Celina Fioravanti
Causas Espirituais da Depress��o
EDITORA PENSAMENTO
S��o Paulo
Copyright �� 1995 Celina Fioravanti.
Edi����o
Ano
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Impresso em nossas oficinas gr��ficas.
Este livro �� dedicado aos meus irm��os:
Em��lia Guimar��es Hardy
Francisco Hardy Filho
S��rgio Guimar��es Hardy
Sum��rio
INTRODU����O 9
Primeira Parte - CONCEITOS ESPIRITUAIS B��SICOS 13
O que �� o esp��rito 13
As encarna����es sucessivas 16
Vidas passadas 19
A lei do retorno: o karma 20
Alguns tipos de encarna����o 22
Fam��lias espirituais 24
A mediunidade 26
As curas espirituais 28
Os ass��dios espirituais 30
Segunda Parte - O HOMEM DEPRESSIVO 33
Caracter��sticas 33
Quando e como surge a depress��o 35
O ass��dio e a obsess��o espiritual como causa 38
Uma forte condi����o expiat��ria como causa 44
Uma miss��o n��o cumprida como causa 46
Alguns casos 50
Terceira Parte - RECURSOS 75
Passes e energiza����o 75
Respira����o 78
As caminhadas 81
A ora����o 84
Ajuda exterior: os profissionais 86
7
Grupos de apoio 89
Os centros esp��ritas 90
O doutrinamento 91
Ocupar o espa��o 93
Quarta Parte - PREVEN����O 95
Posturas interiores 95
Autoconhecimento 98
O medo 100
A caridade 103
O apego 105
Quinta Parte - ATIVIDADES 109
Pensamento positivo 111
Dar 115
Conversar com as suas c��lulas 118
A ��rvore 121
Preencher o dia 123
O anjo da guarda 126
Ora����es di��rias 128
Um presente para voc�� 131
Sexta Parte - ALGUNS PONTOS PARA PENSAR 135
A impermanencia da depress��o 135
Pedi e recebereis 136
Metamorfose ambulante 139
Ser jovem �� ter entusiasmo 140
A mentalidade da faca 141
Um o��sis 143
Os melhores mestres: os inimigos 144
Como se mede o sucesso 145
Per��odos de limita����o: a hora certa de parar 146
S��tima Parte - UM PROJETO DE ATENDIMENTO 149
1) Atendimento em caso de depress��o sem ass��dio 150
2) Atendimento em caso de depress��o com ass��dio 154
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Introdu����o
H�� muitas doen��as que atingem o homem e cuja erradica����o ��
dif��cil �� medicina tradicional. Algumas s��o fatais; outras, igualmente
perigosas, nem sempre matam. Dentre os problemas mais angustiantes
e de tratamento mais pol��mico, encontra-se a depress��o. Pode parecer
exagero, mas quem j�� teve ou tem crises depressivas sabe que a
depress��o �� assustadora.
Ao pensar em escrever sobre a depress��o, fiquei um pouco
receosa, pois n��o sou m��dica, tampouco psic��loga, que s��o os
profissionais que normalmente tratam deste assunto. Aos poucos, cedi
�� vontade de ajudar, pois acredito que tenho muita experi��ncia com
um aspecto deste problema que poucos m��dicos ou psic��logos t��m:
o espiritual.
Desde que iniciei meu trabalho espiritual, j�� atendi a mais de
duzentos casos de depress��o. No come��o, meu atendimento n��o tinha
um car��ter de atendimento espiritual, pois sou tar��loga e atendia ��s
pessoas para consultas de Taro. Como todos os que t��m uma miss��o,
meu trabalho foi sendo dirigido por guias e foi seguindo um rumo
que eu n��o esperava. Hoje, o que menos fa��o �� dar consultas.
J�� no primeiro momento, durante as consultas de Taro, senti ne-
cessidade de dar apoio quando via algu��m muito mal, em qualquer
aspecto de sua vida. A ��nica maneira de fazer isso, sem me meter num
assunto que n��o tinha nada que ver comigo, era dar passes (imposi����o
das m��os), energizando e recompondo a aura da pessoa. Ent��o, fazia
assim. Logo, muitas pessoas estavam me procurando apenas para
receber passes, e tive que criar um hor��rio exclusivo para este tipo de
atendimento, que realizo sem remunera����o.
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Foi a�� que a depress��o entrou na minha vida. Felizmente, foi
desta forma, atrav��s da oportunidade de ajudar, e n��o passando uma
crise, que pude observar como a depress��o �� um s��rio dist��rbio
para a vida das pessoas que a sofrem. Desta forma, todos os conceitos
que vou expor no livro, sobre a depress��o e seu tratamento espiritual,
s��o formulados a partir da minha conviv��ncia com os que assisti,
bem como da pr��tica que todos os atendimentos efetuados me
conferiram.
Logo de in��cio, ficou claro para mim que dar um passe e mandar
embora uma pessoa depressiva era fazer quase nada por ela. Sem
experi��ncia, pedi muita ajuda a meus guias e recebi deles a primeira
orienta����o. Deveria haver uma seq����ncia de passes, pois, atrav��s
da persist��ncia na recomposi����o da aura, o processo de cura tem
in��cio.
Num momento seguinte, fui instru��da de que a depress��o n��o
pode ter apenas uma abordagem cl��nica, mas que esta �� essencial.
Isto ��, n��o existe possibilidade de se tratar a depress��o apenas de um
ponto de vista, seja ele m��dico, psicol��gico ou espiritual. Erra quem
vai buscar s�� um tipo de aux��lio. A partir da��, sempre orientei para
que se procurasse um m��dico, para ter acompanhamento no tratamento
do corpo, com reposi����o de vitaminas ou, nos casos mais graves,
rem��dios antidepressivos, conforme o que o m��dico achasse
necess��rio. Tamb��m mostro quanto o apoio psicol��gico, com um
profissional capacitado a trabalhar com as emo����es, �� interessante.
Os clientes que seguiram minhas orienta����es, indo buscar
m��dicos e psic��logos, mas que deixaram os passes, conseguiram
resultados efetivos, mas que n��o foram permanentes. Eles relataram
que voltaram �� depress��o alguns meses depois que interromperam as
sess��es de terapia ou os rem��dios. Aqueles que prosseguiram, durante
o tratamento m��dico e psicol��gico, com os passes e com a energiza����o,
apresentaram resultados mais duradouros, podendo dizer que ficaram
curados.
Pode parecer suspeito que eu diga isto; algu��m poderia pensar
que estou tentando criar uma ind��stria de passes. N��o tenho nenhum
objetivo desse tipo, pelo fato de nunca ter recebido dinheiro por
nenhum passe espiritual, e n��o sei de nenhuma casa esp��rita s��ria que
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cobre por esse tipo de atendimento. A quem possa interessar, tenho meus rendimentos provenientes de consultas de Tar��, cursos que
ministro na ��rea do esoterismo, e dos direitos autorais de meus livros.
Das tr��s abordagens da depress��o, falarei neste livro apenas da
que conhe��o, que �� a espiritual. Mas gostaria de deixar a todo momento
bem claro que, sem aux��lio m��dico e psicol��gico, �� quase imposs��vel
elimin��-la.
O livro est�� dividido em sete partes principais.
Na Primeira Parte - "Conceitos Espirituais B��sicos" - encon-
tram-se alguns conceitos da doutrina esp��rita, que criam uma base
para a compreens��o do tema, j�� que ele ser�� tratado em seus aspectos
espirituais. Aqueles que j�� conhecem o espiritismo, tamb��m conhecem
tudo o que escrevi nesta parte. Mas, como muitas pessoas n��o sabem
das linhas b��sicas da doutrina, considerei importante fornecer esta
orienta����o.
Est��o narradas na Segunda Parte, que chamei de "O Homem
Depressivo", minhas experi��ncias, com algumas conclus��es sobre
como �� espiritualmente o homem depressivo. Inclu�� tudo o que me
pareceu importante para que minha vis��o pessoal do tema do livro se
justificasse. As principais motiva����es espirituais da depress��o est��o
analisadas nesta parte.
A Terceira Parte, chamada de "Recursos", cont��m algumas
sugest��es de como se refor��ar o esp��rito de um depressivo e de como
manter sua aura bem estruturada. S��o cuidados preventivos e
permanentes para quem tem depress��o. Os temas aqui expostos s��o
interessantes de serem conhecidos tamb��m por quem convive com
algu��m em depress��o.
Como cada ser humano tem uma alma que deseja aperfei��oar-
se, na Quarta Parte do livro, que chamei de "Preven����o", est��o temas
importantes para o desenvolvimento espiritual. Quando negligencia-
dos os anseios de evolu����o da alma, algumas vezes a depress��o se
instala.
Sei que o maior respons��vel pelo bem-estar e pela preven����o
das crises de um depressivo �� ele mesmo, por isso, inseri uma s��rie
de exerc��cios para quem gosta de p��r as coisas em pr��tica em vez de
s�� adquirir novos conhecimentos. Sempre que posso, gosto de aliar a
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teoria �� pr��tica. Estes exerc��cios se encontram na Quinta Parte do livro, chamada de "Atividades".
A Sexta Parte, que chamei de "Alguns Pontos para Pensar",
cont��m algumas reflex��es. S��o precisamente isto: temas para meditar,
que podem ajudar a quem j�� teve ou tem tend��ncias �� depress��o, bem
como ��queles que convivem com uma pessoa depressiva.
Para encerrar meu trabalho, acrescentei a S��tima Parte, que
intitulei de "Um Projeto de Atendimento". Ali, encontram-se dois
estudos de como prestar aux��lio espiritual nos casos de depress��o.
Para fazer uma distin����o entre os dois tipos mais importantes de
problema espiritual, os projetos est��o apresentados em duas
alternativas. Quando n��o h�� ass��dio espiritual e quando h�� o ass��dio.
Gostaria muito que este livro pudesse colaborar com todos os
que sofrem e ajudar a resgatar o amor �� vida, que �� o dom mais
precioso de todo ser.
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Primeira Parte
CONCEITOS ESPIRITUAIS
B��SICOS
O que �� o esp��rito
Na obra de Allan Kardec, O Livro dos Esp��ritos, encontramos
para esp��rito uma defini����o que o caracteriza como o princ��pio
inteligente do Universo, cuja natureza �� oposta �� mat��ria.
Todos os homens vivos possuem um esp��rito, e ele �� chamado
de alma ou de esp��rito encarnado. Quando um homem morre, apenas
seu corpo material perece, pois sua alma, sendo um esp��rito,
permanece viva. O esp��rito sem corpo f��sico �� conhecido por esp��rito
desencarnado.
Um esp��rito n��o morre, apenas seu inv��lucro, o corpo, �� que
tem fim. A vida de um esp��rito �� uma seq����ncia evolutiva, pois
aprimorar-se �� o objetivo constante do esp��rito. N��o significa que,
apenas por ter desencarnado, um esp��rito fica melhor. Ele estar�� no
ponto onde conseguiu chegar no seu aprendizado. Um homem mau
n��o se tornar�� melhor, quando esp��rito desencarnado, do que era,
quando encarnado. H��, portanto, esp��ritos em diversas fases de
evolu����o.
A origem dos esp��ritos �� t��o incerta quanto a dos homens, e
tentar estabelec��-la n��o �� poss��vel. Os esp��ritos possuem intelig��ncia
doada por Deus, que os criou, e est��o submetidos a Ele.
O homem possui, al��m de seu corpo e da sua alma, que �� o
esp��rito encarnado, um outro elemento, chamado de perisp��rito. Este
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perisp��rito �� uma esp��cie de v��u que envolve o esp��rito. Ele normalmente �� invis��vel, mas pode ser visto algumas vezes, por algumas
pessoas. O perisp��rito une o esp��rito ao corpo.
Os esp��ritos podem estar em v��rias partes onde o homem n��o
consegue estar, pois s��o menos limitados por n��o terem as restri����es
da mat��ria. Seus limites s��o determinados pelo seu grau de desenvolvi-
mento, que muda �� medida que se d�� o progresso moral. Seu movimen-
to pode ser t��o r��pido quanto o pensamento.
Um esp��rito �� indivis��vel, mas sua capacidade de expans��o
permite que ele esteja presente em mais de um lugar ao mesmo tempo.
Este conceito, que no mundo f��sico s�� �� poss��vel por divis��o, para
um esp��rito �� chamado de irradia����o. O esp��rito se projeta em v��rias
dire����es, mantendo sua unidade.
Quando um esp��rito desencarna, ele vai para lugares onde se
agrupam esp��ritos do mesmo n��vel evolutivo que o seu. Nestes grupos,
ele continua trabalhando pelo seu aprimoramento, at�� reencarnar. Se
numa exist��ncia um esp��rito n��o conseguiu evoluir nada, ele poder��
enfrentar uma condi����o dif��cil ao desencarnar, quando dever�� esperar
muito e realizar tarefas expiat��rias at�� poder encarnar de novo. Se,
ainda pior, ele tiver vivido na Terra uma exist��ncia cheia de desvios
morais, poder�� ter que passar um longo tempo numa regi��o chamada
de umbral, at�� conseguir sentir um desejo sincero de se corrigir.
H�� esp��ritos que j�� alcan��aram, na sua evolu����o, excelente
progresso, sendo considerados aptos a viverem em outros mundos.
Estes s�� retornam �� vida na Terra se assim o desejarem, para darem
apoio �� humanidade.
Como os esp��ritos s��o de esp��cies muito variadas, n��o se
pode fazer uma divis��o entre eles de forma absoluta. Mas podemos
dizer sem errar que h�� esp��ritos totalmente evolu��dos, que j��
alcan��aram a perfei����o. A estes, a doutrina esp��rita chama de
esp��ritos puros. H�� tamb��m os esp��ritos que est��o num n��vel
evolutivo muito baixo, onde predomina a liga����o com o mundo
material, sendo eles v��timas do mal. A estes, a doutrina esp��rita
chama de esp��ritos imperfeitos. E h�� tamb��m os que est��o num
n��vel intermedi��rio, n��o sendo nem completamente bons, nem
totalmente maus, que vivem tentando melhorar. Estes conseguem
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fazer predominar o esp��rito sobre a mat��ria, chegando a alguma
realiza����o de valor durante a vida.
Os esp��ritos s��o originalmente simples, sem nenhum conheci-
mento do bem e do mal. Deus os faz crescer atrav��s de provas, pelas
quais eles podem evoluir. Alguns aceitam de boa vontade o aprendiza-
do, outros s��o relutantes. Depois que se consegue adquirir certo
conhecimento, pelo cumprimento de uma prova����o, essa sabedoria
nunca mais �� esquecida, por isso, se diz que um esp��rito pode ficar
estacion��rio no seu progresso, mas ele n��o volta a repetir o mesmo
aprendizado.
Deus d�� ao esp��rito o livre-arb��trio, assim, cada ser espiritual
pode decidir como realizar�� sua evolu����o. Alguns optam pelo bem,
outros pelo mal. Todos, por��m, alcan��ar��o a perfei����o em algum
momento. Os que fazem sua escolha primeira pelo caminho do mal
t��m muito mais dificuldades, e demorar��o a se encaminhar para a
perfei����o, mas a nenhum esp��rito �� negada a oportunidade de evoluir.
Alguns esp��ritos, como vimos, s��o puros e n��o sofrem mais
nenhuma influ��ncia da vida material. Estes seres s��o superiores a
todos os outros esp��ritos, pois j�� depuraram sua natureza, estando
livres das provas e expia����es comuns aos esp��ritos menos adiantados.
Eles costumam ajudar ��queles que est��o sinceramente empenhados
na sua evolu����o. Os anjos est��o na categoria dos esp��ritos puros. Todo
homem pode contar com o apoio dos esp��ritos puros se demonstrar
um desejo sincero de se corrigir e de se aperfei��oar.
A id��ia de que os esp��ritos s��o formas assustadoras ou fantasmas
est�� esquecida, pois j�� se compreende cada vez mais a natureza dos
esp��ritos. Sabemos que, tanto como os homens, os esp��ritos podem
ser maus. Contudo, se o homem for moralmente correto, n��o atrair��
para perto de si esp��ritos negativos.
Crer na exist��ncia dos esp��ritos n��o significa deixar de seguir
sua religi��o familiar ou tradicional. Quase todas as religi��es aceitam
a exist��ncia dos esp��ritos, tendo sua maneira pr��pria de interpretar
este assunto.
Ao compreender como o mundo espiritual est�� ligado ao nosso,
muitos acontecimentos, antes inexplic��veis, se tornam compreens��-
veis. Nossas a����es s��o, na grande maioria, orientadas pelos esp��ritos
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e muitas das coisas que um homem realiza de nocivo lhe s��o
sugeridas, inconscientemente, pelos esp��ritos negativos. Da mesma
maneira, v��rias realiza����es merit��rias recebem a inspira����o espi-
ritual.
As encarna����es sucessivas
Para realizar sua evolu����o, um esp��rito encarna v��rias vezes.
Esta sucess��o de encarna����es, as chamadas reencarna����es, cria uma
estrutura definida de evolu����o para o esp��rito. A cada nova encarna����o,
ele adquirir�� alguns conhecimentos e qualidades.
Um esp��rito evolu��do j�� encarnou muitas vezes, ainda assim,
busca chegar �� perfei����o. Todo crescimento moral de um esp��rito
envolve dificuldades, pois s�� atrav��s do enfrentamento de condi����es
adversas ele vence uma etapa. As dificuldades que um esp��rito deve
suportar s��o apresentadas em forma de expia����o ou de miss��o. As
expia����es s��o condi����es adversas a serem superadas. A miss��o �� um
trabalho a ser realizado, geralmente a favor do semelhante.
Durante a vida, o esp��rito �� testado atrav��s de provas; se ele se
mostra capaz, consegue realizar a evolu����o. Quando um esp��rito se
deixa subjugar por uma prova, ele retarda seu progresso. Nem todas as
provas s��o desagrad��veis. A riqueza, por exemplo, �� sempre uma prova
na qual o esp��rito tem que mostrar sua capacidade. N��o �� f��cil fazer
uso correto do dinheiro, mas pode ser muito agrad��vel possu��-lo.
Quanto mais o esp��rito se aperfei��oa, menores s��o as dificuldades
materiais que ele tem de superar numa encarna����o. Depois de um certo
n��vel, o esp��rito, em vez de receber s�� expia����es, passa a receber mais
miss��es. O fato de receber uma miss��o n��o significa que n��o tenha que
dar conta dela com o mesmo vigor usado para ultrapassar uma expia����o,
s�� que, no cumprimento da miss��o, �� poss��vel fazer isso sendo ��til.
Nem todos os esp��ritos precisam reencarnar um n��mero de vezes
igual para realizar sua evolu����o. Acontece que sempre �� poss��vel
progredir, por isso, as encarna����es se sucedem em grande quantidade.
Depois da ��ltima encarna����o, o esp��rito �� considerado puro e n��o
precisa mais voltar �� exist��ncia material. Alguns, ainda assim, libertos
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da obriga����o de reencarnar, decidem voltar para realizar obras importantes para a humanidade.
Um esp��rito pode encarnar noutros mundos, pois a Terra n��o ��
o ��nico lugar que abriga esp��ritos em evolu����o. H�� mundos mais e
menos evolu��dos que a Terra.
Um esp��rito n��o volta atr��s, isto ��, n��o retrograda no seu n��vel
evolutivo. Mas h�� algumas exist��ncias sem nenhum resultado, nas
quais muitos esp��ritos, por falta de conhecimento dos objetivos
encarnat��rios, falham em suas miss��es, n��o ultrapassam satisfatoria-
mente suas provas ou se revoltam contra suas expia����es. Estes ficam
estacion��rios, tendo que realizar, noutra encarna����o, a mesma esp��cie
de tarefa que se negaram enfrentar da vez anterior.
Aceitar seu destino espiritual e realizar um consciente aprimora-
mento confere ao homem a certeza de que na encarna����o seguinte
ele ter�� melhores condi����es de vida, com possibilidades maiores de
ser feliz. Cada progresso realizado faz com que as provas seguintes
sejam menos penosas, facilitando o futuro.
Considera-se que um esp��rito necessita de algumas encarna����es
de amadurecimento antes de come��ar a evoluir efetivamente. As
primeiras encarna����es s��o semelhantes ��s fases que uma crian��a
apresenta no seu desenvolvimento f��sico, s��o naturais e sem muito
direcionamento mental. Nestas, o esp��rito ainda est�� inconsciente das
suas obriga����es. S�� aos poucos ele se torna capaz de perceber sua
necessidade de melhorar, e adquire a obriga����o de realizar uma tarefa
determinada.
�� interessante notar que, embora um esp��rito nunca decaia em
termos de categoria ou de n��vel evolutivo, isto n��o est�� relacionado ��
classe social na qual ele reencarnar��. Um esp��rito pouco evolu��do poder��
estar encarnado num homem muito abastado, ao passo que outro, mais
adiantado espiritualmente, talvez esteja encarnado num modesto tra-
balhador. H�� diferen��a, contudo, quanto ��s facilidades que cada esp��rito
encontra para realizar sua tarefa. Aquele que j�� evoluiu e mostra o
desejo sincero de progredir, ter�� sempre algumas condi����es materiais
favor��veis para que possa se desenvolver.
Para ficar mais claro, vamos dar um exemplo. Um esp��rito muito
evolu��do, que poder�� se tornar um grande artista, nasce numa fam��lia
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modesta, onde a necessidade da sobreviv��ncia predomina sobre os
objetivos culturais. Ainda assim, trabalhando duro, este jovem
consegue estudar e encontra um professor que reconhece seu potencial,
indicando-o para uma bolsa de estudos. Depois disso, ele abre seu
caminho, at�� conseguir realizar seu destino. A recompensa de ter
encontrado apoio, para este jovem, pode ter sido plantada numa outra
exist��ncia, em que ele se mostrou merecedor, adquirindo a facilidade
de ter as portas abertas na exist��ncia seguinte.
Um esp��rito que, nas suas encarna����es passadas, aproveitou bem
as oportunidades de aprendizado que teve, conseguindo realizar sua
tarefa com bom resultado, ter��, na encarna����o seguinte, uma vida
feliz, com novas oportunidades de evoluir. A tend��ncia para uma
encarna����o feliz est�� no resultado da encarna����o anterior.
Nem todas as encarna����es podem ser tranq��ilas, brandas e com
felicidade. H�� as que purificam o esp��rito por meio das dificulda-
des. Essas encarna����es s��o uma necessidade para os esp��ritos que
erraram muito nas suas encarna����es precedentes. S��o as chamadas
encarna����es dolorosas, que acarretam muito sofrimento. Geralmen-
te, um esp��rito tem uma encarna����o desse tipo quando fez o seu
semelhante sofrer.
Entre a encarna����o feliz e a dolorosa, podemos classificar uma
encarna����o intermedi��ria, em que os problemas se alternam com a
alegria. Esse tipo de encarna����o promove o aprendizado atrav��s das
dificuldades, mas permite que se vivam momentos de felicidade. A
maioria das encarna����es presentes tem esta caracter��stica. Em eras
passadas, j�� foram maioria as encarna����es de sofrimento. No futuro,
a humanidade se aprimorar�� e as encarna����es felizes ser��o a regra
geral para os esp��ritos.
Ainda h�� uma esp��cie de encarna����o que �� caracter��stica dos
esp��ritos muito adiantados na sua evolu����o. Essa forma de encarna-
����o apresenta o sacrif��cio pessoal como ��nfase. S��o esp��ritos que
n��o t��m mais necessidade de encarnar, mas que, por amor �� huma-
nidade, o fazem, com o objetivo de ajudar os homens a crescer
atrav��s de seu exemplo de vida. Felizmente, j�� tivemos e temos
muitos desses esp��ritos iluminados entre n��s, que nos legaram belas
li����es espirituais.
18
Vidas passadas
Quando todos os esp��ritos encarnam sucessivamente, suas
exist��ncias anteriores s��o, de alguma maneira, importantes, em virtude
do aprendizado por que o esp��rito passou.
As lembran��as das vidas passadas n��o est��o conscientes no
esp��rito que reencarna, pois elas t��m pouca utilidade na vida pre-
sente. Ao encarnar, um esp��rito esquece o que viveu, mas conserva
uma recorda����o bastante vaga de alguma coisa. Essas lembran��as
s��o chamadas de id��ias inatas. As id��ias se manifestam atrav��s de
intui����es e est��o presentes na forma����o do car��ter do homem, orien-
tando seu procedimento.
Ningu��m perde o que conseguiu aprender numa outra vida. Por
isso, considera-se que um esp��rito sempre inicia sua evolu����o na vida
presente a partir do ponto at�� onde chegou nas vidas anteriores. Isso
n��o quer dizer que o progresso a ser realizado pela alma no momento
atual depende da recorda����o ou do resgate das experi��ncias.
H�� alguns motivos para que o esp��rito n��o leve consigo suas
lembran��as ativas ao reencarnar. Os erros passados, se estivessem
vivos na mente de um esp��rito que reencarna, poderiam ser fonte de
muito sofrimento, atrapalhando suas realiza����es, que estariam sob o
peso do arrependimento. Alguns esp��ritos, ao reencarnar, ficam em
condi����o inferior �� que tiveram em vidas passadas, tanto no aspecto
material quanto f��sico. Para estes, recordar a riqueza ou a beleza f��sica
de uma outra exist��ncia seria um tormento constante. O contato com
inimigos de vidas passadas �� muito comum, para que ambos tenham
a oportunidade de trabalhar suas dificuldades. Se houvesse lembran��a
dos problemas j�� vividos, seria mais dif��cil realizar a harmoniza����o
que, na encarna����o presente, dever�� se efetuar. Esquecer o que j��
viveu tamb��m ajuda o esp��rito a n��o sentir muitas saudades dos seres
que lhe s��o queridos, evitando o sofrimento de estar longe de quem
se ama. Ao ter sua percep����o das vidas passadas obscurecida, o esp��rito
ter�� menos tend��ncia a repetir problemas que j�� viveu, como acontece
no caso de ter sido v��tima de v��cios ou de h��bitos nocivos.
Cada vez que reencarna, o esp��rito est�� mais preparado para
fazer as suas escolhas, podendo contar com mais discernimento e
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intelig��ncia do que possuiu na vida anterior. Ao desencarnar, o esp��rito faz uma an��lise da vida que teve e avalia o progresso obtido. �� a
partir deste balan��o que ele ter�� condi����es para decidir como deseja
enfrentar uma nova encarna����o. O livre-arb��trio permite que as suas
escolhas sejam realizadas conforme a sua vontade de enfrentar mais
rapidamente ou n��o as provas e expia����es por que deve passar.
As vidas passadas criam a base sobre a qual um esp��rito trabalha
no presente. Visto que o esp��rito n��o retrograda, tudo o que ele estiver
sentindo facilidade de executar na vida presente indica que se trata de
uma experi��ncia trazida do passado. Para exemplificar, vamos ver como
isso aconteceria com um m��dico. Um rapaz tem desde cedo um grande
desejo de seguir a carreira de cirurgi��o. Estuda medicina e, com muita
facilidade, realiza sua especializa����o na ��rea de cirurgia, sendo logo
bem-sucedido. Est�� mais do que evidente que este profissional j�� possu��a
um dom que trouxe de vidas passadas. Qual ser��, ent��o, a utilidade de
repetir nesta vida o mesmo caminho? Certamente, ele ter�� in��meras
oportunidades de ser testado no presente e de desenvolver algo em que
falhou noutra exist��ncia. Pode ser que tenha feito m�� utiliza����o do
dinheiro que recebeu, pode ser que n��o tenha exercido a caridade ou
que tenha sido extremamente orgulhoso quanto ao seu sucesso,
esquecendo de ajudar os menos capazes de evoluir. As provas que vir��o
na vida atual ser��o oportunidades para que ele tenha uma evolu����o a
partir do ponto onde, na vida anterior, o esp��rito estacionou.
N��o h�� muita utilidade em saber das vidas passadas, pois isso
em nada acrescentaria ao progresso que se pode realizar na vida
presente. Quem precisa saber do passado ter�� acesso a ele de forma
espont��nea. Fazer uma regress��o de vidas passadas por pura curio-
sidade pode acrescentar pouca informa����o de real valor ao trabalho
espiritual presente. Ainda assim, quem sente vontade de faz��-lo, estar��
exercendo o direito que o livre-arb��trio lhe confere.
A lei do retorno: o karma
Uma reencarna����o �� sempre o resultado das encarna����es
passadas, principalmente da mais recente. H�� pessoas que s��o muito
2 0
bondosas e que, no entanto, sofrem grandes padecimentos morais e
f��sicos. Estes s��o resultado de resgates necess��rios no presente por
atitudes passadas. Chama-se a esta lei de causa e efeito, karma, uma palavra que �� emprestada do hindu��smo e que hoje j�� faz parte do
vocabul��rio ocidental. Na l��ngua portuguesa, encontra-se no dicion��rio
como carma, no entanto, vamos usar a outra grafia.
Na ��ndia, a teoria do karma difere bastante das id��ias ociden-
tais, que tamb��m possuem diferen��as entre si, de acordo com a
religi��o de onde prov��m. Em todas, por��m, h�� uma liga����o que est��
presente na id��ia de receber na vida atual de acordo com o que se
fez nas vidas passadas. Desta forma, a alma colhe aquilo que plantou,
recebendo por seu merecimento o bom e o ruim, segundo as suas
a����es passadas. O bem-realizado �� recompensado e o malfeito ��
expiado pelo recebimento de duras prova����es. Os acontecimentos
negativos de uma vida servem para remodelar a natureza do esp��rito
vacilante, aperfei��oando o seu car��ter.
Considera-se que o bem est�� de acordo com a vontade de Deus
e que o mal est�� em oposi����o a sua vontade, sendo contr��rio aos
desejos divinos, pois apenas causa danos �� alma. O mal impede o
homem de evoluir espiritualmente, pois o prende �� mat��ria em vez
de engrandecer seu esp��rito.
Para realizar o seu karma, o homem deve aceitar tranq��ilamente
as condi����es que a vida lhe for apresentando, vivendo cada situa����o
com vontade de adquirir dela algum aprendizado, pois este sempre
est�� contido nas situa����es restritivas de uma exist��ncia. Quando um
karma �� compreendido como uma oportunidade evolutiva, ele ��
queimado ou transmutado, e o resultado �� a liberta����o. Quem aceita
e enfrenta uma situa����o de karma, pode experimentar, ainda na vida
presente, o afastamento do problema que ele representa.
Cada ser humano �� respons��vel por gerar uma for��a k��rmica
que, reunida ��s energias de todos os homens, forma um karma de
natureza mundial, o chamado karma da humanidade. Desta forma,
podemos concluir que, �� medida que cada homem purifica o seu karma
e se aprimora, pela execu����o do bem realizado, a humanidade como
um todo evolui tamb��m. Da mesma forma que existe um karma
mundial, h�� o karma das na����es, das cidades, das fam��lias.
21
Ao se preparar para reencarnar, o esp��rito escolhe as provas que
ter�� de viver, de acordo com sua necessidade evolutiva, que depende
do que fez at�� o momento. Consciente de que deve pagar pelos erros
cometidos, pode escolher uma exist��ncia com muitas dificuldades
materiais. Se estiver num n��vel mais avan��ado, poder�� escolher
prova����es morais sem que haja tantos obst��culos f��sicos que ocupem
o seu tempo. Tamb��m �� poss��vel fazer uma op����o de car��ter
mission��rio, dedicando-se a servir ao semelhante com abnega����o,
tendo que, muitas vezes, deixar de lado sua vida pessoal pelo
envolvimento com a miss��o a cumprir.
O karma deve ser compreendido, portanto, como algo definido
antes da reencarna����o e totalmente dependente das vidas passadas,
sendo suas caracter��sticas determinadas pelo grau evolutivo do
esp��rito, de acordo com o seu livre-arb��trio.
Alguns tipos de encarna����o
J�� vimos que h�� v��rios tipos de encarna����o, como as felizes, as
de sacrif��cio e as que se realizam com sofrimento. Agora, gostar��amos
de analisar os tipos de encarna����o, n��o segundo as necessidades
espirituais de evolu����o, mas de acordo com a realidade humana, pois
grande parte dos homens encarna e permanece inconsciente quanto
aos motivos encarnat��rios.
A alma que encarna nas primeiras vezes est�� num estado inicial
da sua evolu����o. Seus conhecimentos s��o apenas relativos a si mesma,
ego��sticos, sem a inten����o de s��-lo. Ela est�� agindo apenas por instinto
nos primeiros avan��os que realiza. Nestas encarna����es, quase n��o h��
obriga����o de realizar algo de valor, e �� neste per��odo que se
manifestam as tend��ncias espirituais que indicam o processo evolutivo,
sendo poss��vel prever se ele ser�� breve ou longo.
Um esp��rito de boa ��ndole ter��, gradativamente, possibilidades
de crescer e as aproveitar�� sempre, ao passo que aquele cuja natureza
�� dif��cil perder�� muitas oportunidades de aprendizado sem fazer nada
para melhorar. Um esp��rito que aproveita todas as oportunidades que
lhe surgem, quase nunca passa por exist��ncias improdutivas. H�� outros
2 2
que, pelo contr��rio, perdem boas oportunidades e levam muito tempo para realizar avan��os significativos.
Antes de reencarnar, o esp��rito desencarnado fica num estado
de erro, vagando sem dire����o. Quando est�� assim, ele �� chamado de
esp��rito errante. Neste per��odo, tem a oportunidade de receber
instru����es de esp��ritos mais evolu��dos, que o ajudam a avaliar o
progresso at�� ent��o obtido e que o orientam de modo a fazer com que
possa decidir equilibradamente a respeito da nova encarna����o que se
suceder��. �� nesta fase que se estabelece o tipo de provas a viver, qual
o caminho a ser trilhado, qual tipo de dificuldades que ter�� de enfrentar,
em qual meio e com que grupo de pessoas conviver��. Um esp��rito
muito pouco evolu��do far�� menos uso do seu livre-arb��trio, podendo
ser guiado por Deus para que possa aproveitar mais a sua encarna����o.
Um homem, quando seu esp��rito est�� sendo testado muito
duramente, n��o consegue enxergar um objetivo mais elevado nos
sofrimentos que padece, sem perceber que no mundo material a doen��a
e a infelicidade n��o passam de ilus��o. Se pudesse entender o que est��
ocorrendo como uma forma de ser purificado, estaria logo livre dos
padecimentos que o atormentam, pois, quando a li����o �� compreendida,
n��o h�� mais raz��o para sofrer.
As necessidades de resgatar as imperfei����es da alma explicam
as encarna����es como geradoras das situa����es chamadas de negativas,
como a mis��ria, a deformidade f��sica, a falta de capacidade mental,
os defeitos morais graves, a tend��ncia criminosa. Estas encarna����es,
muito penosas, s��o intensamente expiat��rias. Vivendo com vontade
de evoluir e trabalhando com desprendimento para que se processe a
evolu����o, evitam-se as encarna����es de grande sofrimento, carac-
ter��sticas dos esp��ritos atrasados.
A Terra �� considerada um mundo de expia����es e de prova����es,
onde os esp��ritos em ex��lio v��m para realizar o seu progresso atrav��s
de grandes dificuldades. H�� outros mundos onde a evolu����o se
processa sem tanto sofrimento, mas tamb��m existem aqueles onde a
purifica����o se d�� atrav��s de maiores obst��culos.
Para deixar bem claro, vamos repetir. Os tipos de encarna����o
est��o ligados �� necessidade de aprimoramento espiritual e s��o
basicamente de dois tipos: de expia����o e de miss��o. Pela expia����o,
2 3
purifica-se a alma atrav��s de condi����es dif��ceis, que geram o
sofrimento. Pela miss��o, o mesmo trabalho evolutivo �� realizado, s��
que �� necess��rio que a pessoa realize alguma tarefa destinada a servir
o seu semelhante, de forma abnegada e sincera. Ambas as formas de
crescimento espiritual s��o constantemente submetidas ��s provas para
que a alma demonstre a sua persist��ncia em agir de acordo com o
bem, pois s�� aliada ��s boas inten����es e sem desvios, o resultado tem
valor efetivo. As prova����es s��o testes para o esp��rito.
Fam��lias espirituais
Um assunto que angustia muito �� pensar em se separar das
pessoas a quem se ama. Ao desencarnar, o esp��rito se afasta da sua
fam��lia apenas temporariamente. Depois que os seus parentes tamb��m
desencarnarem, poder��o voltar a se encontrar em esp��rito. O mesmo
se d�� com esp��ritos que foram amigos na Terra. Aqueles que
precederam um filho, um companheiro ou um amigo podem aguardar
no mundo espiritual a chegada do esp��rito que acaba de desencarnar.
Nem sempre o esp��rito que acaba de desencarnar pode estar em
condi����es de estabelecer contato imediato com os que j�� est��o no
mundo espiritual. Devido a problemas referentes �� sua evolu����o, e
por estarem muito ligados ainda �� mat��ria, alguns esp��ritos, ao
desencarnar, precisam antes passar por um per��odo de ajustamento
��s novas condi����es, antes de reconhecerem os seus entes queridos.
Os esp��ritos muito impuros t��m dificuldades para reencontrar os seus
esp��ritos familiares, pois sofrem de cegueira quanto ao que est�� ao
seu redor. Estando apenas voltados para a sua personalidade, deixam
de perceber o que est��, muitas vezes, bem pr��ximo.
As fam��lias espirituais n��o s��o c��pias das fam��lias terrenas; esse
fato tamb��m necessita de algumas considera����es para ser bem
entendido. O corpo sempre procede de outro corpo, por isso, as
fam��lias carnais t��m na mat��ria a sua liga����o. Um esp��rito n��o se
origina de um esp��rito, assim, ele n��o tem pai nem m��e que o geraram
num conceito semelhante ao da proced��ncia f��sica. Os agrupamentos
no mundo espiritual se processam por afinidades e semelhan��a de
2 4
grau evolutivo. Existe amor, companheirismo, conviv��ncia e apoio
da mesma forma que aqui na Terra, mas a liga����o consangu��nea n��o
tem mais significado. No mundo espiritual, os valores s��o outros,
mas fam��lias que foram unidas na Terra podem ser refeitas, enquanto
os seus membros permanecerem desencarnados. Quando um
reencarna, a separa����o torna a ocorrer.
Este fator n��o deve fazer com que se desmere��a a validade
das fam��lias terrenas. Ao contr��rio, elas s��o toda a base de um
esp��rito. Os pais carnais s��o respons��veis pela forma����o moral de
seus filhos. Cabe a eles darem condi����es e informa����es para que os
seus filhos possam progredir. A maternidade e paternidade ��
considerada, do ponto de vista espiritual, uma miss��o, e faz parte
do aprimoramento da alma cumpri-la adequadamente. Mas, ��s vezes,
acontece o inverso: pais pouco evolu��dos geram filhos de alto n��vel
espiritual. Isto acontece para que estes pais possam, atrav��s destes
filhos, se aprimorar. O mais comum, no entanto, �� que os esp��ritos
se agrupem em fam��lias atra��dos pela semelhan��a de seus n��veis
evolutivos, por simpatia ou por necessidade de trabalhar dificuldades
de vidas passadas.
Um esp��rito, antes de encarnar, pode pedir a Deus bons pais,
que o ajudem adequadamente. Em outros casos, pode ocorrer a
necessidade de aprimorar uma rela����o que no passado foi problem��tica
e h�� grande dist��ncia moral entre pais e filhos. Filhos maus quase
sempre s��o uma expia����o ou uma prova����o para os pais que os
acolhem. Devemos, neste assunto, ter sempre em mente as situa����es
de karma, relativas �� lei de causa e efeito.
Quando uma pessoa se esquece dos compromissos familiares
na Terra, ela est�� se colocando numa situa����o de devedor com rela����o
ao mundo espiritual. As situa����es familiares dif��ceis s��o sempre
purificadoras e geradoras de aprendizado. Deixar de lado a
oportunidade de crescimento que uma dificuldade familiar representa
�� adiar a li����o que ela significa para uma encarna����o futura. N��o
defendo que h�� obriga����o de a pessoa se manter em situa����es dif��ceis
por toda a vida, mas sim que �� preciso resolver bem os problemas
familiares do ponto de vista da necessidade de aprender com elas.
Lembrando que uma li����o bem-aprendida jamais volta, �� f��cil ter a
25
paci��ncia de que se necessita para enfrentar muitas das dificuldades familiares.
Os v��nculos de amor entre um homem e uma mulher s��o, no
mundo espiritual, definidos por uma concord��ncia dos seus pensa-
mentos e dos seus sentimentos. Essa mesma semelhan��a n��o ocorre
nas liga����es exclusivamente f��sicas, que tendem �� complementa����o
reprodutiva. O casamento na Terra pode se estender ao mundo espi-
ritual se houver uma perfeita compatibilidade e amor sincero, aliados
aos desejos espirituais dos parceiros. No mundo espiritual, o
casamento n��o tem a caracter��stica da indissolubilidade, pois esta ��
uma lei humana, contr��ria ��s leis da natureza. Quanto ��s uni��es espi-
rituais, podemos dizer que elas ser��o governadas apenas pelo desejo
dos esp��ritos de permanecerem unidos, enquanto se sentirem bem
com a proximidade um do outro, e de se aperfei��oarem.
A no����o de complementa����o atrav��s da uni��o com outro ser
n��o �� v��lida para os esp��ritos, assim como se pensa ao se falar em
"cara metade". Um esp��rito n��o tem uma metade solta por a��. Esta
figura �� uma vis��o rom��ntica, sem base na realidade espiritual. No
entanto, observam-se no mundo espiritual uni��es bem mais est��veis,
que t��m base nas afinidades e nos anseios evolutivos semelhantes.
