segunda-feira, 2 de maio de 2016

{clube-do-e-livro} Como Conhecer a Vontade de Deus - Morris Venden.txt

COMO CONHECER A VONTADE DE DEUS

Morris Venden

T�tulo Original em ingl�s:
HOW TO KNOW GOD'S WILL IN YOUR LIFE

Tradu��o de Francisca Alves de Pontes

CASA PUBLICADORA BRASILEIRA
Tatu� - S�o Paulo

Contracapa

Na tentativa de descobrir a vontade de Deus em sua vida, alguns crist�os fecham os olhos, abrem a B�blia e colocam um dedo ao acaso sobre suas p�ginas. O texto assim encontrado representaria a resposta divina. Outros pedem um sinal, como chuva ou sol.
Tem Deus um plano para cada um de n�s? E poss�vel descobri-lo?
Morris Venden diz que sim, e enumera oito passos a serem dados a fim de sabermos a dire��o a seguir.







CONTE�DO


A Vontade de Deus em sua Vida . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Passo 1: A Vontade de Deus e sua vontade . . . . . . . . 12
Passo 2: A Vontade de Deus e seus Sentimentos . . . . 21
Passo 3: A Vontade de Deus e Sua Palavra . . . . . . . . 29
Passo 4: A Vontade de Deus e Sua Provid�ncia . . . . 36
Passo 5: A Vontade de Deus e seus Amigos . . . . . . . 46
Passo 6: A Vontade de Deus e sua Ora��o . . . . . . . . 56
Passo 7: A Vontade de Deus e sua Decis�o . . . . . . . . 64
Passo 8: A Vontade de Deus e as Portas Girat�rias . . . 70















A VONTADE DE DEUS EM SUA VIDA

Gostaria voc� de conhecer o futuro? Desejaria saber escolher acertadamente nas decis�es com que se depara? Cr� que Deus tem um plano para sua vida e sabe como descobrir o que inclui esse plano?
O mundo est� cheio de pessoas que procuram conhecer o futuro, que andam cambaleando em busca de orienta��o. Os mapas astrol�gicos est�o � venda em toda parte. Ainda proliferam os cartomantes e os quiromantes. Em todo lugar as pessoas querem saber o que ocorrer� em seguida e como preparar-se para isto.
Este impulso e curiosidade por desvendar o amanh� � parte integrante do ser humano.
Para o crist�o, uma das perguntas que se faz com mais freq��ncia � como conhecer a vontade de Deus em sua vida. �s vezes nos sentimos frustrados pela aparente falta de orienta��o divina em nossos dias e em nossa era. Rememoramos os tempos b�blicos, quando vinham anjos e caminhavam com os homens ao meio-dia, quando os profetas estavam vivos e de boa sa�de, e nos sobrevem o desejo de que tiv�ssemos o mesmo acesso ao conhecimento da vontade de Deus.
Por outro lado, o crist�o imaturo freq�entemente lan�a m�o de expedientes e de manobras de feitura humana, tais como atirar para o ar uma moeda ou tirar a sorte com papelinhos ou desenvolver alguma elaborada f�rmula repetitiva para seguir, a fim de tornar conhecida a Sua vontade.
A orienta��o recebida de tais m�todos pode vir do acaso, ou mesmo do pr�prio diabo. Mesmo o ate�sta poderia empregar moedas e papelinhos numa tentativa para chegar a alguma decis�o.
Por outro lado, o crist�o intelectual conclui que Deus nos deu toda a orienta��o que pretendia dar quando nos criou com mente que pode pensar e raciocinar. Os saduceus dos dias de Cristo eram v�timas desta filosofia e conclu�ram que depois de trazer o homem � exist�ncia, Deus o abandonou aos seus pr�prios caprichos. Acreditavam que o m�todo pelo qual a humanidade poderia conhecer a vontade de Deus para sua vida era o simples processo de cogitar e tomar uma decis�o arbitr�ria. Mais uma vez, por�m, se a l�gica e a raz�o continham todo o m�todo de Deus de comunicar a Sua vontade, os ateus e infi�is poderiam, tanto quanto o crist�o, ter a certeza de acertar na escolha, e a orienta��o tornar-se-ia uma quest�o de Q.I. [quociente de intelig�ncia], em vez de discernimento espiritual.
Talvez todos n�s tenhamos usado uma destas abordagens em alguma ocasi�o em nossa vida, quer seja concluindo que tudo quanto decidimos deve ser tamb�m decis�o de Deus ou tentando um dos truques por falta de um m�todo melhor.
No col�gio, um ano, eu tive de tomar uma decis�o concernente ao meu trabalho no ver�o. Nesse ver�o especifico, eu iria colportar. Depois de escrever algumas cartas pedindo informa��o aos v�rios lugares em que eu poderia ir, acabei recebendo tr�s convites: para Washington, Texas e Wyoming.
Parecia-me que uma das tr�s escolhas deveria ser melhor, ou mesmo a melhor das tr�s, e assim eu queria a orienta��o divina a fim de tomar a decis�o acertada. Depois de considerar como isto poderia ser feito, decidi-me por um m�todo um tanto sofisticado. Tomei uma pilha de papel, rasguei-a em pequenos peda�os e depois dividi os peda�os em quatro pilhas iguais. Ent�o escrevi "Washington" em uma das pilhas de pap�is, "Texas" na outra, e "Wyoming" na terceira pilha. Deixei em branco a quarta pilha de pap�is, a fim de ser justo para com Deus e dar-Lhe a op��o de "nenhuma das anteriormente citadas". Voc� ter� de admitir que esta foi uma opera��o cuidadosamente planejada!
Ent�o eu coloquei em um chap�u todos os peda�os de papel e os agitei para cima e para baixo a fim de misturar os peda�os. Depois disto, ajoelhei-me e orei para que Deus me guiasse na decis�o que eu iria tomar e que se eu deveria ir a um destes tr�s lugares ou a algum lugar desconhecido, Ele me fizesse saber Sua vontade levando-me a tirar a mesma resposta tr�s vezes seguidas.
Puxei uma tira de papel. Ela azia "Wyoming". Recoloquei aquela tira de papel, agitei um pouco mais o chap�u e puxei uma segunda tira. "Wyoming"! Eu estava come�ando a ficar emocionado! Repus a segunda tira, agitei o chap�u mais uma vez e apanhei a terceira tira. "Wyoming"! Tr�s vezes em seq��ncia!
Eu fiquei entusiasmado! Estava pronto a sair naquela mesma noite e comprar minhas botas de vaqueiro e chap�u de abas largas! Mas sendo que j� era tarde demais para ir fazer compras, fiz a melhor coisa que poderia fazer em seguida e sai apressadamente pelo campus para a casa do meu professor de B�blia favorito a fim de contar-lhe as boas novas.
Para meu espanto, ele franziu o sobrolho e me passou uma descompostura! Realmente ele me repreendeu com severidade, dizendo-me que esta era uma maneira muito imatura de descobrir a vontade de Deus, e quando ele terminou eu n�o estava mais euf�rico. Meu queixo se movia com dificuldade em todo o caminho de volta pelo campus, e fui dormir naquela noite como um estudante muito desanimado.
Mas eu ainda tive de tomar a decis�o. Durante o dia seguinte, comecei a refletir sobre Gide�o. Ora, h� um exemplo b�blico para voc� � o bom e velho Gide�o! Ele pediu a Deus um sinal, n�o uma vez, mas duas. E Deus honrou sua peti��o fazendo com que o velo de l� ficasse primeiro molhado, depois seco. Quanto mais eu pensava acerca de Gide�o, mais me convencia de que o meu professor de B�blia afinal n�o sabia tudo!
De sorte que naquela noite eu me lembrei do Deus de Gide�o e lancei m�o do meu chap�u pela segunda vez. Agitei-o completamente e mais uma vez puxei tr�s tiras de papel. "Wyoming", "Wyoming" e "Wyoming" � tr�s vezes consecutivas tamb�m na segunda noite.
Agora eu fiquei outra vez emocionado! Sa� correndo atrav�s do campus � mas n�o para a casa do mesmo professor de B�blia. Ele obviamente n�o tinha apreciado o milagre que estava ocorrendo, de sorte que decidi tentar algo mais. Desta vez escolhi outro professor de B�blia e contei-lhe sobre o que havia acontecido � duas noites em seguida.
Ele n�o foi mais encorajador do que fora o primeiro professor. Tamb�m reprovou-me por meus m�todos imaturos e sugeriu que n�o havia nenhuma garantia de que Deus preferisse comunicar-Se por interm�dio do sistema que eu tinha montado.
Assim lancei fora os peda�os de papel, e naquele ver�o acabei indo para Nebraska! Eu indagava freq�entemente o que teria acontecido se eu tivesse ido para Wyoming.
Eu realmente n�o estou disposto a descartar inteiramente esta experi�ncia. Deus muitas vezes vai ao encontro das pessoas onde elas est�o e graciosamente responde � sua procura dEle, mesmo quando n�o compreendem muito sobre Ele. Mas talvez a maior li��o que recebi do Senhor nesta experi�ncia foi uma melhor compreens�o de como procurar Sua orienta��o de acordo com o que revela a Sua Palavra como os melhores m�todos para busc�-Lo!
Se voc� leu as biografias de George M�ller, sabe que seu desempenho para compreender a orienta��o do Senhor foi impressionante. Durante os primeiros vinte anos da sua lida M�ller foi um r�probo. Ap�s a sua convers�o, iniciou um minist�rio que deveria durar mais de cinq�enta anos, dirigindo orfanatos para os meninos de rua de Bristol. Nunca teve um homem para cuidar de rela��es p�blicas. Jamais anunciou suas necessidades. Sempre que necessitava de dinheiro, alimento, ou roupas para seus �rf�os, n�o dizia a ningu�m, mas dirigia-se ao seu gabinete de estudo e orava. Durante sua exist�ncia, George M�ller recebeu milh�es de d�lares exclusivamente em resposta � ora��o.
Uma vez M�ller estava em um navio no Atl�ntico, em dire��o de Bristol. Caiu o nevoeiro, e o capit�o do navio que posteriormente contou a hist�ria estivera em seu posto par tr�s dias, guiando o navio a passo de lesma. M�ller aproximou-se dele e disse:
� Capit�o, preciso estar em Bristol no s�bado.
� N�o h� nenhum meio de voc� estar em Bristol no s�bado - respondeu o capit�o. � N�o v� o nevoeiro?
� Meus olhos n�o est�o no nevoeiro, mas no Deus vivo � disse M�ller. � Capit�o, n�o quer ir comigo l� embaixo e orar para que Deus remova o nevoeiro?
O capit�o seguiu M�ller para o por�o do navio, e eles se ajoelharam juntos. M�ller proferiu uma ora��o t�o simples que um menino da Escola Dominical poderia ter orado. "Querido Jesus, Tu sabes a respeito do encontro que marcaste para mim em Bristol no s�bado, assim por favor afasta o nevoeiro. Am�m." O capit�o estava tentando manufaturar algum tipo de ora��o, mas M�ller o deteve.
� Em primeiro lugar, o senhor n�o cr� que Deus possa fazer isto � disse ele � e em segundo lugar, creio que Ele j� o fez. Se o senhor retornar � ponte de comando, perceber� que o nevoeiro se foi.
O capit�o saiu l� fora e descobriu que o nevoeiro tinha realmente desaparecido, exatamente como M�ller dissera. Eles estavam no s�bado em Bristol.
Como � poss�vel estar t�o certo da vontade de Deus? Como poderia M�ller viver com tal certeza? Quando algu�m que est� t�o sintonizado com a vontade do Senhor come�ar a partilhar com voc� sobre como conhecer a vontade de Deus, escute. Perto do final de sua piedosa vida, M�ller legou sete passos para se conhecer a vontade de Deus. Eu os conferi com o material inspirado sobre o assunto e acrescentei mais um. Eu gostaria de convid�-lo a estudar estes passos e fazer uso deles em sua pr�pria vida. Enumeraremos os oito pontos e ent�o os consideraremos mais detalhadamente em cada um dos oito cap�tulos seguintes.
l. Nenhuma vontade pr�pria sobre o determinado assunto. Sua pr�pria vontade � neutra. Isto n�o significa que voc� n�o ter� nenhuma prefer�ncia, mas que voc� est� disposto a ir por qualquer caminho que Deus dirija. Isto s� � poss�vel para algu�m que est� envolvido em comunh�o di�ria com Deus, porque n�o podemos levar-nos a n�s mesmos � rendi��o. Deus deve fazer isto por n�s. O exemplo de Jesus nisto est� registrado em S. Mateus 26:39 e S. Jo�o 4:34.
2. N�o se deixe levar simplesmente pelo sentimento. Realmente, voc� n�o se conduz por um �nico passo, seja qual for. � a combina��o de todos os oito juntos que � significativa. Mas freq�entemente existe a tenta��o de tomar sua decis�o � base de sentimentos, de sorte que esta � uma advert�ncia. N�o fa�a isto! Conquanto o Esp�rito Santo muitas vezes dirija atrav�s das impress�es sobre o cora��o (veja Isa�as 30:21), nunca dever�amos tomar uma decis�o baseados exclusivamente em sentimentos.
3. Estude a Palavra de Deus para ver o que est� revelado que possa orientar na presente decis�o. Deus sempre nos guia atrav�s da Sua Palavra, nunca contr�rio a ela. Veja Salmo 119:105. Pode n�o haver informa��o espec�fica sobre sua decis�o particular, embora haja freq�entemente princ�pios que se ajustam. Mas voc� pode sempre ir � Palavra em busca de comunica��o.
4. Considere as circunst�ncias providenciais. "Recordar-te-�s de todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus te guiou." Deuteron�mio 8:2. Olhe para a orienta��o de Deus no passado e veja como a atual decis�o poderia ajustar-se num padr�o que j� foi desenvolvido.
5. Consulte-se com amigos piedosos. Este � o passo que eu adicionei � lista de M�ller. Encontra-se em Prov�rbios 11:14 e Salmo 1:1. N�o consulte com seus amigos �mpios! E mais uma vez, n�o tome toda a sua decis�o baseado no que seus amigos dizem. Mas ponha o conselho deles em sua pasta para ajud�-lo a chegar a uma decis�o.
6. Pe�a a Deus, em ora��o, que lhe revele Sua vontade concernente � decis�o que voc� vai tomar. Veja S. Tiago 1:5.
7. Tome uma decis�o! Baseado no que tem transcorrido antes, nos primeiros seis passos, tome uma decis�o. N�o espere por um sinal ou um raio do c�u. Considere com ora��o o peso da evid�ncia e decida-se. E diga a Deus qual � a sua decis�o.
8. Prossiga com sua decis�o, convidando a Deus que o detenha se voc� errou o alvo. Seja ent�o sens�vel �s portas girat�rias. Deus sabe abrir e fechar as portas. �s vezes voc� pode achar uma porta batida em seu rosto. Isto j� aconteceu comigo ocasionalmente! E geralmente porque eu falhei no passo um. Mas mesmo o ap�stolo Paulo �s vezes encontrou portas batidas em seu rosto. Voc� pode ler sobre isto em Atos 16:6-9.
S�o estes os passos, e para aqueles dentre n�s que os t�m utilizado atrav�s dos anos ao tomar decis�es e ao procurar conhecer a vontade de Deus nessas decis�es, descobrimos que eles s�o extremamente proveitosos.
Deus tem uma vontade. Ele est� interessado em gui�-lo nas decis�es da sua vida. Ele tem um plano para voc�, e sua maior felicidade ser� encontrada em seguir este plano. Se � a Sua vontade que voc� v� a N�nive, n�o ser� igualmente satisfat�rio que voc� se dirija a T�rsis. Deus sabe o que ser� o melhor para voc� e o que trar� a maior b�n��o aos outros, e Ele est� disposto a tornar conhecida Sua vontade �queles que est�o dispostos a ouvir.
Em Salmo 32:8 � dada a promessa: "Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as Minhas vistas, te darei conselho." Diz S. Jo�o 10:3-5: "As ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelos nomes as suas pr�prias ovelhas e as conduz para fora. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem porque lhe reconhecem a voz; mas de modo nenhum seguir�o o estranho, antes fugir�o dele porque n�o conhecem a voz dos estranhos." Davi orou: "Guia-me pelo caminho eterno." Salmo 139:24. Diz Prov�rbios 3:5 e 6: "Confia no Senhor de todo o teu cora��o, e n�o te estribes no teu pr�prio entendimento. Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitar� as tuas veredas." Paulo nos diz em Romanos 12:2: "E n�o vos conformeis com este s�culo, mas transformai-vos pela renova��o da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agrad�vel e perfeita vontade de Deus." E diz Jeremias 10:23: "Eu sei, � Senhor, que n�o cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos."
Poder�amos citar muitas outras refer�ncias b�blicas para provar o ponto. Deus quer dirigir-nos, guiar-nos, manifestar-Se a n�s. N�o quer que nos estribemos em nossa pr�pria e d�bil sabedoria, nem que tropecemos nas trevas, sem saber se estamos ou n�o escolhendo acertadamente. Ele tem uma vontade, e quer revelar-nos esta vontade.
Mas h� uma importante premissa para compreender a vontade de Deus que queremos sublinhar e enfatizar antes de prosseguirmos. Para aquele que est� realmente procurando conhecer a vontade de Deus, haver� uma busca di�ria para conhecer a Deus. O assunto da orienta��o ou dire��o n�o � uma rotina semelhante a uma escada de inc�ndio, que invoca a Deus somente quando h� uma grande decis�o a ser enfrentada. � buscando dia a dia conhecer a vontade de Deus, por meio da ora��o e do estudo da Sua Palavra, que somos levados a uma situa��o de come�ar a conhecer Sua vontade at� mesmo em rela��o aos detalhes de nossa vida di�ria.
Suponha que eu lhe estivesse dando uma lista de passos para o seu uso em aprender a nadar. Suponha, outrossim, que voc� estivesse seguindo as instru��es contidas na lista, prendendo a respira��o, movendo os bra�os, pondo as m�os em forma de concha e batendo os p�s. Suponha que finalmente voc� voltasse a mim e dissesse: "Isto n�o funciona! Eu ainda n�o sei nadar." E ao discutirmos a dificuldade, descobr�ssemos que voc� jamais percebeu que era obrigado a estar dentro d'�gua! Isto representaria uma s�ria interrup��o na comunica��o, n�o �?
Seria uma trag�dia cometer aqui o mesmo erro, no �mbito de conhecer a vontade de Deus em sua vida. N�o pode enfatizar demasiado isto, por mais elementar que seja. A fim de conhecer a vontade de Deus em sua vida, voc� deve primeiro conhecer a Deus. N�o � suficiente voltar-se para Ele apenas quando h� um problema ou uma crise.
Note outra vez os versos de S. Jo�o 10. � a ovelha que conhece Sua voz que � capaz de seguir a dire��o do Pastor. Elas se tornaram t�o familiarizadas com o Pastor que podem distinguir a Sua voz de todas as outras vozes. Portanto, quando Ele fala, elas podem seguir Sua orienta��o.
Voc� O conhece? Sabe o que significa p�r de lado o melhor tempo cada dia a fim de promover sua familiaridade e relacionamento com Ele? Sabe o que significa conversar com Ele, simplesmente pelo prazer de conversar, mesmo quando voc� n�o necessita de nada dEle exceto dEle mesmo? Voc� sabe o que significa ouvi-Lo falar a voc�, atrav�s da Sua Palavra? J� experimentou, como fizeram os disc�pulos no caminho de Ema�s, o que � ter o cora��o ardendo dentro de si enquanto Ele fala com voc� pelo caminho? Est� voc� em condi��es de falar com Ele dia a dia?
Se voc� pode responder afirmativamente a estas perguntas, est� em condi��es de buscar Sua orienta��o com respeito aos detalhes particulares de sua vida. Se voc� n�o O conhece, seu primeiro trabalho � tomar-se familiarizado com Ele. � somente quando voc� O conhece por experi�ncia pr�pria que voc� pode compreender corretamente Sua orienta��o, ou mesmo estar disposto a aceitar Sua orienta��o quando a mesma � compreendida.

N�o tente aprender a nadar pelo m�todo descrito na velha rima infantil:
Mam�e, posso ir nadar?
Sim, minha querida filha.
Pendure sua roupa no ramo da nogueira,
Mas n�o se aproxime da �gua!

Entre em contato com a �gua! Torne-se familiarizado com o melhor Amigo que voc� pode ter. Aprenda a conhec�-Lo. E ent�o ao enfrentar as decis�es da vida voc� poder� tamb�m aprender a conhecer Sua vontade para o seu viver di�rio.



