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da edi����o de CONFISS��ES l'NTIMAS
continuamos oferecendo
a s��rie do ABC DO AMOR,
demonstrando todos os lances
do envolvimento amoroso e
sexual.
Pais e professores ��� todo adulto,
pode-se dizer ��� quase sempre
se viram ��s voltas com uma
dificuldade em respondera perguntas
embara��osas das crian��as
sobre sexo. Qualquer um
de n��s j�� enfrentou ou poder��
enfrentar essa d ificu Idade. O artigo
"Como Falar de Sexo com
as Crian��as" �� um excelente
guia para fazer frente a essa dificuldade.
Numa tradu����o de
Alzeli Bassetti Prochmann, esse
artigo, publicado com exclusividade
por CONFISS��ES
INTIMAS, no Brasil, �� da excelente
revista norte-americana
"Sexology".
Escrevam para "Opini��o" dando
seu parecer sobre a seq����ncia
do "ABC do Amor". Um
grande abra��o a todos voc��s.5"
��NDICE: 4 - Anatomia Sexual/
8 ��� A Impot��ncia Sexual/
10 ��� Sexualidade Feminina/
14 ��� Homossexualismo
Feminino/18 ��� Sa��de/
20 ��� Emocional/24 ��� Inicia����o
e Timidez/26 ��� Depoimento
32 - Ponto de Encontro/
34 ��� Opini��o.
ANATOMIA SEXUAL
"MEU P��NIS AINDA PODE CRESCER?"
"POR QUE MEU P��NIS �� TORTO A PARTIR DA
METADE PRA BAIXO?" ..
COM UM P��NIS PEQUENO,
COMO LEVAR A MULHER AO ORGASMO?"
nteresso-me por detalhes sobre
a grossura, formato e
comprimento do p��nis, al��m
de desejar saber se no meu caso
h�� possibilidade de que ele possa
crescer ainda." (A. J. dos Prazeres Santos
/ SP)
M
M
eu p��nis vem reto at�� a metade
e depois entorta. Ser�� alguma
doen��a desconhecida
por mim? Pensei que talvez
possa ser fimose. Sou ainda adolescente
e preciso urgente de uma explica����o."
(M. R. Z. - Belo Horizonte / MG)
ou um leitor novo e desejo
parabeniz��-los pela revista.
Como ela tem contribu��do
para esclarecer a n��s, jovens,
muitas d��vidas, recolhi as minhas:
I o . ) Onde posso encontrar um endocrinologista
em Minas Gerais? 2o.) Um
p��nis que mede apenas 10 cm quando
ereto pode fazer com que a mulher
atinja o cl��max facilmente? 3o.) Sou
noivo e pretendo me casar ainda este
ano. Voc��s poderiam me dar algumas
dicas para um casamento feliz? (Jovem
Esperan��oso - Ipatinga / MG)
U
U
ma das maiores ansiedades
causadoras de ang��stia nos
homens tem sido, atrav��s dos
tempos, voltada e at�� causada
pelas propor����es do p��nis. Prova est��
em que aqueles que o possuem grande
se sentem inseguros por isso, e os que
I
I
o possuem em propor����es reduzidas
freq��entemente t��m desejos de tentar
aument��-lo. Dois s��o os fatores principais
que estimulam esta ang��stia:
o.) o mito de que nas propor����es do
p��nis reside o sucesso de um relacionamento
sexual. �� uma premissa absurda,
mas houve uma ��poca, em tempos
muito antigos, em que se acreditava
que quanto maior fosse o p��nis, maior
era a masculinidade do homem e, portanto,
o cl��max era coisa certa, tanto
para ele como para a sua parceira.
Eram tempos em que n��o se tinha conhecimento
quase nenhum da import��ncia
do psiquismo nas quest��es sexuais.
Tamb��m n��o haviam sido estudadas
as partes dos genitais femininos,
ignorava-se a fundamental participa����o
do clit��ris, n��o se admitia
sequer que a mulher tivesse apetite
sexual! O ato sexual se resumia �� penetra����o
apenas, era mec��nico e unilateral,
porque praticamente interes
sava apenas ao homem. Assim, quanto
maior fosse seu ��rg��o, maior era a garantia
de que, com tamanha "masculinidade",
ele se satisfaria sexualmente.
A maior prova de que tais id��ias, hoje,
est��o cientificamente ultrapassadas ��
que os sex��logos, pesquisadores e estudiosos
do assunto nem sequer se ocupam
com o formato, tamanho e volume
do p��nis, porque consideram-no
secund��rio nas rela����es havidas como
fundamentais. �� ponto pac��fico que
qualquer homem, seja ele possuidor
de um p��nis curto ou longo, fino ou
grosso, reto ou torto, tem condi����es
de um desempenho sexual perfeitamente
bom e de levar qualquer mulher
ao cl��max. Dentro do di��logo franco e
aberto entre os parceiros, qualquer relacionamento
pode ser satisfat��rio e
prazeroso. O clit��ris e os grandes e pequenos
l��bios s��o, comprovadamente,
as partes mais sens��veis da mulher ���
muito mais sens��veis, inclusive, que o
pr��prio p��nis. Para que estes ��rg��os
sejam bem manipulados, basta a exist��ncia
de um p��nis. Mesmo os mutila
dos, de nascen��a ou n��o, manipulam
esses ��rg��os femininos com os dedos.
0 segundo fator de primordial import��ncia
�� que, devido �� explana����o dada
acima, o medo do fracasso no ato sexual
provoca o temor do desempenho,
pois ainda costuma-se n��o perdoar
um erro neste aspecto. De uma forma
geral, quem realmente n��o perdoa ��
o pr��prio envolvido no ato. Porque
pensa erroneamente que, se falhou
uma vez, falhar�� sempre e, assim, n��o
�� mais um homem normal. Afogado
neste medo. ele ou se retrai e n��o volta
a praticar o ato, ou come��a a pratic��-lo
de uma maneira insegura. Quer isso dizer
que psiquicamente ele j�� vai para
o ato com predisposi����o para um fracasso.
Ou, no m��nimo, para uma insatisfa����o.
Porque n��o confia em si mesmo,
considera-se incapaz ou inadequado.
Ent��o transfere esta inseguran��a,
este temor do desempenho, para o p��nis
e cria problemas, jogando e transferindo
para este ��rg��o suas ansiedades.
Desta forma, se ele �� pequeno ou grande,
ele se angustia; o mesmo acontece
com o comprimento ou largura. Porque
o que realmenteo angustia n��o est��
no p��nis, e sim na sua inseguran��a
quanto a si mesmo. Para aqueles que,
mesmo sabendo disto, insistem em se
deter no p��nis e recusam encarar a
realidade, podemos dizer que, na ��poca
da primeira adolesc��ncia, quando
todos os ��rg��os est��o em processo de
desenvolvimento, o p��nis est�� sofrendo
tamb��m esta transforma����o. �� uma
��poca precisa para se corrigir poss��veis
problemas hormonais que estejam influindo
neste processo de crescimento.