A mediunidade
A mediunidade �� a capacidade de integra����o do mundo f��sico com
o mundo espiritual. Atrav��s dessa capacidade, os homens podem entrar
em contato com esp��ritos desencarnados ou encarnados em proje����o as-
tral. Todas as pessoas possuem essa faculdade, mas alguns a t��m mais
desenvolvida do que outros. �� poss��vel desenvolver a mediunidade latente
atrav��s de esfor��o e vontade, desde que a pessoa queira isso.
Uma pessoa �� chamada de m��dium quando faz uso da sua
mediunidade de forma consciente. Quando a mediunidade �� usada
de maneira inconsciente, j�� n��o se costuma chamar de m��dium. H��
m��diuns em todas as religi��es e em todas as classes sociais.
Os m��diuns podem atuar com a sua mente l��cida ou num estado
de entrega total aos esp��ritos, que �� chamado de transe medi��nico.
26
Das duas maneiras, o m��dium realiza suas tarefas com a mesma
qualidade. Atualmente, aumentam os m��diuns que agem consciente-
mente, atrav��s da canaliza����o, t��cnica em que s��o guiados por
esp��ritos, sem perderem a sua lucidez.
O trabalho dos m��diuns costuma receber a orienta����o e o apoio
do mundo espiritual. Um m��dium dedicado vai evoluindo com o
amparo dos esp��ritos para a sua miss��o, segundo sua tend��ncia natu-
ral, atuando da maneira para a qual foi destinado antes de encarnar.
O Brasil �� um pa��s onde o povo tem uma mediunidade �� flor da pele.
Aqui temos exemplos maravilhosos de homens e mulheres que servem
abnegadamente o seu semelhante, como Chico Xavier, Divaldo Pereira
Franco e outros tantos.
H�� dois tipos de trabalho medi��nico. O primeiro gera manifesta-
����es materiais, com resultados percebidos pelos sentidos, como sons,
movimenta����es, fala, trabalhos executados com as m��os. Este ��
chamado de efeitos f��sicos. O segundo tipo, chamado de efeitos
intelectuais, produz resultados como escrita, composi����es musicais
ou art��sticas, intui����o.
Um esp��rito precisa de um m��dium para poder atuar no mundo
da mat��ria, embora algumas vezes, em casos de extrema necessidade,
o esp��rito realize algo sem ter o m��dium como intermedi��rio. H��
grande variedade de m��diuns, pois cada um tem mais facilidade para
realizar um tipo de trabalho. H�� m��diuns que possuem a terceira vis��o,
sendo chamados de videntes. Outros h�� que s��o inspirados pelos
esp��ritos a se manifestar artisticamente. H�� os que possuem capacidade
de curar, dando al��vio a muitos doentes com problemas org��nicos de
causa espiritual. Ainda existem os que recebem mensagens de esp��ritos
desencarnados que desejam se comunicar com entes queridos, ainda
encarnados. H�� os m��diuns que recebem mensagens para divulgar
atrav��s da escrita e chegam a escrever livros inteiros por influ��ncia
espiritual.
A mediunidade desenvolvida �� sempre uma miss��o, e nem
sempre �� f��cil de ser assumida. Nas casas esp��ritas, h�� m��diuns que
se prestam gratuitamente �� assist��ncia de todos que padecem dos
males espirituais. Quem procura ajuda numa casa esp��rita nunca deixa
de ser assistido, pois l�� n��o se faz distin����o religiosa.
27
As curas espirituais
Como o corpo, o esp��rito adoece. Geralmente, a doen��a espiritual
precede a doen��a org��nica, por isso, �� comum ouvir dizer que nas
causas de uma doen��a f��sica encontram-se motivos espirituais. Para
tratar um esp��rito adoecido, precisa-se doutrin��-lo, fazendo com que
os males advindos de atos, de palavras e de pensamentos equivocados
sejam compreendidos, para poderem ser corrigidos.
Uma cura espiritual depende, em primeiro lugar, do desejo do
esp��rito de se modificar, adquirindo novas posturas. Sempre que, por
alguma a����o, uma pessoa causa dano a um semelhante, ela recebe o
mesmo mal causado no seu esp��rito. Cada vez que as vibra����es de
um mau pensamento s��o emitidas e se espalham, o emissor receber��
mais tarde o resultado dessas ondas vibrat��rias nele pr��prio. Quando
h�� uma palavra m�� contra algu��m, ela criar�� um campo de energia
muito negativo que terminar�� por envolver quem a proferiu. Estas
s��o as sementes de uma futura doen��a f��sica.
H��, portanto, sempre uma causa espiritual numa doen��a. Para
promover a cura do corpo, �� necess��rio compreender que a alma que
o habita est��, da mesma forma que ele, doente. As curas espirituais
s��o realizadas com o aux��lio de m��diuns capacitados para a tarefa.
Eles podem avaliar as necessidades da alma atingida por energias
negativas e, instruindo o esp��rito, enquanto recomp��em a aura, efetuam
as altera����es necess��rias para que a cura tenha in��cio.
Este processo n��o tem uma regra, nem tempo determinado
para ocorrer, pois depende muito do grau de adiantamento do
esp��rito, sua resposta aos esfor��os do m��dium. Tamb��m h��
necessidade de que o tratamento seja realizado com persist��ncia,
pois uma cura espiritual precisa ser prolongada at�� que o corpo
esteja de todo recuperado.
Os m��diuns costumam usar v��rios recursos no tratamento de
um esp��rito adoecido. Os mais conhecidos s��o os passes, a energi-
za����o, a ora����o e a doutrina����o. Vamos ver como trabalha um m��dium
com cada um deles.
O passe �� o mesmo que a imposi����o das m��os. Nesse trabalho,
o m��dium age como intermedi��rio da for��a divina, canalizando-a para
28
o esp��rito enfraquecido. Quem atua �� Deus, atrav��s do corpo do
m��dium, que recebe a energia divina para transmiti-la ao doente.
A energiza����o difere do passe porque h�� um agente exterior
que funciona como elemento de canaliza����o da energia divina. Os
elementos mais utilizados para energiza����o s��o a ��gua e os cristais.
A energiza����o recomp��e a aura e promove, imediatamente, bem-estar.
Tanto os passes como a energiza����o funcionam por algum tempo.
Havendo o contato com m��s energias e com comportamentos nocivos,
o seu efeito desaparece. Desta maneira, os passes e as energiza����es
devem ser repetidos a intervalos curtos, at�� que o corpo f��sico consiga
se restabelecer.
A ora����o �� um recurso utilizado pelos m��diuns que est�� ao
alcance de qualquer pessoa bem-intencionada. Qualquer um pode
orar por um doente e interceder por ele, pedindo socorro a Deus,
fazendo com que a sua alma receba al��vio dos tormentos que padece.
A ora����o cura, recupera a f�� nos cora����es mais duros, abre as portas
para um futuro feliz.
A doutrina����o espiritual, outro recurso da cura, realiza milagres,
pois instrui o esp��rito mal-orientado, levando-o a voltar ao caminho
do bem. Para doutrinar um esp��rito doente, usa-se o Evangelho com
excelentes resultados, embora outros textos iluminados possam
tamb��m ser aproveitados para levar mais clareza �� alma desorientada.
A import��ncia maior de um trabalho doutrinat��rio est�� em
encaminhar o esp��rito desorientado e confuso, que sofre muito, para
uma condi����o de compreens��o da sua situa����o. Atrav��s dos esfor��os
do doutrinador, uma luz come��a a surgir, e nasce a esperan��a de
corre����o dos desvios. O esp��rito desorientado, quando consegue sentir
vontade de melhorar, ser�� capaz de aceitar toda a ajuda que est�� �� sua
disposi����o no mundo espiritual, algo que antes ele n��o tinha sequer
condi����es de perceber.
Se apenas se afastasse um esp��rito obsessor da sua v��tima,
deixando-o sem esclarecimentos e ajuda, ele certamente iria assediar
outra pessoa, que passaria a sofrer. O trabalho de doutrina����o evita
que esp��ritos negativos que afligem algu��m sejam apenas afastados,
mas preocupa-se com a s��rie de problemas conseq��entes que eles
acarretam.
2 9
Os ass��dios espirituais
D��-se o nome de ass��dio espiritual �� aproxima����o de esp��ritos
negativos que tentam prejudicar algu��m, influindo na sua conduta ou
no seu pensamento. Alguns ass��dios s��o moderados e causam pouco
dano, podendo ter manifesta����o apenas inc��moda.
Os ass��dios, quando atingem uma pessoa mais fortemente,
podem transformar a sua personalidade por completo. Os maus esp��-
ritos, que est��o por toda a parte, se aproximam e, com certa facilidade,
fazem contato com as pessoas que possuem condutas estranhas ��
verdadeira natureza divina. As pessoas, quando s��o v��timas de ass��dios
espirituais muito intensos, se tornam presas de esp��ritos que as
dominam quase totalmente, sendo os esp��ritos agressores, neste caso,
chamados de esp��ritos obsessores.
Um esp��rito obsessor �� sempre pouco evolu��do, de natureza
mal��vola. Nenhum esp��rito, por pior que seja a sua natureza, consegue
atingir uma pessoa quando ela est�� bem protegida por uma aura
compacta e quando procede de acordo com regras morais elevadas.
N��o �� preciso ter medo de um esp��rito obsessor, quando se tem uma
vida bem-estruturada. S�� quem baixa a guarda, por meio de condutas
perniciosas, pode se tornar alvo desse tipo de esp��rito.
Al��m das defici��ncias morais, podemos considerar como causa
de ass��dios obsessivos outros fatores. Isso acontece quando, noutras
vidas, criamos, pela falta de observa����o das leis de Deus, inimigos.
Estes seres que prejudicamos no passado, ao morrer, podem vir a se
tornar esp��ritos desencarnados de pouca luz, que se dedicam a nos
assediar com intuito de vingan��a.
Noutro caso, menos comum, encontram-se pessoas ignorantes,
com alto grau de mediunidade, que ingenuamente se tornam ins-
trumento de esp��ritos negativos. Esse tipo de obsess��o acontece com
pessoas que v��o a qualquer tipo de reuni��o espiritual, sem saber da
orienta����o e do tipo de atividade que l�� �� realizada. Algum dia,
terminam por se envolver com pessoas pouco preparadas ou de baixo
grau espiritual, que atraem seres sem luz para suas reuni��es. Quem
est�� nesses lugares sempre pode ser v��tima de algum esp��rito obsessor
com muita facilidade, caso tenha uma mediunidade forte.
30
Outro caso de obsess��o �� encontrado em pessoas que usam a
sua mediunidade com maus prop��sitos, apenas por interesse pessoal
ou enganando os seus semelhantes. Mais cedo ou mais tarde, essas
pessoas terminam sendo v��timas dos seres de pouca luz, que atraem
com o seu modo equivocado de p��r em pr��tica o dom divino que
receberam.
Para tratar as depress��es, �� necess��rio compreender bem como
acontecem as obsess��es, porque elas s��o uma das principais causas
desse problema. Assim sendo, vamos, mais adiante, analisar esse tema
com profundidade, abordando especificamente a depress��o.
3 1
Segunda Parte
O HOMEM DEPRESSIVO
Caracter��sticas
Um sin��nimo para depress��o �� abatimento. S�� �� poss��vel perceber
que uma pessoa est�� com um abatimento moral ou f��sico, quando se
sabe que essa pessoa n��o �� muito saud��vel, quem j�� conhecia antes a
pessoa. Normalmente, a depress��o se inicia assim, com um ligeiro
abatimento, muitas vezes nem sequer percebido por quem est�� sendo
atingido. Na conviv��ncia di��ria, os parentes e amigos notam que algo
parece diferente, que as atitudes est��o menos positivas e h�� certa falta
de interesse por todos os assuntos. Quando �� algu��m que costumava
ser muito en��rgico, e o depressivo quase sempre ��, antes da depress��o,
a falsa calma �� at�� um al��vio para os que vivem com ele.
Logo depois, come��am outros sinais de que a depress��o est�� se
instalando. O indiv��duo perde o interesse pelo seu aspecto f��sico, se
esquecendo de cuidar de si mesmo, coisa que antes sempre fazia. Se
�� homem, esquece de se barbear, n��o d�� aten����o ao que veste, relaxa
com sua apar��ncia em geral. Se �� mulher, deixa de pentear o cabelo,
usa roupas amassadas, passa o dia inteiro com a roupa de dormir, o
ritmo das suas atividades diminui.
A perda do apetite costuma ser outro sinal da depress��o, embora
o contr��rio, o excesso de alimenta����o, tamb��m se verifique. Como o
depressivo vai perdendo o gosto pela vida, �� mais comum que ele
coma menos do que mais, no entanto, mesmo que isto n��o aconte��a,
podem-se notar sempre algumas diferen��as nos seus h��bitos
alimentares, com reflexos no bem-estar geral.
33
A sexualidade se modifica bastante, com uma tend��ncia a perder
o interesse pelo parceiro, quando existe uma uni��o. Algumas vezes,
no in��cio da depress��o, uma das formas de reagir ao desinteresse pela
vida �� ir buscar nas emo����es fortes uma compensa����o ou est��mulo.
Por isso, pode ocorrer, na fase que precede a depress��o, interesse
exagerado ou anormal pelo sexo, que de repente �� substitu��do por
uma total apatia com rela����o ao assunto.
Outra caracter��stica, que desde cedo se verifica, �� a in��rcia. A
pessoa fica sem ter vontade de fazer nada. De in��cio, a in��rcia se
parece com a pregui��a, mas n��o �� nada disso. O depressivo, antes de
ter o problema, quase nunca poderia ser chamado de pregui��oso, era
muito ativo e disposto. Nas fases em que a depress��o est�� se instalando,
ele vai demonstrar um decr��scimo de rendimento, por ficar por alguns
per��odos totalmente inerte, olhando as coisas, sem agir. Muitos relatam
uma sensa����o de estar ausente, esquecido de si, por um tempo que
lhes parece curto, mas que, na verdade, pode chegar a algumas horas.
Mais tarde, a in��rcia se estende por dias.
As dores de cabe��a s��o tamb��m sintomas relatados. Elas
parecem ocorrer sem nenhuma explica����o, v��m subitamente e a sua
caracter��stica �� de parecer com a enxaqueca, tirando toda a disposi����o.
Em geral, essas dores aparecem em ciclos, repetindo-se por alguns
dias, e depois somem.
Uma outra altera����o comum �� verificada com rela����o ao sono.
Pode aumentar a necessidade das horas de repouso, com a tend��ncia
a se tornarem absurdas as quantidades de horas que a pessoa fica
dormindo. O oposto, que �� a ins��nia, tamb��m acontece na mesma
propor����o, provocando mais dist��rbios do que o excesso de sono,
porque afeta com mais intensidade a sa��de. Essas altera����es relativas
ao sono que s��o, de in��cio, passageiras, mais tarde se tornam
permanentes no depressivo.
Algumas pessoas relatam problemas org��nicos variados, dizendo
que se sentem constantemente adoentadas, sem definir, muitas vezes,
com precis��o, o que sentem. H�� tamb��m casos onde doen��as se instalam,
sendo de dif��cil tratamento, pois reagem aos medicamentos e aos esfor��os
do m��dico para afast��-las. Noutras pessoas, a cada momento, um novo
mal se desenvolve, sumindo com a mesma rapidez com que surgiu.
34
Os medos tamb��m costumam preceder a depress��o. S��o medos
mais ou menos definidos e explic��veis, de in��cio, mas que, com o tempo,
adquirem formas absurdas e muito intensas. Alguns medos impedem
que a pessoa desenvolva as suas atividades produtivas, gerando situa����es
complicadas para a obten����o de recursos financeiros.
A inseguran��a e a d��vida na hora de tomar decis��es aparecem,
costumando ser conseq����ncia do medo. O que antes era f��cil de decidir
come��a a parecer extremamente complicado. A pessoa tem neces-
sidade de ir buscar conselhos, continuando da mesma forma sem sa-
ber como agir. Neste momento, muitos entregam seus neg��cios ou
problemas pr��ticos a quem n��o tem muita capacidade ou honestida-
de, sendo prejudicados.
No in��cio da depress��o, alguns relatam que passaram por um
per��odo de muitas dores pelo corpo, sentindo como se tivessem
recebido uma ou v��rias pancadas em alguns lugares do corpo. Os
pontos onde mais comumente estas dores s��o sentidas s��o a nuca, o
peito e as costas. Dores musculares, como se os bra��os tivessem carre-
gado muito peso ou, no caso das pernas, como se tivesse andado
durante horas, podem ser relatadas.
Todos os sintomas que descrevemos s��o manifesta����es que
acompanham a depress��o e que ajudam a indic��-la. Nas fases iniciais,
ocorrem de forma branda e, nas crises, a sua manifesta����o �� extrema.
Quando e como surge a depress��o
Uma das caracter��sticas da depress��o �� ser ela uma doen��a da
meia-idade, mas sabemos que em qualquer ��poca da vida uma pessoa
pode se tornar depressiva. H�� crian��as com depress��o, e a maior parte
dos idosos tem tend��ncias depressivas. Considera-se que ela �� uma
manifesta����o da fase m��dia da vida, porque �� quando surgem,
normalmente, os primeiros problemas com a depress��o.
As depress��es causadas por dist��rbios metab��licos surgem
gradativamente, instalando-se quando h�� falta de alguns elementos
no organismo humano. Este tipo de depress��o ocorre na menopausa
das mulheres e nas defici��ncias vitam��nicas, sendo necess��rio que o
3 5
m��dico d�� a compensa����o de horm��nios ou vitaminas e minerais que
o depressivo est�� precisando.
As depress��es por causas emocionais, que necessitam de um
atendimento psicol��gico, aparecem quando h�� situa����es emocio-
nalmente fortes, que geram desestrutura����o na personalidade do indi-
v��duo. Geralmente, este �� um processo que levou algum tempo para
se instalar, e tem m��ltiplas causas. Cabe ao profissional terapeuta in-
vestigar, junto com o seu paciente, os motivos, e ajud��-lo a superar
os problemas.
As depress��es s��o sempre geradas na base original por
problemas espirituais, mas as suas manifesta����es apresentam as
caracter��sticas de altera����es org��nicas e psicol��gicas, numa segunda
etapa. Enquanto est�� na fase de instala����o de doen��a espiritual, quase
n��o h�� sintomas fortes, apenas o abatimento j�� mencionado. Depois
que o esp��rito adoece, os sinais se tornam evidentes no corpo e na
mente, exigindo que a pessoa busque al��vio.
As fases cr��ticas de mudan��a de idade, como os 40 anos e os 50
anos, costumam marcar as primeiras crises depressivas. S��o ��pocas
em que todo homem p��ra a fim de fazer um balan��o da sua vida, e ��
inevit��vel que relembre erros passados. Quando n��o tem estrutura
moral e n��o compreende que, atrav��s dos erros, lhe �� dada uma
oportunidade de aprender, podendo evoluir espiritualmente, a pessoa
cria sentimentos nocivos de culpas diversas, que afligem sua alma. A
depress��o vem como conseq����ncia da confus��o mental que se instala
nestes per��odos.
Alguns acontecimentos tamb��m s��o respons��veis por surtos
depressivos, mas estes acontecem por fatores independentes da idade
e da experi��ncia de vida, fazendo parte do destino ou karma, por
isso, nunca est��o relacionados a uma idade espec��fica.
A solid��o �� uma geradora de depress��o, e quando uma pessoa
termina, por condi����es alheias �� sua vontade, afastada do conv��vio
daqueles que ama, quase sempre estar�� correndo o risco de ficar
abatida e, depois, depressiva.
Os per��odos p��s-operat��rio e p��s-parto s��o geralmente fases
em que se entra em contato com um estado ligeiramente depressivo.
Isto acontece porque o n��vel de vitalidade abaixa muito rapidamente,
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e �� necess��rio estar atento para que seja recuperado o vigor, com boa alimenta����o e atividades adequadas, caso contr��rio, o que �� normal e
passageiro pode assumir um aspecto mais grave. Nas hospitaliza����es,
sempre h�� riscos de ocorrer ass��dio espiritual, por isso �� conveniente
que quem tem que ser hospitalizado reforce a sua aura e se proteja
com ora����es. Caso n��o possa faz��-lo, algu��m pr��ximo pode tomar
essas provid��ncias.
Quando uma pessoa fica, de maneira repentina, privada de
exercer uma atividade produtiva, como no caso de ocorrer desemprego
ou aposentadoria, ela costuma passar por uma crise que poder�� resultar
num estado depressivo. Depende muito da estrutura espiritual o
resultado desta crise. Caso haja problemas ligados �� espiritualidade,
a depress��o pode se tornar um problema de dif��cil solu����o, impedindo
que o problema material se resolva.
A perda s��bita de um ente querido tamb��m pode causar
depress��o, que �� perfeitamente compreens��vel e at�� esperada. Mas,
quando se aliam a esse problema outros fatores negativos, de ordem
espiritual, o processo depressivo se complica muito, deixando de ser
tempor��rio, como deveria ser, para se tornar algo de dif��cil solu����o.
Todos sabem de casos de pais e de vi��vos que nunca se recuperaram
da perda sofrida. Este tipo de depress��o n��o �� s�� desencadeado por
morte, tamb��m acontece nos casos de separa����o conjugal ou de
viagem prolongada.
H�� um tipo de depress��o que acontece com quem se relaciona
com pessoas espiritualmente impuras. S��o pessoas comprometidas
na sua conduta moral por h��bitos nocivos, como v��cios, por exemplo.
Este tipo de depress��o, que n��o tem uma idade para ocorrer, acontece
por transmiss��o de fluidos negativos e por absor����o das energias vitais.
�� um tipo de ass��dio espiritual que acontece entre vivos, de tratamento
mais f��cil, mas de dif��cil percep����o por quem o sofre.
Pessoas muito ego��stas, que concentram a sua vida nas suas
necessidades pessoais e nos seus desejos apenas, acabam, na idade
madura, tendo uma depress��o muito intensa. Esta �� causada por
anseios espirituais de boa qualidade, como a vontade de ser ��til ao
pr��ximo, que ficam sufocados na alma, pois a personalidade ego��stica
n��o consegue sequer ouvir suas necessidades espirituais ��ntimas. Este
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tipo de depress��o n��o tem hora certa para se manifestar, mas ��,
felizmente, de f��cil tratamento, pois �� s�� corrigir o desvio de conduta,
que tudo melhora.
Nos trabalhadores, pode acontecer um tipo de depress��o gerada
pelo excesso de trabalho ou por inadequa����o �� tarefa desempenhada.
S��o pessoas que trabalham excessivamente, ultrapassando a sua
capacidade f��sica, fazendo ��s vezes algo que n��o apreciam, que est��o
sujeitas a este problema. Por esgotarem as suas energias, tornam-se
vulner��veis a ass��dios espirituais, geradores de depress��o moral e f��sica.
Os v��cios, como o uso de drogas e de bebidas alco��licas, s��o
respons��veis por muitos casos de depress��o. Ao fazer uso de bebida
ou de drogas, as defesas da aura s��o anuladas, expondo o usu��rio a
todo tipo de energias negativas. O ass��dio, nesses casos, �� uma
conseq����ncia natural, sendo quase imposs��vel de evitar.
O ass��dio e a obsess��o espiritual
como causa
J�� vimos o que �� um ass��dio espiritual e como ele �� gerado. Em
teoria, os ass��dios espirituais s��o f��ceis de serem evitados e, na pr��tica,
tamb��m o seriam, n��o fosse a falta de informa����o que tem a maioria
das suas v��timas. O ass��dio e a sua manifesta����o mais perniciosa, a
obsess��o espiritual, s��o as causas espirituais primeiras das depress��es,
portanto, vamos nos estender sobre o assunto, para oferecer mais
defesas contra este tipo de ataque dos esp��ritos negativos.
O ass��dio �� uma for��a negativa, contr��ria a um ser humano,
gerada por um esp��rito de pouca evolu����o, sendo passageiro. A
obsess��o �� um ass��dio de grandes propor����es, dirigido por muito
tempo contra algu��m, com raz��es espirituais mais profundas.
H�� duas maneiras de a interfer��ncia de um esp��rito na nossa vida
acontecer, causando uma situa����o de ass��dio ou de obsess��o. H�� quem,
por falta de cuidado, convide seres espirituais a se aproximarem,
indiscriminadamente, abrindo espa��o para que qualquer esp��cie de
entidade se aproxime. H�� tamb��m quem n��o tem consci��ncia nem
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conhecimento das realidades espirituais, e permite este tipo de
aproxima����o, por atos que criam a vulnerabilidade. A primeira forma
�� chamada de ass��dio consciente ou permitido. A segunda �� o ass��dio
inconsciente ou ocasional. Ambas podem ou n��o gerar a obsess��o.
A base de qualquer ass��dio �� uma defici��ncia que o homem
apresenta na sua estrutura moral. Seja por atos negativos, como por
palavras e pensamentos nocivos, abre-se uma porta para as energias
de baixo valor. Vigiar constantemente as atitudes, sendo bastante
cr��tico de si mesmo, corrigindo-se cada vez que se nota um erro,
ajuda a evitar que a porta se abra. Algumas atitudes que deixam a
porta aberta: ci��me, inveja, raiva, impaci��ncia, medo, ��dio, gan��ncia,
avidez, apego, orgulho.
Atrav��s das atitudes incorretas, �� poss��vel criar dificuldades
futuras, pois os inimigos que criamos hoje podem ser, mais tarde,
esp��ritos obsessores. Esse tipo de ass��dio pode acontecer quando o
inimigo ainda est�� vivo ou quando desencarna. Os orientais,
principalmente os japoneses, que sabem da possibilidade de ser v��tima
de ass��dio espiritual por esta causa, t��m tanto medo dos inimigos
que podem criar, consciente ou inconscientemente, que vivem se
desculpando de seus atos a todo momento. Um inimigo desencarnado
pode resolver, se for um esp��rito quase sem evolu����o, atormentar aque-
le com quem teve problemas em vida, gerando uma obsess��o de dif��cil
solu����o. Outros esp��ritos, estes encarnados, podem perseguir, em
proje����o, aqueles que consideram seus inimigos, causando ass��dios
de diversas esp��cies.
Ao fazer uso indevido da sua mediunidade, usando-a para
prejudicar, dominar ou explorar de alguma forma o seu semelhante,
algumas pessoas terminam por se envolver com esp��ritos de pouca
qualidade evolutiva, podendo se tornar v��timas do seu ass��dio. Os
m��diuns sem ��tica s��o muitas vezes v��timas de esp��ritos obsessores,
e, entre os problemas que enfrentam, est�� quase sempre a depress��o.
A depress��o em um m��dium tem car��ter expiat��rio e acontece na
mesma vida em que errou, �� um castigo que vem muito r��pido.
Para tratar os ass��dios e a obsess��o, h�� recursos tradicionais,
que podem ser experimentados para dar al��vio. A cura e o fim do
problema dependem muito do grau de ass��dio ou de obsess��o, bem
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como da quantidade e do tipo de esp��ritos que est��o interferindo. Um ass��dio moderado pode ser afastado com uma ora����o ou com um
pedido de ajuda feito a um anjo. J�� um ass��dio mais forte ou uma
obsess��o exigem a ajuda de m��diuns treinados para isso. Vamos
descrever no cap��tulo seguinte esses processos, para que se conhe��a
o modo como se d��o. Chamamos a aten����o para o fato de que eles
n��o devem ser realizados por quem n��o est�� preparado, por maior
que seja a vontade de ajudar. Quem trabalha para afastar um esp��rito
negativo corre s��rios riscos de se tomar alvo do seu ass��dio, podendo
at�� sofrer de uma obsess��o, caso n��o esteja bem-preparado.
�� importante saber evitar as situa����es geradoras de ass��dio, mas
ningu��m deve viver pressionado pelo medo de se tornar uma v��tima,
mesmo porque os ass��dios acontecem apenas aos esp��ritos n��o
defendidos. Antes de pensar em se resguardar, evitando situa����es de
poss��vel ass��dio, �� mais produtivo criar uma defesa atrav��s de uma
vida reta, onde n��o h�� espa��o para o mal se abrigar.
Mesmo bem protegido, �� interessante estar mais alerta quando
se encontrar nalguma situa����o onde um ass��dio poderia ocorrer. Essas
ocasi��es, que j�� comentamos, devem ser vividas com muita aten����o,
por isso, vamos registr��-las numa lista, f��cil de ser consultada, quando
houver necessidade:
1. Vida concentrada na personalidade ego��sta.
2. Fase cr��tica da vida, como aos 40 ou 50 anos.
3. Solid��o n��o-aceita, por condi����es alheias �� vontade.
4. In��cio da fase de aposentadoria.
5. Desemprego.
6. Perda de um ente querido, por morte, separa����o ou viagem.
7. Per��odo p��s-parto ou p��s-operat��rio.
8. Excesso de trabalho, levando �� exaust��o f��sica e mental.
9. Per��odos de intensas modifica����es org��nicas, como na
menopausa e na adolesc��ncia.
10. Uso de drogas e abuso de bebidas alco��licas.
11. Dar livre express��o ��s emo����es fortes e negativas, como a
raiva, o ��dio, a inveja, o ci��me, a vaidade, o orgulho etc.
12. Contato ��ntimo com pessoas moralmente falhas.
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13. Vida sexual mal-orientada.
14. Hospitaliza����o longa ou traum��tica.
15. Uso incorreto da mediunidade.
Um aspecto de muita import��ncia, que sempre devemos ter em
mente, �� que as obsess��es dificilmente s��o percebidas por quem ��
atingido por elas. No caso das pessoas espiritualmente bem instru��das,
pode haver uma percep����o, mas verificamos que muitas vezes ela ��
tardia, chegando a acontecer o ass��dio, mas havendo tempo de impedir
a obsess��o.
H�� alguns comportamentos caracter��sticos de pessoas que
est��o em processo de ass��dio ou que s��o v��timas de obsess��o.
Com atenta observa����o, �� poss��vel perceber as altera����es indi-
cativas, e ajudar com ora����es a quem est�� sofrendo. Tentar realizar
algo mais, como dar passes ou fazer um doutrinamento a fim de
se acabar com a obsess��o, sem haver preparo, �� muito arriscado.
Para outros procedimentos, buscar um m��dium preparado �� o mais
correto.
N��o adianta muito, quando se percebe que uma pessoa est��
assediada, avis��-la. O esp��rito negativo, que est�� atuando no caso,
sempre gera na sua v��tima uma avers��o muito grande pelo assunto. A
simples men����o do tema, a pessoa desconversa ou se irrita, podendo
se afastar definitivamente de quem tenta ajudar. A experi��ncia me
ensinou a ajudar primeiro no sentido de energizar a pessoa e fazer
por ela muitas ora����es, para depois introduzir o assunto aos poucos,
�� medida que a confian��a se estabelece.
Para dar uma id��ia das altera����es que podem indicar um poss��vel
ass��dio, vamos passar a comentar quais s��o as modifica����es mais
observadas na conduta de quem est�� sofrendo por influ��ncias
espirituais negativas.
Quem convive com uma pessoa que est�� sob o ass��dio de ener-
gias espirituais pesadas vai perceber logo que ela est�� mudando. Ela
parece em alguns momentos muito cansada, sem haver motivo para
isso. Fala menos do que o habitual, fica confusa quando vai expor as
suas id��ias, contradizendo-se com freq����ncia. Tem pensamentos
desordenados, indecisos, interferindo na organiza����o das suas tarefas.
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Muitos relatam conversas interiores, como se estivessem duas pessoas dentro de si conversando. Outros chegam a ouvir vozes.
Algumas pessoas, quando perturbadas por um esp��rito obsessor,
podem come��ar a fazer coisas que p��em a sua vida e a sua sa��de em
risco. Dirigem perigosamente e correm com o carro como antes n��o
faziam, excedem-se no uso de bebidas alco��licas, envolvem-se com
grupos de m�� conduta, indo a lugares perigosos.
Muitas das atitudes de quem est�� sendo prejudicado por maus
esp��ritos tem como caracter��stica agir impulsivamente, sem pensar, como
se algu��m ou algo lhe houvesse sido sugerido. Mais tarde, a pessoa diz
que n��o sabe por que agiu daquela forma. Mostra-se, ��s vezes, at�� surpresa
com as suas a����es, como se n��o lembrasse dos seus atos.
A mem��ria �� muito atingida nos casos de ass��dio. �� comum
suceder todo tipo de esquecimento, principalmente quando �� algo
importante, que vai causar algum preju��zo material ou moral ao
acontecer. A pessoa diz que estava muitas vezes indo fazer exatamente
aquilo que devia, e, no caminho, esqueceu o que era.
Junto com as falhas de mem��ria, ocorrem outros problemas
mentais, como a falta de concentra����o, a dispers��o dos pensamentos.
Todos os processos mentais se tornam pouco est��veis, gerando falta
de aten����o, dificuldade de aprendizado, pouca compreens��o de
assuntos subjetivos e problemas para realizar opera����es que exigem
clareza de racioc��nio, como c��lculos.
Sintomas de doen��as nas quais o m��dico n��o consegue detectar
uma causa, como febres, v��mitos, dores de cabe��a, acelera����o dos
batimentos card��acos, c��imbras, podem indicar ass��dio. As caracte-
r��sticas destas situa����es �� que elas surgem inesperadamente e podem
desaparecer por completo, de forma s��bita, deixando a pessoa com a
sensa����o de estar exausta.
Outra maneira de se perceber um ass��dio �� a manifesta����o de
muita ansiedade. Essa ansiedade tem como caracter��stica o manifestar-
se subitamente, dando a impress��o de que a pessoa est�� ansiosa por
sair de onde est��, pois nada tem a fazer ali. Por exemplo, um
empregado que deve ficar na sua mesa trabalhando, de repente sai do
escrit��rio sem sequer avisar seu superior. Quando volta, n��o recorda
onde foi nem o que fez, parece confuso e cansado.
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Certa vez, num curso, uma aluna me disse que quase todos os
sintomas da obsess��o e do ass��dio s��o comuns, e que cada vez que
ela sentisse algum deles iria, dali para a frente, ficar assustada. Ela
tinha raz��o, se considerasse apenas o fato em si, mas para se poder
saber se se trata de um ass��dio ou de uma obsess��o, �� necess��rio
examinar toda a hist��ria pessoal, as causas e os motivos, as rea����es e
sintomas, para que seja poss��vel chegar a uma conclus��o definitiva.
Qualquer um, apenas por achar, n��o pode afirmar que se trata de um
caso de obsess��o.
Agora, transmito ao leitor o crit��rio de avalia����o que uso, e que
talvez seja ��til. N��o se trata de um crit��rio r��gido, mas ele cont��m
alguns pontos importantes que permitem uma compreens��o melhor
do assunto. Analisando as situa����es que se apresentam, comparando-
as com os pontos considerados, ser�� mais f��cil perceber como se
processa uma obsess��o.
PRIMEIRO PONTO: O problema �� quase sempre repentino.
Quando vemos que a depress��o surgiu muito rapidamente, sem
apresentar um quadro evolutivo longo, podemos considerar a hip��tese
do ass��dio como causa da doen��a. Nos dist��rbios ps��quicos que con-
duzem �� depress��o, �� poss��vel ao terapeuta fazer um hist��rico dos
antecedentes. No caso de haver um ass��dio, o fato �� relatado como
uma ocorr��ncia s��bita.
SEGUNDO PONTO: A depress��o pode passar com rapidez.
Assim como surge de maneira repentina, a depress��o por ass��dio ou
obsess��o pode sumir muito rapidamente, quando h�� o devido
atendimento e apoio ao esp��rito afligido. J�� os problemas relacionados
com situa����es tratadas por outras terapias levam algum tempo para
se resolverem.
TERCEIRO PONTO: Pode-se detectar uma exposi����o do
depressivo a influ��ncias espirituais negativas, com comprometimento
por meio de atos, de pensamentos e de palavras.
QUARTO PONTO: Os depressivos que ouvem vozes sabem
fazer uma diferencia����o total entre os seus pensamentos e o que
escutam, ao passo que os psiquicamente perturbados dizem que as
suas conversas s��o interiores, como se ele se debatesse entre duas
personalidades opostas, ambas sendo suas.
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QUINTO PONTO: A pessoa assediada ou obsidiada n��o
costuma aceitar o assunto, negando de forma absoluta a hip��tese de
estar sendo atacada por um esp��rito. Pode mesmo tornar-se agressiva
ou fugir ao atendimento espiritual quando h�� este tipo de conversa. A
rea����o �� sempre forte, ao passo que o dist��rbio depressivo que tem
causa ps��quica mais forte gera uma rea����o fraca ao assunto, como
risadas ou desinteresse.
SEXTO PONTO: As pessoas assediadas aborrecem ou
obscurecem a mente daqueles que est��o por perto. Sempre que uma
pessoa passa por um ass��dio, ela altera a consci��ncia dos que entram
em contato com a sua energia. Por isso, �� muito comum sentir a mente
obscurecida ou confusa ao conversar com essas pessoas, bem como
sentir uma sonol��ncia quase incontrol��vel. Os terapeutas devem estar
atentos ao atender clientes que lhes d��o sono, que causam mal-estar
ou confus��o mental.
Uma forte condi����o expiat��ria como causa
Alguns casos de depress��o podem apresentar como motiva����o
espiritual uma situa����o de expia����o muito acentuada, como tend��ncia
a ser negada. Estes casos, pelo que tenho percebido, s��o mais raros
ou, pelo menos, menos comuns do que os outros.
Uma condi����o expiat��ria �� definida antes da encarna����o, para
aprimorar o esp��rito atrav��s das dificuldades, sendo quase sempre
um castigo para determinadas atitudes em vidas anteriores. A
expia����o, quando bem-compreendida, facilita a evolu����o e promove,
ainda na mesma exist��ncia, o que se chama de resgate ou pagamento
das d��vidas c��rmicas.
Desta forma, o que chamamos de karma �� a lei de causa e efeito
que leva �� melhoria da entidade espiritual, passando-se por uma
situa����o negativa na forma de expia����o, por termos feito um
semelhante passar por alguma situa����o negativa numa vida anterior.
Por exemplo, um patr��o tirano e sem compreens��o, que sempre
trata os empregados como m��quinas, avaliando-os apenas pelo que
produzem, poder�� noutra vida padecer sob o jugo de um terr��vel
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destino expiat��rio, onde pagar�� a sua d��vida com sofrimentos maiores do que os que causou.
H�� tamb��m caracter��sticas de expia����o em alguns casos de
depress��o. Sempre �� bom considerar este aspecto quando se puder
associar a depress��o a dificuldades para sair de um mesmo tipo de
problema, que parece se repetir na vida da pessoa por ciclos, como
uma roda. Um karma pode ser ou n��o resgatado. Quando algu��m
volta as costas a uma situa����o k��rmica, negando-se a assumi-la, ela
pode aparecer mais de uma vez na mesma vida, como uma segunda
ou terceira oportunidade de aprendizado.
Quando h�� repetidas nega����es do seu karma, o esp��rito se
entristece pelo atraso ao qual �� obrigado a se sujeitar, levando sempre
algum sintoma depressivo ao homem que nega as suas oportunidades
evolutivas.
A semelhan��a da depress��o que ocorre pela causa de uma miss��o
n��o realizada, a que �� causada por um karma n��o realizado costuma
ceder com facilidade se podemos levar esta compreens��o ao ser que
adoeceu. Vai depender muito do seu entendimento o resgate ou n��o.
Nem sempre isso �� poss��vel, e os que tentam ajudar n��o devem se
culpar se n��o conseguirem dar o esclarecimento necess��rio. Tudo
tem seu tempo, e, em algum momento, esse karma ter�� que ser
queimado, mas n��o depende daquele que presta socorro e ��, isto sim,
uma quest��o de merecimento do esp��rito poder receber ou n��o socorro
nestes casos.
O sofrimento alheio d��i muito nas almas sens��veis e bondosas,
mas n��o podemos ser ju��zes nem interferir no seu destino. Basta
aliviar-lhe o sofrimento, ajudando-o a perceber a sua situa����o como
uma oportunidade de crescer em esp��rito. Se pudermos fazer isso, j��
teremos colaborado bastante.
N��o censurar, n��o reprovar. Tentar apenas esclarecer com
amabilidade, pois muitas vezes o esp��rito n��o tem um n��vel evolutivo
que o deixe perceber a extens��o dos seus erros. Pode-se orar pela
alma que sofre e entregar a Deus o seu destino.
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Uma miss��o n��o cumprida como causa
Outra causa espiritual da depress��o �� uma miss��o n��o
cumprida. As miss��es s��o determina����es que se estabelecem para
um esp��rito, antes da encarna����o. Elas servem para possibilitar a
evolu����o de que o esp��rito necessita, s��o assumidas volunta-
riamente. Quando um homem se afasta da principal raz��o da sua
exist��ncia, pelo envolvimento com interesses materiais, o resultado
�� a tristeza de sua alma, que deseja realizar uma tarefa e n��o con-
segue evoluir. Esta tristeza do esp��rito encarnado geralmente re-
sulta em depress��o.
Muitas pessoas que atendi, apenas ao ouvirem esta explica����o,
come��aram a descobrir uma nova motiva����o na sua vida, pois se
achavam praticamente inativas e n��o tinham raz��o aparente de ser. O
simples fato de saber o motivo por que um esp��rito escolhe uma vida
mission��ria basta para que a vontade de se desenvolver, que toda
alma possui e que est�� aprisionada, consiga se manifestar.
Uma miss��o �� uma das formas que o esp��rito tem de evoluir. Ela
�� escolhida antes de encarnar, de acordo com as necessidades evo-
lutivas do esp��rito. A miss��o �� a forma de aprendizado preferida pelos
esp��ritos de certo n��vel evolutivo, pois exige muito de quem se envolve
com ela. Junto com a miss��o, o esp��rito pode tamb��m passar por
prova����es e por expia����es, que costumam ser mais f��ceis de ultrapassar
�� medida que o envolvimento com a miss��o aumenta.