A VONTADE DE DEUS E SUA VONTADE

Talvez o conhe�amos melhor por causa da sua jumenta. Embora Bala�o tivesse sido por algum tempo profeta de Deus, ele finalmente demonstrou-se falso. Falhou em compreender corretamente e aceitar a vontade de Deus em sua vida porque n�o estava disposto a renunciar aos seus pr�prios planos. E sua vida terminou em trag�dia.
Voc� se lembra da hist�ria. Os filhos de Israel tinham chegado �s fronteiras da Terra Prometida. Balaque, rei moabita, ficou imediatamente preocupado. Os israelitas, acampados do outro lado do rio Jord�o, nas plan�cies de Moabe, representavam uma for�a poderosa, e Balaque n�o tinha certeza de que o seu ex�rcito se igualava ao deles. Assim ele resolveu tentar alguma estrat�gia.
Enviou mensageiros a Bala�o, dizendo: "Eis que um povo saiu do Egito, cobre a face da terra, e est� morando defronte de mim. Vem, pois, agora, rogo-te, amaldi�oa-me este povo, pois � mais poderosa do que eu; para ver se o poderei ferir e lan�ar fora da terra, porque sei que, a quem tu aben�oares ser� aben�oado, e a quem tu amaldi�oares ser� amaldi�oado." N�meros 22:5 e 6.
Poderia parecer � primeira vista que Bala�o deveria ter sabido imediatamente que este n�o era o plano de Deus! Mas ele ficou t�o impressionado pelas recompensas que o rei lhe oferecia por seus servi�os que disse aos mensageiros: "Ficai aqui esta noite, e vos trarei a resposta como o Senhor me falar." Verso 8. E assim os mensageiros passaram ali a noite.
Bala�o pediu orienta��o, e a orienta��o do Senhor veio em alto e bom som. "Ent�o disse Deus a Bala�o: N�o ir�s com eles, nem amaldi�oar�s o povo; porque � povo aben�oado." Verso 12.
Bala�o despediu relutantemente os mensageiros na manh� seguinte, e eles voltaram para Balaque com a mensagem. Mas Balaque n�o se deixava vencer facilmente pelo des�nimo. Enviou de volta um segundo grupo de mensageiros que prometeu maiores recompensas do que da primeira vez, concluindo que Bala�o estava simplesmente resistindo por um pre�o mais alto. Prometeu a Bala�o honra e promo��es se ele cooperasse com seu plano.
As palavras de Bala�o foram corretas, porque ele respondeu, no verso 18: "Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu n�o poderia traspassar o mandado do Senhor meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande." Mas o cora��o de Bala�o n�o era reto. Sua pr�pria vontade era obstinada � ele queria desesperadamente ir com os mensageiros, pronunciar contra Israel as maldi��es exigidas e receber a recompensa. Talvez ele raciocinasse que as palavras n�o eram afinal nada, que o povo de Deus n�o poderia ser ferido por seus sortil�gios, e sua pr�pria causa seria obviamente muito ajudada. Certamente ele tinha racionaliza��es que ensaiara em sua mente, quando mais uma vez foi perante o Senhor a fim de inquirir sobre Sua vontade no assunto.
Deus foi muito paciente com este errante profeta e mais uma vez veio falar com ele, e disse: "Se aqueles homens vierem chamar-te, levanta-te, vai com eles." Verso 20.
Tanto quanto sabemos, Bala�o n�o pediu um sinal, mas o Senhor lhe ofereceu um. "Se eles vierem chamar-te, vai com eles. Se n�o, fica em casa." Mas os mensageiros n�o vieram chamar Bala�o. Impacientes ante a demora e esperando a mesma resposta que tiveram antes, n�o viram nenhum proveito em esperar por ele. Cedo de manh� seguiram seu caminho, e quando Bala�o foi procur�-los, eles j� tinham partido de volta para o pal�cio.
Agora a vontade pr�pria de Bala�o estava em completo controle e, ignorando a ordem direta do Senhor, albardou a sua jumenta e saiu atr�s dos mensageiros. Antes de alcan��-los, foi interrompido pelo anjo � a princ�pio invis�vel a ele, mas visto por sua jumenta. A mente de Bala�o estava decidida. Ele sabia o que queria. E mesmo uma jumenta falante e um anjo com a espada desembainhada n�o foram suficientes para faz�-lo mudar de id�ia. Ele n�o parou por estar disposto a parar, mas sim porque foi for�ado a isto. Disse ele ao anjo: "Agora, se parece mal aos teus olhos, voltarei." Parece que tinham sido dados a Bala�o um ou dois ind�cios no tocante a que se Deus estava ou n�o insatisfeito com o seu procedimento, n�o �? Mas Bala�o estava decidido a ir adiante se houvesse qualquer meio que ele pudesse empregar para conseguir o seu intento.
Deus, em Sua infinita considera��o pela faculdade da escolha do homem, permitiu que Bala�o seguisse seu pr�prio caminho, mas disse-lhe que ele poderia falar somente as palavras que lhe fossem dadas por Deus.
E f�cil unir-se a Bala�o, n�o �? N�o � dif�cil compreender a vontade de Deus quando ela est� em harmonia com nossas pr�prias inclina��es. Mas quando vemos que a vontade do Senhor nos levaria a algum caminho diverso daquele que escolher�amos para n�s mesmos, qu�o dif�cil achamos ouvir Sua voz! Podemos orar longa e ardentemente, pedindo a Deus que nos mostre o que devemos fazer, mas Deus conhece nosso cora��o. Ele sabe se somos sinceros ao buscarmos conhecer Sua vontade ou se estamos simplesmente buscando o Seu selo de aprova��o para nossa pr�pria escolha. Ele pode �s vezes lidar conosco como fez com Bala�o e permitir que prossigamos no caminho que escolhemos, at� que venhamos a perceber que n�o temos renunciado � nossa pr�pria vontade no assunto. Porque � somente quando n�o temos nenhuma vontade pr�pria que estamos em condi��es de come�ar a buscar a vontade do Senhor.
Bala�o e Balaque tentaram tr�s vezes amaldi�oar a Israel, mas Bala�o n�o p�de falar sen�o b�n��os. Balaque perdeu finalmente a calma e disse: "Chamei-te para amaldi�oar os meus inimigos; por�m agora j� tr�s vezes somente os aben�oaste." N�meros 24:10. Bala�o seguiu para casa, gritando b�n��os sobre Israel enquanto partia, e com ira no cora��o por ser lesado das riquezas e honras que teriam sido suas se ele tivesse sido capaz de prover maldi��es em vez de b�n��os.
Depois de chegar em casa, ele sugeriu outro plano para amaldi�oar a Israel. Desta vez, sem mesmo consultar ao Senhor, porque ele sabia que estava em rebeli�o, retornou ao pal�cio com uma brilhante id�ia. Ele conhecia a fonte do poder de Israel, mesmo que Balaque n�o o soubesse. Tamb�m sabia que quando o povo de Deus estivesse separado da fonte do seu poder, a maldi��o seria autom�tica.
Balaque ficou exultante com o plano de Bala�o e imediatamente o p�s em execu��o. Foram dadas a Bala�o as honras e riquezas que ele tanto cobi�ava, mas ele n�o as usufruiu por muito tempo, porque foi morto na batalha que se seguiu.
Bala�o � um exemplo cl�ssico da verdade do primeiro passo em buscar a vontade de Deus em sua vida. Voc� n�o deve ter nenhuma vontade pr�pria no dado assunto. Se sua pr�pria vontade estiver no comando, n�o lhe ser� de nenhum proveito conhecer a vontade de Deus, porque voc� n�o estar� disposto a aceit�-la. Se sua pr�pria vontade estiver controlando, nem mesmo a voz de Deus na noite ou uma jumenta que fala ou um anjo bloqueando seu caminho ou seu pr�prio ju�zo e raz�o e consci�ncia, n�o ser�o suficientes para afast�-lo do seu curso. Sua pr�pria vontade deve ser posta sob o controle de Deus antes que uma revela��o da Sua vontade a voc� possa ser aceita e apreciada.
O que significa n�o ter nenhuma vontade pr�pria? Suponha que voc� esteja tentando decidir-se com quem casar ou para onde mudar-se ou que emprego aceitar. N�o ter nenhuma vontade pr�pria significa que voc� n�o tem nenhuma prefer�ncia no assunto? N�o ter nenhuma vontade pr�pria faz de voc� alguma esp�cie de joguete sem nenhum pensamento ou desejo acerca do que quer?
N�o ter nenhuma vontade pr�pria n�o significa que voc� n�o ter� nenhuma prefer�ncia. Jesus teve uma prefer�ncia no Horto do Gets�mani, quando orou: "N�o se fa�a a Minha vontade, e, sim, a Tua." S. Lucas 22:42. Ele preferiria escapar das agonias do Horto, da humilha��o do julgamento p�blico, dos a�oites e do horror da cruz. Ele teria preferido n�o Se separar de Seu Pai. Ele tinha uma prefer�ncia. Maior, por�m, do que sua prefer�ncia pessoal foi o Seu compromisso de trazer salva��o ao mundo, de cooperar com Seu Pai na obra da reden��o. Portanto, a despeito de Sua pr�pria prefer�ncia, Ele p�de dizer: "Eu desci do C�u n�o para fazer a Minha pr�pria vontade; e, sim, a vontade dAquele que Me enviou." S. Jo�o 6:38.
Assim, uma coisa � ter prefer�ncia; outra � estar t�o completamente rendido � vontade de Deus seja qual for que t�o logo a mesma se revele, voc� esteja disposto a segui-la. N�o ter nenhuma vontade pr�pria significa que sua prioridade consiste em aceitar a vontade divina, de sorte que quando esta vontade � revelada, voc� a aceita e acaricia, e sua pr�pria prefer�ncia se rende.
Sempre que algu�m deixa de receber a orienta��o do Senhor em sua vida, isto geralmente ocorre como resultado de falha neste primeiro passo � n�o tendo nenhuma vontade pr�pria em dado assunto. Mas � imposs�vel chegar � condi��o de n�o ter nenhuma vontade pr�pria, � parte de um relacionamento pessoal com Cristo. Somente Seu poder e controle em sua vida pode lev�-lo a uma rendi��o genu�na � Sua vontade. Se voc� est� no comando de si mesmo, todas as vezes voc� se unir� a Bala�o, dizendo a Deus: "Minha mente est� decidida; n�o me confunda com os fatos."
H� muitos exemplos b�blicos daqueles que aparentemente buscaram a orienta��o do Senhor, mas que n�o renderam a vontade no processo. Os filhos de Israel, em sua primeira viagem para as fronteiras da Terra Prometida, menos de dois anos ap�s a sua sa�da do Egito, cometeram o mesmo erro. Enviaram espias para observar como era esse novo pa�s, e quando os espias regressaram com o seu relat�rio negativo, o povo se rendeu ao temor e � d�vida. Recusaram a oportunidade de aceitar a vontade divina para eles, de que deveriam marchar imediatamente e possuir a terra. Em v�o Josu� e Calebe pleitearam com eles. Mois�s e Ar�o foram incapazes de dissuadi-los de sua decis�o. Oraram pedindo para morrer no deserto, e sua ora��o foi tragicamente respondida de acordo com o seu desejo.
Saul n�o estava disposto a esperar pela vinda de Samuel a fim de oferecer os sacrif�cios como sacerdote, e foi avante por sua conta. Estava indisposto a aceitar as instru��es do Senhor concernente aos cativos e aos despojos de guerra e em vez disto seguiu seu pr�prio caminho. Estava indisposto, finalmente, a consultar a vontade divina, que t�o freq�entemente estivera em desacordo com sua pr�pria vontade, e em lugar disto dirigiu-se a En-Dor a fim de encontrar conselho mais agrad�vel.
Sans�o n�o estava disposto a aceitar para si a orienta��o divina na escolha de uma esposa. Jezabel n�o estava disposta a aceitar a orienta��o do Senhor atrav�s de Elias, procurando mat�-lo em vez disto. Davi consultou sua pr�pria vontade em vez de consultar a vontade do Senhor em seu relacionamento com Bate-Seba. A lista poderia prosseguir ininterruptamente.
Talvez nossa maior dificuldade em compreender a vontade do Senhor para nossa vida esteja no fato de que nossa pr�pria vontade t�o constantemente entra em cena. E por este motivo n�o temos nenhuma esperan�a de nos livrarmos de nossa pr�pria vontade, exceto se formos diariamente a Cristo e nos entregarmos a Ele, atrav�s de um cont�nuo relacionamento di�rio. Se nos rendermos diariamente a Ele e diariamente aceitarmos Sua dire��o em nossa vida, quando chegar o momento da decis�o, estaremos em condi��es de n�o ter nenhuma vontade pr�pria e de aceitar a vontade de Deus para n�s.
Cristo, em Sua vida terrestre, n�o fez nenhum plano para Si mesmo. Diariamente recebia os planos de Seu Pai para Si, e foi assim que Sua vida estava constantemente em harmonia com a vontade de Seu Pai. A mesma orienta��o que Ele tinha est� � nossa disposi��o.
Significa isto que n�o devemos fazer absolutamente nenhum plano, que devemos simplesmente nos assentarmos em uma cadeira de balan�o e esperar que Deus a embale? Ou significa que n�o devemos fazer planos separados de Deus � nenhum plano para n�s mesmos que O ignore? Podemos fazer planos, como melhor conhecemos, mas devemos estar sempre dispostos a renunciar a esses planos, ou lev�-los avante, conforme Sua provid�ncia indique.
O ap�stolo Paulo � um exemplo disto. Ele fazia planos em suas viagens mission�rias, mas �s vezes seus planos eram interrompidas. Atos 16:6-9 nos fala disto. Eles estavam planejando ir a um lugar, mas o Esp�rito Santo os dirigia a outro, e eles aceitavam Seus planos, porque estavam rendidos ao Seu controle. Estavam dispostos a aceitar que seus pr�prios planos fossem obstru�dos sempre que esses planos n�o estivessem em harmonia com os planos de Deus.
Voc� pode ver isto em opera��o na vida de Jesus. Ele e Seus disc�pulos estavam perto de uma aldeia samaritana. Jesus estava t�o cansado que n�o p�de nem mesmo percorrer com Seus disc�pulos o restante do caminho at� � cidade, mas em vez disto assentou-Se ao lado do po�o, planejando descansar at� que Seus disc�pulos trouxessem de volta algum alimento. Mas Seus planos quanto ao descanso foram interrompidos. Uma mulher veio tirar �gua do po�o, e ela necessitava do Seu aux�lio. Seu Pai havia programado um divino encontro, e Jesus aceitou o desafio. Quando os disc�pulos, surpresos ante Seu procedimento, O indagaram no tocante a isto, Ele respondeu: "A Minha comida consiste em fazer a vontade dAquele que Me enviou, e realizar a Sua obra." S. Jo�o 4:34.
Que significa isto? Significa que para a pessoa que est� seguindo as pegadas de Jesus, se vier a escolha, mesmo que seja escolher entre o alimento e o servi�o, ela saber� que escolha fazer. E n�o apenas saber� qual � a escolha certa, mas considerar� um privil�gio e uma honra escolher servi-Lo.
Voc� pode estar cansado, faminto ou sedento. Mas o Senhor pode prover-lhe um divino encontro, e ao aceitar Sua orienta��o, voc� descobre for�a que n�o suspeitava possuir. J� aconteceu isto em sua vida? O Senhor pode envi�-lo a algum local de servi�o que voc� jamais teria escolhido por si mesmo. Mas ao seguir Sua orienta��o, voc� descobre que a maior b�n��o lhe adv�m de ir aonde Ele o conduz.
Quer voc� n�o ter nenhuma vontade pr�pria? S� h� um meio poss�vel de conseguir isto. Ao continuar o relacionamento com Deus, buscando-o dia a dia como sua primeira prioridade, Ele o levar� � condi��o de n�o ter nenhuma vontade pr�pria. E toda vez que voc� divisar Suas instru��es e recuar do relacionamento com Ele a fim de seguir o seu pr�prio caminho, voc� est� em perigo.
Conheci um jovem que n�o queria ser um pastor. Toda vez que ele se aproximava de Deus, sentia a batida de Deus em seu ombro, trazendo-lhe a convic��o de que Deus queria que ele fosse um pastor. Mas ele definitivamente n�o queria ser um pastor, de sorte que achou uma solu��o. Afastou-se de Deus. Escolheu deliberadamente n�o se aproximar muito. Foi ent�o que ele n�o sentiu mais a batida no ombro!
Uma vez li a hist�ria de um homem que estava t�o decidido a n�o se tornar um pastor e t�o convicto de que Deus queria que ele fosse um, que recusou entregar o cora��o ao Senhor, recusou a convers�o, recusou ir a Deus em busca de arrependimento, perd�o e poder. Permaneceu distante por anos, at� que finalmente desistiu da luta. Ele afirmou que quando chegou o tempo, n�o come�ou pedindo a Deus o perd�o dos pecados, ou o arrependimento ou a aceita��o de Deus. Sua primeira ora��o, quando ele finalmente permitiu que Deus o alcan�asse foi: "Tudo bem, eu serei um pastor." E todos os demais ingredientes da salva��o vieram depois disto.
Por v�rios anos nossa fam�lia morou no norte da Calif�rnia, em um local que mais se assemelhava a uma esta��o de veraneio do que a qualquer outra coisa. Situava-se no alto das montanhas, calmo, pac�fico, formoso. Ent�o recebemos um chamado para Nebraska.
N�o est�vamos interessados em ir para Nebraska. N�o quer�amos nada com Nebraska. Fizemos brincadeiras acerca de obter um adesivo de p�ra-choque que dissesse: "Esqui Nebraska." Fal�vamos, em tom de ironia, acerca de Nebraska como sendo a capital recreativa do mundo.
Levou algum tempo antes de estarmos mesmo dispostos a orar acerca do assunto. Mas chegou o momento, no relacionamento cont�nuo com Cristo, quando se tornou necess�rio ou dar ouvidos � Sua vontade no que se referia a Nebraska ou cortar o relacionamento. E assim oramos a respeito do chamado para Nebraska.
A despeito da extens�o de tempo que Lhe tomou para convencer-nos a n�o termos nenhuma vontade pr�pria no determinado assunto, estando n�s uma vez dispostos a renunciar � nossa pr�pria prefer�ncia, Sua vontade se tornou muito clara em um tempo surpreendentemente curto.
Quando nos mudamos para Nebraska, as not�cias de nossa atitude anterior nos haviam precedido! O escrit�rio da igreja tinha sido decorado com bandeiras que diziam "Esqui Nebraska" � e outras piadas "�ntimas"! Est�vamos envergonhados! Mas est�vamos tamb�m gratos de que o povo de Nebraska tivesse tal senso de humor!
Finalmente, n�o apenas est�vamos dispostos a ficar em Nebraska, mas est�vamos realmente emocionados com a perspectiva e mal pod�amos esperar para ver qual era o plano de Deus p�ra n�s naquele lugar, sendo que Ele fora t�o expl�cito acerca de levar-nos para l�.

Tem Deus em mente um lugar especial para voc� trabalhar para Ele? Sim, Ele tem, t�o certamente como tem Ele um lugar especial preparado no C�u para voc�. E n�o importa quais sejam suas prefer�ncias pessoais, se voc� aceitar sua escolha para voc� em sua vida, em seu lar, em seu servi�o para Ele, voc� encontrar� a maior felicidade. E o primeiro passo na dire��o de descobrir esta vontade para sua vida � permitir que Ele o leve ao ponto de n�o ter nenhuma vontade pr�pria em determinado assunto.







