com vadiagem.
"Tudo bem", disse ela tristemente. "Então vamos supor que quem matou o cavalo era a mesma pessoa que matou a tia Opal e a cabra. E talvez a mesma pessoa quem quebrou
a janela do posto de gasolina que aconteceu ontem à noite, também. Onde é que nos leva?"
"Acho que foi Todd e Vic", disse Mark.
"Você não está sendo útil."
"Estou falando sério. Você sabe como Todd é sempre esta mastigando aquele palito. E havia palitos preso na cabra."
Palitos... Agora, o que fez que lembrá-la de? Não, palitos, mas maior, estacas. Por que não me lembro? Esfregou a testa, desistindo. "Tudo bem... eu vou colocar
Todd e Vic, caçadores de vampiro, com um ponto de interrogação. A menos que você pensa que são os próprios vampiros."
"Não," Mark disse, com seu implacável sarcasmo. "Eu acho que Jade teria notado quando ela bebeu seu sangue. "Ele olhou-a pensativo." Você é a mais inteligente. Quem
você acha que fez isso?"
"Eu não tenho idéia". Mark fez uma careta para ela, e ela rabiscou uma estaca no papel. O rabisco se transformou em uma participação muito pequena, mais como um
lápis, segurada por mão femininas. Ela nunca conseguiu desenhar mãos...
"Oh, meu Deus. Bunny".
"Bunny fez isso?" Mark perguntou ingenuamente, preparando uma piada machista.
Mas Mary-Lynnette disse, "Sim". Quero dizer, não, eu não sei. Mas essas perfurações na
cabra são grandes eu a viela usá-los. Ela usa-os em suas unhas. Eles são varas pra cutícula".
"Bem..." Mark parecia desanimado. "Mas eu quero dizer... Bunny. Vamos. Ela não pode matar um mosquito."
Mary-Lynnette balançou a cabeça, agitado. "Rowan disse que ela tinha um nome Lâmia. E
ela disse algo estranho para mim Bunny no dia que eu estava procurando Todd e Vic. "Foi tudo voltando agora, uma enxurrada de memórias que ela particularmente não
quereria. "Ela disse: 'Boa caça". "
"Mary, é parte de O Livro da Selva".
"Eu sei. Ainda era estranho para ela dizer. E ela é muito doce e quase assustou-se que é tudo um ato? "Quando Marcos não respondeu, ela disse," Acha mais improvável
que Todd e Vic sejam caçadores de vampiros?"
"Então, ponha-a na lista, também."
Mary-Lynnette fez. Então ela disse: "Você sabe, há algo que eu quero perguntar para
Rowan para perguntar sobre como elas escreveram a Sra. B. daquela ilha "A porta de trás bateu.
"Eu sou a primeira a voltar?"
Foi Rowan, que entrou ligeiramente ofegante. Seu cabelo castanho caindo ao seu redor.
"Onde está todo mundo?" Mary-Lynnette perguntou.
"Estamos separados desde o início. É a única maneira, você sabe com quatro de nós nesta
pequena área".
"Pequena!" Mark olhou ofendido. "Se Briar Creek tem uma coisa boa e eu não estou
dizendo que não é, é o espaço".
Rowan sorriu. "Para um corrida de caça, é pequena", disse ela. "Sem ofensa. Isto pouco para nós, nunca chegamos a caçar em toda a ilha. Eles traziam as nossas refeições
para nós, tranqüilizado e totalmente passiva."
Mary-Lynnette afastou a esta imagem evocada. "Uhm, você quer dar um palpite sobre quem é?"
Rowan sentou em uma cadeira da cozinha, alisando uma mecha de cabelo castanho para fora da testa. "Eu não sei. Pergunto-me se não é alguém que nos não pensamos
ainda."
Mary-Lynnette se lembrou do que ela estava falando sobre quando a porta bateu. "Rowan, eu sempre quis lhe perguntar como Ash poderia ter descoberto onde você estava
indo quando você fugiu. Mas o que acontece com o cara que te ajudou contrabandear cartas fora da ilha? Ele sabe onde sua tia morava certo? Ele poderia ver o endereço
nas cartas".
"Crane Linden". Rowan sorriu um sorriso triste. "Não, ele não saberia. Ele é... "Ela tocou o templo levemente." Eu não sei o que você chamá-lo. Sua mente nunca se
desenvolveu completamente. Ele não sabe ler. Mas ele é muito gentil."
Havia vampiros analfabetos? Bem, por que não? Mary-Lynnette disse: "Ah. Bem, eu acho que é mais uma pessoa, podemos eliminar".
"Olhe, nós podemos pensem apenas um minuto?" Mark disse. "Este é provavelmente louco, mas o que não sei se tio Jeremy é realmente morto? E se," Naquele momento,
houve uma queda da varanda da frente. Não, um tap-tap-crash, Mary-Lynnette
pensou. Então ela pensou: "Oh, Deus. Tiggy.
CAPÍTULO 15
Tiggy.
Ela estava correndo. Lançou-se pela porta aberta. Visões de gatinhos empalado com estacas em sua mente.
Não foi Tiggy na varanda da frente. Foi Ash. Ele estava deitado no crepúsculo roxo, algumas esvoaçantes mariposas em torno dele. Mary-Lynnette sentiu um aperto violento
no peito. Por um momento, tudo parecia suspenso e alterado. Se Ash estava morto, se Ash tinha sido morto... As coisas nunca ficariam bem. Seria como a noite com
a lua e as estrelas embora. Nada que alguém fizesse poderia compensar isso. Mary-Lynnette não achava que fazia sentido, mas ela de repente, sabia que era verdade.
Ela não conseguia respirar e seus braços e pernas sentiam-se estranhos. Fora do controle dela. Então Ash se moveu. Ele levantou a cabeça e empurrou-se com os braços
e olhou ao redor.
Mary-Lynnette poderia respirar de novo, mas ainda se sentia tonta. "Você se machucou?", ela perguntou estupidamente. Ela não ousava tocá-lo. Em seu estado atual
de uma explosão de eletricidade poderia fritar seus circuitos para sempre. Ela se derreteriam como a Bruxa Má
o Ocidente.
"Eu caí em um buraco", disse ele. "O que você acha?"
Tudo bem, Mary-Lynnette pensou, os passos que terminou com mais de um acidente do que um baque. Não como os passos da noite passada.
E isso significava algo... se ela pudesse seguir o pensamento até o fim...
"Tendo problemas, Ash?" Kestrel disse docemente, e depois se Kestrel surgiu das sombras, parecendo um anjo com seus cabelos dourados e suas adoráveis feições.
Jade veio atrás dela, segurando Tiggy em seus braços. "Ele estava em uma árvore", disse Jade, beijando a cabeça do gatinho. "Eu tinha que falar pra ele descer. "Seus
olhos eram verde esmeralda, à luz da varanda, e ela parecia flutuar em vez de caminhar.
Ash estava levantando, sacudindo-se. Como suas irmãs, ele parecia estranhamente
bonita após uma alimentação, com uma espécie de brilho de luar estranho em seus olhos.
Mary-Lynnette mandou o pensamento pra muito longe.
"Venha", disse, resignada. "E ajuda a descobrir quem matou sua tia."
Agora que estava tudo bem com Ash, ela queria esquecer o que tinha sido sensação de um minuto atrás. Ou pelo menos não pensar sobre o que significava. O que isso
significa a voz pequena dentro de sua cabeça, disse docemente, é que você está no grandes problemas, menina. Ha ha.
"Então qual é a história? Kestrel disse assim que eles todos se sentaram em torno da mesa da cozinha
" A história é que não existe uma história", disse Mary Lynnette. Ela olhou para o papel em frustração. "Veja o que começamos no início? Nós não sabemos quem fiz
isso, mas nós sabemos algumas coisas sobre eles. Certo? "
Rowan assentiu encorajando-a. "Certo".
"Primeiro: o bode. Quem matou a cabra tinha que ser forte, porque cutucando aqueles palitos através dela não teria sido fácil. E quem matou a cabra tinha que saber
como o seu tio Hodge foi morto, porque a cabra foi morto da mesma forma. E eles tinham que ter algum motivo para colocar uma íris negro na boca do bode, seja porque
eles sabiam que Ash pertencia ao Clube da Iris Negra, ou porque se desejava ser do clube da Iris negra Iris."
"Ou porque pensaram que uma íris preta representa enviou a todos os Lâmia, ou todas as Pessoas da Noite", disse Ash. Sua voz estava abafada, ele estava curvado,
esfregando o tornozelo. "Isso é um erro comum".
Muito bom Mary-Lynnette pensou, apesar disso. Ela disse "Okay. E tinham acesso a dois tipos diferentes de estacas pequenas, que não é dizer muito, porque você pode
comprar as duas espécies na cidade."
"E eles devem ter tido algum motivo para odiar a Sra. B., ou para odiar os vampiros," Mark
disse. "Caso contrário, por que matá-la?"
Mary-Lynnette deu-lhe um olhar paciente. "Eu não tinha chegado a Sra. B. ainda. Mas nós
podemos fazê-lo agora. Primeiro quem matou a Sra. B. obviamente sabia que ela era uma vampira, porque eles apostaram nela. E, segundo... Um... segundo. "A voz dela
sumiu. Ela não conseguia pensar em nada para dizer
"Segundo, eles provavelmente mataram por impulso", disse Ash, em uma surpreendente
voz calma e analítica. "Você disse que ela foi estaqueada com um piquete da cerca, e se tivessem sido pensando em fazer isso, eles provavelmente teria trazido sua
própria estaca."