Como acontece com qualquer outro
��rg��o. Para os mais preocupados com
sua sa��de, este �� um exame rotineiro,
e qualquer cl��nico ou endocrinologista
re��ne condi����es de avali��-lo. Ficariam,
tamb��m, esclarecidos os problemas
de freio curto ou fimose, e uma
s��rie de outros mais. Para o leitor que
nos pede um esclarecimento sobre os
especialistas em Minas Gerais, indicar��amos
a capital, que est�� servida de
��timos profissionais. E aconselhamos o
exame pr��-nupcial para ambos ��� tanto
o noivo como a noiva -, para iniciar o
casamento dentro de grande serenidade.
E repetimos, com prazer, que qualquer
p��nis tem capacidade de levar
uma mulher ao orgasmo. Depende de
seu dono e da capacidade de doa����o
e aceita����o da parceira. As dicas para
um casamento feliz s��o relativas, leitor
amigo. Porque cada um quer uma
esp��cie de felicidade. �� indispens��vel
que este conceito de felicidade seja
o mesmo entre os nubentes, que haja
um acordo e uma aceita����o de ambos
quanto aos valores fundamentais. Mas
uma crescente e incessante disposi����o
para o di��logo, o respeito �� liberdade
individual de cada um, que implica em
n��o impor nada, e uma capacidade de
doa����o ilimitada de ambas as partes
seria uma receita quase infal��vel.
ogo ap��s ler Confiss��es, consegui
ficar um pouco mais alegre,
pois encontrei algu��m
que se preocupa com os pro
blemas ��ntimos de cada um de n��s.
Sou noivo, tenho 25 anos e pretendo
me casar no final deste ano. De algum
tempo para c��, carrego um problema
de deixar qualqur um de cabelos brancos
de tanta preocupa����o. Minha noiva
�� muito meiga, carinhosa, compreensiva,
legal mesmo. Por outro lado, eu
sou impotente, fraco e vivo "desabando"
constantemente. J�� mantemos rela����es
sexuais h�� dois meses, mas eu
n��o ag��ento tr��s rela����es por noite.
Logo na primeira rela����o, acabam os
meus espermatoz��ides e meu membro
demora mais de duas horas para ficar
novamente ereto. Mesmo assim, n��o
fica ereto por completo, e no exato segundo
em que gozo, ele amolece l��
dentro. Na manh�� seguinte, estou
sempre p��lido, os olhos no fundo e
sinto o corpo todo dolorido. Sou um
cara saud��vel, tenho boa comunica����o,
��tima sa��de ��� e tenho somente problemas
com os rins, e at�� hoje n��o sei a
causa deste problema. Nesta semana,
mantive 4 rela����es semanais e perdi 5
quilos. Meu Deus, quando eu casar,
como ser��? Porque ent��o as nossas rela����es
ser��o mais freq��entes, e da mesma
forma, a realiza����o de nosso amor.
Minha situa����o me envergonha perante
minha noiva, dia a dia. Por essa raz��o,
espero de sua parte uma orienta����o
bem clara e l��gica, para que eu possa
tomar as iniciativas necess��rias, para
que eu e minha noiva possamos ser felizes."
(P.G.R. - V��rzea Grande/MT)
SEXUALIDADE
FEMININA
"DESCONHE��O O PRAZER SEXUAL"...
"N��O CONSIGO ENGRAVIDAR."
V
V
oc�� vem recorrendo �� masturba����o
como conseq����ncia
da frustra����o no ato sexual.
Caso contr��rio ��� se no ato
encontrasse plena satisfa����o ���, n��o teria
necessidade de masturbar-se. Mas,
antes de pensar em tratamento especializado,
responda a si mesma algumas
perguntas:
1 -O di��logo que mant��m com o seu
marido �� franco e sincero em rela����o
ao sexo ��� como as necessidades de ambos,
as prefer��ncias, os pontos mais
sens��veis de cada um no que se refere ��
excita����o?
2 ��� Est��o ambos bem informados sexualmente,
j�� leram ou costumam ler
sobre esse assunto, juntos?
3 ��� Est��o botando em pr��tica, no ato
sexual, as diferentes fases, como o preparo
rec��proco para o est��mulo ��� cumprindo
a primeira etapa ���, a penetra����o
quando ambos est��o excitados, o
cl��max conseq��ente e o per��odo p��s-
cl��max?
4 ��� Sabe que o orgasmo ou prazer
sexual pelo ato deve ser uma conquista
da mulher, com a colabora����o do homem?
5 ��� Sabe tamb��m que a adapta����o do
casal n��o �� instant��nea, e que �� preciso
algum tempo para que esta adapta����o
resulte em entendimento sexual completo?
6 ��� Tem conhecimento de que qual
quer tratamento nesse sentido, por
maior capacidade e boa vontade do
profissional que conduz o tratamento
e do paciente que a ele se submete,
precisa, ainda assim, da colabora����o de
ambos os c��njuges, porque somente
eles poder��o resolver em definitivo o
problema?
7 ��� Voc�� e seu marido t��m colocado o
afeto nas rela����es sexuais?
Responda a si mesma essas perguntas,
e depois comente-as e analise-as com
seu esposo. Ver�� que est�� havendo falta
de di��logo entre voc��s, o que est��
dificultanto a satisfa����o de sua parte.
Somente quando os dois est��o unidos
espiritual e fisicamente, e considerando
um ao outro numa igualdade de
condi����es ��� dando e recebendo ���, ��
que o ato sexual se completa. Estude
quais os pontos de excita����o maior
que voc�� tem, como o clit��ris, os l��bios
vaginais, os seios, as orelhas, etc.
Veja com seu marido onde voc�� reage
melhor ��s car��cias dele e oriente-o nesse
sentido. Escute-o tamb��m no que
diz respeito �� sexualidade dele nesse
1 1
sentido. Ponham em pr��tica as conclus��es
tiradas, e ver�� como a satisfa����o
sexual se tornar�� imediata. Mas n��o espere
que ela caia do c��u, de presente,
nem que ela seja um presente obrigat��rio
de seu marido para voc��.
om prazer, escrevo a voc��s
desta revista. Sou muito jovem,
e meu s��rio problema j��
vem me perturbando h�� al
gum tempo. Penso em ir procurar um
m��dico, mas sou uma garota muito t��mida.
Sou noiva h�� um ano e meio, e
praticamos sexo h�� um ano. Ele quer
muito um filho, mas eu n��o consigo
engravidar, por mais que me esforce.
Tenho um grande medo de que ele
me deixe por isso. Indique-me, por favor,
um m��dico ou um rem��dio que eu
deva tomar para ficar gr��vida logo.
