sexta-feira, 22 de setembro de 2023

{clube-do-e-livro} Lançamento: O Espírita do Século XXI - Alkindar de Oliveira - Formatos: Pdf. epub, mobi e txt

Quando lemos Kardec dizendo (Obras
P�stumas - Projeto 1868) que devemos
"Popularizar o Espiritismo, divulgando-o
numa larga escala nos jornais de maior
circula��o"; Quando lemos Eur�pedes
Barsanulfo (Esp�rito) dizendo "J� somos os
trabalhadores de �ltima hora, n�o temos
mais tempo, quanto mais fizermos ainda �
pouco diante de todo o trabalho que se faz
necess�rio."; Quando lemos Herculano
Pires dizendo "Se os esp�ritas soubessem o
que � o Centro Esp�rita, quais s�o
realmente sua fun��o e sua significa��o, o
Espiritismo seria hoje o mais importante
movimento cultural e espiritual da terra.";
Quando vemos Joanna de Angelis sendo
obrigada a criar a express�o "esp�rita
espiritizado", que nada mais � do que "o
verdadeiro esp�rita", o que denota que
estamos tornando-nos "esp�ritas
igrejeiros", perdendo a ess�ncia do que �
ser esp�rita; Quando lemos no livro
Tormentos da Obsess�o, Editora Leal
(Divaldo Pereira Franco / Manoel
Philomeno de Miranda) que Eur�pedes
Barsanulfo criou na espiritualidade
Sanat�rios cuja �nica e exclusiva clientela �
composta de esp�ritas arrependidos, isto �,
de esp�ritas que quando encarnados n�o
entenderam o que � ser esp�rita;
conclu�mos que:

Est� certo Cairbar Schutel (Esp�rito)
dizendo "Os esp�ritas est�o em um
momento grave, n�o de suas lutas pessoais
propriamente, mas de seu engajamento na
tarefa com a qual se comprometeram antes
da atual experi�ncia no corpo."


PROJETO ORAR




Arte: Gerson Reis e Ci�a Japiassu (Est�dio Japiassu Reis)
Revis�o: Miguel de Jesus Sardano
Capa: Rubens C. Ruban Santos
Fotolito: WE Reprodu��es Gr�ficas
Impress�o: Liz Gr�fica Editora

Ia

Edi��o - 2001

Impresso no Brasil

Printed in Brazil

ebm

editoro

EBM - Editora Bezerra de Menezes
Rua Silveiras, 17 - Vila Guiomar - Santo Andr�/SP
Tel: (11) 4438-2947


Nenhuma parte desta publica��o poder� ser reproduzida, guardada
pelo sistema "retrieval" ou transmitida de qualquer modo ou por
qualquer outro meio, seja eletr�nico, mec�nico, de fotoc�pia, de
grava��o, ou outros, sem pr�via autoriza��o por escrito da Editora.

Dados Internacionais de Cataloga��o na Publica��o (CIP)
(C�mara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Oliveira, Alk�ndar de

O esp�rita do s�culo XXI : projeto orar /
Alk�ndar de Oliveira. � S�o Paulo : Editora
Bezerra de Menezes, 2001.

1. Esp�ritas 2. Espiritismo 3. Lideran�a
4. Ora��o I. T�tulo.
01-5836 CDD-133.901

�ndices para cat�logo sistem�tico:

1. Doutrina esp�rita 133.901

"Se os esp�ritas soubessem o que � o Centro
Esp�rita, quais s�o realmente a sua fun��o e
a sua significa��o, o Espiritismo seria hoje o
mais importante movimento cultural e
espiritual da terra."

Herculano Pires


INDICE

INTRODU��O

9

PARTE A
As CRIAN�AS - CAP�TULO ESPECIAL

11
RESPONSABILIDADE PREMENTE DO ESP�RITA:
BEM EDUCAR AS CRIAN�AS

13
UM BOM IN�CIO

15
PRECE DO EDUCADOR

18
A EDUCA��O PELA NATUREZA

19

PARTE B

REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESP�RITA

23
O DIRIGENTE ESP�RITA EFICIENTE E O DIRIGENTE ESP�RITA
EFICIENTE E EFICAZ

25
O ESP�RITA "FAZEDOR"

28
ESTAR�O CORRETOS NOSSOS ATUAIS CONCEITOS
DE LIDERAN�A ESP�RITA?

30
O FUTURO (OU "O PRESENTE"?)

36
O MUNDO EM QUE VIVEMOS

36
UMA REVOLU��O QUE ADMINISTRA A SI MESMA

39
LEMBREMOS DE HERCULANO PIRES

43
UMA PERGUNTA

44
OUTRA PERGUNTA

44

PARTE C

PROJETO ORA R

47
OUSADIA NA DIVULGA��O

49
ONDE EST�O OS ESP�RITAS?

51
O IMPORTANTE N�O � A QUANTIDADE, � A QUALIDADE

53


O QUE DIZEM OS GRANDES MESTRES SOBRE
A DOUTRINA ESP�RITA?


55
ESTAMOS FALANDO PARA N�S MESMOS

58
REDE BOA NOVA DE R�DIO: UM GRANDE IMPULSO PARA A
COMUNICA��O SOCIAL ESP�RITA

62
RESPEITO �S DEMAIS INSTITUI��ES

67
COMO AGIR CONTRA OS ATAQUES AO ESPIRITISMO

69
� POSS�VEL MOSTRAR O QUE � O ESPIRITISMO SEM DESRESPEITAR
AS DEMAIS INSTITUI��ES

73
ADMINISTRA��O EFICAZ

79
Os 5 PROCEDIMENTOS DO L�DER EFICAZ

81
DESAFIAR O ESTABELECIDO

86
INSPIRAR UMA VIS�O COMPARTILHADA

93
PERMITIR QUE OS OUTROS AJAM

97
APONTAR O CAMINHO

99
ENCORAJAR O CORA��O

104
RELACIONAMENTO HARMONIOSO

113
CONSEQ��NCIA DO RELACIONAMENTO DESARMONIOSO:
DIVULGA��O NEGATIVA DO ESPIRITISMO

114
A MALEDIC�NCIA

118
ESTOU BEM COMIGO MESMO?

122
DIRETRIZES PARA ALCAN�AR O RELACIONAMENTO HARMONIOSO

124
APELO � UNI�O

124
As TR�S REGRAS B�SICAS DA EFICIENTE
COMUNICA��O INTERPESSOAL

126
TEXTOS PARA REFLEX�O

133
SUGEST�ES DE ESTUDOS E LEITURAS PARA O L�DER ESP�RITA

141


INTRODU��O


n�o muito tempo passou pelos meus
olhos a frase de Herculano Pires que diz: "Se os esp�ritas
soubessem o que � o Centro Esp�rita, quais s�o realmente sua
fun��o e sua significa��o, o Espiritismo seria hoje o mais
importante movimento cultural e espiritual da terra". Essa
frase foi, para mim, um daqueles tantos instantes de
encantamento que o Espiritismo proporciona aos seus
seguidores.

Com esse coment�rio de Herculano Pires na mente,
comecei a me fazer algumas perguntas:

"Por que o Espiritismo ainda n�o � o mais importante
movimento cultural e espiritual da terra?"
"Por que o Espiritismo, uma Doutrina evolucionista, ainda
n�o alcan�ou o grande p�blico?"
"Por que, para muitos n�o-esp�ritas, o Espiritismo tem a ver erroneamente
- com galinha preta e vela acesa nas esquinas ?"

As respostas n�o demoraram a surgir.

Como minha profiss�o � ministrar treinamentos
empresariais nas �reas de lideran�a, comunica��o e
comportamento, comecei a perceber, de forma clara e
inequ�voca, que o problema n�o est�, como todos n�s
sabemos, na Doutrina Esp�rita. O problema est�,
principalmente, no modelo de lideran�a adotado pelo
movimento esp�rita.



O ESP�RITA DO S�CULO XXI

Enquanto o mundo sofre profundas transforma��es,
enquanto o Espiritismo demonstra cada vez mais ser uma
doutrina atual e sempre evolucionista, o movimento esp�rita,
no contraponto, n�o evolui.

Salvo raras exce��es, a Lideran�a esp�rita adota o mesmo
modelo de lideran�a de 20, 30, 40 anos passados. Nesse
intervalo de tempo quase tudo sofreu uma dram�tica
transforma��o, mas o movimento esp�rita mant�m-se arcaico.
N�o aproveita a tecnologia existente, compraz-se com
audit�rios obsoletos e desconfort�veis, n�o utiliza as for�as da
uni�o, da criatividade e da administra��o eficazes para
solucionar os problemas relacionados com a falta de dinheiro,
al�m de n�o ter e, por conseq��ncia, n�o adotar uma did�tica
envolvente e adequada para evangelizar, de forma motivadora,
as crian�as e os jovens (que ser�o os futuros l�deres esp�ritas).

Uma vez constatada essa realidade, procurei escrever um
texto isento - tanto quanto poss�vel - de opini�es pessoais.
Procurei me basear em Kardec, em fatos comprovados por
s�rias pesquisas e em realidades que o tempo comprovou.

Consciente de que ningu�m � dono da verdade, ao escrever
procurei me comportar mais como um espectador de uma
realidade do que um opinador. Pela boa repercuss�o da apostila
Orar (que antecedeu e originou este livro), acredito que estas
p�ginas poder�o ser mais uma das tantas formas que o
Movimento Esp�rita tem, e passa a ter, de refletir sobre sua
forma de atua��o.

Torcendo para que este Projeto Orar possa interessar n�o
somente aos dirigentes e aos l�deres, mas tamb�m a todos os
amantes da causa esp�rita, coloco-me, caro leitor, � sua
disposi��o para troca de id�ias.

Alk�ndar de Oliveira

INTRODU��O


PARTE A

As CRIAN�AS

Cap�tulo Especial

APARTE A deste livro enfoca um tema que
n�o faz parte dos quatro itens do Projeto Orar: a educa��o
infantil. Este at� poderia ser assunto para um outro
livro. Acontece que talvez voc�, caro leitor, seja dirigente
de um Centro Esp�rita ou integre sua Diretoria (haja vista
que este livro � dirigido � lideran�a esp�rita). Com leitores
assim t�o importantes, n�o poderia perder a oportunidade
de falar sobre a grande responsabilidade que n�s, esp�ritas,
temos em rela��o � educa��o infantil. Como as crian�as
s�o seres especiais, denominei este cap�tulo
introdut�rio de Cap�tulo Especial, denomina��o esta que
ficar� mais do que justificada no decorrer do texto.


As CRIAN�AS

A-1

RESPONSABILIDADE PREMENTE DO ESP�RITA:
BEM EDUCAR AS CRIAN�AS

oc� j� reparou como as crian�as de hoje s�o muito
inteligentes?


At� poder�amos afirmar que sempre foi assim. As
crian�as, mesmo em gera��es passadas, sempre demonstraram
ter um esp�rito mais irrequieto, mais
questionador e mais criativo do que o adulto. Mas, numa
an�lise imparcial, dispensando at� mesmo uma percep��o
agu�ada, iremos constatar, pela simples observa��o,
que as crian�as de hoje s�o muito mais inteligentes
que as crian�as das gera��es passadas.

Sabe por que as crian�as de hoje s�o muito mais
inteligentes do que as crian�as das gera��es passadas?

A resposta est� no fato de que os esp�ritos que hoje
reencarnam s�o esp�ritos especiais. Voc�, caro leitor amigo,
pode at� pensar: Como voc�, o autor deste texto,
pode com seguran�a fazer tal afirma��o?

A base dessa afirma��o, al�m da mera observa��o
do comportamento de uma crian�a em que qualquer
pessoa atenta constata essa mudan�a, � o esclarecimento
de Joanna de Angelis em seu livro Momentos de harmonia1.

No cap�tulo 10 diz Joanna de Angelis:
'Ao inv�s de um cataclismo que ceife as vidas e aniquile
a sociedade e a Terra, d�-se, neste momento, a re


1 Psicografado por Divaldo Pereira Franco e editado em 1991
pela Editora Leal.

13


0 ESP�RITA DO S�CULO XXI

nova��o do Planeta, gra�as � qualidade dos Esp�ritos que
come�am a habit�-la, enriquecidos de t�tulos de
enobrecimento e de interesse fraternal.

Os campe�es da maldade, os mercen�rios a servi�o
do crime, os fomentadores da guerra e da hediondez, os
traficantes de vidas e de drogas alucinantes, ceder�o espa�o
no orbe para os construtores do Bem e da Verdade
em nome do Amor."

Essa � uma das informa��es mais alentadoras que
poder�amos ter na atualidade: "d�-se, neste momento,
a renova��o do Planeta, gra�as � qualidade dos Esp�ritos
que come�am a habit�-la".

Bem, j� que Joanna de Angelis fez tal afirma��o, ent�o
n�s agora podemos cruzar os bra�os, n�o podemos?

Insistindo na pergunta: se um esp�rito iluminado,
como o de nossa educadora Joanna de Angelis, afirma
que os esp�ritos rebeldes, os esp�ritos inferiores, ser�o
naturalmente substitu�dos por esp�ritos mais evolu�dos,
melhorando, sem cat�strofes, a condi��o espiritual de
nosso planeta, cabe a n�s, esp�ritas, fazer o qu�? Cruzarmos
os bra�os e deixarmos o tempo passar?

N�o.
Cruzar os bra�os � nos omitir nesse momento t�o
especial.
A pr�pria Joanna de Angelis, complementando seu
texto acima, diz o que nos cabe fazer:

'At� esse momento, cabe, aos verdadeiros obreiros
do Senhor, a tarefa de auto-ilumina��o e constante investiga��o,
que demonstre e confirme a excel�ncia da
vida, num comportamento �tico pela verdade, que favorece
com est�mulos superiores a eclos�o e a vig�ncia
do amor nos cora��es".