Temos um livro, Os Curadores do Esp��rito, publicado pela
Editora Pensamento, que trata da vida dos homens que t��m na Terra
uma miss��o especial: a de purificar o karma da humanidade, por isso,
chamo a estes homens curadores da humanidade. No livro, s��o
analisados temas como a miss��o em vidas passadas, as caracter��sticas
dos mission��rios, os desvios que uma miss��o pode sofrer, como se
proteger para exercer o trabalho mission��rio.
Entre os mission��rios, encontram-se curadores do corpo e do
esp��rito, como os m��dicos, os artistas, os atletas, os sacerdotes, os
atores e tantos outros. Cada uma destas pessoas tinha j�� a sua miss��o
definida antes de nascer. Assim que encarnou, tudo come��ou a se
encaminhar para que a miss��o se concretizasse. Os pais formaram o
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seu car��ter, os mestres instru��ram a sua mente, adestrando-a para
alguma atividade que servisse �� miss��o desejada.
Depois de tanto preparo, o esp��rito est�� apto a iniciar a sua tarefa.
Alguns mission��rios, por desvios que lhes sucedem, e fazendo uso
do seu livre-arb��trio, resolvem n��o assumir a sua obriga����o. Deixam
de trabalhar para evoluir, como deveriam, atrav��s da sua miss��o. ��
neste momento que o esp��rito, ansioso para cumprir o seu destino,
come��a a entristecer e adoece. A depress��o �� uma manifesta����o que
pode encerrar, na sua causa primeira, a doen��a de um esp��rito
mission��rio que est�� estacionado, impedido de agir.
Quais seriam os desvios que podem atingir um mission��rio,
prejudicando a sua tarefa? H�� v��rios motivos, tanto materiais como
espirituais, para que isso aconte��a. Podemos citar alguns deles:
1. PERDA DO OBJETIVO INICIAL. Acontece quando uma
pessoa, que deveria realizar nesta vida um trabalho mission��rio,
permite que os envolvimentos materiais (com a fam��lia ou com o
dinheiro, por exemplo) a absorvam tanto, que nunca h�� tempo para
se dedicar ao que seria a sua maior realiza����o nesta vida.
2. A DESORGANIZA����O. A falta de disciplina, aliada ao
comodismo, geram impedimentos ao trabalho mission��rio.
3. ATAQUES ESPIRITUAIS DURANTE A ATIVIDADE
MISSION��RIA. Acontecem quando h�� desconhecimento da ver-
dadeira for��a interior, e quando se trabalha sem a ajuda de guias.
4. O USO INCORRETO DO DINHEIRO. Uma das coisas mais
comuns, pois antes de qualquer tarefa mission��ria est�� a necessidade
de se fazer a caridade. S�� pensar na sua seguran��a material afasta o
homem da sua miss��o.
5. A FAMA. �� um obst��culo quando, por exercer a sua atividade
de forma brilhante, o mission��rio se destaca. A vaidade e o orgulho
gerados pela fama perturbam a mente e fazem mal ao esp��rito, pois o
dom da miss��o n��o �� uma qualidade que pertence ao homem, mas
sim a Deus. Ao homem �� dado apenas o uso do dom.
6. MEDO E INSEGURAN��A. A falta de confian��a na sua
natureza divina faz com que o mission��rio falhe ou fique limitado,
sem exercer todo o seu potencial.
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7. A FALTA DE F��. Acreditar que pode realizar tudo o que
deseja e que Deus est�� apoiando todo esfor��o sincero de servir ��
miss��o �� essencial para que o trabalho leve �� evolu����o.
H�� v��rios tipos de miss��o, nem todos exigem dedica����o total.
Sempre �� poss��vel realizar algum trabalho pelo seu semelhante,
mesmo que as responsabilidades familiares e de trabalho sejam
pesadas. Nenhuma miss��o deixar�� de ser realizada por falta de
condi����es, esta �� uma lei divina. Como poderia Deus dar uma miss��o
e depois tirar do esp��rito a capacidade de realiz��-la? As dificuldades
s��o prova����es ��s quais se submete a alma, os obst��culos �� miss��o
s��o testes para que ela se mostre forte e persistente. Nenhuma tarefa
�� dada por Deus sem que venha, junto, a possibilidade de levar a
bom termo o servi��o.
Uma miss��o tem sempre o bem como finalidade, permitindo
que haja evolu����o para todos os envolvidos. Vamos analisar, a seguir,
os tipos de miss��o mais comuns.
A miss��o de educar um filho �� dada a um n��mero muito grande
de pessoas. Sempre a maternidade e a paternidade deveriam ser
compreendidas como uma tarefa s��ria, que leva �� evolu����o espiritual
dos envolvidos. Sabemos que muitos pais e m��es falham por n��o
levar a s��rio esta obriga����o. N��o ter cultura nem conhecimentos vastos
n��o �� desculpa, pois cada um pode cumprir esse des��gnio com o que
foi dotado, doando amor, ensinando disciplina, apoiando nas
dificuldades, orientando pelo exemplo de vida reta e honesta.
O dom da cura �� uma miss��o que n��o �� apenas dos profissionais
da ��rea de sa��de, como os m��dicos, psic��logos e enfermeiros. Este
dom existe em muitos leigos, que podem ajudar os seus semelhantes,
aliviando a sua dor com energiza����o, com passes e com ora����es. Uma
pessoa moralmente reta �� um canal perfeito por onde a energia de
Deus flui. Se esta pessoa se disp��e a servir de instrumento para que
por ela passe a divina for��a de cura, estar�� cumprindo uma miss��o
das mais valorosas. N��o �� preciso mais do que boa vontade e seguir a
sua inspira����o, pois esta capacidade costuma vir de vidas passadas,
sendo f��cil reativ��-la. Quem n��o deseja assumir este trabalho
abertamente, pode fazer no seu lar ora����es pelas pessoas que padecem.
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O dom art��stico sempre �� uma miss��o, pois �� atrav��s da beleza
e da divers��o que as artes proporcionam a melhoria da humanidade.
Os sentimentos, que s��o a mais alta manifesta����o espiritual (antes
deles est��o os instintos e as sensa����es), s��o trabalhados pelos artistas.
Cada artista possui o dom de despertar na alma do homem o que h��
de mais sens��vel, provocando emo����es. Um cantor, um comediante,
um pintor, um m��sico, um ator: todos s��o seres aben��oados com uma
miss��o das mais belas.
O sacerd��cio e as outras formas de atendimento espiritual tamb��m
s��o atividades mission��rias, que levam o homem a estar servindo o seu
semelhante. Tais pessoas passam por muitas vidas realizando a sua
tarefa, cada vez de uma forma diferente, por isso nenhuma delas deve
se considerar superior �� outra, j�� que um padre cat��lico, hoje, poder��
ser, noutra encarna����o, um sacerdote protestante.
A assist��ncia social, desde que �� exercida por profissionais, at��
a realizada de forma an��nima por uma senhora modesta, na sua
associa����o de bairros, sempre �� uma forma de cumprir uma miss��o.
A caridade �� um trabalho mission��rio de alta qualidade, e pode ser
realizado a qualquer momento, por qualquer um.
Os professores tamb��m s��o mission��rios, pois o seu trabalho ��
essencial para a evolu����o da humanidade. O professor que ama estar
junto dos seus alunos �� por eles respeitado como um ser especial.
Tive muitos professores iluminados, cada um deles trabalhou um
aspecto da minha personalidade e desenvolveu em mim uma aptid��o
espec��fica, mas considero um deles marcante. Acho que ele merece
ter a sua hist��ria aqui registrada.
O nome dele era Osni, a sua disciplina era a matem��tica e o
col��gio era o Col��gio Estadual do Paran��. Foi meu professor por
mais de um ano consecutivo. Chegava, dava a mat��ria de forma
simp��tica e clara, ia embora. Isso dia ap��s dia. Nada de conversa,
nenhum tempo perdido. Devo a ele uma boa capacidade de racioc��nio
matem��tico. No ��ltimo dia de aula do nosso ��ltimo ano (do antigo
gin��sio), quando est��vamos nos formando, achamos que ele vinha
com uma terr��vel revis��o para a prova final. Ele chegou, tirou o guarda-
p�� e disse que ia nos contar como era a vida. Conversou de forma
natural sobre casamento, filhos, trabalho, for��a e fraqueza moral,
4 9
monotonia e rotina, decep����es que a vida nos traz. Tudo de uma
maneira f��cil de entender, com um carinho enorme por saber que n��s
todas ��amos fatalmente passar pelas coisas boas e ruins da vida, com
pena dos muitos sonhos das meninas que ali estavam, sonhos que
ele, na sua experi��ncia, sabia que seriam desfeitos na dura realidade
que nos esperava. Foi uma aula que n��o esquecer��amos nunca mais,
que me preparou para ser vitoriosa, pois eu me determinei a n��o deixar
nada de ruim acontecer comigo. Obrigada, professor!
Normalmente, a miss��o acontece na vida naturalmente, flui sem
que seja necess��rio muito direcionamento, embora alguns obst��culos,
mais tarde, sejam colocados como teste. No caso de deixar passar
uma oportunidade, sempre haver�� outra.
Alguns casos
Nesta parte, vou relatar algumas das minhas experi��ncias com
a depress��o, e as suas motiva����es espirituais. Escolhi os casos que
podem dar exemplos variados, sem repetir as causas e as mani-
festa����es ocorridas. Mudei nomes e tudo o que pudesse identificar
os clientes, embora tenha pedido autoriza����o a eles para contar suas
viv��ncias.
PRIMEIRO CASO
Este acontecimento foi um dos primeiros. Eu ainda n��o tinha
muita seguran��a quanto aos procedimentos, ensaiava a minha ajuda
aos depressivos. Atendi um rapaz, Jo��o Lu��s, que eu conhecia bem,
morador do bairro onde fica a minha casa de atendimento. Ele tinha
19 anos e veio ver no Tar�� se iria arranjar logo um emprego, pois era
motorista, mas estava desempregado. Essa situa����o o envergonhava,
pois dependia dos outros at�� para uma passagem de ��nibus.
A quest��o do emprego, ficou claro pelas cartas, seria resolvida
depois de uns tr��s meses. Mas apareceu uma carta, na casa das
quest��es espirituais, que indicava for��as negativas a seu redor. Uma
outra carta, na posi����o que representava a sua resid��ncia, assinalou o
v��nculo com drogas ou a exist��ncia de outros v��cios. Perguntei a ele
50
o que aquilo significava, se era um assunto dele mesmo ou de alguma pessoa com quem ele morava.
Jo��o Lu��s me contou que morava com o pai, separado da m��e,
que era alco��latra e aposentado. Com eles morava um irm��o, viciado,
usu��rio de v��rios tipos de drogas. Naquele momento, Jo��o Lu��s
namorava uma mo��a um pouco mais velha, de nome Rita, que era
separada, com dois filhos, com quem passava a maior parte do tempo.
Esta mo��a tinha um bar na vila, e ele a ajudava no servi��o, principal-
mente �� noite. Contudo, relatou que tinha muita pena do pai e do
irm��o, por isso ainda n��o havia mudado de vez para a casa da
namorada.
Jo��o Lu��s disse tamb��m que Rita andava muito cansada, tinha
sono fora de hora, parecia desanimada em alguns momentos e depois
voltava ao normal. Ele fazia o que podia para ajudar, os dois estavam
bem na rela����o, mas ela estava mudando e ele tinha medo de que isso
fosse uma desculpa para afast��-lo. Ensinei ao mo��o uma ora����o dos
Salmos, que aproxima o casal, e encerramos a consulta.
Uma semana depois, ele voltou assustad��ssimo. Rita estava
doente, prostrada num des��nimo profundo, n��o se levantava sequer
para se alimentar. J�� haviam ido ao m��dico, que pediu alguns
exames, mas como ele n��o havia encontrado nenhum problema,
receitara um rem��dio antidepressivo. Ela dormia muito, por isso,
tiveram que levar as crian��as para a casa da av��. O bar estava sob os
cuidados dele, que n��o tinha muita experi��ncia, e que tinha medo
de estar perdendo dinheiro. O rapaz estava com medo, pois n��o
sabia como proceder.
Pedi que ele a trouxesse num dos momentos em que estivesse
um pouco mais disposta. Quando veio, Rita me contou que tinha
muitos sonhos perturbadores, que ouvia muitas vozes enquanto
dormia, acordando com a sensa����o de n��o ter dormido nada, cansada.
Durante os per��odos em que n��o dormia, tamb��m ouvia uma voz
constantemente. Esta voz, que ela ouvia acordada, sempre falava de
coisas tristes, de lugares escuros e de pessoas feias. A voz pedia que
ela sa��sse de casa, que fosse para perto da linha do trem e que se
sentasse ali. Bem pr��ximo �� casa, havia uma passagem de trem, mas
ela nunca seguira o que a voz lhe pedia.
51
Iniciei com ela e com o rapaz uma s��rie de passes e energiza����o.
recomendando que voltassem a freq��entar a igreja da qual faziam
parte. Dei-lhes algumas ora����es com palavras que exaltam o Deus
que habita no ��ntimo de cada um, para que trabalhassem a sua liga����o
com os seus aspectos divinos interiores.
Depois de tr��s semanas, quando a crise havia abrandado, marquei
uma sess��o de doutrinamento espiritual para a entidade que estava
com Rita. Nessa sess��o, conversei muito tempo com o esp��rito que
ali estava a perturb��-la. Embora eu estivesse certa da sua presen��a,
ele n��o se manifestou em nenhum momento, mas eu sabia que estava
ajudando a diminuir o seu sofrimento. Repeti os passes e a energiza����o
durante tr��s meses. Durante este per��odo, ela ajustou com o m��dico a
dosagem do medicamento, at�� poder deix��-lo.
Mais tarde, depois que tudo passou, soubemos mais alguma
coisa sobre o problema espiritual que estava associado ao caso que
ela havia vivido. Jo��o Lu��s, o rapaz que era meu cliente, namorado
da mo��a, descobriu que um amigo do seu irm��o, tamb��m envolvido
com drogas, havia sido atropelado por um trem um ano antes. N��o se
sabia se era um caso de suic��dio ou se ele havia perdido os sentidos
enquanto se drogava perto da linha do trem, coisa que ainda hoje ��
comum naquele lugar, pois �� de dif��cil acesso para a pol��cia.
Ficou claro que o esp��rito que perturbara a mo��a fora, por algum
tempo, uma presen��a na casa do meu cliente, ficando ao lado do irm��o
dele, uma vez que eram amigos. Por um acaso ou propositadamente,
este esp��rito acompanhou o meu cliente at�� a casa da namorada,
passando a assedi��-la.
J�� que um esp��rito s�� consegue realizar efetivamente o dom��nio
de um ser quando ele est�� vulner��vel, havia necessidade de descobrir
onde estava a falha de conduta que deixara a porta aberta. Conversando
com Rita, expliquei como um ass��dio se processa e pedi que ela
avaliasse o seu comportamento. Ela me contou que antes de namorar
o meu cliente, havia passado por alguns momentos de muita solid��o,
envolvendo-se com v��rios homens. Os envolvimentos a levaram a
um comportamento sexual prom��scuo, que durou pouco tempo, pois
logo percebeu o quanto isso n��o estava de acordo com a sua natureza.
Quando encontrou o namorado, j�� havia parado de ter v��rios homens
52
na sua vida, mas se sentia muito culpada. Com o tempo e com uma
terapia adequada, realizada por uma psic��loga que atende no centro
de sa��de da vila, a sensa����o de culpa passou. Ela est�� agora casada
com Jo��o Lu��s e espera um filho.
Vamos avaliar os elementos que comp��em o caso relatado. Os
ind��cios de depress��o causada por ass��dio espiritual jamais seriam
percebidos se esta mo��a n��o tivesse ao seu lado um companheiro
interessado pelo seu bem-estar. �� importante que o depressivo seja
observado pelos que convivem com ele e que seja ajudado a tomar
provid��ncias, pois ele, durante as crises, fica totalmente incapacitado.
Quando chegou a mim, Rita j�� havia sido devidamente atendida por
um m��dico, mas os rem��dios apenas aliviavam as suas prova����es,
pois o problema n��o seria sanado s�� atrav��s de rem��dios, visto que
as causas eram espirituais e emocionais.
A mo��a teve o ass��dio de um esp��rito com o qual n��o tivera liga����o
em vida, n��o havendo possibilidade de considerar a presen��a do esp��rito
assediador como uma vingan��a. Ele provavelmente buscava ajuda, e,
n��o a encontrando no seu amigo drogado, acompanhou o irm��o. O
meu cliente n��o foi assediado porque n��o tinha brechas na sua aura;
trata-se de um mo��o com boa estrutura moral e de comportamento
adequado. Ele levou o esp��rito perturbado �� casa da companheira e ela,
que estava vulner��vel, foi que acabou sendo assediada.
O sentimento de culpa n��o permitiu que o arrependimento pela
conduta passada livrasse Rita do ass��dio, pois ela n��o tinha defesas
na sua aura. A v��tima ainda n��o estava livre dos seus atos passados,
pois estava emocionalmente perturbada pela culpa. S�� com o
atendimento psicol��gico houve condi����es de eliminar a culpa e de
restabelecer definitivamente as suas defesas ��uricas, que os passes e
as ora����es estavam reconstruindo.
O esp��rito assediador foi afastado com certa facilidade neste
caso, pois estava �� procura de ajuda, mostrando-se aberto a tudo o
que lhe dissemos durante o doutrinamento espiritual. Alguns esp��ritos
obsessores s��o refrat��rios �� ajuda, n��o querem deixar o seu hospedeiro
em paz. Estes, muito mais atrasados, demoram a mudar de atitude e
sequer escutam o que se tenta dizer para ajud��-los. Nestes casos, o
doutrinamento deve ser insistentemente repetido, podendo se estender
por per��odos longos.
5 3
Podemos observar que, embora ainda inexperiente no assunto,
pude comandar o ataque ao problema nas tr��s frentes onde era
necess��rio. Ela j�� tinha atendimento m��dico. Ao vir a mim, recebeu
ajuda espiritual e, mais tarde, buscou ajuda psicol��gica para resolver
os seus problemas emocionais.
ELEMENTOS DO PRIMEIRO CASO
1. Causa espiritual da depress��o: ass��dio espiritual.
2. Elementos que contribuem para a depress��o: aura desestrutu-
rada por solid��o; promiscuidade sexual e sentimento de culpa.
3. Atendimento espiritual: passes, energiza����o, ora����es e dou-
trinamento do esp��rito assediador.
SEGUNDO CASO
Este caso aconteceu com Ivone, uma aluna minha, que �� m��e-
de-santo, mas que gosta de aprender coisas novas. Sendo uma mulher
altamente evolu��da, que dirige um centro espiritual de grande im-
port��ncia, surpreendeu-se quando percebeu que estava sendo v��tima
de perturba����es espirituais. Depois de anos de trabalho, ela come��ou
a sentir muita depress��o, que come��ou com a falta de motiva����o para
atuar como m��e-de-santo. Sendo bastante conhecedora das formas
como as energias negativas se manifestam, percebeu logo que havia
sido atingida por algumas delas.
Ivone apresentava uma anemia profunda, causada prova-
velmente, segundo lhe dissera o seu m��dico, pelas hemorragias que
tinha durante alguns dias de menstrua����o. Ela estava no per��odo da
menopausa, por isso, estava se tratando com cuidado. Junto com
isso, padecia pela falta do seu marido, que havia falecido dois anos
antes, e se sentia muito solit��ria, pois os seus filhos j�� eram adultos
e casados.
Ela contou que dormia demais, tanto de manh�� como no meio
do dia. Mesmo que tivesse assuntos a resolver e provid��ncias a
tomar, era obrigada a dormir, pois o sono era incontrol��vel. Nestas
horas, entregava tudo a Sandra, uma filha-de-santo do seu terreiro,
que fazia tamb��m os seus servi��os dom��sticos, morando na casa
de Ivone.
54
Comecei a tratar a sua aura com passes e energiza����o atrav��s
de cristais. Logo ela melhorou, mas cada vez que ficava sem os passes
voltava a sentir sono e des��nimo.
Juntas, passamos a analisar de que forma ela, t��o preparada, se
expusera a for��as negativas pesadas. Sab��amos que na sua casa de
atendimento Ivone estaria, a esta altura da vida, pelo trabalho dedicado
e competente, pouco exposta, pois os seus guias a defenderiam. Con-
clu��mos que s�� poderia estar na sua resid��ncia a origem da for��a que
a perturbava.
Ivone passou, ent��o, a observar Sandra atentamente. Percebeu
que ela tinha ��s vezes umas atitudes estranhas, sumia por algumas
horas. Quando Ivone perguntava onde ela havia ido, confundia-se
com desculpas um tanto infundadas, contradizendo-se. A m��e-de-
santo pediu, ent��o, a um rapaz de sua confian��a, tamb��m seu filho-
de-santo, C��ndido, que vigiasse o que Sandra fazia quando sa��a de
casa. Ele contou, alguns dias depois, que a mo��a ia para a casa de
atendimento de Ivone. Uma vez, o rapaz pulou o muro que cerca a
casa, para ver o que ela fazia l�� dentro, e encontrou-a realizando um
ritual estranho, com o sacrif��cio de um animal.
Ivone n��o admite sacrif��cio de animais, pois �� contra essa pr��tica,
pelo sofrimento desnecess��rio que esta causa a um ser vivente. Jamais
ela aceitaria que dentro da sua casa de atendimento ocorresse um
sacrif��cio. Sandra sabia disto muito bem, pois estava sendo preparada
para substituir a m��e-de-santo. Quando se viu frente a frente com a
realidade, ela de in��cio negou, mas depois admitiu que desejava muito
ser m��e-de-santo e que estava tentando afastar Ivone sem lhe causar
dano ou morte, contudo.
Com seu procedimento, Sandra foi afastada de vez, perdendo a
posi����o que ocupava dentro da casa. Mais tarde, Ivone teve muito
trabalho para ajudar C��ndido, que se tornou alvo da raiva de Sandra,
passando a ser por ela perseguido. Este j�� �� um caso de ass��dio entre
vrvos. que n��o vamos descrever aqui, mas pass��vel de ocorrer no caso
de haver inimizade, tal como aconteceu entre os dois.
Ivone se recuperou dos problemas da menopausa, que a
enfraqueciam, e sentiu a sua energia voltar, trabalhando com o antigo
vigor. Resolveu tratar a sua solid��o e nostalgia pela perda do marido,
55
com algumas sess��es com uma terapeuta nossa amiga, o que lhe fez
muito bem.
Neste caso, podemos considerar como causa do ass��dio a total
confian��a de Ivone, que baixava em casa a sua guarda, por confiar
muito em Sandra. Embora n��o estivesse espiritualmente comprome-
tida, a aura de Ivone estava t��nue, por sua condi����o org��nica muito
enfraquecida pela anemia. Nas horas em que convivia, por morarem
juntas, com as energias de Sandra, que eram muitas, Ivone era asse-
diada com facilidade, vindo o sono e o des��nimo. A mediunidade de
Sandra, mal-orientada, deve ter-lhe causado muitos problemas, al��m
deste, pois quem emprega um dom para o mal paga um pesado ��nus
mais tarde.
ELEMENTOS DO SEGUNDO CASO
1. Causa espiritual da depress��o: ass��dio por contato com me-
diunidade mal-empregada.
2. Elementos que contribuem para a depress��o: enfraqueci-
mento org��nico, com anemia, conviv��ncia di��ria com o esp��-
rito assediador, solid��o.
3. Atendimento espiritual: passes, energiza����o com cristais,
afastamento da conviv��ncia com a m�� energia.
TERCEIRO CASO
Este caso foi vivenciado por um cliente meu, que chamarei de
Dr. Sampaio. Durante alguns anos, ele me procurou para receber,
atrav��s do Tar��, informa����es intuitivas sobre como deveria agir na
sua vida profissional. N��o eram consultas muito freq��entes; ele vinha
apenas quando estava passando por situa����es mais tensas. Depois de
algum tempo, comecei a receber sempre uma mesma mensagem das
cartas: ele seria despedido. A atividade do Dr. Sampaio, cuja forma����o
era de economista, era exercida numa institui����o financeira muito
s��lida, sendo ele funcion��rio de confian��a do propriet��rio havia 18
anos. Por isso, era pouco prov��vel que a mensagem das cartas fosse
algo a ser esperado.
Depois de uma consulta franca, na qual confirmei os progn��s-
ticos negativos, ele passou mais de um ano sem aparecer, at�� que um
56
dia marcou uma consulta. Chegou com aspecto cansado e abatido, os
cabelos em desalinho e a barba por fazer. N��o quis que eu pusesse as
cartas para uma consulta, pois queria apenas conversar. Contou, ent��o,
tudo o que se havia passado desde nossa ��ltima conversa.
Seu patr��o sofrera um derrame cerebral que o incapacitou para
exercer as suas fun����es na empresa que possu��a. Como ele tinha dois
filhos, uma mo��a e um rapaz, que j�� estavam trabalhando com ele,
passou o comando de seus neg��cios para os dois. Houve uma completa
transforma����o, pois eles, muito inexperientes, contrataram uma
empresa de auditoria de fora para reorganizar a empresa. Dr. Sampaio
se mostrou contr��rio a muitas das decis��es tomadas pelos novos
dirigentes e perdeu o seu cargo de dire����o de um dia para o outro,
sendo relegado a um posto onde se sentiu como mera figura decorativa.
A insatisfa����o decorrente o desgastou muito, entrando numa crise
depressiva. Procurou ajuda m��dica e foi devidamente medicado, mas
tinha cada vez menos vontade de trabalhar.
Ele percebeu que n��o havia mais raz��o para continuar na
empresa, e conseguiu fazer um excelente acerto financeiro para deixar
o emprego, que era exatamente o que desejavam os seus novos patr��es.
Sua situa����o financeira ficou assegurada, pois ele tamb��m se
aposentou. Agora, livre e com um bom dinheiro no bolso, poderia
abrir um neg��cio seu ou apenas descansar. Mas, e a vontade de viver?
Essa ele n��o sentia mais. Tentou viajar, procurou ver se havia algum
tipo de loja que o interessasse, fez alguns cursos e viv��ncias. Nada
mais fazia sentido, e ele sentia que definhava.
Como eu conhecia bem o Dr. Sampaio, devido a anos de
atendimento, sabia que ele n��o tinha condutas morais falhas, que era
um homem ��ntegro. Achei pouco prov��vel que estivesse sofrendo
ass��dio espiritual, por isso, a depress��o que n��o o abandonava s��
poderia estar sendo gerada por uma profunda insatisfa����o da sua alma,
que desejava evoluir. Passei, ent��o, a explicar para o Dr. Sampaio as
causas espirituais da depress��o.
Contei a ele que por anos a sua espiritualidade fora esquecida,
pois a sua vida estava envolvida com quest��es puramente materiais.
Seu esp��rito tinha paci��ncia, esperando que mais tarde ele tivesse
tempo para realizar a tarefa mission��ria que era um objetivo maior de
57
aperfei��oamento espiritual. Fiz-lhe ver que esta miss��o �� qual eu me referia fora escolhida por ele mesmo, muito antes de encarnar, que era
uma necessidade para o seu crescimento como ser espiritual. Indiquei-
lhe alguns livros e ficamos de conversar mais noutras ocasi��es para
que ele pudesse descobrir que miss��o era esta. Enquanto isto, ele ficou
de vir semanalmente para receber passes. Decidiu tamb��m procurar
ajuda psicol��gica, que lhe desse apoio emocional at�� passar a depress��o.
Aos poucos, a energia do Dr. Sampaio foi-se recompondo e,
bem mais rapidamente do que eu pensava, ele fez contato com a sua
atividade mission��ria. Ligou-se a um asilo de hansenianos que estava
fazendo pela imprensa pedidos de ajuda material, quando foi levar
at�� eles a sua contribui����o. Percebeu que poderia, com a sua
experi��ncia administrativa, ajudar a organizar o servi��o assistencial
que ali se desenvolvia sem muita base pr��tica. Em pouco tempo, era
o diretor administrativo do asilo, tarefa que desempenha at�� hoje com
resultados maravilhosos. Com os seus contatos no mundo dos
neg��cios, conseguiu apoio financeiro para algumas reformas nas
instala����es do asilo e organizou a produ����o interna de alguns produtos,
que geram recursos para que a entidade se mantenha.
Neste caso, pudemos analisar que as causas espirituais da
depress��o n��o foram ligadas a ass��dio de for��as espirituais negativas,
pois nada indicava que o Dr. Sampaio estivesse vulner��vel devido a
atitudes ou pensamentos. S�� pude perceber uma causa que entristecia
a sua alma mission��ria, que era a falta de desenvolvimento de uma
miss��o. Ao perceber este fato, a pr��pria alma dele abriu o seu caminho
para o que iria lhe trazer a recupera����o da vitalidade perdida. O acaso
n��o existe quando algu��m v�� num programa de televis��o um apelo
que fala ao cora����o, como foi o caso dele, que foi ao asilo depois de
ver no jornal local, da televis��o, uma reportagem sobre as condi����es
do asilo. Quem d�� sempre recebe algo em troca; neste caso, meu
cliente recebeu de presente o amor �� vida.
ELEMENTOS DO TERCEIRO CASO
1. Causa espiritual da depress��o: miss��o n��o realizada, alma
ansiosa por fazer progressos e que se entristece por n��o
realizar a sua tarefa.
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2. Elementos que contribuem para a depress��o: aposentadoria
compuls��ria e pouco conhecimento das necessidades
espirituais da alma.
3. Atendimento espiritual: passes e esclarecimento.
QUARTO CASO
S��lvia foi um dos casos de depress��o mais simples que atendi.
Ela veio me procurar num estado de confus��o mental absoluto, tanto
que levei algum tempo at�� perceber o que estava acontecendo. Quando
entendi o que ela queria, tive que conversar muito tempo para faz��-la
mudar de id��ia. Acontece que S��lvia, uma senhora de 53 anos, havia
descoberto, atrav��s da sua empregada, que o seu marido a estava traindo.
Ao dizer ao marido a verdade, ele achou ��timo que o fato tivesse chegado
ao conhecimento dela e deu o casamento por terminado, saindo no
mesmo dia de casa, para ficar com a outra, uma mo��a de 26 anos.
Minha cliente estava inconformada, e veio me procurar na
esperan��a de que eu fizesse alguma coisa para trazer o marido de
volta. Quem vai �� procura de "trabalhos" desta esp��cie corre muitos
riscos: vai ser enganado e explorado, podendo tamb��m se envolver
com pessoas espiritualmente impuras, acabando por ficar totalmente
comprometido com energias negativas. H�� muito perigo em querer
manipular a pr��pria vida e a dos outros atrav��s desses recursos.
Precisei, portanto, de muita conversa para explicar �� senhora que eu
n��o fazia este tipo de coisa e que n��o acreditava em quem afirmava
ser capaz de faz��-lo. Aos poucos, com calma e paci��ncia, consegui
fazer com que as minhas palavras a tranq��ilizassem.
Quando algu��m me procura com uma proposta dessas, em vez
de apenas me negar, sinto obriga����o de esclarecer. Enquanto n��o se
convencer da inutilidade e do perigo que tais "trabalhos" representam,
a pessoa continuar�� �� procura de algu��m que os fa��a, e com certeza
ir�� terminar por encontrar, visto que h�� muitas pessoas que vivem a
enganar aqueles que est��o com problemas, fazendo isso com a
desculpa d�� estar prestando ajuda. Sei que cada vez que isso acontece,
o resultado �� mais desastroso do que ben��fico, e eu me sinto com
uma parcela de responsabilidade, visto que no primeiro momento o
caso veio ��s minhas m��os.
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S��lvia era uma mulher de muita f��, e logo recuperou a raz��o,
compreendendo o absurdo que estava desejando. Resolveu ir procurar
uma psic��loga que lhe indiquei e tentar superar os seus problemas.
Dois meses depois, ela retornou, muito abatida. J�� estava se
tratando com a psic��loga, tinha sentido mais ��nimo e conseguia aceitar
a sua nova situa����o com serenidade. O marido estava cuidando da
separa����o legal e iria deix��-la amparada. A filha ��nica, j�� crescida e
casada, ia ter um beb�� e isto dera a ela muita alegria.
S��lvia contou, por��m, que na semana anterior come��ou a sentir
dores no corpo, achando, a princ��pio, que poderia ser devido a uma
gripe que se aproximava. N��o ficou gripada, e as dores aumentaram.
��s vezes, ela acordava com pontos doloridos pelo corpo, como se
tivesse batido em um m��vel ou levado uma pancada. Os ombros, os
pulsos e os tornozelos do��am, ficando ��s vezes inchados. Um exame
cl��nico e testes de laborat��rio n��o mostravam a origem do problema.
Os passes estavam indicados e a energiza����o com cristais poderia ser
utilizada, por isso, optamos por estes procedimentos.
Depois de tr��s sess��es, em dias alternados, nada mudou. Pelo
contr��rio, no ombro direito surgiu uma dor intensa, que se irradiava
pelo bra��o todo. A depress��o estava muito forte, ela se sentia fisicamente
muito mal. S��lvia era, at�� esse momento, uma pessoa que vivia em
harmonia e de conduta espiritual correta, por isso, achei que s�� poderia
estar havendo um ac��mulo de energia sem possibilidade de fluir, sendo
necess��rio dar vaz��o ao fluxo energ��tico.
Expliquei a ela sobre as miss��es espirituais e como a miss��o
de cura, quando n��o desenvolvida, costuma gerar os ac��mulos
energ��ticos no corpo daquele que possui o dom mas n��o o aplica.
Resolvi ensinar a ela como trabalhar com a energia das suas m��os,
para aliviar dores e dar passes. Aos poucos, ela come��ou, sob su-
pervis��o, a me ajudar com alguns clientes, para os passes e a ener-
giza����o. As dores e os incha��os diminu��ram rapidamente, at�� desa-
parecerem por completo.
A seguir, S��lvia sentiu mais seguran��a e decidiu trabalhar de modo
independente, indo antes se aperfei��oar em cursos. Ela aprendeu muito
sobre cromoterapia e est�� envolvida com seu trabalho mission��rio,
ajudando principalmente ��s crian��as que t��m doen��as graves.
6 0
ELEMENTOS DO QUARTO CASO
1. Causas espirituais da depress��o: miss��o n��o-realizada.
2. Elementos que contribuem para a depress��o: sensa����o de
abandono e de solid��o, causando pensamentos negativos e,
talvez, de rancor.
3. Atendimento espiritual: passes e energiza����o, esclarecimento
das necessidades evolutivas da alma, seguidos de atividade
mission��ria pr��tica, para que se descarregasse a energia
acumulada.
QUINTO CASO
Neste caso, vamos relatar a hist��ria de outra cliente, tamb��m
uma mulher de meia-idade, que vivia para o marido e os filhos. Boa
dona de casa, sempre ocupada com os seus afazeres, s�� sa��a para ir ��
igreja fazer a novena da Nossa Senhora do Perp��tuo Socorro, nas
quartas-feiras. De repente, sua rotina se modificou. Perdia a hora de
acordar para colocar o caf�� e chamar o marido e os filhos; quando ia
fazer o almo��o tinha esquecido de ir antes ao mercado para comprar
o que necessitava; nas gavetas sempre faltava roupa limpa para usar;
os banheiros da casa viviam sujos. Tudo era t��o contr��rio ao que era
de se esperar dela, que todos foram un��nimes em consider��-la doente.
O m��dico consultado recomendou uma cl��nica de repouso durante
15 dias e Terezinha, este era o seu nome, foi para l��. Na volta, tudo
parecia como antes, s�� que agora ela reagia a qualquer reclama����o que
o marido e os filhos fizessem. Uma vez, apenas pelo coment��rio que
fizeram sobre uma sopa com pouco sal, ela pegou a panela e despejou
todo o conte��do da refei����o na pia. Al��m da agressividade, tinha
constantes crises de choro, que a deixavam esgotada. Com o tempo, a
depress��o e o choro foram substitu��dos pela apatia, que mais tarde
passou a ter caracter��sticas de grave depress��o.
Neste ponto, Terezinha j�� estava tomando antidepressivos e
recebendo atendimento psicol��gico. Aos poucos, com a ajuda do seu
m��dico e do terapeuta, ela reagiu e passou a levar uma vida bastante
normal, id��ntica �� de antes do problema. Quando foi considerada
curada, contudo, n��o levou mais do que dois meses para que todo o
quadro anterior se instaurasse novamente.
6 1
Quando a atendi, j�� estava nessa situa����o por dois anos. Ficava
mal, tomava rem��dios e recebia atendimento psicol��gico; ao ser
considerada em boas condi����es, voltava em pouco tempo �� depress��o.
Quem me trouxe Terezinha foi uma psic��loga que era minha cliente
e que a estava atendendo. Ela me disse que a senhora a estava deixando
surpresa e desorientada, pois n��o havia explica����o para o que
acontecia. Ela n��o era de fato algu��m que tivesse problemas mentais
ou graves dist��rbios emocionais. Era at�� bastante f��cil alterar a sua
situa����o com apenas algumas sess��es de terapia. O que intrigava a
psic��loga era o fato de que as reca��das eram inexplic��veis; Terezinha
ficava ��tima, podia se consultar s�� de vez em quando mas, passado
algum tempo, voltava a ficar de novo muito mal.
Achei que poderia estar havendo ass��dio, mas diante da vida
calma da senhora e sem perceber a presen��a de entidades, n��o optei
por doutrinamento, escolhi apenas passes.
Comecei a aplicar os passes em dias alternados, num momento
em que ela estava recuperada de uma das suas piores crises, embora
ainda estivesse tomando rem��dios e sendo assistida pela psic��loga.
Como o caso era grave, pedi muita ajuda a meus guias e fazia
constantemente ora����es por ela. Depois de duas semanas, passamos
a freq����ncia dos passes para semanal e continuamos por mais seis
meses. Percebemos que ela ficou todo este per��odo sem ter nenhuma
crise depressiva, diminuiu a dosagem dos rem��dios para a depress��o
aos poucos, at�� deix��-los. Manteve por mais tempo as consultas com
a psic��loga, embora fosse de quinze em quinze dias.
Durante o per��odo em que vinha tomar passes, Terezinha e eu
investigamos qual seria o procedimento que havia deixado as suas
defesas ��uricas num baixo n��vel. Ela contou, numa de nossas
conversas, que algum tempo antes de come��ar a sentir depress��o havia
freq��entado, apenas por curiosidade, com a sua irm��, um grupo de
seguidores de uma seita que se reunia para ter experi��ncias espirituais
atrav��s do uso de um ch��. A princ��pio, achou estranho, mas como lhe
informaram que o ch�� n��o era considerado uma droga, resolveu
experimentar. Ela contou que entrava num estado de altera����o men-
tal muito agrad��vel, conseguindo relaxar, coisa que normalmente tinha
dificuldade para fazer. Depois de tomar o ch�� algumas vezes, passou
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a sentir n��useas e teve que deixar de fazer uso dele. A irm��, ao
contr��rio, continuou, mas n��o estava bem, pois tinha per��odos em
que passava por alucina����es. J�� fazia algum tempo que ela n��o via a
irm��, que tinha mudado para Bras��lia, depois de um internamento,
sem grandes resultados, para se desintoxicar.
Quando algu��m faz uso de qualquer meio artificial para alterar
sua consci��ncia, pode ser muito facilmente v��tima de seres espirituais
negativos. Este tipo de ass��dio �� inevit��vel nos drogados, nos
alco��latras e, tamb��m, nos usu��rios dos ch��s para rituais. Como
Terezinha deixou logo o uso do ch��, n��o chegou a ser t��o prejudicada
como a sua irm��. O curioso �� que ela s�� foi capaz de contar sobre a
subst��ncia que havia usado, quando j�� estava praticamente curada. E
bem poss��vel que antes este fato tivesse sido bloqueado na sua mente,
por sugest��o.
ELEMENTOS DO QUINTO CASO
1. Causas espirituais da depress��o: ass��dio.
2. Elementos que contribuem para a depress��o: uso de
subst��ncia que altera a consci��ncia, proximidade de pessoas
com baixo n��vel evolutivo.
3. Atendimento espiritual: passes por longo per��odo. Poderia
ter sido complementado com doutrinamento espiritual, o que
aceleraria a melhoria.
SEXTO CASO
O caso de Maur��cio foi uma experi��ncia muito bonita, pois ele ��
um menino especial. Logo que o conheci, identifiquei um esp��rito de
alta vibra����o, com um grau evolutivo muito superior. A sabedoria inata
do menino de 12 anos que conversou comigo fez com que me sentisse
pequena. Ele contou seus problemas com uma paci��ncia t��o grande
que parecia um senhor idoso, vivido, narrando o que lhe acontecia.
Maur��cio e a sua m��e estavam muito preocupados com o
rendimento escolar dele, que havia sido at�� ent��o excelente. De um
momento para outro, Maur��cio come��ara a sentir dificuldades para
estudar. Por vezes, tinha dores de cabe��a muito fortes, que impediam
que ele assistisse ��s aulas, noutras horas o motivo de n��o poder prestar
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aten����o ao professor era um sono incontrol��vel, que o fazia adormecer na sala de aula. A dire����o da escola tentava compreender, mas ele j��
havia sido advertido disciplinarmente, o que o deixou arrasado. A
depress��o se instalou, pois Maur��cio perdeu a coragem.
Ele narrou outras manifesta����es menores que eventualmente
ocorriam, como ouvir zumbidos, enxergar sombras e n��voa, tonturas.
Tudo havia sido investigado pelo seu m��dico e em todos os exames a
que foi submetido n��o havia sido detectada nenhuma causa org��nica.
Passamos a investigar o que havia precedido tudo isso e um fato nos
chamou de pronto a aten����o: Maur��cio tinha feito uma cirurgia de
emerg��ncia, por causa de uma apendicite aguda, um m��s antes. Ele
era um menino magro e havia tido muito desgaste, demorando a se
recuperar.