A VONTADE DE DEUS E SEUS SENTIMENTOS

Suponha que voc� recebeu pelo correio um cheque de algum multimilion�rio, preenchido em seu nome, com a quantia de dez mil d�lares. Provavelmente voc� se sentiria muito emocionado, n�o �? Sentir-se-ia, igualmente, um pouco c�tico. Mas o cheque est� preenchido, e efetivamente, se destina a voc�. Voc� se sente exultante e mostra-o aos amigos e vizinhos. Planeja como ir� gast�-lo ou investi-lo ou economiz�-lo para alguma ocasi�o futura. E finalmente chega o dia em que voc� est� pronto a lev�-lo ao banco e descont�-lo.
Mas naquele dia voc� n�o est� se sentindo muito bem. A emo��o se esgotou. Voc� adoece de um resfriado e sua garganta est� inflamada. Talvez voc� esteja se sentindo um pouco culpado, percebendo que n�o fez nada para merecer este presente de dez mil d�lares. Talvez voc� ainda tenha a sensa��o de que isto � bom demais para ser verdade. Mas voc� vai ao banco e depois de estar na fila por alguns minutos, chega a sua vez no caixa. A esta altura voc� est� se sentindo completamente indisposto. Mas voc� ainda tem dez mil d�lares.
O caixa e o banco n�o est�o preocupados com seus sentimentos. Voc� pode estar alegre ou deprimido; isto n�o faz diferen�a. O fator decisivo quanto a se o dinheiro � seu ou n�o baseia-se completamente no valor do cheque e na assinatura da pessoa que lho deu. Seus sentimentos s�o irrelevantes.
O passo dois no conhecimento da vontade de Deus em sua vida e na compreens�o de Sua orienta��o � mais uma advert�ncia do que um processo real. � que voc� n�o deve se deixar guiar pelos sentimentos.
Esta � uma advert�ncia v�lida, porque muitas vezes a tenta��o consiste em fazer exatamente isto. Talvez quando voc� pela primeira vez come�a a buscar a vontade de Deus sobre um assunto, tem uma "primeira impress�o do que deveria ser Sua resposta. Mais tarde, se Sua resposta � protelada, � f�cil ficar impaciente e desanimado. Mas voc� n�o deve confiar nem no primeiro impulso nem nas emo��es inst�veis que podem seguir-se quando se prop�e tomar uma decis�o especial. Os sentimentos jamais s�o um guia seguro.
O grupo intitulado "Campus Crusade" (Cruzada Evangel�stica para Universit�rios) tem um pequeno diagrama que usam para ilustrar este ponto. Pintam uma locomotiva, um vag�o carvoeiro e um vag�o de freio. A locomotiva � rotulada de realidade. O vag�o carvoeiro � a f�. O vag�o de freio chama-se sentimento. Se voc� tentar dirigir um trem pelo vag�o de freio, entra em dificuldades. � a locomotiva que deve puxar o trem. E afinal, a locomotiva pode fazer a viagem com o vag�o de freio ou sem ele.
Os sentimentos podem incluir muita coisa. Est� voc� com medo de realizar algo especial? Vai isto contra seus gostos pessoais? Parece isto emocionante? Voc� acha que seria divertido? Parece que voc� n�o est� qualificado para a tarefa? � isto precisamente o que voc� sempre quis? A lista poderia prosseguir infindavelmente. Os sentimentos, tanto bons quanto maus, v�m em muitas variedades.
Um motivo por que este segundo passo � t�o importante � que ao tentar compreender a vontade de Deus em sua vida � importante considerar todos os oito passos, e n�o apenas um ou dois. Os oito passos prov�em um sistema de cheques e saldos. Voc� pode errar em um passo, mas os outros passos podem mostrar-lhe onde voc� errou. Afinal, a decis�o � tomada � base do peso da evid�ncia, n�o baseada em qualquer passo �nico. Mas a advert�ncia est� aqui inclu�da sob o passo dois porque este passo � talvez aquele que � o mais f�cil de considerar-se completo em si mesmo. � uma importante advert�ncia porque os sentimentos, tanto positivos quanto negativos, podem ser incentivos muito poderosos. Contudo se voc� tentar dirigir sua vida espiritual baseado nos sentimentos, achar-se-� em tanta dificuldade como se tentasse dirigir o trem pelo vag�o de freio. N�o leva voc� a lugar nenhum.
Todavia, n�o devemos desconsiderar completamente os sentimentos. Um dos m�todos pelos quais o Senhor nos comunica Sua vontade � atrav�s das impress�es do Esp�rito Santo sobre o cora��o. As impress�es e os sentimentos podem ser muito semelhantes, n�o �? Como sabe voc� a diferen�a entre simples sentimentos, o impulso do momento, e a convic��o do Esp�rito em sua mente?
Reconhe�amos primeiramente que h� alguns sentimentos que s�o pecaminosos e outros que n�o s�o pecaminosos. Os sentimentos pecaminosos podem incluir temor, paix�o, d�vida, ira ou cobi�a. Os sentimentos que n�o s�o pecaminosos podem incluir coisas como esperan�a, felicidade, cansa�o, fome ou tristeza.
O diabo gosta de operar atrav�s dos nossos sentimentos para afastar-nos de Deus. Se estamos nos sentindo alegres e otimistas, ele nos tentar� levar isto a extremos e tornar-nos envolvidos em fanatismo ou presun��o, correndo adiante de Deus. E se estamos nos sentindo desanimados e tristes, ele tentar� despertar o temor e a desconfian�a, para que venhamos a ceder �s suas tenta��es.
Voc� pode ver isto acontecendo no caso de Elias. Ele foi possu�do de alguns sentimentos muito positivos no cume do Carmelo. Chegara o final dos tr�s anos e meio de fome, e com ele a demonstra��o entre Deus e Baal. Deve ter sido para ele uma tremenda emo��o quando o fogo chamejante desceu do c�u, consumindo o sacrif�cio e o altar e a �gua ao redor. Sua f� era forte. Ele creu que Deus responderia a fim de vindicar a Sua pr�pria honra e o Seu nome diante do povo. Mas que tremendos sentimentos devem ter se avolumado por todo o seu ser ao estar ali e testemunhar o ocorrido!
Depois Elias tomou a dianteira no ju�zo sobre os 400 profetas de Baal, o que certamente exigiu muito esfor�o de seu sistema nervoso! Seu cora��o deve ter sido dilacerado de tristeza, horror e agonia ante a tarefa que foi levado a desempenhar.
Em seguida ele foi ao cume da montanha e come�ou a orar por chuva. Esta n�o veio imediatamente como o fogo do c�u, e Elias ficou cheio de desconfian�a pr�pria. Ficou ali no topo da montanha, esquadrinhando o cora��o e continuando a insistir em suas peti��es at� que seu servo voltou e relatou sobre uma pequena nuvem no horizonte. Isto era tudo. Elias se levantou e correu adiante dos carros de Acabe todo o caminho de volta para a cidade � a primeira maratona!
Quando Elias foi dormir naquela noite em um calmo canto fora dos muros da cidade com seu manto enrolado em torno de si, deve ter estado t�o emocionalmente esgotado como nenhum outro poderia estar. Estava tamb�m fisicamente exausto. Seus sentimentos devem ter sido despeda�ados durante todo aquele longo e memor�vel dia. Agora o diabo se apressou para tirar vantagem dos sentimentos que n�o eram pecaminosos, a fim de lev�-lo a sentimentos que eram.
Elias foi despertado abruptamente e alisado de que Jezabel estava a postos para tirar-lhe a vida. A esta altura seu cansa�o, fome e tristeza se transformaram em temor. Ele cruzou a linha para o territ�rio do diabo. O temor obt�m m�s notas nas Escrituras. Leia isto em Apocalipse 21:8. Os temerosos est�o entre aqueles que ter�o o seu lugar no lago de fogo, juntamente com alguns companheiros muito s�rdidos. Apesar da vigorosa f� que o havia sustido nas horas anteriores do dia, Elias agora deu lugar a cego p�nico e se disp�s a salvar-se a si mesmo. Fugiu para o deserto, abandonando seu posto do dever, tentando escapar das amea�as de Jezabel. Estava t�o desanimado que acabou pedindo a morte, pensando ser o �nico que havia ficado em Israel fiel a Deus. Que contraste entre o temeroso e fugitivo Elias e o Elias do cume do monte Carmelo que bradou �s multid�es: "At� quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor � Deus, segui-O." I Reis 18:21.
Assim uma indica��o de que seus sentimentos s�o ou n�o procedentes da convic��o do Esp�rito Santo ou da sua pr�pria natureza humana deve ser examinada, levando-se em conta se os sentimentos s�o ou n�o pecaminosos. O Esp�rito Santo jamais conduzir� atrav�s de sentimentos pecaminosos, n�o seria seguro afirmar? Diz II Tim�teo 1:7: "Porque Deus n�o nos tem dado esp�rito de covardia, mas de poder, de amor e de modera��o."
Outro aspecto a considerar, ao tentar determinar se os seus sentimentos s�o ou n�o simplesmente sentimentos, ou as impress�es do Esp�rito Santo sobre o cora��o, � olhar para a diferen�a entre convic��o e culpa. A culpa sempre procede do diabo. A convic��o sempre prov�m do Esp�rito Santo. � primeira vista, estes dois podem parecer muito semelhantes. Mas a culpa sempre nos deixa desesperan�ados e desesperados. Quando o diabo nos assalta com a culpa, ele est� tentando levar-nos a perder a esperan�a e a dar-nos por vencido, tentando levar-nos a concluir que o nosso caso � irremedi�vel.
Por outro lado, a convic��o que procede do Esp�rito Santo vem com esperan�a e coragem para enfrentar o amanh�. Nunca nos deixa em desespero. O Esp�rito Santo jamais nos leva � condi��o de convic��o e reconhecimento de nossa profunda necessidade da gra�a divina, sem tamb�m levar-nos al�m desta condi��o, � solu��o encontrada no sacrif�cio de Jesus e Sua justi�a a ser aceita em nosso favor. O Esp�rito Santo traz convic��o, jamais condena��o.
Outro fator a ser considerado ao tentarmos distinguir entre nossos pr�prios sentimentos e as impress�es ou convic��es do Esp�rito Santo � a quest�o de quem � o centro focalizado. Nossos sentimentos podem levar-nos a p�r os nossos interesses em primeiro lugar e focalizar nossa aten��o sobre o que � melhor para n�s. O Esp�rito Santo nos levar� a fazer da gl�ria e honra de Deus e das necessidades daqueles que est�o ao nosso redor a primeira considera��o.
Jo�o Batista tinha fortes sentimentos contra estar na pris�o de Herodes. Estava acostumado a espa�os amplamente abertos, tendo liberdade de ir e vir como bem lhe aprouvesse. Estivera acostumado a uma vida de atividades. N�o estava mais satisfeito com ser aprisionado no escuro c�rcere do que teria estado eu ou voc�. Se ele tivesse posto suas necessidades em primeiro lugar, teria rapidamente se retratado de suas severos reprova��es e recuperado a liberdade. Mas ele p�s de lado seus pr�prios desejos, porque a lealdade a Deus exigia que ele falasse a verdade com destemor e deixasse com Deus as conseq��ncias de tal fidelidade. P�s em primeiro lugar a gl�ria e a honra de Deus, e a despeito da solid�o e isolamento de sua vida na pris�o, ele foi capaz de dizer: "Conv�m que Ele cres�a e que eu diminua.'' S. Jo�o 3:30.
Podemos �s vezes ser capazes de ver a diferen�a entre nossos sentimentos e as impress�es do Esp�rito Santo aplicando o teste da raz�o e do ju�zo. Podemos ser capazes de raciocinar de causa para efeito, de reconhecer quando estamos especialmente cansados ou sofrendo dos efeitos de extremo estresse. E Deus quer que exer�amos o bom discernimento e o bom senso nas decis�es da vida.
Mas a raz�o e o ju�zo podem n�o ser suficientes. Algumas das a��es mais insensatas de toda a B�blia foram praticadas por aqueles que estavam mais intimamente sob o controle de Deus. O que dizer de Gide�o, atacando o inimigo com c�ntaros e tochas e 300 homens? O que dizer de J�natas e seu escudeiro enfrentando sozinhos todo um ex�rcito? O que dizer de Davi, trajando as simples vestes de um menino pastor, saindo desarmado para enfrentar o gigante Golias, que estava coberto de armadura da cabe�a aos p�s? Ou de Josu�, tentando tomar uma cidade caminhando em c�rculos ao redor da mesma e fazendo soar as trombetas?
Se estivermos sob o controle de Deus e em sintonia com a Sua dire��o de nossa vida, Ele pode �s vezes levar-nos a fazer coisas que aparentemente est�o em completo desacordo com o bom senso e o senso comum. Assim, embora a raz�o e o ju�zo devam ser considerados, eles jamais podem ser uma prova final em prol ou contra a orienta��o divina.
Podemos ser capazes de distinguir entre os simples sentimentos e as impress�es do Esp�rito Santo aplicando o teste do tempo. Se h� tempo antes que a decis�o deva ser tomada, pode ser de real valor "consultar o travesseiro" quanto a ela, a fim de dar tempo � ora��o e medita��o para determinar a fonte dos impulsos. Mas mesmo o teste do tempo pode n�o ser adequado. Pode n�o haver tempo suficiente para dar tal teste! O que dizer de Fin�ias, quando Israel estava prestes a atravessar o rio rumo � Terra Prometida? O plano de Bala�o para amaldi�oar a Israel alcan�ara �xito e a rebeli�o tinha se tornado t�o difundida que um dos l�deres de Israel veio para o acampamento em plena luz do dia acompanhado por uma prostituta moabita e a levou abertamente para sua tenda.
Fin�ias, filho do sumo sacerdote, n�o foi para casa a fim de refletir sobre isto e certificar-se de que n�o estava sendo impulsivo. Dirigiu-se � tenda e traspassou a ambos com um golpe de sua lan�a!
Maria Madalena, naquela noite no banquete de Sim�o, n�o tomou tempo para esperar at� ao dia seguinte para ver se o impulso de ungir a Jesus estava ainda por perto. Se tivesse feito isto, a oportunidade de ungir a Jesus n�o mais teria estado dispon�vel. Quando o Esp�rito Santo impeliu Maria � a��o, ela obedeceu instantaneamente.
N�o podia explicar por que havia escolhido aquela ocasi�o para honrar a Jesus. Quando come�aram as acusa��es, ela ficou muda. Mas Jesus reconheceu o seu ato de amor e fez uma interessante promessa concernente ao mesmo. Ele afirmou que onde quer que o evangelho fosse pregado, enquanto o tempo durasse, a hist�ria da a��o de Maria tamb�m seria repetida � e s� aqui se fala em mais tempo.
Assim h� certas coisas que podemos considerar quando tentamos verificar se nossos sentimentos s�o meramente sentimentos, ou se eles s�o inspirados pelo Esp�rito Santo. Podemos considerar se eles s�o sentimentos pecaminosos. Podemos estar cientes da diferen�a entre culpa convic��o. Podemos verificar se o centro de aten��es est� em n�s mesmos ou na honra e gl�ria de Deus. Podemos aplicar o teste da raz�o e do ju�zo � em um ponto. Podemos admitir o teste do tempo � Quando h� tempo para tal teste.
Mas o maior aux�lio no reconhecimento da diferen�a entre simples sentimento e a voz interior do Espirito � conhecer a Deus. Como notamos no cap�tulo anterior, de S. Jo�o 10, as ovelhas reconhecem a voz do Pastor e distinguem esta voz da voz de um estranho, porque elas O conhecem.
Abra�o conhecia a Deus. Havia passado tempo l� fora sob as estrelas, comungando com o Deus do C�u, enquanto o resto do seu mundo estava adormecido. Quando Deus veio a ele e lhe ordenou que deixasse para tr�s o seu pa�s e a sua parentela e fosse a algum destino desconhecido, ele foi avante, porque reconhecia a voz de Deus de seus contatos anteriores. N�o se deixou levar pelos sentimentos. Foi guiado pelo que sabia ser as instru��es divinas.
Perto do final de sua vida, quando chegou o tempo da prova suprema, ele foi incapaz de ir pelos sentimentos. Tudo em seu cora��o de pai resistia � ordem de oferecer Isaque em sacrif�cio. Todas as suas esperan�as e sonhos, todas as promessas de Deus feitas no passado, arg��am contra tal plano. Mas ele conhecia a voz de Deus e, desconsiderando seus sentimentos, a despeito de qu�o fortes eram, ele agiu novamente de acordo com a palavra do Senhor.
Como voc� sabe, Abra�o ouviu corretamente a voz de Deus, e quando foi plenamente provado, tamb�m foi provido um glorioso livramento, dando uma li��o que falar� atrav�s de todo o tempo e a todo o Universo, do amor de Deus em enviar Seu Filho para morrer em nosso lugar.
Assim, quando importa em conhecer a vontade de Deus em nossa vida, � importante n�o decidir simplesmente � base do sentimento. � importante considerar todos os passos no conhecimento da orienta��o divina. Mas a maior certeza, atr�s de todos os m�todos para saber se voc� est� seguindo Sua dire��o, � conhec�-Lo � e Ele lhe esclarecer� o que inclui Sua vontade para voc�. Conhec�-Lo, e conhecer a Sua voz, � essencial, se quisermos ter a certeza de que n�o estamos sendo levados por meros sentimentos.