De forma clara, Joanna de Angelis passa aos verda


14 Parte A


As Crian�as

deiros esp�ritas a incumb�ncia de preparar o ambiente a
essas crian�as que est�o nascendo. Como?

Ela nos d� as dicas: "numa tarefa de auto-ilumina��o
e constante investiga��o, que demonstre e confirme a
excel�ncia da vida". E acrescenta ainda: "num comportamento
�tico pela verdade".

Se assim procedermos iremos favorecer "com est�mulos
superiores a eclos�o e a vig�ncia do amor nos cora��es"
(no cora��o dos esp�ritos que est�o reencarnando e no
dos "obreiros do Senhor").

Em decorr�ncia da nossa omiss�o podemos retardar
a eclos�o desse novo e maravilhoso mundo que se
avizinha. N�o basta nascerem esp�ritos mais evolu�dos.
� preciso que haja excelentes escolas e boa educa��o familiar
para fazerem eclodir o amor que esses novos esp�ritos
reencarnantes trazem em seu cora��o.

� um trabalho herc�leo, mas que precisa ter in�cio.
Se come�armos a agir, a espiritualidade nos ajudar�.

A-2


BOM IN�CIO


om base no tema RESPONSABILIDADE PREMENTE DO
ESP�RITA: BEM EDUCAR AS CRIAN�AS, sugiro, para que voc�
atenha-se ainda mais � import�ncia e � urg�ncia da boa
educa��o, que leia os seguintes livros:

1. BONILHA, Pedro. Quem � seu filho. Editora Didier.
Este � o best-seller da Editora Esp�rita Didier, fone
PARTE A


0 ESP�RITA DO S�CULO XXI

(17) 421-2176). � o livro mais vendido de todos os editados
pela Didier. Seu autor conseguiu de forma magistral
apresentar um caminho l�gico e simples para bem
educarmos nossos filhos. � um livro que todos os pais e
educadores deveriam ter como um dos livros de cabeceira.
Pedro Bonilha, al�m de sua not�ria capacidade,
certamente estava iluminado pelo alto ao escrever o livro.
Embora n�o seja professor (ele � odontologista na
cidade de Jales-SP), utilizou rara e invej�vel did�tica.
INCONTRI, Dora. A educa��o segundo o Espiritismo.
Edi��es FEESP

Tive o prazer de participar de algumas das aulas
semanais que nossa irm� esp�rita e renomada educadora,
Dora Incontri, ministra no seu Instituto Esp�rita de
Estudos Pedag�gicos (fone 0XX11 539-5674. End.: Rua
Estado de Israel, 192, CEP: 04.022-000 - S�o Paulo-SP).
Pena que as constantes viagens que realizo impediram-
me de dar continuidade �queles maravilhosos
ensinamentos. Naquelas aulas conheci uma EDUCADORA
ESP�RITA. Assim, com letras mai�sculas mesmo. Esse
seu livro � excelente.

INCONTRI, Dora. Pestalozzi -educa��o e �tica. Editora
Scipione.

Nesse livro, Dora Incontri, mestre em Filosofia e Hist�ria
da Educa��o pela USP al�m de ser tamb�m jornalista
e escritora, "estabelece um marco na pesquisa
pedag�gica nacional. Ao contr�rio do interesse que
Pestalozzi desperta internacionalmente, em nosso meio
acad�mico n�o havia nenhum trabalho sobre esse importante
educador". Com essas palavras, o professor
Luiz Jean Lauand inicia o pref�cio do livro em quest�o,

16 PARTE A


As CRIAN�AS

o qual, para n�s,
esp�ritas, deve ser leitura obrigat�ria.
INCONTRI, Dora. Textos pedag�gicos de Hippolyte Leon
Denizard Rivail. Editora Comenius.
Melhor do que comentar o livro � transcrever o in�cio
da apresenta��o elaborado por Dora Incontri:
"Nos idos de 92, estava eu em Paris e, junto com
minha m�e, fomos em busca dos textos de Rivail/Kardec,
na Biblioteca Nacional. Na sofreguid�o da pesquisa,
atiramo-nos aos arquivos e encontramos dezenas de t�tulos.
Os textos did�tico-pedag�gicos e os esp�ritas. Os
primeiros de Rivail, os segundos de Kardec. A maioria
em variadas edi��es. E na sala especial, onde se examinam
as obras raras, debru�amo-nos emocionadas sobre
aqueles livros amarelados. Era mais do que a
satisfa��o de pesquisador. Era o reencontrar da alma deste
ap�stolo, �s vezes t�o menosprezado pela cultura
pern�stica do nosso tempo e at� por alguns que se dizem
seus disc�pulos.

� noite, no quarto do hotel, s� pude traduzir a experi�ncia
em poesia:

ENCONTRO COM RIVAIL

Manuseio os s�culos
e solto os g�nios ben�volos,
engarrafados nas letras.
E eis-te aqui.
Volita nas p�ginas
a tua serenidade.


Considero que esses textos, que ora apresentamos
pela primeira vez em nossa l�ngua, provocar�o sensa��o
semelhante naqueles que admiram o codificador do
Espiritismo".

PARTE A 17


O ESPIRITA DO S�CULO XX I

Voc� percebeu, caro leitor, que sou f� de Dora Incontri.

Como n�o admirar uma pessoa que dedica seus textos,
suas palestras, seus trabalhos, sua vida para o aprimoramento
da educa��o?

Veja o texto a seguir transcrito da p�gina 6 do livro

A educa��o segundo o Espiritismo.

A-3

RECE DO EDUCADOR
(Dora Incontri)


Que eu possa me debru�ar sobre cada crian�a e
sobre cada jovem com a rever�ncia que deve animar
minha alma diante de toda criatura tua!

Que eu respeite em cada ser humano de que me
aproximar o sagrado direito de ele pr�prio construir
seu ser e escolher seu pensar!

Que eu n�o deseje me apoderar do esp�rito de
ningu�m, imprimindo-lhe meus caprichos e meus
desejos pessoais, nem exigindo qualquer recompensa
por aquilo que devo lhe dar de alma para alma!

Que eu saiba acender o impulso do progresso,
encontrando o f�o condutor de desenvolvimento de
cada um, dando-lhes o que eles j� possuem en�o
sabem, fazendo-os surpreenderem-se consigo mesmos!

Que eu me impregne de infinita paci�ncia, de
inquebrant�vel perseveran�a e de suprema for�a
interior para me manter sob o meu pr�prio dom�nio,

PARTE A


As Crian�as

sem deixar flutuar meu esp�rito ao sabor das
circunst�ncias! Mas que minha seguran�a n�o seja
dogmatismo e inflexibilidade e que minha serenidade
n�o seja morma�o espiritual!

Que eu passe por todos, sem nenhuma arrog�ncia e
sem pretens�o � verdade absoluta, mas que deixe em
cada um, uma marca inesquec�vel, por ter transmitido
alguma centelha de verdade e todo o meu amor!"

A seguir leia um texto educativo do Esp�rito Tagore,
no qual fica claro como seria para as crian�as a escola ideal.

A-4

A EDUCA��O PELA NATUREZA
(Tagore)


e esperais que o mundo se apazigue e que a
luz venha habitar o cora��o dos homens, deixai que as
crian�as bebam livremente do fluxo da vida e se banhem
nas margens da M�e Natureza. Deixai-as florir sob a
car�cia do sol. Que elas percorram os prados, se molhem
nos riachos e se deitem na relva. Que apreciem as
estrelas, antes de saber cont�-las, e que olhem como os
insetos se movem, antes de dissec�-los. N�o as tranqueis
nessas caixas de concreto, n�o as obrigueis � rigidez do
corpo e n�o lhes imponhais f�rmulas prontas ao esp�rito!

Mas nem por isso abandonai-as a elas pr�prias, distantes
do olhar atento de quem as ama. Que este amor
n�o tema por elas, para n�o lhes arrancar a autonomia

PARTE A 19


O ESPIRITA Do S�CULO XXI

e as experi�ncias vitais; mas que esse amor observe, compreenda
e acompanhe; participe do embevecimento divino
que toda crian�a sente, redescobrindo
verdadeiramente o mundo a que veio.

V�s mesmos, t�o atados �s corriqueiras repeti��es
do dia-a-dia, relaxai as correntes da sociedade intrincada
em que gozais tantas superficialidades e entregai-vos �
contempla��o da vida. Ide v�s tamb�m, descal�os, com
as crian�as, sentir de novo o sabor da terra molhada e a
aura et�rea do vento...

S� a partir dessa liga��o visceral com a natureza, podeis
falar em qualquer forma de Educa��o. Se esperais que algumas
crian�as se tornem artistas, se para isso vieram,
como n�o deix�-las expandir-se intimamente com o Deus
poeta, que entreteceu o poema da vida; com o Deus m�sico,
que inventou a melodia dos bosques e com o Deus
pintor, que semeou luzes e cores em todo o universo?

Se credes que renascer�o cientistas entre v�s, como
n�o permitir que eles se debrucem desde cedo no livro
da Natureza, para saber interpretar as leis da mat�ria e
do esp�rito?

Se contais com futuros reformadores da sociedade
humana, como n�o os fazer se embeber na harmonia
dos cosmos?

E se vislumbrais diferentes l�deres da religi�o e da
espiritualidade, haver� melhor templo que o da Natureza,
que n�o estreita a concep��o de Deus em dogmas e
sistemas e n�o acabrunha a rever�ncia religiosa entre as
paredes de uma igreja?

Aboli definitivamente tantas clausuras, tantas torturas,
tantas imposi��es ao esp�rito sedento, vibrante,
criativo da crian�a! Deixai que elas se expandam, se espantem,
se entusiasmem, se lancem � vida com a ener


20 PARTE A


As CRIAN�AS

gia que muitos de v�s procurais em v�o, desiludidos
pela sociedade que vos massacra, pela civiliza��o de concreto
que vos enregela!

N�o precisais com isso renegar as conquistas, que
j� acumulastes na bagagem da Hist�ria! Mas porque
pisastes na Lua e porque sondais os espa�os, maior deve
ser vossa integra��o com o universo. E porque
manipulais computadores, maior deve ser vossa rever�ncia
diante da chama do esp�rito, infinita potencialidade
se projetando para as estrelas!

Jamais atingireis a conscientiza��o pretendida das
doen�as que afetam vosso sistema ecol�gico, se n�o
trouxerdes de volta a crian�a para se educar em meio �
natureza, pela natureza, com a natureza. Pois ningu�m
tomar� conta daquilo que n�o conhece, que n�o vivencia
cotidianamente e de que n�o pode prescindir numa
intera��o total e m�stica.

Ultrajais a Deus, quando feris a natureza, e ultrajais
a v�s mesmos, mas quem vos pode fazer compreender
isso se n�o experimentardes com toda a alma a presen�a
divina em todas as coisas e vossa unidade com o todo?

Voltai ao campo, se quiserdes salvar o planeta e
fazei de vossas crian�as guardi�s de uma heran�a que
elas desde j� possam usufruir e que n�o lhes seja alheia
e separada..."

Psicografia de Tagore pela m�dium Dora Incontri.
Texto extra�do do livro A educa��o segundo o Espiritismo.




PARTE B

REFLEX�ES SOBRE A


IDERAN�A Esp�rita

"O problema nunca � como ter
pensamentos novos e inovadores na
cabe�a, mas como tirar os velhos."

Dee Hock


REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESP�RITA

B-l

O DIRIGENTE ESP�RITA EFICIENTE E O
DIRIGENTE ESP�RITA EFICIENTE E EFICAZ

D e modo comparativo podemos dizer que, como
nosso corpo humano, o Espiritismo tem cabe�a, tronco,
membros superiores (bra�os e m�os) e membros inferiores
(pernas e p�s).

A CABE�A

A cabe�a, por conter nosso c�rebro, representa a ilumina��o.
� nela que nossa mente utiliza o instrumento
cerebral para com o tempo fazer brilhar nossa luz.

No Centro Esp�rita a cabe�a representa a evangeliza��o.

O TRONCO

O tronco, por conter nosso aparelho digestivo, representa
a assist�ncia social necess�ria.

Um par�ntese: lembremos que a assist�ncia social
no Centro Esp�rita � importante e necess�ria, mas a
evangeliza��o, al�m de necess�ria, � fundamental. Centro
Esp�rita que presta assist�ncia social mas n�o
evangeliza os assistidos est� cuidando apenas do importante,
mas se esquece do fundamental. E ambas (a
importante assist�ncia social e a evangeliza��o fundamental)
s�o necess�rias.

OS MEMBRO S SUPERIORES

Os membros superiores - nossos bra�os e m�os


PARTI- B

25



O ESP�RITA DO S�CULO XX I

por estabelecer o contato com o pr�ximo (um aperto de
m�o, um abra�o carinhoso), representa o relacionamento
harmonioso necess�rio entre os integrantes de um Centro
Esp�rita.

OS MEMBRO S INFERIORES

Os membros inferiores - pernas e p�s - por assegurar
o nosso caminhar, representa a divulga��o necess�ria
da Doutrina Esp�rita. � preciso caminhar tamb�m
fora do Centro Esp�rita. � fundamental fazer como Jesus
fazia: levar a Boa Nova para outras terras.

O dirigente esp�rita que trabalha com

a CABE�A,

O TRONCO e

OS MEMBRO S SUPERIORES,

mas n�o trabalha com os MEMBRO S INFERIORES,

� um dirigente eficiente.