No hospital, as suas condi����es financeiras n��o permitiam que
ele ficasse num quarto particular, por isso, havia presenciado na
enfermaria o falecimento de uma menina, v��tima de um acidente de
tr��nsito. A menina tinha sa��do da UTI, parecia recuperada, mas, duas
horas depois, teve uma parada respirat��ria. O fato gerou nele muita
tristeza, ficando com medo de morrer tamb��m.
Sabemos que nas hospitaliza����es, principalmente nas cirurgias
e nas anestesias, h�� muita vulnerabilidade. Os hospitais s��o lugares
onde o sofrimento �� muito grande. Quando um esp��rito desencarna
depois de um choque, fica confuso e pode n��o entender o que lhe est��
acontecendo. Os esp��ritos pouco evolu��dos t��m dificuldade para aceitar
a sua nova condi����o, por isso, tentam se manter unidos �� mat��ria.
Nestes momentos, podem se apegar a algu��m, na tentativa de continuar
vivendo materialmente. Acontecem, ent��o, as obsess��es.
O ass��dio sofrido por Maur��cio n��o era pesado, pois o esp��rito
da menina que estava com ele apenas precisava ser esclarecido. O
doutrinamento tinha que ser feito suavemente, pois o esp��rito que
desencarna por uma causa violenta est�� chocado. Trabalhamos com
paci��ncia, dando aos poucos conforto e ensinamentos ao esp��rito que
assediava o menino. Tamb��m usamos os passes para restaurar as
defesas desse menino, que, em breve, recobrou a sua condi����o nor-
mal. Durante um per��odo curto, recebeu ajuda psicol��gica para
recuperar a sua auto-estima e para trabalhar o medo da morte.
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Neste caso, por ser espiritualmente muito evolu��do, Maur��cio
atraiu sem saber o esp��rito da menina, que se apoiou nele quando
ficou confusa. Mesmo que houvesse entidades espirituais a esper��-la
no momento do desencarne, prontas a auxiliar, ela n��o as poderia
perceber, pois estava traumatizada. Se tivesse mais conhecimento das
realidades do mundo espiritual, tudo seria mais f��cil.
ELEMENTOS DO SEXTO CASO
1. Causas espirituais da depress��o: ass��dio.
2. Elementos que contribuem para a depress��o: hospitaliza����o
e anestesia, com enfraquecimento org��nico, conjugados ��
presen��a de um desencarne pr��ximo ao menino.
3. Atendimento espiritual: doutrinamento espiritual e passes,
com revitaliza����o da aura, atrav��s de boa alimenta����o e
exerc��cios.
S��TIMO CASO
Andr��a j�� era minha cliente quando me procurou com o seu
problema, que ela j�� havia visto em outras pessoas e sabia identificar.
Logo que chegou, disse que estava assediada, com muitas perturba����es
pequenas e com outras duas manifesta����es mais graves.
Ela �� psic��loga e trabalha num hospital psiqui��trico onde d��
atendimento a drogados. �� casada, sem filhos, mas o marido estava,
na ��poca do ocorrido, trabalhando no nordeste do pa��s, e os dois
passavam muito tempo sem se ver. Por sentir-se s��, essa mo��a
envolveu-se com um colega de trabalho, m��dico, mas o
relacionamento j�� havia terminado, pois fora apenas um interesse
passageiro, nunca tinha havido amor entre ambos.
Os problemas que ela estava tendo j�� estavam sendo pesquisados
por um psiquiatra colega seu, mas nem ele nem ela conseguiam
encontrar raz��es l��gicas para a origem deles. As rea����es eram fortes
demais, principalmente porque se ligavam a situa����es que ela nunca
havia vivido. Andr��a tinha medo de dirigir o seu autom��vel, pois
tinha imediatamente a sensa����o de que iria sofrer de um momento
para o outro um terr��vel acidente. O medo se manifestava na forma
de um p��nico t��o intenso que se tornava insuport��vel assumir a dire����o
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do carro. Nas vezes em que ela insistia, passava por muitas impress��es assustadoras. Tinha sono e se pegava quase dormindo no meio do
tr��nsito. Muitas vezes, ouvia som de freios ao seu lado ou na traseira
do autom��vel, como se j�� fosse ocorrer uma colis��o e, ao se virar,
n��o havia nenhum carro por perto. Sa��a para ir a algum lugar e, de
repente, quando dava por si, se encontrava num lugar totalmente
diferente, com a sensa����o de n��o saber como tinha ido parar l��. ��
evidente que na ��poca que me procurou j�� n��o dirigia mais, pois isso
seria uma temeridade.
Junto com o pavor de dirigir, surgiu uma grande depress��o, pois
nada mais a interessava. Seu trabalho, o casamento, suas outras
atividades pareciam sem cor. Deixou de fazer gin��stica aer��bica e
n��o queria mais sair com o marido nos finais de semana. Sua
apar��ncia, antes exuberante, refletia certo descuido consigo.
Nestes casos, temos sempre que tentar descobrir qual a origem
do ass��dio e qual a sua intensidade. De imediato, estava claro que a
natureza do seu trabalho a colocava em contato com muitas entidades
negativas, mas s�� isto n��o seria um fator, se ela estivesse bem
defendida. Infelizmente, tinha havido uma quest��o que deixara suas
defesas abertas e ela se referia �� infidelidade. Os relacionamentos
sexuais, quando n��o est��o regidos por um prop��sito maior, exp��em a
pessoa e desfazem as suas defesas ��uricas. Ao se envolver numa
liga����o sem amor, Andr��a se expusera.
Refazer uma aura �� um trabalho simples, desde que os fatores
que a enfraqueceram sejam eliminados. Neste caso, foi f��cil restaurar
o campo ��urico. O passo seguinte era doutrinar o esp��rito que se instalara,
obsediando a mo��a. Procedemos a algumas tentativas de doutrina����o,
mas a entidade n��o se revelava. Neste caso, tivemos que pedir ajuda a
mais m��diuns, pois apenas uma pessoa n��o poderia dar conta da tarefa.
Numa das sess��es de doutrinamento, o esp��rito se manifestou
atrav��s de um dos m��diuns, com muito choro, assustado. Ficamos,
ent��o, sabendo que era uma mocinha, namorada de um rapaz drogado,
um dos clientes da cl��nica onde Andr��a atendia. Este mo��o, num dia
em que havia usado muita droga, foi busc��-la de carro �� sa��da do
col��gio e, por estar fora de si, fez pelas ruas absurdos com o autom��vel,
terminando por ser perseguido por uma viatura policial. Na tentativa
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de fuga, perdeu o controle e acabou capotando. A mo��a havia passado alguns momentos de pavor dentro do carro e foi v��tima fatal do
acidente. O rapaz sobreviveu, e foi um dos internos atendidos na
cl��nica onde Andr��a trabalhava.
Depois de receber orienta����o espiritual, essa entidade se
encaminhou para o mundo dos esp��ritos, onde, compreendeu, haveria
para ela mais harmonia e oportunidades de evolu����o. Minha cliente
se recuperou e voltou a ser a mesma pessoa de antes. Sendo agora
mais consciente das constantes exposi����es que tem a entidades
negativas, �� duplamente cuidadosa rias suas condutas.
ELEMENTOS DO S��TIMO CASO
1. Causas espirituais da depress��o: ass��dio.
2. Elementos que contribuem para a depress��o: infidelidade e
constante proximidade com pessoas assediadas.
3. Atendimento espiritual: recomposi����o da aura e doutrina-
mento com um grupo de m��diuns treinados.
OITAVO CASO
Ol��via foi minha colega de escola. Ficamos muitos anos sem
nos vermos e um dia, com grande surpresa para n��s duas, nos
encontramos em minha casa. Ela estava ainda muito parecida com o
que sempre fora, uma menina assustada e insegura. N��o havia se
casado nem tido filhos, pois recebia uma pens��o de seu pai, falecido,
e a m��e lhe dissera toda a vida que era uma bobagem casar-se, pois
perderia a seguran��a que sua pens��o lhe dava. Assim, Ol��via levara
todos esses anos a dedicar-se �� m��e, uma senhora inv��lida. N��o seguira
uma carreira, n��o fizera faculdade, n��o gastava o seu tempo em nada
que fosse ��til ou produtivo.
Os dias de Ol��via se passavam entre as poucas tarefas dom��sticas,
as idas com a m��e ao m��dico, as compras da casa e uma mania que
tinha: ver filmes de v��deo.
De repente, ela come��ou a ter muita ins��nia e tamb��m come��ou
a ter crises depressivas, ficando incapaz de atender ��s necessidades
da m��e doente. Quem a levou at�� minha casa foi uma vizinha de
muitos anos que se compadecia da sua situa����o.
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Ol��via disse que tinha pavor de imaginar a morte de sua m��e,
pois sua vida perderia o sentido. Depois que recebeu do m��dico a
not��cia de que a m��e parecia menos saud��vel, e estava com problemas
de press��o alta e obesidade, ficou muito assustada. N��o conseguia
imaginar o que seria da sua vida sem a presen��a da m��e. Logo a
seguir, veio a depress��o, as perdas de consci��ncia e a falta de sono.
Estava se tratando com um psiquiatra e tomava um antidepressivo,
mas, ainda assim, ca��a muitas vezes no des��nimo.
A vizinha que a levou at�� minha casa contou que quando perdia
a lucidez, Ol��via falava coisas muito estranhas, dava avisos e fazia
gestos que pareciam ser de rituais religiosos. Algumas outras vizinhas
insistiam para que ela fizesse previs��es e adivinha����es, havendo muita
curiosidade sobre o que ela dizia nesses momentos. Quando passava
a esp��cie de transe que a envolvia, minha antiga colega ca��a numa
profunda exaust��o.
Comecei a tratar a sua aura com cristais, tentando fortalec��-la.
Pedi �� vizinha que a trouxera que impedisse as outras de se aproximarem
quando Ol��via estivesse com a consci��ncia alterada, pois elas a estavam
"vampirizando", isto ��, sugando a sua energia j�� fraca. Era evidente
que a mo��a tinha manifesta����es medi��nicas que necessitavam de boa
orienta����o para terem o seu fluxo normal. Se bloque��ssemos a sua
capacidade de m��dium ela teria maiores problemas.
Levei-a a um centro esp��rita para que pudesse receber instru����o
adequada at�� estar em condi����es de exercer a sua mediunidade. L��,
ela foi tratada com passes e formou a sua base de conhecimentos nas
muitas palestras a que assistiu. Depois de pouco mais de um ano,
come��ou a trabalhar como m��dium falante. Sua mediunidade, depois
de desenvolvida, permitiu que ela recebesse comunica����es de esp��ritos
muito evolu��dos. Ol��via trabalha agora com disciplina, fazendo uso
das orienta����es que recebe dos esp��ritos para ajudar e guiar os
freq��entadores do centro esp��rita.
Com a ajuda do seu psiquiatra e com o entendimento das raz��es
k��rmicas p��las quais ela e sua m��e haviam se ligado de maneira t��o
doentia, Ol��via p��de deixar de lado o medo de perder a m��e. Ela sabe
que este dia se aproxima, mas est�� mais tranq��ila, pois agora a sua
vida tem mais sentido.
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ELEMENTOS DO OITAVO CASO
1. Causas espirituais da depress��o: mediunidade n��o desenvol-
vida, com incorpora����o de esp��rito pouco evolu��do.
2. Elementos que contribuem para a depress��o: liga����o k��rmica
malcompreendida e vampirismo por pessoas que se apro-
veitavam dos seus transes.
3. Atendimento espiritual: recomposi����o da aura com cristais,
passes e instru����o espiritual para que pudesse desenvolver
corretamente a sua mediunidade.
NONO CASO
Quando o senhor Vieira me procurou, senti nele uma grande
desconfian��a. Ele desejava receber, atrav��s do Tar��, apenas informa-
����es relativas aos seus neg��cios. A cada manifesta����o minha a respeito
de assuntos ligados ��s emo����es ou �� espiritualidade, ele dizia que
n��o estava ali para saber daquilo.
Senti, depois dessa primeira consulta, muita pena dele, pois era
uma alma muito vazia. Tive mais pena ainda porque vi que logo ele
sofreria graves revezes naquilo que era sua ��nica preocupa����o: o
dinheiro. N��o havia como resolver o problema, pois seria algo ines-
perado, j�� em processo de finaliza����o, que viria como castigo por
atos passados. �� claro que o avisei, mas ele n��o deu muito cr��dito ��s
minhas palavras.
Depois de dois anos, nos quais n��o o vi, tudo se havia consu-
mado. Ele voltou a me consultar, pois disse que estava curioso de
saber como eu previra com tanto acerto suas dificuldades. J�� que eu
acertara uma vez, queria que eu lhe dissesse, ent��o, se havia alguma
maneira de se recompor, voltando a ter o antigo vigor. Disse-lhe que
isto n��o era imposs��vel, mas que se n��o mudasse interiormente,
poderia perder tudo o que obtivesse outra vez. Ele saiu muito
estimulado pelas minhas palavras que lhe garantiam de volta o sucesso
financeiro, mas pouco interessado pela parte que implicava a
necessidade de mudan��as interiores.
Soube depois, por ele mesmo, um ano mais tarde, que havia
conseguido recuperar o que perdera muito depressa, atrav��s de contatos
e neg��cios com pol��ticos. S�� que agora estava prestes a perder
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novamente a sua posi����o, pois os pol��ticos que o amparavam estavam com problemas e ��s voltas com processos. Pelo que entendi, ele havia
sido beneficiado porque participara de um esquema de negociatas e a
corrup����o na qual se envolvera estava sendo investigada. Havia obtido
contratos e vantagens de toda esp��cie e sem elas, agora, via amea��ada
a sua empresa, que tinha sido montada apenas para atender ao esquema.
Durante a nossa conversa, ele se queixou de que na crise daquele
momento estava se sentindo menos forte do que de costume, pois
apresentava alguns problemas que nunca tivera. O senhor Vieira disse
que se levantava j�� cedo muito angustiado, com suores e tonturas. Ao
chegar na sua empresa, sentia o peito opresso, a sua respira����o se
acelerava, e ele n��o conseguia permanecer l�� por muito tempo.
Come��ou a evitar o lugar, mas parecia piorar, pois, n��o tendo com
que se ocupar, sentia-se deprimido. O sono estava dif��cil e s�� dormia
se tomasse rem��dios, por isso, n��o tinha mais hora para acordar.
Sempre que despertava, a sua casa estava vazia, a esposa e os filhos
j�� haviam sa��do. Ele sentia mal-estar na imensa casa deserta, ouvia
barulhos e vozes nas salas, parecia enxergar vultos.
Trabalhei com passes e insisti para que ele pedisse apoio ao seu
anjo da guarda, enquanto tentava reorganizar seus valores morais.
Senti que ele fazia o que eu lhe sugeria apenas por fazer, para ver no
que aquilo ia dar. Faltava-lhe f��. Pouco tempo depois, tudo que ele
esperava acontecer de ruim se concretizou. Acabou envolvido no
processo dos pol��ticos, perdeu a sua empresa e at�� mesmo passou
alguns dias preso. Veio alguns meses mais tarde se queixar de que eu
n��o o ajudara quase nada, como se a culpa fosse minha. Estava
profundamente deprimido, parecia arrasado.
Nessa fase, veio muitas vezes tomar passes, trazido pela sua
esposa, que me disse orar muito por ele. Com o tempo, ele melhorou.
Seguindo as orienta����es de um psiquiatra, sua depress��o se manteve
num n��vel aceit��vel de controle. Nunca mais o vi bem; ele afirma que
continua tendo sonhos ruins, tonturas e tremores. As crises v��m e
v��o e os rem��dios s��o indispens��veis. Acho que n��o posso ajud��-lo
mais porque ele n��o quer.
Ainda o vejo uma vez ou outra, pois ele tem uma reserva
inesgot��vel de id��ias para ganhar dinheiro e quer saber se v��o dar
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certo. Percebo que est�� se reerguendo de novo, mas tamb��m sei que
ir�� cair outra vez, enquanto n��o aprender a sua li����o. Nada posso
fazer a n��o ser atend��-lo quando me procura com suas perguntas.
Enquanto sua personalidade ego��sta n��o ceder, ele estar�� na roda da
vida que escolheu, subindo e descendo. Um fato desses tem como
explica����o d��vidas c��rmicas, que t��m de ser compensadas na atual
encarna����o.
Com este senhor, aprendi de vez que n��o �� poss��vel ter ��xito se
n��o existe vontade interior. Percebemos quando algu��m est��
necessitando de ajuda, podemos saber exatamente o que corrigir, mas
se o pr��prio indiv��duo n��o participar, o trabalho espiritual n��o se
concretiza. Fa��o muitas ora����es por ele, para que possa perceber os
seus equ��vocos quanto ��s quest��es relacionadas com o dinheiro,
pedindo que aprenda as suas li����es sem se destruir.
ELEMENTOS DO NONO CASO
1. Causas espirituais da depress��o: condi����o expiat��ria negada,
com m��ltiplos ass��dios, variados e constantes.
2. Elementos que contribuem com a depress��o: conduta
moralmente incorreta, equ��vocos na obten����o de bens
materiais e na manipula����o do dinheiro.
3. Atendimento espiritual: passes e ora����es, que n��o podem
ajudar muito, pois h�� falta de f��.
D��CIMO CASO
Este �� o ��ltimo caso que vou relatar. Foi um problema dif��cil,
vivido por um funcion��rio de uma f��brica montadora. Este mo��o,
chamado Anselmo, tinha uns 35 anos e me foi trazido pela esposa
Cristiane, minha cliente. Eles contaram que, no dia anterior, durante
o seu hor��rio de servi��o, Anselmo saiu do seu posto na linha de
produ����o. Trocou o macac��o de trabalho e se ausentou, sem comunicar
isso ao encarregado de seu setor, por quase tr��s horas. Ao voltar n��o
lembrava de nada. Surpreendeu-se quando, ao estar numa tarefa, foi
chamado pelo seu superior e repreendido pela sua atitude. S�� ent��o
soube o que havia feito. Ao contar que n��o tinha lembran��as do
acontecido, que n��o lembrava de ter sa��do da f��brica, foi levado para
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o plant��o m��dico, onde o dispensaram pelo resto da tarde, marcando uma consulta m��dica para o dia seguinte �� tarde.
Eu senti nele uma energia pesada, estando quase certa de ass��dio,
mas preferi dar-lhe um passe e dizer que voltasse logo que fizesse os
seus exames m��dicos �� tarde. Levei duas semanas para voltar a v��-lo.
Durante este tempo, tudo havia ficado muito pior. Anselmo parecia
cada vez mais distante tanto em casa como no trabalho. Os exames
m��dicos nada indicavam, nem o eletroencefalograma apresentava
altera����es. Ele havia recebido quinze dias de f��rias, pois o m��dico
achou que poderia tratar-se de estresse. Agora, em casa, parecia estar
cada vez mais afligido. Al��m de parecer cada vez mais distante, tinha
esquecimentos, sentia medos e muita fraqueza. A depress��o se
instalava, ele n��o tinha mais coragem de ficar s��, chorava muito.
Aconselhei-o a buscar uma casa esp��rita, onde houvesse um
grupo de atendimento, pois me sentia fraca para agir sozinha. A noite,
ele foi ao lugar indicado, mas n��o gostou. Provavelmente, o esp��rito
que o obsidiava conseguiu afast��-lo de l��. No dia seguinte estavam
Anselmo e Cristiane �� porta da minha casa. Uma miss��o �� assim: n��o
se passa adiante.
Uma vez que ele estava sob cuidados m��dicos e psicol��gicos,
eu tinha que fazer a minha parte, e iniciei recompondo a sua aura,
al��m de transmitir muita doutrina����o para o esp��rito. Cristiane o
acompanhava o tempo todo. Diariamente, atendi o mo��o, durante
uma semana. Ele dormia melhor, e j�� n��o se sentia distante, mas ainda
tinha muito medo e crises de choro, continuando deprimido. No s��timo
dia dos passes, na hora em que fazia uma leitura doutrinat��ria,
Cristiane, que tem dons medi��nicos, falou com voz alterada: "Deixem
a minha casa!" Eu perguntei o que ela havia dito. Ela repetiu a mesma
frase v��rias vezes, com uma voz irreconhec��vel. Depois se acalmou.
Dei-lhe um passe, fizemos os tr��s uma ora����o e fomos conversar
noutra sala.
Quis saber de que casa o esp��rito falava. Anselmo come��ou a
chorar, e ent��o soube que eles moravam numa casa alugada, que era
propriedade de um casal que havia falecido num acidente. S�� havia
sobrevivido �� trag��dia uma menina que na ��poca tinha tr��s meses. J��
havia passado quase cinco anos e ningu��m da fam��lia viera legalizar
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a situa����o do im��vel. O casal planejava ficar com a casa para si por alguns procedimentos legais que estavam iniciando. A herdeira seria
lesada, perdendo os seus direitos. N��o sei como isto poderia ser feito,
mas havia uma maneira, ao que parece.
Ficou claro que o esp��rito que perturbava o rapaz era o pai da
menina. Tamb��m ficou ��bvio que o que eles pensavam em fazer era
muito errado. S�� o fato de estarem na casa sem pagar aluguel por
tanto tempo j�� era um absurdo. Por sorte, os dois perceberam com
facilidade o equ��voco que cometiam e resolveram no mesmo momento
sair da resid��ncia. Tamb��m decidiram fazer um acerto, pagando aos
poucos pelo uso do im��vel no per��odo passado.
Depois disso, Anselmo melhorou rapidamente, voltando a
trabalhar no prazo que a empresa lhe determinara. Ensinei ao casal
uma ora����o de perd��o, para que acalmassem o esp��rito que haviam
ofendido. Ele n��o deveria ser um esp��rito de muita luz, pois, se fosse,
n��o teria perturbado o rapaz, por isso, sempre havia ainda algum perigo
de ass��dio.
ELEMENTOS DO D��CIMO CASO
1. Causa espiritual da depress��o: obsess��o.
2. Elementos que contribuem com a depress��o: prejudicar
materialmente algu��m que tinha um direito por heran��a.
3. Atendimento espiritual: passes e doutrinamento do esp��rito,
com corre����o das atitudes.
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Terceira Parte
RECURSOS
Vamos considerar aqui algumas maneiras de se fortalecer o
esp��rito, mantendo a aura bem estruturada, sem falhas. Uma aura
compacta �� uma das defesas mais importantes para o esp��rito. A aura
�� um campo energ��tico que envolve o corpo. Ela �� alterada quando
existem condi����es de enfraquecimento org��nico ou espiritual. O corpo
se desgasta com desaten����o ��s suas necessidades de alimenta����o, de
repouso e de exerc��cio. A alma se enfraquece devido �� conduta
equivocada, ��s m��s palavras e aos pensamentos negativos.
Os recursos aqui descritos fazem parte dos que sugeri aos meus
clientes e que observei serem os de maior resultado para tratamento
do esp��rito depressivo. Espero que as minhas sugest��es possam ajudar
mais pessoas.
Passes e energiza����o
J�� falamos bastante dos passes e da energiza����o, explicando o
que s��o, bem como sugerimos onde buscar esse tipo de ajuda. Conv��m
acrescentar mais um pouco a respeito desses recursos de melhoria
corporal e espiritual.
Quem aplica um passe vai servir de canal para a energia divina
que se encontra em toda parte. Essa energia est�� ao alcance de qualquer
um, pronta para ser utilizada. Ela faz parte das muitas d��divas que
recebemos de Deus. Houve ��pocas em que o homem estava mais
ligado ao Universo; captava, ent��o, com mais facilidade essa energia.
Deus era conceituado como uma for��a org��nica, de natureza dual,
isto ��: masculino e feminino. Os homens honravam e reverenciavam
7 5
a natureza, mantendo com ela estreita liga����o. Adoravam os rios, o Sol, a Lua, a chuva, as estrelas, o mar como se fossem organismos
vivos, como eles. Por este fato, podiam captar com mais facilidade
que n��s a energia divina. Quando o homem se afastou da natureza,
restou apenas a f�� em Deus como fonte de energiza����o. Se o esp��rito
�� pouco evolu��do, tem dificuldade em estabelecer a liga����o energ��tica,
pois esta n��o lhe vem de modo espont��neo. Funcionam a�� os m��diuns,
que recebem a energia e a transmitem.
Quem aplica um passe se prepara para servir de receptor e de
distribuidor da energia. Uma energia s�� pode fluir atrav��s de condutos
perfeitos e preparados. Dessa maneira, �� importante saber quem est��
ministrando um passe, pois, se n��o for algu��m capaz de faz��-lo, o
efeito ser�� nulo. Nas casas esp��ritas, da Federa����o Esp��rita, um
m��dium s�� �� liberado para esse tipo de trabalho depois de muito
estudo e preparo, de modo que sempre costumo orientar no sentido
de que se procure apoio de passes nesses locais, como garantia de
n��o se envolver com problemas futuros que adv��m de manipula����o
errada dos fluidos energ��ticos.
Na energiza����o, costuma-se usar elementos da natureza, com a
finalidade de restabelecer a energia. Esses elementos funcionam mais
no n��vel da energia f��sica, passando um pouco do seu efeito quando
se entra em contato f��sico com quem est�� carente dos fluidos que o
elemento possui. Cabe, por��m, um coment��rio. Nada do que �� feito
constantemente tem o mesmo resultado do que �� realizado num
momento de necessidade. Estar o tempo todo envolvido com cristais
ou com qualquer outro recurso de reposi����o energ��tica acaba tirando
a sua efic��cia numa hora em que se precisa de socorro. As terapias
alternativas resgataram muitos processos de revitaliza����o, por isso, ��
poss��vel fazer uso deles como ajuda, principalmente nas horas de
necessidade.
Como recursos de revitaliza����o, temos os cristais e a ��gua como
energizadores de primeira qualidade. Quem desejar aprender sobre
os cristais encontrar�� muitos livros onde se instruir, podendo utiliz��-
los mais proveitosamente. A ametista e a malaquita s��o as pedras
mais indicadas para os casos de depress��o, contudo, muitas outras
podem ser usadas, como auxiliares de reposi����o da energia.
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A ��gua tamb��m pode ser usada como recurso de revitaliza����o
energ��tica. Chamamos de hidroterapia o tratamento do corpo pela
��gua. A ��gua ser�� bebida para limpar o organismo e para repor
minerais, tamb��m poder�� ser usada em aplica����es localizadas como
compressas quentes ou frias e em banhos. Mas h�� a utiliza����o da
��gua como condutora dos fluidos divinos, situa����o na qual eles s��o
condensados nela e depois ser��o absorvidos pelos que necessitam de
reposi����o energ��tica ou espiritual. A esta ��gua chama-se ��gua
fluidificada. Ela �� preparada por m��diuns que condensam os fluidos
com ora����es e passes, sendo depois ingerida com resultados excelentes
para o corpo espiritual. Geralmente, nos centros esp��ritas, recebe-se
esta ��gua junto com o passe.
A cor pode ser usada nos casos em que a pessoa reage bem a
ela. Atrav��s da cromoterapia, os fluidos dos raios luminosos podem
ser absorvidos, com possibilidade de fazer a sele����o de qual energia
espec��fica se necessita repor. Para a depress��o, usam-se cores capazes
de animar, como um primeiro socorro e, em seguida, usa-se uma outra
cor harmonizadora. Assim, o vermelho pode ser usado numa crise
depressiva para tirar a pessoa do momento dif��cil, e, depois, pode ser
usada a cor verde para tratamento mais a longo prazo. Um terapeuta
que conhece as cores vai lhe dizer que cada caso deve ser analisado
com crit��rio, por isso, �� arriscado seguir as indica����es gen��ricas que
se usam como exemplo. H�� tamb��m muitos livros que ensinam como
trabalhar com a cor.
Outro recurso que acho muito interessante �� o uso dos aromas. A
a����o dos aromas �� sutil e tranquilizadora, podendo acarretar um tipo
de modifica����o, que n��o se obt��m com outras terapias. De acordo com
a necessidade, pode-se estimular ou acalmar, trabalhando tanto as
emo����es como os problemas org��nicos causados por elas. Pelo que
aprendi, os aromas mais efetivos para os casos de depress��o, que podem
funcionar como auxiliares na revitaliza����o ��urica por aromaterapia,
s��o: bergamota, camomila, s��lvia, ol��bano, ger��nio, jasmim, zimbro,
lavanda, lim��o, capim-lim��o, n��roli, laranja, patchuli, menta piperita,
rosa, alecrim, s��ndalo, tangerina, vetiver, ylang ylang. Um terapeuta
especializado �� uma seguran��a de que o aroma mais indicado ser�� usado,
mas h�� livros sobre este tema que s��o bastante esclarecedores.
77
Os florais de Bach, rem��dios desenvolvidos pelo m��dico ingl��s
Edward Bach, s��o outro recurso alternativo. Eles t��m como base de atua-
����o o conceito de que as doen��as nascem de conflitos entre a personalidade
e a natureza b��sica do esp��rito. Assim, esse m��dico desenvolveu uma
s��rie de preparados com origem nas flores. Como o dr. Bach achava que
cada pessoa, mesmo mal equilibrada, �� capaz de selecionar qual a emo����o
que necessita trabalhar, ele aconselhava a automedica����o. Esses rem��dios
n��o apresentam nenhuma toxicidade. Lendo os livros sobre florais, muitas
pessoas com depress��o conseguem identificar os que mais se adaptam
ao seu caso e os utilizam com bons resultados.
Respira����o
H�� outra maneira de receber o fluido energ��tico divino que nos
cerca. Este modo �� o primeiro ato do homem ao nascer: a respira����o.
Ao respirar, se absorve grande quantidade de ar, mas tamb��m se recebe
a energia que vem do fluido no qual o corpo est�� mergulhado. O
fluido �� alimento para o corpo e para o esp��rito, mas cada ser o assimila
conforme a sua possibilidade.
O fluido energ��tico divino ou, como tamb��m �� conhecido, o
fluido c��smico, vem para trazer ao homem uma fonte de reabasteci-
mento constante, agindo permanentemente sobre a nossa energia. Os
depressivos s��o beneficiados ao aprender como podem fazer uso dessa
for��a para se recuperar.
Nem todos os fluidos existentes s��o de qualidade ben��fica,
existem os maus fluidos, que podemos concentrar ao nosso redor
com atitudes, palavras e pensamentos ruins. Locais onde os maus
fluidos est��o concentrados s��o insuport��veis para pessoas de alta
sensibilidade, mas fazem mal a qualquer um.
A pr��tica dos exerc��cios respirat��rios, aliada a uma postura
constantemente vigiada, de modo a ter ao redor apenas bons fluidos,
faz uma grande diferen��a na energia ��urica. Observa-se que as
altera����es ocorrem no corpo f��sico e no corpo espiritual.
No corpo f��sico, a oxigena����o promovida pelos exerc��cios
respirat��rios melhora o racioc��nio, clareia as id��ias, estimula a concen-
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tra����o e as novas atividades, facilita os movimentos do corpo, pois estimula a coordena����o motora.
No corpo espiritual, a maior absor����o das energias divinas vai
consolidar a f�� e a liga����o com Deus, aumentando a confian��a em si
mesmo como filho perfeito de Deus. A respira����o correta, realizada
com os olhos fechados e num ambiente tranq��ilo, ajuda a tornar
vis��veis as qualidades divinas que todo homem possui, o que alguns
chamam de "expressar a sua imagem verdadeira".
Em quase todos os cursos que ministro, seja qual for o assunto,
fa��o coment��rios sobre a respira����o e sobre a sua import��ncia. Ensino
sempre alguns exerc��cios simples, com base nos exerc��cios
respirat��rios da ioga. Isto acontece porque n��o sei tratar a alma sem
me referir �� respira����o. Considero os problemas espirituais muito
ligados �� forma correta ou incorreta de como o homem absorve os
fluidos divinos. Sem corrigir a respira����o, nunca se melhorar�� a
absor����o. Devemos considerar que ela �� um rem��dio que est�� �� m��o,
para todos poderem usar. �� necess��rio, ent��o, aproveitar.
Um bom in��cio �� come��ar pela observa����o. Sente-se numa
cadeira em que possa ficar com as costas retas, os p��s bem apoiados
e as m��os sobre as coxas, tamb��m apoiadas. Veja como �� a sua
respira����o. Apenas fa��a isso: feche os olhos e analise o modo como
respira. Perceba o seu ritmo respirat��rio; observe que sua respira����o
tende a se tranq��ilizar apenas pelo fato de estar a observ��-la, com
calma e tempo. Repita isso algumas vezes durante o dia, nas mais
variadas situa����es: no escrit��rio, na escola, no ��nibus, antes de comer.
Voc�� vai notar que esse exerc��cio de observa����o lhe traz como
resultado uma calma muito grande. Depois que estiver conhecendo a
sua respira����o e j�� tiver aprendido como ela reage rapidamente ��s
situa����es diversas, aproveite para se exercitar, fazendo com que ela
se tranq��ilize nos momentos em que estiver agitado em excesso,
nervoso, triste, ou quando tiver sido perturbado por qualquer esp��cie
de contrariedade. Este recurso d�� apoio e preserva o corpo de muitos
desgastes desnecess��rios.
Ao sentir que j�� �� capaz de se harmonizar pela respira����o,
comece a perceber como �� que respira. Analise a sua inspira����o e a
sua expira����o, no seu ritmo, freq����ncia e amplitude. Voc�� pode colocar
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a m��o sobre a barriga e ver se faz uma respira����o completa, na qual o diafragma se movimenta livremente. Algumas pessoas (a maioria)
n��o usa toda a sua capacidade pulmonar, recebendo em conseq����ncia
disso muito menos oxig��nio e fluido energ��tico do que deveria. Ao
usar s�� a parte de cima dos pulm��es, apenas o peito se movimenta na
respira����o. Se voc�� faz isso, est�� recebendo menos ar do que deveria.
Tente respirar distendendo o abd��men ao inspirar e recolhendo a
barriga na expira����o. Essa sucess��o de movimentos gera uma
massagem muito ben��fica para os ��rg��os internos, sendo capaz de
corrigir o seu funcionamento. Os intestinos ser��o os mais beneficiados,
agindo regularmente.
Se gostou do pouco que fez pela sua respira����o, sugiro, ent��o,
que experimente fazer alguns exerc��cios que vou descrever a seguir.
Ao sentir que lhe fazem bem, continue, fazendo deles uma pr��tica
di��ria, que s�� ir�� ajudar.
Exerc��cios de respira����o
Depois de tranq��ilizar a sua respira����o, passe a fazer os
exerc��cios descritos abaixo. �� importante estar sentado corretamente,
as costas apoiadas e retas. Os olhos fechados ajudam a concentra����o,
o ambiente silencioso harmoniza. A boca deve ficar fechada. Cada
exerc��cio �� repetido 2 ou 3 vezes. Voc�� n��o vai gastar mais do que 10
minutos, mas sente-se como se fosse ficar ali por uma eternidade,
fazendo os exerc��cios sem pressa. As melhores horas s��o as do nascer
do sol. No entardecer tamb��m pode ser agrad��vel. Se sentir vontade,
pode praticar duas vezes ao dia.
PRIMEIRO
Inspire profundamente. Prenda o ar nos pulm��es por um instante
e depois solte-o lentamente. Para expirar, procure levar o dobro do
tempo que levou para encher os pulm��es. Pode contar, que isto ajuda
a concentra����o. Se contou at�� cinco na inspira����o, tente expirar
contando at�� dez. Cada vez que estiver com os pulm��es vazios ou
cheios, retenha por um instante a respira����o. N��o force o ritmo al��m
daquilo que �� f��cil para voc��. Repita mais 2 ou 3 vezes.
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SEGUNDO
Agora, inspire com calma e profundamente, levando a cabe��a
para tr��s. Tente fazer isso com sincronia, de modo que termine de
inspirar quando a cabe��a estiver pendente atr��s, como se estivesse
olhando para o alto. D�� uma paradinha e expire, fazendo a cabe��a se
inclinar para a frente, at�� tocar o queixo no peito. Da mesma maneira
que no exerc��cio precedente, a inspira����o deve levar a metade do
tempo que ser�� gasto para expirar. Repita mais 2 ou 3 vezes.
TERCEIRO
Tape uma das narinas, de modo a poder respirar apenas com
uma. Respire com calma atrav��s desta narina desobstru��da, inspirando
e expirando lentamente. O melhor n��mero �� o 3, isto ��, inspire e
expire 3 vezes. A seguir, libere a narina que estava tapada e tape a
outra. Respire, ent��o 3 vezes. Este exerc��cio pode apresentar
problemas de desequil��brio para quem respirar um n��mero de vezes
diferente por uma narina que pela outra. Concentre-se para realizar a
contagem, a fim de n��o invalidar o exerc��cio.
QUARTO
Este �� o ��ltimo exerc��cio, e ele deve ser feito com a pessoa de
p��. Inspire e levante os bra��os lateralmente, at�� ficar com as m��os no
alto, sobre a cabe��a. Expire com calma e depois inspire de novo,
sempre com as m��os l�� em cima. Quando estiver com os pulm��es
bem cheios, abra a boca e solte o ar com for��a, enquanto emite o som
AAAAAAA, at�� ficar com os pulm��es vazios. Ao mesmo tempo que
solta o ar, leve os bra��os para a frente, abaixando-os e dobrando o
tronco, descendo at�� tocar o ch��o com as m��os. Este exerc��cio �� feito
apenas uma vez, e pode ser repetido num momento de tens��o, como
numa descarga energ��tica.
As caminhadas
Dentre todos os exerc��cios f��sicos, o que mais d�� resultados aos
depressivos �� a caminhada. Geralmente, em fases de maior crise
8 1
depressiva, �� necess��rio que algu��m pr��ximo tire a pessoa de casa
para se exercitar, pois, por espont��nea vontade, ela n��o far�� isso. Como
correr e caminhar est�� na moda, h�� em todas as cidades lugares
escolhidos para isso, onde se pode andar com certa seguran��a.
Para caminhar, precisa-se de um cal��ado bem confort��vel, de
prefer��ncia j�� usado, para n��o causar bolhas por atrito. As roupas
devem estar de acordo com o clima, para n��o suar nem sentir frio.
N��o �� necess��rio estar esperando um dia bonito para come��ar. A parte
os dias de chuva, todos s��o bons para caminhar. O sol transmite alegria,
estimula, mas os dias cinzentos t��m o seu encanto, e �� um prazer
chegar em casa depois de uma caminhada no frio e tomar um ch��
bem quente!
O tempo de caminhada �� um fator importante. Para que se obtenha
o resultado esperado, tirando quem est�� deprimido desta condi����o, ��
preciso andar pelo menos por 40 minutos. O ideal �� chegar a uma hora
de caminhada por dia. Quem n��o tem condi����es f��sicas come��a aos
poucos, exercitando os p��s e as pernas. S�� que, para obtermos o efeito
que desejamos, a pessoa tem que andar por um tempo maior, assim
que possa. A condi����o de oxigena����o que se espera conseguir no corpo,
para poder gerar um efeito antidepressivo, s�� �� obtida depois de uns 30
ou 40 minutos de caminhada. O n��vel excelente �� alcan��ado em uma
hora. N��o far�� o mesmo efeito se dividir o tempo de exerc��cio em duas
etapas, isto ��, se andar uma parte de manh�� e outra �� tarde.
A freq����ncia das caminhadas �� di��ria, devendo ser interrompida
o menos poss��vel. No in��cio, deve ser seguido como uma obriga����o,
da qual n��o se pode deixar. A disciplina, se n��o puder vir do ��ntimo,
precisar�� ser estimulada pelos que convivem com a pessoa, animando
e pressionando a sair de casa para andar. Se necess��rio, algu��m o
acompanhar�� no exerc��cio, o que s�� lhe far�� bem. Aos poucos, com o
resultado, a rotina se tornar�� um prazer, pois o bem-estar se tornar�� a
motiva����o das caminhadas.
Junto com o caminhar, h�� algumas t��cnicas auxiliares que podem
acrescentar mais efic��cia ao exerc��cio. A primeira delas �� manter o
sil��ncio, ficando com a boca fechada e procurando respirar apenas
pelo nariz. A mente deve se ocupar daquilo que v��, sem ficar pensando
no passado ou remoendo problemas. Procure andar observando o que
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vai passando, sem devanear nem julgar o que presencia. Neste instante, integrar-se ao ambiente �� muito saud��vel.
Mais tarde, quando puder caminhar com certa facilidade e j��
tiver aprendido a controlar os pensamentos, sem deixar-se levar pela
excita����o mental, passe a trabalhar a seu favor. Ao caminhar, procure
mentalizar uma frase positiva. Fa��a assim: escolha a frase e depois
mentalize por uns dez minutos o seu conte��do, enquanto anda. N��o
deixe que outros pensamentos lhe ocorram, repita a frase atentamente,
quantas vezes puder, eliminando tudo o que lhe for estranho. Por
exemplo, mentalize:
"Cada passo que dou me leva para um futuro melhor", ou
"Caminho firme para dias mais felizes", ou
"Estou indo para o encontro do meu verdadeiro EU."
Depois de uns dez minutos, volte a relaxar a mente, passando a
observar, como antes, o que est�� ao redor.
O controle dos pensamentos ao caminhar deve ser exercido
sempre que lhe ocorrerem id��ias negativas ou angustiantes, prin-
cipalmente quando esses pensamentos estiverem ligados ao passado.
Ao caminhar se vai para a frente, e esta deve ser a t��nica dos
pensamentos na hora do exerc��cio.