A VONTADE DE DEUS E SUA PALAVRA

O terceiro passo ao tentar compreender a vontade de Deus em sua vida � consultar Sua Palavra. Diz-nos o Salmo 119:105: "L�mpada para os meus p�s � a Tua palavra, e luz para os meus caminhos." Se Deus est� de fato nos guiando, Ele o faz atrav�s de Sua Palavra, e Ele nunca nos dirige de maneira que contrarie a Sua Palavra.
A Palavra de Deus nos � dada para ser mais do que simplesmente uma li��o de Hist�ria. � mais do que um relato da vida de pessoas que morreram h� muito tempo. � mais do que profecia. � mais do que doutrina. � mais do que genealogia. � mais do que um livro de hist�rias. E a Palavra viva de Deus, que vive e permanece para sempre.
Podemos aproximar-nos da Palavra de Deus de duas maneiras: primeira, em busca de informa��o, e segunda, � procura de comunica��o. Constitui a Palavra de Deus uma valiosa fonte de informa��o? � claro que sim. D�-nos um relato preciso da hist�ria da ra�a humana. Registra com fidelidade e imparcialidade tanto os fracassos quanto os triunfos do povo de Deus. � "inspirada por Deus e �til para o ensino, para a repreens�o, para a corre��o, para a educa��o na justi�a". II Tim. 3:16.
Podemos ter confian�a de que a informa��o contida na Palavra de Deus � exata, e atrav�s da Sua Palavra Deus deu informa��o de que Ele conhecia as necessidades do Seu povo neste mundo enquanto o tempo durasse.
Mas quando voc� recorre � B�blia em busca de orienta��o, pode n�o haver um cap�tulo e um vers�culo espec�fico para a decis�o que voc� est� tentando tomar. Suponhamos que voc� esteja tentando decidir-se para onde mudar-se ou que emprego aceitar ou se deve casar com uma pessoa ou com outra. N�o h� nenhum lugar nas Escrituras onde voc� possa encontrar um verso que diga: "Voc� tem obriga��o de casar com Jaime", ou: "Voc� deve tornar-se um m�dico." E assim devemos compreender o segundo prop�sito da Palavra de Deus: comunica��o.
Poder�amos ir t�o longe a ponto de afirmar que o prop�sito prim�rio da Palavra de Deus visa a comunica��o. H� uma grande diferen�a entre conhecer a respeito de Deus e conhecer a Deus. O ap�stolo Paulo considerou o conhecimento de Deus como o mais importante aspecto da vida, pois ele disse em Filipenses 3:7-l�: "Mas o que para mim era lucro, isso considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considerei tudo como perda,... para O conhecer." Escreveu Jeremias: "N�o se glorie o s�bio na sua sabedoria, nem o forte na sua for�a, nem o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer." Jeremias 9:23 e 24. E disse Daniel: "O povo que conhece ao seu Deus se tornar� forte e ativo." Daniel 11:32.
Visto que a Palavra de Deus deve ser uma via de comunica��o e n�o meramente uma fonte de informa��o, devemos compreender mais uma vez que a base para conhecer a vontade de Deus em nossa vida deve ser sempre o relacionamento pessoal, di�rio e cont�nuo com Ele. Se voc� jamais soube o que significa usar a Palavra de Deus para comunica��o e comunh�o com Ele, a informa��o ali encontrada provar-se-� de pouco benef�cio. Mesmo que haja informa��o t�o espec�fica para sua situa��o que voc� n�o possa prescindir dela, voc� n�o ter� a for�a espiritual para aceitar Sua Palavra a menos que se torne pessoalmente familiarizado com Ele. DEle deve provir n�o apenas a sabedoria, mas o poder para a obedi�ncia. N�o � suficiente saber o que � certo e o que � errado. Devemos tamb�m saber aceitar o Seu controle para que possamos ser capazes de obedecer.
Mas tendo voc� estado dia a dia em amizade e comunh�o com Deus, e chega o momento de tomar alguma decis�o em sua vida, voc� pode dirigir-se � Sua Palavra primeiramente em busca de informa��o e depois para comunica��o com Ele onde quer que esteja faltando informa��o espec�fica.
� verdade que a B�blia nos oferece muitos princ�pios de vida que podemos aplicar � nossa situa��o espec�fica. Por exemplo, a B�blia adverte contra o casamento com os incr�dulos. Se voc� est� escolhendo entre algu�m cuja vida espiritual � compat�vel com a sua e algu�m que n�o demonstra interesse pelas coisas espirituais, voc� deve ter � sua disposi��o um aux�lio muito poderoso ao tomar tal tipo de decis�o. A B�blia nos adverte contra a desonestidade. Se voc� mentiu a fim de obter ou conservar um emprego especial, voc� pode saber baseado nas Escrituras que Deus n�o est� conduzindo em tal dire��o. De sorte que mesmo que n�o haja um cap�tulo ou vers�culo espec�fico para sua situa��o, pode haver princ�pios que se ajustam e que podem ajud�-lo a tomar a decis�o correta.
Contudo, h� ocasi�es em que voc� pode estar decidindo entre duas escolhas aparentemente "corretas", em vez de entre uma certa e outra errada. Voc� pode estar escolhendo entre tornar-se um professor de matem�tica ou um professor de ci�ncias � em vez de escolher se deve tornar-se um professor ou trabalhar num cassino em Las Vegas! �s vezes as escolhas que est�o diante de voc� parecem igualmente corretas � base dos princ�pios estabelecidos na Palavra de Deus.
Em tais ocasi�es, o beneficio das Escrituras como meio de comunica��o est� al�m de toda estimativa � juntamente com o uso de todos os oito passos para conhecer a vontade de Deus. Porque Deus � capaz de comunicar-lhe Sua vontade espec�fica de alguma outra maneira al�m daquela que vem atrav�s de um cap�tulo e vers�culo.
Pode haver ocasi�es em que Deus o surpreenda com passagens espec�ficas das Escrituras que tanto se aplicam � sua situa��o, quando voc� vai a Ele em busca de orienta��o sobre uma decis�o espec�fica. Talvez isto me tenha acontecido meia d�zia de vezes durante minha exist�ncia, quando a Palavra de Deus falou subitamente � minha atual decis�o de um modo inconfund�vel.
Em um ver�o eu vendia livros crist�os a fim de ganhar dinheiro para voltar ao col�gio no outono. No primeiro dia meu assistente de vendas saiu para mostrar-me como vender livros. Enquanto eu estava ali e segurava a pasta, ele vendeu livros o dia inteiro. Parecia f�cil! Fui para casa exultante e multipliquei o n�mero de livros que t�nhamos vendido naquele dia pelo n�mero de dias do ver�o, e estava certo de que voltaria no outono com tr�s ou quatro vezes a quantia de dinheiro de que necessitava para a escola.
Ent�o o assistente de vendas deixou a cidade. Dia ap�s dia era a mesma coisa. Eu n�o vendia um s� livro. Em breve eu fiquei muito desanimado. Agora tudo indicava que eu n�o iria conseguir um �nico estip�ndio. Realmente, era f�cil crer que poderia transcorrer o resto do ver�o sem que eu fizesse uma s� venda! Uma noite eu estava t�o desanimado que mal pude dormir. Na manh� seguinte eu estava tentando decidir o que fazer. Deveria ir para casa e esquecer tudo? Deveria continuar tentando, embora isto parecesse t�o in�til, t�o irrealiz�vel? Fui impressionado a abrir a B�blia, e o texto ao qual recorri estava em Salmo 42:11: "Por que est�s abatida, � minha alma? Por que te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda 0 louvarei, a Ele, meu auxilio e Deus meu."
Esta mensagem da Palavra de Deus deu-me a coragem para tentar novamente. Em meu caminho para o trabalho, parei ao lado da ag�ncia do Correio. Havia uma carta esperando por mim de uma mulher a quem eu tinha mostrado os livros tr�s dias antes. Ela decidira que estava interessada! Corri apressadamente para sua casa e fiz minha primeira venda naquela manh�. O Senhor havia come�ado a mostrar-me que n�o era eu quem vendia Seus livros. Ele o fazia. Se voc� j� tentou vender livros crist�os, tamb�m j� aprendeu esta li��o.
Uma vez quando minha esposa e eu est�vamos pastoreando uma igreja em Oregon, recebemos um chamado para outro local e est�vamos procurando saber a vontade de Deus para n�s naquela decis�o. Uma manh� eu estava embaixo no subsolo, em minha sala de leitura, orando sobre o assunto, e senti-me impressionado a abrir a B�blia em busca de orienta��o. O texto que saltou diante de mim foi este: "O que ficar nesta cidade morrer�... mas o que passar para os caldeus viver�." Jeremias 38:2. Eu nem mesmo o havia visto anteriormente, e para encontr�-lo hoje teria de procurar. Mas refleti cuidadosamente sobre ele e indaguei se o mesmo se destinava � nossa situa��o naquele tempo. Eu n�o sabia quem naquela cidade estava tentando matar-me! Mas ele parecia estar falando quanto � decis�o sobre a qual eu acabara de orar.
Antes de mencionar isto para algu�m, subi as escadas para o desjejum. Nosso filho, ent�o com seis anos de idade, tinha � mesa sua pequena B�blia multicor. Eu disse:
� Filho, escolha um texto para lermos nesta manh� antes da ora��o.
� Qual escolherei? � perguntou ele.
� Isto n�o importa � respondi-lhe � escolha alguma coisa.
Ele abriu a esmo sua pequena B�blia e apontou para um verso, entregando-me a B�blia para que eu pudesse ler o que ele havia escolhido. Tomei a B�blia e li: "O que ficar nesta cidade morrer�... mas o que passar para os caldeus viver�."
Ora, n�o tomamos toda a nossa decis�o baseados neste texto b�blico, embora estiv�ssemos impressionados, porque a probabilidade de tal coisa acontecer por acaso era esmagadora. Mas pusemos o referido verso na pasta de pap�is e refletimos sobre ele juntamente com o resto da orienta��o do Senhor sobre os outros passos para conhecer Sua vontade. Isto fazia parte do peso da evid�ncia que nos levou a aceitar o chamado e mudar-nos daquele lugar.
Ent�o chegou a vez em Mountain View, Calif�rnia. Am�vamos a igreja e o povo. N�o quer�amos partir. N�o quer�amos, especialmente, mudar-nos para a mistura de nevoeiro e fuma�a do sul da Calif�rnia, que foi para onde nos levou nosso pr�ximo chamado. Dissemos N�o. N�o t�nhamos vontade pr�pria no dado assunto! Mas o Senhor come�ou a virar-nos ao contr�rio, e uma manh� na hora do culto minha esposa recorreu ao verso em que Deus ordenou a Filipe que fosse para a banda do sul, para o lugar que � chamado deserto. Veja Atos 8:26. Depois de tr�s anos no sul da Calif�rnia, ficamos deleitados ao encontrarmos outro texto, depois de termos sido convidados de volta para o norte da Calif�rnia, que dizia: "Tendes j� rodeado bastante esta montanha: virai-vos para o norte." Deuteron�mio 2:3.
Ora, h� um risco muito real que eu descobri ao contar estes tipos de hist�rias, porque as pessoas freq�entemente se esquecem de tudo o mais que foi dito. Olvidam os outros passos para conhecer a vontade de Deus e come�am a tentar descobrir esta vontade exclusivamente � base de p�r os dedos nos textos. N�o h� nenhuma seguran�a em usar este como o �nico m�todo para determinar a vontade de Deus.
Voc� descobrir� freq�entemente, se tentar fazer isto por si mesmo, sem ser dirigido a tal coisa pelo Esp�rito Santo, que voc� acabar� encalhado em algum lugar, n�o tendo nada que nem mesmo pare�a orienta��o. Isto aconteceu comigo em uma ocasi�o. Conta-se tamb�m a hist�ria de uma pessoa que tentou isto como uma forma de orienta��o, � parte de qualquer outro m�todo, e voltou-se para dois textos. O primeiro dizia: "Ent�o Judas... retirou-se e foi enforcar-se", e o segundo dizia: "Vai, e procede tu de igual modo." S. Mateus 27:5; S. Lucas 10:37. Estando plenamente certo de que Deus n�o queria que ele tirasse a pr�pria vida, p�s o dedo em um terceiro texto, que dizia: "O que pretendes fazer, faze-o depressa. " S. Jo�o 13:27.
Assim eu gostaria de expressar-me publicamente como n�o recomendando este m�todo para se descobrir a vontade de Deus. Todavia, ao continuar o seu relacionamento com Ele e procurar saber Sua vontade por todos os m�todos que Ele tem dado, pode haver ocasi�es em que Ele preferir� comunicar-Se com voc� atrav�s da Sua Palavra, conduzindo-o a um texto espec�fico que expresse Sua vontade para voc� naquele momento. Talvez seja proveitoso lembrar-se em tais ocasi�es que Ele n�o dar� conselho espec�fico de um texto a esmo que vai contra o conselho geral de Sua Palavra, em termos de princ�pios e verdade. Voc� pode tamb�m descobrir que em tais ocasi�es Ele lhe fala nas pr�prias palavras que voc� Lhe tem apresentado, em suas ora��es sobre o assunto. Mesmo no relacionamento devocional di�rio com Deus, d�-se freq�entemente o caso de voc� deparar-se com algo em sua leitura para aquele dia que responde a pr�pria pergunta que esteve em sua mente, sobre a qual voc� vinha indagando.
Algumas pessoas podem estar apreensivas com tal subjetivo m�todo de comunica��o com Deus, contudo para aqueles que interrogam se Deus usaria ou n�o tal plano, � proveitoso lembrar que este jamais deve constituir toda a base de uma decis�o. Mas Deus pode �s vezes escolher fazer disto parte do pacote, operando Suas maravilhas de um modo misterioso.
Lemos em Salmo 32:8: "Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as Minhas vistas, te darei conselho." Se voc� for a I Cor�ntios 12, descobrir� que a igreja � comparada ao corpo humano, com diferentes partes tendo fun��es diversas, por�m todas operando juntas para o bem do todo. Pelo fato de ser voc� um dos membros do corpo que parece pequeno e insignificante n�o significa que o seu lugar seja sem import�ncia. Se qualquer parte do corpo � atingida, todo o corpo sente a dor.
Paulo faz a compara��o entre o corpo humano e os v�rios membros do corpo de Cristo. E neste contexto, h� um texto interessante que se encontra em I Samuel 9:9. "(Antigamente em Israel, indo algu�m consultar a Deus, dizia: Vinde, vamos ter com o vidente; porque ao profeta de hoje, antigamente se chamava vidente.)" Voc� j� examinou esta palavra do Velho Testamento? O que � um vidente? Bem, um vidente � aquele que v�! Portanto, o profeta do Antigo Testamento era comparado aos olhos da igreja.
De sorte que quando consultamos a B�blia e a palavra do profeta de Deus, somos ajudados no conhecimento da vontade do Senhor. Poderia ser esta uma das maneiras em que Deus nos guia ou nos aconselha "sob as Suas vistas"? N�o tenha isto em pouca considera��o ao consultar o conselho inspirado do Senhor que tem sido outorgado � Sua Igreja. Teremos muitas ocasi�es para sermos gratos pelo aux�lio e orienta��o que tem sido dada por interm�dio dos olhos da Igreja.
Qu�o agradecidos podemos ser pelo dom da Palavra de Deus, por Sua voz atrav�s dos Seus profetas, para guiar e dirigir-nos no caminho em que Ele quer que andemos. Ela prov� uma fonte poderosa e confi�vel para o conhecimento da vontade de Deus, quando consultamos Sua Palavra.