O dirigente esp�rita que trabalha com

a CABE�A,

O TRONCO e

OS MEMBRO S SUPERIORES

e tamb�m com os MEMBROS INFERIORES

� um dirigente eficiente e eficaz.

A diferen�a b�sica entre um dirigente esp�rita
eficiente e um dirigente esp�rita eficiente e eficaz
� que esse �ltimo, ao contr�rio do primeiro, n�o se
isola no seu Centro Esp�rita.

O dirigente esp�rita eficiente e eficaz, al�m
de procurar relacionar-se bem com o pessoal do seu Centro
Esp�rita, preocupa-se em irmanar-se com os demais

26 PARTE B


REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESP�RITA

Centros Esp�ritas, e mais: divulga a Doutrina al�m-
muro, isto �, divulga-a para toda a comunidade, inclusive
para os n�o-esp�ritas (sem proselitismo e com
respeito �s demais institui��es).

O dirigente esp�rita eficiente cuida muito bem
do Centro Esp�rita que dirige. Mas s� do Centro Esp�rita
que dirige.

O dirigente esp�rita eficiente e eficaz cuida
muito bem do Centro Esp�rita que dirige e - ao mesmo
tempo - procura integr�-lo com os demais Centros Esp�ritas.


O dirigente esp�rita eficiente n�o divulga o
Espiritismo para os n�o-esp�ritas.

O dirigente esp�rita eficiente e eficaz divulga
o Espiritismo tamb�m para os n�o-esp�ritas (respeitando,
no entanto, a cren�a que professam).

O dirigente esp�rita eficiente preocupa-se com
a uni�o do pessoal do seu Centro Esp�rita.

O dirigente esp�rita eficiente e eficaz, al�m
de preocupar-se com a uni�o do pessoal do seu Centro
Esp�rita, tem como uma de suas metas fundamentais a
uni�o do seu Centro com os demais.

Voc� � um

dirigente esp�rita eficiente

ou um

dirigente esp�rita eficiente e eficaz?

PARTE B

27



O ESP�RITA Do S�CULO XXI

O ESPIRITA FAZEDOR

caro leitor, hoje muitos n�o-esp�ritas t�m uma
id�ia totalmente deformada do que � o Espiritismo. Associam-
no com seitas outras, que as respeitamos, mas
que, com exce��o do natural fen�meno medi�nico, nada
tem a ver com nossa doutrina.

Hoje o verdadeiro Espiritismo (por que temos que
escrever "verdadeiro" Espiritismo?) ainda �, sejamos sinceros,
desconhecido pela maioria das pessoas.

Voltemos ao passado.

Qual era, nas primeiras d�cadas do s�culo XX, a
rea��o da popula��o brasileira em rela��o ao Espiritismo?


Eu n�o estava l�. Mas d� para imaginar como era.
Num pa�s predominantemente cat�lico, onde os preconceitos
eram ainda mais evidentes e absurdos do que hoje,
dizer-se "esp�rita" era, metaforicamente falando, colocar
a corda no pesco�o.

Imagine numa �poca como aquela algu�m atrever-
se a abrir uma Escola Esp�rita num pa�s eminentemente
cat�lico. Imagine ainda, para ampliar a dificuldade, abrir
essa Escola Esp�rita no estado - naquela �poca - mais
cat�lico do pa�s, Minas Gerais. Imagine, vamos continuar
ampliando a dificuldade, que essa pessoa resolvesse,
de maneira ostensiva, p�r o nome de Allan Kardec na
denomina��o da escola?

Um louco, muitos poderiam dizer.

PARTE B


REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESP�RITA

Um "fazedor", n�s esp�ritas temos que afirmar.

Eur�pedes Barsanulfo, com a cria��o do Col�gio Esp�rita
Allan Kardec, deu naquela �poca um exemplo do
que � um esp�rita "fazedor".

Esp�rita "fazedor" � aquele em que voc� consegue
ler em sua testa a palavra: resultados.

Ele procura impacientemente alcan�ar:

RESULTADOS

Ele faz palestra, participa de congressos esp�ritas,
mas n�o abandona sua boa obsess�o:

RESULTADOS

E o que proponho a voc�, caro leitor, � que seja um
esp�rita "fazedor".

O Espiritismo alcan�ar� o espa�o que merece n�o
pelos esp�ritas participantes e organizadores de congressos
(que, diga-se de passagem, s�o necess�rios), n�o pelos
esp�ritas que proferem palestras interessantes e
escrevem belos textos (tamb�m necess�rios). O Espiritismo
alcan�ar� o espa�o que merece por interm�dio dos
esp�ritas fazedores.

Seja um esp�rita "fazedor".

PARTE B 29


O ESP�RITA DO S�CULO XX I

B-3

ESTAR�O CORRETOS NOSSOS ATUAIS
CONCEITOS DE LIDERAN�A ESP�RITA?

Caro irm�o esp�rita, ser� que nossos conceitos de
lideran�a esp�rita n�o merecem reflex�es e altera��es?

Ser� que n�o est� na hora de rever mos aqueles velhos
conceitos e, quem sabe, adotarmos novos procedimentos?


Ser� que n�o est� na hora de deixarmos de ser chefes
de Centros Esp�ritas e passarmos a ser l�deres? (Lembre-
se: o chefe imp�e respeito; o l�der o conquista.)

Um bom come�o para despertar o l�der que h� em
voc�: imagine que seus s�lidos conceitos de lideran�a esp�rita
podem estar errados ou desatualizados.

L�deres renomados cometeram erros crassos e hist�ricos
(veja a seguir).

Ser� que, como l�deres esp�ritas,
todas as nossas atitudes e nossas normas
de conduta est�o corretas?

Ken Olsen, fundador da Digital, em 1977 disse: "N�o
h� motivo para algu�m ter um computador em casa".

Ken Olsen errou.

Em 1958, o astr�nomo ingl�s dr. Woolsey pro


30 PARTE B


REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESP�RITA

clamou: "As viagens espaciais n�o t�m nenhuma expectativa
de sucesso. S�o uma completa bobagem".

O dr. Woolsey errou.

"At� julho sai da moda". Frase da revista Variety, sobre
o rock'n'roll, em mar�o de 1956.
A revista Variety errou.

Em 1946 Dary F. Zanuck, presidente da 20th
Century Fox disse: Ap�s seis meses, a televis�o n�o se
manter� no mercado que porventura houver conquistado.
As pessoas logo ficar�o enjoadas de contemplar todas as
noites uma caixa de madeira".

Dary Zanuck errou.

. Em 1945, antes da bomba de Hiroshima, Vannevar
Bush, um assessor presidencial, avisou: A bomba nunca
vai explodir, e estou falando na condi��o de um 'expert' em
explosivos".

Bush errou.

Thomas Watson, presidente do conselho de administra��o
da IBM, em 1943 afirmou: "Acho que no mercado
mundial h� lugar talvez para cinco computadores".

Watson errou.

"O Jap�o jamais vai aliar-se ao Eixo", garantiu quem
tinha autoridade para garantir, o general Douglas Mac
Arthur, em 27 de setembro de 1940, v�spera da dita
alian�a.

O general Mac Arthur errou.

Em 1939 o jornal The New York Times opinou: "A
televis�o nunca far� s�ria concorr�ncia ao r�dio porque

PARTE B


O ESPIRITA DO S�CULO XX I

as pessoas precisam sentar e fixar os olhos na tela. A
fam�lia americana n�o tem tempo para isso".
The New York Times errou.

Harry Warner, da Warner Bros., opinou, em 1927,
quando o cinema falado ainda engatinhava e o cinema
mudo era o grande sucesso: "Quem � que quer ouvir atores
falando?"

Warner errou.

Henry Ford, quando os seus primeiros carros foram
fabricados, afirmou que jamais um carro atingiria
velocidade superior a 60 quil�metros por hora.

Henry Ford errou.

Palavras do presidente do Michigan Savings Bank
ao aconselhar o advogado de Henry Ford a n�o investir
na Ford Motor Company: "O cavalo veio para ficar, mas

o
autom�vel � apenas uma novidade passageira".
O presidente do Michigan Savings Bank errou.
S�cios da David Sarnoff, em respostas a convites
para investir em r�dio na d�cada de 20: "A caixa musical
sem fio n�o tem valor comercial. Quem pagaria por mensagens
enviadas a ningu�m em especial?"

A David Sarnoff errou.

O grande Edouard Manet comentou com o tamb�m
grande Claude Monet: "Esse rapaz Auguste Renoir n�o tem o
menor talento. Diga a ele para desistir de pintar".

Manet errou.

Em
1902 o escritor ingl�s H.G. Wells comentou:

32 PARTE B


REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESP�RITA

"Recuso-me a acreditar que um submarino fa�a outra
coisa al�m de afundar no mar e asfixiar sua tripula��o".

Wells errou.

Em 1902 um artigo na Harper's Weekly proclamava:
"A constru��o real de estradas destinadas a ve�culos
motorizados n�o � esperada para um futuro pr�ximo, a despeito
de muitos rumores nesse sen tido ".

O autor do artigo citado errou.

"O Raio X � uma mistifica��o". Frase dita em 1900
por Lord Kelvin, f�sico e presidente da British Royal
Society of Science.

Lord Kelvin errou.

Em 1900 a revista American Cinematographer comentou:
"O cinema sonoro � uma novidade que durar�
uma temporada".

A revista American Cinematographer errou.

Marshal Ferdinand Foch, professor de estrat�gia da
Escola Superior de Guerra da Fran�a disse: Avi�es s�o
brinquedos interessantes, mas sem nenhum valor militar".

Marshal Foch errou.

Em 1895 Lord Kelvin afirmou: "A m�quina voadora
mais pesada que o ar � imposs�vel".

Lord Kelvin errou.

Augusto Lumi�re afirmou em 1895 a respeito de
seu pr�prio invento: "O cinema ser� encarado por algum
tempo como uma curiosidade cient�fica, mas n�o tem futuro
comercial".

Lumi�re errou.

PARTE B 33


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

Em 1888 a empresa alem� Zeiss dominava o mercado
mundial de fotografia. Foi quando surgiu a c�mara
Kodak Browsnie e o presidente da Zeiss comentou: "�
um modismo est�pido. Vai passar em tr�s anos".

O presidente da Zeiss errou.

Coment�rio feito em 1879 pelo professor Erasmus
Wilson, da Universidade de Oxford: "Quando a Exposi��o
de Paris acabar, ningu�m mais ouvir� falar em luz el�trica ".

Erasmus Wilson errou.

Em 1878, Jean Boillaud, da Academia Francesa de
Ci�ncias, fez a seguinte afirma��o a respeito do fon�grafo
inventado por Thomas Edison: "� totalmente imposs�vel
que os nobres �rg�os da fala humana sejam substitu�dos
por um insens�vel e ign�bil metal".

Jean Boillaud errou.

Em 1878 a Western Union rejeitou os direitos sobre
a patente do telefone com a seguinte declara��o: "Que
uso a empresa poderia fazer desse brinquedo el�trico?"

A Western Union errou.

Coment�rio feito em 1872 por Pierre Pochet, professor
de fisiologia em Toulouse: "A teoria dos germes de
Louis Pasteur � uma fic��o rid�cula".

Pierre Pochet errou.

Em 173 7 Johan Aldof Sheibe, conhecido compositor
e cr�tico de m�sica alem�o, afirmou: As composi��es
de Bach s�o desprovidas de beleza, harmonia e claridade
mel�dica".

Sheibe errou.

34 PARTE B


REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESP�RITA

O famoso violinista e compositor alem�o Louis
Spohr opinou, ap�s a primeira audi��o da Quinta Sinfonia
de Beethoven: "Uma orgia de sons vulgares".

Spohr errou.

Palavras de Albrechtsber, professor de composi��o
de Beethoven: "Beethoven nunca aprendeu nem aprender�
coisa alguma. Como compositor � um caso perdido".

Albrechtsber errou.

No tempo de Colombo, o comit� de assessoramento
dos reis Fernando e Isabel de Espanha escreveu: "Tantos
s�culos ap�s a Cria��o, � improv�vel que possa encontrar
terras ainda desconhecidas com algum valor".

Fernando e Isabel erraram.

Em 1899, Charles Duell, respons�vel pelo servi�o
americano de patentes, ao sugerir que seu departamento
fosse extinto, afirmou: "Tudo o que tinha que ser inventado
j� foi inventado".

Charlles Duell errou.

Se tantas pessoas ilustres erraram
em suas "firmes opini�es",
ser� que tamb�m n�s n�o estamos
errando em muitas das nossas
firmes opini�es sobre nosso
modelo de lideran�a esp�rita?

PARTE B


O ESPIRITA DO S�CULO XXI

O FUTURO
(ou "o PRESENTE"?)

executivo norte-americano entregou aos seus
principais gerentes quatro cen�rios hipot�ticos e um cen�rio
real, adaptado de um artigo do Wall Street Journal.
Pediu-lhes para que dissessem depois da an�lise qual deles
parecia mais inveross�mel. Qual deles os gerentes acharam
mais dif�cil de acreditar? O real, veiculado pelo jornal.

Ser� que n�s, esp�ritas, estamos conscientes do momento
especial que nossa Terra est� passando?

B-5

O MUNDO EM QUE VIVEMOS

(Extra�do dos livros "Competindo Pelo Futuro,
Hamel e Prahalad, Editora Campus e
"Energia Emocional", Milton de Oliveira,
Editora Makron Books)


.Listamos no limite - e para alguns ser� a beira
de um precip�cio - de uma revolu��o t�o profunda quanto
a que deu origem � industria moderna."