"Muito bom". Desta vez, Mary-Lynnette disse em voz alta. Ela não podia ajudá-lo.
Ela encontrou os olhos de Ash e viu algo que a assustou. Ele olhou como se importava para ele que ela achava que ele era inteligente. Bem, ela pensou. Bem, bem.
Aqui estamos, provavelmente pela primeira vez, apenas conversando. Não discutindo, não sendo sarcástico, apenas conversando. É agradável. Foi surpreendentemente
agradável. E o mais estranho foi que ela sabia Ash pensava assim, também. Eles se entendiam. Sobre a mesa, Ash deu-lhe um mal perceptível aceno. Eles continuaram
conversando. Mary-Lynnette perdeu a noção do tempo enquanto se sentaram e discutiram. Finalmente, ela olhou para o relógio e percebeu, com um choque que Era perto
da meia-noite.
"Não temos que continuar pensando?" Marcos disse pateticamente. "Estou cansado." Ele estava quase em cima da mesa. Assim como Jade.
Eu sei como você se sente Mary-Lynnette pensou. Meu cérebro está paralisado. Sinto-me...
Extremamente estúpida.
"De alguma forma, eu não acho que vamos resolver o assassinato esta noite", disse Kestrel.
Seus olhos estavam fechados.
Ela estava certa. O problema era que Maria Lynnette não sentia bem para ir para cama, tampouco. Ela não queria se deitar e relaxar havia uma impotência dentro dela.
Eu quero... O que eu quero? Ela pensou. Eu quero...
"Se não houvesse um assassino psicopata de cabra espreitando por aqui, eu ia sair
e olhar para as estrelas", disse ela.
Ash disse, como se fosse à coisa mais natural do mundo, "Eu vou com você".
Kestrel e Jade olharam para seu irmão em descrença. Rowan baixou a cabeça, não o bastante escondendo um sorriso.
Mary-Lynnette disse, "Um..."
"Olha", disse Ash. "Eu não acho que o assassino da cabra esta à espreita a cada minuto procurando pessoas com uma estaca. E se alguma coisa acontecer, eu posso lidar
com ele. "Ele parou, olhou culpado, então abrandou." Quero dizer que podemos lidar com isso, porque
lá vai ser de nós dois."
Talvez, camarada, Mary-Lynnette pensou. Ainda assim, havia uma certa verdade básica de que ele estava dizendo. Ele era forte e rápido, e ela teve a sensação de que
ele sabia como lutar sujo. Mesmo que ela nunca tinha o vistoele fazer isso, pensou de repente. Todas as vezes que ele tinha ido atrás dela e ela tinha dado caneladas
viu a luz em seus olhos, mas ele nunca uma vez tentou retaliar. Ela achava que isso nunca tinha ocorrido com ele.
Ela olhou para ele e disse "Ok"
"Agora," disse Mark. "Olhe..."
"Nós estaremos bem", Mary-Lynnette disse a ele. "Nós não vamos ir muito longe."
Mary-Lynnette dirigia. Ela não sabia exatamente onde estava indo, apenas que ela não queria ir para o seu monte. Muitas memórias estranhas. Apesar de o que ela disse
a Mark, ela encontrou-se levando o carro cada vez mais longe. Até Hazel Green Creek e Beavercreek quase veio junto e as terras entre eles era um boa imitação de
uma floresta tropical.
"É este o melhor lugar para olhar - estrelas? Ash disse desconfiado quando chegaram
fora da station wagon.
"Bem, se você estiver olhando para cima", disse Mary Lynnette. Ela olhou Leste
e inclinou a cabeça para trás.
"Veja a estrela mais brilhante lá em cima? Isso é Vega, a estrela rainha do verão".
"Yeah. Ela esteve mais alta no céu todas as noites neste verão", disse Ash
Mary-Lynnette olhou para ele.
Ele deu de ombros. "Quando você está fora toda noite, você começa a reconhecer a
estrelas", disse ele." Mesmo se você não sabe seus nomes."
Mary-Lynnette olhou para trás até a Vega. Ela engoliu. "Você - você pode ver
algo pequeno e brilhante abaixo de seu anel, algo em forma?"
"A coisa que parece uma rosquinha fantasma?"
Mary-Lynnette sorriu, mas apenas com os lábios. "Essa é a Nebulosa do Anel. Eu posso
ver que com o meu telescópio."
Ela podia senti-lo olhando para ela, e ela ouviu-o tomar um fôlego, como se ele fosse dizer alguma coisa. Mas então ele deixou a respiraçãon sair e olhou para fora
outra vez para as estrelas. Foi o momento perfeito para ele falar alguma coisa sobre como Vampiros vêem melhor. E se tivesse, Mary-Lynnette teria que concordar com
ele mesmo com raiva.
Mas desde que ele não, ela sentiu um tipo diferente de raiva brotando. Uma fonte de
contrariedade, como se ela fosse a Maria na rima. Qual é então você decidiu que eu não sou boa o suficiente para ser um vampiro ou algo assim?
E o que eu realmente iria embora daqui, para o lugar mais isolado poderia encontrar? Apenas para observar estrelas? Eu não penso assim. Eu nem sei mais quem eu sou,
ela lembrou com uma espécie de fatalismo e melancolia. Tenho a sensação de que estou prestes a me surpreender.
"Você não está com uma cãibra no pescoço?" Ash disse
Mary-Lynnette rolou a cabeça de um lado para o outro um pouco para engatar os músculos.
"Talvez."
"Eu poderia esfregar isso para você?" Ele fez a oferta de vários metros de distância.
Mary-Lynnette bufou e deu-lhe um olhar. A lua, a Minguante, foi subindo acima dos cedros, a leste.
Mary-Lynnette disse: "Você quer dar um passeio?"
"Huh? Claro."
Eles andaram e Mary-Lynnette pensou. Sobre como seria ver o Anel Nébula com seus próprios olhos, ou da Nebulosa Veil, sem um filtro. Ela podia sentir um anseio por
eles tão forte que era como um cabo ligado ao peito, puxando seu ascendente.
Claro, isso não era novidade. Ela sentiu isso muitas vezes antes, e geralmente ela acabou comprando outro livro sobre astronomia, outra lente para ela de telescópio.
Qualquer coisa para trazê-la mais perto do que ela queria. Mas agora tendo uma nova tentação. Algo maior e mais assustador do que nunca havia imaginado. E se eu
pudesse ser mais do que eu sou agora? A mesmo pessoa, mas com nítida sentidos? A Mary-Lynnette que poderiam realmente pertencem à noite? Ela já descobriu que não
era exatamente o que ela sempre pensou. Ela havia chutado Ash com mais violência, não tinha? Repetidamente. E ela admirava a pureza da ferocidade Kestrel's. Ela
tinha visto a lógica na filosofia em matar-ou-ser-morto
Ela sonhava com a alegria de caça. O que mais faltava para ser uma pessoa da noite?
"Há algo que eu estava querendo dizer para você", disse Ash.
"Hm." Eu quero encorajá-lo ou não?
Mas o que Ash disse foi: "Podemos parar de lutar agora?"
Mary-Lynnette pensou e então disse a sério, "eu não sei".
Eles continuaram andando. Os cedros torres em torno deles, como colunas de um gigante
templo em ruínas. Um templo escuro. E embaixo, o silêncio era tão esmagador que Mary-Lynnette sentia como se estivesse andando na lua.
Inclinou-se e pegou um wildflower fantasmagórica que estava crescendo fora do musgo.
Camas da morte. Ash abaixou e pegou um galho quebrado situado no sopé de uma árvore torcida. Eles não olham para o outro. Eles andaram, com alguns metros entre eles.
"Sabe, alguém me disse isso ia acontecer", disse Ash, como se mantesse um tom casual a conversa.
"Que você viria para uma cidade caipira perseguir um assassino de cabra?"
"Que um dia eu iria me preocupar com alguém e que isso iria machucar".
Mary-Lynnette continuou a andar. Ela não retardou ou acelerou. Foi só o coração que de repente, bateu duro em uma mistura de desânimo e excitação. Oh, Deus, o que
estava acontecendo.
"Você não é como qualquer um que eu já conheci", disse Ash.
"Bem, esse sentimento é mútuo."
Ash disse. "E, veja você, É difícil porque o que eu sempre pensei sobre os seres humanos, e sempre pensei...
"Eu sei o que sempre pensou", disse Maria Lynnette drasticamente. Pensou em vermes.
"Mas", continuou obstinadamente Ash", a coisa é e eu sei que isto vai soar estranho, mas parece que amo esta espécie de desespero. "Ele puxou mais casca fora de
sua vara.
Mary-Lynnette não olhou para ele. Ela não podia falar.
"Eu fiz tudo que pude para me livrar da sensação, mas não consigo. No começo eu pensei que se eu deixasse Briar Creek, eu esqueceria. Mas agora eu sei que foi insano.
Onde quer que eu vá, ela vai comigo. Não posso matá-la. Então eu tenho que pensar em outra coisa."
Mary-Lynnette repente senti extremamente contrário. "Desculpe", disse ela friamente. "Mas
Tenho medo que não é muito lisonjeiro fazer alguém te dizer que te ama contra sua vontade, contra a sua razão, e até mesmo,"
"Contra a sua pessoa" Ash terminou para ela, friamente. "Sim, eu sei."
Mary-Lynnette parou de andar. Ela olhou para ele. "Você não leu orgulho e preconceito", afirmou categoricamente.
"Por que não?"
"Porque Jane Austin era um ser humano."
Ele olhou para ela impenetrável e disse: "Como você sabe?"