Amo muito meu noivo e sei que ele me
ama, mas ele diz que n��o casa comigo
enquanto eu n��o ficar gravida. Beijos a
todos voc��s, deste menina que muito
quer um filho e est�� desesperada!" (S.
M.P. - Antonina/PR)
S
S
endo muito jovem, voc�� est��
totalmente dependente deste
rapaz, que est�� cheio de exig��ncias
e condi����es para se ligar
a voc��. E esta n��o �� uma forma de
amar exemplar; muito ao contr��rio,ela
indica que voc�� est�� sendo v��tima de
uma chantagem! S�� se unir�� definitivamente
a voc�� se antes lhe dar um filho.
Ora, quem ama n��o imp��e condi����es
para ser amado! No caso dele, �� um relacionamento
de cima para baixo, de
quem se julga superior a quem ele julga
inferior! O sentimento est�� distorcido e
injusto. Este rapaz n��o est�� preparado
para am��-la pelo que voc�� �� e vale como
ser humano, e sim interessado apenas
em obter um fruto de sua m��quina
de reprodu����o! Nem mesmo ser�� um
bom pai, porque n��o enxerga a pater
nidade como um empreendimento a
dois. visando a felicidade do fruto do
amor rec��proco. Ser�� preciso que voc��
esteja alerta quanto �� import��ncia deste
posicionamento dele. Ele deve am��-
la acima de tudo, independente de
quaisquer condi����es, da mesma forma
que voc�� o ama. O filho dever�� ser o
fruto deste amor rec��proco, e n��o o
ponto de partida para ele. Porque,
sendo o ponto de partida, ele mascara
o amor, e esse nunca vir��. Pode ser que
o seu inconsciente esteja agindo como
um freio, e esteja tamb��m impedindo
que aconte��a a gravidez. Porque achamos
que, no fundo, voc�� tamb��m est��
notando a chantagem da qual est��
sendo v��tima. Seu desespero em perd��-
lo deve acabar, porque �� uma depend��ncia
perniciosa para a sua realiza����o
como pessoa. Deve haver uma
depend��ncia afetiva parcial naquilo
que ela representa de afeto para com a
pessoa amada, que deve ser a escolhida
entre as demais. Mas este mesmo senti
mento d�� condi����es e est��mulo para
que a vida prossiga em frente, mesmo
quando esta pessoa amada vier a faltar.
Aceitando as regras do jogo determinadas
unicamente por ele ��� como voc��
vem fazendo ���, voc�� est�� se sujeitando
a ser eternamente despersonalizada
e dirigida por ele, e mais cedo
ou mais tarde, ele se cansar�� deste fardo.
Ningu��m ag��enta por muito tempo
um encosto. Procure um emprego que
lhe garanta a independ��ncia financeira,
fa��a suas amizades, adapte a sua vida
��quilo que voc�� gosta de fazer. Firme
seus valores e aja conforme eles. N��o
se deixe dominar por outra pessoa, recebendo
as imposi����es que esta lhe
faz. Quanto ao fato de n��o ter engravidado,
depois de ter esclarecido tudo
com seu noivo, recusando-se a ser um
instrumento de suas imposi����es autorit��rias,
procure um ginecologista e, sem
reservas, exponha a ele suas d��vidas e
problemas. Mas isso sem a preocupa����o
de satisfazer os desejos de seu noivo,
e sim com o intuito de resolver um
problema que diz respeito �� sua sa��de.
Pode lhe parecer triste e contundente
adotar as atitudes que estamos aconselhando
a voc�� nestas linhas, mas esteja
certa de que elas s��o a ��nica via para a
realiza����o individual.
13
HOMOSSEXUALISMO
FEMININO
"ESQUE��O QUE EXISTE UM
MUNDO AL��M DE N��S DUAS".. .
udo come��ou h�� 6 anos atr��s,
quando arranjei um emprego
numa butique e comecei a
notar um interesse da filha
de minha patroa por mim. Na ��poca,
ela tinha 24 anos, minha idade atual.
Me olhava de um jeito estranho, perguntava
sobre minha vida, meus amores
e minha fam��lia. Confesso que sentia
vontade de corresponder ao seu
olhar, s�� p��ra ver onde ela queria chegar.
Embora eu a achasse linda, n��o
sentia atra����o alguma por ela. O tempo
foi passando e fui me deixando envolver
por ela. Acabei por aceitar o seu
convite para passarmos juntas um fim
de semana num apartamento. Ao chegar
l��, me arrependi, mas, aos poucos,
ela me cativou com sua beleza, conversa
e os carinhos que come��ou a fazer
em mim. Confessou que estava apaixonada
por mim e perguntou-me se eu
concordava que ela tirasse sua roupa e
tiv��ssemos um contato f��sico. Concordei,
porque, a esta altura, j�� eu estava
sintonizada com suas caricias. Era a
primeira vez que eu fazia sexo com algu��m
e, mesmo sem ter sentido desejo
sexual por mulher, ao v��-la despida,
senti um violento desejo de pegar em
seus seios, pois achei-os min��sculos e
lindos como os meus. Surpresa ao perceber
como duas pessoas do mesmo
sexo podem proporcionar tanto prazer
uma a outra, fiquei gratificada com os
v��rios-tipos de car��cia que ela me proporcionava.
Desde esse dia, sempre que
poss��vel, mantemos contato f��sico, nos
amamos muito, mas ningu��m jamais
soube ou suspeitou de alguma coisa.
Nosso amor �� algo lindo, mas ultimamente
vivo preocupada, porque j�� estou
com 24 anos e gostaria de casar, somente
com o prop��sito de ter um filho.
Ela casou h�� 3 anos, mas seu casamento
durou apenas um ano e meio
porque seu marido lhe foi infiel, e ela,
que tinha casado para n��o ficar solteirona,
aproveitou o ensejo e o abandonou.
N��o teve filhos e vive atualmente
sozinha mas feliz, pois me ama e sempre
estamos juntas, vivendo o nosso
amor. H�� 4 anos, ela me arranjou um
S
S
empre temos afirmado que,
para que possa haver uma decis��o
quanto �� sexualidade, ��
necess��rio provar as duas
situa����es. N��o se pode fazer uma op����o
pelo homossexualismo sem que se tenha
provado um relacionamento sexual
completo com o sexo oposto. E mais:
uma experi��ncia apenas n��o basta,
porque as circunst��ncias diferem e interferem
no relacionamento. Al��m disso,
para se chegar a uma conclus��o e
fazer-se uma op����o definitiva e, portanto,
assumida, �� necess��rio um n��mero
maior de contatos sexuais com os dois
sexos, para que n��o se corra o risco de
um erro. Erro esse que poder�� repercutir
sobre a vida da pr��pria pessoa e
de todos aqueles que estiverem envolvidos
com ela. Isto, �� claro, quando
existem d��vidas no que se refere ao
hetero ou ao homossexualismo. Porque
esta coloca����o n��o �� v��lida para
aqueles que j�� est��o definidos sexualmente,
quer seja por uma ou outra
esp��cie de sexo. Sua carta nos leva a
concluir que esta d��vida existe ainda e,
o que �� mais grave, est�� perturbando
a sua felicidade. A mo��a com a qual
voc�� tem mantido um relacionamento
tem sido, desde o in��cio, mais sua protetora
que companheira. Sua condi����o
social e financeira influiu sobre voc��
desde o princ��pio e deu seus frutos
arranjando-lhe um emprego que lhe
deu uma boa situa����o financeira. Tam
b��m foi ela que veio suprir a car��ncia
de afeto que voc��, como qualquer ser
humano em suas condi����es, apresentava.