A VONTADE DE DEUS E SUA PROVID�NCIA

Iniciemos fazendo um exaustiva estudo da palavra provid�ncia na B�blia. � f�cil de se fazer, pois h� apenas uma refer�ncia, encontrada em Atos 24:2 [na King James Version]. Note as primeiras poucas palavras: "Cinco dias depois, desceu o sumo sacerdote, Ananias, com alguns anci�os e com certo orador, chamado T�rtulo, os quais apresentaram ao governador libelo contra Paulo. Sendo este chamado, passou T�rtulo a acus�-lo, dizendo: Excelent�ssimo F�lix, tendo n�s, por teu interm�dio, gozado de paz perene, e, tamb�m por teu providente cuidado, se terem feito not�veis reformas em benef�cio deste povo, sempre e por toda parte, isto reconhecemos com toda a gratid�o. Entretanto, para n�o te deter por longo tempo, rogo-te que, de conformidade com a tua clem�ncia, nos atendas por um pouco." (V. 1-4)
Esse orador loquaz prosseguiu tentando persuadir o governador a deter a obra da prega��o do evangelho feita por Paulo. Mas ele usou a palavra providente. Ele n�o estava falando da provid�ncia de Deus, mas em vez disto da provid�ncia do governador. Estava falando a respeito do que o governador tinha provido para seus s�ditos. Assim quando usamos a palavra provid�ncia referindo-nos � orienta��o de Deus em nossa vida, estamos falando das coisas que Deus tem provido para n�s.
Este quarto passo no conhecimento da vontade de Deus em nossa vida procura considerar as circunst�ncias providenciais. Talvez a provid�ncia divina seja um pouco mais dif�cil de explicar ou de compreender do que alguns dos outros passos no conhecimento da vontade de Deus, assim usemos uma ilustra��o. Tente pensar em sua vida como um quebra-cabe�a. Cada evento � uma pe�a separada do quebra-cabe�a. Ao formar voc� o quebra-cabe�a, pe�a por pe�a, emerge um quadro, que revela o plano para sua vida.
Voc� j� formou um quebra-cabe�a? � relativamente f�cil de in�cio, quando voc� olha para todas as pe�as da margem e une-as. Mas ent�o torna-se mais dif�cil. Se voc� se det�m com a parte mais dif�cil, pode ser realmente emocionante inserir aquelas poucas pe�as finais!
Temos uma amiga que gosta muito de formar quebra-cabe�as. Ela se orgulha de ser perita em quebra-cabe�as. Pode formar um quebra-cabe�a mais r�pido do que qualquer um ao seu redor. Um ano por ocasi�o do Natal, minha esposa deu-lhe de presente um quebra-cabe�a. Era uma pintura do capuz do Chapeuzinho Vermelho. Era toda vermelha. Ela gastou vinte horas para form�-lo, e todos n�s nos regozijamos!
Lembrar-se de como um quebra-cabe�a se encaixa, se ajusta, pode ser um m�todo para o reconhecimento da provid�ncia de Deus, para ver o Seu trato com voc� no passado e perceber onde Ele o dirigiu at� aqui. Voc� poderia sentir o desejo de assentar-se com um peda�o de papel e um l�pis e anotar todos os importantes eventos dos �ltimos cinco ou dez anos da sua vida. V� voc� o surgimento de um quadro? A decis�o que voc� agora est� tentando tomar se ajusta a esse quadro?
Suponhamos que um estudante venha ao meu escrit�rio para aconselhamento sobre como decidir qual deve ser o seu trabalho vital�cio. Ao passarmos um pouco de tempo nos conhecendo mutuamente, eu lhe pergunto acerca dos seus interesses e passatempos favoritos em sua experi�ncia at� ao presente.
Diz ele: "Meu pai � veterin�rio. Eu sempre gostei muito dos animais. Quando era crian�a, eu sempre levava para casa algum animal ferido ou faminto e dele cuidava, restituindo-lhe a sa�de.
"Nas f�rias de ver�o tenho trabalhado com meu pai em seu escrit�rio e gostado muito disso. No ver�o o tempo sempre passa muito r�pido. Durante o ano escolar minha mat�ria predileta tem sido biologia, embora eu aprecie tamb�m as outras aulas de ci�ncias. E tenho uma bolsa de estudos para uma faculdade de veterin�ria. Mas o que eu estou tentando concluir � se Deus quer ou n�o que eu seja um mec�nico de autom�veis."
Isto seria um exemplo extremo de uma pe�a de quebra-cabe�a que n�o se ajustou, em se tratando das circunst�ncias providenciais.
� claro que n�o devemos decidir baseados somente nas pe�as do quebra-cabe�a, quanto mais decidir baseados apenas em um �nico passo, seja qual for. Mas pode ser que ao olhar cuidadosamente para a dire��o de Deus em suas experi�ncias passadas isto proveja id�ias para ajudar na atual decis�o com que voc� se depara.
H� exce��es � regra acerca dos quebra-cabe�as. �s vezes Deus est� operando em mais de um quadro ao mesmo tempo em sua vida, e uma nova decis�o pode se ajustar ao novo quadro. Ele quer operar em sua vida, mesmo quando ela n�o parece ajustar-se absolutamente ao velho quadro.
Assim aconteceu com Mois�s. Ele pensava que devia tirar o povo de Deus do Egito, mas as coisas n�o estavam se encaminhando t�o rapidamente como lhe convinha, de sorte que ele se precipitou e praticou alguma a��o por si mesmo. Matou um eg�pcio. Ent�o fugiu de diante de Fara�, atravessando as areias do deserto, e durante quarenta anos apascentou as ovelhas do seu sogro na encosta da montanha. N�o tinha nem mesmo seu pr�prio rebanho de ovelhas!
Ent�o um dia Deus Se encontrou com ele ali no deserto em uma sar�a ardente e lembrou-lhe do chamado para ser o libertador do povo de Deus. E disse Mois�s: "Escolheste o homem errado. Eu nasci para ser pastor de ovelhas. N�o apenas isto, mas esperaste demais. Esqueci-me at� mesmo da l�ngua. Ter�s de enviar outro."
Mois�s n�o acreditava absolutamente que as pe�as do quebra-cabe�a se ajustavam. Mas Deus ainda estava operando em sua vida; e Seus prop�sitos, que n�o conhecem nem adiantamento nem tardan�a, estavam prontos para o cumprimento.
Davi tamb�m era pastor. Enquanto apascentava os rebanhos de seu pai, ouvia de seus irm�os acerca de guerras e combates. Eles eram soldados no ex�rcito do rei. Mesmo Samuel, quando Deus o enviou para ungir a Davi como rei de Israel, teve dificuldades ao rejeitar os irm�os de Davi, que pareciam estar muito mais qualificados para a tarefa.
Mas Deus tinha um novo quadro a formar na vida de Davi e advertiu a Samuel para que n�o olhasse para a apar�ncia exterior. Veja I Samuel 16:7. O chamado para ser rei n�o parecia se ajustar. De fato, enquanto Davi fugia de Saul por sete anos, parecia que isto nem mesmo iria se realizar! Davi, Mois�s, e muitas outras pessoas piedosas tiveram de esperar durante anos at� � conclus�o do plano de Deus na vida deles. Mas o plano divino finalmente se cumpriu.
Isto nos leva a outro ponto importante que n�o devemos olvidar ao considerarmos as circunst�ncias providenciais. Deus opera em um esquema diferente do nosso. Ele parece deleitar-Se em esperar at� ao �ltimo minuto! N�o abriu o Mar Vermelho para o povo de Israel quando este a princ�pio chegou em suas margens. Esperou at� que os ex�rcitos eg�pcios os tivesse alcan�ado e estivessem a encerr�-los para a matan�a. N�o ado�ou as �guas de Mara antes que o povo de Israel as provasse e descobrisse que eram amargas. N�o interveio com fogo do c�u at� o �ltimo minuto do �ltimo dia da demonstra��o final entre Deus e Baal.
Voc� pode descobrir em sua pr�pria vida que Deus tem hoje o mesmo h�bito. Se voc� parece estar em dificuldades financeiras e que em trinta dias ter� de deparar-se com a fal�ncia, diminua a tens�o, ponha-se � vontade! Voc� tem vinte e nove dias � ou talvez vinte e nove dias e meio, antes de Deus precisar mover-Se em seu favor.
Em nossa impaci�ncia humana, freq�entemente achamos que Deus deveria apressar-Se um pouco! Mas Deus tem mais em Sua agenda do que simplesmente trazer livramento para cada crise particular. Quer tamb�m ensinar-nos importantes li��es de confian�a e de depend�ncia dEle. Quer dar-nos insight*, sobre o nosso cora��o e sobre o que nos faz pulsar.
O que acontece dentro de voc� quando Deus espera? � capaz de prosseguir calmamente, confiando em que Ele traga livramento a Seu pr�prio tempo e � Sua maneira? Ou � tentado, como foi Mois�s, a tomar as coisas em suas pr�prias m�os? Fica zangado com Deus por n�o Se mover � sua velocidade? E poderia ser bom que voc� visse qu�o facilmente se irrita com Deus, qu�o rapidamente cessa de confiar nEle e come�a a confiar em sua d�bil for�a?
Ao aprender a li��o da espera, mesmo quando parece que o desastre e a derrota est�o �s portas, voc� vir� a apreciar a provid�ncia de Deus que nem sempre age imediatamente. Torna-se t�o emocionante esperar e aguardar que Ele opere Seus milagres em Sua vida.
Outra maneira em que a provid�ncia de Deus opera � atrav�s dos encontros divinos, quando voc� cruza o caminho com pessoas que t�m a informa��o de que voc� pode precisar para tomar a decis�o certa.
Talvez voc� esteja tentando decidir que tipo de carro comprar. Voc� esteve no vendedor de carros e ouviu o seu lance de vendas. Fez sua pr�pria avalia��o quanto aos m�ritos de uma marca especial e um modelo que voc� est� interessado em comprar.
Mas voc� chegou antes a este tipo de decis�o e teve alguns momentos desagrad�veis. Assim voc� come�a a convidar o Senhor para gui�-lo nesta decis�o, e para seu espanto, dentro de pouco tempo, voc� v� Sua provid�ncia em opera��o. Voc� se encontra com outras pessoas, aparentemente por acidente, que tiveram experi�ncia com o mesmo tipo de carro que voc� est� pensando em obter. Elas n�o sabiam da decis�o que voc� estava tentando tomar, mas de algum modo a conversa��o muda para esta dire��o e voc� tira proveito da sua experi�ncia. J� lhe aconteceu alguma coisa assim?
N�o muito tempo atr�s recebemos um convite para realizar algumas confer�ncias na Fl�rida para um grupo especial. Eles nos convidaram a levar toda a fam�lia, visto que as reuni�es estavam sendo realizadas durante os feriados do Natal. Depois de discutir o assunto, nossa fam�lia resolveu aceitar a proposta.
Mas temos alguns jovens em nossa fam�lia que n�o gostariam de passar todos os seus feriados de Natal assentados em reuni�es. E isso est� certo, n�o �? E assim estivemos indagando que tipo de atividades poder�amos incluir que tornariam os feriados os mais agrad�veis poss�veis para eles.
Lembramo-nos de um oferecimento que nos havia sido feito v�rios anos antes por alguns amigos que possu�am uma cabana de ver�o n�o longe do local onde seriam realizadas as confer�ncias. At� ali nunca t�nhamos tido ocasi�o de aceitar seu oferecimento, mas agora refletimos sobre isto e procuramos entrar em contato com eles. Infelizmente hav�amos perdido seu endere�o e n�o pudemos encontrar algu�m que nos pudesse informar onde eles estavam.
Minha esposa, sem mesmo falar sobre isto ao resto da fam�lia at� posteriormente, come�ou a orar para que Deus provesse um lugar para ficarmos durante a semana de reuni�es. Alguns dias depois nos encontramos pela primeira vez com algumas pessoas e almo�amos com elas. Terminada a refei��o, elas nos disseram que tinham uma casa de praia na Fl�rida e que pod�amos us�-las e um dia necessit�ssemos de tal coisa! A casa de praia que o Senhor proveu era superior � cabana de f�rias original que t�nhamos em mente, porque estava exatamente na praia, e nossos jovens podiam fazer uso do sol e da areia sempre que o desejassem.
Hav�amos tomado a decis�o de freq�entar as reuni�es mesmo antes de receber o oferecimento da casa de praia! Mas enquanto consider�vamos todas as maneiras de reconhecer a dire��o de Deus em nossa vida, Sua provid�ncia no assunto da casa de praia tornou-se uma das raz�es por que nos sentimos seguros de que Deus nos estava dirigindo naquela ocasi�o para aquele lugar especial.
Jesus aceitava a orienta��o do Pai ao marcar encontros divinos quando esteve aqui na Terra. Estava disposto a caminhar 80 quil�metros fora do Seu caminho simplesmente para colocar-Se no caminho de uma mulher siro-fen�cia que ansiava por Sua presen�a e aux�lio. Estava disposto a esquecer o descanso, o alimento e mesmo um pouco de �gua para refrescar-Se do sol escaldante da tarde, a fim de ministrar � mulher samaritana enquanto estava assentado junto ao po�o. Estava disposto a protelar a Sua ida para a cama no final de um dia atarefado a fim de conversar com Nicodemos, que estava envergonhado de vir durante as regulares "horas de expediente"! Permitia que Seu Pai fizesse os planos e ent�o Lhos revelasse diariamente, durante Sua hora de comunh�o com o Pai.
J� viu o Senhor operar em sua vida, marcando-lhe encontros divinos? Esta � outra faceta da Sua dire��o providencial em opera��o. Talvez voc� esteja procurando alguma oportunidade para testemunhar em prol do evangelho. Comece a orar sobre isto, e logo Ele cruza seu caminho com pessoas que est�o necessitadas do pr�prio tipo de aux�lio que voc� tem a oferecer. Realmente, com base em minha pr�pria experi�ncia, bem como nas informa��es que outros t�m partilhado comigo, estou inclinado a predizer que Deus lhe tornar� habitual este tipo de oportunidade se voc� for sens�vel � Sua orienta��o e convid�-Lo para fazer isto.
Voc� poder� descobrir que os encontros divinos interrompem seus pr�prios planos, mas se voc� estiver disposto a ser interrompido, a provid�ncia divina o conduzir� de maneiras emocionantes.
A cronometragem dos encontros divinos est� sempre certa. �s vezes voc� pode defrontar-se com o que parece ser um encontro divino, mas a cronometragem est� errada. Voc� pode saber que n�o � a m�o do Senhor que est� operando.
Quando aceitamos o chamado para deixar o belo norte da Calif�rnia e ir para Nebraska, oramos, consideramos e atravessamos os diversos passos para conhecer a vontade de Deus. Ent�o tomamos uma decis�o. Chegou o tempo de nossa resposta final e n�o pod�amos mais adiar. Baseados em todas as informa��es que t�nhamos obtido, baseados em tudo o que se achava na pasta de pap�is de cada um dos oito passos, conclu�mos que o Senhor nos estava dirigindo na aceita��o do chamado para Nebraska. Aceitamos oficialmente a proposta.
Na semana seguinte, recebi um telefonema de um amigo �ntimo que � um r�dio-evangelista. Sua filha morava na cidade que est�vamos deixando e lhe havia contado acerca de nossa decis�o de mudar-nos para Nebraska.
"Al�, Irm�o Venden" � disse ele. "� sua consci�ncia que est� falando!" E ele prosseguiu, falando-me de todas as raz�es que ele podia imaginar, mostrando por que dev�amos permanecer no norte da Calif�rnia. Tinha algumas raz�es muito impressionantes, e ele era algu�m cujo conselho eu havia prezado e cuja sabedoria eu havia respeitado. Se ele tivesse feito aquela chamada uma semana antes, aquela �nica coisa poderia ter influenciado a decis�o de outro modo, a despeito da evid�ncia dos outros passos no conhecimento da vontade do Senhor! Mas a cronometragem estava errada. A decis�o j� havia sido tomada, as portas estavam se abrindo nesta dire��o e eu n�o pude dar ouvidos � sua voz, mesmo embora, humanamente falando, era extremamente dif�cil ir contra o seu conselho.
Ao buscarmos a orienta��o do Esp�rito Santo em nossa vida, podemos ver Sua m�o operando nos encontros divinos, quer seja causando, quer seja impedindo contatos que influenciar�o nossas escolhas.
J� aconteceu isto em sua vida? Voc� tenta reiteradamente entrar em contato com alguma pessoa, e toda vez que voc� chama a linha est� ocupada ou eles acabaram de sair ou naquele momento j� deveriam estar de volta mas n�o est�o, e nada que voc� faz pode confort�-lo, ou j� descobriu que o inverso pode ser verdade? Voc� se encontra com a mesma pessoa quinze vezes em um s� dia, at� que est� finalmente disposto a falar-lhe ou ouvir-lhe e reconhecer um encontro divino. As maneiras de Deus operar s�o freq�entemente misteriosas � nossa compreens�o humana, mas a vereda de Sua provid�ncia nos traz encontros divinos como um dos m�todos que Ele geralmente escolhe para a revela��o da Sua vontade.
Existe outra �rea da provid�ncia, um lado mais escuro, do qual escapar�amos se tiv�ssemos a escolha. A provid�ncia de Deus freq�entemente nos conduz atrav�s de prova��es e dificuldades que enfrentamos neste mundo de pecado. Ele n�o produz as dificuldades, mas Sua provid�ncia pode guiar-nos atrav�s delas. Qualquer barreira que as hostes das trevas possam lan�ar em nossa trilha, Deus pode transformar em um degrau pardo cumprimento do Seu plano em nossa vida.
Lembra-se de Jos�? Ao mergulhar na noite, as tendas de seu pai desaparecendo no horizonte distante, parecia o fim de tudo. Como poderia tal trai��o por parte de seus irm�os e o mau tratamento dos traficantes de escravos ser parte do plano divino para sua vida? As coisas lhe pareceram mais promissoras por algum tempo ali no Egito, ao gozar de mais e mais confian�a em casa de Potifar. Mas o seu tempo favor�vel foi de breve dura��o, e ao passar dia ap�s dia e noite ap�s noite aprisionado no c�rcere eg�pcio, sua f� e confian�a em Deus foi severamente provada. Foi o lado escuro da provid�ncia divina que permitiu que ele fosse conduzido a tal lugar. Mas foi n�o obstante a provid�ncia de Deus, porque as prova��es que Ele permitiu que viessem sobre Jos� foram os pr�prios meios que o prepararam para sua obra como libertador, n�o somente do Egito, n�o apenas de sua pr�pria fam�lia, mas tamb�m das na��es vizinhas.
Davi fugindo de um Saul irado e ciumento, Jeremias no fosso enlameado, Jo�o Batista no c�rcere de Herodes, Jo�o o Disc�pulo Amado na Ilha de Patmos � a lista poderia prosseguir infindavelmente. Vezes sem conta a provid�ncia de Deus tem conduzido o Seu povo por veredas escuras e solit�rias. Em nossa fraqueza humana, regozijamo-nos muito mais quando Daniel � livrado da cova dos le�es do que quando Jo�o Batista foi decapitado. Mas a amorosa provid�ncia est� dirigindo em cada caso. A promessa ainda � certa de que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que s�o chamados segundo o Seu prop�sito". Romanos 8:28.
Achamos dif�cil compreender que n�o h� maior evid�ncia do favor e da orienta��o de Deus em ser levado para o C�u em um carro de fogo do que morrer de uma prolongada enfermidade. Eliseu foi precisamente t�o honrado por Deus como fora Elias, e ambos foram guiados por Sua provid�ncia no cumprimento de sua parte no prop�sito divino. A comunh�o com Cristo em Seus sofrimentos, bem como a comunh�o com Ele no servi�o e a comunh�o com Ele em Sua gl�ria, s�o prometidas aos Seus fi�is seguidores. E mesmo quando Sua escolha para n�s parece muito distante do que escolher�amos por n�s mesmos, ainda podemos confiar nEle em nossa vida. Como diz o c�ntico:
A senda que eu tenho trilhado, me levou para mais perto de Deus,
Embora muitas vezes ela transpusesse os portais da afli��o.
Embora n�o fosse a trilha que escolhi, em meu caminho eu perderia
As alegrias que ainda me aguardam.
A �rea das circunst�ncias providenciais pode ser um dos mais emocionantes dos oito passos, porque � aquela que est� completamente no setor de Deus. Ele � o que escolhe o tempo e o m�todo de comunicar-Se com voc� atrav�s de Suas provid�ncias. As circunst�ncias providenciais n�o s�o algo que possa ser facilmente reproduzido pelo poder humano. E mesmo quando n�o compreendemos as raz�es de Sua opera��o providencial, ela fornece as mais inconfund�veis evid�ncias de Sua dire��o para aquele que est� procurando conhecer Sua vontade.
Ao tentar ser sens�vel � vontade de Deus em sua vida, aprendendo por Sua gra�a o que significa n�o ter nenhuma vontade pr�pria e procurando conhec�-Lo diariamente atrav�s da Sua Palavra e atrav�s da ora��o e comunh�o com Ele, a dire��o de Sua provid�ncia torna-se muito significativa. Sua dire��o no passado, bem como as provid�ncias que Ele traz para o seu presente, podem dar-lhe verdadeiro conhecimento de Sua vontade ao voc� considerar as circunst�ncias providenciais.