Estamos vivendo a revolu��o ambiental, a revolu��o
gen�tica, a revolu��o de materiais, a revolu��o digi


36 PARTE B


REFLEX�ES SOBREDA LIDERAN�A ESPIRITA

tal e, acima de tudo, a revolu��o da informa��o.
Setores inteiramente novos, hoje ainda em gesta��o,
logo estar�o nascendo.

Entre os setores em fase pr�-natal est�o:

1. A micro-rob�tica: rob�s miniaturizados
constru�dos a partir de part�culas at�micas capazes de,
entre outras coisas, desobstruir art�rias esclerosadas;
2. A tradu��o mec�nica - dispositivos eletr�nicos e
outros aparelhos que traduzir�o simultaneamente conversas
entre pessoas que falam l�nguas diferentes;
3. Vias digitais de comunica��o que permitir�o acesso
instant�neo, sem sair de casa, a todos os recursos
mundiais de conhecimento e entretenimento;
4. Sistemas subterr�neos automatizados de distribui��o
urbana que reduzir�o o congestionamento do
tr�fego;
5. Salas de reuni�es "virtuais" que eliminar�o a necessidade
e o inc�modo das viagens a�reas;
6. Materiais biomim�ticos que reproduzir�o as propriedades
maravilhosas de materiais encontrados na natureza;
7. Mecanismos de comunica��o pessoal baseados
em sat�lites que permitir�o "telefonar para casa" de qualquer
lugar do planeta;
8. M�quinas capazes de emo��o, racioc�nio e aprendizado
que interagir�o com os seres humanos de modos
inteiramente novos;
9. Bio-remedia��o: organismos desenhados que ajudar�o
a limpar o meio ambiente;
10. Autom�veis com sistemas de navega��o a bordo
e sistemas para evitar colis�es;
PARTE B 37


O ESP�RITA DO S�CULO XX I

11. Livros eletr�nicos e curr�culo acad�mico
multim�dia, personalizado;
12. Cirurgias realizadas em locais isolados por um
rob� movido a controle remoto;
13. Preven��o de doen�as pela terapia de reposi��o
de genes.
Na f�sica atual:

14. O determinismo mecanicista convive com as teorias
das probabilidades;
15. A vis�o do universo bem ordenado � substitu�do
pela teoria do caos;
16. As no��es de tempo e espa�o absolutos s�o
relativizadas e reavaliadas;
17. A globalidade toma o lugar do reducionismo;
18. Os fen�menos deixam de ser aut�nomos e passam
a ser vistos como interdependentes de centenas de
outros eventos;
19. A mat�ria vira energia;
20. O arcabou�o te�rico da f�sica cl�ssica � posto
em debate;
21. Os conceitos de realidade e objetividade convivem
com os conceitos de inter subjetividade e subjetividade
descritiva;
22. Desaparece a verdade absoluta e tudo passa a
ser aceito como descri��es de fen�menos, com base em
certa refer�ncia de linguagem, o que provoca a morte
do autoritaritarismo cient�fico;
23. A ci�ncia e os cientistas s�o desmistificados como
donos da verdade absoluta;
24. A verdade torna-se uma met�fora - ou seja,
podem existir tantas verdades proporcionais �s diferentes
linguagens criadas.
38 PARTE B


REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESP�RITA

Ao mesmo tempo, profundas mudan�as hist�ricas
ocorrem no mundo contempor�neo:

25. A revolu��o da inform�tica e da rob�tica;
26. A revolu��o da biotecnologia;
27. A degrada��o ambiental provocada pela industrializa��o
desordenada;
28. O efeito estufa;
29. O fim da guerra fria;
30. O aparecimento de organismos supranacionais
no controle dos estados nacionais;
31. A superpopula��o no Terceiro Mundo;
32. A revolu��o financeira internacional;
33. O fortalecimento das empresas multinacionais;
34. As desregulamenta��es alfandeg�rias;
35. Os novos tratados internacionais de importa��o
e exporta��o.
B-6

uMA REVOLU��O OUE
ADMINISTRA A SI MESMA 2


ara tentar entender os fatos que perturbam

o mundo, � �til pensarmos no sistema global em termos
muito simples: como uma gal�xia de quatro blo2
Extra�do do livro O mundo na corda bamba, Greider, Gera��o
Editorial.

PARTE B 39


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

cos de poderes amplos e em competi��o uns com os
outros. A vit�ria ou o fracasso de cada um deles influencia
nos acontecimentos.

Primeiro bloco de poder: 0 TRABALHADOR

Segundo bloco de poder:

OS GOVERNOS NACIONAIS
Terceiro bloco de poder:

AS MULTINACIONAIS
Quarto bloco de poder:


0 CAPITAL FINANCEIRO

Primeiro bloco de poder: O TRABALHADOR

O maior e mais �bvio perdedor, nesse caso, � o trabalhador,
tanto os sindicatos de trabalhadores organizados
quanto os assalariados individuais de um modo
geral. Os sal�rios est�o subindo ou descendo pelo mundo
afora, mas os trabalhadores, em ambos os extremos
da economia global, perderam substancialmente o controle
de seus mercados de trabalho e das condi��es de
emprego. 'Agora o capital tem asas", explicou sucintamente
o financista de Nova York, Robert A. Johnson.
"O capital pode lidar com 20 mercados de trabalho ao
mesmo tempo e escolher entre eles. O trabalho fica fixado
em um s� lugar. Assim, o poder se deslocou."

Segundo bloco de poder: OS GOVERNOS NACIONAIS

Os governos nacionais, da mesma forma, perderam
terreno no conjunto; muitos deles recuaram em
rela��o � tentativa de exercer seu poder sobre o com�rcio
e as finan�as, cedendo implicitamente ao esp�rito revolucion�rio.
Nas economias mais avan�adas, muitos
governos tornaram-se meros comerciantes e promove


40 PARTE B


REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESPIRITA

ram a fortuna de suas pr�prias multinacionais na esperan�a
de que isso lhes fornecesse o n�cleo de prosperidade
que permite a todo mundo manter-se na superficie.
A prova mais clara de que tal estrat�gia n�o est� funcionando
� a condi��o dos mercados de trabalho dos pa�ses
mais pr�speros: desemprego em massa ou sal�rios
reais em decl�nio e, em alguns casos, a ocorr�ncia desses
dois efeitos prejudiciais.

Terceiro bloco de poder: AS MULTINACIONAIS

As multinacionais s�o, coletivamente, os m�sculos
e o c�rebro desse novo sistema, os engenheiros que constroem
as brilhantes redes de um novo relacionamento.
Foi o seu sucesso com a globaliza��o que enfraqueceu o
trabalho e degradou o controle governamental. Algumas
corpora��es muito h�beis j� se reorganizam para serem
aquilo que os futuristas dos neg�cios denominam de "a
corpora��o virtual", um tipo de companhia t�o dispersa
que se assemelha aos g�nglios de um sistema nervoso:
um c�rebro ligado a muitos n�dulos distantes, mas
sem muita subst�ncia corp�rea em seu centro.

Apesar da flexibilidade e for�a, as multinacionais s�o,
isoladamente, inseguras. At� mesmo os mais robustos gigantes
industriais s�o muito vulner�veis e fracassam
em se adaptar aos imperativos da redu��o de custos e
da melhoria nas taxas de retorno. Por tr�s das fachadas
das multinacionais existe uma genu�na ang�stia.

Quarto bloco de poder: 0 CAPITAL FINANCEIRO

O Robespierre dessa revolu��o � o capital financeiro.
Seus princ�pios s�o transparentes e puros: aumen-

PARTE B


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

tar ao m�ximo o retorno do capital sem se importar
com a identidade nacional ou com as conseq��ncias
pol�ticas e sociais. As finan�as globais agem coletivamente,
como quem refor�a de maneira desinteressada
esses imperativos, da mesma forma que o Comit� de
Salva��o P�blica presidia o Terror (embora os historiadores
observem que os revolucion�rios de Robespierre
perseguiam o objetivo oposto de reduzir as grandes desigualdades
da riqueza).

Como descobriram os jacobinos durante a Revolu��o
Francesa, s�o sempre os mais zelosos defensores
dos novos valores, os mais respeitadores dos princ�pios,
que, em �ltima an�lise, correm os riscos maiores
num ambiente revolucion�rio. Quando Robespierre
fez as coisas erradas, foi guilhotinado diante de uma
multid�o ululante.

At� mesmo os jogadores mais poderosos - tit�s das
finan�as ou multinacionais que popularmente s�o encarados
como dem�nios - s�o transformados em pigmeus
pelo sistema e est�o sujeito �s suas mais duras e
impiedosas conseq��ncias. Descrever a estrutura de poder
do sistema global n�o implica que haja algu�m encarregado
de administrar essa revolu��o. A revolu��o
administra a si mesma."

Caro irm�o esp�rita,
ser� que n�o est� na hora de n�s,
l�deres esp�ritas, implantarmos o quinto
e definitivo bloco de poder, que n�o aparece
no texto acima, que � o


PODER DA TERCEIRA REVELA��O?

42 PARTE B


REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESP�RITA

B-7


os esp�ritas soubessem o que � o Centro
Esp�rita, quais s�o realmente sua fun��o e sua significa��o,
o Espiritismo seria hoje o mais importante
movimento cultural e espiritual da terra."

Herculano Pires

Mas quem foi Herculano Pires?

Vejamos o que Emmanuel comentou sobre ele:

"O metro que melhor mediu Kardec."
'A maior intelig�ncia esp�rita contempor�nea."


Agora que j� relembramos quem foi Herculano Pires,
vamos reler Herculano Pires:

"Se os esp�ritas soubessem o que � o Centro
Esp�rita, quais s�o realmente sua fun��o e sua significa��o,
o Espiritismo seria hoje o mais importante
movimento cultural e espiritual da terra".

Ser�, ent�o, que n�s, l�deres esp�ritas, estamos realmente
cumprindo com nossa miss�o?

Ser� que estamos fazendo do movimento esp�rita o
maior movimento cultural e espiritual da terra?



O ESPIRITA DO S�CULO XXI

B-8

UMA PERGUNTA


ergunta 642 de O Livro dos Esp�ritos:
Bastar� n�o fazer o mal para ser agrad�vel a Deus e
assegurar sua posi��o futura?

Resposta dos Esp�ritos:

N�o, � preciso fazer o bem no limite de suas for�as,
porque cada um responder� por todo o mal que resulte
do bem que n�o haja feito.

B-9


Pergunta 932 de O Livro dos Esp�ritos:

Por que no mundo os maus t�o freq�entemente sobrepujam
os bons em influ�ncia?

Resposta dos Esp�ritos:

Pela fraqueza dos bons, os maus s�o intrigantes e
audaciosos, os bons s�o t�midos. Quando estes o quiserem
dominar�o.

44 PARTE B


REFLEX�ES SOBRE A LIDERAN�A ESP�RITA

Ser� que n�s, os seguidores e
propagadores da TERCEIRA REVELA��O,
n�o dever�amos ser mais audaciosos?

Qual a sa�da?

Como sermos esp�ritas, ou l�deres esp�ritas, mais
audaciosos?

Como sermos esp�ritas, ou l�deres esp�ritas,
"fazedores"?

PARTE B


PARTE C

PROJETO ORAR



PROJETO OR A R - OUSADIA NA DIVULGA��O

PROJETO ORAR


PARTE C


PROJETO.. O.RAR = OUSADIANA DIVULGA��O

C-1A

ONDE EST�O OS ESP�RITAS?

No final de 1998 li num jornal esp�rita a afirma��o
que "o Espiritismo � a doutrina que mais cresce em
nosso pa�s"\\\

Ser�?

Alguns meses antes havia conversado com uma irm�
esp�rita e exemplar batalhadora que me havia dito que
em sua cidade (Jandira, na regi�o da grande S�o Paulo),
havia 70 igrejas evang�licas e 2 (!!!) Centros Esp�ritas.

Onde, de fato, est�o os esp�ritas?

Abraham Lincoln, l�der que a hist�ria consagrou,
disse que "se pud�ssemos saber primeiramente onde estamos
e para onde nos dirigimos, ter�amos a no��o do que fazer e
poder�amos julgar a melhor maneira para tal".

Que tal seguir o conselho de Abraham Lincoln?
Vamos l�. Vamos procurar saber primeiro "onde
estamos".
Primeiro, vamos partir do fato constatado em pesquisa
feita pela TV Manchete nos idos de 1997:

82% dos brasileiros cr�em na reencarna��o.

Depois dessa constata��o, usemos a l�gica:

Se 82% dos brasileiros cr�em na reencarna��o, ent�o
a maioria dos brasileiros professa o Espiritismo ou
outra doutrina reencarnacionista.

PARTE C

51


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

Mas a realidade � bem diferente do que a l�gica
nos dita:

A maioria da popula��o brasileira � cat�lica.

Interessante!!!

Estamos com a faca e o queijo na m�o, uma vez
que a maioria da popula��o cr� na reencarna��o, mas
n�o estamos sendo eficazes. Somos uma minoria. E
bota minoria nisso!!! Constate, a seguir, como de fato
isso � real:

Um dos mais s�rios institutos de pesquisas do
pa�s, o Datafolha, fez, em julho de 1998, uma pesquisa
para a revista �poca com o objetivo de chegar ao
n�mero de seguidores das diversas religi�es do pa�s. Resultado
da pesquisa:

CAT�LICOS: 121,8 milh�es
EVANG�LICOS: 12,4 milh�es
JUDEUS: 86 mil
UMBANDA E CANDOMBL�: 648 mil
OUTRAS: 2,1 milh�es

Esse foi o resultado da pesquisa.
Epa? Mas e os esp�ritas? N�o apareceram na pesquisa?
Apareceram sim.
Onde?
No item OUTRAS!!!
Isso mesmo. No item OUTRAS.
Fa�amos aqui um par�ntese:
Voc� reparou que todas as vezes que h� um fato


religioso em destaque a imprensa entrevista autoridades
cat�licas, pastores evang�licos, rabinos, mas
nunca entrevistam esp�ritas?