Veio a ser sua parceira de afeto, sua
companheira para suprir a solid��o, sua
confidente. S��o la��os que marcam e
prendem, capazes de criar um sentimento
de gratid��o e reconhecimento.
Mas n��o s��o la��os de amor completo.
Talvez venham a ser, mais tarde, ainda
mais firmes, porque podem desenvolver
uma depend��ncia afetiva irrevers��vel
de ambas as partes. Sua amiga ��
ciumenta, possessiva e dependente de
voc��. Mas trata-se de sua vida, e s��o os
seus sentimentos e a sua realiza����o pessoal
que est��o em jogo. Sem esquecer
o muito que ela lhe fez e deu, voc�� deve
manter suas amizades e paqueras,
. buscando um algu��m que possa corresponder
aos seus anseios e necessidades
entre os homens. O medo que tem do
��rg��o masculino �� o medo de uma entrega
total, definitiva, o temor de ser
tra��da. Porque sabe muito bem que,
num relacionamento amoroso, os carinhos
v��m em ordem crescente e a penetra����o
se torna normal e f��cil. Caso
contr��rio, tantos n��o estariam passando
por ele, n��o �� mesmo? Depois de
ter provado e experimentado as sensa����es
que o heterossexualismo pode lhe
proporcionar, �� que voc�� poder�� contront��-
las com aquelas experimentadas
pelo seu atual relacionamento. Estar��
mais vivida e ter�� condi����es de optar
conscientemente. E nada a irr��pedir�� de
manter um la��o de amizade com sua
atual companheira, vivendo ao lado de
seu amado. O casamento apenas com a
finalidade de procriar tem uma vida
breve, n��o apresenta condi����es de sobreviv��ncia.
Duas pessoas se unem porque
se amam de tal forma que um completa
o outro. Os filhos s��o a imagem
desta uni��o, os frutos deste amor. Se,
depois de ter vivido relacionamentos
heterossexuais, voc�� ainda sentir que a
sua sexualidade pende mesmo para o
homossexualismo, a escolha automaticamente
estar�� feita. Desejamos muita
felicidade e bom senso na trilha que ir��
percorrer 1
SA��DE
"O QUE �� ELEFANT��ASE?"
"A DIARREIA ME PROVOCA ARD��NCIA NO ��NUS"...
O ABC DO SEXO
O EST��MULO ORAL
Descontra��dos e sem preconceitos, eis o estado dos amantes ideais. Nessa
descontra����o e aus��ncia de preconceitos, vem sempre uma quest��o muito
importante. Ele acha que se praticar cunil��ngua nela, isso poder��
rebaix��-lo. Ela acha, por sua vez, que se praticar a fela����o nele, ser��
classificada como prostituta e perder�� a admira����o e o respeito do parceiro.
N��o se pode partir para um ato sexual que se pretenda perfeito e igual,
sem desfazer esse preconceito. A reciprocidade �� muito importante nessa
id��ia de que o est��mulo oral n��o significa rebaixamento de ningu��m.
or ser essa uma revista que visa
orientar-nos sobre sexo, venho
pedir-lhe algumas respostas
��s perguntas que me afli
gem:
1 ��� Como se chama ��s pessoas que sentem
atra����o f��sica e sexual por crian��as?
2 ��� Quais os v��rus causadores da elefant��ase?
3 ��� Pode-se pegar alguma doen��a ven��rea
pelo coito anal?
4 ��� �� prejudicial pisar descal��o no ch��o
frio ap��s o ato sexual?
5 ��� As drogas (t��xicos) reduzem a pot��ncia
sexual?
6 ��� Interromper a masturba����o para
maior prazer �� prejudicial?
7 ��� A rela����o sexual ou a masturba����o
na ��gua faz mal �� sa��de?
Sem mais, agrade��o a aten����o que voc��
me dispensar." (Boy - S��o Jos�� dos
Campos/SP)
V
V
amos ��s respostas por voc�� so
licitadas:
1 ��� ��queles que sentem atra
����o sexual por crian��as d��-se
o nome de ped��filos ou praticantes de
pedofilia.
2 ��� A elefant��ase n��o �� causada por
v��rus, e sim por um dist��rbio glandular
hormonal.
3 ��� 0 coito anal pode ser colaborador
da transmiss��o de doen��as ven��reas.
4 ��� N��o existe qualquer doen��a adquirida
pelo h��bito de pisar descal��o no
ch��o frio ap��s ter praticado o ato sexual.
Durante o inverno, por��m, quando
se sai das cobertas quentes, pode ser
afetada a sa��de se se pisar no solo frio,
descal��o. Mas isso n��o tem rela����o
com o ato sexual diretamente.
5 ��� Est�� definitivamente provado que
as drogas t��xicas atuam prejudicialmente
sobre a pot��ncia sexual do indiv��duo.
6 - Sim, a interrup����o da masturba����o
para prolongar o prazer sexual �� prejudicial
�� sa��de.
7 ��� A masturba����o na ��gua n��o �� prejudicial
�� sa��de.
��o sou homossexual, nunca tive
rela����es com homem algum
e pretendo nunca ter.
Gra��as a Deus, nasci homem.
O problema �� que estou desconfiado
de que estou sendo v��tima da gonorr��ia
anal. De vez em quando, tenho
umas diarr��ias que fazem com que o intestino
doa muito e que v��m acompanhadas
de uma enorme vontade de vomitar.
Ao redor do ��nus, d��i muito e
arde pra valer, mas somente enquanto
as fezes est��o saindo, porque depois
que elas saem p��ra de arder. Fica apenas
a dor e a vontade de vomitar, que
depois, tamb��m, logo desaparecem.