Outra varia����o de concentra����o mental enquanto se caminha
pode ser uma ora����o. Deve ser uma ora����o que se saiba de cor ou que
se leve para decorar enquanto anda, de prefer��ncia curta, para que a
sua repeti����o n��o seja dif��cil. A ora����o de S��o Patr��cio, que est�� na
parte que tratamos das ora����es, nas p��ginas seguintes, �� interessante,
pois �� curta e expressa confian��a. Repita a ora����o, evitando por dez
ou quinze minutos qualquer distra����o. Depois relaxe a mente,
integrando-se ao ambiente.
Quando j�� estiver bem habituado ��s caminhadas, �� poss��vel
realizar um outro exerc��cio bem eficiente. Marque o tempo que leva
para percorrer um determinado trajeto e depois o fa��a no dobro do
tempo. Voc�� ver�� que n��o �� f��cil controlar a sua vontade de andar no
ntmo a que est�� habituado. Este �� um exerc��cio de autocontrole e de
paci��ncia, o que favorece a disciplina.
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Agrade��a a oportunidade de andar sempre que terminar o
exerc��cio, agradecendo tamb��m a suas pernas e p��s pela boa atua����o
durante a caminhada.
A ora����o
A ora����o �� um recurso espiritual de grande valia para os
problemas de depress��o. Principalmente para amenizar os efeitos das
suas causas no esp��rito. A ora����o dever�� ser escolhida entre as que
s��o pessoalmente significativas e tamb��m entre as que est��o
relacionadas �� religi��o pessoal. Uma vez, num curso sobre autodefesa
espiritual, comentei o fato de que as ora����es da religi��o familiar
costumam ser as mais fortes, mesmo para quem n��o est�� ligado mais
�� religi��o. As pessoas ficaram curiosas e me pediram mais explica����es
Isto se d�� pelo fato de que a religi��o ancestral est�� presente na
personalidade familiar, tendo orientado a forma����o do indiv��duo. Uma
pessoa proveniente de uma fam��lia cat��lica traz em si muitos
elementos de uma forma����o crist�� que poder��o, quando invocados,
auxili��-lo, mesmo que essa pessoa tenha se tornado um seguidor de
outra religi��o. Nas crises, as ora����es familiares s��o sempre um apoio
de grande valia.
A ora����o, para ajudar na cura da depress��o, pode ser feita pela
pessoa que sente a depress��o, bem como pelas pessoas que desejarem
ajud��-la. A f�� realizar�� a concretiza����o da cura, mesmo que isto
demore um pouco. Insistir, certo de que os pedidos feitos ser��o
atendidos, �� a ��nica condi����o para ter a sua prece ouvida. F�� e
persist��ncia s��o palavras que definem a ora����o verdadeira.
Uma ora����o pode seguir palavras escritas por poetas ou por
homens de f��, mas tem igual valor a que nasce do cora����o que anseia
por ajuda. Todas s��o ouvidas por Deus da mesma maneira, a todas
Ele d�� a Sua aten����o. Conv��m tamb��m lembrar que rezar para pedir
�� muito importante, mas n��o se esque��a nunca de orar para agradecer
as d��divas recebidas. A ora����o de gratid��o abre as portas para mais
favorecimentos e cria uma aura de esperan��a que torna permanentes
os benef��cios alcan��ados.
8 4
Tenho v��rios livros de ora����o, de diversas religi��es, pois todas
as palavras dirigidas a Deus s��o eficazes, seja qual for a sua origem.
Selecionei algumas das minhas preces preferidas para registrar aqui,
pois ��s vezes algu��m pode se motivar, querendo rezar ao ler o livro e
j�� ter�� a ora����o na m��o. Cada uma delas j�� serviu para algum momento
importante, sendo especialmente significativa para mim.
ORA����O DE S��O BERNARDO A NOSSA SENHORA
(MEMORARE)
Lembrai-vos, �� Piedos��ssima Virgem Maria,
Que jamais se ouviu que, de todos que �� Vossa
Prote����o t��m recorrido, pedindo o Vosso socorro e implorando
O Vosso Patroc��nio, fosse algum rejeitado.
Animado eu, pois, com essa confian��a, Virgem das virgens e
M��e minha, corro e venho a V��s, e gemendo debaixo do peso
Dos meus pecados, me prostro a Vossos p��s.
�� M��e do Divino Verbo, n��o desprezeis minhas rogativas, mas
Recebei-as benignamente, e fazei com a Vossa intercess��o
Que Deus me atenda e perdoe minhas culpas.
ORA����O DO ABANDONO
(Charles de Foucauld)
Meu Pai,
Entrego-me a v��s,
Fazei de mim o que for do vosso agrado.
O que desejares fazer de mim, eu Vos agrade��o.
Estou pronto a tudo, aceito tudo,
Desde que Vossa vontade se realize em mim,
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Como em todas as Vossas criaturas.
N��o desejo outra coisa, Meu Deus.
Deponho minha alma em Vossas m��os,
Eu Vo-la dou, Meu Deus.
Porque Vos amo
E porque para mim, �� uma necessidade amorosa
Dar-me e entregar-me em Vossas m��os, sem medida,
Com uma confian��a infinita, pois sois Meu Pai.
ORA����O DE S��O PATR��CIO
Possa a for��a de Deus nos conduzir
Possa o poder de Deus nos preservar
Possa a sabedoria de Deus nos instruir
Possa o caminho de Deus nos levar.
Ajuda exterior: os profissionais
�� importante compreender que, num caso de depress��o, �� quase
imposs��vel que a pr��pria pessoa consiga buscar tratamento. Muitas
vezes, cabe a quem convive com um depressivo perceber essa
incapacidade e agir por ele, nem que seja num primeiro momento,
para faz��-lo sair da condi����o em que est��.
Depois que j�� est��o em andamento as provid��ncias para
recuperar o organismo, a mente e a alma, fica mais por conta dos
profissionais e do indiv��duo o que ser�� feito. Uma atenta observa����o,
que apoie os profissionais, para que possam adaptar rem��dios e
procedimentos, continua sendo de grande valor.
Os profissionais devem ser escolhidos entre aqueles com certa
experi��ncia nesse tipo de atendimento, e �� muito importante que
mantenham entre si uma harmonia de conduta. Se puderem formar
uma equipe que atua sempre reunida, melhor ainda, mas isto �� raro.
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J�� se v�� muitos m��dicos e psic��logos trabalhando em equipe, mas o
fato de eles aceitarem um atendimento espiritual �� algo que quase
n��o ocorre. No futuro, o atendimento integrado, com cuidados f��sicos,
emocionais e espirituais ser��o fato comum, pois �� a ��nica maneira de
curar. Hoje, os doentes s��o apenas tratados; a cura necessita ser mais
estudada, e ela ocorrer�� quando a humanidade a merecer.
Alguns m��dicos e psic��logos optam por dar por si mesmos esse
atendimento, o que �� interessante, desde que o profissional saiba como
proceder. Temos observado que o m��dico e o terapeuta que assumem
dois pap��is ao mesmo tempo costumam perder a confian��a do
paciente, que tem dificuldade em ver o psic��logo ou m��dico falando
de temas espirituais. H�� outro inconveniente no ac��mulo de fun����es:
o profissional poder��, inadvertidamente, criar para si problemas de
ordem espiritual, passando a sofrer ass��dios.
J�� que �� raro encontrar os profissionais reunidos, deve-se
procur��-los separadamente, com o cuidado de haver uma aceita����o
em cada um deles quanto ao trabalho do outro. Um m��dico que n��o
acredita na influ��ncia dos esp��ritos nas doen��as far�� ironias o tempo
todo sobre o tratamento espiritual dado ao seu paciente, e poder��
acabar por prejudicar todo o processo que se desenvolve com os passes
e com a energiza����o.
Um psic��logo faz com que o depressivo fale sobre os seus
problemas e passe a analisar suas emo����es presentes e passadas,
ajudando-o a reconstruir uma personalidade mais estruturada, com a
qual aceitar�� para si novas maneiras de agir, mais de acordo com o
novo homem que quer ser. Esse trabalho �� b��sico para a melhoria do
depressivo, e um m��dico n��o costuma ter tempo para esse tipo de
atendimento, a n��o ser que pratique a medicina psicossom��tica.
Ao m��dico, cabe a tarefa de manter o corpo saud��vel, aceitando
que ele est�� sendo constantemente agredido pelas emo����es e por outras
causas, de natureza espiritual. Este trabalho deve ser constante, at�� que
o depressivo consiga sair do c��rculo que faz com que ele oscile entre
estar bem fisicamente, piorar, estar bem espiritualmente, piorar, estar
bem emocionalmente, piorar, variando assim at�� sentir-se bem em tudo.
Al��m das refer��ncias a respeito do profissional, �� essencial que
o doente aceite a pessoa. As energias que v��o ser ativadas pelos
8 7
profissionais precisam ser de esp��ritos com um grau evolutivo muito semelhante para poder haver compreens��o e harmonia durante todo
o processo. Se o paciente n��o se sentir bem na presen��a do outro, ��
melhor mudar de terapeuta.
Criar depend��ncia tamb��m n��o �� saud��vel, por isso, cada
profissional pode, eventualmente, ao notar que h�� uma press��o no
sentido de estar sempre por perto, ser substitu��do algumas vezes, para
que o doente, na sua falta, n��o regrida.
Como esta parte do livro �� relativa ao atendimento espiritual,
devemos nos ocupar mais desse aspecto dos cuidados necess��rios. O
mais comum �� o depressivo buscar ajuda espiritual quando tudo o
mais falhou; at�� mesmo o seu m��dico ou psic��logo lhe indica isto.
Ele certamente ir�� a algum lugar que lhe foi recomendado como sendo
de confian��a, por algu��m que j�� esteve l��. Vai chegar inseguro e pode
demorar a definir o que deseja.
Quando se sentir depressivo, n��o saber�� dizer com clareza o
que o fez ficar assim, mas vai contar que j�� fez muitas coisas e que
n��o acredita mais que m��dicos, rem��dios e terapias ajudem. Nunca
se deve aceitar essa afirmativa, pelo contr��rio, deve-se mostrar que
trata-se de um conjunto de medidas, tomadas por um grupo de
profissionais que vai realizar a cura t��o esperada.
Assumir a responsabilidade da cura num caso desses �� impos-
s��vel, sendo feita uma abordagem s��, pois com um tratamento voltado
a apenas um ponto da doen��a, nada se consegue de est��vel. Depois
que eu disse a algumas pessoas que elas precisavam de um psic��logo,
de um m��dico, ou que tinham um caso de obsess��o, nunca mais as vi,
mas esta �� uma obriga����o minha e se elas foram embora, talvez n��o
pudesse mesmo ajud��-las.
Indicar com clareza o que pretende fazer e at�� onde pode ajudar,
evita muitos problemas futuros. Desde o primeiro dia, �� poss��vel dar
um passe, mas h�� toda uma seq����ncia de provid��ncias que podem
ser sugeridas. Na parte intitulada "Um projeto de atendimento", temos
essas t��cnicas de atendimento espiritual mais explicadas. �� importante
que a pessoa j�� saia com sua energia trabalhada no mesmo dia em
que veio, e que tenha um dia marcado para voltar. Se se deixar que
ela decida o momento de procurar uma casa esp��rita, ela dificilmente
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ter�� for��as para ir adiante. Claro que depois da primeira melhoria que o passe proporcionar, ela come��ar�� a sentir mais motiva����o para
continuar.
A prepara����o do profissional e sua capacidade devem ser
sentidas. ��s vezes, um terapeuta obt��m excelentes resultados com
v��rias pessoas e nada pode fazer por outras. �� tudo uma quest��o de
fluidos que ele consegue ou n��o manipular. J�� vi senhoras quase sem
instru����o fazerem maravilhas na canaliza����o de for��as regenerativas
e outras, conhecedoras de terapias alternativas, cultas, n��o realizarem
a metade. Al��m do conhecimento, no mundo espiritual se analisa a
quem dar o merecimento, por isso, o profissional nessa ��rea n��o se
define s�� pelo estudo. A experi��ncia e o valor espiritual s��o aqui os
crit��rios mais valiosos.
Grupos de apoio
Os grupos de apoio aos depressivos est��o come��ando a se formar
por iniciativa de m��dicos e psic��logos que atuam na ��rea. Eles
funcionam nos moldes dos AA (Alco��licos An��nimos), sem ter nada
que ver com essa institui����o.
O interessante do trabalho em grupo �� que esse tipo de aux��lio
faz com que os seus participantes percebam que todos os que t��m
depress��o enfrentam os mesmos problemas e padecem de forma
parecida das mesmas ang��stias. �� poss��vel trocar experi��ncias,
sentindo compreens��o e amparo nos momentos mais dif��ceis. O bom
�� que o apoio vem de um semelhante, irm��o no sofrimento. O que
poderia ser motivo de riso ou de pena, causando vergonha, num grupo
de apoio, �� discutido com base real, e todos procuram a solu����o.
Os grupos de apoio possuem uma caracter��stica din��mica, e s��
isso j�� os torna mais eficientes. Agir �� essencial ao depressivo. A
simples obriga����o de ter de se arrumar, de sair e de estar num lugar,
num determinado dia e hora, j�� come��a a "espanar a poeira" dos que
se acomodaram.
O grupo necessita de um orientador, mas costuma atuar
independentemente, pois o que move um grupo �� a solidariedade.
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Ali, todos tendem a mostrar o seu lado bom, sabendo que a sua face bonita tem condi����es de se manifestar. E �� na uni��o do grupo que
nasce a coragem para se expressar. Vem da pequena for��a de cada
participante do grupo, o grande resultado conjunto.
No grupo, cada indiv��duo redescobre o prazer de partilhar, ainda
que sejam problemas, na sua maioria. Um indiv��duo pode negar a si
mesmo a alegria de ter companhia, mas quando tem que dar de si ao
grupo, ele sente mais dificuldade em negar. Ao ver que algu��m necessita
da sua presen��a, ele n��o mais se nega, pois dar de si �� uma caracter��stica
boa da alma. Cada depressivo vai, durante o desenvolvimento da sua
doen��a, recusando prazeres a si mesmo, mas recusar ao outro uma
alegria �� mais dif��cil. O grupo obriga a volta �� sociedade humana.
Se voc�� se interessa em saber mais sobre esse tipo de ajuda, que
�� recurso moderno e atuante, busque se informar em cl��nicas ou em
��rg��os de sa��de se h�� esse tipo de atendimento na sua cidade.
Os centros esp��ritas
Nos centros esp��ritas, o depressivo pode contar com uma s��rie de
recursos para atender suas necessidades espirituais. S�� posso indicar
os centros que est��o ligados �� linha kardecista, onde sei que os trabalhos
de atendimento se processam segundo normas de conduta apropriadas.
Os ensinamentos de Jesus s��o b��sicos e o espiritismo se alicer��a
no Evangelho. Para os esp��ritas, as diferen��as sociais perdem impor-
t��ncia, n��o se admite preconceito de cor, n��o se recusa atender quem
�� de outra religi��o. A responsabilidade dos atos �� de cada um, sabendo
que se recebe hoje, de acordo com o que se fez no passado.
Num centro esp��rita, trabalham esp��ritos encarnados e desencar-
nados, em estreita colabora����o. Ambos zelam para que no ambiente
reine a paz e a harmonia, n��o permitindo que esp��ritos sem luz perturbem
as tarefas de atendimento. Os m��diuns s��o pessoas que recebem muita
orienta����o antes de serem colocados no seu trabalho mission��rio.
Quem vai a um centro esp��rita sente de imediato muita paz, ��
atendido nas suas necessidades espirituais por entidades que n��o pode
ver, mas que est��o prontas para auxiliar quando algu��m lhes pede ajuda.
90
As reuni��es p��blicas s��o abertas a quem vier, nestas sempre
s��o proferidas palestras para que os esp��ritos possam se doutrinar,
aprendendo como evoluir. O trabalho de passes complementa o
atendimento, que pode ter tamb��m o recurso da ��gua fluidificada.
H�� outras reuni��es, de car��ter fechado ao p��blico, das quais
participam apenas os componentes da casa esp��rita. Nesses trabalhos,
complementa-se o atendimento, com curas espirituais, desobsess��o,
desenvolvimento medi��nico. As ora����es e a forma����o da corrente
espiritual �� uma caracter��stica dessas reuni��es.
Para ser ajudado, basta ir a um centro no dia e hor��rio em que
h�� atendimento aberto ao p��blico. Logo na hora marcada para a sess��o,
ter�� in��cio uma palestra, pois a pontualidade �� observada. Parece
coincid��ncia, mas sempre que se vai a um centro esp��rita, a palestra
corresponde perfeitamente ��s necessidades do momento. Ouvimos
aquilo de que precisamos. Se h�� algum esp��rito negativo ao lado da
pessoa, ele tamb��m receber�� palavras de consolo e de ensinamento.
Os esp��ritos encarnados e desencarnados, que est��o necessitando de
orienta����o, ser��o esclarecidos na exposi����o dos temas selecionados
pelo palestrante.
Ao entrar, pode-se deixar o nome numa lista que ser�� trabalhada
nas reuni��es fechadas. Querendo tamb��m colocar o nome de algu��m
j�� desencarnado ou mesmo encarnado, que precisa de ajuda espiritual,
mas que n��o est�� presente �� sess��o, pode-se faz��-lo.
Depois da palestra, os trabalhos de passes come��am. Todos os
que desejarem receber��o o passe, sem que se pergunte o motivo. A
distribui����o da ��gua fluidificada �� comum, mas n��o obrigat��ria, em
alguns lugares ela n��o acontece.
O doutrinamento
Os esp��ritos encarnados e desencarnados, quando adoecem,
necessitam de muita orienta����o acerca das realidades espirituais.
Precisam aprender como evoluir, corrigindo a sua conduta. A este
trabalho de orienta����o, quase sempre feito com base no Evangelho e
nas obras de Allan Kardec, costuma-se chamar doutrinamento.
91
Al��m do doutrinamento recebido nas palestras de uma casa
esp��rita, a pessoa pode se doutrinar por si mesma, lendo e aprendendo.
N��o s�� os livros esp��ritas levam �� melhoria da alma. H�� outros fil��sofos
e religiosos que passam ensinamentos de muito valor. Buscar
informa����o �� melhorar a sua percep����o do mundo, facilitando a
compreens��o dos outros seres.
Quando buscamos melhorar, na verdade estamos apenas
aprendendo a expressar uma realidade j�� existente no nosso ��ntimo.
Cada ser humano foi criado �� semelhan��a de Deus, sendo exatamente
como ele na sua ess��ncia: perfeito. Ao conseguir manifestar um pouco
dessa natureza divina, o homem parece, aos olhos dos outros, que
melhorou. N��o �� o caso de ter melhorado. Ele sempre foi perfeito, s��
que n��o sabia como expressar as suas qualidades inatas.
Muitas pessoas acham que me exponho no meu trabalho p��blico,
pois atendo num lugar bastante deserto, sozinha. Sinto-me segura,
pois acho que sempre serei capaz de fazer com que cada pessoa me
mostre apenas o seu lado divino, porque �� s�� esse o aspecto que quero
enxergar nos outros.
Boas leituras, palestras inspiradas, conversas elevadas: tudo isso
�� uma forma de revelar a perfei����o que est�� oculta na natureza indi-
vidual. Os esp��ritos desencarnados tamb��m evoluem assim:
aprendendo.
Nos casos de ass��dio, o doutrinamento �� um recurso importante
para conseguir fazer com o que o esp��rito assediador compreenda
que h�� para ele outras maneiras de obter apoio. Quando consegue
entender que com as suas atitudes s�� atrasa a sua evolu����o e deseja
sinceramente corrigir atitudes equivocadas, o esp��rito que assedia pode
receber mais e mais ajuda, tanto do mundo material como do mundo
espiritual. A prece, realizada junto com o doutrinamento, traz um
pouco de luz, at�� que se desfaz a negatividade que o envolvia.
A tarefa de doutrinar quase sempre cabe a homens e mulheres
especiais, pois trata-se de uma grande responsabilidade. Controlar as
energias manipuladas e ter valores morais seguros s��o condi����es para
merecer o aux��lio de entidades iluminadas para o doutrinamento. A
firmeza para afastar o mal e a do��ura para acolher o sofredor neces-
sitam conviver em harmonia na alma de um doutrinador.
92
Ocupar o espa��o
Cada vez que a energia do depressivo melhora, resta um espa��o
desocupado na sua alma. Um lugar vazio que antes era preenchido
pela dor, pelo des��nimo, pela energia negativa. �� essencial preencher
rapidamente esse espa��o vago com a positividade, evitando que novos
problemas venham ali se instalar.
As novas condutas criam defesas de alta efici��ncia, mas h�� muito
mais a fazer quando a depress��o come��ar a ceder. Se o depressivo
estiver consciente de que a tend��ncia depressiva faz parte da sua
natureza e que �� sempre por ali que a negatividade tentar�� abat��-lo,
fica f��cil evitar que ela se instaure.
Ocupar o espa��o �� manter uma forte liga����o com sua imagem
de luz, divina e perfeita. Cada um vai ter que decidir como far�� este
preenchimento, visto que ter�� que seguir as suas tend��ncias interiores
nesse processo. Temos, nos cap��tulos seguintes, muitas sugest��es,
mas elas ter��o pouco valor se n��o forem postas em pr��tica. H�� muito
a fazer na hora em que a melhoria se inicia. Este �� um momento
cr��tico. N��o �� dif��cil fazer o depressivo melhorar um pouco com ajuda
exterior. O mais ��rduo �� o momento de come��ar a caminhar sozinho,
fazendo algo por si.
Vamos sugerir que se tomem medidas em v��rios n��veis. Algumas
ser��o mais f��ceis; outras, nem tanto. Procure alternar aquelas que
tocam pontos fr��geis, com atividades energizadoras, gerando certo
equil��brio. Essa orienta����o serve da mesma maneira para quem
corajosamente vai lutar por si, promovendo a sua cura espiritual, como
tamb��m �� uma diretriz para o trabalho de m��diuns, parapsic��logos e
orientadores espirituais.
Ocupar o espa��o f��sico implica ocupar o tempo de forma correta,
com atividades que recuperem a energia e a equilibrem num bom
n��vel. Preencher o espa��o espiritual �� dedicar-se ao aprimoramento
da alma, buscando trabalhar pontos fr��geis.
Ditar uma norma seria imprudente, visto que cada pessoa vai
apresentar uma necessidade e uma tend��ncia muito peculiar. Avaliar
e, principalmente, ter coragem de tentar, corrigindo aquilo que fez
pouco efeito, �� a ��nica op����o verdadeira. Seguindo um roteiro
93
inflex��vel, elimina-se a possibilidade de adapta����o dos procedimentos.
Produz mais resultado usar a sensibilidade e a observa����o para ir
adequando o atendimento espiritual �� medida que o caso evolui.
9 4
Quarta Parte
PREVEN����O
Posturas interiores
As quest��es preventivas da depress��o s��o, numa abordagem
espiritual, uma responsabilidade individual. Elas se destinam a
prevenir tanto a doen��a como as suas crises repetitivas. Este �� um
trabalho de persist��ncia, destinado a preencher os espa��os que v��o
ficando vazios pela aus��ncia do mal dentro da pessoa.
As posturas interiores ser��o trabalhadas por cada um segundo
as suas necessidades e inclina����es pessoais. S�� que esse trabalho
deve ocorrer guiado pelos aspectos divinos da personalidade. �� ir
buscar em si o que h�� de mais ligado a Deus, aquela parcela de
superioridade sobre a mat��ria que distingue o homem.
Para este desenvolvimento consciente das capacidades superiores,
costumo ensinar a meus clientes que �� preciso ter paci��ncia. Levamos
muito tempo negando a nossa realidade divina, para conseguir, de uma
hora para outra, trazermos tudo �� luz da consci��ncia. Digo: voc�� levou
muito tempo enfraquecendo o seu esp��rito, provavelmente toda a sua
vida. Certamente que voc�� pode melhorar r��pido, mas curar-se �� uma
tarefa a ser feita com calma, para poder ser efetiva.
Pense assim: hoje vou come��ar a tratar do meu esp��rito. Para
cuidar dele, preciso de tempo e de atenta dedica����o ��s suas neces-
sidades fundamentais. Sua natureza �� semelhante a Deus, que o fez ��
sua imagem e semelhan��a. Tenho que descobrir qual �� a sua real
forma, o seu verdadeiro conte��do. Tudo isso est�� dentro de mim,
sufocado e negado, por isso, tenho que ir devagar.
95
Tudo certo? Pegue, ent��o, l��pis e papel. Fa��a um tra��o vertical,
dividindo a folha em duas colunas. Voc�� vai fazer duas listas. Na
primeira delas, coloque o t��tulo: eu sou. Na outra, escreva: n��o sou.
Parece f��cil? Tenha certeza de que n��o ��.
Cada pessoa tem uma id��ia muito inflex��vel do que �� e do que
n��o ��. Acontece que esta id��ia lhe foi imposta pela educa����o, pela
sociedade, pelo seu karma e tamb��m por imita����o. O resultado disso
tudo cria uma personalidade equivocada, onde as verdadeiras
tend��ncias acabam sufocadas. Quer ver? Vou lhe contar uma hist��ria,
de uma menininha de cinco anos.
Era uma menina gordinha, loura e de olhos azuis; todo o mundo
dizia que era simp��tica e bonita. Tudo para ela era alegria, tanto que essa
menina ria o tempo todo, como o fazem os esp��ritos puros, sem culpa
nem maldade. Ela adorava rir, a alegria era o seu dom. ��s vezes, ela ria
tanto que ficava com a barriga doendo e pensava: como �� que eu posso
achar tanta gra��a nas coisas enquanto as outras pessoas est��o achando
t��o pouca gra��a em tudo? Mas ela n��o se importava e ria. Um dia,
aconteceu uma coisa muito triste na sua casa. T��o triste, que ela chorou
o dia inteiro, escondida num cantinho, e ningu��m nem notou que ela foi
dormir cedo, depois do banho, sem jantar. No dia seguinte, como todas
as crian��as, n��o lembrava mais do que havia acontecido no dia anterior,
s�� que a tristeza estava na sua alma. Naquele dia, ela brincou muito, at��
que, �� noite, quando foi ouvir a m��e contar hist��rias, percebeu que n��o
conseguia rir mais da hist��ria que sempre tinha achado engra��ada. Falou
para a m��e: "n��o consigo mais rir". Ent��o, ela pensou: virei uma pessoa triste. Daquele dia em diante, ria cada vez menos, e quando chegou ��
idade adulta era uma mo��a s��ria e triste. Respondam: essa mo��a tinha
uma natureza s��ria e triste? Claro que n��o! Sua verdadeira natureza,
quando podia se expressar, era alegre e descontra��da. Ao estabelecer,
ainda t��o nova, um conceito para sua tristeza, que naquele momento
devia ser justific��vel, a menina come��ou a sufocar sua verdadeira maneira
de ser, aquela que lhe era inata: a alegre.
Assim �� com tudo o que vamos rotulando vida afora. N��o �� s�� o
sou triste, �� o sou feio, �� o sou sem gra��a, �� o sou chato, �� o sou forte
sempre. Nossa! Esta �� uma lista intermin��vel... O pior �� que sempre estamos prontos para acrescentar mais alguma coisa a esse rol.
96
Mas voltemos �� nossa lista. J�� deu para perceber que ela n��o ��
t��o f��cil de ser elaborada. Voc�� vai ter que ir buscar l�� no fundinho da
alma as suas qualidades verdadeiras. Se disser que n��o sabe ou que
n��o tem coragem, �� porque quer ajuda ou �� porque quer elogio? Deixe
disso e comece logo!
Quando tiver terminado, ainda que tenha levado dias para
conseguir, e isto �� normal, analise qual das suas qualidades eu sou
voc�� quer trabalhar primeiro, com o intuito de resgat��-la plenamente.
Quer um conselho? Comece por aquela que �� mais f��cil, mais evidente,
e que, sem dificuldade, voc�� consegue incorporar novamente. Deixe
as mais dif��ceis para o fim.
Ao mesmo tempo, v�� trabalhando as suas qualidades n��o sou,
apagando tudo o que estiver ligado a uma maneira de agir ou de sentir
que n��o �� a express��o da sua natureza.
Sempre que se pegar voltando a um procedimento eu sou ou
n��o sou equivocado, fora da sua verdadeira ess��ncia ligada a Deus, corrija-se. Fa��a essa adequa����o sem culpa nem revolta. Apenas
constate e corrija. Tenha paci��ncia com o que for dif��cil; n��o insista
demais para n��o criar uma tens��o desnecess��ria que s�� ir�� prejudicar
o seu progresso.
Alegre-se com o que consegue eliminar e festeje as qualidades
resgatadas. Esse processo de vigiar a conduta s�� funciona quando ��
feito com modera����o e observando-se o desenvolvimento das
capacidades. Se for algo forte, que exerce uma press��o constante,
n��o ter�� efeito ben��fico; ser�� um tormento e, assim, ningu��m
conseguir�� fazer progressos.
Para ajudar, vou dar uma lista de qualidades divinas que todo
homem possui, embora esteja afastado delas grande parte da sua vida:
Alegre ��ntegro
Caridoso Honesto
Paciente Terno
Educado Corajoso
Espont��neo Amoroso
Positivo Pac��fico
Confiante Respons��vel
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Inspirado
Compreensivo
Puro
Obediente
Uno
Zeloso
Simples
Equilibrado
Verdadeiro
Harm��nico
Fraterno
Bondoso
Bem-humorado
Aberto
Criativo
Esperan��oso
Sereno
PONTOS PARA PENSAR
1. Voc�� tem uma natureza divina, que �� perfeita.
2. As boas qualidades existem em todo ser humano. Elas est��o
latentes na alma, esperando pelo seu resgate.
3. Ao resgatar a sua verdadeira natureza, nasce um homem com
novas posturas de vida.
Autoconhecimento
Quem se dedicar a observar a sua conduta, certamente acabar��
enveredando por uma outra forma de melhorar a sua vida, que ��
conhecer-se. O autoconhecimento �� uma conseq����ncia natural da
observa����o de si mesmo.
Ao estabelecer para si posturas mais pr��ximas da sua natureza
divina, o homem depara com algumas modifica����es a fazer. Isto ��
inevit��vel, porque vai desejar melhorar aquilo que est�� em desacordo
com as suas verdadeiras tend��ncias. De repente, ele percebe que
algumas das antigas maneiras de agir se instauraram muito fortemente
na sua alma e teimam em ali permanecer. Por mais que lhe desagrade
constatar que os seus defeitos de conduta s��o uma realidade, acaba
por ver que s��o agora uma for��a que n��o �� poss��vel combater.
Chega a hora de reconhecer os seus limites. At�� onde consegue
melhorar e aonde vai ser dif��cil chegar. Esse �� um momento delicado,
pois implica adotar posi����es. Ou aceitar, ou rejeitar, ou dar combate,
ou entender como se processam a desarmonia no comportamento.
98
Ao optar por compreender, nasce a possibilidade de evoluir de novo, ainda que seja de uma maneira mais lenta e dolorosa. N��o significa
aceitar a derrota, mas fazer tudo para ir at�� o fundo da quest��o. Isso ��
autoconhecimento.
Vamos tomar um sentimento negativo como exemplo: o ci��me.
Algumas pessoas podem n��o estar conscientes de que este sentimento
�� totalmente destrutivo, mas a maioria dos ciumentos j�� teve dissabores
por se deixar levar por ele. Aquele que sabe que tem ci��me e diz que
nunca vai conseguir se livrar dele perde uma excelente oportunidade
de crescer espiritualmente. Este problema pode ser, inclusive, uma
das suas lutas evolutivas. Se decidir n��o trabalhar com esse aspecto
interior, est�� fazendo uso da sua capacidade de exercer o livre-arb��trio,
mas apenas adia uma tarefa obrigat��ria para o futuro.
No momento em que compreender que o ci��me est�� na sua alma
como intruso, e decidir conhec��-lo, tem in��cio a primeira atitude positiva -
que poderia ter com rela����o ao problema. Lutar contra aquilo que parece
ser parte da natureza �� insensato, pois n��o h�� for��a que consiga derrotar
um sentimento alimentado internamente. Sondar o ci��me, conhecendo
o modo como ele opera na sua mente e no seu corpo, desvendando
bem o inimigo, �� o primeiro passo para se libertar dele.
Na primeira oportunidade em que sentir ci��me, a pessoa tenta
permanecer neutra, como um observador, a examinar o que acontece
dentro de si, como foi que come��ou, pelo que foi desencadeado. Essa
pessoa segue em frente, percebendo onde o ci��me encontrou abrigo.
Tenta perceber quais foram as for��as interiores ��s quais ele se aliou.
Procura descobrir onde a emo����o negativa se supriu de energia. Se
puder avaliar com frieza as conseq����ncias dos atos realizados pelo
impulso desse sentimento, ter�� o quadro completo da sua imperfei����o.
S�� pela atenta observa����o haver�� uma diferen��a bastante sens��vel
da pr��xima vez que a pessoa sentir ci��me. A emo����o se tornar�� uma
entidade separada da natureza individual e ser�� encarada como uma
for��a vinda de fora, estranha. Ao separar-se do sentimento, conside-
rando-o um estrangeiro na sua terra boa, toma-se cada vez mais simples
enxerg��-lo como algo que n��o pertence a si mesmo. A partir da��, o
processo de afastamento tem in��cio. Cada vez que surgir o ci��me, ele
ser�� rejeitado com mais facilidade, at�� que possa ser extinto.
99
Ter consci��ncia de como se deixa a negatividade fazer parte da
nossa mente e do nosso corpo, sem que se perceba que as suas
qualidades n��o s��o as nossas �� conhecer-se em profundidade. A partir
desse conhecimento fica dif��cil novos inimigos atacarem, pois ser��o
imediatamente identificados como for��a estranha �� verdadeira
natureza pessoal. S�� ent��o o homem pode dizer com certeza: isso a��
n��o sou eu.
PONTOS PARA PENSAR
1. O autoconhecimento adv��m da atenta observa����o dos seus
atos, pensamentos e palavras.
2. Ao observar, como espectador, as emo����es negativas atuando
na alma, elas se separam do esp��rito, tornando-se uma
entidade �� parte.
3. Sendo vistas como uma entidade �� parte, �� f��cil perceber
que as emo����es negativas n��o s��o voc��.
O medo
Depois que se conhece melhor, nasce dentro do homem uma
confian��a maior em si. Ele percebe que pode agir de forma mais
positiva e que pode ir em dire����o a uma realidade espiritual mais
plena, com valores mais consistentes.
Ainda assim, a vida vai continuar trazendo dificuldades. Elas
fazem parte da exist��ncia material de qualquer ser humano. Quando
vence os seus inimigos interiores atrav��s de posturas corretas e do
autoconhecimento, o passo seguinte �� se libertar do medo. Essa
emo����o �� a mais forte e incontrol��vel que uma pessoa pode sentir.
Ela �� respons��vel por muitas desgra��as.
N��o se considera o medo apenas do ponto de vista f��sico, como
medo de morrer ou de ficar doente. O medo �� abrangente. Ele est�� na
inseguran��a quanto ao futuro, que faz o homem acumular posses muito
al��m das suas necessidades. Ele est�� nas proibi����es exageradas de
um marido �� esposa, que ele teme ver se desenvolver e se tornar
independente. Ele est�� nos pais superprotetores que tiram dos filhos
100
a capacidade de sobreviver e de lutar por si mesmos. Ele vive nas
noites de ins��nia, no suor das horas tensas, no pavor da perda de um
ente querido.
Vamos tentar trabalhar com o medo tranq��ilamente, para n��o
traz��-lo para a nossa vida num momento em que est�� adormecido. As
tradi����es esot��ricas fazem com que os iniciados passem pela prova
do medo como forma de provarem a sua capacidade. Os aspirantes
s��o submetidos a uma situa����o onde sentem muito medo, chegando
quase ao limite do insuport��vel. N��s n��o queremos provar nada,
queremos apenas conseguir eliminar o medo da nossa vida, ou, pelo
menos, conseguir com que ele n��o nos ameace mais.
Escolha algo de que voc�� tenha um pouco (n��o muito) de
medo para trabalhar num primeiro momento. Por exemplo, vamos
imaginar que algu��m deseja trabalhar o medo que sente de ficar
num lugar escuro, se esse medo n��o �� grande. O processo de an��lise
que vamos usar envolve quatro etapas, sempre as mesmas, seja
qual for o medo que a pessoa sinta. N��s vamos, daqui para a frente,
sempre nos referir ao medo de estar num lugar escuro, pois este
ser�� o nosso exemplo. A pessoa ter�� que fazer a transposi����o para
a sua situa����o individual.
PRIMEIRO PENSAMENTO: palavra-chave: existe. Voc�� dever��
pensar que o medo de ficar num lugar escuro existe dentro de voc��.
Ele �� uma exist��ncia real na sua vida, ocupando espa��os que seriam
de outros sentimentos e atos. Ele tamb��m existe no ��ntimo de outras pessoas, participando das suas decis��es e alterando as suas mentes.
SEGUNDO PENSAMENTO: palavra-chave: causa. Voc��
dever�� estar consciente de que todo medo tem uma causa, avaliando qual ser�� a causa desse medo de ficar no escuro. Em geral, as causas
est��o em a����es anteriores, nossas ou de outras pessoas, que afetavam
o nosso corpo ou a nossa mente, nem sempre realizadas por n��s.
Voc�� pode, por exemplo, ter sido v��tima de alguma brincadeira, quando
pequeno, por parte de outras crian��as que o prenderam num quarto
escuro, ainda que voc�� n��o se recorde disso. Algumas causas est��o
no futuro, como o medo de perder o emprego. Se n��o pode determinar
a causa do medo, esteja, ainda assim, consciente de que h�� na realidade
uma causa.
101
TERCEIRO PENSAMENTO: palavra-chave: fim. Pense que, para tudo, no mundo material em que vive, existe um fim. Todos
possuem a capacidade de compreender que nada �� imut��vel. At��
mesmo para o seu medo existe um fim. Como todas as outras coisas,
ele evoluir�� inevitavelmente para um fim, pois n��o condiz com os
aspectos divinos da sua personalidade.
QUARTO PENSAMENTO: palavra-chave: meio. Imagine que
h�� um modo de acabar com o seu medo, que o meio de conseguir isso
�� eliminar as suas causas b��sicas, que geralmente podem ser
percebidas como emo����es negativas que abriga dentro de si. A
inseguran��a, a compara����o com os outros, o ego��smo e o apego s��o
coisas que alimentam o medo. Substitua esses estados mentais
negativos por outros, mais de acordo com a sua realidade: confian��a
em Deus, f�� no seu merecimento, vontade de estar bem para poder
realizar algo pela humanidade.
Depois de analisar assim o seu medo, libere-o, pois talvez voc��
ainda n��o tenha conseguido se libertar dele por se aferrar �� id��ia de
que ele faz parte da sua personalidade. Quando se percebe que o
medo n��o �� uma qualidade com a qual nascemos, que ele �� um
conceito para o qual abrimos espa��o na nossa alma, ele fica menor e
tende a desaparecer. Voc�� n��o �� o medo. Voc��, ao contr��rio, por ser
filho de Deus, �� todo coragem, for��a e realiza����o.
Reconhecer a natureza exterior do medo �� s�� um primeiro passo,
que deve ser dado com a convic����o de erradicar esse mal da sua alma.
Essa �� uma luta individual, para a qual voc�� j�� nasceu equipado. Suas
experi��ncias passadas podem ter obscurecido a sua verdadeira natureza,
mas, depois de resgat��-la, ser�� f��cil vencer mais esse inimigo.
PONTOS PARA PENSAR
1. O medo, como qualquer emo����o forte, tem exist��ncia real, ��
parte da sua natureza.
2. Todo medo tem uma origem; nesta causa est�� a sua for��a, e
descobri-la �� uma forma de olhar o medo de frente.
3. Todo medo pode terminar; o seu fim s�� depende da coragem
de enfrent��-lo.
4. H�� sempre um meio de vencer o medo.
102
A caridade
Quantos espa��os vagos na alma, quantos vazios restam depois
que o mal sai do esp��rito do homem! Esses espa��os, quando
preenchidos convenientemente, geram uma defesa espiritual que im-
pede novos problemas, mas quando eles s��o deixados sem uma
destina����o maior, cria-se na alma um vazio in��til.
Depois de resgatar a sua imagem verdadeira atrav��s da conduta
vigiada e do autoconhecimento, depois de ter aprendido a lidar com
os seus medos, �� hora de avan��ar ainda mais um pouco na busca de
um estado de equil��brio satisfat��rio.
A etapa seguinte �� se preocupar com as suas capacidades ociosas,
sejam elas materiais ou espirituais. N��o existe uma raz��o para se
viver a n��o ser melhorar. Passar toda uma vida s�� seguindo rotinas e
cumprindo obriga����es �� perder mil oportunidades de evoluir. O mundo
espiritual n��o descansa enquanto n��o v�� um indiv��duo dar de si o
melhor. In��meras oportunidades s��o proporcionadas todo dia. Elas
v��m das formas mais variadas: como id��ias criativas, pedidos de ajuda,
dons que se manifestam, portas que se abrem, pessoas que falam de
um assunto importante ao nosso lado, introvis��es. Um homem se
diferencia dos outros por aquilo que faz das suas oportunidades.
Entre todas as maneiras de crescer como ser humano,
conseguindo evoluir espiritualmente, uma �� primordial. E esta forma
�� exercendo a caridade. �� o modo mais simples, que est�� �� m��o de
qualquer um, a todo momento.
Comece sendo caridoso consigo mesmo, compreendendo que
tudo o que voc�� d�� aos outros volta para voc��. Em vez de guardar as
suas palavras de carinho, coloque-as de forma aberta para quem ama.
Ao inv��s de guardar seus sentimentos bons, agora mais vivos, reparta-
os com todos aqueles com quem convive. Um sorriso �� uma forma de
doar simpatia. Ainda que todos estejam com o rosto tenso e
perturbados por pensamentos graves, mantenha sua express��o
agrad��vel e risonha; assim, logo o ambiente come��ar�� a manifestar
mais positividade.