52 PARTE C


PROJETO ORAR - OUSADIA N A DIVULGA��O

Preconceito da imprensa?
N�o.
Acontece que os cat�licos, os evang�licos e os ju


deus t�m assessoria de imprensa.
Os esp�ritas t�m assessoria de imprensa?
�, meu irm�o...
Num pa�s onde nas novelas de televis�o se ouve

freq�entemente os artistas falarem "na minha pr�xima
reencarna��o..."
Num pa�s que tem Chico Xavier (um dos maiores
vendedores de livros do mundo);
Num pa�s de Divaldo Pereira Franco (quem no Brasil
leva aos audit�rios mais p�blico do que ele?);
Num pa�s onde a maioria das pessoas acredita na
reencarna��o...

... onde est�o os esp�ritas?


IMPORTANTE N�O � A QUANTIDADE,

� A QUALIDADE


vez em quando ou�o alguns esp�ritas dizerem:
"O importante n�o � a quantidade de Centros Esp�ritas,
� a qualidade". Ser� que ao dizerem isso n�o se est�
afirmando tamb�m que o Espiritismo n�o veio para o
mundo, mas para um grupo de privilegiados? Ser� que
a Terceira Revela��o destina-se somente para n�s?

PARTE C

53


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

O que ser� que Kardec quis dizer quando escreveu
que dev�amos popularizar o Espiritismo? (veja esse texto
de Kardec no pr�ximo cap�tulo).

No meu tempo de crian�a as Casas Pernambucanas
eram a rede de lojas mais popular do Brasil. Por qu�?
Porque era a rede de lojas com maior n�mero de filiais.
Pergunto: se as Casas Pernambucanas daquela �poca tivessem
poucas lojas ser� que elas teriam sido populares
como foram?

Ser� que dizer que "o importante n�o � a quantidade
de Centros Esp�ritas, mas a qualidade"'n�o seria uma maneira
c�moda de justificarmos nossa falta de a��o na
efetiva difus�o do Espiritismo? Refiro-me sobre a possibilidade
de sermos respons�veis pelo eventual retardamento
da difus�o da Doutrina Esp�rita. (Veja o texto
"Os obreiros do Senhor", cap�tulo XX, de O Evangelho
Segundo o Espiritismo.)

Ser� que n�o seria melhor dizer, pela import�ncia
dos princ�pios esp�ritas (para o mundo), que "o importante
�a qualidade e a quantidade"!

Outros argumentam: "� preciso esperar melhorar qualitativamente
os Centros Esp�ritas para s� ent�o divulgarmos
intensamente nossa Doutrina".

Ser�?

Penso que precisamos trabalhar com o que temos.
Uma coisa � pensar e sonhar com o ideal, outra � fazer o
poss�vel.

Pensar que primeiro � preciso melhorar a qualidade
dos Centros Esp�ritas para s� depois divulgar melhor a
doutrina � algo semelhante � atitude de um governador
de Estado que resolve, oferecer vagas �s escolas p�blicas
s� depois que todo o corpo docente melhorar a qualidade
de ensino! E semelhante ao fato de come�armos a

54 PARTE C


PROJETO ORAR - OUSADIA N A DIVULGA��O

ensinar as pessoas que � preciso primeiro conseguir amar
ao pr�ximo como a si mesmo, para s� depois come�ar a
fazer a caridade!

Uma pergunta:

Sabendo que os disc�pulos de Jesus eram pessoas
simples, comuns, sem destaque social ou cultural, pescadores,
Jesus esperou que eles melhorassem qualitativamente
para ent�o os convidar a segui-lo?

Esperar at� ficarmos prontos para s� ent�o come�ar
a trabalhar � uma grande ilus�o.

N�s nunca estamos - nem estaremos - "prontos".

N�s nunca seremos um produto acabado.

E o mesmo ocorre com os Centros Esp�ritas: sempre
haver� alguma defici�ncia. Mas � preciso trabalhar.
E preciso divulgar nossa doutrina.
E de forma ousada!

c-1 c

O

QUE DIZEM OS GRANDES MESTRES
SOBRE A DOUTRINA ESP�RITA?


elementos devem concorrer para o progresso
do Espiritismo; estes s�o: o estabelecimento te�rico
da Doutrina e os meios para populariz�-la.

"Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais
mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e at�
aos lugares mais recuados, o conhecimento das id�ias
esp�ritas, faria nascer o desejo de aprofund�-lo, e, mul




O ESP�RITA DO XXI

tiplicando os adeptos, imporia sil�ncio aos detratores
que logo deveriam ceder diante do ascendente da opini�o."

ALLAN KARDEC, Obras P�stumas - Projeto 1868.

Voc� percebeu que Allan Kardec falou em "populari


zar a Doutrina"?

E o que � popularizar?
Certamente "popularizar a Doutrina" n�o � haver Centros
Esp�ritas apenas para alguns poucos escolhidos.
Voc� percebeu que Allan Kardec tamb�m falou em

"uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais
mais divulgados"?

Voc� j� leu alguma publicidade esp�rita nos jornais

Folha deS. Paulo, O Estado de S.Paulo, O Globo, Jornal do

Brasil, que s�o os jornais mais divulgados?

Estamos sendo esp�ritas "fazedores" ou "faladores"?

Uma pergunta: se na �poca em que viveu Allan
Kardec houvesse televis�o, ser� que ele n�o teria dito
"uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais
mais divulgados e nos canais de televis�o de maior
audi�ncia"?

Certamente que sim, pois a Doutrina Esp�rita �
evolutiva.

Voc� j� viu alguma publicidade de dois minutos por
semana nos intervalos do Jornal Nacional explicando,
de forma did�tica e criativa, o que � o Espiritismo?

Isso � car�ssimo. Certo. Mas nada que a criatividade e
a uni�o de todas as associa��es esp�ritas representativas
n�o pudessem resolver. A solu��o � uni�o e criatividade.

Dois minutos por semana na televis�o, em hor�rio
nobre, durante seis meses faria todos conhecerem o que
� o verdadeiro Espiritismo. E as igrejas que contam
inverdades sobre nossa doutrina teriam que explicar para
seus seguidores tudo o que falaram de impropriedades.

56 PARTE C


PROJETO O R A R -OUSADIA NA DIVULGA��O

Seria uma revolu��o cultural Al�m do que, aumentaria
substancialmente os seguidores do Espiritismo.
Mas o que se v� no meio esp�rita? For�as se aglutinando
para terem atitudes "fazedoras"?

N�o.

O que se v� s�o institui��es e associa��es representativas
do Espiritismo trabalharem geralmente dentro
de quatro paredes, sem abrirem os olhos para a necessidade
do trabalho esp�rita l� fora, no mundo que circunda
suas quatro paredes.

Um curso de criatividade cairia muito bem a todos
n�s que, de alguma forma, atuamos na lideran�a esp�rita.
Pois, assim, ver�amos muitas novas id�ias aflorarem,
ajudando-nos a sermos esp�ritas "fazedores".

Os dois coment�rios a seguir refor�am a necessidade
de mudan�a, de inova��es:

"Divulgar em cada programa de r�dio, televis�o ou
programas outros de expans�o doutrin�ria, conceitos e
p�ginas d�s obras fundamentais do Espiritismo. A base
� indispens�vel em qualquer edifica��o."

ANDR� LUIZ, "Conduta Esp�rita".

"Na hora da inform�tica com os seus valiosos recursos,
o esp�rita n�o se pode marginalizar sob pretexto
pueril em que se disfar�a a timidez, o desamor � causa
ou a indiferen�a pela divulga��o, porquanto o �nico
ant�doto � m� Imprensa, na sua v�ria express�o, � a
aplica��o dos postulados esp�ritas, hoje ainda ignorados
e confundidos com as supersti��es, crendices, sofrendo
as velhas conota��es infelizes com que o
caluniaram no passado, aguardando ser despojado das
mazelas que lhe atiraram os fr�volos e os d�spotas, os
fan�ticos e os de m�-f�, quanto os que se apoiavam nos

PARTE C


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

interesses subalternos, inconfess�veis...

Hora de mentalidades abertas �s informa��es de toda
ordem, este � o nosso momento de programar tarefas,
fomentar a divulga��o por todos os meios, tornando-
se cada companheiro honesto e dedicado, nova 'carta-
viva', para a estrutura��o de um homem melhor,
portanto, de uma sociedade mais justa, uma humanidade
mais feliz".

VIANNA DE CARVALHO, "Reflex�es Esp�ritas".


STAMOS FALANDO PARA N�S MESMOS


erto amigo esp�rita disse-me: "Alk�ndar, n�s
estamos falando para n�s mesmos". E � verdade. Enquanto
Jesus divulgava sua doutrina procurando atingir um
p�blico cada vez maior, n�s nos contentamos com nossos
congressos fechados e com nossas palestras para o
nosso pessoal.

Sabe quantas r�dios Esp�ritas existem no Brasil?

N�o ultrapassa cinco.

Isso mesmo. Quatro ou cinco.

Dizendo de outro modo: em torno de 0,20 r�dio
esp�rita por Estado!
Talvez seja porque n�o d� Ibope.
Engano de quem assim pensa. Est�, sim, faltando

ousadia aos esp�ritas. H� uma crescente - e muito mal
explorada - demanda.

PARTE C


PROJETO ORAR-OUSADIA NA DIVULGA��O

Vejamos se programas esp�ritas d�o Ibope:

A Federa��o Esp�rita do Paran� comprou o espa�o
de uma hora em uma das r�dios FM de Curitiba, Paran�,
para levar ao ar um programa esp�rita. Resultado: l�der
do hor�rio. Em Itajub�, Minas Gerais, h� na R�dio local
um programa semanal esp�rita de 30 minutos, tamb�m
l�der do hor�rio. A R�dio Esp�rita do Rio de Janeiro transmite
aos domingos pela manh� um programa esp�rita
de uma hora, tamb�m l�der do hor�rio.

Por que n�o seguirmos esses modelos?

Como vimos, existem sim algumas medidas em prol
da divulga��o da Doutrina Esp�rita. Mas s�o - por enquanto
- medidas isoladas.

Veja um exemplo de sucesso na cidade do Rio de
Janeiro: a Capemi patrocina, aos domingos pela manh�,
um programa esp�rita na TV Bandeirantes com
uma hora de dura��o. � O Despertar do Terceiro Mil�nio.
Certa vez, seu coordenador, o excelente orador Geraldo
Guimar�es, disse-me: 'Alk�ndar, s� estamos perdendo
para o Globo Rural. O nosso programa j� est� em segundo
lugar em audi�ncia no Rio de Janeiro!" Veja s� como
de fato demanda existe.

Outra boa not�cia: h� pouco tempo soube que o
programa coordenado por Geraldo Guimar�es e produzido
pela excelente equipe de Joel Vaz (que � um dos
entrevistadores do programa) j� n�o est� mais em segundo
lugar em audi�ncia. Est� em PRIMEIRO! J� passou
o Globo Rural!

Uma outra boa not�cia s�o as mudan�as que est�o
ocorrendo na r�dio Boa Nova. Mudan�as t�o importantes
e ben�ficas para o Espiritismo que at� merecem
um cap�tulo � parte (vide pr�ximo cap�tulo).

Se quisermos deixar de falar somente para n�s mes-

PARTEC 59


O ESPIRITA DO S�CULO XXI

mos, temos que valorizar mais o r�dio e a televis�o. Geraldo
Guimar�es me contou que em sua vida deve ter feito
mais de 3 mil palestras esp�ritas para um p�blico aproximado
de 150 mil pessoas. Em mais de 40 anos de orat�ria
esp�rita conseguiu atingir um p�blico de 150 mil pessoas.
No programa em que coordena na TV Bandeirantes-RIO,
com uma hora de dura��o, quando participa fala para
600 mil pessoas!!! Veja bem: em uma hora de programa
Geraldo Guimar�es atinge um p�blico quatro vezes maior
que seus 40 anos de prega��o!!!

Por que n�o utilizamos a for�a da televis�o?

Se Jesus voltasse � Terra, que m�dia ser� que utilizaria
para atingir o maior p�blico poss�vel?
Isso. Voc� acertou: Televis�o.
O cap�tulo 5 do livro Boa Nova transcreve as nor


mas de a��o que Jesus passou aos seus disc�pulos para
que realizassem a concretiza��o dos ideais crist�os. Em
dado momento Jesus falou aos seus disc�pulos:

"O que vos ensino em particular, difundi-o publicamente;
porque o que agora escutais aos ouvidos ser� o objeto
de vossas prega��es de cima dos telhados". (Vide Mateus
10:27, "Os doze e sua miss�o".)

Numa interpreta��o atual, ser� que a express�o
"vossas prega��es de cima dos telhados" n�o poderia ser
uma antevis�o da necessidade de divulga��o pela televis�o?
Porque o que hoje vemos em cima dos telhados s�o
antenas de televis�o. N�o s�o?

Uma outra boa not�cia � que a Sociedade Esp�rita de
Divulga��o e Assist�ncia (Seda), que aos domingos das
10 �s 12 horas transmite o programa Espiritismo Via
Sat�lite, recebeu |Ja Embratel o canal TV SAT Digital.
Agora s� falta a uni�o dos esp�ritas na elabora��o de um
bom trabalho a ser apresentado por esse canal.

60 PARTE C


PROJETO ORAR-OUSADIA NA DIVULGA��O

Uma pergunta:

Por que no estado de S�o Paulo, o mais rico do pa�s,
n�o tem na televis�o um programa esp�rita num bom
hor�rio?