Quatro ou cinco meses depois, as
diarr��ias voltam. Eu queria que voc��s
me informassem se se trata ou n��o de
gonorr��ia. Se for, n��o terei coragem de
contar a meus pais e deixarei a doen��a
se prolongar at�� o fim. Na cidade onde
moro, n��o existem cl��nicas especializadas
no assunto, e sou totalmente dependente
de meus pais." (J.S.T.F. ���
Araraquara/SP)
S
S
eu problema realmente nada
tem a ver com homossexualismo,
e tudo indica que a origem
dele esteja no aparelho
digestivo. Algum dist��rbio, como uma
parasitose, uma gastroenterite, ou qualquer
outra infec����o do aparelho digestivo,
est�� provocando o aparecimento
c��clico das diarr��ias que, pelo n��mero
de vezes que o atormentam, ferem a
regi��o anal, deixando-a sens��vel. A vontade
de vomitar e a sensa����o nauseante
v��m comprovar a sintomatologia de
um dist��rbio digestivo cr��nico, que
deve ser tratado. Procure um m��dico
para que seu problema f��sico fique resolvido
o quanto antes, para que ele
n��o constitua um risco maior �� sua
sa��de, que j�� deve estar muito agredida
pela falta de tratamento desde o in��cio.
N��o se trata de gonorr��ia, n��o.
Mas, caso fosse, n��o haveria justificativa
para que voc�� n��o pusesse seus pais
a par do assunto, uma vez que ainda ��
dependente.���
EMOCIONAL
"SER�� QUE POSSO SER PAI?"
"AOS 10 ANOS, ME APAIXONEI".. .
"A OUTRA QUER FAZER
CHANTAGEM COMIGO"...
V
V
oc�� �� jovem demais e est�� em
plena puberdade ��� fase em
que os sentimentos se misturam
com atra����o sexual, amizade,
admira����o, fantasia, fixa����o, etc.
N��o se trata de amor, porque voc��
nem mesmo chegou a namorar a garota
e, assim, pouco conhece dela. Como
pode saber se a ama tal qual �� ��� com
seus defeitos e virtudes? Talvez o fato
dela ser mais velha - embora seja uma
adolescente ��� represente a afirma����o
de sua pr��pria personalidade, para provar
a si mesmo que j�� �� um homem.
Mas nada impede que voc�� ven��a a sua
timidez e se aproxime dela. Sonde as
possibilidades de um namoro com ela,
observe as rea����es da mo��a �� sua investida.
Ver�� que, contando com a hip��tese
de tamb��m ser rejeitado e receber
uma "gelada", tudo ficar�� mais simples.
Porque n��o haver�� o fator decep����o.
As experi��ncias sempre s��o v��lidas,
desde que se considere as prov��veis
conseq����ncias que elas poder��o
trazer. Pode ser que ela d�� acolhida aos
sentimentos que voc�� nutre por ela.
Fa��a o teste!
lou que meu p��nis era pequeno para
ela. Disse que o do marido dela media
18, 20cm, ao passo que o meu p��nis
media apenas 13 ou 14 cm. Fiquei
muito envergonhado e acabei tudo
com ela. Agora ele vem com chantagem,
dizendo que vai contar para minha
mulher o nosso caso. Que devo
fazer? N��o quero perder minha esposa
leg��tima e nem meus filhos! Ser��
que devo continuar com a outra?"
(J.A. A. - Osasco/SP)
R
R
espeitamos o direito de cada
pessoa escolher seu pr��prio
caminho, mas temos insistido
na necessidade de que esta escolha
seja um resultado das conseq����ncias
��� tanto positivas como negativas ���
analisadas previamente. Justamente para
n��o vir a enfrentar, mais tarde, a situa����o
que voc�� hoje tem pela frente.
Est�� com um lar formado porque sua
esposa ag��entou a barra na educa����o,
na informa����o e no cuidado com os filhos,
enquanto voc�� procurava demonstrar
a si mesmo e aos outros um triste
machismo, "borboleteando" com mulheres,
por fora. Pensou que essa situa����o
de agora ��� de chantagem ��� se criaria
quando resolveu casar e ter filhos,
ou quando tinha mulheres por fora?
Preferimos pensar que achou sempre
que daria o c��lebre jeitinho de contornar
a situa����o, n��o �� mesmo? E n��o incluiu
o sentimento de tristeza e temor
por perder algo que lhe pareceria valioso,
como o seu lar, esposa e filhos. No
entanto, �� sempre esta a escalada daqueles
que agem da forma como voc��
agiu. Mas h�� pontos a serem considerados
e analisados em sua carta. Voc��
nos parece estar em d��vida sobre a
mudan��a definitiva que ter�� que fazer
na sua atitude perante a vida. Pergunta-
nos o que deve fazer para n��o perder
o que tem de precioso (lar, esposa
e filhos) e, ao mesmo tempo, pergunta-
aos se deve continuar com a outra. Infelizmente,
deixou-nos com a impress��o
de que n��o abandonou a mulher
com a qual tinha liga����es por ter se decidido
a mudar de vida e a se voltar exclusivamente
para o lar, mas, sim, porque
se sentiu severamente atingido em
seu machismo quando ela o comparou,
numa atitude prim��ria e ridicula,
com o marido, colocando voc�� num
plano interior. E citando ainda o ��rg��o
que voc�� e ela, infantilmente, utilizaram
como "instrumento de medi����o"
para a virilidade e macheza. A rea����o
dela, amea��ando-o com a chantagem
de contar tudo a sua esposa, surpreendeu-
o e desarmou-o por completo. A
acusa����o de respons��vel pela gravidez
dela (e por que n��o?) botou-o em p��nico.
Ser�� que todo esse conjunto de
situa����es tristes e sentimentos frustrantes
��� vividos por voc�� e de sua total
responsabilidade ��� n��o lhe serviu de li����o?
Est�� disposto a enfrentar, pela vida
atora, este "pacote de emo����es conflitantes"?
A decis��o, obviamente, ter��
que ser sua, porque a sua pr��pria vida
at�� aqui j�� lhe mostrou os inconvenientes
deste tipo de comportamento. Enganos,
mistifica����o, trai����o, cal��nia,
inseguran��a, ansiedade ��� toda uma
avalanche de experi��ncias emocionais
completar��o o seu modus vivendi.
Aprenda que o mundo n��o se resume
numa competi����o de p��nis, no confronto
de tamanhos deste ��rg��o. N��o
se mede masculinidade por um simples
��rg��o! A atitude que voc�� ir�� tomar
daqui pra frente, sim, �� que nos poder��
dar uma prova���e,acima de tudo, a voc��
mesmo ��� de que voc�� �� realmente um
homem capaz de enfrentar e resolver
uma situa����o dif��cil, qual seja a de optar
pela mulher que voc�� acha que ama
realmente, sem a qual n��o poder�� ser
feliz. Ainda mais, caso escolha sua esposa,
para afastar qualquer temor de
uma chantagem como a que foi mencionada
por sua amante e dar a volta
por cima de seus erros passados ��� deles
penitenciando-se, tamb��m. Deve
contar a sua esposa as perip��cias rid��culas
em que participou, pedindo-lhe
uma chance de demonstrar-lhe, atrav��s
de seus atos futuros, que o passado,
passado est��.