Trabalhe com a sua caridade espiritual a todo momento, trans-
mitindo sempre esperan��a, alegria, paz. Voc�� n��o precisa impor as
103
suas id��ias com palavras, que poder��o n��o ser bem aceitas. Atue em sil��ncio. Nunca devemos impor as nossas id��ias a quem est�� com
problemas, a n��o ser que essa pessoa pe��a a nossa ajuda. At�� com os
filhos devemos agir assim. Espere que num momento da conversa, o
assunto a ser resolvido venha a ser comentado, para expor alguns dos
seus pensamentos sobre ele. Os gestos funcionam mais do que as
palavras, o exemplo funciona mais do que o serm��o.
Depois que conseguir melhorar a sua maneira de agir e de se
expressar - que s��o atos de caridade, pois voc�� transmite muita posi-
tividade a todos - comece a observar ao seu redor. As oportunidades
para ser caridoso chegam a todo instante, elas entram na nossa casa
atrav��s dos empregados e visitas, batem �� nossa porta na hora da
refei����o, esbarramos nelas na rua. Se voc�� vive com fartura material,
ter�� que distribuir com sabedoria o que possui em excesso, mas se
n��o tem quase nada sobrando, ter�� que partilhar da mesma forma. A
caridade se expressa dessa maneira: cada pessoa sempre tem algo a
ofertar a quem tem menos, desde que saiba perceber as reais
necessidades dos que aparecem no seu caminho.
Um exemplo de caridade �� o trabalho de fazer nascer a esperan��a
num cora����o sofrido. Quando se d�� a algu��m uma oportunidade de
acreditar em si novamente, essa pessoa ir�� resgatar for��as que estavam
adormecidas, podendo mudar muito as condi����es em que vive.
Outra maneira de exercer a caridade �� criar condi����es para que
a pessoa possa fazer algo por si, ensinando-lhe o que ela n��o faz
direito. Com uma empregada, em casa, por exemplo, n��o custa ensin��-
la a fazer melhor seu servi��o, remunerando-a melhor quando ela
progride e tira dos seus ombros alguma tarefa desgastante. Ainda que
seja tempor��rio o proveito que o progresso dela lhe proporciona, a
grande caridade est�� justamente nessa fato. Se voc�� pensar que
ensinando a ela s�� perde tempo, porque mais cedo ou mais tarde ela
ir�� embora, n��o h�� caridade. Ao fazer um bem pensando apenas no
benef��cio futuro para si, existe interesse, e o interesse se afasta da
caridade.
A quem vive com fartura material conv��m repartir com os outros
aquilo que tem em excesso. Quase nunca o dinheiro �� recebido como
uma d��diva. Ele �� geralmente um teste para o esp��rito demonstrar o
104
seu progresso. A manipula����o dos bens materiais abundantes �� dif��cil; trata-se de uma das mais duras provas a que se pode ser submetido.
Por mais que receba, o esp��rito de pouca luz nunca se satisfaz. J�� os
esp��ritos evolu��dos sabem usufruir com modera����o aquilo que na
verdade n��o lhes pertence, deixando ir para m��os necessitadas o que
lhes sobra.
PONTOS PARA PENSAR
1. A caridade preenche espa��os vazios na alma, prevenindo os
problemas de natureza espiritual.
2. Dar n��o �� s�� oferecer aquilo que se tem com fartura.
3. A caridade verdadeira exige doa����o da alma.
4. Nem sempre quem nos pede precisa receber o que suplica;
h�� que perceber qual a verdadeira necessidade da alma.
O apego
Preencher os espa��os vazios com a caridade �� uma excelente
maneira de garantir defesas num alto n��vel, prevenindo ocupa����es
indesejadas. Contudo, mesmo que se tenha conseguido exercer uma
caridade plena, ainda pode restar na alma um veneno nocivo, pelo
qual a influ��ncia maligna das energias negativas pode come��ar
novamente. Esse veneno �� o apego. Quando falamos em apego, temos
que pensar sempre nas suas duas manifesta����es: a material e a
espiritual.
O apego �� um dos grandes geradores do medo. Ele traz o medo
de perder aquilo que se possui. As pessoas temem perder algu��m
ou perder um sentimento, como o amor. As pessoas temem perder
os seus bens, conquistados com coragem e esfor��o. As pessoas
temem perder a vida antes de terem passado por tudo o que julgam
importante.
Aceitar as mudan��as �� dif��cil; gostar��amos que tudo o que
amamos ou que nos d�� prazer permanecesse intocado, e ingenuamente
nos apegamos �� id��ia de que pode ser assim. Eu sento �� sombra das
105
��rvores do meu jardim num domingo de sol, meu marido est��
acendendo o fogo para fazer o churrasco, meus filhos trazem as
bebidas, ligam a televis��o perto da churrasqueira para ver a corrida
de f��rmula um. E eu me sinto muito feliz com a paz desse domingo,
com a boa companhia, com as minhas ��rvores e com o sol que passa
atrav��s delas. Nesse momento, posso viver uma experi��ncia integral
de plena comunh��o com os seres que amo, ou posso perder tudo, me
apegando �� id��ia de que apenas um domingo assim me far�� feliz. Sei
que muitos domingos iguais ir��o se repetir, mas a partir do instante
em que eu achar que nada ser�� melhor do que isso, criarei um apego
desnecess��rio e automaticamente terei anulado outras experi��ncias
que a vida certamente ir�� me proporcionar.
Viram como o apego �� destrutivo? Ele impede um ser de
usufruir o que tem no momento presente, e antev�� a infelicidade no
futuro. J�� que nada do que existe �� permanente, estar se aferrando ��
id��ia de que nada poder�� ser melhor do que aquilo que j�� se viveu ��
preparar uma quantidade de infelicidade estocada para o futuro. E a
gente faz isso!
Quando algu��m tem depress��o, essa pessoa est�� carente de
energia positiva, talvez por estar apegada ��s id��ias de uma suposta
felicidade passada. Nessa situa����o, ela fica impedida de perceber
possibilidades futuras. O que mais acontece ao depressivo �� apegar-
se aos aspectos negativos da sua situa����o, sem poder receber nenhuma
forma de energia positiva. Mesmo que algu��m, com vontade de ajudar,
queira apoi��-lo, ser�� bastante dif��cil ultrapassar a barreira que foi
constru��da. A depress��o �� um sentimento de natureza ego��sta, centrado
no Eu negativo, que toda pessoa tem. Compreender esse fator ��
essencial para poder se ajudar.
O depressivo, antes do seu problema, era normalmente o oposto
do que hoje ��, ou seja, era algu��m determinado e at�� alegre. S�� que
ele era senhor da sua vida e, de repente, percebe que o destino �� o que
dirige a sua vida. Quando tem que encarar essa verdade, a parte nega-
tiva come��a a manifestar-se, minando as defesas espirituais. Ele cria
apegos infinitos, sem conseguir se voltar para coisas novas, que
poder��o ser a sua salva����o.
106
PONTOS PARA PENSAR
1. O apego nasce das dificuldades para aceitar as mudan��as.
2. Ao criar uma id��ia do que traz felicidade, eliminam-se
possibilidades futuras de ser feliz sem aquilo.
3. Tudo passa; o apego a algo que ir��, pela lei natural das coisas,
passar, gera uma infelicidade futura.
4. O apego escraviza o esp��rito que �� alvo da fixa����o, criando
elos c��rmicos pesados.
5. O apego �� uma emo����o negativa, centralizada no "eu
ego��sta".
107
Quinta Parte
ATIVIDADES
Nos cap��tulos anteriores analisamos, do ponto de vista espiritual,
o problema da depress��o. Tentamos explicar como se processam na
alma os desvios que terminam acarretando as doen��as, apresentando
algumas formas de prevenir males futuros. �� interessante compreender
como funcionam os dist��rbios do esp��rito, mas n��o haveria muita
utilidade em ficar apenas teorizando.
Nesta parte do livro, vamos dar in��cio a algo mais pr��tico, para
que a pessoa possa agir. A pessoa que vai lutar contra a depress��o, independentemente de estar fazendo algo por si mesmo ou ajudando
o seu semelhante, logo compreende que a a����o, nesse caso, �� funda-
mental. Justamente pela natureza da depress��o, que tolhe e paralisa,
�� necess��rio atacar vigorosamente.
Temos algumas sugest��es que podem dar in��cio a uma maneira
de sair da in��rcia caracter��stica do depressivo. Se se trata de algu��m
que est�� com um problema simples, essa pessoa certamente ser��
motivada por alguma das atividades propostas, com a qual sentir��
afinidade, e ela dever�� p��r logo em pr��tica o exerc��cio. Quando, por��m,
for o caso de ajudar a algu��m, �� preciso verificar at�� onde vai a
altera����o sofrida pela personalidade. De in��cio, conversar, lendo e
expondo algumas das t��cnicas e, junto com a pessoa, perceber aquela
que lhe �� mais favor��vel. Pode-se facilitar o in��cio dos exerc��cios,
estimulando, mas �� preciso que, a seguir, o depressivo assuma por
vontade pr��pria a rotina dos exerc��cios.
O depressivo ter�� sempre que, em algum momento, aceitar a
responsabilidade pela melhoria como sendo uma coisa basicamente
sua. Por mais que tenha ficado incapacitado pela doen��a, chegar��
uma hora em que s�� ele poder�� agir. Os outros, tanto os amigos como
109
os terapeutas, servem apenas para o tirar de um estado doentio, fazendo com que recupere um pouco da sua efici��ncia, isto ��, devolvendo-lhe
a capacidade de viver. Contudo, a motiva����o para viver integralmente
vem do esfor��o pessoal.
Mesmo quem, ao ler essas afirma����es, esteja t��o mal que chegue
a pensar que nunca ir�� conseguir, pode ter certeza de que ir�� se
recuperar. Atrav��s dos tratamentos, a vontade de fazer algo por si
renasce, e Deus espera apenas que se d�� o primeiro passo e, ent��o,
ajuda aquele que luta. �� nesse ponto, logo que consegue fazer algo,
que o depressivo deve come��ar a considerar o problema da depress��o
uma luta sua, toda pessoal.
Atentar para as atividades propostas, percebendo qual a mais
interessante, faz parte da ativa����o que se deseja. A sele����o do que fazer
j�� �� um exerc��cio. Pelo seu grau evolutivo e pelas experi��ncias
encarnat��rias, cada pessoa sentir�� mais ou menos afinidade com um
ou com outro dos exerc��cios. Procurei colocar tend��ncias variadas, indo
do religioso ao esot��rico, do filos��fico ao cient��fico. Espero que haja
pelo menos uma das atividades que seja interessante para cada pessoa.
Caso deseje fazer adapta����es, acrescentando elementos que a
sua intui����o lhe indicar, fa��a isso �� vontade, pois os exerc��cios n��o
s��o estruturados como algo estacion��rio; eles devem ser o contr��rio
disso: din��micos. Se tamb��m n��o desejar fazer nada do que foi
apresentado, e se sentir inspira����o para criar um tipo de atividade
diferente, acredite que voc�� sabe fazer coisas que nunca fez e que
ningu��m lhe ensinou. Trabalhe para resgatar essas capacidades.
Lembra-se das id��ias inatas? Elas podem estar aflorando �� sua
consci��ncia no momento em que necessita delas.
Algumas atividades exigem mais tempo, outras s��o mais r��pidas.
H�� sugest��es de exerc��cios que se prolongam por v��rios dias; outros
demoram apenas meia ou uma hora. Quando se sentir bem com uma
atividade, repita-a, pois sua renovada influ��ncia tem mais for��a para
afastar a negatividade.
Por favor, se n��o gostou de nenhuma das sugest��es, ainda assim,
escolha a que menos lhe desagradou e se exercite. Quando a for��a
negativa que envolve uma pessoa �� muito intensa, ela �� capaz de fazer
nascer uma avers��o por aquilo que justamente seria capaz de ajudar.
110
Pensamento positivo
Usamos um pouco o pensamento positivo quando sugerimos um
exerc��cio que trabalha com frases positivas durante a caminhada. Talvez
o leitor j�� tenha experimentado fazer isso. Devo dizer que esse tipo de
atividade �� muito dif��cil. Nas primeiras vezes, pode ser interessante
como tentativa, depois, a tend��ncia �� deix��-lo de lado, como se fosse
uma bobagem que saiu da cabe��a de quem n��o sabe o que mais inventar.
�� realmente muito dif��cil estar falando coisas boas, agrad��veis
e at�� favor��veis, quando o h��bito que levou a pessoa ao estado
depressivo foi falar constantemente para si mesma coisas negativas.
Eu sei o que digo. N��s mantemos um di��logo interior permanente
com os nossos Eus. Se falamos mais com o Eu positivo, a tend��ncia �� a de que a nossa vida manifeste mais positividade. Mas, se falamos
mais com o nosso Eu negativo, vamos atrair a negatividade.
J�� falamos sobre o Eu verdadeiro, divino e semelhante a Deus.
Temos agora que falar do Eu negativo, que est�� em contraponto com o positivo. Alguns o chamam de g��nio contr��rio, ele �� a express��o dos aspectos n��o divinos da personalidade. No homem depressivo,
esse Eu est�� ganhando. S�� vai sair da depress��o quem conseguir trazer
o Eu verdadeiro �� luz do palco da sua vida de novo.
Para realizar esse exerc��cio, �� necess��rio estar com a sua lista
de qualidades verdadeiras pronta, aquela que foi sugerida no tema de
posturas interiores da Quarta Parte. A partir dessa lista, comece a elaborar uma outra lista, com uma s��rie de frases positivas, para usar.
Essas frases, que s��o a base do exerc��cio, podem ser coletadas em
livros, revistas, com amigos (cada um diz a sua preferida). Elas podem
tamb��m ser criadas a partir do tema sugerido por uma qualidade.
Por exemplo, uma das qualidades do seu verdadeiro eu �� a
bondade. Voc�� pode escolher uma frase sobre bondade em livros ou
com alguma pessoa, mas poder�� formular tamb��m uma frase sua.
Pode usar mais de uma frase se quiser enfatizar a qualidade, deixan-
do-a mais evidente no seu Eu.
Depois de escolher essas frases, em n��mero grande, fa��a uma
sele����o, de modo a ficar com trinta frases. Uma para cada dia do
m��s. O ideal �� colecionar essas frases �� medida que elas v��o surgindo
111
no seu dia-a-dia. Um dia, achamos uma no jornal, outro dia algu��m fala algo bonito na televis��o, outra vez �� num livro que se encontra
algo significativo. Voc�� pode ter um caderno para ir coletando as
suas frases. Mas, por enquanto, tem que ser algo mais r��pido, �� bom
selecionar o que puder encontrar.
Cada manh��, durante um m��s, pegue a frase do dia e a leia em
voz alta, como a primeira coisa que faz nesse dia. Copie a frase numa
tira de papel, coloque no bolso, na bolsa ou na pasta, e a leve consigo.
V�� lendo v��rias vezes durante o dia. N��o fa��a isso com tens��o, como
quem tenta assimilar �� for��a a id��ia que a frase transmite. Crie quase
mecanicamente, relaxadamente, uma rotina que o obrigar�� a estar
mais perto da positividade do que da negatividade. Deixe o incons-
ciente agir; assim, sua alma estar�� sendo alimentada positivamente.
Cada vez que tiver um pensamento negativo durante o dia, pegue a
sua frase e a leia. Esse papel dever�� ser guardado �� noite numa caixa,
pois ser�� utilizado no encerramento da atividade.
Voc�� talvez esteja muito ocupado ou, quem sabe, a negatividade
que o envolve pode obrig��-lo a usar a desculpa de que n��o tem tempo
para procurar frases, como forma de escapar da atividade, por isso,
vou facilitar o seu trabalho, dando uma s��rie de frases positivas a
partir da lista de qualidades divinas que forneci na Quarta Parte.
1. A alegria me envolve e me apoia.
2. O cora����o caridoso sempre tem o que dar.
3. Espero, pacientemente, por dias melhores.
4. Minha educa����o transparece nos meus atos mais dignos.
5. Sou natural e espont��neo na manifesta����o dos meus senti-
mentos.
6. Sou positivo e sei que, pela lei natural das coisas, tudo
melhora.
7. Confio na infinita ajuda de Deus.
8. Minha alma �� ��ntegra e perfeita na sua cria����o.
9. O homem honesto atrai a verdade.
10. A ternura do meu cora����o transparece nos meus atos.
11. Enfrento tudo com coragem, por isso, sempre ven��o.
12. O amor orienta as minhas a����es.
13. Ser pac��fico �� ser equilibrado.
112
14. Assumo minhas responsabilidades com determina����o.
15. Deus inspira tudo o que fa��o.
16. O cora����o puro s�� atrai o bem.
17. Estou uno com Deus, nada me abate.
18. Quero demonstrar simplicidade nos meus atos e pensa-
mentos.
19. A verdade habita a minha alma.
20. Todos os homens s��o meus irm��os.
21. Hoje vou sorrir para todos.
22. Sempre tenho boas id��ias.
23. Minha mente �� serena, estou sempre em harmonia com o
Universo.
24. Compreendo que nem todos conseguem expressar a sua
natureza perfeita.
25. Obede��o com disciplina para obter respeito.
26. Zelar pelo que possuo �� valorizar as d��divas que recebi de
Deus.
27. Meu equil��brio adv��m da harmonia com o Universo.
28. A bondade que recebo de Deus eu a reparto com os meus
irm��os.
29. Estou aberto �� grande energia divina que me sustenta.
30. Todos os dias espero pelo melhor; ele existe e vir�� a mim.
As frases acima podem ser simples, mas repeti-las ir�� mudar o
padr��o vibrat��rio de uma poss��vel negatividade para uma forma mais
positiva. Estando cercada de pensamentos afirmativos, a alma con-
seguir�� anular os desvios que a levaram �� doen��a. N��o importa que
voc�� pessoalmente n��o sinta a influ��ncia das frases que est�� repetindo,
que sequer se concentre nelas, nem que n��o acredite na sua efic��cia;
fa��a esse exerc��cio como se se tratasse de uma gin��stica. No in��cio, ��
preciso vencer a falta de vontade, mas depois toma-se algo at�� prazeroso.
As frases acima s��o simples, n��o partiram de uma mente privi-
legiada, e talvez n��o tenham gerado motiva����o suficiente para o traba-
lho proposto. Vou arrolar mais trinta frases, agora mais elaboradas,
que fazem parte da minha cole����o. S��o de pessoas iluminadas e podem
ser inspiradoras, sendo uma op����o a mais.
113
1. A verdade �� a divindade do homem livre.
2. O sorriso custa menos que a eletricidade e d�� mais luz.
3. Adquira os meios e Deus lhe dar�� no����o de como us��-los.
4. A recompensa da paci��ncia �� a paci��ncia.
5. Eu e meu Pai somos um.
6. A evolu����o do esp��rito �� um processo cont��nuo.
7. Cair sete vezes, levantar-se oito.
8. Uma caminhada de mil l��guas come��a sempre com o
primeiro passo.
9. A felicidade pede companhia.
10. A verdade se vive. O tempo passa, a verdade fica.
11. Deus n��o castiga, pois ele �� amor.
12. A luz �� boa, seja em qualquer l��mpada que esteja ardendo.
13. A prece �� a maneira que a alma tem de se comunicar com
Deus.
14. Quem diz n��o a si pr��prio n��o pode dizer sim a Deus.
15. As almas grandes transformam-se em correntes de amor.
16. A amizade �� o casamento da alma.
17. Com o punho fechado, n��o se pode trocar um aperto de m��o.
18. A for��a n��o vem da capacidade f��sica, mas da vontade f��rrea.
19. Deus ama o mundo atrav��s de n��s.
20. Aprendo nas horas negras da vida.
21. Estou nas m��os de Deus.
22. Minha miss��o �� aqui e agora.
23. S�� eu posso escolher o que �� bom para mim.
24. Ou��o com o cora����o.
25. A decis��o perfeita est�� em mim.
26. J�� sei o caminho; s�� falta aprender a dirigir o carro.
27. O destino do guerreiro espiritual �� vencer.
28. O solo precisa da semente e a semente precisa do solo.
29. A personalidade que age de acordo com a alma vence.
30. Descobrir n��o �� buscar novas paisagens, mas ver com novos
olhos.
Depois que tiver trabalhado com as frases durante trinta dias, o
seu comportamento estar�� refletindo uma nova maneira de agir. Fa��a
um balan��o do m��s que passou, e perceba como ele foi mais positivo
114
do que negativo. N��o estou afirmando que foi o melhor m��s da sua
vida, nem que os problemas se foram embora, mas tenho certeza que
o seu padr��o vibrat��rio foi alterado para melhor e certamente passou
a atrair qualidades semelhantes.
Para encerrar o trabalho, pegue as tiras de papel em que escreveu
suas frases. Coloque sobre uma lata ou sobre um recipiente de barro
ou lou��a. Sente-se com tudo �� frente, estenda as m��os sobre os pap��is,
mentalizando que n��o precisa mais da forma material da positividade
que eles cont��m. Imagine que cada bom pensamento que ali est�� faz
parte da sua natureza perfeita em expans��o. A seguir, queime os pap��is.
Quando terminar, recolha as cinzas e coloque num pote com
tampa, para que n��o se espalhem. Procure um lugar aberto onde possa
lan����-las ao vento. Pode ser num campo, na praia ou �� beira de um rio;
numa pra��a, por exemplo. Nesse instante, mentalize que a positividade
ali contida se espalha para toda a humanidade, ajudando-a a evoluir.
Dar
Esta atividade faz aflorar as qualidades espirituais que s��o
geradas atrav��s da caridade, como a generosidade, a fraternidade, a
sobriedade, a simplicidade, a economia, o equil��brio, entre outras.
Algumas pessoas possuem uma natureza voltada �� caridade, outras
precisam treinar, pois ainda est��o muito ligadas �� mat��ria.
Ser�� que agir como S��o Francisco - o que �� um dom - �� poss��vel
para qualquer ser humano? Acho dif��cil, no atual est��gio evolutivo
da humanidade. Mas o uso correto dos recursos materiais pode ser
um treinamento para conseguir chegar a se desapegar deles. Por
enquanto, ainda com corpos materiais, devemos tratar de equilibrar
as nossas necessidades materiais segundo o m��nimo que torna a vida
de um homem digna. Os abusos s��o conden��veis, e refletem baixa
condi����o de evolu����o espiritual nos homens que os praticam.
Um homem que acumula muito al��m do que necessita est��
lesando um semelhante. Por exemplo, aquele que possui uma
quantidade de terra t��o extensa que nem ao menos duas gera����es
posteriores a ele ser��o capazes de utilizar, deveria repensar a sua real
115
necessidade, usando os recursos de que disp��e como uma
oportunidade de provar o seu merecimento. Em parte das terras poderia
instalar uma cooperativa, onde cada lavrador tivesse o seu peda��o de
terra para produzir, depois de trabalhar como empregado alguns anos.
Essa pessoa poder�� argumentar que lidar com "essa gente" �� dif��cil,
porque eles n��o querem fazer nada direito, e ela estar�� certa, em parte.
Justamente por ter pouca evolu����o espiritual �� que esses homens, t��o
pobres, ficaram presos em encarna����es expiat��rias. H�� a�� mais um
trabalho a ser realizado: dar educa����o e orienta����o espiritual a fim de
que eles possam sair da ignor��ncia em que est��o. N��o �� s�� resolver a
sua condi����o material. Essa pessoa, se n��o fizer algo por quem v��
sofrer hoje, poder��, numa encarna����o seguinte, nascer como um filho
de um pe��o que trabalha nas terras que foram suas. Assim,
experimentando uma condi����o diferente, ser�� obrigado a aprender a
correta utiliza����o dos bens materiais de uma forma dura, quando o
poderia ter feito de maneira correta e cheia de recompensas futuras.
Aquele que fica preso aos bens que amealhou durante toda uma
vida com excesso de dinheiro ter�� que um dia perceber a inutilidade
do que �� apenas mat��ria. Vemos que entre os abastados �� muito grande
o n��mero dos casos de depress��o e de outras doen��as de origem
espiritual. Mesmo quando possuem acesso aos melhores m��dicos e
terapeutas, gastando dinheiro com todo tipo de ajuda, os que sofrem
por mau uso dos seus bens n��o conseguem melhorar. Seria t��o simples!
Bastaria abrir um pouco a m��o.
Dar apenas por medo, por vontade de escapar de um terr��vel castigo
futuro, tamb��m n��o tem muito valor. Conhe��o pessoas que sabem fazer
doa����es nas horas dif��ceis e o fazem como se dissessem a Deus que Ele
lhes est�� devendo algo em troca. Isso �� absolutamente in��til.
A verdadeira import��ncia do ato de generosidade est�� em
perceber o que Deus nos pede. Todos os dias, Ele nos faz pedidos
para que sejamos caridosos, colocando em nosso caminho a neces-
sidade. Sua generosidade �� tanta que Ele n��o se cansa de renovar os
apelos, dando muitas op����es para algu��m provar que tem um cora����o
atento ��s necessidades do semelhante. E n��o �� s�� na oferta de dinheiro
que est�� a caridade; ela tem outras formas de ser exercida.
Ent��o, passemos ao exerc��cio. Ele inicia com uma an��lise pessoal
116
dos espa��os que a caridade teve at�� hoje na sua vida. Perceba como �� para voc�� dar, se �� f��cil ou dif��cil. Tente ver se o ato de dar tem, para
voc��, liga����o com reciprocidade. Veja se a sua tend��ncia �� dar para
ser reconhecido ou exaltado. Ser�� que voc�� compra afeto com
presentes e agrados? Perceba tudo com bastante lucidez.
A seguir, passe a analisar as maneiras pelas quais voc�� tem sido
colocado frente a frente com a necessidade de fazer caridade, e o que
tem feito a respeito.
Depois, analise os seus recursos materiais e veja se a sua maneira
de utiliz��-los �� simples e racional, tentando perceber o que voc�� faz
com o que voc�� tem em fartura. Sei que os dias s��o dif��ceis, mas quem
sabe se voc�� n��o �� um privilegiado em meio a tantos desfavorecidos?
Ao encerrar a sua primeira etapa de an��lise, n��o sinta culpa por
constatar alguma falha, nem fique envaidecido por estar sendo
extremamente caridoso. A caridade n��o tem vaidade, mas tamb��m
n��o exige mais do que a pessoa pode fazer.
Agora, a segunda etapa do exerc��cio. Ela vai come��ar com a
escolha de algo a fazer, segundo as duas maneiras de exercer a
caridade: dar para o esp��rito e dar para o corpo. Alguns exemplos.
Dar para o esp��rito �� sorrir sempre, ser positivo e animador com quem
est�� triste; transmitir conforto e aten����o a quem est�� doente, escutar
desabafos, aconselhar com brandura ao ver algu��m cometer um erro,
ensinar onde procurar ajuda espiritual, fazer uma prece para ajudar
algu��m que sofre, ensinar uma ora����o, ensinar aos filhos o valor da
caridade. Dar para o corpo �� fazer uma contribui����o a uma entidade
assistencial, trabalhar por algumas horas num lugar onde se ajudam
pessoas carentes, participar de algum projeto comunit��rio que ajude
os mais pobres, recolher o que sobra nos arm��rios e distribuir a quem
necessita, levar brinquedos num asilo de ��rf��os no Natal ou no dia da
crian��a, levar a um hospital o que sobrou de uma festa, reciclar o seu
lixo e dar o conte��do aos lixeiros.
Estabele��a uma meta a cumprir, em que possa fazer caridade no
seu aspecto espiritual, e outra em que possa trabalhar com o lado ma-
terial. Dedique-se por longo tempo a cumprir essa meta, sempre indo
em frente com o objetivo determinado. Ningu��m pode fazer tudo, por
isso, n��o se inquiete querendo ir atr��s de todas as necessidades que
v��. Siga o rumo que tra��ou com firmeza, fazendo o que puder.
117
Por exemplo, voc�� pode ter resolvido fazer caridade espiritual
sendo uma pessoa sempre am��vel e alegre, que sorri para todos.
Permane��a com essa meta por muito tempo, assim, voc�� j�� estar��
fazendo sua parte para ajudar os seus colegas de trabalho, os seus
parentes, todos os que entram em contato com voc��. Se mais tarde
tiver vontade de ir al��m, pode ir, mas �� melhor ficar numa s�� meta do
que mudar a toda hora, deixando para tr��s o trabalho j�� realizado,
como uma fonte onde todos se socorriam e que, de repente, seca.
Conversar com as suas c��lulas
Esta atividade tem liga����o com a recupera����o do corpo f��sico
atrav��s da concentra����o de energia mental sobre cada parte que o
comp��e. Voc�� vai conversar com as suas c��lulas, ativando nelas as
fun����es ��s quais s��o destinadas.
As doen��as possuem uma origem espiritual e, enquanto os ��rg��os
ainda n��o foram lesados de forma total, sempre �� poss��vel restaurar o
seu bom funcionamento. Agindo com o fluido universal para recompor
tecidos, ativar processos qu��micos e colocar em andamento aquilo que
estava interrompido, todo homem pode recuperar a sa��de que lhe falta.
Este modo de agir implica uma vontade interior, mas pode ser realizado
quase mecanicamente, enviando mensagens ao subconsciente.
Para que uma cura aconte��a, �� necess��rio:
1. Perd��o.
2. Amor.
3. Verdade.
4. Ora����o.
5. Caridade.
6. Libertar a doen��a.
Vamos analisar cada um desses fatores, para que voc�� possa, ao
conversar com as suas c��lulas, estar enviando a elas a energia positiva
que ir�� recomp��-las. Essa energia dever��, para surtir efeito, estar
impregnada desses fatores.
O perd��o �� essencial �� cura porque muitas vezes a doen��a �� um
118
castigo que se d�� ao corpo. Esse castigo ocorre dessa forma: algu��m pensa que �� ruim, mau ou negativo, ent��o, se pune com uma doen��a.
H�� outra forma de perd��o necess��rio �� cura, aquele que se d�� ao
inimigo que nos atingiu. Este perd��o liberta o indiv��duo do rancor
que destr��i e do ��dio que adoece. Antes de querer a cura, perdoe a
voc�� mesmo e aos outros, ficando livre do veneno.
O amor �� o melhor dos rem��dios. Ele revigora o cora����o, d��
alegria e traz a boa sa��de sempre. Estar amando o tempo todo, tudo o
que nos rodeia, �� uma ben����o que afasta a dor e o mal-estar do corpo.
A verdade �� a coragem de ver as suas a����es de forma honesta,
avaliando o que fez, confessando a si mesmo ou a um sacerdote os
seus erros. Um erro que fica oculto �� lan��ado ao inconsciente e ali
permanece como uma cilada para a alma. Por exemplo, se voc�� fica
constantemente irritado com alguma coisa ou com algu��m, acaba,
como autodefesa, deixando de notar o que o irrita ou diz a si mesmo
que isso n��o importa. Mas, no fundo, a irrita����o permanece, nociva,
no seu inconsciente e atua no seu corpo como um elemento nocivo.
Ao confessar que sente irrita����o, ainda que saiba que mais tarde
evoluir�� para um est��gio mais harm��nico e que est�� tentando fazer
isso de uma maneira honesta, voc�� liberta o sentimento que estava
preso no seu interior, sendo isso uma poss��vel fonte da doen��a.
A ora����o traz a f�� �� consci��ncia, alimentando a alma com a sua
energia viva. A doen��a �� tratada e curada com ora����es.
A caridade, como sentimento que nos liga ��s necessidades
alheias, deixa as qualidades ego��stas anuladas. Nossas preocupa����es
se voltam aos problemas que vemos nosso semelhante enfrentar,
fazendo com que nossas a����es sejam dirigidas para fora do eu,
liberando energia em vez de acumul��-la.
O ��ltimo elemento que gera os males �� o fato de se reter a doen��a,
pensando muito nela, falando sobre ela o tempo todo, comentando os
tratamentos, mostrando os exames feitos, analisando as receitas e a
bula do rem��dio que se toma. Estar ligado a tudo o que lembra a
doen��a acaba por mant��-la perto de n��s, sem liberar sua energia.
Passemos ao exerc��cio. Sente-se num lugar tranq��ilo, use uma
roupa folgada e de cor clara; pode ser branca. Se quiser trabalhar deitado,
procure ficar num lugar duro, para manter o corpo em posi����o correta.
119
Inicie esfregando as palmas das m��os uma na outra, aquecendo-
as. Depois, coloque as duas m��os sobre o ponto em que voc�� se sente
fr��gil no momento, onde tem dores ou onde uma doen��a se manifesta.
Diga o seguinte:
(nome do ��rg��o)
Ative sua energia de a����o perfeita!
Voc�� foi criado completo e inteiro.
Retome sua natureza divina,
Cumprindo a tarefa para a qual foi criado.
(nome do ��rg��o)
Minha sa��de depende da sua boa atua����o.
Atrav��s das minhas m��os, flui para voc��
A energia que vem de Deus,
Facilitando todos os processos org��nicos.
C��lulas que comp��em (nome do ��rg��o),
Voc��s s��o purificadas pelos fluidos divinos!
Retomem a sua correta fun����o.
A seguir, repita v��rias vezes as palavras:
Eu perd��o.
Eu purifico.
Eu energizo.
Para terminar, use essa ora����o:
O amor de Deus me nutre,
Alimenta minhas c��lulas,
E recomp��e meu organismo.
Estou em paz e harmonia,
Meu corpo est�� agora perfeito e saud��vel.
Minha mente est�� serena,
Refletindo o amor divino que me invade.
120
A ��rvore
Esta atividade �� uma das minhas prediletas. N��o �� sempre que a
pratico, mas cada vez que o fa��o, minha energia se restabelece. H��
uma troca entre eu e a ��rvore que quase sempre acontece de um modo
diferente. Esse tipo de atividade �� muito usado nas antigas escolas de
ocultismo e magia que possuem origem celta, e pode ser aproveitado
por todos os que sentem simpatia com o que se prop��em, sem que
tenha nada que ver com magia, contudo. Considere apenas como uma
integra����o com um elemento da natureza.
Escolhi a ��rvore porque �� um elemento que pode ser encontrado
em qualquer tipo de cidade. Outros elementos s�� podem ser achados
no campo, fora das cidades. Para este trabalho, alguns detalhes devem
ser observados. Primeiro deve-se achar uma ��rvore que fique num
lugar n��o muito movimentado. O tr��nsito de pessoas pode perturbar
a concentra����o necess��ria; a polui����o dos autom��veis nas cercanias
s�� incomodaria. N��o �� poss��vel praticar respira����o e dedicar-se a uma
atividade a n��vel espiritual no meio de um lugar desordenado e
barulhento.
A ��rvore deve estar bem desenvolvida, ser forte e alta. O tipo de
��rvore n��o �� t��o importante, mas as que possuem casca muito ��spera
ou cheia de espinhos n��o s��o boas. As que t��m bichos devem ser evi-
tadas. Algumas ��rvores podem dar alergia, como o bordo, por isso, se
voc�� �� al��rgico, ter�� que tomar cuidado para escolher uma que n��o lhe
fa��a mal.
Outro detalhe: quanto mais pr��xima a ��rvore ficar de um lugar
perto do seu caminho di��rio, melhor ser�� a troca energ��tica, pois ela
poder�� se renovar com um simples toque, depois que voc�� j�� tiver
estabelecido uma liga����o com ela. Quem tem a possibilidade de usar
uma ��rvore de seu jardim est�� beneficiado, mais ainda se a tiver plantado.
Quem vai praticar o exerc��cio num lugar p��blico ter�� que
aprender a abstrair as pessoas que possam passar. Geralmente, esse
tipo de atividade chama um pouco de aten����o, embora as pessoas
estejam cada vez mais fazendo o que gostam, sem dar muita
import��ncia ��s opini��es. Mas, como me dizia uma instrutora espiritual:
comuns n��s n��o somos mesmo, mas ainda �� preciso parecer que
121
somos. Se o local for muito freq��entado, �� melhor n��o fazer o exerc��cio l��. Uma ou outra pessoa passando, tudo bem.
Depois que escolheu a sua ��rvore, sente-se ao p�� dela. Tire os
sapatos. Encoste as costas no tronco. Fa��a longas inspira����es e
expira����es com os olhos fechados. Quando houver harmonia na sua
respira����o, pode fazer exerc��cios respirat��rios, se quiser. Fique um longo
tempo com os olhos fechados, sentindo a ��rvore ��s suas costas, sempre
cuidando da sua respira����o. Mais tarde, erga os bra��os e vire as palmas
das m��os para tr��s, pegando o tronco, enquanto mentaliza que a energia
da ��rvore passa para o seu corpo atrav��s dos pontos de contato.
Quando achar que foi suficiente, fique de p�� e se vire de frente
para a ��rvore. Agora, encoste todo o seu corpo nela, at�� o rosto. Tente
envolver o tronco com os bra��os. Respire e fique assim mais um pouco,
mantendo os olhos fechados. Imagine-se renovado e energizado.
Encerre o exerc��cio afastando-se da ��rvore. Fique de p�� em frente
a ela e, com as m��os em posi����o de ora����o, agrade��a a Deus tudo o
que recebeu.
�� muito interessante quando podemos repetir o exerc��cio com a
mesma ��rvore de tempos em tempos. Ela se torna uma aliada. Voc��
tamb��m vai gostar de observar em que ��poca do ano ela d�� flores ou
frutos, de que cor ficam as suas folhas no outono, se as folhas caem
todas no inverno. A liga����o assim estabelecida refor��a e acaba sendo
favor��vel para os dois. �� por isso que prefiro as ��rvores, pois s��o
seres vivos. Elas, como n��s, morrem um dia.
Tenho algumas ��rvores importantes. Plantei uma delas e at�� hoje
ela ainda n��o deu flores, embora a tenha escolhido esperando que ela
desse, enfeitando o meu jardim: �� uma magn��lia. Essa �� a guardi�� da
minha casa. Outra, uma ameixeira, n��o me pertence, ela �� da minha
vizinha, mas os seus galhos entram pela janela da minha sala de cima,
onde gosto de ouvir m��sica. No m��s de agosto, posso comer ameixas
sentada na minha sala. Minha vizinha �� compreensiva e concordou em
n��o podar os galhos que chegaram at�� a minha casa. Outras s��o fonte
de muita luta: meus eucaliptos, que os vizinhos (do outro lado) detestam
e querem derrubar. Pode parecer coincid��ncia, mas a vida dos vizinhos
de um lado s�� progride e a dos outros s�� regride. Qual ser�� a liga����o?
N��o �� preciso ter ��rvores em casa para am��-las e usufruir a sua
122
prote����o. Se voc�� conversar com uma ��rvore, ainda que ela n��o seja sua, sentir�� a sua presen��a. Com o tempo, �� capaz de reagir
favoravelmente �� sua energia amiga, dando em troca toda a for��a de
que voc�� necessitar.
O exerc��cio poder�� ser adaptado para algum outro elemento
da natureza com o qual a pessoa sinta sintonia. Sendo poss��vel,
realize o exerc��cio com o mar, com uma rocha, com um rio, com a
areia da praia, com a terra, com o gramado. Alguns desses elementos
n��o s��o t��o vivos como uma ��rvore, mas at�� aonde vai sua vida n��o
podemos ter certeza. De qualquer maneira, a energia recebida ser��
de grande valor.
Preencher o dia
Esta atividade �� um dos primeiros recursos que pode ser utilizado
para tirar as pessoas de crises depressivas. �� algo muito simples e d��
resultado quando se nota que h�� pouca motiva����o para agir. Na maior
parte das vezes, �� necess��rio ter a ajuda de algu��m pr��ximo, mas isso
�� apenas para dar in��cio ao exerc��cio. Logo o processo entra numa
rotina que leva a pessoa a participar mais ativamente, pois ela nota
que obt��m resultados favor��veis.
A primeira parte do exerc��cio consiste em elaborar um hor��rio
no sentido de que a pessoa fique ocupada o tempo todo, sem que
tenha tempo a perder. As atividades f��sicas s��o bastante incrementadas,
para deixar o corpo cansado, o que vir�� ajudar no problema da ins��nia
que aflige muito os depressivos. A organiza����o do hor��rio deve
obedecer �� tend��ncias e aos gostos, mas precisa ter um car��ter
espartano, de dura disciplina, caso contr��rio n��o funciona.
Os itens importantes a constar nesse hor��rio s��o:
MANH��
1. Hora de acordar.
2. Hora de fazer exerc��cio f��sico.
3. Hora de cumprir obriga����es na rua.
4. Hora de preparar a refei����o.
5. Per��odo para um pequeno descanso ap��s o almo��o.
123
TARDE
1. Hora de fazer um trabalho manual.
2. Hora para organizar pap��is ou assuntos banc��rios.
3. Hora para fazer ora����es ou medita����o.
4. Hora para fazer relaxamento.
5. Hora de fazer compras.
NOITE
1. Hora para conversar.
2. Hora para ler.
3. Hora para ver televis��o ou para ouvir m��sica.
Essa �� apenas uma orienta����o b��sica que ter�� de atender aos
h��bitos pessoais, mas h�� algumas sugest��es que devam ser consi-
deradas. �� importante o envolvimento na prepara����o da alimenta����o,
pois a pessoa tem que entender que �� respons��vel pela sua nutri����o,
nem que seja ajudando quem cozinha a lavar as folhas da salada ou a
descascar os legumes. S�� arrumar a mesa n��o �� t��o v��lido, precisa
pegar na comida. Os assuntos na rua e o trabalho com os seus pap��is
ou bancos se destina a recompor o interesse pelos seus assuntos
pessoais pr��ticos e s�� devem ser deixados de lado quando h�� total
incapacidade. O mesmo serve para as compras.
A atividade s�� funciona se conseguir ocupar totalmente o dia,
com um esquema r��gido que n��o permita desvios. Tamb��m ��
importante alternar harmoniosamente as atividades mais simples com
as que envolvem mais for��a f��sica.