Para quem n�o sabe, no livro Tormentos da Obsess�o,
psicografado por Divaldo Pereira Franco, pelo Esp�rito
Manoel Philomeno de Miranda, informa que na d�cada de
30 foi criado na Espiritualidade o Hospital Esperan�a, pelo
abnegado Esp�rito Eur�pedes Barsanulfo, cuja principal clientela
� formada por esp�ritas desencarnados arrependidos.
Esp�ritas que n�o entenderam, quando na terra, que ser
esp�rita � uma miss�o.

Diz Allan Kardec no cap�tulo XVIII do livro A G�nese:

"Pelo seu poder moralizador, por suas tend�ncias
progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade
das quest�es que abrange, o Espiritismo � mais
apto do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento
de regenera��o."

Se o Espiritismo �, como diz Kardec, a Doutrina
"mais apta a secundar o movimento de regenera��o"
(que se avizinha), ser� que devemos manter apenas
conosco - seguidores do Espiritismo � esse vast�ssimo
conhecimento que a Doutrina Esp�rita proporciona?

Aten��o: na �poca da revis�o deste livro para sua prepara��o
e edi��o, o programa O Despertar do Terceiro Mil�nio,
passou a chamar-se Despertar de um Mundo e deixou
de ser transmitido pela TV Bandeirantes. Hoje � transmitido
pela TVE canal 2 - Rede Brasil e parab�lica canal 3
(frequ�ncia 3670Mhz), aos domingos, das 7h �s 8h.

Uma importante observa��o:

N�o pense, caro leitor, que esse empenho em despertar
a import�ncia da divulga��o da Doutrina Esp�rita
seja porque creio que todos devam ser esp�ritas. N�o

PARTE C


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

� isso. Penso que a Terceira Revela��o n�o pode caminhar
timidamente como est� ocorrendo. Afinal de contas,
� a Terceira Revela��o. As pessoas n�o precisam
ser esp�ritas, mas todos devem ter conhecimento dos
postulados esp�ritas.

Algu�m j� disse que:

O Espiritismo n�o ser� a religi�o do futuro,
mas o futuro das religi�es.

E isso � tudo.

C-1E


o t�tulo e o subt�tulo acima, inicia-se o artigo
da Revista Crist� de Espiritismo (edi��o n�mero 3). Veja a
seguir, a transcri��o do texto original extra�do da revista.
"Primeiro de outubro de 1999.

Nesta data, o movimento esp�rita brasileiro ganhou
um novo impulso na divulga��o da doutrina Esp�rita
codificada por Allan Kardec: nasceu a Rede de R�dio Boa
Nova, a primeira Rede de R�dio Esp�rita a utilizar os siste


62 PARTE C


PROJETO ORAR -OUSADIA NA DIVULGA��O

mas mais modernos de comunica��o eletr�nica via sat�lite
para todo o Brasil.

Os sistemas de gera��o via sat�lite empregam
tecnologia digital possibilitando desde a transmiss�o, de
qualquer ponto do pa�s, at� a capta��o dos sinais, com
qualidade jamais alcan�ada em transmiss�es convencionais.
Atrav�s das antenas parab�licas, o ouvinte tem a
sensa��o de estar recebendo uma programa��o local,
mesmo que esteja sendo produzida e gerada a mil quil�metros
de dist�ncia.

E � com este objetivo, de acabar com as dist�ncias e
dificuldades na divulga��o esp�rita, que a Funda��o Esp�rita
Andr� Luiz est� implantando a Rede Boa Nova de
R�dio. Inicialmente a Rede Boa Nova de R�dio estar� integrando
as suas emissoras pr�prias: R�dio Boa Nova,
que tem um raio de alcance em toda a Grande S�o Paulo,
R�dio CBN Clube de Sorocaba, atingindo uma boa
parte da regi�o sudoeste do Estado de S�o Paulo e o
BRASILSAT, atrav�s do Canal de Leiloa��o (Canal do Boi)
que cobre o Brasil e parte da Am�rica Latina. O segundo
passo da Rede Boa Nova � criar parcerias com outras
emissoras de r�dio em todo o Brasil, para retransmitir a
programa��o da Rede Boa Nova, total ou parcialmente,
como j� acontece com a emissora AM 870 - R�dio Cidade,
Juazeiro/Petrolina.

No Congresso Brasileiro de Radiodifus�o, realizado
em Foz do Igua�u, no Paran�, foram feitos v�rios contatos
e alguns grupos j� se mostraram interessados.

COLABORADORES

Al�m de r�dios e das parab�licas, estamos pensando
nos Centros Esp�ritas espalhados pelo Brasil. Quere-

PARTE C 63


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

mos distribuir a nossa programa��o, fonte de estudo e
atualiza��o da Doutrina, para que cada Centro Esp�rita
possa ter um kit com parab�lica e receptor para que
possam acompanhar, atrav�s de grupos de ouvintes e
de estudo, os trabalhos realizados nos programas da Rede
Boa Nova com os grandes trabalhadores do Espiritismo
brasileiro, como Divaldo Pereira Franco, S�rgio Felipe de
Oliveira, Marlene Nobre, Jether Jacomini Filho, Caio
Salama, Reynaldo Leite, Erc�lia Zilli, �der F�varo, Nelson
Moraes, Nena Galves, Alberto Calvo, Ad�o Nonato,
Zilda Moretti, Kau Mascarenhas, Am�lcar Del Chiaro
Filho, Marco Antonio Palmieri, Jorge Andr�a, En�as
Canhadas, Miguel de Jesus, Suzete Amorim, Ana Gaspar
e muitos outros que hoje participam da nossa programa��o.
Para isso, criaremos parcerias, com fornecedores
para viabilizar e disponibilizar esses kits.

A programa��o da Rede Boa Nova ser� baseada em
produ��es de sua equipe pr�pria e de v�rias entidades
representativas do movimento esp�rita brasileiro, como
a Associa��o M�dico Esp�rita (AME), Federa��o Esp�rita
do Estado de S�o Paulo (FEESP), Uni�o das Sociedades
Esp�ritas (USE), Associa��o Brasileira de Psic�logos Esp�ritas
(ABRAPE), Associa��o Brasileira de Divulgadores
Esp�ritas (ABRADE), somando mais de 150 colaboradores
empenhados em produzir os mais variados programas
de cunho esp�rita em todos os n�veis de
conhecimento.

A REALIDADE DE UM SONHO

Nasce a Rede Boa Nova de R�dio, um dos projetos
de comunica��o � dist�ncia da Funda��o Esp�rita Andr�
Luiz. A orienta��o espiritual recebida nos prim�rdios da

64 PARTE C


PROJETO ORAR-OUSADIA N A DIVULGA��O

R�dio, de levar a mensagem esp�rita pelos telhados, hoje,
com a Rede Boa Nova, est� se tornando realidade."

Caro leitor, o texto acima merece ser relido com aten��o.
Nele voc� encontrar� oportunidades v�rias de ser
parceiro atuante nas propostas da Rede Boa Nova, ainda
que n�o trabalhe numa esta��o de r�dio.

Para sua informa��o:

R�dio Boa Nova - AM 1450
Grande S�o Paulo
Osmar Marsili
Jether Jacomini Filho
Pabx: (11) 6457-7000;
Fax: (11) 6457-8085
www. radioboanova. com. br


Radio Boa Nova - AM 1080
Sorocaba - SP
Gast�o de Lima Netto
Marcos Lima Netto
Pabx: (15) 232-6205 ou 232-2422;
Fax: (15) 232-2214



65



PROJETO ORAR



PARTE C


PROJETO ORAR-RESPEITO �S DEMAIS INSTITUI��ES

C-2A

COMO AGIR CONTRA OS ATAOUES
AO ESPIRITISMO


sua televis�o de madrugada. Com o seu con


trole, escolha aquele canal em que um l�der religioso
entrevista uma pessoa do povo. Voc� vai ouvir mais ou
menos o seguinte di�logo:

"Ent�o a senhora se arrependeu de ter sido esp�rita?

" � Sim, me arrependi. Foi um dos momentos de
minha vida em que tudo dava errado e eu n�o sabia
por qu�.

"E agora que a senhora est� em nossa Igreja, como
est� sua vida?

" � Agora, com Jesus no meu cora��o, tudo mudou.
Consegui emprego, consegui comprar minha casa
pr�pria e sou uma pessoa muito mais feliz.

" Ent�o o Espiritismo prejudicou a senhora?

" � Prejudicou. Hoje eu vejo que o Espiritismo �
coisa do dem�nio. Se pudesse diria para todos os esp�ritas
conhecerem a nossa Igreja, onde Jesus � o nosso Mestre
e Senhor. Os esp�ritas precisam enxergar que o seu
mestre � o dem�nio."

PARTE C


O ESP�RITA DO S�CULO

XXI

Depois de ouvir tudo isso, n�s, esp�ritas, ficamos
imaginando: "Que desconhecimento sobre o Espiritismo!"

Um par�ntese: voc� se lembra, caro leitor, quando
em um dos programas de televis�o chutaram a imagem
cat�lica de Nossa Senhora Aparecida? Voc� se lembra da
intensa e imensa rea��o dos cat�licos de todo o Brasil?
Voc� se lembra dos insistentes notici�rios da televis�o e
dos inflamados artigos de jornais e revistas sobre o assunto?


A rea��o de todos foi impressionante!

H� tempos n�o se via tamanha como��o em nosso
pa�s. O chute na imagem de Nossa Senhora era assunto
nas escolas, nos bares, em todos os lugares.

Agora reflita comigo:
Voc� j� imaginou que todos os dias determinados
pastores chutam nossa Doutrina?

Por terem chutado uma �nica vez uma imagem, os
cat�licos e toda a m�dia brasileira prontamente reagiram.
E n�s, que estamos sendo chutados todos os dias,

estamos reagindo?

Poder�amos pensar que existem duas alternativas
para resolver essa situa��o cr�tica de ataque di�rio epersistente
ao Espiritismo:

A primeira:

Culpar o pastor e obrig�-lo a nos dar uma satisfa��o
sobre o fato de desrespeitar publicamente, de maneira
infame e inculta a Doutrina que professamos.

A segunda:

Divulgar melhor nossa Doutrina.

Agirmos de acordo com a primeira alternativa ge


70 PARTE C


raria pol�mica. E pol�mica gera pol�mica, que por sua
vez gera pol�mica...

Divulgar melhor nossa Doutrina � a solu��o.

Vamos recapitular o que diz Allan Kardec:

"Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais
mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e at� aos
lugares mais recuados, o conhecimento das id�ias esp�ritas,
faria nascer o desejo de aprofund�-los e, multiplicando
os adeptos, imporia sil�ncio aos detratores que
logo deveriam ceder diante do ascendente da opini�o".

Vale a pena rever tamb�m as palavras de Vianna de
Carvalho:

"Na hora da inform�tica com os seus valiosos recursos,
o esp�rita n�o se pode marginalizar, sob pretextos
pueris em que se disfar�a a timidez, o desamor �
causa ou a indiferen�a pela divulga��o, porquanto o
�nico ant�doto � m� imprensa, na sua v�ria express�o,
� a aplica��o dos postulados esp�ritas, hoje ainda ignorados
e confundidos com as supersti��es, crendices. Eles
sofrem as velhas conota��es infelizes com que o caluniaram
no passado, aguardando ser despojado das mazelas
que lhe atiraram tanto os fr�volos e os d�spotas, os
fan�ticos e os de m�-f�, quanto os que se apoiavam nos
interesses subalternos, inconfess�veis...

"Hora de mentalidades abertas �s informa��es de
toda ordem; este � o nosso momento de programar tarefas,
fomentar a divulga��o por todos os meios, tornando-
se cada companheiro honesto e dedicado, nova
'carta viva', para a estrutura��o de um homem melhor
e, portanto, de uma sociedade mais justa, uma humanidade
mais feliz."

PARTE C

71


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

Complementa ainda Vianna de Carvalho: "Como
n�o �l�cito fomentar debates ou gerar discuss�es improdutivas,
cabem, freq�entemente, sempre que poss�veis, as
honestas informa��es entre Doutrina Esp�rita e Doutrinas
Espiritualistas, pr�tica esp�rita e pr�ticas
medi�nicas, opini�es esp�ritas e opini�es median�micas..."

Kardec e Vianna de Carvalho nos mostram que gerar
pol�micas, criar discuss�es improdutivas a nada levam.
Procurar discutir no mesmo n�vel dos detratores �
agir como eles. E errar como eles.
Nossa tarefa � melhor divulgar a Doutrina e respeitar
todas as religi�es.

Uma eficiente e eficaz divulga��o do Espiritismo,
como disse Kardec, "imporia sil�ncio aos detratores que
logo deveriam ceder diante do ascendente da opini�o".

Portanto, qual deve ser nossa postura ao divulgar
nossa Doutrina?
Ao procurar divulgar nossa Doutrina, devemos faz�-la:

Sem proselitismo,
com ousadia e sensatez.


tendo sempre em mente que nossa postura tem que ser a:

Do conhecimento,
da �tica,
da dignidade e
da boa a��o.

72 PARTE C


PROJETO ORAR-RESPEITO �S DEMAIS INSTITUI��ES

C-2B

� POSS�VEL -MOSTRAR O QUE � O
ESPIRITISMO SEM DESRESPEITAR AS
DEMAIS INSTITUI��ES

caro irm�o esp�rita, o texto que voc� vai ler a
seguir demonstra como � poss�vel divulgar a nossa Doutrina
sem desrespeitar as demais institui��es religiosas.

O objetivo do texto a seguir � mostrar ao n�o-esp�rita
o que o Espiritismo "n�o � e n�o faz".