Bom ponto. Como ela poderia realmente saber quem na história humana teve
do ser humano? E quanto a Galileu? Newton? T YCHO Brahe?
"Bem, Jane Austin era uma mulher", disse ela, re tratamento para uma área mais segura. "E
você é um chauvinista, '
"Sim, bem, que eu não posso discutir."
Mary-Lynnette começou a andar novamente. Ele seguiu. "Então, agora eu posso dizer-lhe como, ardentemente eu amo e admiro você?"
Outra citação. "Eu pensei que suas irmãs disseram que você festejava o tempo todo."
Ash entendido. "Eu faço", disse defensivamente. "Mas na manhã seguinte à festa você tem que ficar na cama. E se você está na cama, assim você pode ler alguma coisa"
Andaram.
"Afinal, somos almas gêmeas", disse Ash. "Eu não posso ser completamente estúpido, ou eu ia
estar completamente errado para você".
Mary-Lynnette pensou sobre isso. E sobre o fato que Ash soou quase humilde. Que ele certamente nunca soou antes.
Ela disse "Ash... não sei. Quero dizer, nós somos errados para os outros. Somos apenas
basicamente incompatíveis. Mesmo se eu fosse um vampiro, basicamente, seriamos incompatível."
"Bem". Ash ripando em algo com o seu ramo de teixo. Ele falou como se ele meio
devesse ser ignorado.
"Bem, sobre isso... eu acho que poderia mudar sua mente."
"Sobre o quê?"
"Ser incompatível. Acho que poderíamos classificar de ser bastante compatível se..."
"Se?" Mary-Lynnette disse e o silêncio se arrastou. "Bem, se eu beijasse você?
"Sim, eu sei que é um conceito radical. Eu tinha certeza que você não iria querer. "Ele golpeou a outra árvore." É claro que os seres humanos têm feito isso a milhares
de anos."
Observou ele de lado, Mary-Lynnette disse: "será que você beijaria um gorila de três mil quilos."
Ele piscou duas vezes." Oh, obrigado. "
"Eu não quis dizer que você parecia um".
"Não me diga, deixe-me adivinhar. Eu cheiro como um?"
Mary- Lynnette os lábios em um sorriso triste. "Quer dizer que você é muito mais forte
do que eu. Quer beijar um gorila fêmea que poderia esmagá-lo com um amasso? Quando você não podia fazer nada sobre isso?"
Ele olhou para o lado. "Bem, você não está exatamente nesta posição, é você?"
Mary-Lynnette disse: "eu não posso? Parece-me como se eu tenho que tornar-me um vampiro apenas para lidar com você em um nível igual."
Ash disse," Aqui".
Ele estava a oferecer o seu ramo de teixo. Maria Lynnette olhou para ele. "Você quer me dar o sua vara."
"Não é uma vara, é a maneira de lidar comigo em um nível igual." Ele colocou a ponta final do ramo contra a base de sua garganta, e Mary-Lynnette viu que era afiada.
Ela estendeu a mão para tomar o outro lado e achou que a vara era surpreendentemente dura e pesada.
Ash estava olhando diretamente para ela. Era muito escuro para ver qual a cor de seus olhos, mas sua expressão era inesperadamente sóbria. "Um bom empurrão", disse
ele. "Primeiro, aqui e em seguida, no coração. Você poderia eliminar o problema da sua vida."
Mary-Lynnette deu um empurrão, mas delicadamente. Ele deu um passo para trás. E outra. Ela o apoiou contra uma árvore, segurando o bastão em seu pescoço como uma
espada.
"Eu realmente queria dizer apenas se você for realmente sério", disse Ash ele veio para cima
da ponta do tronco nu de cedro. Mas ele não fez um movimento para defender a si mesmo. "E a verdade é que você não precisa mesmo de uma lança assim. Um lápis no
lugar certo faria isso."
Mary-Lynnette estreitou os olhos para ele, agitando o teixo vara sobre o seu corpo
como um esgrimista recebendo o intervalo. Então, ela foi removida. Ela deixou-a cair ao chão. "Você realmente mudou" disse ela.
Ash disse simplesmente: "Eu mudei muito nos últimos dias que eu nem sequer
me reconhecer no espelho."
"E você não matou a sua tia." "Você não esta aqui por isso?"
"Não. Mas eu sempre quis saber um pouco. Tudo bem, eu vou te beijar".
Foi um pouco embaraçoso, manter a posição. Mary-Lynnette nunca tinha beijado um garoto antes. Mas uma vez que ela começou, ela descobriu que era simples. E... Agora,
ela viu o que a sensação elétrica das almas gêmeas era para ser. Todas as sensações que ela sentiu ao tocar a mão, só se intensificou. E não eram desagradáveis.
Era apenas desagradável se você estava com medo dele. Depois disso, Ash afastou. "Não há. Você vê", disse ele tremendo.
M
Mary-Lynnette tomou algumas respirações profundas. "Eu suponho que isso é o que se sente ao
cair em um buraco negro."
"Ah. Sorry".
"Não, quero dizer foi interessante." Singular, ela pensou. Diferente de qualquer coisa que ela nunca tinha sentido antes. E ela tinha a sensação de que ela seria
diferente a partir de agora, que ela nunca poderia voltar a ser a mesma pessoa que ela tinha sido. Então, quem sou eu agora? Alguém feroz, eu acho. Alguém que iria
gostar atravessar a imensidão do escuro debaixo de estrelas brilhantes como sóis em miniatura, e talvez até mesmo caçar um veado. Alguém que possa rir da morte como
as irmãs fazem. Eu vou descobrir uma supernova e eu assobio quando algum corpo me ameaça. Eu serei bela e assustadora e perigosa e, claro, eu vou beijar Ash de novo.
Ela estava tonta, quase subindo com alegria. Eu sempre amei a noite, ela pensou. E eu vou finalmente lhe pertencer completamente.
"Mary-Lynnette?" Ash disse hesitante. "Você gostou?"
Ela piscou e olhou para ele. Focalizado. "Eu quero que você me transforme em um vampiro", disse ela.
Não sinto como uma picada viva desta vez. Foi rápido e quase pressão agradável como sendo liberado. E então os lábios de Ash estavam em seu pescoço, e ai que foi
definitivamente agradável. Calor irradiado da sua boca. Mary-Lynnette viu-se acariciando a sua nuca e percebeu que seu cabelo era macio, tão agradável ao toque como
pêlo de gato.
E sua mente... De todas as cores do espectro. Crimson e ouro, jade e violeta e azul e esmeralda profunda. Um espinho emaranhada floresta de cores iridescentes que
passou de segundo ao segundo. Mary-Lynnette estava deslumbrada. E meio assustada. Havia trevas entre as cores brilhantes. Coisas que Ash havia feito no passado...
Coisas que ela podia sentir que ele estava envergonhado de agora. Mas a vergonha não alterou os próprios atos. Eu não sabia, mas eu vou fazer para eles, de alguma
forma. Você vai ver, vou encontrar uma maneira...
Então essa é a telepatia, Mary-Lynnette pensou. Ela podia sentir Ash como se dissesse
palavras, sinto que ele queria dizer-lhes com sinceridade desesperada e sinto que há muito para compensar. Eu não me importo. Estou indo para ser uma criatura das
trevas, também. Eu faço o que está na minha natureza, sem arrependimentos. Quando Ash começou a levantar a cabeça, ela apertou seu punho, tentando mantê-lo lá.
"Por favor, não me tente," Ash disse em voz alta, sua voz rouca, seu hálito quente
em seu pescoço. "Se eu tomar muito, vai fazer que você fique gravemente fraca. Quero dizer que, te amo."
Ela o deixouele ir. Ele pegou a vara de teixo e fez um pequeno corte na base da garganta, inclinando a cabeça para trás como um cara barbea o queixo. Mary-Lynnette
percebeu que ele não tinha feito isso à toa. Sentiu a sensação. Quase incrédula, ela colocou seus lábios para seu pescoço. Estou bebendo sangue. Eu sou um caçador
já. Enfim, eu estou bebendo sangue e gosto dele, talvez seja porque ele não tem gosto de cobre no sangue e medo. Tem um gosto estranho e mágico e antigo como as
estrelas.
Quando Ash suavemente se separou, balançava a seus pés.
"É melhor ir para casa", disse ele.
"Por quê? Eu estou bem."
"Você está indo porque vai ficar mais fraca. E nós estamos indo para concluir a alteração de
você em um vampiro -"
"Se"
"Tudo bem, quando. Mas antes que nós fazemos, nós precisamos conversar. Eu preciso explicar tudo para você, temos que descobrir os detalhes. E você precisa descansar."
Mary-Lynnette sabia que ele estava certo. Ela queria ficar aqui, sozinha com Ash na
catedral escura da floresta, mas ela se sentia fraca. Lânguida. Aparentemente, foi
trabalho duro se tornar uma criatura das trevas. Dirigiram-se para trás como eles tinham vindo. Mary-Lynnette podia sentir a mudança dentro de si, era mais forte
do que quando ela tinha trocado de sangue com os três meninas. Sentia-se simultaneamente frágil e hipersensível. Como se todos os poros fossem abertos. O luar parecia
muito mais brilhante. Ela podia ver as cores cara-pálida a verde galhos caídos de cedro, as flores silvestres bico de papagaio roxo misterioso crescimento do musgo.
E a floresta não era mais calada. Ela podia ouvir sons fracos estranhos como a suave e ardentes agulhas do pinheiro no vento, e seus próprios passos em cima dos
fungos e galhos irregulares. Eu até posso cheirar melhor, pensou. Este lugar cheira a incenso de cedro, e decomposição das plantas, e algo realmente selvagem, como
algo do
zoológico. E algo quente... Mecânica. É picando suas narinas. Ela parou e olhou para Ash em alarme.