Quando est�� totalmente envolvido, o depressivo consegue sentir
um grande al��vio das suas tens��es, pois sabemos que a in��rcia o des-
gosta bastante. Nenhum depressivo se sente confort��vel na sua apatia.
Com um bom hor��rio, ele pode perceber que apesar de n��o estar
sendo produtivo, h�� ind��cios de que logo isso poder�� acontecer, pois
h�� na lista do que faz alguns assuntos mais pr��ticos.
Seguindo os itens listados, poder��amos montar:
MANH��
6h30min. Acordar, dizer uma frase positiva.
7h Fazer 10 minutos de exerc��cios respirat��rios.
124
7hlOmin. Caminhar at�� as 8h.
8h Tomar caf��.
9h Sair para resolver assuntos de rua, como ir ao banco
etc.
1 lh Voltar para preparar o almo��o.
12h Almo��ar.
12h30min. Deitar e descansar por meia hora ap��s o almo��o.
TARDE
13h.
Arrumar a cozinha do almo��o.
13h30min. Dedicar-se a alguma atividade manual.
14h30min. Sair a p�� para fazer compras.
16h.
Voltar para lanchar e tomar banho.
Cuidar de pap��is, como a correspond��ncia, e anotar
16h30min. as despesas.
Fazer relaxamento e ora����es.
17h30min.
NOITE
19h.
Jantar.
19h30min. Limpar a mesa do jantar.
20h.
Assistir �� televis��o por apenas meia hora (jornal).
21h.
Conversar com a fam��lia ou com amigos (pelo
telefone ou pessoalmente).
22h.
Ler, estudar, assistir ao v��deo ou ver televis��o at��
sentir sono. Se puder, antes de dormir, escutar
m��sica. Dormir numa hora que lhe permita repousar
de 6 a 8 horas, segundo a sua necessidade de sono.
Por favor, n��o sigam esse hor��rio sem fazer adapta����es neces-
s��rias, pois ele �� apenas um exemplo. O exerc��cio tem que ser feito
com o envolvimento pleno do interessado, se n��o o seu efeito ser��
nulo. A ��nica vantagem de ter um hor��rio bem determinado para
cada coisa �� que a pessoa vai se obrigar, por um per��odo, a "se mexer".
Logo que retomar o h��bito, ela achar�� f��cil acrescentar ao hor��rio
aquilo que a tornar�� de novo envolvida com o que lhe �� de fato im-
portante, e que havia abandonado em fun����o da crise.
O hor��rio tem um tempo certo para funcionar; se esse tempo se
tomar muito longo, n��o foi v��lido. �� justamente a constante adapta����o
125
do hor��rio que faz com que a vida volte a fluir. Considero de uma semana a um m��s um per��odo mais do que suficiente. Se n��o adiantou,
�� melhor mudar de t��tica.
Pode haver um hor��rio para cada dia da semana, e isso j�� ser��
uma evolu����o, pois revela que a pessoa tem v��rios compromissos.
O anjo da guarda
Essa �� uma atividade bela e inspiradora, pois aproximar�� os
seres especiais, diretamente ligados a Deus. Os anjos sempre est��o
prontos a ajudar, e o anjo da guarda �� o mais f��cil de ser invocado,
pois ele nunca se descuida da nossa prote����o.
Fa��a o exerc��cio de prefer��ncia no dia da semana em que nasceu,
se n��o, pode realiz��-lo num domingo. Escolha se quer ficar num
ambiente fechado ou ao ar livre, isso vai depender das suas
prefer��ncias e do tempo de que voc�� disp��e.
Vista roupa clara e limpa. Prepare o ambiente com cuidado,
acenda velas brancas, lil��s e azuis, o n��mero n��o importa. O incenso
deve ser floral: rosas ou violetas s��o aromas agrad��veis. Tenha uma
ta��a com ��gua e cristais por perto, podendo substituir o cristal por
terra. Se for poss��vel ter m��sica, escolha cantos gregorianos.
Inicie com um pedido a Deus de prote����o, como esse:
Meu Deus, todos os seres que foram por v��s criados
Merecem igualmente a vossa prote����o.
Sei que sou mais uma das vossas criaturas
E que n��o devo me considerar maior do que nada no universo.
Contudo, rogo-vos que me guardeis do mal e
Suplico-vos a gra��a de ser merecedor (a) do vosso amor.
Feche os olhos e respire v��rias vezes, tranq��ilizando o ritmo
respirat��rio. Quando se sentir em harmonia, abra os olhos e passe a
considerar um a um os elementos que comp��em o lugar.
Fixe os olhos primeiro na chama de uma das velas. Olhe por bas-
tante tempo, at�� sentir que tudo ao redor perde o contorno e s�� existe a
luz que ela emite. Imagine, ent��o, que a for��a do fogo est�� passando
126
para a sua alma, dando-lhe toda a energia de que precisa para agir.
Em seguida, pegue nas m��os um dos cristais, uma pedra ou um
punhado de terra. Feche os olhos e imagine que, atrav��s da sua pele,
a sua alma recebe a energia do elemento terra. Ele cont��m todas as
ofertas materiais da natureza para voc��, sendo capaz de supri-lo de
conforto e de dinheiro. A for��a recebida permite-lhe ter.
Quando terminar com o cristal, pegue o incenso que est��
queimando e o coloque bem na sua frente. Olhe-o por longo tempo,
observando como a fuma��a faz evolu����es. Veja como ela sempre se
dirige para o alto e se espalha livre em todas as dire����es. Para criar
formas bonitas na fuma��a que produz, o incenso precisa ser de boa
qualidade, se n��o ele apenas vai ter um efeito fraco. O elemento ar,
simbolizado pelo incenso, traz liberdade e intelig��ncia, que s��o
qualidades t��o libertas quanto a fuma��a. Imagine a sua alma livre,
voando; queira ser exatamente como ela.
Por fim, pegue a ta��a com ��gua, molhe o dedo m��dio da m��o
direita na ��gua e passe na sua testa e na nuca. Feche os olhos e sinta
por algum tempo como o seu cora����o bate. Ele acolhe e expressa as
suas emo����es, que a ��gua representa. Sem as emo����es, o homem
pouco valor teria, pois tudo o que ele fizesse, tivesse ou fosse, seria
apenas uma forma exterior. As emo����es fazem sentir, que �� a maior realiza����o da alma.
Ao terminar a sua sintonia com os elementos, repita num tom
de voz aud��vel as quatro palavras-chave que trabalhou:
Agir
Ter
Ser
Sentir
Agora, a sua alma j�� est�� alimentada com todas as energias que
a levam a se expressar. Voc�� poder�� passar para a segunda parte do
exerc��cio, que �� entregar a guarda da sua alma ao anjo. Essa etapa
implica uma confian��a profunda, numa total cren��a na presen��a dele
por perto. Comece por fazer uma ora����o:
Meu anjo da guarda,
Sinto tua forte presen��a.
127
Entrego-me, confiantemente,
A tua prote����o.
Feche os olhos e imagine o anjo ��s suas costas, com enormes
asas a envolv��-lo. Fique assim, por longo tempo, at�� sentir que a
liga����o se desfez.
Abra, ent��o, os olhos e agrade��a de cora����o a d��diva que
recebeu. Levante-se lentamente, como quem acaba de acordar e com
muita calma, v�� colocando cada elemento usado no seu devido lugar,
deixando tudo arrumado como estava.
Ora����es di��rias
Para recuperar a boa sa��de e a vontade de viver, fazer ora����es ��
uma maneira de recuperar a f��. Sem f�� no processo da cura, a pessoa
n��o pode se recompor. Neste exerc��cio, propomos que se fa��a todo
dia uma ora����o, durante quatro semanas.
No cap��tulo seguinte, h�� uma an��lise sobre as preces que poder��
acrescentar mais coisas �� sua forma de atua����o. Aqui, vamos nos
limitar a comentar e a fazer a descri����o do exerc��cio proposto.
Ser��o vinte e oito dias, mas cada ora����o ser�� repetida quatro vezes
apenas, pois h�� uma para cada dia da semana. Vou explicar o que cada
uma delas pedir��, para que a seq����ncia possa demonstrar a sua l��gica.
No domingo, a ora����o demonstra a f�� em Deus, na qual a pessoa
se mostra crente e confiante na divina prote����o que receber��.
Na segunda-feira, a ora����o �� uma entrega a Deus, na qual a
pessoa pede que a orienta����o divina o conduza.
Na ter��a-feira, a ora����o �� um pedido de ajuda para trabalhar as
defici��ncias pessoais com apoio de Deus.
Na quarta-feira, a ora����o feita pede a ilumina����o para poder
compreender o destino individual.
Na quinta-feira, a ora����o pede b��n����os para o trabalho, fazendo
com que o resultado do esfor��o pessoal reflita prosperidade.
Na sexta-feira a ora����o pede amor para a humanidade, paz e
harmonia entre os homens.
No s��bado, a ora����o �� feita para louvar o corpo, pedindo para
que ele sempre cumpra a sua fun����o de modo perfeito.
128
Escolha um hor��rio para fazer a sua ora����o, procurando fazer
com que ele seja o mesmo durante o per��odo do exerc��cio. Claro que,
se mudar o hor��rio, isso n��o interferir�� em nada no valor da atividade.
Apenas sugerimos que seja num mesmo hor��rio para que a rotina se
estabele��a. As primeiras horas da manh�� s��o perfeitas, pois a natureza
reflete uma paz harmoniosa, quase sem ru��dos humanos. Ao amanhecer
h�� mais tranq��ilidade, pois a essa hora os not��vagos j�� se recolheram e
os trabalhadores ainda n��o se levantaram.
Seja estiver praticando exerc��cios respirat��rios, poder�� fazer suas
ora����es logo depois, porque eles preparam a mente com uma oxigena����o
extra, que a deixa mais l��cida e vibrante.
Ao orar, respeite a verticalidade, que indica a dire����o para onde as
ondas vibrat��rias emitidas pela sua prece dever��o se dirigir: para o alto.
Rezar deitado �� apenas para pessoas incapacitadas; prefira faz��-lo de p��,
de joelhos ou sentado, com as m��os unidas, apontando para cima.
Caso n��o aprecie as ora����es propostas, substitua-as por outras, mas
procure observar o tema usado no exerc��cio para cada dia, mantendo-o.
Domingo
Senhor, apelo a v��s.
Entrego �� vossa dire����o o meu destino,
Confiantemente.
Pe��o-vos que me conduzais
Ao futuro brilhante que me preparastes.
Segunda-feira
Senhor, caminho livre.
Guiado por v��s, irei alcan��ar
O perfeito equil��brio e a felicidade.
Meu Deus, amparai vosso filho.
Para que seu p�� n��o tropece jamais!
Ter��a-feira
Meu pai, ensina-me a ser merecedor
Das vossas d��divas.
Fazei com que eu aprenda as minhas li����es
129
Com honestidade, aperfei��oando minha alma.
Eliminai de mim os sentimentos malignos,
Deixando que a minha natureza perfeita aflore.
Quarta-feira
Deus de amor, permiti-me compreender
O plano divino que tendes tra��ado para mim.
Auxiliai-me na concretiza����o dos meus ideais,
Afastando de mim todas as interfer��ncias
Astrais ou humanas que se interponham.
Quinta-feira
Senhor, assumi agora o comando
De todas minhas atividades materiais.
Ensinai-me a ser produtivo e a colher,
Prosperamente, os frutos de meu labor.
Que minhas obras possam refletir meu amor
Por v��s!
Sexta-feira
Meu pai de luz!
Ajudai-me a manter vivo o meu amor por v��s, e
Que o amor do meu cora����o possa se irradiar
Pela terra, sempre vibrante.
Que ele leve vossa felicidade aos meus semelhantes,
Aliviando todo pesar que possa encontrar.
S��bado
Senhor, ajudai-me a transformar as
Minhas limita����es f��sicas em perfei����o.
Amo o corpo que me destes, fa��o dele
Vosso altar, onde sempre irei
Adorar-vos.
!30
Um presente para voc��
Esta ser�� a ��ltima atividade descrita, porque a sobremesa sempre
fica no fim. Na teoria, todos deveriam achar f��cil de fazer este
exerc��cio, mas isso �� s�� uma teoria. A tend��ncia de estar sempre
negando a si mesmo aquilo que d�� prazer termina criando certa
incapacidade de buscar o que �� prazeroso na vida.
A m��e faz isso com os filhos, a esposa com o marido: o melhor
sempre fica para eles. O pai deixa de gastar consigo, mesmo que
precise muito, para presentear o filho. Um homem �� capaz de passar
a vida toda se sacrificando num trabalho que detesta, para suprir
necessidades que n��o s��o suas. Esses sacrif��cios est��o por toda parte.
O pior do sacrif��cio �� que ele �� aceito pelo beneficiado, que n��o faz
quase nada para aliviar a carga do outro.
E por que algu��m se sacrifica? Pelo sentimento de culpa, essa terr��vel
sensa����o de estar devendo, de ter errado, de precisar se castigar. Mas
tudo isso s��o coisas que um psic��logo poder�� explicar melhor que eu.
Vamos aliviar o peso. Essa atividade ser�� levada a cabo durante
quatro semanas. Escolha um dia da semana em que possa dispor de uma
tarde ou de uma manh�� apenas para si. Comece separando uma boa
roupa, bem bonita, para sair. Tome banho, arrume-se e v�� para a ma.
Se quiser arrumar o cabelo ou cort��-lo num sal��o, melhor ainda.
V�� depois andar um pouco num lugar bonito, onde haja muita gente.
Pode ser num shopping ou numa rua movimentada. Ande sem pressa,
aprecie as pessoas, as vitrinas.
Voc�� pode ir a um cinema, entrar numa biblioteca ou visitar
uma exposi����o de pinturas. Entrar em floriculturas, lojas de artigos
para decora����o ou de presentes de casamento �� ��timo, pois a beleza
que v�� ir�� expandir a sua alma.
Evite lojas de departamentos, principalmente se houver liqui-
da����o. Mas visite uma loja de discos, quando houver um vendedor
educado. Pe��a para ver sedas ou veludos numa loja de tecidos, pegue
e sinta a textura deles nas m��os. Experimente um perfume num loja
fina. Voc�� n��o saiu para consumir, apenas para apreciar. N��o interessa
se n��o tem dinheiro para essas coisas. O que voc�� estar�� fazendo ��
um exerc��cio e o objetivo dele �� captar energias.
131
Quando sentir que j�� est�� cansado, sente-se para apreciar as
pessoas. Evite formar conceitos ou sintonizar sofrimentos que perceba
numa ou noutra. Olhe, sentindo que faz parte da multid��o. Sinta-se
bem an��nimo. Evite olhar nos olhos de algu��m.
Depois, fa��a algo s�� para voc��, que julgue absurdo ou extrava-
g��ncia. H�� uma lista enorme de coisas que podem ser feitas, mas as
melhores para esse tipo de exerc��cio s��o alimentos. Vou dar uma lista
para que voc�� tenha um exemplo:
1. Um peda��o de torta com bastante creme de chantilly.
2. Um sorvete daqueles bem enfeitados.
3. Um enorme pacote de pipocas.
4. Um algod��o-doce.
5. Uma grande barra de chocolate.
Outras, que n��o s��o de comer:
1. Tirar os sapatos, se seu p�� estiver cansado.
2. Comprar algo de que gostou muito, mas que �� caro.
3. Visitar um amigo ou uma amiga no seu servi��o.
Quando terminar, volte para casa. Nesse dia, n��o fa��a nada de
trabalho dom��stico ao chegar. Se �� dona de casa, deixe tudo pronto
antes de sair. Entre em casa como se fosse a visita que chega. Sente-
se na sala para tomar alguma coisa. Pode servir-se de um cafezinho,
um licor, um vinho-do-porto ou at�� mesmo uma ta��a de champanhe.
N��o �� preciso ter motivo para abrir uma champanhe. Sinta-se bem
com voc�� mesmo.
Depois, ande pela casa tirando alguma coisa boa das gavetas,
que usa apenas em ocasi��es especiais, e comece a us��-la. Por exemplo,
todo o mundo guarda os talheres mais bonitos para as visitas, n��o ��?
Passe daqui para a frente a us��-los com voc��. Eu aprendi isso com o
meu marido. Quando nos casamos, ganhamos tr��s faqueiros e eu
perguntei a ele qual, entre os dois mais simples, ir��amos usar. Ele foi
at�� o arm��rio e pegou o mais bonito, que eu tinha deixado para visitas,
e disse que queria o melhor, pois n��s merec��amos. Muitas vezes, n��s
dois comemos ovo frito em pratos de porcelana com talheres de prata!
132
Depois que o h��bito de ter o melhor poss��vel se instala, a vida
acaba por trazer apenas o melhor, e o segredo est�� a��: passar a acreditar
que merecemos.
133
Sexta Parte
ALGUNS PONTOS PARA
PENSAR
Nesta parte do livro, vamos colocar algumas quest��es que
necessitam de reflex��o profunda, pois s��o pontos de conflito,
geradores de depress��o. Talvez seja doloroso pensar em alguns deles
e se n��o puder faz��-lo no momento atual, deixe para depois, mas n��o
fique fugindo no sentido de encarar uma dificuldade, quando ��
necess��rio, pois algum dia ser�� preciso enfrent��-la.
A alma anseia por muitas experi��ncias novas, quer aprender
mais e melhorar constantemente. Nada melhor para ela do que ser
alimentada com pensamentos de alto n��vel, para que possa sentir o
quanto est�� indo para a frente.
D�� tempo para que os seus pensamentos, palavras e atos sejam
realizados conscientemente, em vez de agir apenas por impulso. Esse
tipo de atitude exige reflex��o, ponderando longamente sobre quest��es
��ticas, assumindo posturas morais elaboradas. Isso �� crescer como
ser humano.
A impermanencia da depress��o
A impermanencia �� uma quest��o essencial na vida de todo
homem. Ela �� geradora de muitos problemas, como o apego, o ci��me,
a inseguran��a e o medo. Tendemos a fugir sistematicamente da id��ia
de fim, de interrup����o ou de mudan��a radical. Construindo casas
s��lidas, tendo cadernetas de poupan��a, comprando bens que n��o
desvalorizem. �� uma lei divina que tudo acabe na mat��ria, pois a
135
natureza material �� mut��vel. Revoltar-se contra isso �� perder tempo e gastar energias de modo in��til, pois nada poder�� mudar essa lei.
O que existe �� o medo de que as coisas agrad��veis n��o possam
ser prolongadas indefinidamente. Por isso �� que tememos perder a
vida, e esse �� um bom ponto por onde come��ar. Proponho que se
analise com calma o tema da morte, por exemplo.
Temos consci��ncia da morte, ainda que nos neguemos a encar��-
la como real. Ela �� o fim da vida na mat��ria, mas traz uma oportunidade
de outra vida, completamente nova. Esperar por essa nova vida, com
outras oportunidades, nos aproxima da morte, que tanto tememos.
N��o ser�� uma atitude mais sadia renovar-se a partir de j��? Abandonan-
do atitudes mal-orientadas, um novo homem pode fazer progressos,
e na personalidade nova n��o restar�� nada da antiga. Essa �� a morte
mais desejada: a morte do EU pequeno, imperfeito.
Outro aspecto, agora positivo, da impermanencia est�� na quest��o
das doen��as, e a�� se encaixa o nosso problema central: a depress��o.
Nenhum mal �� permanente, tudo cessa em algum momento. As
doen��as tamb��m t��m o seu final. Vemos que antigos males que
arrasavam popula����es inteiras hoje n��o mais existem, como a var��ola,
por exemplo. Reter e obrigar uma doen��a a permanecer conosco ��
contra a lei natural do fim das coisas materiais. Libere a doen��a de si
e ela n��o ficar��. Estar em descompasso com a ordem c��smica, que
prev�� o final de todas as coisas, s�� alimenta a doen��a. Cada homem
que empreende um esfor��o sincero no sentido de se ajustar, criando
mais harmonia na sua vida, descobrir�� que pode fazer por si mais do
que qualquer rem��dio ou terapia.
N��o pense "eu sou depressivo", mas diga para si "eu estou
depressivo e essa n��o �� uma situa����o permanente".
Pedi e recebereis
A maior b��n����o de um homem �� compreender que Deus, na sua
infinita bondade, quer lhe oferecer tudo. Portanto, �� tolo quem n��o
pede a Deus aquilo de que tem necessidade. Pe��a sempre, a todo
momento. A ora����o �� o meio de chegar a Deus; ela tudo pode.
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As vibra����es amorosas de Deus est��o preenchendo todo o
universo, todos podem receb��-las se forem capazes de ter amor no
cora����o. N��o �� um amor na teoria que faz as pessoas dizerem que o
mundo s�� vai melhorar atrav��s dele, e depois guiarem seus carros
ofendendo a todos que n��o correm como eles. Se algu��m tem orado
muito e n��o tem recebido as gra��as almejadas, consulte o seu cora����o,
para ver se ele n��o est�� precisando de amor, repense os seus atos para
ver se n��o causam dano.
�� bom ter algumas ora����es mais significativas na mem��ria para
poder, a qualquer momento, us��-las. Ora����es que estimulam e pedem
for��as contra inimigos ocultos s��o especialmente indicadas para de-
pressivos. Entre muitas, selecionei duas, que me parecem bastante
importantes.
SALMO 141
(de Davi, quando estava na caverna)
I
Ao Senhor brado a grandes vozes,
A grandes vozes imploro ao Senhor.
Expando na sua presen��a a minha inquieta����o,
Diante dele exponho a minha ang��stia.
Quando ansioso se agita o meu esp��rito,
V��s conheceis o meu caminho.
II
Na vereda em que ando,
Ocultaram-me um la��o.
Olho �� direita e vejo:
Ningu��m que de mim cuide,
Nenhum lugar para onde possa fugir,
Ningu��m que vele pela minha vida.
III
A v��s, Senhor, clamo;
Eu digo: sois meu ref��gio,
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Meu quinh��o na terra dos vivos.
Atendei ao meu brado;
Extrema �� minha mis��ria.
Livrai-me dos meus perseguidores,
Porque s��o mais fortes que eu.
Tirai-me da pris��o,
Para que eu agrade��a ao vosso nome.
Os justos h��o de acorrer ao redor de mim,
Quando me fizerdes este benef��cio.
SALMO 91
(exalta a bondade de Deus)
I
Bom �� louvar o Senhor.
E cantar salmos, Alt��ssimo, ao vosso nome;
Publicar pela manh�� a vossa miseric��rdia,
E, durante as noites, a vossa fidelidade
Na lira de dez cordas e na c��tara,
Aos acentos da harpa.
V��s me alegrais, Senhor, com as vossas a����es;
Exulto com as obras de vossas m��os.
II
Qu��o gloriosos, Senhor, s��o os vossos feitos,
Qu��o profundos os vossos des��gnios!
N��o compreende estas coisas o insensato,
Nem as percebe o n��scio.
Ainda que flores��am os ��mpios como a relva,
E resplande��am os oper��rios do mal.
A um exterm��nio eterno s��o destinados.
Mas v��s, Senhor, permaneceis eternamente nas alturas.
III
Eis que vossos inimigos, Senhor,
Vossos inimigos h��o de perecer,
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E h��o de dispersar-se os obreiros do mal.
Exaltastes a minha for��a, como a do b��falo,
E com ��leo puro me ungistes.
Meus olhos viram com desprezo os inimigos,
E dos meus contr��rios boas novas ouviram meus ouvidos.
Como a palmeira, florescer�� o justo,
Elevar-se-�� como o cedro do L��bano.
Plantados na casa do Senhor,
Nos ��trios de nosso Deus h��o de florir.
Dar��o frutos ainda na velhice,
Cheios de seiva e de vi��o,
Para proclamar que �� reto o Senhor,
Meu rochedo, e nele n��o h�� injusti��a.
Metamorfose ambulante
Esta express��o �� de Raul Seixas. Ela sacode tudo o que se recusa
a evoluir e est�� de acordo com o esp��rito que deseja sair de uma
estabilidade que o impede de crescer. Ser uma metamorfose ambulante
estimula as mudan��as constantes, necess��rias para aquele que n��o quer
criar em si um impedimento ao progresso, por isso gosto muito dela.
No salmo 91, transcrito acima, o salmista fala das ��rvores que,
plantadas na casa do Senhor, ainda d��o frutos na velhice. Um homem
pode dar seus mais belos frutos e flores na fase madura da sua vida,
quando se recusa a permanecer estacionado. Ao encarar a evolu����o
como uma das prioridades existenciais, o crescimento ser�� apenas
uma conseq����ncia. Fica abatido o homem de meia-idade ou o idoso
que n��o evolui, vendo para si mesmo um futuro sem muitas
oportunidades de crescimento. A maturidade e a velhice libertam o
indiv��duo das obriga����es repressivas da juventude. N��o �� preciso mais
ser t��o bonito ou atraente, n��o �� mais necess��rio ficar tanto tempo
envolvido com os filhos, n��o tem tanta import��ncia o dinheiro.
Os jovens precisam tamb��m manter viva essa vontade de mudar,
n��o s�� ligada ��s modas materiais, pois em muitos jovens h�� certos
conceitos que s��o muito estacionados, que eles t��m dificuldade para
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deixar evoluir. Podem falar a g��ria da ��poca, usar roupas avan��adas e aceitar coisas que seus pais nem poderiam imaginar. Essas atitudes
mudam de um ano para outro, mas as mudan��as s��o superficiais,
dentro da alma nada se altera.
N��o h�� possibilidade de acolher a negatividade por muito tempo
quando se est�� em constante evolu����o. Comparo a alma de algu��m
que muda sempre, atualizando seus valores a padr��es cada vez mais
altos, com uma casa alegre e movimentada, em dia de festa. L�� n��o
h�� cantos escuros nem sil��ncio. No entanto, a dificuldade para mudar
e evoluir pode criar a escurid��o dos conceitos r��gidos, onde a alma
poderia ser vista como um p��ntano de ��guas paradas e podres. Em
qual dessas almas a negatividade vai preferir se alojar?
Sempre existe tempo para mudar. A toda hora �� poss��vel reformu-
lar posturas, aprender a dar, viver com mais amor, compreender melhor.
Ser jovem �� ter entusiasmo
Todo o mundo diz que n��o �� o n��mero de anos vividos que
define a idade de uma pessoa. O que conta �� a sua vontade de viver.
Isso �� quase verdade, embora a maior parte dos homens e mulheres
na chamada faixa da terceira idade n��o pense assim. �� claro que dores
nas costas, peso nas pernas e outros impedimentos f��sicos atrapalham
bastante quando se deseja fazer o que um jovem faz. Mas isso s��
acontece com as atividades f��sicas, no mundo da mat��ria. Na vida
espiritual, a alma cresce a cada vida e numa s�� exist��ncia ela pode
dar grandes saltos evolutivos.
A energia de viver vem da certeza de estar aumentando suas
qualidades espirituais. Um homem assim empenhado vai sentir a cada
dia mais motivos para continuar vivendo. A alma que sente possibili-
dades maiores de crescimento ama o corpo que a abriga e refletir��
seu contentamento com boa sa��de.
Algumas pessoas acham que, buscando a conviv��ncia com os
jovens, estar��o se tornando tamb��m jovens de novo. Outras procuram
acompanhar os h��bitos atuais nas roupas, prefer��ncias musicais,
divertimento e lazer, tentando imitar a maneira de quem �� jovem
proceder. Esse comportamento �� sadio desde que se compreenda o
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que est�� acontecendo como uma busca energ��tica. Quando acontece
uma substitui����o de valores, s�� poder�� gerar tens��o.
No contato com o jovem, o homem maduro vai receber uma
energia vigorosa, que capacita �� a����o. Essa energia recebida n��o
enfraquecer�� o jovem, porque ele a possui de sobra. Mas �� necess��rio
que haja uma troca de energias para que nenhum dos dois se desequili-
bre. O homem mais velho tem mais energia para a concretiza����o, que
ele poder�� fornecer na forma de relatos de experi��ncias, conversas
esclarecedoras sobre todos os temas da vida, onde indicar�� caminhos
de realiza����o e avisar�� das ciladas que podem criar momentos de derrota.
Todo jovem adora conversar com pessoas maduras que n��o
assumem o papel de professor. At�� mesmo os filhos, se desde cedo
forem ouvidos, n��o cortar��o o di��logo com seus pais. Quando existe
est��mulo para a conversa numa fam��lia, �� poss��vel resolver tudo sem
muito atrito. Mas aos dois lados deve ser dada a oportunidade de se
expressar. As conversas �� mesa, os momentos de sentar juntos para
tratar de assuntos comuns podem servir ��s trocas energ��ticas que
equilibram as duas partes.
O homem ou mulher que n��o tem filhos, ou se os tem, j�� perdeu a
possibilidade de realizar com eles essa renova����o energ��tica, sempre
poder�� encontrar outros jovens. A vida ensina que muitas liga����es
familiares c��rmicas s��o cheias de dificuldade e jamais trar��o as alegrias
da paz do relacionamento. Mas acredito firmemente que numa mesma
vida se pode encontrar um filho melhor do que o carnal, uma irm�� mais
amiga que aquela com quem se tem la��os de sangue, pais mais
compreensivos que os verdadeiros. A humanidade �� uma fam��lia espiritual
��nica e achar que apenas na fam��lia carnal est�� nossa realiza����o, �� desejar
sofrer, pois n��o existem fam��lias sem situa����es c��rmicas.
Vivendo cada idade da maneira certa, mas nunca perdendo o
entusiasmo, o homem chega ao fim da sua vida com os olhos brilhantes
e a mente clara como a de qualquer jovem.
A mentalidade da faca
Uma vez, faz muito tempo, li num livro sobre zen-budismo a
respeito da mentalidade da faca. Era algo bastante simples, mostrando
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que h�� algumas horas em que �� apenas a solu����o de corte que a faca traz, o caminho mais adequado para resolver uma situa����o que
incomoda muito.
A partir desse dia, fiquei muito pensativa sobre os tais cortes,
pois n��o sou de desistir de nada e pensava como um corte poderia ser
ben��fico, principalmente em quest��es mais complexas e que podem
envolver o karma.
Tive, realmente, poucas vezes a oportunidade de usar a menta-
lidade da faca, na verdade uma s��. Mas a vida me ensinou que ela ��
efetiva, traz al��vio e tem a hora certa para ser usada.
Uma faca �� feita para cortar. O que ela separa nunca mais poder��
ser unido, por isso �� uma separa����o definitiva a que �� realizada pela
faca. N��o pode acontecer gradativamente, pois a faca corta com um
golpe s��. S��o essas as caracter��sticas que regem a mentalidade da
faca: um corte, definitivo, de um golpe s��.
Pelas caracter��sticas, percebe-se que nunca se usa a mentalidade
da faca sem muita reflex��o interior. Ela �� uma solu����o m��xima, sem
a qual a integridade espiritual estar�� comprometida. �� uma quest��o
de sobreviver inteiro numa situa����o grave.
Algu��m que se aborrece com um emprego e resolve sair n��o
pode usar a mentalidade da faca. Tem antes que achar outro emprego,
e, ao encontrar uma atividade substituta, n��o estar�� usando a menta-
lidade da faca, estar�� apenas realizando uma troca.
Algu��m que deseja se separar do c��njuge pode ou n��o usar a
mentalidade da faca. Se for uma separa����o que envolve tempo, acertos
jur��dicos, isso n��o �� caso para a faca, pois mesmo que n��o o deseje,
continuar�� tendo que manter liga����o com a pessoa e cortar o relacio-
namento de todo, s�� far�� com que a situa����o se prolongue mais. Num
caso em que h�� total desacerto, como, por exemplo, quando h��
alcoolismo, uso de drogas ou amea��as f��sicas, talvez a mentalidade
da faca seja a solu����o at�� como modo de sobreviver.
Quando funciona, ent��o, a mentalidade da faca? Ela pode ser usada
nos casos em que �� necess��ria uma a����o dr��stica. Nos relacionamentos,
se a pessoa sente que vai morrer se continuar com a energia do outro por
perto e isso n��o se aplica apenas ao casamento, pois certas rela����es
familiares s��o atrozes. Nas quest��es ��ticas, onde se toma imposs��vel
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pactuar com o que est�� sendo feito numa empresa ou atividade. Com nossas atitudes negativas, das quais temos dificuldades extremas para
nos libertar. Com um h��bito nocivo, com um v��cio.
O depressivo que n��o est�� sob ass��dio pode exercer a menta-
lidade da faca sobre as causas de sua depress��o e sobre ela pr��pria. A
depress��o mata a longo prazo e libertar-se dela �� uma quest��o de
sobreviv��ncia.
N��o use a mentalidade da faca sem antes fazer um per��odo de
reflex��o adequado �� an��lise do problema. Esteja certo de n��o agir
sob impulso, para n��o se arrepender. E depois que se resolver, aja
r��pido e firme, direto sobre o problema. Mas, por favor, compreenda
que a mentalidade da faca �� uma a����o mental; nunca pense em p��r a
m��o numa faca de verdade para realizar o corte necess��rio!
Um o��sis
Essa considera����o tem import��ncia. Ela fala do repouso que se
deve dar ao corpo e �� mente. O o��sis �� aquele lugar, no meio de um
deserto, onde os viajantes se abrigam para descansar. L�� eles bebem,
dormem e ficam at�� que possam prosseguir.
Quando se intercalam os momentos de atividade intensa e de
desgaste emocional com per��odos de repouso adequado ou de
relaxamento, pode-se evitar que haja o estresse f��sico e emocional,
que s��o componentes de muitas depress��es.
O o��sis f��sico �� encontrado num lar tranq��ilo, onde se repousa
no fim de semana, numa atividade esportiva agrad��vel, sem muito
desgaste do corpo. Nas horas de dedica����o a um hobby ou a uma
tarefa assistencial. Sem ele, o corpo ativo acaba ficando com a sua
vitalidade comprometida. Quem n��o possui um o��sis f��sico acess��vel,
poder�� usar o recurso da visualiza����o criativa para criar um.
Ao criar uma n��tida imagem mental de um o��sis, procure faz��-
lo exatamente como a palavra lhe sugere. Imagine as palmeiras, a
��gua, as areias, as sombras e a brisa. Instale-se no seu o��sis nos per��o-
dos em que relaxa ouvindo m��sica, ou mentalize a sua exist��ncia
antes de dormir, chegando l�� mais tarde, em proje����o astral.
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As pessoas depressivas devem evitar longos per��odos num o��sis,
seja ele f��sico ou imagin��rio, mas podem usar esse recurso para
recompor a sua energia atrav��s do repouso.
Os o��sis que facilitam a recupera����o espiritual est��o ligados ��
beleza e �� arte. Eles podem ser um concerto de m��sica cl��ssica, uma
visita ��s galerias de arte ou a exposi����es p��blicas de artistas famosos.
Ter algumas fitas de boa m��sica e um livro com reprodu����es das
obras dos grandes mestres permite criar o o��sis em casa.
Um templo religioso �� um o��sis para a alma cansada. N��o precisa
ser o templo da sua religi��o, pois Deus habita todos os lugares sagrados.
Observe como se sente no lugar; depois, achando que est�� em harmonia,
relaxe. Feche os olhos e aproveite a paz, sintonize bons fluidos, recupere-
se. Ao terminar, fa��a as suas ora����es com pedidos e agradecimentos.
Os melhores mestres: os inimigos
Meus melhores mestres foram os meus inimigos. Com eles
aprendi a enfrentar o mal, e tenho diploma de guerreira. H�� um dia
na semana em que as minhas ora����es s��o dedicadas a esses seres,
entidades espirituais e f��sicas, com agradecimento pelo que me
ensinaram e com pedidos para que possam, como eu, evoluir.
Um inimigo �� um enviado de Deus. Ele vem nos testar, ensinar
e aperfei��oar. Ele chega sem avisar, nem nos d�� tempo para preparar
as armas de defesa. Ataca sempre primeiro e no motivo do seu ataque
est�� o amor que n��o sabe ou n��o pode expressar. Ele �� um profundo
sofredor, pois cada golpe que desfere em n��s �� uma d��vida espiritual
que assume ou uma condi����o estacion��ria que atrasa seu processo
evolutivo no mundo espiritual.
O depressivo tem inimigos no mundo espiritual e f��sico, e a sua
energia foi muitas vezes anulada pela for��a dos ataques recebidos.
Quando puder compreender que, de alguma forma, atraiu o seu
inimigo, ter�� in��cio a primeira oportunidade de afast��-lo. Afasta-se
um inimigo com a mudan��a do padr��o energ��tico que est�� ao redor,
com ora����es pela sua alma, com a interrup����o dos v��nculos energ��ticos
que a pessoa permitiu, com reformula����o das atitudes e at�� com a
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mentalidade da faca nos casos de extrema necessidade, pois �� prefe-r��vel trabalhar o problema at�� sua completa absor����o.
Em teoria, o melhor seria transmutar a rela����o de inimizade no
seu oposto: a amizade. Mas somos humanos e embora alguns de n��s
possam fazer isso com muito valor, contudo, essa obra �� para esp��ritos
muito evolu��dos. Tentar amar o inimigo �� neutralizar a sua a����o sobre
n��s, e isso j�� �� mais f��cil.
Depois que se consegue afastar fisicamente o inimigo, �� poss��vel
trabalhar os efeitos dele sobre a alma. �� um trabalho lento e que
exige aplica����o sistem��tica, pois pode levar anos at�� sentir um sincero
amor pelo seu mestre da dor. Vale a pena tentar; conseguir, �� alcan��ar
uma evolu����o consider��vel.
Algumas sugest��es: ora����es sistem��ticas, evitar pensar muito nele
e no que lhe fez, trocar a sua lembran��a por uma imagem mental de luz
violeta, nunca permitir que o ��dio se associe �� figura do inimigo, n��o
transmitir sua raiva aos seus familiares. Se conseguir fazer isso, j�� ��
um grande avan��o. O resto vem com o tempo e com o merecimento.
Como se mede o sucesso
O sucesso acompanha muitos depressivos; no entanto, �� um
contra-senso: eles se tornaram assim enfermos justamente quando
alcan��aram uma posi����o que sempre almejaram. A explica����o pode
ser encontrada na avalia����o que eles faziam do que �� ter sucesso.
Como �� que se mede o sucesso?
Uma sensata avalia����o desse assunto vai mostrar que, durante a
vida, a id��ia de sucesso vai-se alterando. E isso acontece em v��rias
��reas da nossa exist��ncia. Vamos considerar o aspecto do trabalho. Nas
primeiras fases da vida, o sucesso no trabalho pode significar apenas
ter um emprego, pois os colegas de escola e os amigos da vizinhan��a
ainda podem estar batalhando para conseguir uma coloca����o. Mais
tarde, o sucesso no trabalho significa crescer, conseguindo um bom
sal��rio, cujos valores permitam comprar tudo de que se tem necessidade.
Depois, o sucesso no trabalho ser�� medido pelo poder que se tem, pois
quem vence �� quem manda nos outros. Mais um pouco e o homem, se
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�� ambicioso, mede o seu sucesso pelo que ele �� capaz de ostentar: carros, casas, viagens. E um belo dia, est�� com depress��o.
Nessa hora, ele diz para o seu psiquiatra que nunca fez no seu
trabalho aquilo de que gostava, que nunca p��de dizer com clareza o
que pensava, que agradou pessoas que n��o admirava. S�� depois de
tanta luta, ele descobre que nunca trabalhou com amor pelo seu of��cio.
E conclui sabiamente que tem sucesso na profiss��o o homem que
trabalha com amor.
A beleza da vida �� essa: poder reformular os conceitos. S�� que
n��o �� preciso gastar tantos anos numa luta sofrida para concluir algo
que um pouco de reflex��o traria, permitindo trabalhar em cima de
metas mais verdadeiras.
A medida do sucesso de um homem �� estimada pela sua
capacidade em ter e manter bons amigos, produzir seu sustento com
amor pelo que faz, encontrar e conservar um companheiro, tendo
uma vida amorosa rica, conseguir educar seus filhos como pessoas
bem-orientadas e amadas (o melhor que seja poss��vel), ter lutado para
melhorar a sociedade �� qual pertence, estar unido a Deus e n��o permitir
que d��vidas surjam para afastar sua conduta da imagem divina que
tem em seu interior. H�� outras medidas, a lista poderia ser maior.
A pondera����o sobre esse tema n��o �� no sentido de fazer uma
avalia����o. �� mais para que se tenha consci��ncia de que h�� necessidade
de medir o sucesso de uma forma mais espiritual, pois at�� agora sua
medida �� material. Novos valores h��o de vir para a humanidade e a
base deles ser�� cada um de n��s. Enquanto valores materiais
predominarem sobre os espirituais, a vis��o de sucesso ser�� sempre
distorcida e no final da vida, nunca ser�� poss��vel o homem concluir
que teve uma completa realiza����o, pois o tempo de crescer em esp��rito
passou-se e foi mal-aproveitado.
Per��odos de limita����o: a hora certa de parar
H�� momentos durante a vida em que nada d�� certo. S��o per��odos
de limita����o, c��clicos na vida de toda pessoa. Se voc�� morar muitos
anos numa mesma vizinhan��a poder�� perceber que cada um dos seus
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vizinhos j�� passou por eles. N��o �� preciso ser ��ntimo das pessoas, nem bisbilhotar a vida alheia para constatar. Os ind��cios s��o evidentes
nas express��es, na organiza����o do jardim, na tranq��ilidade ou na
agita����o das crian��as da casa.
Quando um per��odo de limita����es se inicia, a melhor atitude
n��o �� combat��-lo. Quem se prepara com paci��ncia e com calma, vence
e mais tarde sai inc��lume da fase ruim. N��o digo que se deva cruzar
os bra��os e esperar. Agir sempre, tentando fazer dia a dia o melhor
que puder. A diferen��a est�� na rea����o negativa de quem se revolta ou
se desespera com o que est�� lhe acontecendo.