A VONTADE DE DEUS E SEUS AMIGOS

V�rios anos atr�s em Oregon um jovem pregador solteiro mudou-se para sua primeira par�quia. Havia na igreja duas mulheres mais velhas, tamb�m solteiras, que eram irm�s. Elas se tornaram muito interessadas pelo novo pregador.
Logo a m�e delas fez arranjos para que o novo pregador fosse almo�ar em sua casa depois do culto. E logo ap�s a refei��o, uma das mulheres o encurralou na sala-de-estar, muito emocionada. Tinha boas novas para ele. Disse ela:
� O Senhor me revelou que voc� deve se casar.
Sua resposta foi cl�ssica. Disse ele:
� Isso � interessante. Ora, quando o Senhor me revelar a mesma coisa eu me casarei!
Certa vez em Los Angeles uma mulher veio visitar-me e disse:
� Pastor, o Senhor me revelou que h� ouro no Alasca. Ele me mostrou o local exato onde o mesmo pode ser encontrado. Tudo o que temos de fazer � levar uma vassoura, varrer a neve, peg�-lo e traz�-lo de volta. E o senhor deve ir comigo.
Eu me lembrei do pregador solteiro de Oregon e respondi-lhe:
� Isso � interessante. Quando o Senhor me revelar a mesma coisa, eu irei com voc�.
� Ir�? Realmente? � perguntou ela.
� Sim, quando o Senhor me revelar a mesma coisa.
Ela se afastou emocionada e satisfeita com minha resposta. Suspeitei que ela estava tenda problemas com seus "filamentos" � e o tempo provou ser este o caso. N�o fomos com nossas vassouras para o Alasca.
Mas conquanto n�o possamos depender dos outros como um canal pelo qual o Senhor nos revela Sua vontade, o conselho dos outros � um passo importante na compreens�o da vontade do Senhor. Assim o passo 5 no conhecimento da vontade de Deus em sua vida � aconselhar-se com amigos piedosos.
Este � o passo que acrescentei � lista original de sete passos de M�ller. Encontra-se em v�rias passagens das Escrituras. Diz Salmo 1:1: "Bem-aventurado o homem que n�o anda no conselho dos �mpios." Note que a advert�ncia � contra o aconselhamento com os �mpios � n�o com os justos. De sorte que quando Prov�rbios 11:14 nos diz: "N�o havendo s�bia dire��o cai o povo, mas na multid�o de conselheiros h� seguran�a", deve estar falando sobre o conselho dos justos, n�o dos injustos.
Existem bons conselheiros e existem maus conselheiros. Este � um dos problemas no mundo do aconselhamento em geral. Como voc� sabe, o aconselhamento se tornou popular em anos recentes, e h� muito aconselhamento em voga. Mas apenas o conselho n�o basta. E importante receber conselho piedoso se voc� est� interessado em aprender mais acerca da vontade de Deus em sua vida. � poss�vel compreender mal o que torna um conselheiro um conselheiro piedoso. O simples fato de uma pessoa pertencer � Igreja Crist� n�o faz dela um conselheiro crist�o.
De sorte que quando inclu�mos o conselho com amigos crist�os como um dos oito passos no conhecimento da vontade de Deus em nossa vida, devemos buscar conselho de pessoas piedosas, n�o dos �mpios.
O que � uma pessoa piedosa? O que torna algu�m um crist�o? A B�blia diz que o Senhor sabe livrar da tenta��o os piedosos. Esta � uma maneira interessante de afirmar isto. Evidentemente o Senhor n�o sabe livrar da tenta��o os �mpios. O que significa ser piedoso? A pessoa piedosa seria aquela que est� muito envolvida com Deus.
Com freq��ncia medimos o cristianismo e a piedade pelo comportamento, quando dever�amos medi-lo pelo relacionamento. Esta � uma chave constante de todo o reino da justi�a pela f�. Relacionamento. E independente de se uma pessoa afirma ser ou n�o um conselheiro crist�o, o �nico conselheiro crist�o � aquele que tem um relacionamento pessoal com o Senhor Jesus Cristo.
Tem havido muitos que abrem consult�rios e pretendem ser conselheiros crist�os, o que n�o s�o absolutamente. E os sintomas s�o f�ceis de se descobrir. O conselheiro crist�o � aquele que dirigir� sua depend�ncia a Jesus. E o mundo do aconselhamento n�o crist�o em geral que em vez disto o convida a depender de si mesmo ou deles.
No mundo secular, aquele que � considerado um bom conselheiro permitir� que voc� dependa dele apenas o tempo suficiente para lev�-lo a depender novamente de si mesmo. O mau conselheiro secular tentar� mant�-lo dependente dele a fim de ganhar mais dinheiro. Mas o conselheiro crist�o o ajudar� a p�r a confian�a no Senhor Jesus como seu �nico aux�lio, sua �nica esperan�a.
H� v�rios exemplos b�blicos de pessoas que pediram o conselho de outros ao tentar compreender a vontade do Senhor. Vejamos primeiro alguns exemplos daqueles que buscaram conselho de fontes erradas.
I Reis 12 fala a respeito de Robo�o, filho de Salom�o. Seu pai havia falecido, e Robo�o o havia sucedido no trono. Ao assumir o governo do reino, uma delega��o de pessoas veio a ele com uma solicita��o. Disseram: "Teu pai fez pesado o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura servid�o de teu pai e o seu pesado jugo que nos imp�s, e n�s te serviremos:" I Reis 12:4.
Ao separar-se do Senhor nos �ltimos anos de sua vida, Salom�o impusera pesados tributos sobre o povo a fim de levar o seu reino a um n�vel ainda maior de luxo e extravag�ncia. O povo estava cansado dos pesados impostos e esperava por uma mudan�a do novo governo.
Respondeu Robo�o: "Ide-vos, e, ap�s tr�s dias, voltai a mim. E o povo se foi." Verso 5.
Lembra-se da hist�ria? Robo�o convocou os velhos conselheiros. Eles o aconselharam a concordar com o pedido da delega��o e tomar o jugo mais suave, granjeando assim a lealdade e o apoio do povo. Mas Robo�o n�o parou por aqui. Voltou-se para os homens mais jovens, que eram ambiciosos, gananciosos e imaturos, como ele mesmo evidentemente o era. Disseram os conselheiros jovens: "Torna o jugo mais pesado." Aconselharam eles: "Assim falar�s a este povo que disse: Teu pai fez pesado o nosso jugo, mas tu alivia-o de sobre n�s; assim lhe falar�s: Meu dedo m�nimo � mais grosso do que os lombos de meu pai. Assim que, se meu pai vos imp�s jugo pesado, eu ainda v�-lo aumentarei; meu pai vos castigou com a�oites, por�m eu vos castigarei com escorpi�es." Versos 10 e 11.
Robo�o deu ouvidos ao conselho dos mais jovens. Isto foi parte do seu problema. Mas talvez o maior problema foi que n�o h� nenhuma evid�ncia de que ele tenha consultado ao Senhor no assunto. Guiou-se por seu pr�prio ju�zo e preferiu seguir o conselho dos mais jovens. Como resultado o reino foi dividido, e Israel e Jud� estiveram na garganta um do outro durante anos em seguida � sua lastim�vel decis�o. Dez das doze tribos se afastaram do seu jugo mais pesado, e ele foi deixado com apenas uma fra��o do povo sob sua autoridade. Deu ouvidos ao mau conselho.
Talvez isto nos ensine algo. Temos de ser suficientemente idosos para morrer antes de sabermos o suficiente para viver. Cedo demais envelhecemos, e tarde demais ficamos inteligentes. Qualquer tolo pode aprender de seus pr�prios erros. S� os s�bios aprendem da experi�ncia dos outros. Robo�o n�o ouviu os homens de experi�ncia, e terr�veis foram os resultados do seu ju�zo med�ocre.
Vejamos outro interessante relato do Velho Testamento, o qual se encontra em I Reis 22. O reino agora tinha sido dividido, e havia duas regi�es, duas partes � Israel e Jud�. Acabe era rei de uma parte, e Josaf� era rei da outra parte. Acabe dirigiu-se ao seu rival, Josaf�, e pediu-lhe que se unisse a ele para combater um inimigo comum � Ramote-Gileade.
No verso 5: "Disse mais Josaf� ao rei de Israel: Consulta primeiro a palavra do Senhor."
Assim Acabe reuniu seus profetas, cerca de 400 deles, e perguntou-lhes: "Irei � peleja conta Ramote-Gileade, ou deixarei de ir? Eles disseram: Sobe, porque o Senhor a entregar� nas m�os do rei." Verso 6.
Mas Josaf� n�o estava satisfeito. Disse ele no verso 7: "N�o h� aqui ainda algum profeta do Senhor para o consultarmos?" Josaf� era um homem piedoso, como voc� pode lembrar-se. Acabe n�o era. Casou-se com uma mulher perversa e a seguiu em toda sorte de impiedade. Mas � evidente que Acabe em desespero necessitava do aux�lio de Josaf� nessa batalha especial, porque se disp�s a concordar com sua solicita��o. Respondeu ele: "H� um ainda, por quem consultar o Senhor, por�m eu o aborre�o, porque nunca profetiza de mim o que � bom, mas somente o que � mau. Este � Mica�as, filho de Inl�." Verso 8.
E disse Josaf�: "N�o fale o rei assim." Em outras palavras: "N�o diga isto! Voc� est� sendo paran�ico!" Assim o rei ordenou que Mica�as fosse trazido diante dele.
O mensageiro que foi chamar Mica�as tentou ajeitar as coisas o melhor poss�vel. Disse-lhe ele: "Eis que as palavras dos profetas a uma voz predizem coisas boas para o rei; seja, pois, a tua palavra como a palavra de um deles e fala o que � bom." Verso 13.
Respondeu Mica�as: "T�o certo como vive o Senhor o que o Senhor me disser isso falarei." Verso 14. Mas se era este o caso, o Senhor deu-lhe interessantes palavras para dizer, porque quando ele chegou diante do rei Acabe e lhe foi feita a pergunta: "Iremos a Ramote-Gileade � peleja, ou deixaremos de ir?", ele respondeu dizendo: "Sobe, e triunfar�s, porque o Senhor a entregar� nas m�os do rei." Verso 15.
De algum modo, Acabe percebeu que Mica�as n�o estava sendo franco com ele. Talvez ele tivesse um piscar de olhos. Mas sua resposta � quase divertida, pois ele disse: "Quantas vezes te conjurarei, que n�o me fales sen�o a verdade em nome do Senhor?" Verso 16.
Ent�o Mica�as deu a mensagem do Senhor. Disse ele: "Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que n�o t�m pastor; e disse o Senhor: Estes n�o t�m dono; tome cada um em paz para a sua casa." Verso 17.
Mas em vez de apreciar a advert�ncia enviada por Deus, Acabe disse irritado a Josaf�: "N�o te disse eu, que ele n�o profetisa a meu respeito o que � bom, mas somente o que � mau?'' Verso 18.
Acabe reconheceu a voz do Senhor na segunda mensagem de Mica�as, mas n�o estava disposto a aceit�-la. Foi batalhar contra Ramote-Gileade, e este foi o fim de Acabe. Foi morto durante a batalha.
� uma verdade solene perceber que n�o devemos apenas aprender qual � a vontade de Deus em nossa vida, mas devemos tamb�m receber dEle poder para seguir Sua vontade, ou nos encontraremos na mesma situa��o de Acabe.
Em 1957 eu precisava de um carro. Um crist�o, vendedor de carros usados, mostrou-me um Cadillac 53 que fora dirigido por um pequeno e velho professor de escola prim�ria de Pasadena. Parecia bom para mim! Eu sempre tinha desejado um Cadillac, todo forrado de carpetes, o motor silencioso, e a marcha suave. Tive de insistir muito para convencer minha esposa, mas eu lhe disse tudo acerca de como o carro nunca sofreria desgaste, nunca seria depreciado, faria muitos quil�metros por litro de gasolina e custava a metade do pre�o de um carro novo! Minha mente estava decidida desde a primeira vez que testei aquele Cadillac, e nada que algu�m dissesse do lado negativo seria anotado. Eu agia como Robo�o e Acabe. Mesmo suspeitando que minha decis�o de comprar aquele carro era uma decis�o errada, eu o queria tanto que n�o tinha poder para evitar de compr�-lo!
Assim finalmente adquiri o meu Cadillac. Os membros da minha igreja come�aram a zombar de mim por causa do meu Cadillac, e logo, indo visitar algu�m, eu dirigia o meu carro dois ou tr�s quarteir�es abaixo para estacionar, e ent�o voltava cinco, para que eles n�o vissem o meu carro!
Mas o radiador estava enferrujado, e logo o carro aqueceu demais e avariou o motor. � claro que os cilindros se encheram de �gua, e o carro n�o dava partida. De sorte que eu pedi ao vizinho que empurrasse, e isto acabou com a transmiss�o do carro.
N�o muito tempo depois disto, o p�ra-choque traseiro caiu. Ent�o descobri que o carpete estava todo mofado e podre por baixo. Quando tive de substituir o radiador, a transmiss�o, o p�ra-choque e o carpete, eu n�o estava t�o apaixonado por Cadillacs como estivera antes!
Todos n�s, provavelmente, tivemos ocasi�es em nossa vida em que demos ouvidos ao mau conselho e tivemos de suportar as conseq��ncias de nossas escolhas infelizes. Mas h� tamb�m nas Escrituras exemplos animadores daqueles que deram ouvidos ao conselho piedoso que lhes foi oferecido e assim pouparam a si mesmos de muitas derrotas.
Mois�s foi um desses. Seu sogro veio fazer-lhe uma visita, ali nas areias do deserto, e observou como Mois�s era chamado de uma disputa para outra durante o dia inteiro, de manh� cedo at� tarde da noite. Ele ficou preocupado. Percebeu que a for�a de Mois�s n�o era igual � tarefa de lidar sozinho com todas aquelas pessoas, de sorte que deu um s�bio conselho. Sugeriu que Mois�s reorganizasse as coisas. Mois�s reconheceu o seu conselho como proveniente do Senhor.
Voc� pode ler sobre isto em �xodo 18. Jetro sugeriu que Mois�s procurasse homens capazes, tementes a Deus, a quem ele pudesse nomear como chefes do povo: chefes de mil, de cem, de cinq�enta e de dez. Ele recomendou que lhes fosse dada a autoridade para julgar todos os pequenos problemas que surgissem, levando somente os assuntos mais dif�ceis � aten��o de Mois�s.
Disse Jetro: "Se isto fizeres, e assim Deus to mandar, poder�s ent�o suportar; e assim tamb�m todo este povo tomar� em paz ao seu lugar. Mois�s atendeu �s palavras de seu sogro, e fez tudo quanto este lhe dissera." �xodo 18:23 e 24.
Um dos primeiros lugares em que voc� deve buscar conselho piedoso � precisamente em sua pr�pria fam�lia! Uma fam�lia seria deveras infeliz se tivesse um membro t�o fan�tico a ponto de crer que Deus guia somente a ele, e n�o a fam�lia como uma unidade.
Minha esposa e eu �ramos muito felizes pastoreando em Mountain View, Calif�rnia, v�rios anos atr�s. Quando veio o convite para mudar-nos para o sul da Calif�rnia, toda a nossa fam�lia n�o estava disposta a ir. Mas o povo da nova igreja continuou pedindo e disse que pagaria nossa viagem apenas para olhar, de sorte que finalmente concordamos em fazer uma visita. Dissemos: "Apreciar�amos uma viagem para visitar � mas sem compromisso de ficar."
Assim minha esposa, meu filho e eu fomos ao sul da Calif�rnia. Dirigimo-nos ao escrit�rio do administrador que nos havia convidado. Minha esposa e meu filho afundaram em suas poltronas e olharam pela janela. Eu fiquei envergonhado! Depois que sa�mos, eu disse: "Olhem, voc�s n�o devem agir assim. Podem ser ao menos civilizados. J� lhes dissemos que n�o temos compromisso de ficar."
Fomos � igreja e assistimos a uma recep��o em nossa honra, mas foi um trabalho �rduo. Todos n�s nos sentimos aliviados quando partimos. Fomos para casa, atravessando o Deserto Mojave, em dire��o do belo norte da Calif�rnia.
Enquanto viaj�vamos, eu disse � minha esposa e ao meu filho: "Bem, agora voc�s podem relaxar. N�o vamos nos mudar." E em meu cora��o eu disse ao Senhor: "A �nica maneira de eu mudar-me para o sul da Calif�rnia seria se houver uma mudan�a dr�stica de atitude por parte de minha esposa e do meu filho." E tamb�m me descontrai!
Chegamos em casa, guardamos o carro na garagem, desempacotamos nossas coisas, e eu pensei que o assunto estava encerrado. Mas na manh� seguinte meu filho foi o primeiro a me encontrar. Disse ele:
Papai?
Sim!
Acho que dever�amos mudar-nos para o sul da Calif�rnia.
Posteriormente, naquele mesmo dia, sem nenhuma comunica��o com nosso filho, minha esposa chegou � mesma conclus�o. Come�amos a reconsiderar e percebemos que sem d�vida hav�amos deixado de levar em conta o passo um � n�o ter nenhuma vontade pr�pria no assunto.
Dois dias depois, no culto da fam�lia, voltamo-nos para a hist�ria que eu mencionei anteriormente, quando Deus instruiu algu�m a "ir para a banda do sul... ao lugar que est� deserto''. O texto era de Atos 8, a hist�ria de Filipe e o et�ope. E ao acumular-se a evid�ncia dos oito passos para conhecer a vontade de Deus, chegou a hora em que concordamos, todos juntos, em aceitar o chamado para o sul da Calif�rnia.
Assim Deus pode dirigir atrav�s da sua fam�lia. Ele pode dirigir tamb�m atrav�s do corpo de Cristo. Aconteceu deste modo em Atos 4, quando Pedro e Jo�o foram aprisionados e a�oitados por pregarem o evangelho de Jesus Cristo. Eles foram advertidos pelas autoridades a n�o falar mais em Seu nome. A primeira coisa que eles fizeram foi voltar para o seu pr�prio grupo e contar-lhes o que havia acontecido. Esse grupo se ajoelhou imediatamente e ergueu sua voz a Deus. Como resultado, os primeiros ap�stolos foram revestidos de tal zelo atrav�s do poder do Esp�rito Santo que tiveram coragem e ousadia para continuar a falar e partilhar as boas novas de Jesus.
Lembre-se, por�m, que se voc� est� considerando o conselho de sua fam�lia, de seus amigos �ntimos, ou dos membros da sua igreja, voc� n�o deve tomar toda a sua decis�o baseado em seu conselho. Continuamos a advertir neste ponto: n�o decida � base de um �nico passo, seja qual for. Pelo contr�rio, re�na-os, e tome sua decis�o levando em conta o peso da evid�ncia.
Quando Jesus esteve aqui na Terra, no in�cio do Seu minist�rio, Sua m�e O chamou � parte nas bodas de Can� e contou-Lhe sobre o problema do vinho. Conquanto Jesus achasse conveniente atender ao seu pedido, Suas palavras gentilmente lembraram-lhe de que Ele tinha de ficar livre para fazer a vontade de Seu Pai Celestial. Nem mesmo Sua m�e recebeu a incumb�ncia de dirigir-Lhe a miss�o, � parte da vontade de Seu Pai celestial. Ele havia respondido do mesmo modo quando tinha apenas doze anos de idade, quando fora deixado para tr�s no templo. E no final da Sua vida, quando Sua m�e e Seus irm�os queriam que Ele modificasse Sua maneira de ensinar e ministrar a fim de ajustar-Se �s suas id�ias. Ele era am�vel, respeitador e amoroso, mas n�o permitia que Sua fam�lia tivesse pleno controle sobre Suas decis�es.
Ao mesmo tempo, durante a maior parte de Sua vida aqui na Terra Ele foi submisso aos Seus pais, trabalhando na carpintaria, envolvido na vida da fam�lia que Lhe fora dada por Seu Pai.
Os membros da sua fam�lia, ou seus amigos �ntimos, os que s�o piedosos, ou os membros da sua igreja, podem ser um canal por meio do qual Deus possa falar-lhe, embora nem sempre eles possam ser assim usados. Mesmo que sua fam�lia e seus amigos e os membros da sua igreja sejam sinceros seguidores de Deus, que estejam em contato com Ele, Deus pode preferir fechar-lhes os olhos temporariamente �s mensagens que est� lhe enviando a fim de que voc� possa aprender por si mesmo a ouvir-Lhe e a voz e n�o depender dos outros para pensar, orar e estudar por voc�.
Finalmente, o maior de todos os conselhos prov�m dAquele que � chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Pr�ncipe da paz. Ele nos est� recomendando, em nossa busca por conhecer a Sua vontade.
Est� voc� em contato com Ele? Sabe voc� o que significa ouvir por si mesmo a Sua voz, reconhecendo Sua orienta��o na vida?
Ele est� interessado em guiar o Seu povo, e que b�n��o traz Ele por interm�dio daqueles que nos amam e que O amam, quando nos aconselhamos com amigos crist�os.