"O que é isso?"
0 Ele tinha parado também. "cheira a borracha e óleo..."
"Oh, Deus, o carro" Mary-Lynnette disse. Eles se entreolharam por um momento, então simultaneamente viraram partindo uma corrida. Era o carro. Uma grande nuvem
de fumaça branca sob o capô fechado. Mary-Lynnette começou a se aproximar, mas Ash a puxou de volta para o lado da estrada. "Eu só deseja abrir o capô"
"Não. Olhar. Lá". Mary-Lynnette olhou e suspirou. As línguas de fogo foram arremessando por baixo à fumaça. Lambendo fora do motor. Claudine sempre disse que isto
ia acontecer", disse ela tristemente como Ash puxou volta mais: "Só acho que ela quis dizer isso iria acontecer comigo lá dentro."
"Nós vamos ter de ir para casa", disse Ash. "Antes que alguém veja o fogo..."
"Não é um acaso", Mary-Lynnette disse. E isso é o que você recebe por ter um menino
para um lugar mais isolado, no Oregon, sua voz interior disse triunfante.
"Eu não acho que você pode se transformar em um morcego ou alguma coisa e voar de volta", ela sugeriu.
"Desculpe, mas fui reprovado na metamorfose. E eu não iria te deixar aqui sozinha de qualquer maneira."
Mary-Lynnette ainda sentia imprudente e perigoso, que fez sua impaciente.
"Eu posso cuidar de mim", disse ela.
E isso foi quando o clube desceu e Ash acamparam em frente inconsciente.
CAPÍTULO 16
Depois disso, as coisas aconteceram muito rápido, e ao mesmo tempo era como um sonho
lento. Mary-Lynnette sentia braços amarrados trás. Algo estava puxando suas mãos juntas, algo forte. Então ela sentiu a mordida do cabo em seus pulsos, e ela percebeu
o que estava acontecendo. Amarrada, estou indefesa, Eu tenho que fazer algo rápido... Ela lutou, tentando afastar- se, tentando chutar. Mas já era tarde demais.
Suas mãos estavam seguras pelas costas e alguma parte de sua mente ela se perguntou o que as pessoas fazem naqueles programas policiais quando estão sendo algemadas.
Seus ombros estavão sendo feridos enquanto ela estava sendo arrastada, ela deu um grito de agonia e foi jogada contra uma arvore.
"Pare de lutar", uma voz rosnou. Uma voz grossa, distorcida, ela não reconheceu. Ela tentou ver quem era, mas a árvore estava no caminho. "Se você relaxar, não vai
doer."
Mary-Lynnette continuou a lutar, mas não fez qualquer diferença. Ela poderia sentir a casca profundamente sulcada da árvore contra as mãos atrás e agora ela não
podia se mover. Oh, meu Deus, oh, Deus, eu não posso fugir. Eu já estou fraca da mordida de Ash e agora não consigo me mexer. Então pare de entrar em pânico e pense,
a sua voz interior disse ferozmente. Use o seu cérebro em vez de ficar histérica. Mary-Lynnette parou de se debater. Ela estava ofegante e tentou obter o controle
do seu terror.
"Eu disse a você. Só dói quando você luta. Muitas coisas são assim," a voz. Mary-Lynnette torceu a cabeça e viu quem era. O coração dela deu uma guinada doente.
Ela não deveria ter sido surpreendida, mas ela estava surpreendida e infinitivamente decepcionada. "Oh, Jeremy," ela sussurrou.
Só que era uma Jeremy diferente do que ela conhecia. Seu rosto era o mesmo, seus cabelos, suas roupas, mas havia algo estranho sobre ele, algo poderoso e assustador
e... Incognoscível. Seus olhos eram tão desumanos e planos como um tubarão. "Eu não quero te machucar", disse ele com uma voz distorcida. "Eu apenas amarrei você,
porque eu não quero que interfira".
Mary- Lynnette registrou coisas diferentes em diferentes camadas. Uma parte disse: Meu Deus, ele está tentando ser amigável, e outra parte, disse, para não interferir
com o quê? E uma terceira parte apenas repetia Ash. Ela olhou para Ash. Ele estava deitado ainda, e Mary-Lynnette se maravilhou com seus novos olhos que se podia
ver as cores ao luar viu que seu cabelo loiro foi embebido com sangue. No terreno ao lado dele era um clube feito de teixo de alburno duro amarelo. Não admira que
ele esteja inconsciente. Mas se ele estava sangrando, ele não estava morto, oh, Deus, por favor, ele não pode estar morto, Rowan disse que só estacas e fogo matam
vampiros...
"Tenho que cuidar dele", disse Jeremy. "E então eu vou deixar você ir, eu prometo. Depois que eu explicar tudo, você vai entender."
Mary-Lynnette olhou para cima de Ash para o estranho com cara de Jeremy. Com um choque, ela percebeu o que significava por "cuidar". Três palavras que eram apenas
parte da vida de um de um lobisomem caçador. Então, agora eu sei sobre lobisomens. Eles são assassinos e que eu estava certa o tempo todo. Rowan estava errada.
"Só vai demorar um minuto", disse Jeremy e os lábios recuaram.
O coração Mary-Lynnette parecia bater violentamente dentro do peito. Porque os lábios dele foram mais longe até do que os lábios do qualquer ser humano poderia.
Ela podia ver as gengivas, branco-rosa. E ela podia ver porque sua voz não soou como Jeremy's, os dentes.
Dentes brancos ao luar. Os dentes do seu sonho. Os dentes Vampiro foram nada comparado a este. Os incisivos na frente foram feitos para cortar carne de suas presas,
os caninos eram dois centímetros de comprimento, olhou os dentes atrás deles cisalhados feitos para corte e. Mary-Lynnette de repente lembrou algo que Vic Kimble
havia dito três anos atrás. Ele disse que um lobo agarrou o rabo de uma vaca adulta e cortou como tesouras de poda. Ele estava reclamando que alguém havia deixado
um lobo misturado com cão, solto e ele estava indo atrás de seu gado... Só que é claro que não foi um cruzamento, Mary-Lynnette pensou. Foi
Jeremy. Vi ele todos os dias na escola e, em seguida, ele deve ter ido para casa Para caçar. Só agora, ele realmente olhou pra Ash, Jeremy olhou completamente e
tranquilamente insano.
"Mas por quê?" Mary-Lynnette explodiu. "Por que você quer machucá-lo?"
Jeremy olhou para cima e ela teve outro choque. Seus olhos eram diferentes. Antes ela tinha visto eles um flash em branco na escuridão. Agora eles não tinham brancos
em tudo. Eles
eram marrons líquido com grandes pupilas. Os olhos de um animal. Por isso, não precisa ser uma lua cheia, ela pensou. Ele pode mudar a qualquer momento.
"Você não sabe?", disse ele. "Será que ninguém entende alguém? Este é o meu território".
Ah. Oh... Por isso, era tão simples como isso. Depois de todas as suas idéias e discussões e
trabalho de detetive. No final, foi algo tão básico como um animal protegendo a sua faixa.
"Para um intervalo de caça, que é pequeno", disse Rowan.
"Eles estavam tirando a minha caça", disse Jeremy. "Meu veados, meus esquilos. Eles não
tem direito de fazer isso. Eu tentei fazê-los sair, mas eles não quiseram. Eles permaneceram e continuaram a matar..."
Ele parou de falar, mas um novo som veio dele. Começou quase baixo para a audição de Mary-Lynnette, mas o ribombar golpeou como algo primitivo. Era tão estranho
e desumano como um enxame de abelhas. Aumentou. Ele estava rosnando. E era real. O rosnado que um cão que faz.
"Jeremy!" Mary-Lynnette gritou. Atirou-se para frente, ignorando a faixa branca e a dor nos ombros. Mas o cabo a manteve no lugar. Ela foi empurrada para trás.
E Jeremy atacou Ash,respirou, arremessou a cabeça para a frente como uma cobra, como um cachorro mordendo, como todo animal que mata com os seus dentes. Mary-Lynnette
ouviu alguém gritando "Não!" e só mais tarde percebeu que era a ela. Ela lutou com a corda, e ela podia sentir ardor e umidade nos pulsos. Mas ela não conseguia
se livrar e não podia deixar de ver o que estava acontecendo na frente dela. E todo o tempo rosnava, Mary-Lynnette colocou a própria cabeça no peito. Foi quando
alguma coisa ocorreu. Alguma parte de Mary-Lynnette que era mais forte do que o pânico tomou conta. Ele recuou e olhou para o toda a cena na beira da estrada: o
carro, que ainda estava em chamas, às nuvens de fumaça asfixiante se moviam sempre que o vento soprava o caminho, a figura de Ash, as agulhas sobre o pinheiro, o
borrão de movimento onde estava rosnando Jeremy.
"Jeremy!" disse ela, e sua garganta doía, mas sua voz era calma e comandante. "Jeremy, antes de fazer isso você não quer que eu entenda? Você disse que era isso
que você queria. Jeremy me ajude a entender." Por um longo segundo ela pensou com desânimo que não estava fazendo um bom trabalho. Que ele não podia nem ouvir ela
falar. Mas, então, sua cabeça se levantou. Ela viu seu rosto, ela viu o sangue em seu queixo. Não grite, não grite, Mary-Lynnette disse a si mesma freneticamente.