Sabemos que o n�o-esp�rita muitas vezes tem preconceitos
em rela��o ao Espiritismo os quais o impedem
de conhecer uma Doutrina essencialmente
esclarecedora e, por conseq��ncia, consoladora e
libertadora.

Esse tesouro - o Espiritismo - n�o pode ficar s� em
nossas m�os.

� comum no nosso meio comentarmos a famosa
frase de Emmanuel: "A maior caridade que se pode fazer
para a Doutrina Esp�rita � a sua pr�pria divulga��o".

Se assim �, e se achar que o conte�do do texto a
seguir seja merecedor, divulgue-o.
Procure, dentro de suas possibilidades:

1. Public�-lo em jornais n�o-esp�ritas;
2. Public�-lo em jornais esp�ritas que tenham
(tamb�m) p�blico n�o-esp�ritas;
3. Tirar c�pias e encaminh�-las a Centros Esp�ritas
de sua regi�o, orientando-os a proceder
conforme itens 1 e 2 acima.
O autor e a Doutrina agradecem.

c


O ESP�RITA DO S�CULO XX I

ESPIRITISMO, COISA DO DEM�NIO?

Alk�ndar de Oliveira

Sou esp�rita. Respeito todas as religi�es que t�m
Deus como o Pai maior. Vejo os integrantes das demais
religi�es como diletos irm�os. Nem poderia ser diferente.
Se somos filhos do mesmo Deus, por que professar
diferentes religi�es impediria de nos ver como irm�os?

E como irm�o do caro leitor, aproveito essa oportunidade
para trazer � tona alguns conceitos - ou preconceitos
- equivocados em rela��o ao Espiritismo.

Caro irm�o leitor, n�o tenho o intuito de convert�lo
ao Espiritismo. Se voc� se encontrou no catolicismo
ou no protestantismo, para que mudar de religi�o?

N�s, esp�ritas, muito valorizamos o catolicismo. Podemos
dizer que o catolicismo � a religi�o m�e. N�o
fossem a for�a, a coragem, a f� e a determina��o dos
primeiros cat�licos, as palavras do nosso Mestre Jesus
n�o teriam chegado aos nossos dias. A humanidade
muito deve ao catolicismo.

Tamb�m respeitamos e valorizamos o protestantismo.
Quando o homem ficou mais preocupado com a
religi�o externa, isto �, valorizava mais a forma do que

o conte�do, foi o protestantismo que chacoalhou uma
situa��o de in�rcia e reavivou as palavras do Mestre.
Mas por que alguns - n�o todos - cat�licos e pro


74 PARTE C


PROJETO O R A R -RESPEITO AS DEMAIS INSTITUI��ES

testantes, nossos diletos irm�os, insistem em dizer que

o
"o Espiritismo � coisa do dem�nio"?
Jesus disse: "Pelos frutos conhecereis a �rvore".
Os esp�ritas, como outros religiosos, t�m como principal
meta procurar seguir, com as limita��es pr�prias
da natureza humana, os preceitos de Jesus em sua m�xima
"amar a Deus sobre todas as coisas e ao pr�ximo
como a si mesmo".

Que dem�nio � esse que inspira os esp�ritas ao amor
a Deus e ao pr�ximo?
Os esp�ritas, como outros religiosos, acreditam na realidade
maior da vida: "Fora da caridade n�o h� salva��o".
Que dem�nio � esse que inspira os esp�ritas a fazer
caridade ao pr�ximo?

Os esp�ritas t�m por princ�pio a valoriza��o e o respeito
�s demais religi�es, todas consideradas diferentes
ferramentas idealizadas pelo mesmo Arquiteto.

Que dem�nio � esse que inspira os esp�ritas �
fraternidade e solidariedade entre integrantes de religi�es
muitas vezes sustentadas em dogmas ou em faces
da verdade conflitantes entre si?

Que dem�nio � esse que, onde h� diverg�ncia de opini�es,
procura unir em vez de semear a disc�rdia?

Os verdadeiros esp�ritas, aqueles que seguem os preceitos
m�ximos da Doutrina, tem como rotina em sua
vida o esfor�o pela sua transforma��o moral. Isto �,
conhece-se o verdadeiro esp�rita pelo seu cont�nuo esfor�o
em se transformar moralmente.

Que dem�nio � esse que inspira os esp�ritas � constante
preocupa��o com sua eleva��o moral?

Caro irm�o leitor, reflitamos:

Que dem�nio � esse que fala em amor, caridade,

solidariedade, fraternidade e em transforma��o moral?

PARTE C

75



O ESPIRITA DO S�CULO XXI

S� n�o v�, como disse nosso Mestre Jesus, quem
n�o tem olhos para ver.

Por favor, n�o entenda que o objetivo deste artigo �
a sua convers�o. Se � voc� um bom cat�lico, continue a
s�-lo. Se voc� professa uma das diversas religi�es protestantes,
mantenha sua convic��o. Mas se voc� � dos
que dizem que "o Espiritismo � coisa do dem�nio", procure
- sem abandonar sua religi�o - pelo menos estudar
alguns livros esp�ritas. A cr�tica gratuita, sem an�lise,
sem estudo profundo, n�o deve fazer parte de nossos
atos. D� a si mesmo o direito de conhecer melhor o seu
objeto de cr�tica. Estude.

� importante dizer que a denomina��o "Espiritismo"
assumiu conota��es que n�o correspondem � real
ess�ncia da Doutrina codificada pelo educador Allan
Kardec e que se sustenta no Evangelho do Nosso Senhor
Jesus Cristo.

No Espiritismo n�o h� queima de vela, incenso, "trabalhos",
magias, imagens ou outros rituais. Muitas pessoas
n�o-esp�ritas, muitas pessoas mesmo, imaginam

- sem antes pesquisar - que o Espiritismo manifesta-se
por tudo que nele n�o existe, como os exemplos citados
(queima de vela, incenso, "trabalhos", magias, culto a
imagens, rituais etc).
Muitas religi�es que se autodenominam esp�ritas
n�o o s�o de fato.

O templo do Espiritismo � o templo do estudo, do
amor e da caridade.

Sempre houve pessoas que n�o acreditavam ou tinham
uma opini�o deformada sobre o Espiritismo.

William Crookes, o extraordin�rio pai da f�sica contempor�nea,
o homem que descobriu o t�lio, a mat�ria
radiante, a quem se deve os pr�domos da f�sica nuclear

76 PARTE C


PROJETO ORAR-RESPEITO �S DEMAIS INSTITUI��ES

da atualidade, chegou a dizer textualmente:

"Eu era ura materialista absoluto e, depois de investigar
em profundidade cient�fica os fen�menos
medi�nicos, eu afirmo que eles j� n�o s�o poss�veis: eles
s�o reais!"

C�sar Lombroso, depois de examinar a mediunidade
de Eus�pia Paladino, disse estas palavras:

"Quando me lembro do que eu e meus colegas zomb�vamos
daqueles que acreditavam no Espiritismo, coro
de vergonha, porque hoje eu tamb�m sou esp�rita! A
evid�ncia dos fatos dobrou a minha convic��o negativa".

E ainda Cronwell Varley, o que lan�ou sobre o mundo
as linhas da telegrafia e da telefonia internacional, os
cabos transoce�nicos, teve a coragem de dizer:

"Somente negam os fen�menos esp�ritas aqueles que
n�o se deram ao trabalho de os estudar. Eu n�o conhe�o
um s� exemplo de algu�m que os haja estudado que
n�o se tenha rendido � sua evid�ncia".

N�o, N�o precisa se tornar esp�rita. Mas estude o
Espiritismo antes de o criticar.

E lembremo-nos que todos, independentemente de
religi�es, somos filhos do mesmo Deus e devemos
irmanarmo-nos, unirmo-nos pelo bem comum, pelo
amor ao pr�ximo, pelos atos de solidariedade humana.

Ningu�m � dono da Verdade Absoluta. Todas as religi�es
s�rias s�o de Deus. Deus se manifesta de muitas
formas e por meio de diversas religi�es. Respeitemo-nos
mutuamente, cheguemo-nos mais perto uns dos outros;
s� assim seremos dignos de sermos chamados filhos
de Deus.

Para encerrar, leiamos a letra a seguir, musicada pelo
admir�vel cantor cat�lico Padre Zezinho, um hino ao respeito
e � uni�o dos seguidores das mais diversas religi�es:

PARTE C


O ESP�RITA DO S�CULO XXI


Que todos n�s,
que acreditamos em Deus,
saibamos viver em paz e dialogar!
Que todos n�s,
que cremos que Deus �Pai,
saibamos nos respeitar e nos abra�ar!

Filhos do Universo,

filhos do mesmo amor,

saibamos ouvir uns aos outros,

ouvir o que o outro nos tem a dizer.

E, sem combater,

sem desmerecer,

primeiro escutar,

depois discordar,

por fim celebrar e orar.

E adorar e servir a Deus.

E ajudar e ajudar as pessoas...
e respeitados ateus!
... pra sermos filhos de Deus "

78 PARTE C


PROJETO ORAR



O Cap�tulo C-3, que voc� ver� a seguir, � transcri��o
parcial de minha apostila sobre o tema Lideran�a, utilizado nos
treinamentos que ministro em empresas. Portanto, ele n�o � um
texto religioso. Voc� perceber� que o conte�do de todos os textos
s�o direcionados para assuntos relacionados com lideran�a
empresarial, mas veja s� que coisa boa, muito do que vai ler
poder� ser aplicado no seu Centro Esp�rita.

Este texto, al�m de poder ser aplicado no movimento
esp�rita, lhe fornecer� mais elementos para tornar sua empresa
ainda mais justa e mais humana, o que levar� a cumprir
ainda melhor a fun��o social de toda empresa.

Fa�a bom uso deste texto em sua empresa e no Centro Esp�rita.

PARTE C


PROJETO ORA R - ADMINISTRA��O EFICAZ

C-3A


PROCEDIMENTOS DO
L�DER EFICAZ

warren Bennis, professor em�rito da Universidade
do Sul da Calif�rnia, quando disse "se voc� n�o
est� confuso, n�o sabe o que est� acontecendo", retratou
com rara fidelidade a situa��o do executivo de hoje,
que tem a perplexa vis�o de um mundo n�o mais de
possibilidades, mas de probabilidades. O executivo moderno,
at�nito, v� as informa��es surgirem em cascata
� sua frente e muitas delas conflitam entre si.

O que fazer?
Que informa��es selecionar?
Em quais informa��es acreditar?
Qual seria o caminho - ou os caminhos - a seguir?
Muitas perguntas e muitas respostas. Como chegar
a um porto seguro?
Em intenso trabalho de leitura, estudo e pesquisa
em mais de 40 dos melhores livros de lideran�a e administra��o,
consegui achar um caminho coerente, l�gico
e comprovadamente eficaz.
Minha inten��o era encontrar procedimentos que
um executivo l�der deveria seguir e que fosse consenso,
ou a s�ntese, dos melhores livros. Felizmente chegou �s
minhas m�os o livro Desafio da lideran�a, de Kouzes e
Posner, Editora Campus. Esse livro foi escrito com base
em pesquisas realizadas durante 11 anos em 4 continentes
com aproximadamente 60 mil pessoas (10 mil

PARTE C


O ESPIRITA DO S�CULO XXI

l�deres e 50 mil seguidores). Confrontando os dados do
livro citado com os melhores livros que li, tive o prazer
de perceber que todos falam a mesma coisa, utilizando
palavras e informa��es diferentes, mas apontando os
mesmos caminhos. Quais s�o esses caminhos? � o que
veremos a seguir.

Kouzes e Posner, por meio de suas pesquisas, apontam
5 caminhos, ou procedimentos, do l�der eficaz. Esses
caminhos encontram resson�ncia na melhor
literatura de lideran�a e administra��o.

S�o eles:

1. Desafiar o estabelecido;
2. Inspirar uma vis�o compartilhada;
3. Permitir que os outros ajam;
4. Apontar o caminho;
5. Encorajar o cora��o.
Antes de irmos ao cap�tulo seguinte, deixe-me fazer
algumas considera��es.

Alguns esp�ritas sentem uma verdadeira ojeriza
quando algu�m coloca o estilo de lideran�a empresarial
como modelo � lideran�a esp�rita. Sentem-se indignados
por justapor a uma entidade religiosa t�cnicas empresariais
que visam sobretudo ao lucro financeiro.

Essa vis�o tem raz�o de ser.

Ou melhor, essa vis�o teve raz�o de ser.

Durante muito tempo, a lideran�a empresarial foi
calcada no respeito imposto, e n�o no respeito conquistado.
Durante muito tempo o l�der empresarial via cada
funcion�rio corno uma m�quina �til � finalidade da empresa,
e n�o como um ser humano merecedor de considera��o.
Durante muito tempo o l�der n�o era l�der. Era

82 PARTE C


. PROJETO ORAR-ADMINISTRA��O EFICAZ

gerente, era chefe. Ele n�o liderava, ele mandava. Foram
os tempos nos quais as id�ias administrativas e gerenciais
de Frederick Taylor imperavam.

Hoje tudo mudou.
Ou melhor, hoje tudo est� mudando numa velocidade
impressionante.

Hoje os l�deres empresariais descobriram que a �nica
forma de manter a empresa viva e em crescimento �
valorizando o trabalho em equipe. E para valorizar o
trabalho em equipe � preciso, por conseq��ncia, valorizar
os integrantes da equipe, que s�o seres humanos e
n�o m�quinas.

A vis�o de lideran�a sofreu uma mudan�a de 180
graus.