A VONTADE DE DEUS E SUA ORA��O

Defendemos o ponto de vista de que o passo um, n�o ter nenhuma vontade pr�pria em dado assunto, � o mais dif�cil de todos os passos. E muitos t�m achado que o passo oito, o �ltimo passo no conhecimento da vontade de Deus em sua vida, � o mais emocionante, porque ali � onde voc� come�a a ver as pegadas das for�as celestiais a operar de um modo muito direto. Mas o passo seis � o mais importante de todos os passos, pedir a Deus que o guie na decis�o que voc� est� indo tomar.
Se houvesse tempo para apenas um dos oito passos, este deveria ser o escolhido acima de todos os outros � a ora��o. N�o h� nada mais vital � vida do crist�o, e n�o h� nada mais indispens�vel em se tratando de conhecer a vontade de Deus.
A ora��o tem sido freq�entemente negligenciada e subestimada. Muitas vezes prosseguimos com nosso pr�prio planejamento e projeto, e depois de j� termos decidido como iremos proceder, subitamente nos lembramos de proferir uma ora��o simulada, pr�-forma. Voc� j� esteve presente em uma reuni�o de comiss�o, e talvez depois de discutir por v�rias horas os pr�s e contras, e finalmente levar os assuntos � vota��o, precisamente no momento em que todos est�o prontos para ir embora e dar tudo por encerrado, algu�m diz: "Vamos ter uma palavra de ora��o antes de terminar?"
Ao enumerarmos a ora��o como o passo seis, n�o estamos de modo algum tentando estabelecer uma prioridade sobre os passos para o conhecimento da vontade de Deus em sua vida. A ora��o � necess�ria na combina��o com cada um dos passos. Sem ora��o, n�o temos nenhuma esperan�a de atingirmos a condi��o de n�o ter nenhuma vontade pr�pria. Sem ora��o, a leitura da Palavra de Deus pode demonstrar-se um positivo dano em vez de uma b�n��o. Talvez o maior benef�cio que podemos obter do aconselhamento com nossos amigos crist�os � angariar suas ora��es por n�s, e conosco, nas decis�es com que nos deparamos. A ora��o � vital do princ�pio ao fim do processo de buscar a orienta��o do Senhor, porque a ora��o � vital do princ�pio ao fim da vida crist�.
Quando Neemias estava aflito por causa da falta de progresso na reconstru��o do templo, o rei notou o seu triste semblante e indagou no tocante � sua causa. Neemias ficou surpreso. N�o estava planejando discutir com o rei os seus problemas e os problemas do seu povo. Ent�o o rei deixou Neemias ainda mais surpreso, dizendo: "Que me pedes agora?" Neemias 2:4.
Neemias n�o teve tempo de considerar cuidadosamente as circunst�ncias providenciais nem aconselhar-se com seus amigos piedosos. Tinha tempo para apenas uma coisa � a coisa mais importante � e imediatamente, ali mesmo na presen�a do rei, ele se utilizou deste mui importante passo no conhecimento da vontade de Deus. Diz ele: "Ent�o orei ao Deus dos C�us."
Naquele mesmo instante, antes de tentar responder ao rei em sua pr�pria sabedoria, Neemias buscou a orienta��o do Senhor, e esta lhe foi dada. As palavras que ele devia falar, o pedido certo a fazer-lhe foram dados imediatamente.
Voc� pode muitas vezes achar-se em situa��es onde � exigida uma decis�o imediata. Talvez na rodovia, uma escolha de fra��o de segundo lhe � imposta. Voc� pode tentar operar em sua pr�pria sabedoria, ou pode fazer como fez Pedro em sua emerg�ncia sobre o mar, e clamar: "Senhor, salva-me." Talvez ao tentar ajudar a um amigo, a um vizinho ou a um membro da fam�lia voc� se ache em uma situa��o de n�o saber que palavras dizer. Voc� tem a escolha de confiar em sua pr�pria sabedoria ou enviar ao C�u uma ora��o silenciosa pedindo assist�ncia e sabedoria do Alto. Talvez voc� precise fazer uma escolha em conex�o com assuntos comerciais que voc� n�o havia antecipado e para os quais voc� n�o teve tempo a gastar perseguindo os oito passos. Voc� pode confiar em seu pr�prio ju�zo, ou pode invocar o nome do Senhor como fez Neemias, e colocar sobre Ele o fardo da decis�o.
Mas novamente aqui somos lembrados da import�ncia, da necessidade absoluta de passar tempo em comunh�o e ora��o di�ria com Deus, antes de sermos atingidos por uma crise. Atrav�s de nossa comunh�o e relacionamento com Ele dia a dia, Deus pode ficar t�o perto de n�s que quando quer que nos deparemos com uma prova��o ou com uma decis�o inesperada, nossos pensamentos espontaneamente se voltar�o para Ele t�o naturalmente como a flor se volta para o sol. O inverso tamb�m � verdade. Se negligenciarmos a comunh�o com Deus em uma base regular, quando vier a crise, Ele estar� longe dos nossos pensamentos, e natural e espontaneamente procuraremos salvar-nos a n�s mesmos e confiar em nossa d�bil sabedoria e for�a.
Contudo, no terreno da ora��o, h� muitos insights e crit�rios a serem obtidos que tornar�o mais significativo e compreens�vel este mui importante passo, e por este motivo vamos considerar o lugar e a fun��o da ora��o na busca do conhecimento da vontade de Deus em nossa vida.
O primeiro princ�pio nesta conex�o seria ressaltar sua import�ncia, como vimos tentando nos par�grafos anteriores. Somos convidados a pedir. Somos instru�dos a pedir. S. Lucas 11:9-13 � um exemplo: "Pedi, e dar-se-vos-�; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-�. Pois todo o que pede recebe; o que busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-�. Qual dentre v�s � o pai que, se o filho lhe pedir [p�o, lhe dar� uma pedra? ou se pedir] um peixe, lhe dar� em lugar de peixe uma cobra? ou, se lhe pedir um ovo lhe dar� um escorpi�o? Ora, se v�s, que sois maus, sabeis dar boas d�divas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dar� o Esp�rito Santo �queles que Lho pedirem?" Assim o Esp�rito Santo, o Guia fiel, � dado em resposta � ora��o.
Por favor note que quando falamos de pedir a Deus que nos guie, n�o estamos recomendando pedir um sinal. N�o estamos pedindo a Ele que envie um raio do c�u azul ou fa�a descer fogo do c�u. Tudo o que estamos fazendo � levar o assunto diante dEle, especificamente, e pedindo a Ele que assuma o controle da maneira como Lhe apraz.
Deus n�o tem uma vontade concernente � sua vida. As pessoas �s vezes dizem: "Ora, pode haver qualquer n�mero de escolhas 'certas' em uma determinada decis�o! Deus nos deu o c�rebro para descobrirmos as coisas por n�s mesmos, e seja o que for que decidirmos deve ser a vontade de Deus se usarmos o senso comum e o ju�zo que nos foi dado." Mas, como notamos antes, se fosse este o caso, um ateu ou infiel poderia ser precisamente t�o guiado por Deus como o crist�o que ora.
Jonas raciocinou deste modo quando o Senhor o enviou a N�nive. Decidiu, baseado em seu pr�prio ju�zo e senso comum, que T�rsis seria um destino igualmente aceit�vel. Depois de alguns dias de isolamento, em um local um tanto interessante para um "retiro", ele reconsiderou seriamente sua atitude! O Senhor tem raz�es para dirigir nossos p�s aos locais onde Ele prefere enviar-nos. Ele sabia o que estava fazendo quando enviou Filipe ao et�ope, em vez de enviar Pedro ou Jo�o. Ele tinha um prop�sito espec�fico ao levar a menina israelita para o lar de Naam�. Escolheu Ananias para alcan�ar o ap�stolo Paulo, ainda cegado pela luz da estrada de Damasco, o qual estava orando pedindo orienta��o do Alto.
Conquanto possa haver v�rias decis�es aparentemente "boas", somente Deus est� em condi��es de julgar se h� uma decis�o "melhor" e a revelar-lhe enquanto voc� procura conhecer Sua vontade.
N�o somos convidados a pedir orienta��o a Deus somente nas grandes decis�es da vida, mas tamb�m nas pequenas. De fato, nos � dada a bendita oportunidade de busc�-Lo em ora��o no que diz respeito a todas as decis�es, grandes ou pequenas, e conhecer Sua vontade para n�s. Diz Filipenses 4:6 e 7: "N�o andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, por�m, sejam conhecidas diante de Deus as vossas peti��es, pela ora��o e pela s�plica, com a��es de gra�a. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardar� os vossos cora��es e as vossas mentes em Cristo Jesus."
Precisamos confiar muito menos no que podemos fazer e muito mais no que Deus pode fazer por n�s. A vida do crist�o n�o � departamentalizada, com algumas coisas bastante pequenas para serem manuseadas independentemente e outras coisas suficientemente importantes para necessitarem do aux�lio divino. N�o h� nada demasiado pequeno, nem nada grande demais para ser levado a Deus em ora��o, permitindo-Lhe que controle e guie. Ele � o Deus para quem nada � imposs�vel, que sust�m o Universo com todos os seus mundos, estrelas e sistemas. Ele � tamb�m o Deus que Se preocupa com a erva do campo e com o pardal que cai ao ch�o. Ele conta o n�mero de cabelos da sua cabe�a. Quanto mais est� Ele interessado em envolver-Se no que se passa dentro da sua cabe�a!
Assim, embora os oito passos para conhecer a vontade de Deus possam ser extremamente proveitosos no que concerne �s maiores decis�es, a �nica coisa � qual voc� sempre pode recorrer mesmo nas menores decis�es da sua vida � a ora��o.
Somos convidados a pedir aux�lio para hoje, e deixar o amanh� nas m�os de Deus. Ele n�o pretende mostrar-nos de uma s� vez todos os detalhes da nossa vida, ou ser�amos esmagados. Seu plano � dirigir Seus filhos dia ap�s dia. Disse Jesus no Serm�o da Montanha: "N�o vos inquieteis com o dia de amanh�." Uma das mais recentes tradu��es deste verso diz: "A preocupa��o de um dia � suficiente para um dia. S. Mateus 6:34, Phillips.
Conquanto seja verdade que algumas decis�es devam ser tomadas de antem�o, o aux�lio divino � ainda oferecido quando necess�rio. Se voc� disp�e de trinta dias antes de dar uma resposta quanto a se ir� ou n�o mudar-se para um novo emprego no pr�ximo m�s de julho, ent�o voc� n�o precisa necessariamente saber o que decidir hoje. Voc� pode come�ar a orar, mas a resposta pode n�o vir por outros finte e nove dias!
Quanta frustra��o e confus�o adv�m � nossa vida quando tentamos ir adiante de n�s mesmos e viver no futuro, em vez de levar a Deus dia a dia as decis�es que precisam ser tomadas no tempo presente! Deus quer que partilhemos com Ele os detalhes da nossa vida. N�o faz diferen�a se voc� est� tomando uma grande ou pequena decis�o, a ora��o prov� uma oportunidade de partilhar com Deus os detalhes e buscar comunh�o com Ele, conversando com Ele como se fosse com um amigo.
Quando informamos nossos amigos de uma decis�o com que nos deparamos, entramos em detalhes. Quer seja sobre uma mudan�a importante no emprego ou a mudan�a para uma nova parte do pa�s, quer seja sobre a compra de um tipo de poltrona para a sala de estar ou outra, falamos atrav�s dos detalhes. Discutimos os pr�s e contras � medida que os vemos. Explicamos por que nos inclinamos mais em dire��o de uma escolha do que de outra.
� o nosso privil�gio como amigos de Deus discutir as coisas com Ele precisamente neste tipo de detalhe. Ezequias fez isto. Voc� j� ouviu acerca do bom rei Ezequias. Est� relatado em Isa�as 37:14 que ele recebeu de Senaqueribe uma carta amea�adora e blasfema. "Tendo Ezequias recebido a carta da m�o dos mensageiros, leu-a; ent�o subiu � casa do Senhor, estendeu-a perante o Senhor."
Acaso j� n�o sabia Deus o que estava na carta? � claro que sim. Mas Ezequias ainda n�o a havia discutido com Ele, de sorte que fez um passeio especial ao templo a fim de fazer isto.
Segue-se uma das ora��es cl�ssicas da B�blia. Ezequias apresentou seus argumentos quanto ao motivo por que Deus deveria responder e livrar o Seu povo. Ele iniciou por onde se iniciaram tantas das not�veis ora��es da B�blia, com uma declara��o da grandeza e do poder de Deus. Ele prosseguiu descrevendo a grande necessidade do povo de Deus por livramento, e concluiu sua ora��o pedindo livramento do inimigo por causa de Deus, para que o Seu nome e reputa��o pudessem ser erguidos diante das na��es vizinhas. O Senhor ouviu, como voc� se lembra, e operou um poderoso livramento para o Seu povo.
Quanto tempo faz que voc� estendeu o seu caso diante do Senhor ao deparar-se com alguma decis�o? Tomando tempo para partilhar com Deus os detalhes da nossa vida, abrimos a Ele um canal para que Ele possa comunicar-nos Sua vontade.
Ao pedir a Deus que nos guie nas decis�es com que nos deparamos, � importante aprender a esperar por Sua resposta. Espera voc� que sua ora��o por orienta��o seja respondida? Ent�o espere para ver de que forma vem a resposta. A B�blia apresenta todos os tipos de exemplos de m�todos pelos quais Deus tem respondido ao Seu povo em suas ora��es por Sua orienta��o e ajuda. Talvez Deus nem sempre responda da maneira como esperamos. Ele usa uma variedade de m�todos. Mas espere por Sua resposta, porque a promessa � certa de que quando O buscarmos, O acharemos; quando voc� O invocar, descobrir� que Ele est� perto.
Lembra-se de Natanael debaixo da �rvore, orando por uma revela��o da vontade de Deus a respeito do messiado de Jesus? Em resposta � ora��o de Natanael, Deus enviou Sua orienta��o atrav�s de um instrumento humano. Filipe veio e o encontrou ali debaixo da �rvore, e Natanael foi capaz de reconhecer a orienta��o divina.
O et�ope estava dentro da sua carruagem, vindo de Jerusal�m e atravessando o deserto rumo � sua p�tria. Pedia sabedoria e compreens�o concernente �s coisas que estava lendo, e Deus enviou Filipe, atrav�s de m�todos miraculosos, para tornar-se a primeira pessoa registrada que viajou de carona.
Josaf� estava em dificuldades por causa dos amonitas e moabitas e todos os demais "itas" que estavam vindo batalhar contra ele, conforme est� relatado em II Cr�nicas 20. Ele convocou uma reuni�o de ora��o, buscando a orienta��o e o livramento divino, e Deus enviou o Esp�rito de profecia. Um homem de nome estranho apareceu de surpresa na reuni�o de ora��o e comunicou a resposta de Deus � peti��o deles.
Bala�o, que pediu a orienta��o divina, mas que realmente n�o a queria para todas as coisas, recebeu-a de uma jumenta. Bala�o teria feito bem se tivesse dado ouvidos � sua jumenta.
Daniel e seus companheiros foram amea�ados de morte, juntamente com os chamados s�bios de seus dias, porque ningu�m p�de interpretar o sonho do rei. Mas em resposta � ora��o de Daniel e de seus amigos, buscando orienta��o do Senhor, a Daniel foi dado o mesmo sonho � noite. Voc� conhece o resto da hist�ria.
A caminho do Egito para Cana�, Israel clamou ao Senhor por Sua orienta��o e prote��o. Durante quarenta anos eles foram guiados por uma coluna de nuvem de dia e por uma coluna de fogo de noite, uma orienta��o que permaneceu com eles a despeito dos seus pecados e faltas, seus fracassos e murmura��es.
Jos� se achava perplexo ante a not�cia de que Maria estava prestes a ter um beb�. Orou pedindo sabedoria a fim de saber como reagir � situa��o, e Deus enviou um anjo em resposta � sua ora��o. Disse o anjo: "N�o temas receber Maria, tua mulher." S. Mateus 1:20.
Josu�, o grande general dos ex�rcitos de Israel, achava-se junto a Jeric�, buscando aux�lio do Alto, e o Capit�o das hostes do Senhor respondeu � sua ora��o por orienta��o.
Quando Elias orou, depois de fugir pelo deserto por quarenta dias e quarenta noites, Deus respondeu com um cicio tranq�ilo e suave, em vez dos trov�es, fogo e tempestade que Elias havia esperado.
H� tantas maneiras diferentes em que Deus tem respondido as ora��es do Seu povo. Mas a tremenda verdade b�blica � que quando Seus filhos clamam por aux�lio, por socorro, Ele responde. E que isto ainda � verdade hoje para os filhos de Deus.
Provavelmente o maior motivo hoje da ora��o n�o respondida � que em primeiro lugar n�o oramos! Tiago diz isto em S. Tiago 4:2: "Nada tendes, porque n�o pedis."
Est� voc� interessado em conhecer a vontade de Deus para sua vida e em receber poder do Alto para seguir Sua vontade quando a mesma for revelada? A resposta � ora��o. Muita ora��o, ora��o constante, ora��o fervorosa. Ora��o persistente. N�o h� mais importante m�todo para conhecer a vontade de Deus concernente a voc� do que pedir a Deus que o guie na decis�o que voc� precisa tomar.


A VONTADE DE DEUS E SUA DECIS�O

A
B�blia est� cheia de chamados � decis�o. Depois de quebrar as t�buas de pedra sobre as rochas da encosta da montanha e lidar com o problema do bezerro de ouro, Mois�s convocou o povo para decidir, disse ele: "Quem � do Senhor, venha at� mim. " �xodo 32:26. O povo devia ent�o enfrentar as conseq��ncias de sua decis�o.
�s margens do Jord�o, Josu� instou o povo � decis�o. Disse ele: "Escolhei hoje a quem sirvais. " Josu� 24: l�. Elias, no cume do monte Carmelo, disse � multid�o atenta: ''At� quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor � Deus, segui-O; se � Baal, segui-o." I Reis 18:21.
E assim, em nossa busca para conhecer a vontade de Deus em nossa vida, chega o momento de tomar uma decis�o. N�o se espera que estejamos para sempre suspensos pelo polegar. N�o devemos esperar por algum raio ou manifesta��o sobrenatural. Depois de dar um per�odo razo�vel de tempo na considera��o dos v�rios passos no conhecimento da vontade de Deus, chegamos ao passo sete e simplesmente decidimos.
Olhamos para a informa��o que temos acumulado at� aqui e tomamos a melhor decis�o que podemos com a informa��o que est� dispon�vel. Se for necess�rio errar de um lado ou do outro, h� menos perigo em agirmos precipitadamente �s vezes do que passar demasiado tempo matutando sobre uma decis�o. O passo final na s�rie de oito passos tem uma salvaguarda embutida no caso de voc� tomar uma decis�o errada.
O rei Saul tinha dificuldades para tomar decis�es. Ele vacilava, um dia determinando seguir a Deus, no dia seguinte escolhendo seu pr�prio caminho. Um dia ele honrava a Davi, dando-lhe um lugar perto do seu trono. No dia seguinte tentava crav�-lo contra a parede com sua lan�a. Ca�ava a Davi por todo o pa�s, tentando mat�-lo. Ent�o a compaix�o de Davi em n�o tirar a vida de Saul quando se lhe apresentou a oportunidade levou Saul a reconhecer a m�o de Deus na vida de Davi e a admitir isto. Pediu desculpas a Davi por seu comportamento passado. Todavia, como voc� sabe, logo a seguir Saul estava mais uma vez perseguindo a Davi!
Por outro lado, a B�blia nos conta de pessoas como Daniel, que tomou uma decis�o pelo direito e jamais vacilou nesta decis�o, sem levar em conta as conseq��ncias que poderiam advir.
O que fez a diferen�a? Por que alguns s�o capazes de chegar a uma decis�o e ir avante com confian�a, ao passo que outros s�o t�o indecisos que parecem n�o poder resolver nem mesmo acordar de manh�? Certamente a constitui��o da personalidade tem algo a ver com isto, mas devemos ser vitimas da nossa heran�a, n�o tendo nenhuma determina��o de fazer uma escolha e perseverar nela?
Quanto a uma resposta b�blica para este dilema, recorramos a um verso que talvez n�o seja o primeiro que voc� esperaria estudar em termos de tomada de decis�o, mas que �, todavia, muito oportuno. Paulo est� escrevendo aos crentes, e ele diz: "Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, n�o s� na minha presen�a, por�m muito mais agora na minha aus�ncia, desenvolvei a vossa salva��o com temor e tremor; porque Deus � quem efetua em v�s tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:12 e 13.
O ap�stolo Paulo, forte como era, fariseu de fariseus, tinha um problema com a sua vontade. Ele o descreveu em Romanos 7:18 quando disse: "O querer o bem est� em mim; n�o, por�m, o efetu�-lo." Paulo havia descoberto um princ�pio poderoso da natureza humana, de que h� mais para seguir a vontade de Deus do que simplesmente tomar uma decis�o certa. Nesta conex�o a palavra vontade se refere � faculdade da escolha. Paulo descobriu que ele poderia escolher as coisas certas, tomar as decis�es corretas, mas que lhe era imposs�vel perseverar nelas, seguir at� ao fim. Talvez foi o mesmo problema que levou o rei Saul a ser t�o fraco e vacilante, ocasionalmente ele sentia o desejo de fazer o que � correto, mas quando tentava p�r em pr�tica este desejo, n�o tinha for�as para realiz�-lo.
Mas Filipenses 2:13 nos fala algo surpreendente a respeito da vontade, ou da faculdade da decis�o ou escolha. Deus, que opera dentro de n�s, quer efetuar tanto o querer como o realizar. Ele est� ansioso por mostrar-nos n�o apenas a escolha correta a fazer, mas fazer a escolha correta em n�s, e ent�o dar-nos o poder de realizar aquilo que Ele escolheu para n�s.
Isto n�o parece alarmante, assustador? N�o soa como heresia? Note as palavras de Josu� ali junto ao Rio Jord�o. Ele n�o disse: "Escolhei hoje o que fareis." Ele disse: "Escolhei... a quem sirvais." Outra maneira de expressar isto seria: "Escolhei �quele de quem quereis vos tornar servos."
Pense por um momento a respeito da rela��o senhor/servo. Quem escolhe o que o servo deve fazer? O senhor ou o servo? O servo n�o tem realmente uma escolha. Sua escolha � se ele deve ou n�o permanecer servo. Uma vez tomada esta decis�o, � o senhor quem toma as decis�es, n�o o servo.
Jesus usava freq�entemente a analogia da rela��o servo/senhor em Sua tentativa para explicar as opera��es do nosso relacionamento com Deus e com as leis do reino dos C�us. Falou dos servos a quem o senhor entregou certos talentos, a um cinco talentos, a outro dois talentos e a um terceiro apenas um talento. Falou dos servos infi�is que mataram os mensageiros do propriet�rio da vinha, e finalmente mataram o pr�prio herdeiro. Falou dos servos que foram enviados a procurar convidados para o banquete preparado pelo rei. Falou dos servos que n�o sabiam a que hora seu senhor retornaria e destarte deveriam estar sempre prontos para a sua vinda. E no Serm�o da Montanha Ele apresentou um princ�pio universal e eterno: que nenhum servo pode servir a mais de um senhor. "Ningu�m pode servir a dois senhores; porque ou h� de aborrecer-se de um, e amar ao outro; ou se devotar� a um e desprezar� ao outro. " S. Mateus 6:24.
Por que � imposs�vel um servo servir a dois senhores? Porque as escolhas que os senhores fariam para esse servo entrariam em conflito. Um servo n�o pode servir a dois senhores porque � imposs�vel algu�m render o seu poder de escolha a mais de uma autoridade ao mesmo tempo. Voc� n�o pode estar simultaneamente sob o controle da General Motors e da Chrysler Corporation.
H� um termo para o que acontece quando algu�m tenta ser leal a duas for�as opostas ao mesmo tempo. Chama-se "conflito de interesses". E ter um conflito de interesses �, em muitos casos, motivo suficiente para o fim do emprego. Ningu�m pode servir a dois senhores.
N�o � poss�vel ser cidad�o dos Estados Unidos e da Uni�o Sovi�tica ao mesmo tempo. A dupla cidadania s� � poss�vel para crian�as que nasceram no estrangeiro, e quando atingem a idade adulta elas t�m de tomar uma decis�o.
Nenhum cidad�o pode servir a dois pa�ses.
N�o � poss�vel ser controlado por Deus e por qualquer outro poder ao mesmo tempo. H� somente dois poderes, no que concerne ao controle do ser humano. � Deus ou o diabo. N�o h� uma terceira op��o. Atrav�s da B�blia, h� dois grupos descritos. Eles t�m muitos r�tulos: as ovelhas e os cabritos, os s�bios e os tolos, os justos e os �mpios, o trigo e o joio. Somente em Apocalipse 3 encontramos um grupo m�dio: os mornos, e os mornos n�o t�m muito boas notas nas Escrituras. Realmente, Deus vai t�o longe a ponto de afirmar que preferiria que eles fossem frios. O morno � pior do que o frio. Tentar ficar na neutralidade � pior do que ficar do lado errado! Se voc� est� do lado errado, pode ter a esperan�a de mudar de opini�o. Mas se em primeiro lugar voc� nunca se decidiu, voc� est� em uma condi��o deveras perigosa. E n�o passa muito tempo antes que o morno seja for�ado a se tornar ou quente ou frio. N�o h� nenhum lago de fogo morno para os mornos!
Parece estranha e assustadora a id�ia de ser controlado por Deus? Voc� j� cantou o c�ntico que um pregador de r�dio descreveu como "o c�ntico que ningu�m despreza"? Intitula-se "Faz' o que Quiseres, Senhor". Voc� se lembra das palavras?
Faz', o que quiseres, Senhor! Faze o que quiseres!
Tu �s o oleiro, eu sou o barro.
Molda-me e faze-me segundo a Tua vontade,
Enquanto estou aguardando, submisso e calmo.

Faz', o que quiseres, Senhor! Faz', o que quiseres!
Tem sobre meu ser absoluto dom�nio!
Enche do Teu Esp�rito at� que todos possam ver
Somente Cristo, sempre, vivendo em mim!

� este um bom c�ntico, ou � um c�ntico que nunca deveria ser cantado? � um c�ntico sobre o controle completo de Deus.

Paulo trata da analogia da rela��o senhor/servo em Romanos 6:16, onde diz: "N�o sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obedi�ncia, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte, ou da obedi�ncia para a justi�a?" N�o temos escolha neste mundo quanto a se vamos ser controlados ou n�o. A �nica escolha que temos � sobre quem nos controlar�. Ou servimos ao pecado, ou servimos � justi�a. � um ou outro.

J� fizemos a escolha quanto a quem nos controlar�, se � Deus ou o diabo? Como fazemos a escolha sobre qual dos dois grandes poderes ter� a influ�ncia dominante em nossa vida? Isto vem atrav�s do relacionamento com Deus, ou recusando esse relacionamento com Ele. N�o � necess�rio escolher contra Deus. Tudo o que se exige para recusar Seu controle � n�o optar por Ele. O resultado de n�o escolher o controle de Deus � autom�tico. S. Mateus 12:30 diz isto, registrando as palavras do pr�prio Jesus sobre o assunto: "Quem n�o � por Mim, � contra Mim; e quem comigo n�o ajunta, espalha."

Mais uma vez chegamos � linha de fundo em todo o conhecimento da vontade de Deus, em toda a compreens�o da orienta��o que vem do Alto. A fim de conhecer a vontade de Deus, devemos conhecer a Deus. O relacionamento pessoal, vital e di�rio com Ele � o que torna poss�vel, n�o apenas conhecer o que � bom, mas tamb�m encontrar o poder e a gra�a do Alto para realiz�-lo.