Não mostre qualquer choque. Você tem que mantê-lo falando, mantê-lo longe de Ash. Atrás dela as mãos estavam trabalhando automaticamente tentando sair de cordas
era algo que eu sempre soube como fazer. A umidade realmente
ajudou. Ela podia sentir os cabos se afrouxando um pouco.
"Por favor, me ajude a entender", disse ela novamente, sem fôlego, mas tentando manter
Olhos de Jeremy. "Eu sou sua amiga, você sabe disso." As Gengivas esbranquiçadas Jeremy's foram semeadas com o vermelho. Ele ainda tinha feições humanas, mas não
havia nada sobre humanos em sua cara. Agora, porém, lentamente, seus lábios, desceu para cobrir as suas gengivas. Ele parecia mais um pessoa e menos como um animal.
E quando ele falou, sua voz foi distorcida, mas ela poderia reconhecê-lo como a voz de Jeremy.
"Nós vamos voltar", disse ele. "Eu vi você desde que éramos crianças e eu vi
você me dar atenção."
Mary-Lynnette assentiu. Ela não conseguiu obter qualquer palavras para fora.
"Eu sempre imaginei que um dia, quando fossemos mais velhos, talvez ficassem juntos. Eu pensei que talvez pudesse fazer você entender. Sobre mim. Sobre tudo. Eu
pensei que você era a única pessoa que não ficaria com medo..."
"Eu não estou", disse Mary-Lynnette, e esperava que sua voz não estivesse tremendo muito.
Ela estava falando com uma figura em uma camisa respingada de sangue agachado sobre um corpo rasgado, como uma besta ainda pronta para atacar. MaryLynnette não ousou
olhar para a Ash e ver o quanto ele estava ferido. Ela manteve os olhos fechados em Jeremy. "E eu acho que posso entender. Você matou a Sra. Burdock não é? Porque
ela estava no seu território".
"Não ela," disse Jeremy, e sua voz era aguda com impaciência. "Ela era apenas uma velha senhora, ela não caçava. Eu não me importava com ela no meu alcance. Eu mesmo
fiz
coisas para ela, como a fixação de seu muro e alpendre E isso foi quando ela me disse que eles estavam vindo. Essas meninas".
Apenas o que ela lhe disse, Mary-Lynnette pensou, atordoado com a revelação. E ele estava lá, fixando a cerca. como ele faz biscates para todos. "Eu disse a ela
que não iria funcionar." Mary-Lynnette poderia ouvi-lo novamente, o início de um rosnado ressoar. JerEmy estava tenso e tremendo, e ela podia sentir tremer também.
"Três caçadores a mais neste pouco lugar... eu disse a ela, mas ela não quis ouvir. Ela não podia ver. Então eu perdi o meu temperamento".
Não olhe para Ash, não chame a atenção para ele, Mary-Lynnette pensou desesperadamente. Jeremy seus lábios estavam puxados para trás outra vez, como se ele fosse
atacar. Ao mesmo tempo, uma parte distante de sua mente disse: Então é por isso que ele usou um piquete = Ash estava certo, era um impulso de momento.
"Bem, ninguém pode perder a paciência", disse ela, e mesmo que a voz dela rachasse e houvesse lágrimas em seus olhos, Jeremy pareceu se acalmar um pouco.
"Depois, eu pensei que talvez fosse o melhor", disse ele, parecendo cansado. "Eu
pensei que quando as meninas A encontrasse, elas saberiam que tinham de sair. Esperei elas fazerem isso. Eu sou bom em espera". Ele estava olhando a floresta.
Coração batendo, Mary-Lynnette agarrou a oportunidade de dar uma olhada em Ash.
Oh, meu Deus, ele não está se movendo. E há muito sangue... Eu nunca vi tanto sangue...
Ela torceu-lhe os pulsos e para trás, tentando encontrar algum em dar as cordas.
"Eu esperei, mas elas não vão embora", disse Jeremy. Mary- Lynnette olhos de pressa para ele. "E você veio. Ouvi Mark conversando com Jade no jardim. Ela disse que
tinha decidido que ela ia gostar daqui. E depois... Eu fiquei bravo. Eu fiz um barulho e me ouviram." Seu rosto estava mudando. Mary- Lynnette's olhou as Maçãs do
rosto foram ampliando, o nariz e a boca
saliente. O cabelo rasteiro entre as sobrancelhas, transformando-os em uma linha reta. Ela podia ver individuais pêlos grosseiros brotando, escuros contra a pele
pálida. Eu estou ficando doente...
"Qual o problema Mary-Lynnette?" Ele se levantou e viu que seu corpo foi mudando também. Era ainda um corpo humano, mas a pele era demasiada fina e esticada. Como
se fosse apenas ossos longos e nervos.
"Nada há de errado", Mary-Lynnette disse em um sussurro. Ela torceu violentamente suas cordas e sentiu uma mão deslizar. Isso agora preciso mantê-lo distraído, move-lo
para longe de Ash... "Vá em frente", disse ela ofegante. "O que aconteceu então?
"Eu sabia que tinha de lhes enviar uma mensagem. Voltei à noite seguinte com a
cabra, mas você estava lá novamente. Você fugiu de mim para o galpão. "Mudou-se
de novo o luar pegou os olhos e refletiu. O brilhou fluido laranja-esverdeado. Mary-Lynnette só podia olhar. Aquela sombra na clareira, aqueles olhos que eu vi.
Não é um coiote. Era ele. Ele tinha nos seguido em todos os lugares próprio pensamento fez sua pele flutuar. Mas havia outra pensei que era pior a imagem dele matar
o cabra. Fazê-lo com cuidado, metodicamente como uma mensagem. Foi por isso que ele não comeu o coração e o fígado, Mary-Lynnette pensou. Ele não matou para a alimentação
não um jeito de matar normal de lobisomem. E ele não é um lobisomem normal. Ele não era nada parecido com o que havia descrito Rowan, um animal nobre que a caça
comer. Em vez disso, ele foi... um cachorro louco.
De todas as pessoas, Ash tinha o direito a suas piadas sobre a raiva...
"Você é tão bonita, você sabe", disse Jeremy suavemente. "Eu sempre pensei isso. Eu amo o seu cabelo." Ele estava certo em seu rosto. Ela podia ver os poros em sua
pele com os pêlos grosseiros crescendo fora deles. E ela podia sentir o cheiro dele, o cheiro de um selvagem
zoológico. Ele estendeu a mão para tocar seus cabelos, e sua mão estava escura, com grossas unhas. Mary-Lynnette podia sentir seus olhos cada vez maior. Diga alguma
coisa... diga alguma coisa... não mostre que você está com medo.
"Você sabia que o marido da Senhora Burdock foi morto", ela disse.
"Ela me disse que há muito tempo", disse Jeremy quase ausente, ainda deslocando a sua mão no seus cabelos. Ele mudou tanto que sua voz foi ficando difícil de compreender.
"Eu usei pauzinhos de meus modelos... você sabe que eu faça modelos. E uma íris preta para ele. Ash. "Jeremy disse o nome com ódio puro." Eu o vi naquele dia com
a sua estúpida camiseta. The Black Iris Club. meu tio pertenceu uma vez. Trataram-no como se fosse de segunda classe".
Seus olhos estavam centímetros de Mary-Lynnette's; sentiu a escova de uma unha na orelha. De repente, ela teve forças para dar um arranco violento por trás dela
vai e veio uma mão livre. Ela congelou, com medo de que Jeremy notaria. "Eu joguei o bode na varanda e corri," Jeremy disse, quase sussurrando as Palavras para MaryLynnette.
"Eu sabia que você estava todo lá dentro. Eu estava tão louco eu matei matou o cavalo e eu continuei a correr. Despedacei janela do posto de gasolina. Eu estava
indo lá para baixo, mas então eu decidi esperar". Sim, e sim, e sim, Mary-Lynnette pensou, trabalhando cuidadosamente com seu
outro pulso livre, mesmo quando ela olhou nos olhos de louco Jeremy e cheirava sua
respiração animal. Sim, claro que foi você que ouvimos fugir e você não caiu no buraco na varanda porque você sabia que estava lá, porque você estava consertando
E sim, você foi à pessoa que quebrou a janela quem mais odiaria o posto de gasolina, mas alguém que trabalhou lá? Seus dedos afrouxaram a corda fora de seu outro
pulso. Ela sentiu uma onda de feroz triunfo, mas ela controlou sua expressão e apertou as mãos, tentando pensar no que fazer. Ele era tão forte e tão rápido... Se
ela simplesmente se jogasse para ele, ela não teria uma chance.
"E hoje você veio para a cidade todos juntos", JerEmy disse, terminando a história silenciosamente, através de uma boca tão desumana que era difícil acreditar que
podia falar
Inglês. "Ouvi do jeito que ele estava falando com você. Eu sabia que ele queria você e ele
queria transformá-la em um deles. Eu tinha que protegê-la contra isso."
Mary-Lynnette disse quase constantemente, "Eu sabia que você queria me proteger. Eu poderia dizer Jeremy. "Ela estava sentindo mais a casca enrugada cicuta atrás
dela. Como
ela poderia atacá-lo quando ela não tinha sequer um pedaço de pau para uma arma? E mesmo se ela tivesse a madeira não era boa. Ele não era um vampiro. Jeremy recuou.
Alívio tomou conta de Mary-Lynnette-por um segundo. Então ela viu com horror que ele estava arrancando a camisa, puxando-a para fora. E embaixo... não houve pele.
Em vez disso, houve o cabelo. Uma pele que contraiu e tremeu no ar a noite. "Segui vocês ate aqui queimei o carro assim você não podia sair", disse Jeremy." Ouvi
dizer que queria ser um vampiro."