INICIA����O
& TIMIDEZ
"COMO �� A RELA����O QUANDO AMBOS S��O VIRGENS?"
A
A
os 19 anos, ainda sou virgem
e s�� encontro prazer na masturba����o.
Nunca senti sinceramente
vontade de ter outra
esp��cie de prazer, mas como estou namorando
uma garota tamb��m virgem,
e estamos desejando ter uma rela����o
mais profunda e mais ��ntima, preciso
de sua orienta����o. Nunca procurei
prostitutas porque tenho medo de
contrair doen��as ven��reas. �� poss��vel
e pode dar certo uma rela����o sexual
entre duas pessoas de sexos diferentes
quando ambos s��o virgens?
Ou ser�� que antes devo procurar uma
mulher que n��o seja virgem?" (Baiano
Preocupado - Gandu / BA)
J
J
�� houve quem dissesse que o
amor sonhado por Deus para
existir no Para��so seria aquele
em que duas pessoas de sexos
diferentes passassem a ter rela����es pela
primeira vez, uma com a outra, como
desfecho de um sentimento puro e aut��ntico
que os unisse para sempre.
Ambos, motivados por esse amor,
descobririam o sexo e seus in��meros
prazeres, juntos e reciprocamente,
num sempre crescente e envolvente
renovar e descobrir de algo novo. Nada
impede que voc��s encontrem a felicidade,
uma vez que estejam bem seguros
de que se amam realmente e se
aceitam mutuamente. Se est��o, tamb��m,
conscientes do que v��o fazer e
das conseq����ncias que esse relacionamento
ir�� trazer para suas vidas. N��o ��
preciso que voc�� procure uma mulher
experiente, que provavelmente ir�� apenas
mostrar-lhe um ��ngulo totalmente
diferente do ato que ir�� praticar com a
garota que voc�� ama. Mas �� necess��rio
que haja um planejamento pr��vio e um
di��logo franco e aberto entre voc��s,
pois o amor, para ser gratificante, tamb��m
tem que ter seus p��s no ch��o. Informem-
se bastante quanto aos assuntos
que dizem respeito ao relacionamento
sexual, assumam as limita����es
que todos t��m, conscientes ou inconscientes,
e que nenhuma transa pode
impedir que surjam.
GLEN A. HOLLAND �� O CHEFE DA DIVIS��O INFANTIL DE
CLBN��ICA PSICOL��GICA DA UNIVERSIDADE DE LOS ANGELES.
NESTE ARTIGO, PROCURA ORIENTAR PAIS E PROFESSORES
QUANTO A ABORDAR COM SERIEDADE E CARINHO O SEXO
NA CONVERSA COM SEUS FILHOS.
DEPOIMENTO
COMO FALAR DE SEXO COM SEUS FILHOS
ue direi a meus filhos quando
eles me perguntarem coisas
relativas ao sexo."Esta era a
pergunta que eu mais temia
ouvir nos anos que passei como m��dico-
residente na cadeira de Psicologia Infanto-
juvenil. O problema maior �� que
esta pergunta est�� carregada de outras
quest��es. Entre essas, a menos l��gica ��
provavelmente aquela que parte do
principio de que o sexo �� uma proposta
unilateral. Muitos pais acreditam
que seus filhos lhes far��o a pergunta
de chofre, sem rodeios e disfarces. Pensam
tamb��m que a quest��o pode ser
respondida de uma vez por todas, naquele
instante, e que o assunto nunca
mais voltar�� �� baila. O que h�� de errado
nessa suposi����o �� que a natureza da
curiosidade infantil muda constantemente,
na medida em que a crian��a
cresce e fica exposta a um mundo cada
vez mais amplo. Nos primeiros anos de
sua vida, a crian��a tem uma curiosidade
maior quanto ao seu corpo, no que
se refere aos mecanismos de concep����o,
desenvolvimento pr��-natal e o parto
em si. Os mitos populares nesse assunto
s��o insuficientes, il��gicos e pouco
satisfat��rios para as crian��as de hoje,
mesmo aquelas cuja intelig��ncia esteja
num n��vel comum. Um exemplo
do que estamos abordando seria esta
pergunta: "Como �� que as cegonhas
podem entregar os nen��s em lugares
onde ela nunca �� vista, a n��o ser em
desenho ou nas casas que vendem roupas
de beb��s?" Se cabe ao m��dico
trazer esses beb��s, escondendo-os dentro
de sua insepar��vel malinha preta,
como �� que existem mulheres que querem
filhos e n��o os t��m? Por outro
lado, como �� que as mulheres que n��o
querem filhos de maneira alguma de
repente ficam gr��vidas? E mais: como
�� que as mulheres casadas conseguem
ter filhos mais facilmente que as solteiras?
E as senhoras idosas, casadas,
que NUNCA parecem estar esperando
nen��?
f
Diante de perguntas como essas, t��o
cheias de l��gica, n��o se pode esconder
nada, a menos que queiramos criar
uma enorme confus��o em suas cabecinhas.
�� preciso tomar muito cuidado
com o que se fala na hora de responder.
As m��es carregam crian��as em
suas barrigas? Mas qualquer um sabe
que sua barriga costuma ir onde v��o os
seus p��s\ Ent��o, o coitadinho do nen��
est�� trancado l��, todo coberto com a
��ltima refei����o que voc�� fez? Como ��
muito mais f��cil dizer simplesmente a
seu filho que as m��es tem um lugar especial
no seu corpo, chamado ��tero,
onde os beb��s podem crescer aos pouquinhos
at�� que estejam prontos para
nascer! Isto j�� difere bastante do lugar
que a comida vai, que n��s costumamos
chamar de est��mago. Por��m, como
agir se a crian��a ainda estiver cheia de
curiosidade e desejar saber tudinho,
nos m��nimos detalhes? Outra das suposi����es
dos pais que sempre me procuram
�� pedir para que eu lhes d�� uma
resposta certinha, que seja menos embara��osa
que a pura VERDADE. Tamb��m
aqui, na minha opini��o, eles est��o
errados. Vejamos como seria. 'M��e,
como �� que o beb�� entra no ��tero e
como �� que ele sai?"Resposta: "A parte
que a m��e tem quando faz o beb��,
chamada ��vulo, cresce dentro dela
muito pr��ximo ao ��tero e pode entrar
dentro dele sozinho. Tamb��m o papai
tem uma parte na hora que faz o beb��.
Chama-se esperma, e papai p��e o esperma
dele bem pertinho do ovo, por
uma abertura que existe no corpo da
mam��e, chamada vagina. Quando o esperma
e o ovo ficam juntos e seguros
dentro do ��tero, o beb�� come��a a crescer.