� somente indo a Ele dia ap�s dia, passando tempo em Sua Palavra, no estudo da Sua vida e car�ter, contemplando-O e comungando com Ele atrav�s da ora��o, que passamos para o Seu controle. � parte deste relacionamento com Ele, � in�til at� mesmo tentar refletir sobre o conhecimento da vontade de Deus em nossa vida, porque separados do Seu controle, separados da opera��o do Seu Esp�rito em n�s, n�o estaremos dispostos nem teremos poder para fazer a Sua vontade.

Mas quando vivemos em comunh�o com Ele, as decis�es da vida que nos s�o apresentadas podem ser decididas por Aquele que nos ama e sabe o que � melhor para n�s.

Que certeza, que seguran�a pode isto trazer ao cora��o quando chega o momento de tomar uma decis�o!













A VONTADE DE DEUS E AS PORTAS GIRAT�RIAS

Ao chegarmos a este passo final na busca do conhecimento da vontade de Deus em sua vida, seria significativo tomar apenas alguns minutos para recapitular os passos at� aqui estudados, � guisa de sum�rio:
N�o tenha nenhuma vontade pr�pria no dado assunto.
N�o se deixe levar pelos sentimentos.
Consulte a Palavra de Deus, para informa��o e comunica��o.
Considere as circunst�ncias providenciais.
Consulte seus amigos piedosos.
Ore sobre a decis�o.
Tome uma decis�o, e diga a Deus que decis�o voc� tomou, baseado na evid�ncia reunida nos passos precedentes.
E agora, prossiga com sua decis�o, sendo sens�vel �s portas girat�rias. V� adiante como se voc� tivesse tomado a decis�o correta, mas convide Deus a det�-lo se voc� por qualquer motivo errou o alvo.

Este �ltimo passo pode ser emocionante, porque d�-lhe a oportunidade de observar a Deus operando em sua vida. Pode ser tamb�m frustrante se voc� de algum modo tomou uma decis�o errada. Mas voc� descobrir�, como muitos t�m descoberto antes de voc�, que Deus � um perito em lidar com as portas.
Vamos primeiro ao livro de Apocalipse, terceiro capitulo. N�o estamos interessados em fazer uma exposi��o sobre esta passagem de Apocalipse 3, na mensagem � igreja de Filad�lfia. Tem havido um certo n�mero de interpreta��es prof�ticas e hist�ricas destes versos, algumas das quais se t�m demonstrado incorretas, e outras n�o. Mas queremos chamar a aten��o para apenas um ponto, dos versos 7 e 8:
"Ao anjo da igreja em Filad�lfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre e ningu�m fechar�, e que fecha e ningu�m abre: Conhe�o as tuas obras � eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ningu�m pode fechar � que tens pouca for�a, entretanto guardaste a Minha palavra, e n�o negaste o Meu nome."
Seja mais o que for a que estes versos possam se referir, um ponto � claro: Deus sabe abrir e fechar as portas. Se Deus abre uma porta, ningu�m pode fech�-la. E se Deus fecha uma porta, ningu�m tem o poder de abri-la.
Mas voc� pode indagar, depois de estudar estes oito passos: "Como posso saber que Deus est� no controle das portas?" "O que pode acontecer se eu penso que tomei uma decis�o correta, mas as portas parecem fechar-se em nosso caminho � n�o poderia ser o diabo tentando desanimar-me?" "Tem o diabo algum controle sobre as portas?" Estas s�o perguntas pr�ticas, porque se estamos procurando conhecer a vontade de Deus, devemos ser capazes de confiar nEle em rela��o �s portas.
Como acontece com cada um dos passos, a primeira coisa a sublinhar � a absoluta necessidade de um relacionamento cont�nuo, di�rio e pessoal com Deus, a fim de estarmos sob Seu controle mesmo antes de procurar conhecer Sua vontade em uma determinada decis�o. A maior salvaguarda contra o ser desencaminhado por qualquer dos estratagemas do inimigo � conhecer a Deus por si mesmo, de sorte que voc� possa distinguir Sua voz da voz de um estranho.
Mas Deus faz sempre as portas se abrirem espont�nea e imediatamente quando estamos seguindo Sua voz? Estamos garantidos de que tudo "cair� no lugar" rapidamente quando tivermos compreendido corretamente Sua orienta��o? As portas parecem fechar-se por algum tempo, mas finalmente se abrem, sob a dire��o do pr�prio Deus?
� nossa compreens�o humana, parece que as portas deveriam abrir-se imediatamente, a menos que tenhamos errado o alvo. Gostaria de poder assegurar-lhe que se voc� seguiu cuidadosamente estes oito passos e tomou uma decis�o que est� em harmonia com a vontade de Deus, as portas sempre se abrir�o amplamente, e permanecer�o abertas; que se as portas parecem fechar-se em seu rosto, voc� pode saber que de algum modo voc� tomou uma decis�o errada. Desejaria poder assegurar-lhe isto, mas a B�blia tem uma hist�ria diferente a contar! Se formos fi�is ao relato b�blico, descobriremos que as portas podem ser coisas astutas e obstinadas!
N�o � mais poss�vel contar com o passo oito, a abertura e fechamento das portas, como a palavra final sobre a vontade de Deus para sua vida, do que contar com qualquer outro passo, sendo ele o �nico. Se o abrir e fechar das portas fornecessem prova plena e final da vontade de Deus, ent�o poder�amos com seguran�a ignorar todos os outros passos no conhecimento da vontade de Deus e depender simplesmente de contar a Deus que estamos seguindo em uma dire��o espec�fica a menos que Ele nos detenha. Saber�amos que a menos que f�ssemos detidos, estar�amos em harmonia com Sua vontade.
N�o h� mais seguran�a em confiar exclusivamente nas portas que se abrem e fecham do que em se deixar levar pelos pr�prios sentimentos ou confiar no que sua fam�lia ou os amigos dizem ser a decis�o correta.
Se voc� segue todos os oito passos para conhecer a vontade de Deus em sua vida e ent�o no final descobre que as portas est�o evidentemente fechadas em seu rosto, � claro que voc� desejar� voltar atr�s e reconsiderar seriamente sua decis�o. Voc� sentir� o desejo de reorganizar-se, recapitular, reconsiderar sua posi��o. Por mais frustrante que isto seja, o precedente b�blico � que pode haver ocasi�es em que a vontade de Deus � que voc� siga adiante, embora por algum tempo Ele fa�a parecer-lhe imposs�vel agir deste modo.
Consideremos v�rias biografias b�blicas ao tentarmos compreender este princ�pio � talvez o principio mais dif�cil de compreender em todo o viver crist�o � o princ�pio da espera.
Ad�o encabe�a a fila! Depois de ser encontrado por Deus no Jardim, oculto entre as folhas de figueiras, foi-lhe dada uma promessa. Viria o Messias. Por interm�dio do Salvador vindouro ser-lhe-ia poss�vel o perd�o do seu pecado, e seria assegurada a restaura��o do �den perdido. Quando lhe nasceu o primeiro filho, Ad�o estava certo de que este deveria ser o Filho prometido. Se Caim n�o fosse o Esperado, ent�o certamente seria Abel, que se demorava no altar de manh� e � tarde e parecia t�o sens�vel �s coisas espirituais. Mas Caim veio a ser um assassino � e Abel foi sua v�tima. Ent�o Ad�o fixou suas esperan�as em Sete, e talvez em cada filho sucessivo e neto e bisneto, at� ao final da sua vida. A promessa fora feita. A vontade de Deus era clara. Mas Ad�o teve de esperar.
No� teve problemas com o abrir e fechar das portas! Ele imaginou ter compreendido a orienta��o de Deus ao come�ar a construir uma arca. Durante 120 anos ele martelou, pregou e aguardou. Muitos que no in�cio dos 120 anos foram convencidos por sua surpreendente mensagem, com o tempo abandonaram esta convic��o, depois de ter transcorrido mais de um s�culo. Estavam certos de que No� havia errado completamente o alvo. Durante esse tempo, No� certamente teve oportunidade de voltar atr�s e reconsiderar os eventos que o haviam levado a crer que Deus o tinha dirigido na constru��o daquele barco.
Cento e vinte anos � um longo tempo! E como se isto n�o fosse suficiente, mesmo depois que os animais se reuniram do campo e da floresta, e No� e sua fam�lia entrarem no barco, eles ainda tiveram de esperar um pouco mais. Deus fechou a porta � e ningu�m p�de abri-la! Mas ainda havia outros sete dias antes de come�ar a chuva. Ent�o choveu quarenta dias e quarenta noites � seguidos por mais de um ano de espera at� que as �guas do dil�vio secassem e a porta fosse aberta, para que eles pudessem sair do barco que havia sido tanto um abrigo quanto uma pris�o! No� certamente sabia o que significava esperar.
Abra�o esperou. Vinte e cinco anos se passaram desde o tempo em que pela primeira vez lhe foi feita a promessa de um filho. Ele tentou ajudar a Deus oferecendo-se para tomar sua serva como herdeira, e ent�o seu casamento com Hagar e todos os seus esfor�os para encontrar um atalho foram infrut�feros. No final eles s� lhe causaram problemas. Abra�o n�o tinha compreendido a vontade de Deus. Tinha apenas compreendido mal o cronograma divino.
A Jac� foi prometido o direito de primogenitura, como notamos anteriormente. Ele, tamb�m, tentou apressar as coisas, ajudando a Deus. N�o havia cometido erro em concluir que a vontade de Deus era que ele tivesse o direito de primogenitura, mas certamente n�o estava preparado para mais de trinta anos de espera at� que a promessa se cumprisse.
Mois�s reconheceu a m�o de Deus em sua vida quando lhe foi dado o encargo de tirar o povo de Israel da terra do Egito. Pareciam-lhe que as portas n�o estavam se abrindo com suficiente rapidez, e assim ele tentou apressar as coisas. Ent�o por quarenta anos parecia que as portas se haviam fechado completamente enquanto ele se achava no deserto, apascentando as ovelhas do seu sogro. Mas chegou o dia em que ele se deparou com a sar�a ardente, e mais uma vez parecia que as portas estavam se abrindo diante dele.
Depois de discutir o assunto por algum tempo, Mois�s finalmente submeteu-se ao plano de Deus para sua vida e desceu ao Egito. Mas mesmo ent�o, suas expecta��es raramente se cumpriram. Havia chegado com dificuldade ao Egito antes que Fara� recebesse a not�cia da sua miss�o e come�asse a pressionar. O povo veio e se queixou a Mois�s � e Mois�s se dirigiu ao Senhor com uma ora��o lamentosa e quase divertida. Voc� pode ler isto em �xodo 5:23, onde ele disse: "Pois desde que me apresentei a Fara�, para falar-lhe em Teu nome, ele tem maltratado este povo: e Tu de nenhuma sorte livraste o Teu povo."
Mois�s lutava contra as portas. O povo de Israel lutava contra as portas. Ap�s a chegada de cada praga parecia que as portas estavam se abrindo � mas depois de cada livramento de uma praga, as portas novamente se fechavam com ru�do. Depois da �ltima praga e da morte dos primog�nitos do Egito, as portas pareciam se abrir � mas alguns dias depois �s margens do Mar Vermelho, as portas pareciam se fechar. Ent�o elas outra vez se abriram, enquanto o povo atravessava em terra seca!
Foram necess�rios apenas dois anos para chegarem pela primeira vez as fronteiras da Terra Prometida, mas ent�o o povo fechou as portas em seu pr�prio rosto e tiveram de esperar trinta e oito anos antes que as portas pudessem novamente se abrir. Voc� pode ficar cansado apenas lendo sobre isto!
O que dizer de Jos�? Ele sonhou. Eram os sonhos de Deus? Claro! Vieram eles a se realizar? Certamente. Mas houve algumas complica��es ao longo do caminho � como o ex�lio, a escravid�o, o aprisionamento e mais de vinte anos de espera at� que as portas finalmente se abrissem. Mas quando as portas se abriram, elas se abriram amplamente, escancararam-se.
Davi foi trazido dos rebanhos de ovelhas nas montanhas e nos campos. Foi ungido rei de Israel, para muita surpresa sua e surpresa da sua fam�lia. Mas se passaram muitos anos at� que ele realmente chegasse ao trono � e por todo o tempo parecia que ele estava se afastando progressivamente do cumprimento da promessa que lhe fora dada. Havia uma por��o de portas fechadas para Davi.
Voc� acha deprimente examinar a lista de pessoas que tiveram de esperar, �s vezes anos, para que as portas se abrissem? Ou acha isto animador, ao tentar chegar a um acordo com a tarefa n�o conclu�da em sua pr�pria vida? Sejam quais forem os seus sentimentos, ao considerar aqueles que tiveram de esperar at� que as portas se abrissem, voc� tem de admitir que isto acontece com tanta freq��ncia a ponto de ser quase a regra em vez de ser as exce��es!
Hebreus 11:39 faz o registro daqueles que morreram, sem nunca terem recebido as coisas prometidas, tendo apenas visto-as de longe � contudo eles ainda morreram na f�. Seguiram a orienta��o divina em sua vida, at� onde foram capazes de segui-la, mas as portas apenas se abriram at� aqui, e no final da vida eles ainda estavam esperando.
Houve um poema, recitado em minha formatura por H. M. S. Richards, orador de r�dio, que falou naquela ocasi�o.
Ora, disse Ad�o ao seu filho Sete,
Quando a vida de Ad�o estava prestes a findar,
Eu sou o primeiro homem a ser criado
E contudo um fracasso, estou com medo.
Mas voc� � jovem e a vida � sua.
Ter� uma oportunidade que nunca foi minha
Quando eu finalmente sucumbir ao combate.
� V� � fa�a as coisas da maneira correta.
S�culos deram, e s�culos se foram,
E Sete chamou Enos perto de si, e disse:
Eu falhei em cumprir a ordem de meu pai
De sempre servir ao Senhor.
Mas voc� � jovem, e diante de voc� est� a vida;
Quando finalmente eu for perdido de vista,
Erga a tocha bruxuleante que eu conduzi.
� V� � fa�a as coisas da maneira correta.

Mas Enos, quando os anos se tinham ido,
Ainda passou adiante o mesm�ssimo fardo,
E seu filho o passou a outros
Esses outros ainda a outros mais.
Para filho e neto, e outra vez
Infindavelmente, para outros homens.
O chamado ainda vinha da noite do �den
� V� � fa�a as coisas da maneira correta.
E isto ainda soa ao longo dos nossos anos
Entre guerra e paz, em sorrisos e l�grimas.
O chamado � transmitido, outra vez, reiteradamente,
O grito angustiado de homens turbados
Que tentam � antiga senda fugir
E fazem seu trabalho cada p�r-de-sol.
Mas ainda clamam, ao cair da noite:
� V� � fa�a as coisas da maneira correta.

Assim, gente de hoje, levante-se e brilhe;
Os melhores de todos os anos s�o seus.
Fa�a agora a tarefa,
Que outros j� fizeram a cada p�r-de-sol.
� V� aonde Deus chamar; Sua palavra proclamando
Por servi�o amoroso, n�o por fama.
Busque em Cristo coragem, esperan�a e luz.
� V� � fa�a as coisas da maneira correta.

Pode haver ocasi�es em que voc� tenha seguido persistentemente os passos para conhecer a vontade de Deus em sua vida e tenha errado o alvo. Quando isto acontece, com muita freq��ncia o erro foi cometido no primeiro passo. Mui freq�entemente deixamos de chegar � condi��o de n�o ter nenhuma vontade pr�pria no dado assunto. Mas pode haver outras ocasi�es em que voc� seguiu os passos at� ao fim e tomou uma decis�o correta, mas ainda tem de esperar at� que as portas je abram. Isto � decepcionante. E assustador. E emocionante. E � tamb�m v�lido para a carreira na vida crist�!
Por que existem atrasos, demoras, tardan�a? Por que � que n�s com tanta freq��ncia devemos esperar e esperar e esperar? � porque Deus, em toda a orienta��o que oferece aos Seus filhos, tem mais em jogo do que a crise ou a decis�o imediata. Ele tem a considerar o desenvolvimento do nosso car�ter. Ele v� todo o conjunto da nossa vida para Ele, n�o apenas uma escolha isolada. E Ele tem os planos e prop�sitos que est� operando na vida do Seu povo em prol de todo o Universo.
Freq�entemente nos dirigimos a Ele em busca de alguma b�n��o, e se Ele responde, concedendo-nos a b�n��o que pedimos, ficamos satisfeitos e chegamos � conclus�o de que nossa f� nEle � grande. Mas a verdadeira prova da nossa f� vem quando h� demora, adiamento, tardan�a. O que ent�o acontece? Desistimos, concluindo que aquilo que est�vamos buscando de Suas m�os n�o � digno de espera? Desistimos do nosso relacionamento com Ele quando Ele n�o satisfaz as nossas expectativas? Ou continuamos a busc�-Lo, sem levar em conta o lugar para onde Ele dirige ou como dirige ou quando o faz?
Um motivo por que as portas se abrem devagar � que Deus tem algo melhor para n�s. Quer dar n�o apenas a orienta��o e a b�n��o que buscamos, mas quer tamb�m ajudar-nos a crescer, a desenvolver uma confian�a maior nEle e em Sua sabedoria e poder.
Quando Deus o "det�m", o faz esperar, voc� corta a liga��o? Ou aguarda? Est� disposto a esperar tanto quanto for necess�rio � mesmo que sua espera se prolongue at� � eternidade � em vez de desviar-se de Sua vontade para voc�? Parece que voc� vem esperando um longo tempo que algumas das portas da sua vida se abram e voc� possa passar? N�o considere o tempo de espera como tempo perdido. A espera em si � parte do processo pelo qual Deus opera a fim de gui�-lo, aperfei�o�-lo e prepar�-lo para a obra que Ele escolheu para voc�.
Temos gasto muito tempo considerando as portas que se abrem devagar � mas h� boas novas! �s vezes as portas se abrem imediatamente! Esta � uma verdade mais f�cil de aceitar, n�o �? E tamb�m verdade, t�o verdadeira como o fato de que muitas vezes as portas n�o se abrem imediatamente!
Quando Elias orou no monte Carmelo n�o teve de esperar muito at� descer fogo do c�u. Este caiu do c�u imediatamente. Davi n�o teve de esperar por ajuda com sua funda quando Golias veio ao seu encontro. Daniel n�o teve de esperar por livramento da boca dos le�es, e seus tr�s amigos n�o tiveram de esperar que Deus esfriasse o fogo da fornalha em seu favor.
Leiamos um relato em que as portas se abriram rapidamente, o qual est� registrado em Atos 16. Paulo e seus companheiros tinham estado pregando o evangelho, viajando de um lugar para outro. Dizem os versas 6 a 10: "E percorrendo a regi�o frigio-g�lata, tendo sido impedidos pelo Esp�rito Santo de pregar a palavra na �sia, defrontando M�sia, tentavam ir para Bit�nia, mas o Esp�rito de Jesus n�o o permitiu. E, tendo contornado M�sia, desceram a Tr�ade. � noite, sobreveio a Paulo uma vis�o, na qual um var�o maced�nio estava em p� e lhe rogava, dizendo: Passa � Maced�nia, e ajuda-nos. Assim que teve a vis�o, imediatamente procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho."
Dentro de um espa�o de tempo muito curto, Paulo se defrontou com uma porta fechada para a �sia, uma porta fechada para a Bit�nia, e ent�o uma porta escancarada para a Maced�nia. Ele n�o teve de esperar cento e vinte anos, ou quarenta, ou sete. A orienta��o para sua obra veio imediatamente, quando ele necessitava.
Ao procurar conhecer a vontade de Deus em sua pr�pria vida, haver� ocasi�es para ambas as possibilidades: ocasi�es em que voc� ter� de esperar e ocasi�es em que a resposta vir� da noite para o dia. E podemos ser gratos por ambas, porque tanto as portas abertas quanto as fechadas s�o parte do m�todo de Deus para dar-nos Sua orienta��o em nossa ida. Podemos obter mais discernimento, id�ias, introspec��es sobre a vontade de Deus em nossa vida, observando as portas girat�rias.
Podemos dar-nos ao luxo de cometer uma por��o de erros no que se refere � tomada de decis�o, o que constitui boas novas, porque muitos de n�s temos cometido uma por��o de erros! Mas h� um erro que n�o nos � permitido cometer, e este � deixar de orar e de procurar por n�s mesmos conhecer a Deus, para que possamos estar em t�o intimo relacionamento com Ele que reconhe�amos Sua orienta��o. Ao continuarmos a ir a Ele, temos dEle a promessa de que Ele nos comunicar�, n�o apenas Sua vontade para nossa vida, mas o conhecimento de Si mesmo, conhecimento este que significa vida eterna.

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