"Jeremy, o que acabou de falar..." Foi como se ela não tivesse falado. "Mas isso foi um erro. Lobisomens são muito melhor. Você vai entender quando eu te mostrar.
A lua parece tão bonita quando você é um lobo."
Oh, meu Deus foi isso o que ele queria dizer proteger ela, fazendo-a compreender. Ele quis mudar-la em algo parecido com ele. Eu preciso de uma arma.
Rowan tinha dito prata é prejudicial para os lobisomens, de modo à velha-bala de prata
legendaria deve ser verdade. Mas ela não tinha uma bala de prata. Ou até mesmo um punhal prata
..
Um punhal de prata... uma faca de prata... Atrás Jeremy vagão da estação era quase invisível nas nuvens de fumaça. E agora o fumo teve o brilho vermelho do fogo
descontrolado.
É muito perigoso, Mary-Lynnette pensou. Jeremy ainda estava falando, sua voz selvagem agora. "Você não vai perder o Mundo da Noite Todas as suas restrições estúpido,
não matar seres humanos, não caça com muita freqüência. Ninguém me diz como caçar. Meu tio tentou, mas teve o cuidado"
De repente, a criatura não era realmente uma pessoa mais quebrou e virou acentuadamente. Mary-Lynnette viu seus lábios foram para trás outra vez, viu seus dentes
separados e pronto para morder. No mesmo instante, viu Ash porque estava se movendo. Sentando-se, apesar de sua garganta cortada. Olhando em volta atordoado. Ele
viu Mary-Lynnette, e seus olhos pareciam se concentrar. Então ele olhou para a coisa que Jeremy tinha se tornado.
"afaste-se dela", gritou em uma voz que Mary-Lynnette nunca o tinha ouvido falar
antes. Uma voz cheia de fúria mortal. Mary-Lynnette podia vê-lo mudar de posição em um movimento rápido gracioso, reunindo seus músculos debaixo dele para saltar
Mas o lobisomem saltou primeiro. Surgindo como um animal, exceto que Jeremy ainda tinha os braços, e um lado foi para o clube de teixo. O clube bateu lateralmente
na cabeça de Ash. E então ele saltou fora do alcance do tapete de agulhas. O lobisomem não precisa mostrar os seus dentes. Ela estava indo para rasgar a garganta
de Ash, como o cavalo.
Mary-Lynnette estava correndo. Não para Ash. Ela não poderia ajudá-lo sem luvas. Ela correu em direção ao carro, nuvens de fumaça sufocante. Oh, Deus, isto esta
quente. Por favor, deixe-me chegar lá... Ela podia sentir o calor no rosto, nos braços. Lembrou-se de algo da classe da escola primária de segurança e caiu de joelhos,
codificação e rastreamento, onde o ar era mais fresco. E então ela ouviu o som atrás dela. O som mais misterioso de um lobo uivando.
Ele sabe o que estou fazendo. Ele havia visto aquela vez faca na capa de gás. Ele vai me parar...
Ela atirou-se cegamente a fumaça e ao calor, e atingiu o carro. chamas Laranja estavam atirando loucamente do motor, e a maçaneta da porta queimou sua mão quando
ela lhe tocou. Ela se atrapalhou, doía para ela. Abra, abra... A porta se abriu. O ar quente soprado em torno dela. Se ela tivesse sido completamente humana ela
não teria sido capaz de suportá-la. Mas ela tinha trocado de sangue com quatro vampiros em dois dias, e ela não é totalmente humana mais. Ela não era Mary-Lynnette
mais... mas ela era capaz de matar? Chamas lambendo até debaixo do painel. Ela tateou sobre o banco de vinil. Meteu a mão sob o banco do motorista. Encontrar! Encontrar!Seus
dedos tocaram o metal da faca. A faca de prata com frutas da época vitoriana desdobrando ela lembrou da Sra. Burdock. Estava muito quente. Sua mão dosado sobre ela,
e ela puxou-a sob o assento e voltou... então algo veio voando por trás dela. A movimento foi instintivo, ela teve de enfrentar o que estava atacando ela. Houve
um momento em que ela poderia ter inclinado para trás ou para o chão ou para si mesma. E se ela tivesse sido a Mary-Lynnette dos velhos tempos, ela poderia ter feito
isso. Ela não. A faca enfrentou a coisa que tentou atacar ela. E quando a coisa aterrou em cima dela, ela sentiu o impacto em seu pulso e todo o caminho até seu
braço. A parte distante de sua mente disse: Foi em limpa entre as costelas... E então, tudo era muito confuso. Mary-Lynnette sentiu os dentes em seu cabelo, no seu
pescoço. Ela sentiu as garras arranhando-a, deixando vergões em seus braços. A coisa estava a atacar, peluda e pesado e não era uma pessoa ou mesmo
uma meia-pessoa. Era um lobo grande, rosnando. Ela estava segurando a faca, mas era difícil manter seu controle sobre ela. Ele empurrou, torcendo seu pulso em uma
direção impossível. Foi sepultado no peito do lobo. Por apenas um instante, a coisa se afastou, ela deu uma boa olhada nele. Um belo animal. Elegante e bonito, mas
com os olhos loucos. Ele estava tentando
matá-la com sua última respiração. Oh, Deus, você me odeia, não é? Eu escolhi Ash sobre você, eu o feri com prata. E agora você está morrendo. Você deve sentir-se
traído assim...
Mary-Lynnette começou a tremer violentamente. Ela não podia mais fazer isso. Deixou
ir à faca e empurrou e chutou o lobo com os braços e pernas. ela conseguiu chegar a poucos metros de distância. O lobo era uma silhueta contra um fundo de fogo.
Houve um poof muito suave, contido. O carro inteiro balançou como algo em agonia e, em seguida, a bola estava em todo lugar. Mary-Lynnette encolheu-se contra o chão,
mas ela teve que assistir. Então isso é o que parece. Um carro em chamas. Não é o tipo de grandes explosão que se ouve nos filmes. Apenas um fracos. E então, apenas
o fogo, subindo para cima. Ela foi pra longe do calor, ainda engatinhando, mas não conseguia parar de olhar. chamas Laranja. Isso era tudo que restava da station
wagon agora. Chamas alaranjadas. O lobo não saiu das chamas. Mary-Lynnette sentou-se. A Fumaça na garganta, e quando ela tentou gritar "Jeremy" saiu como um grasnar
rouco. O lobo ainda não saiu. E nenhuma maravilha, com uma faca de prata em seu peito e fogo ao seu redor. Mary-Lynnette sentou os braços em volta de si mesma, e
assistiu o bem do carro. Ele teria me matado. Como qualquer bom caçador. Eu tive que me defender, eu tinha que salvar Ash. E as meninas... ele teria matado todos
eles. E então ele teria matando mais pessoas que gostem de pedestrianismo... Ele estava louco e completamente mal, porque
ele faria qualquer coisa para conseguir o que queria. E ela o tinha visto desde o início como um bom garoto. Ela deveria ter confiado em seus sentimentos em primeiro
lugar. Quando ela percebeu que tinha resolvido o mistério de Jeremy e que não foi um final feliz. Ela estava tremendo, mas ela não podia chorar. O fogo rugia diante.
faíscas regado para cima. Eu não me importo se ele foi justificado. Não era como matar no meu sonho. Não foi fácil e não era natural e nunca vou esquecer a maneira
como ele olhou para mim... Então pensou Ash.
Ela tinha sido tão paralisada que tinha quase esquecido dele. Agora ela virou-se, com muito medo de olhar. Ela fez-se engatinhar até onde ele ainda estava mentindo.
Tanto sangue... Como ele pode estar bem? Mas se ele está morto... se estiver tudo foi por nada... Mas Ash estava respirando. E quando ela tocou seu rosto, tentando
encontrar uma limpa o sangue, ele se moveu. Ele se mexeu, então ele tentou se sentar. "Fique aí." A camisa e jeans de Jeremy estavam no chão. Mary-Lynnette escolheu
a camisa e esfregou no pescoço de Ash. "Ash fique ai..." Ele tentou se sentar novamente.
"Não se preocupe. Eu vou te proteger".
"Deite-se", Mary-Lynnette disse. Quando ele não fez, ela empurrou para ele. "Há nada a fazer. Ele está morto."
Ele caiu para trás, fechando os olhos. "Eu o matei?"
Mary-Lynnette fez um som estrangulado que não era exatamente um riso. Ela estava
tremendo de alívio por Ash conseguir respirar e falar, e ele mesmo parecia seu eu normal. Ela não tinha idéia de como bom que poderia soar. E por baixo a camisa
ela podia ver que seu pescoço estava já se curando. O que tinha sido cortes estavam tornando-se cicatrizes rosa.
Carne Vampiro é incrível.
Ash engoliu. "Você não respondeu à minha pergunta."
"Não. Você não o matou. Eu fiz."
Seus olhos se abriram. Eles apenas se entreolharam por um momento. E nesse momento, Mary-Lynnette sabia que eles estavam pensando um monte de coisas.
Então Ash disse: "Sinto muito", e sua voz nunca esteve tão tola. Ele empurrou a camisa fora e sentou-se. "Eu sinto muito."
Ela não soube quem chegou primeiro, mas eles estavam abraçados. E Mary-Lynnette estava pensando em caçadores e perigo e rindo de morte. Sobre tudo o que significava
realmente pertencem à noite. E sobre como ela iria nunca se olhar no espelho e ver a mesma pessoa que costumava ver.