Quando ele j�� est�� suficientemente
grande e pronto para nascer, ele sai do
corpo da mam��e pela mesma abertura
que o papai usou para dar o seu esperma,
a vagina. Esta abertura tem que
se alargar e se alargar, at�� ficar de um
tamanho que permita que o beb�� saia
por ela. O m��dico chega para atender o
beb�� e a mam��e, caso eles precisem de
alguma ajuda. Sem o m��dico, o beb�� e
a mam��e teriam que se arranjar sozinhos,
com a torcida do papai, quem
sabe. . ."A meu ver, a verdade n��o me
parece, de forma alguma embara��osa.
Os pais que hesitam em expor a verdade
a seus filhos, geralmente s��o eles
pr��prios vitimas de uma falta de informa����o
sexual objetiva. A melhor maneira
de vencer essa limita����o �� continuar
com o seu aprendizado sexual,
embora j�� sejam adultos, e fazer disto
um projeto para toda a vida. Com isso,
ter��o base para conversar com seus filhos
-se �� que eles j�� estabeleceram
um ambiente de discuss��es abertas sobre
o sexo, com pessoas que privam de
sua intimidade. Tamb��m costuma dar,
bons resultados uma conversa sobre
suas pr��prias d��vidas pessoais a respeito
de sexo, um di��logo com um profissional
competente, que n��o fiqueembara��adoao
abordar assuntos como esse.
Enquanto, a cada dia que passa, mais e
mais escolas de Medicina incluem cursos
sobre a sexualidade humana em
seus curr��culos, continuam tamb��m
crescendo as chances de voc�� encontrar
um cl��nico com o qual voc�� possa
discutir este tema dentro de um clima
de respeito, de seriedade, de compet��ncia
e objetividade. O mesmo j�� se
28
pode dizer dos professores, pastores
protestantes, padres cat��licos e te��logos,
assistentes sociais ou psic��logos.
Mas fiquem preparados para encontrar
pela frente muitas pessoas para as
quais estes assuntos sobre sexo n��o
s��o, de forma alguma, familiares e,
portanto, n��o est��o t��o dispostas a um
di��logo quanto voc�� est��. Mesmo em
se tratando de profissionais competentes
e s��rios nas profiss��es citadas
acima, �� prov��vel que voc�� ir�� encontrar
alguns bitolados em seu caminho.
Por que a necessidade de tanto preparo?
pergunta voc��. Uma das hip��teses
mais erradas que os pais costumam levantar
�� que seu filho ir�� consult��-lo
apenas quanto �� informa����o sexual
que ele precisa. Na verdade, as chances
de uma crian��a ou um adolescente
"Procure saber se entendeu
perfeitamente a pergunta que
seu filho est�� lhe fazendo,
e nunca o deixe sem uma
resposta sincera:"
chegar a seus pais para fazer este tipo
de pergunta dependem inteiramente
do tipo de experi��ncia que a crian��a
ou o adolescente j�� tiver. Se a crian��a
ou o adolescente saiu da conversa com
seus pais com um sentimento de culpa
ou com uma impress��o m��, provavelmente
n��o voltar�� a discutir o assunto
com seus pais. Isso tamb��m acontece
se os pais consultados ficarem embara��ados
diante do assunto, por falta de
conhecimento pessoal ou por preconceito.
Lembro-me sempre da garota
que certa vez me falou: "Meus pais
pensam e agem como se eles acreditassem
que se eles n��o conversarem a respeito
do sexo comigo, eu jamais chegaria
a saber que ele existe. " Como psic��logo,
ficaria feliz vendo todos os
pais adotarem uma atitude diante da
curiosidade sobre o sexo demonstrada
por seus filhos, a de que ele �� normal,
natural e necess��rio. Dentro desse con
texto n��o surgiriam mais perguntas ou
suposi����es de que ele �� nojento, sujo,
desprez��vel e mau. Haveriam, isto sim,
perguntas que os pais n��o teriam condi����es
de responder, por desconhecimento
ou rejei����o. Gra��as a Deus, ningu��m
precisa conhecer todas as respostas.
O que se espera de cada pai �� a
vontade de assumir a sua pr��pria ignor��ncia
quando ela existe, ao mesmo
tempo em que tamb��m exista uma
disposi����o interior de procurar as respostas
certas, para que essa ignor��ncia
n��o perdure. No m��nimo, espera-se
que eles escutem seus filhos quando estes
os procuram buscando informa����o
ou conselhos. Muito mais do que ser
um expert, voc�� deve procurar ser mais
receptivo e estar mais disposto a aprender,
na mesma medida em que se disp��e
a ensinar. As crian��as sofrem altera����es
fundamentais assim que atingem
a puberdade, e as mudan��as ficam
��bvias: "Por que �� que a Telma tem
seios grandes como os seus, mam��e, e
eu n��o tenho nada?" Ou ent��o: "Alguns
de meus colegas de turma j�� est��o
com barba e at�� deixando crescer o
bigode, e eu nem mesmo tenho uma
penugem. Que h�� de errado comigo?"
Mesmo vivendo nas melhores circunst��ncias,
os adolescentes nunca est��o seguros
do que est�� acontecendo com
eles, na hora que fazem as perguntas.
Ent��o, �� da responsabilidade de seus
pais garantir-lhes uma informa����o suficiente,
antes de que ela venha a ser
requisitada. Uma m��e que tenha considera����o
com sua filha falar�� com ela a
respeito de menstrua����o, da mesma
forma que um pai dedicado falar�� com
seu filho p��bere a respeito de polu����es
noturnas ("sonhos molhados") antes
que ele passe pela experi��ncia. A timidez
social ou a vergonha geralmente
inibem o rapaz de perguntar a seus pais
o que far�� com o problema das ere����es
espont��neas - ou uma garota com a
lubrifica����o vaginal -que parecem
ocorrer automaticamente na presen��a
do sexo oposto, ou atrav��s de pensamentos
e sonhos. Os pais cujos filhos
os procuram com perguntas como estas
podem felicitar a si mesmos, diante
de uma prova irrefut��vel de que eles
conquistaram n��o s�� o amor. mas tamb��m
a confian��a de seus filhos. Na medida
em que os adolescentes crescem e
completam a maturidade f��sica, suas
perguntas (feitas ou n��o) voltam-se
mais para assuntos de sentimentos e
amizades. Claro que eles ainda podem
aproveitar muita informa����o detalhada
sobre a preven����o de certas doen��as ou
sobre os anticoncepcionais mais recentes.