Ao impor �� alma sofrimentos desnecess��rios, diminuindo a sua
liga����o com Deus pela falta de confian��a na sabedoria dos seus atos,
o homem prepara uma rea����o muito grave para o seu futuro. As
depress��es que surgem depois das crises terem sido ultrapassadas
s��o mais graves do que as surgidas durante a crise, pois o ataque
constante �� alma deixa marcas profundas.
Fazer, ent��o, o qu��? Entender que o per��odo �� de aprendizado e
de expia����o. �� algo passageiro, que um dia termina. Ver qual o tipo
de li����o que a dificuldade traz, bem como entender mais o que
podemos fazer com o que for aprendido, ainda nesta vida.
Quando as portas se fecham, sempre �� ind��cio de que h��
necessidade de parar. Ent��o, por que n��o aproveitar exatamente os
momentos de limita����o para crescer? Veja o que pode fazer com o
tempo que sobra. Para quem est�� desempregado, por exemplo, �� uma
boa hora para voltar a estudar ou aprender um novo of��cio. Quem
perdeu um amor pode perceber novos interesses na vida, que n��o
estejam relacionados com o namoro ou com a uni��o. Uma doen��a
que impede de sair ou de fazer o que era h��bito traz oportunidade
para fazer coisas em casa e estar mais com a fam��lia.
Um momento de dificuldades ocorre com uma finalidade, e at��
mesmo a depress��o, que interrompe ou dificulta as a����es rotineiras,
ter�� um motivo maior nas limita����es que acarreta.
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S��tima Parte
UM PRO JETO DE
ATENDIMENTO
Tentamos estabelecer uma seq����ncia para o atendimento
espiritual ao depressivo, embora j�� tenhamos exposto at�� aqui todas
as orienta����es que devem ser seguidas para que a cura seja facilitada.
Sabemos que cada caso necessita de uma avalia����o consciente, e que
n��o deve haver precipita����o em formular conceitos.
O atendimento espiritual ser�� sempre simult��neo ��s duas outras
formas de socorro ao doente: o tratamento m��dico e o tratamento
psicol��gico. Esse fato �� ��bvio, por isso, o nosso projeto se ocupar��
apenas das formas de atendimento espiritual.
Nada se faz de um instante para o outro na cura da depress��o. Pela
natureza da mol��stia, repleta de aspectos negativos, ela reage sempre
bem aos esfor��os dedicados, mas quanto tempo ser�� necess��rio para
curar a pessoa, isso s�� os resultados poder��o dizer. Evitaremos determinar
o tempo, para que semelhante tentativa n��o se afigure um par��metro.
H�� duas diferen��as grandes quanto ao atendimento. Uma forma
dever�� ser usada para os casos de depress��o em que n��o h�� ass��dio
espiritual. S��o os casos em que as causas podem ser: miss��o n��o
cumprida e forte condi����o expiat��ria. Nesses casos, a pr��pria pessoa
com problemas poder��, lendo o livro ou sendo orientada por alguma
pessoa amiga, tentar p��r em pr��tica os procedimentos indicados. Por
isso, j�� descrevi grande parte das atividades da Quinta Parte.
A outra forma, quando h�� ass��dio ou obsess��o espiritual, s��
ser�� realizada com o apoio de m��diuns. Talvez ajude ter uma seq����ncia
para que o m��dium possa seguir uma norma de atua����o que coincida
com o que �� feito paralelamente, como ora����es, com caminhadas e
com exerc��cios de respira����o.
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1) ATENDIMENTO EM CASO DE DEPRESS��O SEM
ASS��DIO
O atendimento dos casos de depress��o em que n��o se verifica
ass��dio �� mais simples. Ele deve seguir por etapas, em geral quatro
ou cinco, para que se possa fazer ajustes durante a evolu����o. H�� alguns
procedimentos b��sicos: respira����o, atividade f��sica, passes e exerc��-
cios. Outros recursos ser��o indicados quando for necess��rio. Vamos
fazer nesse projeto uma detalhada descri����o das etapas, visando a
quem o ir�� colocar em pr��tica. Se quiser fazer altera����es, isso ser��
poss��vel, contanto que voc�� tenha o cuidado de substituir sempre por
um recurso semelhante o que foi alterado.
PRIMEIRA ETAPA
Essa etapa tem por finalidade interromper a liga����o mais intensa
com a crise depressiva; talvez seja necess��rio que algu��m motive o
depressivo no sentido de que ele inicie essa etapa. Para come��ar, sempre
�� necess��rio um choque de energias, o que �� muito dif��cil de conseguir
sem muita a����o. O ataque inicial precisa ser vigoroso para poder alterar
rapidamente o padr��o energ��tico e afastar a negatividade. Se a pessoa
puder ser ajudada espiritualmente, com o refor��o das ora����es,
estimulada e at�� mesmo acompanhada durante os primeiros dias, o
resultado ser�� muito bom. Apoio n��o pode faltar na primeira etapa;
depois, ele dever�� ser retirado, ou, se n��o for, deve ser equilibrado,
com o intuito de fazer com que a pessoa sinta que tem companhia.
Quando voc�� se deitar, coloque um copo com ��gua ao lado da
cama, para que ele absorva as energias negativas durante a noite. Ao
levantar-se pela manh��, jogue essa ��gua na terra. Esse procedimento
ser�� realizado durante todas as etapas.
Procedimentos da primeira etapa
1. Praticar os exerc��cios respirat��rios, j�� descritos, de duas a
tr��s vezes por dia, sempre fazendo os exerc��cios com calma
e com tempo.
2. Logo depois de praticar a respira����o, fazer suas ora����es.
3. Praticar exerc��cios f��sicos por pelo menos meia hora por dia.
Caminhar repetindo frases positivas seria oportuno aqui.
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4. Tomar passes duas ou tr��s vezes durante a semana e, se
poss��vel, incluir ��gua fluidificada.
5. Organizar um hor��rio que preencha o dia completamente,
ou que ocupe todas as horas vagas com algo a fazer (ver as
sugest��es de como fazer um hor��rio no cap��tulo de ativi-
dades).
SEGUNDA ETAPA
Para iniciar a segunda etapa, �� necess��rio haver uma completa
integra����o com a primeira. Ela deve ser iniciada depois que houver
evid��ncias de melhoria. Quando os exerc��cios respirat��rios e a
caminhada tiverem se tornado uma rotina, al��m dos passes e do bom
aproveitamento do tempo, a segunda etapa pode ter in��cio. A evolu����o
n��o tem hora marcada, mas quase sempre em menos de quatro
semanas j�� se pode dar in��cio �� segunda etapa.
Procedimentos da segunda etapa
1. Continuar com os exerc��cios respirat��rios e com as ora����es,
que s��o recursos permanentes.
2. Aumentar o tempo de caminhada ou de outro exerc��cio, at��
chegar a uma hora por dia, que �� o ideal.
3. Manter o n��mero de passes semanais, sempre ouvindo
alguma palestra. N��o esquecer da ��gua fluidificada.
4. Incluir no hor��rio di��rio mais cuidados com a apar��ncia
f��sica, como arrumar o cabelo, fazer limpeza de pele etc.
TERCEIRA ETAPA
Nessa etapa, s��o acrescentados recursos energ��ticos, e o hor��rio
deve ser racionalizado, para que possa ter mais liga����o com os aspectos
individuais criativos, pois �� hora de a alma poder se expressar atrav��s
da arte e do estudo. Ao chegar na terceira etapa, a individualidade
deve ser resgatada mais plenamente. Tamb��m �� hora de come��ar a
pensar em retomar uma atividade produtiva, no caso de ela ter sido
deixada de lado, mesmo que isso fique apenas nos planos. As op����es
para a recupera����o energ��tica podem ser: cristais, florais, aromatera-
pia, cromoterapia. Esses recursos devem ser pesquisados em livros,
151
ou podem ser trabalhados com a ajuda de um profissional, o que ��
sempre muito mais interessante.
Procedimentos da terceira etapa
1. Continuar com os exerc��cios respirat��rios e as ora����es.
2. Continuar com a caminhada ou com a atividade f��sica em
uma hora por dia.
3. Diminuir os passes para um ou, no m��ximo, dois por semana.
4. Escolher um recurso de energiza����o entre as op����es apresen-
tadas.
5. Diminuir as atividades banais do hor��rio, que de in��cio tinham
apenas a fun����o de preencher o tempo, para incluir o que ��
express��o da alma, como as atividades criativas ou art��sticas
e os aprendizados.
QUARTA ETAPA
Esta etapa se caracteriza por uma volta quase total �� normalidade
da vida, retomando a produtividade. Mas essa tamb��m �� a hora de se
preocupar com quest��es espirituais, alimentando o esp��rito com mais
e mais conhecimentos, por isso, algumas novidades ser��o introduzidas.
A primeira se refere ao trabalho. Ser�� necess��rio bastante trabalho
daqui para a frente, no sentido de recuperar o tempo perdido. Quem
tem uma atividade, entre nela de cabe��a, demonstrando que voltou
com toda a for��a; estabele��a metas e as cumpra sem fazer disso uma
guerra. Quem n��o tem uma atividade, vai achar algo bastante produtivo
de que se ocupar, de prefer��ncia algo trabalhoso. Essa atividade pode
ser cuidar de uma horta ou jardim, aprender uma atividade artesanal,
como cer��mica, por exemplo. Da mesma forma que a pessoa que tem
uma atividade, quem n��o trabalha fora deve estabelecer metas sem
tens��o e se esfor��ar por cumpri-las.
Procedimentos da quarta etapa
1. Exerc��cios respirat��rios e ora����o.
2. Continuar com as atividades f��sicas durante uma hora por dia.
3. Continuar com os passes; um por semana.
4. Continuar usando um recurso de energiza����o at�� se sentir
bem forte e, depois, us��-lo apenas quando se perceber que o
n��vel energ��tico est�� baixando.
152
5. Trabalhar e produzir como todo homem precisa, para ser
��til a si mesmo e �� sociedade.
6. Procurar boas leituras, palestras e cursos que esclare��am cada
vez mais a respeito das realidades e necessidades espirituais.
7. Fazer alguns dos exerc��cios do cap��tulo das atividades com
os quais a pessoa se sinta em sintonia.
QUINTA ETAPA
Essa etapa conclui todo o trabalho de recupera����o espiritual do
depressivo. Ela se destina a tomar as ��ltimas provid��ncias para que a
depress��o n��o volte, pois dever�� haver a ocupa����o sistem��tica dos
espa��os vazios que v��o ficando na alma no processo de cura. �� chegada
a hora de cumprir a miss��o ou de dedicar-se �� caridade. H�� tempo para
preocupar-se com o interior, reformular os valores, conhecer-se mais.
Da forma como descrevemos essa etapa, j�� est�� definida uma rotina
para o futuro, pois deve haver consci��ncia de que a depress��o est��
passando, mas sempre �� bom estar atento a novos ataques. "Vigiai e
orai, orai e vigiai", s��o palavras que aqui s��o oportunas.
Procedimentos da quinta etapa
1. Ora����o, exerc��cios respirat��rios e atividade f��sica se tornam
uma rotina, tal como escovar os dentes e tomar banho.
2. O n��mero de passes pode ser diminu��do, mas sempre que
sentir necessidade, lembre-se deles em primeiro lugar.
3. Os recursos de energiza����o tamb��m fazem parte "das cartas
na manga"; volte a eles na hora da necessidade.
4. Avance cada vez mais na sua atividade profissional, principal-
mente se com ela voc�� puder ser ��til ao seu semelhante.
5. N��o deixe os estudos espiritualistas; progrida sempre.
6. Busque preencher as lacunas provenientes da negativi-
dade com muita luz e com uma constante vontade de
progredir.
7. Pode procurar a sua miss��o, pois est�� em condi����es de
assumi-la.
8. N��o esque��a de preencher as lacunas da alma, lembrando-
se de que caridade �� a melhor maneira de faz��-lo.
153
2) ATENDIMENTO EM CASO DE DEPRESS��O COM
ASS��DIO
Os ass��dios se manifestam de muitas maneiras. Aquele que ��
v��tima de um esp��rito obsessor nem sempre �� o alvo principal do
ataque; pode ser que atrav��s dele se realize o mal para outra pessoa.
Quando h�� um caso de ass��dio ou de obsess��o, os familiares tamb��m
devem ser amparados espiritualmente, at�� que seja poss��vel anular
de todo a energia maligna. O aux��lio de m��diuns e a procura de amparo
�� indispens��vel, pois �� dif��cil lidar com esse problema.
Nos casos de ass��dio, a ora����o se mostra de grande valor, as pes-
soas da mesma casa devem manter muita liga����o com a f��, para corta-
rem os elos com a negatividade. Orar por si, pelo doente e tamb��m
pelo esp��rito sem luz que est�� assediando. O comportamento deve ser
examinado para verificar onde encontram acolhida as for��as negativas.
Para conseguir afastar o esp��rito sem luz, deve-se tentar estar ligado o
tempo todo ��s formas mais iluminadas de comportamento.
O perd��o ser�� a t��nica; por isso, vamos incluir uma ora����o de
perd��o, para que ambos, tanto o doente como o esp��rito assediador,
possam sentir a energia do perd��o refazendo suas vibra����es.
No centro esp��rita, o doente encontrar�� apoio na forma de passes,
de ��gua fluidificada e de doutrina����o. As sess��es de cura das obsess��es
s��o reservadas e �� muito dif��cil conseguir algo numa vez apenas; ��
necess��rio repetir at�� que a cura completa se realize. O respons��vel
pelo centro esp��rita tratar�� do caso e suas instru����es devem ser
seguidas com aten����o.
De nada adiantar�� um tratamento para acabar com a obsess��o
se logo ap��s forem retomadas as condutas que deram origem ao
processo de ass��dio. Uma reformula����o interior tem que se processar,
e dela j�� falamos anteriormente.
Esse tipo de atendimento �� mais complexo, e depende muito do
estado do depressivo. Vai ser dif��cil generalizar, mas tentaremos
descrever como base um atendimento para um caso de m��dia
intensidade, em que a sanidade n��o est�� amea��ada, no qual os
dist��rbios s��o mais f��sicos do que emocionais. Vamos imaginar as
fases da seguinte forma:
1. Uma fase aguda, at�� mesmo cr��tica, com uma profunda crise
154
depressiva, que anula a capacidade produtiva e de relacionamento
social. O doente �� considerado incapaz, quase n��o sai da cama, pois
vive com v��rias queixas.
2. Uma fase de certa autonomia, em que o doente j�� se alimenta
e faz higiene pessoal sem ser incentivado a isso, mas que ainda n��o
quer sair de casa.
3. O doente j�� aceita nessa fase sair de casa, mas n��o se disp��e
��s atividades f��sicas.
4. Est�� come��ando a reagir, aceita os tr��s tipos de ajuda (m��dica,
psicol��gica e espiritual) e faz algo por si.
H�� uma grande diferen��a entre o caso em que h�� ass��dio, e o
outro, em que n��o h��. ��s vezes, o ass��dio �� fraco ou recente, e acaba
muito rapidamente. Nesse caso, a pessoa, n��o tendo sido lesada
fisicamente, se recupera muito depressa. Quando ocorre isso, deve-
se passar imediatamente ao tipo de atendimento descrito anterior-
mente, onde n��o h�� ass��dio.
Outros casos de ass��dio, infelizmente, podem ter gerado
dist��rbios org��nicos graves, e a ��nica ajuda espiritual poder�� ser
exercida externamente, por m��diuns e familiares, pois a pessoa n��o
tem nenhuma condi����o de se ajudar, n��o pode sequer fazer ora����es.
Vamos passar para o projeto que serve de exemplo de um
atendimento em que h�� ass��dio de m��dia intensidade.
PRIMEIRA ETAPA
Esta seria o tipo de socorro b��sico para quem est�� muito depres-
sivo. Os sintomas s��o os seguintes: a pessoa vive doente, n��o sai de
casa, tem crises de choro ou p��nico, n��o se importa com a sua higiene
pessoal, quer ficar s��, come e dorme mal, usa drogas ou ��lcool, deixou
de trabalhar por n��o conseguir mais fazer isso, fala coisas sem nexo,
afirma que v�� esp��ritos e que ouve vozes, n��o mant��m uma conversa
razo��vel, agride verbalmente os que tentam ajud��-la, diz que a vida
perdeu o sentido, que seria melhor morrer.
155
Nessa fase, o depressivo n��o tem condi����es de fazer nada por
si, mas, se algu��m puder atuar, dever�� seguir as instru����es abaixo,
com muita f�� e persist��ncia; assim, ser�� poss��vel passar �� fase se-
guinte.
Procedimentos da primeira etapa
1. Mantenha sempre um copo d'��gua na cabeceira do doente,
despejando a ��gua na terra ao amanhecer. Tamb��m deixe no
quarto uma B��blia aberta numa passagem significativa. De
vez em quando, leia uma frase ou um trecho pequeno num
tom de voz suave, mas aud��vel.
2. Converse pouco, mas aja sempre simp��tica e tranq��ilamente.
Deixe a luz entrar no quarto quando o doente acordar; pe��a
para ele fazer a cama e sacuda bem as cobertas. Sugira que
ele cuide da sua higiene; se n��o aceitar, leve tudo �� m��o.
N��o insista muito.
3. Se o doente aceitar, pe��a a algum m��dium que lhe aplique
passes, bem como leve uma garrafa de ��gua fluidificada para
que ele a beba.
4. Pelo menos 3 vezes por dia, fa��a ora����es ao lado da pessoa;
se ela n��o gostar disso, diga que �� um h��bito seu, ou ache
outro motivo para as ora����es que n��o crie atrito.
5. Se a pessoa permitir, coloque cristais por perto.
6. Havendo aceita����o, chame um terapeuta que use aromas ou
cores para trabalhar a aura e para energizar.
7. Tamb��m havendo aceita����o, leia para o doente hist��rias
esp��ritas, que relatam, de forma romanceada, as realidades
do mundo espiritual.
8. Quando sentir um pouco a melhoria, chame o doente para
sair, ou apenas para tomar sol.
9. Quando o doente se deitar, v�� para perto dele e fa��a v��rias
ora����es para que tenha prote����o e paz durante o seu sono:
pe��a isso ao seu anjo da guarda e ao arcanjo Rafael; use o
salmo 90 e n��o se esque��a de rezar uma Ave-Maria e um
Pai-Nosso. Inclua uma ora����o de perd��o, da qual vamos dar
um exemplo:
156
ORA����O DE PERD��O
Senhor, pe��o perd��o a v��s.
Sei que sois fonte de todo o amor e
J�� me perdoastes.
Obrigado.
Da mesma forma que Deus me perdoa,
Porque me ama, eu tamb��m tenho que
Perdoar e amar.
Perdoando, sou envolvido por mais amor e
Cres��o na luz.
Eu sei perdoar,
Eu perd��o com o meu cora����o.
SEGUNDA ETAPA
Nessa etapa ainda n��o se v�� muitos avan��os, mas o doente j�� se
apresenta mais tranq��ilo, dorme e se alimenta mais. Todos os sintomas
anteriores diminu��ram, e ele j�� aceita sair de casa; por isso, tudo o
que puder ser feito fora de casa dever�� ser preferido ao que se faz
dentro de casa. Os passes ser��o feitos noutro local, onde o m��dium
atende as pessoas ou na casa esp��rita. A energiza����o tamb��m. Procura-
se fazer com que a pessoa ande, estacionando o carro longe de l��. Se
a pessoa aceita, as caminhadas podem come��ar, na forma de passeios.
Enquanto o doente est�� fora de casa, outra pessoa pode arejar o quarto,
sacudir as cobertas, incensar o ambiente, colocar tudo em ordem e
limpo. O mesmo ser�� feito na sala onde o doente permanece mais
tempo. Pe��a ao terapeuta que realiza a energiza����o que lhe ensine
exerc��cios respirat��rios antes que ensin��-los a ele primeiro.
Os procedimentos dessa fase ainda n��o est��o de todo organi-
zados; ser��o organizados na medida do poss��vel conforme d��, mas
sempre com ��nfase na pr��tica di��ria, sempre com a determina����o de
se fazer um pequeno progresso.
Procedimentos da segunda etapa
1. Na medida do poss��vel, estimular o doente a sair de casa.
2. Passes e energiza����o bastante constantes, de acordo com a
orienta����o do m��dium e do terapeuta, indo at�� a casa esp��rita.
157
3. Muita ora����o, com ou sem a participa����o do doente. Insistir
na ora����o de perd��o.
4. Leituras de textos esp��ritas e da B��blia, principalmente do
Evangelho, para doutrinamento.
5. Continuar com a ��gua na cabeceira da cama.
6. Pe��a prote����o ao anjo da guarda e consiga que ele acredite
que o seu anjo pode ajudar.
TERCEIRA ETAPA
Nessa etapa, o doente j�� deve ter alguma consci��ncia das
melhorias que se processam na sua energia e de como deve continuar
com elas por sua conta. Aos poucos, a responsabilidade pela melhoria
deve ir sendo assumida por ele. Pode-se ajudar, mas o que ele mesmo
fizer ser�� muito mais eficaz. Se ele j�� tiver vontade de sair sozinho,
deixe que fa��a isso, desde que outros fatores antecedentes n��o
indiquem o contr��rio (como o uso de drogas ou bebida alco��lica,
amn��sia, agressividade). Alguma atividade f��sica pode ser inclu��da,
pois faz parte dos objetivos desta etapa.
Procedimentos da terceira etapa
1. Insistir para que o doente fa��a as suas ora����es, estimular os
exerc��cios respirat��rios, prosseguir com a energiza����o.
2. Fazer diariamente aquecimento, como introdu����o aos
exerc��cios f��sicos.
3. Leituras elevadas; apoio do Evangelho. Pode-se ler para o
doente, bem como para o esp��rito assediador.
4. Aumentar gradativamente as atividades do doente, prin-
cipalmente as que tenham um hor��rio mais determinado, de
modo a come��ar a estabelecer para ele uma rotina de vida.
5. Qualquer manifesta����o de f�� precisa ser entendida e esti-
mulada.
QUARTA ETAPA
Nesta etapa, �� hora de prosseguir como nos tratamentos sem
ass��dio, criando um hor��rio fixo; buscar alguma atividade produtiva.
Contudo, os passes, a energiza����o e as ora����es n��o poder��o se dar
158
esporadicamente nem ser negligenciados, pois n��o h�� muita certeza de que o esp��rito negativo est�� afastado de vez. Ainda h�� muita
necessidade de apoio familiar, com compreens��o e amor. A atitude
en��rgica de ir deixando para o doente mais responsabilidades n��o
implica falta de amor; pelo contr��rio, s�� ir�� ajudar o processo de
retomada da vida normal.
Procedimentos da quarta etapa
1. Organizar junto com o doente um hor��rio de atividades
di��rias bastante din��mico, para que ele se ocupe, criando
uma rotina. No cap��tulo de atividades, h�� sugest��es bem
detalhadas de como pode ser um hor��rio como esse.
2. Continuar com passes, com ora����es e com doutrinamento.
A energiza����o dever�� ser estudada com o terapeuta para
atender �� nova condi����o f��sica e emocional, mais no sentido
de conservar do que no de repor energias.
3. As atividades f��sicas s��o essenciais e obrigat��rias, os exer-
c��cios respirat��rios j�� devem ser uma rotina.
QUINTA ETAPA
A caracter��stica dessa etapa �� a express��o da alma, por isso, o
doente, agora sadio, deve ser estimulado a se expressar criativamente. O
artesanato, a m��sica, as diversas atividades que estimulam a criatividade
s��o uma op����o, segundo as inclina����es e as capacidades pessoais. Outros
podem preferir iniciar um curso de l��nguas ou fazer alguma viagem.
Tudo depende da situa����o, mas coisas novas devem ser introduzidas na
vida nessa rase, o bastante para serem a express��o da individualidade. O
elo com uma personalidade exterior (a do esp��rito obsessor) foi desfeito;
�� preciso que se recupere a identidade com bastante empenho.
Procedimentos da quinta etapa
1. N��o descuidar dos passes e das ora����es.
2. O perd��o deve estar muito presente; n��o ter raiva nem ran-
cor com respeito ao esp��rito obsessor, para n��o mant��-lo
aprisionado por alguma d��vida; o amor e o perd��o devem
ser sempre vivificados.
159
2. Respira����o e exerc��cios f��sicos s��o uma rotina.
3. Adaptar o hor��rio, que ainda deve ser bastante din��mico,
para incluir atividades de express��o da alma, como escrever,
desenhar, estudar, ver bons filmes e assistir a concertos e
pe��as de teatro.
4. Come��ar a pensar numa atividade produtiva para poder voltar
a trabalhar. Muitas pessoas nessa fase d��o in��cio ao aprendiza-
do daquilo que v��o seguir posteriormente como profiss��o.
SEXTA ETAPA
Nessa etapa, a pessoa vive normalmente, e �� essencial que se
retome a produtividade, fazendo algo para prover o sustento. O homem
que n��o produz �� um peso para a sociedade, mesmo os idosos
aposentados devem fazer algo que tenha valor de trabalho. Quem
acha que n��o deseja emprego pode cuidar de uma horta ou criar
galinhas. O artesanato �� outra op����o, que distrai e rende algum
dinheiro. Ajudar nas entidades comunit��rias �� uma forma de aliar o
trabalho �� caridade. O espa��o ocupado pela negatividade est�� presente:
preench��-lo agora �� essencial.
Procedimentos da sexta etapa
1. N��o descuidar da respira����o; exerc��cios f��sicos, passes e
ora����es.
2. A energiza����o dever�� ser feita quando houver baixa de
vitalidade.
3. Continuar com as atividades criativas e de express��o da alma.
4. Decidir como quer ser produtivo e tomar as medidas neces-
s��rias para que isso aconte��a efetivamente.
5. Ocupar as horas vagas com caridade, com estudos espiritua-
listas e, talvez, com o cumprimento de uma miss��o.
160
CONTATO COM GUIAS ESPIRITUAIS
Pequeno Manual de Canaliza����o
Celina Fioravanti
O que �� canaliza����o... Em que condi����es ela pode ser realizada... Os
diversos tipos de contatos que podem ser estabelecidos atrav��s dela... As
diferen��as entre canaliza����o e medi unidade...
Esses s��o alguns dos assuntos sobre os quais versa este primeiro li-
vro de Celina Fioravanti, cuja leitura aproveitar�� muito a todos os que se
interessam pelos diferentes tipos de comunica����o com o mundo dos esp��-
ritos.
De todas essas quest��es, sem d��vida a que primeiro se apresenta ao
leitor �� a de como estabelecer as diferen��as entre canaliza����o e mediuni-
dade ou transe medi��nico, o que n��o �� dif��cil, pelo menos em teoria.
Fruto de anos de atividade na pr��tica e no ensino de diversas cor-
rentes espiritualistas, neste livro a autora divulga, num estilo despreten-
sioso mas cheio de interesse, n��o apenas o que �� canaliza����o, mas tam-
b��m as qualidades exigidas para exerc��-la com acerto e as normas que
devem ser seguidas para pratic��-la com proveito.
Uma das primeiras afirma����es da autora sem d��vida despertar�� em
muitos leitores a vontade de se iniciar ou de adquirir novos conhecimen-
tos sobre o assunto, j�� que "n��o �� nada dif��cil nem espetacular a tarefa de
um m��dium canalizador, e todas as pessoas podem faz��-lo, pois est��o do-
tadas da capacidade necess��ria para tal".
EDITORA PENSAMENTO
OS CURADORES DO ESPIRITO
Celina Fioravanti
N i n g u �� m n a s c e s e m u m o b j e t i v o . N e n h u m ser v e m a o m u n d o s e m u m a t a r e f a a c u m p r i r . T o d o s t �� m assuntos a t r a t a r a q u i , e o s u -
cesso o u o f r a c a s s o das tentativas q u e f a z e m p a r a e v o l u i r d e p e n d e m j u s t a m e n t e da sua dedica����o e esfor��o d u r a n t e a v i d a .
O o b j e t i v o do n a s c i m e n t o do esp��rito n u m c o r p o f��sico �� t r a b a -
l h a r p a r a a l c a n �� a r a perfei����o. E s s e t r a b a l h o p o d e ser r e a l i z a d o atrav��s d a e x p i a �� �� o o u d e u m a m i s s �� o p r e v i a m e n t e escolhida.
H �� , p o r �� m , u m g r u p o d e pessoas q u e a b r i g a n o seu esp��rito a l g o m a i s q u e a simples necessidade de p r o g r e d i r . E s s a s pessoas n a s c e r a m p a r a influenciar p o s i t i v a m e n t e o s q u e a s p r o c u r a m u s a n d o de u m a h a b i l i d a d e especial, em geral ligada ��s artes, aos esportes,
ao ensino, ao c u i d a d o c o m a sa��de ou �� religi��o. S u a dedica����o ��
t a r e f a q u e e s c o l h e r a m �� t a n t a q u e , ��s v e z e s , elas se esquecem de c u i d a r de si p r �� p r i a s , c r i a n d o p a r a si m e s m a s situa����es d e s a g r a d �� -
veis q u e p r e c i s a m a p r e n d e r a evitar.
E a essas pessoas ��� artistas, pintores, p o e t a s , c o m p o s i t o r e s ,
esportistas, cientistas, astr��logos, fisioterapeutas, m �� d i u n s , sacerdo-
tes, p r o f e s s o r e s , etc. ��� q u e C e l i n a F i o r a v a n t i dedica este l i v r o .
A a u t o r a de Contato com Guias Espirituais e n s i n a - n o s a g o r a a a v a l i a r d e v i d a m e n t e o t r a b a l h o desses seres i l u m i n a d o s , encarregados de u m a t a r e f a especial, a de l i m p a r o k a r m a da h u m a n i d a d e n u m m u n d o c a d a v e z mais necessitado d e b e l e z a , d e alegria, d e reflex��o e de b e m - e s t a r f��sico e espiritual.
E D I T O R A P E N S A M E N T O
CRISE ESPIRITUAL
O verdadeiro significado das perdas, das
enfermidades e dos grandes sofrimentos da vida
Meredith L. Young-Sowers
A crise espiritual faz parte da nossa vida, mantendo-nos f��sica e emo-
cionalmente imobilizados. Temos um trabalho espiritual a fazer, embora tal-
vez n��o nos tenhamos dado conta de que a natureza dos nossos problemas ��
espiritual. A crise espiritual �� o catalisador que abre o nosso cora����o para o
amor a n��s mesmos, �� nossa fam��lia, �� nossa comunidade, ao nosso planeta
e �� For��a Divina que precisamos redescobrir.
O amor �� mais do que uma emo����o; �� uma energia de cura. Nossa capa-
cidade para curar a n��s mesmos depende do nosso equil��brio espiritual e do
modo como usamos o Amor na nossa vida para superar nossos desafios me-
diante a assimila����o das li����es que eles pretendem nos ensinar.
Podemos sentir dor; talvez se trate at�� de uma dor constante, mas pode-
mos curar. Podemos sentir que nossa vida est�� profundamente fragmentada;
no entanto, podemos curar. Curar significa estabelecer o equil��brio entre a
nossa vida e as for��as da mudan��a e a energia do Amor inspirado pelas nos-
sas liga����es com o Divino. Estamos sintonizados com a energia do Universo
e o nosso desafio �� despertar esse poder extraordin��rio para curar a nossa vi-
da e o nosso planeta.
Meredith L. Young-Sowers, autora de v��rios livros de sucesso, �� uma
agente de cura, uma l��der nacionalmente conhecida pelos cursos de fins de
semana que organiza e pelas confer��ncias que faz no campo da cura espiri-
tual e do crescimento pessoal. Seu trabalho se concentra no desenvolvimento
de instrumentos para o esp��rito de autofortalecimento e de transforma����o
pessoal. Meredith �� co-fundadora, diretora do Stillpoint Institute for Life
Healing e editora da Stillpoint Publishing.
EDITORA CULTRIX
CRESCIMENTO ESPIRITUAL
O Despertar do seu Eu Superior
Sanaya Roman
Os processos de f��cil aprendizagem ensinados por Orin, um s��bio e
bondoso mestre espiritual, e transcritos neste volume, ajudaram milhares
de pessoas a dar um salto qu��ntico, a acelerar seu crescimento espiritual
e a viver com mais alegria, harmonia, paz e amor.
Crescimento Espiritual ensina-lhe a vivenciar o seu Eu Superior na sua vida cotidiana, assim como a criar uma vis��o do seu objetivo maior e
a manifestar com facilidade e rapidez aquilo que voc�� quer. Voc�� vai
aprender a trabalhar com a luz para curar e crescer, vai aprender a ligar-
se com a Mente Universal para aumentar sua criatividade e realizar a
meta da sua vida.
Crescimento Espiritual proporciona-lhe os recursos necess��rios para erguer os v��us da ilus��o, expandir e condensar o tempo, aumentar o
ritmo de suas vibra����es, alcan��ar estados elevados de consci��ncia, abrir o
cora����o e conhecer-se de maneiras novas e mais amorosas.
Ensina-lhe, ainda, como ter relacionamentos mais satisfat��rios atra-
v��s da sua capacidade de desapego, do uso correto da vontade, da trans-
par��ncia em rela����o ��s energias dos outros, aprendendo a tornar-se uma
fonte de luz e a crescer servindo ao mundo.
Este livro ensina a dar o pr��ximo passo no caminho do crescimento
espiritual a todos os que querem saber mais a respeito de quem s��o, do
motivo pelo qual est��o aqui e do que vieram fazer neste planeta. Voc��
pode sintonizar com as energias superiores que est��o sendo canalizadas
para o plano da Terra ��� afirma Sanaya Roman ��� e us��-las para criar a
melhor vida que puder imaginar para si.
* * *
Livros de Sanaya Roman da s��rie A Vida na Terra:
��� Vivendo com Alegria - Chaves para a Conquista do Poder Pessoal e
da Transforma����o Espiritual.
��� O Poder Pessoal Atrav��s da Consci��ncia.
��� Crescimento, Espiritual - O Despertar do seu Eu Superior.
EDITORA PENSAMENTO
GUIAS ESPIRITUAIS
N��o estamos sozinhos
Iris Belhayes
N��o estamos s��s; durante todo o tempo, estamos cercados de amor e
prote����o: esta �� a mensagem deste livro. Seu objetivo �� ajudar os leitores
a encontrar o caminho de volta ao "lar", de volta ao amor, que est�� ao
nosso alcance sempre que resolvemos senti-lo.
��ris Belhayes partilha com os leitores o que aprendeu com Enid, um
guia espiritual que se comunica com a autora. Sua explica����o do papel dos guias e fam��lias espirituais �� de esperan��a, alegria e apoio. Nesta vi-s��o intrigante do cosmos, todos n��s buscamos, acima de tudo, ter expe-
ri��ncias - e todas as experi��ncias contribuem para formar o mundo. N��o
h�� monstros, dem��nios, criaturas, exceto as que idealizamos e criamos
na nossa imagina����o.
Este livro inspiracional e estimulante pode ser lido em dois n��veis.
Um n��vel acredita que os guias espirituais s��o entidades do al��m; o outro
n��vel considera que os guias s��o a nossa pr��pria sabedoria interior. Como
o mundo multidimensional que analisa, a abordagem da autora �� rica e
pode ser analisada de v��rias perspectivas. Mas todos os pontos de vista
adotados transmitem uma vis��o repleta de esperan��a, amor e afirma-
����es.
Se voc�� est�� pronto a expandir os limites do que �� poss��vel para vo-
c��, este �� o livro indicado.
* * *
��ris Belhayes trabalha como conselheira e guia espiritual e d�� aulas
de canaliza����o. Ela fez canaliza����es p��blicas de Enid (o guia espiritual
que a ajudou a escrever este livro) e de outros guias. ��ris tamb��m se de-
dica �� cura usando as t��cnicas Yohti. Atualmente, mora em Seattle,
Washington.
EDITORA PENSAMENTO
O CAMINHO DO HER��I COTIDIANO
Loma Catford e Michael Ray
A vida, no seu dia-a-dia, 6 desafiante. Descobrir o que voc�� quer verda-
deiramente, descobrir como ir em busca do que quer e como criar relaciona-
mentos profundos s��o quest��es que podem ocupar todo o seu tempo ou impedir
o seu encontro com o sucesso. Mas, cm vez de ficar frustrado por esses desafios,
voc�� poder�� aprender a v��-los como o pr��prio sentido da vida e ir ao seu encontro com entusiasmo.
Neste livro singular, Lorna Catford e Michael Ray apresentam uma nova
maneira de realizar todas as tarefas humanas importantes: tornar-se um her��i
cotidiano, algu��m que, como as grandes figuras dos mitos antigos, aprende,
atrav��s das v��rias aventuras da vida, a pensar criativamente, a fazer escolhas
com sabedoria c a confiar nos seus recursos internos.
O Caminho do Her��i Cotidiano vai ao encontro daquilo que autores como Joseph Campbell, Robcrt Bly, Sam Kecn, Jcan Houston c outros identificaram
como a for��a de inspira����o que est�� contida no mito. Neste livro, os autores
relacionam cinco hist��rias cl��ssicas com os cinco desafios mais importantes da
vida. Ao refletir sobre essas hist��rias, voc�� poder�� descobrir revela����es surpre-
endentes que trar��o luz �� sua jornada.
��� Em "Parcifal e o Santo Graal", aprender�� como realizar os seus objetivos.
��� Em "A Dela e a Fera", descobrir�� como criar relacionamentos fundamentais para o amor.
��� Em "O Campon��s que se Casou com Uma Deusa", ir�� saber como usar seus recursos internos para reduzir a tens��o c as confus��es da vida
moderna.
��� Em "Tcseu e o Minotauro", achar�� uma maneira de equilibrar as exig��ncias competitivas entre sua vida pessoal c profissional.
��� Em "Cinderela", explorar�� outros valores, al��m dos bens materiais, que ir��o enriquecer a sua vida.
Sejam quais forem as circunst��ncias cm que voc�� se encontre agora c sejam
quais forem os desafios que voc�� tem pela frente, O Caminho do Her��i Coti-
diano o ajudar�� a ver sua jornada numa perspectiva her��ica c a viver cada dia com mais alegria, vitalidade c um senso maior de realiza����o.
EDITORA CULTRIX
VIDA ATIVA - Nossa jornada num mundo
de criatividade, espiritualidade e a����o
Parker J. Palmer
Este livro fala do trabalho, da criatividade e da dedica����o
no mundo da a����o. Ele �� o resultado de uma profunda pesquisa
e experi��ncia das pr��ticas e da literatura espiritual vivenciadas pelo
autor.
No mundo antigo, a contempla����o era mais valorizada que
a a����o. Todavia, com a evolu����o da ci��ncia, com a Revolu����o
Industrial e a urbaniza����o, a vida ativa passou a ser mais valo-
rizada que a contempla����o, a tal ponto que, no Ocidente, se
transformou numa quase obsess��o.
Em busca de uma renova����o dos valores contemplativos em
meio �� agita����o da nossa vida ativa no mundo moderno, Parker
J. Palmer procura mostrar que contempla����o e a����o n��o s��o
atividades contradit��rias, mas constituem os p��los de um grande
paradoxo existencial, a urdidura da vida humana, os fios que
formam o tecido daquilo que somos e daquilo que estamos nos
tomando.
Integrando contempla����o com a����o, Vida Ativa prop��e uma
espiritualidade que, sem renunciar �� a����o e �� participa����o inten-
sas e din��micas no mundo, nos leva para o ��mago e para o vigor
da nossa experi��ncia pessoal. O livro se baseia em relatos ficcio-
nais e m��ticos que representam a vida ativa de todos os dias e
que oferecem ao autor a oportunidade de abordar o assunto de
uma maneira complexa, viva e cheia de imagina����o.
EDITORA CULTRIX
Outras obras da autora:
EXORCISMO - A Cura da
Possess��o Espiritual a Dist��ncia
CONTATO COM GUIAS
Eugene Maurey
ESPIRITUAIS - Pequeno
Manual de Canaliza����o
A NATUREZA E O
DESPERTAR DO SEU
OS CURADORES DO
MUNDO INTERIOR - Uma
ESP��RITO
Aventura Espiritual
Michael J. Roads
A CURA PELOS FLUIDOS
SALVO POR UM ESP��RITO
Outras obras de interesse:
Hist��rias Verdadeiras do
Mundo Oculto
O CAMINHO DO HER��I
Charles W. Leadbeater
COTIDIANO - Estrat��gias
para Encontrar o seu Esp��rito
POSSESS��O ESPIRITUAL
Criativo
Uma Psicoterapeuta Aponta
Lorna Catford, Ph.D.
o Caminho para a Descoberta e
MichaelRay, Ph.D.
a Cura de Casos de Possess��o
Espiritual
CRISE ESPIRITUAL
Dra. Edith Fiore
O Verdadeiro Significado
das Perdas, das Enfermidades
PASSES E CURAS
e dos Grandes Sofrimentos
ESPIRITUAIS
da Vida
Wenefledo de Toledo
Meredith L. Young-S.
A RODA DA VIDA E DA
CRESCIMENTO ESPIRITUAL
MORTE
O Despertar do seu Eu Superior
Philip Kapleau
Sanaya Roman
VIDA ATIVA - Nossa Jornada
GUIAS ESPIRITUAIS - N��o
num Mundo de Criatividade,
Estamos Sozinhos
Espiritualidade e A����o
��ris Belhayes
Parker J. Palmer
Pe��a cat��logo gratuito ��
EDITORA PENSAMENTO
Rua Dr. M��rio Vicente, 374 - Fone: 272-1399
04270-000 - S��o Paulo, SP
De: Reginaldo Mendes
"A MAIOR CARIDADE QUE SE PODE FAZER É A DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA. EMMANUEL"
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