"Pelo menos isso já é demais", disse Ash. Ela podia sentir seus braços em volta dela, a sua
calor e de solidez, o seu apoio. "Não haverá mais mortes. nunca mais". Foi, e assim foram um monte de outras coisas. O primeiro soluço foi difícil sair. Tão difícil
que ela tenha pensado que haveria ser uma pausa antes da próxima, mas não. Não houve pausa entre um e o seguinte, ou na próxima ou na próxima. Ela chorou por um
longo tempo. E o fogo queimou La fora e as faíscas voaram para cima e Ash segurou-a o tempo todo.
CAPÍTULO 17
"Bem, ela não estava dizendo nada aos seres humanos, mas ela não desafia a autoridade do
Mundo da Noite", Ash disse em sua voz mais preguiçosa, descuidada.
Quinn disse sucintamente, "Como?"
Era uma tarde de segunda-feira e o sol estava fluindo através da Western janelas da casa da fazenda Burdock. Ash estava vestindo uma camisa nova em folha comprada
a loja Briar Creek geral, uma gola alta com mangas compridas, que abrangeu as quase curadas cicatrizes em seu pescoço e braços. Sua Calça jeans eram branca, e seus
cabelos estavam penteados ao longo da crosta na parte de trás da cabeça.
"Ela sabia sobre um lobisomem desonesto e não contou a Ninguém sobre ele."
"Então ela foi um traidora. E o que você fez?"
Ash deu de ombros. "a empalei."
Quinn riu alto.
"Não, realmente," disse Ash sinceramente, olhando para o rosto de Quinn com o que ele sabia seus olhos azuis estavam arregalados, provavelmente sem maldade. "Viu?"
Sem tirar os olhos de Quinn ele puxou a coxa do sofá.
As sobrancelhas Quinn se ergueram.
Ele olhou por um momento a tia Opal, que tinha sido limpa para que você nunca soubesse que ela havia sido sepultado e que estava empalada no peito.
Quinn tragou. Foi a primeira vez que Ash já tinha o vistoele vacilar.
"Você realmente fez isso," ele disse. Havia respeito relutante em sua voz e choque definitivo.
Você sabe Quinn, eu não acho que está sendo duro pra você fingir. Afinal de contas, não importa se você tenta agir como uma pessoa idosa, que está apenas com dezoito
anos. E você sempre terá dezoito anos, e no próximo ano talvez eu seja mais velho.
"Bem", disse Quinn, piscando rapidamente. "Bem ___ Bem, eu tenho que reconhecer".
"Sim, eu decidi que a melhor coisa a fazer era limpar toda a situação. Ela estava começando, você sabe."
Olhos escuros Quinn se ampliaram um pouco, "Eu tenho que admitir, eu não acho que vocês
que foram implacáveis."
"Você tem que fazer o que tem que fazer. Pela honra da família, claro."
Quinn pigarreou. "Então, o que aconteceu com o lobisomem?"
"Ah, eu tomei o cuidado dele também".
"Desculpe, eu cheiro a cabelo queimado, não é? Caiu um pouco de fuligem
e m mim enquanto o mantinha no fogo..."
"Você o queimou vivo?"
"Bem, é um dos métodos tradicionais..."
"Basta colocar o cobertor de volta, tudo bem? "Ash colocou o cobertor de volta.
"Então, você vê, tudo foi cuidado. Nenhuma pessoa envolvida, no extermínio
necessário".
"Sim, tudo bem..." Quinn ainda estava com os olhos sobre a colcha. Ash decidiu o
momento estava certo.
"E, a propósito, as meninas tinham uma razão perfeitamente legítima para vir. Elas só queriam aprender a caçar. Nada de ilegal nisso, não é?"
"O quê? Oh não." Quinn olhou para a tia Opal e, finalmente, olhou para trás, Ash.
"Então elas estão vindo de volta, agora que elas aprenderam isso."
"Bem, acabou. Elas não têm muito que aprender ainda... assim que estiver hospedado.
"Elas estão ficando?"
.. "Certo. Olha o chefe da família na Costa Oeste, não sou eu? E eu digo que elas estão ficando."
"Ash..."
"Vou dar um tempo lá não tem um posto avançado do mundo da noite nesta área, você não acha? Você vê o que aconteceu sem um. começa a ter famílias de lobisomens vagando.
Alguém tem de ficar aqui e manter a ordem"
"Ash... você não poderia pagar pessoas da noite para servir vocês aqui, se alimentariam só de animais e seres humanos, mas ninguém a se associar com..."
"Sim, é um trabalho sujo, mas alguém tem de fazê-lo. Além disso, não foi você
quem disse que não é bom viver a sua vida inteira isolado em uma ilha?
Quinn olhou para ele, então disse: "Bem, eu não acho que isso é muito melhor."
"Então ela serve para minhas irmãs se endireitarem. Talvez em alguns anos eles vão apreciar a
ilha mais. Em seguida, elas podem entregar o trabalho a alguém."
"Ash... ninguém vai vir aqui."
"Bem". Com a batalha ganha, e Quinn simplesmente olhando aturdido e como se ele
quisesse voltar para Los Angeles, o mais rápido possível, Ash se permitiu uma pequena medida da verdade.
"Eu posso ir visitá-los um dia", disse ele.
"Ele fez um trabalho bonito", disse Rowan naquela noite.
"Nós ouvimos tudo da cozinha. Você teria adorado isso."
Mary-Lynnette sorriu.
"Quinn não posso esperar para ir embora", disse Jade, enlaçando os dedos dela com Marcos.
Kestrel disse a Ash, "Eu só queria estar por perto quando você explicar tudo isso para
Papai".
"É engraçado", disse Ash. "Eu me sinto exatamente o oposto." Todos riram, exceto
Mary-Lynnette. A cozinha grande fazenda estava quente e brilhante, mas as janelas estavam
escurecidas. Ela não conseguia ver nada no escuro, nos últimos dois dias os efeitos da sua troca de sangue tinha desaparecido. Seus sentidos estavam comuns novamente.
"Você tem certeza que você não vai ter problemas?", ela perguntou a Ash.
"Não. Eu vou dizer o nosso pai à maior parte da verdade. um Lobisomem bandido que matou tia Opal e que eu matei o lobisomem. E que as meninas estão melhor aqui,
caçando tranquilamente e cuidando de outros vilões. Não há nada para a família se preocupar... O pai pode verificar o histórico de tudo o que ele quiser."
"Uma família inteira de lobisomens" Kestrel disse pensativo.
"De lobisomens loucos", disse Ash. "Eles eram tão perigosos para o mundo noturno como
qualquer um caçador de vampiros poderiam ser. Deus sabe quanto tempo eles estiveram aqui, o tempo suficiente para conseguir as suas terras chamadas de Mad Dog Creek".
"E para as pessoas se confundem por um Sasquatch", disse Mark.
Olhos castanhos Rowan estava tristes. "E foi por minha culpa que você não sabia", ela disse para MaryLynnette. "Eu disse-lhe que não podia ser o assassino. Desculpe-me."
Mary-Lynnette capturou o olhar dela e segurou-a. "Rowan, você não vai se sentir culpada por isso. Você não poderia saber. Ele não estava matando por comida como
um lobisomem normal. Ele estava matando para proteger seu território e para nos assustar."
"E isso poderia ter funcionado", disse Mark. "Só que vocês não têm outro lugar para ir. "Ash olhou para Mark, e depois em suas irmãs." Tenho uma questão. o território
por aqui vai ser o suficiente para você?"
"Claro", disse Rowan, com surpresa suave.
"Não temos sempre a necessidade de matar os animais", disse Jade. "Estamos ficando boas agora. Podemos tomar um pouco aqui e um pouco ali. podemos até tentar as
cabras."
"Eu prefiro tentar Tiggy", disse Kestrel, e por um momento os olhos de ouro brilhavam. Mary-Lynnette não disse isso, mas às vezes ela se perguntava sobre Kestrel.
Se, talvez, algum dia, Kestrel fosse precisar de um território maior. Ela era muito parecida com Jeremy em alguns aspectos. Bonita, implacável. Uma verdadeira Pessoa
da Noite.
"E quanto a você?" Ash disse, olhando para marck.
"eu? Uh ... Bem, quando vou começar com isso?, eu sou um cara tipo de hambúrguer ..."
"Eu tentei tirá-lo da caça na noite passada," interrompeu Jade. "Você sabe, só para
mostrá-lo. Mas ele jogou acima."
"Eu realmente não-"
"Sim, você fez", disse Jade disse com calma e alegria. Mark olhou para longe. Mary-Lynnette percebeu que eles ainda estavam de mãos dadas.
"Então você não vai se tornar um vampiro," Ash disse Mark.
"Uh, vamos dizer não a qualquer momento, em breve".
Ash se virou para Mary-Lynnette. "E sobre o fim das coisas humanas? Nós
temos que cuidar do que?"
"Bem, eu sei tudo o que está acontecendo na cidade, por que eu quero dizer que eu falei
com Bunny Marten esta manhã. Estou tão feliz que ela não é um vampiro, aliás,
Marcos disse: "Eu sempre soube que era ele"
"De qualquer forma, aqui está à versão rápida". MaryLynnette ergueu um dedo. "Um,
Todo mundo sabe que o patrão de Jeremy sentiu a falta dele ontem no posto de gasolina e subiu para buscar o reboque. Eles encontraram um monte de coisas estranhas
lá. Mas todos sabem é que ele desapareceu."
"Bom", disse Rowan.
Mary-Lynnette levantou outro dedo. "Dois, ninguém se surpreendeu com a caminhonete explodindo. Claudine vem prevendo que seria por um ano."