Hoje em dia. j�� existem livros e revistas
especializados em abordar seriamente
essas quest��es. Meus dois filhos
cresceram sabendo que qualquer livro
que eles quisessem ler era deles, sem
perguntas ou condi����es impostas por
mim. Nunca tive que me arrepender de
ter tomado esta medida, e a recomendo
tranq��ilamente a cada pai que est��
lendo este artigo. Os analfabetos ou de
menor instru����o, e aqueles que vivem
mais isolados ou sofrem um tipo de
educa����o repressora, s��o os que maior
necessidade t��m de compreens��o e
aceita����o. Infelizmente, os mais s��rios
bloqueios costumam aparecer nestas
��reas, onde as perspectivas pessoais
s��o mais importantes do que o conhecimento
dos fatos em si. Muitas das
perguntas que os adolescentes nunca
se preocupam em fazer s��o sobre onde os
seus comportamentos e relacionamentos
ir��o conduzi-los. �� comum eles j��
terem ouvido falar que qualquer tentativa
deles a esse respeito ser�� recebida
com um "�� fogo de palha", como se se
tratasse de uma caracter��stica infantil.
A falta de confian��a na compreens��o e
aceita����o por parte do adulto muitas
vezes impede que o adolescente seja
melhor informado sobre o que mais de
perto o preocupa ou lhe diz respeito.
"Ser�� que a masturba����o ir�� prejudicar
meu corpo e minha mente?" "Ser�� que
a masturba����o tem alguma coisa a ver
com as espinhas que vivem aparecendo
em meu rosto?" "Os colegas est��o me
chamando de 'menininha'; ser�� que
eles pensam que sou homossexual?"
"Se voc�� n��o quer ser um homossexual,
pode fazer alguma coisa para evitar
que isto aconte��a?" "Que mal h�� em
fazer sexo com as garotas com as quais
eu saio, se isso n��o significa que eu v��
viver s�� pensando nisso?" "Que posso
fazer se eu perder o amor do rapaz que
amo de verdade, apenas por n��o concordar
em ir para a cama com ele?"
"Todos os colegas pensam que sou retardada,
s�� porque ainda n��o tive nenhuma
experi��ncia sexual. Que posso
ou devo fazer0" Quais destas perguntas
j�� lhe foram feitas por seu filho ou sua
filha? Que �� que voc�� diria a ele ou a
ela se, por acaso, estas perguntas tivessem
sido feitas a voc��? Pois eu sei que
estas perguntas est��o na cabe��a deles,
porque cada uma delas j�� foi feita a
mim por um garoto ou uma garota assustada,
cuja confian��a eu conquistei.
Se voc�� n��o deseja responder tais perguntas,
a quem voc�� confiaria uma responsabilidade
t��o delicada? Quem
quer que possa ser, esteja certo de que
seus filhos confiam mais nessa pessoa e
se sentem mais �� vontade com ela do
que com voc��. Outra das mais tolas suposi����es
que os pais fazem, dentro do
capitulo de "como falarei de sexo com
meus filhos?", �� que todas as crian��as
devem ser tratadas da mesma maneira,
n��o importa que idade tenham. Nada
poderia estar mais longe da realidade.
A idade �� um fator determinante muito
importante para se conhecer o que
as crian��as querem saber. Na verdade,
n��o h�� substituto para a escuta detalhada
do que seu filho est�� lhe perguntando.
Fa��a perguntas para checar se
voc�� entendeu bem o que ele realmente
quer saber, antes de tentar responder.
A hist��ria cl��ssica que pode perfeitamente
ilustrar o que dizemos �� a
do menino que se aproximou de sua
m��e t��o ocupada e perguntou-lhe de
onde ele tinha vindo. Depois de uma
demorada explica����o, a m��e finalmente
descobriu por que seu filho viera lhe
fazer tal pergunta: �� que o novo vizinho
deles havia lhe dito que viera de
"A efici��ncia da informa����o
que os pais clar��o aos filhos
depender��, em grande parte, do
vocabul��rio comum a ambos."
Nova Iorque, onde antes morava, e que
ele ficara curioso em saber de onde ele
viera antes de morar naquela cidade. A
idade �� crucial tamb��m sob dois outros
aspectos, no di��logo pais e filhos sobre
o sexo. Um destes aspectos �� o do vocabul��rio.
A habilidade da crian��a em
expressar a sua curiosidade no que
concerne aos assuntos de sexo �� uma
quest��o de vocabul��rio, que por sua
vez est�� ligado �� maturidade dela. A
efici��ncia da informa����o que os pais
ir��o dar aos filhos depender��, em grande
parte, do vocabul��rio em comum
que ambos usar��o, isto ��, das palavras
que dever��o ser compartilhadas por
ambas as partes envolvidas. Numa conversa
sobre sexo, conv��m lembrar que
a aten����o da crian��a depende tamb��m
da idade que ela tem. A s mais pequeninas
querem respostas simples, diretas
e, acima de tudo, curtas. Meu fracasso
mais comum, como pai que sou, �� vir
sendo um tanto prolixo demais em
minhas respostas a meus filhos. Para
citar um ditado de autoria de meus
pr��prios filhos, que ir�� lhes dar uma
id��ia de meu comportamento nesse
item: "Fa��a a papai uma pergunta e
ele far�� uma confer��ncia a respeito".
Conseq��entemente, aprendi a colocar
o ponto crucial da conversa com eles
sempre no in��cio da senten��a, confiante
de que, assim que tivessem recebido
a resposta que desejavam obter, eles
me informariam. A coisa tem dado
certo at�� aqui. Um tipo de resposta
que �� ��til para crian��as menores ��:
"Vamos apenas dizer, por enquanto.
. .". Podemos citar, como exemplo,
que diante da pergunta "Como
�� que um pai e uma m��e fazem um
beb��?", feita por uma menina de 4
anos, a resposta poderia muito bem
ser esta: "Por enquanto, vamos dizer
que papai tem uma parte a ver com o
beb�� e mam��e tem outra parte. Quando
papai d�� a sua parte para mam��e,
ent��o come��a a existir o beb�� e ele
continua a crescer dali em diante".
Quando, por��m, os pais n��o est��o preparados
para entrar em detalhes, seria
bom que dissessem: "�� um pouco dif��cil
de explicar, deixe-me pensar um
pouco mais a respeito, e n��s voltaremos
a conversar mais tarde". Quanto a
decidir o que dizer, os pais precisam
somente estar certos de que a informa����o
que est��o dando est�� correta at��
onde ela possa chegar, de uma maneira
tal que ela possa ser ampliada, na medida
em que a crian��a cresce e demonstra
uma maior curiosidade. Desde que
a curiosidade da crian��a seja tratada e
encarada pelos pais como normal e leg��tima,
ela ficar�� feliz em retribuir,
dando a seus pais uma outra chance de
explicar o assunto que a estava preocupando.
Como podemos ver, a seriedade
ocupa um lugar de destaaue neste
relacionamento.
31
O Grupo Bons Amigos e o Grupo Só Livros com Sinopses têm o prazer de lançar hoje mais uma obra digital no formato txt e epub para atender aos deficientes visuais.
1 )https://groups.google.com/forum/#!forum/solivroscomsinopses
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Abraços fraternos!
Bezerra
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