Outro dedo. "Três, o Sr. Kimble não tem idéia do que matou o seu cavalo, mas agora ele acha que foi um animal em vez de uma pessoa. Vic Kimble pensa que era talvez
Sasquatch. Ele e Todd estão muito assustados e querem sair Briar Creek
"E vamos ter um momento de silêncio para mostrar como nós vamos sentir falta deles", disse Mark solenemente, e soprou uma framboesa.
"Quatro", Mary-Lynnette disse, segurando um quarto dedo", as meninas vão ter eventualmente que mencionar que sua tia não voltou de sua 'férias'. Mas eu acho que
vocês podem esperar algum tempo. Ninguém vem aqui para e ninguém vai notar que ela se foi. E penso que podemos enterrá-la com segurança e Jeremy. Mesmo se alguém
encontrá-los, o que têm? A múmia de cerca de mil anos de idade e um lobo. Eles não serão capazes de conectá-los a pessoas desaparecidas."
"Pobre e velha tia Opal", Jade disse ainda alegre. "Mas ela ajudou-nos, no final, não é?"
Mary-Lynnette olhou para ela. Sim, ela, pensou. A prata no olhos quando ri sobre a morte. Jade é uma verdadeira Pessoa da Noite, também.
"Ela não ajuda. E eu vou sentir saudades dela", disse ela em voz alta.
Kestrel disse: "Então, tudo esta cuidado."
"Parece que sim." Ash hesitou. "E, Quinn está esperando abaixo da estrada. eu disse a ele que só iria tomar um par de horas para terminar de fazer arranjos e dizer
adeus".
Houve um silêncio.
"Vejo-te La fora", Mary-Lynnette disse no passado. Eles foram juntos à porta da frente. Quando eles estavam fora no crepúsculo Ash fechou a porta traseira. "Você
ainda pode vir comigo, você sabe."
"Com você e Quinn?
" Eu vou mandá-lo embora. Ou eu vou e volto amanhã para pegar você. Ou eu vou
voltar e fico..."
"Você precisa ir dizer ao seu pai sobre isso. Faça tudo certo com ele, então
será seguro para suas irmãs. Você sabe disso."
"Bem, eu vou voltar depois disso," Ash disse, com uma ponta de desespero em sua voz.
Mary-Lynnette desviou o olhar. O sol foi embora. Olhando para o leste, o céu já estava
o mais escuro e imaginável roxo. Quase preto. Mesmo assim ela viu uma estrela longe. não uma estrela. Júpiter. "Eu ainda não estou pronta. Eu gostaria de estar."
"Não, você não", disse Ash, e ele estava certo, claro. Ela nunca seria um vampiro. Ela só não foi cortado por ela. Ela não podia fazer as coisas que os vampiros
tinham que fazer e ficar saudável. Ela não era como Jade ou Kestrel ou Rowan, mesmo com os pés vigorosos pálido e seu amor instintivo da caça. Ela olhou para o coração
do mundo noturno. . . e ela não podia participar. "Eu não quero que você seja assim", disse Ash. "Eu quero que você seja como você é."
Sem olhar para ele, Mary-Lynnette disse: "Mas nós não somos crianças. Nós não podemos ser
como Jade e Marck, e apenas dar as mãos e rir e nunca pensar sobre o futuro".
"Não, nós somos apenas almas gêmeas, isso é tudo. Só estamos destinados a ficar juntos
para sempre..."
"Se nós temos o pra sempre, então você pode me dar tempo", disse Mary-Lynnette. "Vá
e 'passeie um pouco. Dê uma olhada no mundo noturno e certifique-se que você já quer dar o fora!
" Eu sei que já."
"Dê uma olhada em seres humanos e certifique-se de que você quer ser amarrado a um eles."
"E pensar sobre as coisas que eu fiz para os seres humanos, talvez?"
Mary-Lynnette olhou para ele diretamente. "Sim".
Ele desviou o olhar. "Tudo bem. Eu admito. Eu tenho muita coisa para compensar..."
Mary-Lynnette sabia. Tinha pensado em seres humanos como vermes e alimentos. As coisas
ela viu em sua mente faz a sua imagem não querer mais.
"Então, o que você pode fazer pra compensar faça", disse ela, embora ela não se atrevia realmente a desejar que ele o fizesse. "Tire um tempo para fazer isso. E
de-me tempo para terminar de crescer. Eu ainda estou na escola, Ash."
"Você vai sair em um ano. Eu voltarei em seguida."
"Pode ser muito cedo."
"Eu sei. Eu voltarei de qualquer maneira." Ele sorriu automaticamente. "E no ínterim Eu vou lutar contra os dragões, assim como qualquer cavaleiro por sua dama.
Vou provar a mim mesmo. Você terá orgulho de mim".
A garganta de Mary-Lynnette doía. O sorriso de Ash desapareceu. Eles só ficaram olhando
para o outro. Foi à primeira vez óbvia para um beijo. Em vez disso, eles só ficaram olhando como duas crianças, e em seguida um deles se moveu e eles estavam segurando
um ao outro.
Mary-Lynnette aproximava-o mais e mais, com o rosto enterrado no ombro de Ash. Ash, que parecia ter perdido completamente, estava chovendo beijos na parte de trás
seu pescoço, dizendo: "Eu desejo que eu fosse um ser humano. eu gostaria de ser."
"Não, você não", disse Mary-Lynnette, seriamente parando por causa dos beijos.
"Eu faço. Eu faço." Mas isso não iria ajudar, e Mary-Lynnette sabia que ele sabia disso. O problema não era simplesmente o que ele era, era o que tinha feito e o
que ele estava indo fazer. Ele tinha visto muito do lado escuro da vida para ser uma pessoa normal. Sua natureza já era formada, e ela não tinha certeza se poderia
lutar contra ela.
"Acredite em mim", disse ele, como se ele pudesse ouvi-la.
Mary-Lynnette não poderia dizer sim ou não. Então ela fez a única coisa que podia fazer ela levantou a cabeça. Seus lábios estavam no lugar certo para cumprir o
dela. as faíscas elétricas não foram dolorosas mais, ela descobriu "e da neblina rosa poderia ser muito maravilhosa. Por um tempo tudo estava quente e doce e estranho
e pacífico. E então, por trás deles, alguém bateu na porta. Mary-Lynnette e Ash saltaram separados. Eles se entreolharam, assustados, as emoções ainda demasiado
Mary- Lynnette em seguida, percebeu onde estava. Ela riu e assim o fez Ash.
"Venham para fora", disseram eles ao mesmo tempo. Marcos e Jade saiu. Rowan e Kestrel foram atrás deles. Todos eles estavam tentando evitar o buraco. Todos sorriram
Ash e Mary-Lynnette de uma forma que fez Mary- Lynnette corar.
"tchau", disse ela com firmeza para Ash. Ele olhou para ela por um longo momento, então olhou para a estrada atrás de si. Então ele virou-se para ir. Mary-Lynnette
assistia-o, enquanto enxugava as lágrimas. Ela ainda não poderia se deixar acreditar nele. Mas não houve danos na esperança, foi lá? No desejo. Mesmo se os desejos
quase nunca se tornassem verdade...
Jade engasgou. "Olhe!"
Eles todos viram, e Mary-Lynnette sentiu seu coração saltar violentamente. Um parafuso de luz estava cruzando a escuridão no nordeste. um meteoro verde brilhante
que cruzou metade do céu. Foi logo acima do caminho de Ash, como se iluminando seu caminho. O último dos meteoros verão. Mas ele parecia ser uma bênção.
"Rápido, rápido, desejo," Mark estava dizendo a Jade ansiosamente. "Um desejo para a estrela que você
Mary-Lynnette olhou para seu rosto animado, com a forma como seus olhos brilhavam com
excitação. Ao lado dele, Jade batia palmas, seus próprios olhos alargados, com prazer. Estou tão feliz que você esteja feliz, Mary-Lynnette pensou. O meu desejo
para você se tornou realidade. Assim Agora, talvez eu possa desejar para mim. Eu desejo... Eu desejo...
Ash se virou e sorriu para ela. "Vejo você no próximo ano", disse ele. "Com dragões mortos"
Ele começou a descer a erva no caminho para a estrada. Por um momento, no fundo
crepúsculo violeta, ele olhou para Mary-Lynnette como um cavaleiro em um passeio. Um cavaleiro andante com o brilho do cabelo loiro e sem armas, saindo em um deserto
muito escuro e perigoso. Então ele se virou e andou para trás, a ondulação, que arruinou o efeito.
Todo mundo gritou despedidas. Mary-Lynnette podia senti-los à sua volta, seu irmão e suas três irmãs de sangue, todos irradiando calor e apoio. Jade paz. Kestrel
força. Rowan sábia e gentil. E Mark, que era feliz e não mais solitário. Tiggy se esfregando em seus tornozelos, ronronando amigavelmente.
"Mesmo quando estamos separados, nós estaremos olhando para o mesmo céu!" Ash gritou.
"O que uma linha", Mary-Lynnette chamado de volta. Mas ele estava certo. O céu seria
lá para os dois. Ela sempre saberá que ele estará lá fora em algum lugar, olhando para cima
para ele com admiração. Basta saber que era importante. -- E ela foi clara sobre quem estava no passado. Ela foi Mary-Lynnette, e um dia ela descobriria uma supernova
ou um cometa ou um buraco negro, mas ela iria fazê-lo como uma humana. E Ash iria voltar no próximo ano.
E ela sempre o amaria a noite.
Bjos!
Edilma
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