No passado, era posi��o sensata do l�der esp�rita sentir
verdadeira ojeriza por algu�m que falasse em adotar
no seu Centro Esp�rita modelo de lideran�a empresarial.
Pensava sabiamente o l�der esp�rita de ontem: "E o respeito
ao, ser humano como fica?"

Se, no passado recente, a preven��o do l�der esp�rita
era sinal de sensatez, hoje essa preven��o, ou preconceito,
n�o � mais sinal de sensatez, mas de desconhecimento.
Desconhecimento dos procedimentos da atual
lideran�a empresarial.

De modo t�nue, mas gradativo e firme, os princ�pios
do nosso Mestre Jesus est�o come�ando a ser aplicados
em muitas empresas.

N�o ria.

� verdade o que estou dizendo.

Em alguns anos muitos v�o enxergar que as "modernas"
t�cnicas de lideran�a nada mais s�o do que
corol�rios dos princ�pios preconizados por Jesus.
Quer um exemplo?

PARTE C 83


O ESPIRITA DO S�CULO XX I

Como voc� viu neste cap�tulo, os pesquisadores e autores
Kouzes e Posner chegaram, depois de intensa e s�ria
pesquisa, aos 5 procedimentos do l�der eficaz, a saber:

1. Desafiar o estabelecido;
2. Inspirar uma vis�o compartilhada;
3. Permitir que os outros ajam;
4. Apontar o caminho;
5. Encorajar o cora��o.
Raciocine comigo: ser� que esses procedimentos, descobertos
n�o por religiosos, mas por pesquisadores empresariais,
n�o t�m rela��o direta com o estilo de lideran�a
do nosso Mestre Jesus?

Vejamos a correla��o que h� entre cada um dos procedimentos
acima e a vis�o de lideran�a do nosso Mestre:

DESAFIAR O ESTABELECIDO

Se h� um ser que tenha, de forma plena e concreta,
desafiado o estabelecido, este ser foi Jesus.

INSPIRAR UMA VIS�O COMPARTILHADA

Durante toda a sua vida terrena Jesus conviveu de
forma intensa com seus doze disc�pulos (sua equipe),
para que todos adquirissem uma vis�o �nica do que �
viver em plenitude. Jesus, em suas reuni�es, tinha sempre
o objetivo de inspirar uma vis�o compartilhada. E
sua sede pela vis�o compartilhada se estendia muito al�m
da sua equipe (seus disc�pulos). Sua id�ia de vis�o compartilhada
era universal, isto �, seu objetivo era e ainda
� que toda a humanidade compartilhasse de sua vis�o
de mundo.

84 PARTE C


PROJETO ORAR-ADMINISTRA��O EFICAZ

PERMITIR QUE OS OUTROS AJAM

Durante toda sua vida terrena Jesus preparou sua
equipe.

Jesus preparou os seus disc�pulos para qu�?

Para que agissem.

Jesus sabia: para que suas palavras e a��es encontrassem
eco, era necess�rio - e imprescind�vel - permitir
que outros agissem. O objetivo de Jesus sempre foi descentralizar
o Seu trabalho, tendo cada vez mais adeptos
que agissem de acordo com o esp�rito humanit�rio que
pregava e exemplificava.

APONTAR O CAMINHO

Quando Jesus disse ser necess�rio "amar a Deus sobre
todas as coisas e ao pr�ximo como a si mesmo", ele
soube apontar o caminho, e de forma magistral.

ENCORAJAR O CORA��O

Jesus, em sua passagem terrena, amou a todos, em
todos os instantes. Jesus pregou e viveu o amor em sua
plenitude. Jesus soube, como ningu�m, encorajar o cora��o
de quem O seguia.

Bem, agora vamos nos conscientizar de uma vez
por todas: se antes, dentro do Centro Esp�rita, era sinal
de sensatez ter preconceito contra a utiliza��o dos procedimentos
da lideran�a empresarial, hoje j� n�o � mais
sinal de sensatez, mas de desconhecimento (ou de teimosia!).


A diferen�a b�sica entre o l�der empresarial e o l�der
esp�rita � que aquele visa ao lucro financeiro e este visa
ao lucro do dever cumprido em rela��o aos objetivos do
Espiritismo.

Agora que voc� passou a ter uma vis�o melhor do

PARTE C


O ESP�RITA

DO S�CULO XXI

assunto em quest�o, continuemos a falar sobre lideran�a
empresarial para que voc� possa adaptar os procedimentos
de lideran�a a seguir �s necessidades do Centro
Esp�rita. Sem preconceito!

C-3B


trabalho rotineiro afasta o trabalho n�o
rotineiro e asfixia at� � morte, todo planejamento
criativo e todas as mudan�as fundamentais."

Warren Bennis, professor da
Universidade do Sul da Calif�rnia

"Marketing e inova��o s�o as �nicas fun��es
b�sicas em business. Marketing e inova��o produzem
resultados, todo o resto s�o custos."

Peter Drucker

Desafiar o estabelecido � quebrar paradigmas. � f�cil
quebrar paradigmas? N�o. Quebrar paradigmas �
tarefa somente para o l�der eficaz. Mas o qu�, ou como
�, o l�der eficaz?

O l�der eficaz � ousado.
O l�der eficaz estabelce a cont�nua aprendizagem como
meta priorit�ria em sua vida.

86 PARTE C


PROJETO O R A R - ADMINISTRA��O EFICAZ


O l�der eficaz, como disseram Kouzes e Posner, "s�o
pessoas que almejam penetrar no desconhecido".
Enfim, o l�der eficaz, por quebrar paradigmas, desafia
o estabelecido.

APRENDER COM OS ERROS

'Acredito que a qualidade geral do trabalho melhora
quando damos �s pessoas a oportunidade de errar."
Mike Markkula, presidente do Conselho da Apple
Computer.

"Somos extremamente tolerantes com os erros. O
nosso lema � o seguinte: o maior pecado � n�o tomarmos
decis�o. Tome a decis�o; se estiver errada, corrigimos
depois. Mas tome! N�o pergunte para ningu�m."

Salles, presidente da Xerox do Brasil.

M. Maidique em seu artigo "The new product
learning cycle" ( "O ciclo de aprendizado do novo produto")
escreveu a memor�vel afirma��o:
"O sucesso n�o produz o sucesso, mas o fracasso.
O que produz o sucesso � o erro".

Do livro Desafio da lideran�a vem o seguinte texto
em coment�rio � frase de M. Maidique: "Se este conselho
-ode M. Maidique - lhe parece completamente absurdo,
pense na carreira de muitos vencedores famosos:

P Martina Navratilova perdeu 21 de suas primeiras
24 partidas contra sua arqui-rival Chris Evert. Ela ent�o
resolveu bater de modo mais livre sobre os pon tos cr�ticos e a
partir da� derrotou Evert em 35 dos 57jogos seguintes;

P R.H. Macy fracassou no com�rcio varejista sete vezes

PARTE C

87


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

antes que sua loja de Nova York se tornasse um sucesso;

P Abraham Lincoln fracassou duas vezes nos neg�cios e
foi derrotado em seis elei��es antes de se eleger presidente
dos Estados Unidos;

P O primeiro livro infantil de TheodorS. Geisel, mais
conhecido como dr. Seuss, foi rejeitado por 23 editoras. O
vig�simo quarto vendeu seis milh�es de exemplares."

SETE INFORMA��ES B�SICAS
SOBRE PARADIGMAS

Primeira:

� algo comum.

Obedecemos a um paradigma em tudo o que fazemos,
e isso constitui um conjunto de regras que estabelecem
um modelo ou padr�o.

Segunda:

� algo �til.
Estabelecer regras facilita o caminho rumo a determinado
objetivo.

Terceira:

� algo in�til.

Torna-se in�til quando transformamos o paradigma
em "o" paradigma. Em outras palavras, isso ocorre
quando valorizamos demasiadamente o antigo
paradigma sem atentarmos que um pr�ximo - e �til paradigma
possa estar a caminho.

Quarta:

Criar novos paradigmas � recome�ar do "zero".

8 8 PARTE C


PROJETO ORAR -ADMINISTMC�O EFICAZ

Um novo paradigma, para quem o abra�a com entusiasmo,
� uma nova porta que se escancara � frente. �
um novo desafio apaixonante.

Quinta:

Quem cria novos paradigmas geralmente � o pessoal
de fora.

O fato de a pessoa conviver com o paradigma atual
muitas vezes a torna cega sobre as possibilidades de novos
procedimentos.

Sexta:

Os pioneiros dos novos paradigmas t�m de ser corajosos.


Os novos paradigmas sempre estimulam resist�ncia
� sua aplica��o. Os pioneiros dos novos paradigmas
devem ser persistentes.

S�tima:

A maneira menos dif�cil de visualizar um novo
paradigma � enxergar os limites do atual paradigma.

E para enxergar os limites do atual paradigma h�
uma pergunta-chave que voc� deve fazer a si mesmo:
"O que hoje � imposs�vel fazer na empresa, mas se fosse
poss�vel significaria um grande salto?"

Lembre-se:

Muita coisa que era imposs�vel no passado hoje �
algo totalmente poss�vel e trivial. Isso nos leva a concluir
que o imposs�vel hoje poder� tornar-se o padr�o
do futuro. A natureza nos ensina que o imposs�vel
muitas vezes est� apenas na nossa mente. Um exemplo:
como podem dois gases mais leves que o ar e amigos
do fogo tornarem-se - como num passe de m�gica

PARTE C 89


O ESPIRITA DO S�CULO XXI

- em algo mais pesado que o ar e inimigos do fogo?
A resposta? Junte duas por��es de hidrog�nio com
uma por��o de oxig�nio para ver o que acontece:

�gua = H20

DESAFIAR O ESTABELECIDO
ALGUNS CASOS

a) No in�cio do s�culo XX a esposa do sr. Hugo Bentz,
irritada com o p� de caf� assentado no fundo da x�cara,
recortou um papel e criou o primeiro filtro de papel. A
sra. Melitta Bentz, por desafiar o estabelecido, iniciava
ent�o um imp�rio hoje conhecido como Melitta Filtros
de Papel, que fatura em todo o mundo mais de 1,5 bilh�o
de d�lares ao ano.

b) Certa vez, ao ministrar um curso de comunica��o
verbal a um grupo de propagandistas de uma ind�stria
farmac�utica, conheci o jovem Marco "Bala".
Esse seu apelido deve-se ao fato de que, em todas as
visitas que faz aos seus m�dicos, presenteia-os com uma
singela bala ou um pequeno tablete de chocolate. Uma
atitude simples e simp�tica que certamente o destaca
entre os demais propagandistas.

c) A finlandesa,.Nokia pulou de um faturamento de
2,1 bilh�es de d�lares em 1993 para 8,7 bilh�es em 1997.
Esse crescimento de 300 por cento deve-se a v�rios fatores,
dentre eles destaca-se a implanta��o de fun��es

90

c

PROJETO ORAR -ADMINISTRA��O EFICAZ

rod�zio entre seus executivos. Isso significa que um executivo
n�o permanece muito tempo na mesma fun��o,
pois como disse Jorma Ollila, presidente da Nokia:

"Quando um executivo est� h� muito tempo fazendo
a mesma coisa, fica cego para as mudan�as que
ocorrem no mundo exterior."

d) No Banco Bozano, Simonsen qualquer funcion�rio
pode conversar com o presidente. Basta marcar
hor�rio com a secret�ria.

e) O Lloyds Bank, segundo a revista The Economist,
� um dos bancos mais valorizados do mundo. Sua estrat�gia:
enquanto a maioria dos grandes bancos ampliava
as opera��es internacionais, o Lloyds, desafiando

o estabelecido, reduziu as opera��es internacionais e concentrou
sua atua��o no Reino Unido. Esse procedimento
propiciou-lhe ganho de foco, posicionou-o como l�der
em n�mero de ag�ncias e gerou em 1997 o extraordin�rio
lucro de 5,2 bilh�es de d�lares.
f) Mudar o estabelecido � quebrar paradigmas. Do
livro Por que as equipes n�o funcionam, de Robbins e Finley,
Editora Campus:

"�s vezes uma fogueira vem a calhar. Isto � essencialmente
o que aconteceu nas duas grandes hist�rias
de sucesso automobil�stico da �ltima d�cada, a do
Taurus, da Ford, e a do Saturn, da GM. A Ford e a GM
voltaram-se para suas respectivas bases e decidiram que
estas estavam confusas e atrapalhadas demais para que
algo pudesse ser constru�do sobre elas, e assim criaram
divis�es inteiramente novas, deram uma nova e honesta
partida na �rea pol�tica e de procedimentos. Essa nova

PARTE C 91


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

partida concedeu a ambos esses projetos de equipes de
ponta uma vitalidade fant�stica e uma vantagem inicial
em dire��o ao sucesso".

g) Do livro Intelig�ncia Emocional na Empresa, de
Cooper e Sawaf, Editora Campus: "A rede de hot�is Ritz-
Carlton, uma das poucas detentoras do pr�mio da Qualidade
Malcolm Baldrige no setor de presta��o de servi�os,
promove intensamente a confian�a como o n�cleo de sua
cultura organizacional. Cada funcion�rio do Ritz-Carlton,
inclusive os mensageiros juniores, pode gastar at� 2.000
d�lares de uma vez para resolver o problema de um h�spede.
Sem perguntas".

h) "No Southwest Airlines, a oitava entre as maiores
companhias a�reas dos Estados Unidos, a conf�an�a desempenha
um papel-chave para torn�-la a mais solidamente
lucrativa empresa de transportes que repetidamente vem obtendo
as melhores classif�ca��es do Departamento de Transportes
dos Estados Unidos no que se refere � pontualidade
dos v�os, melhor manuseio da bagagem e menor n�mero de
reclama��es. Na Southivest, os clientes v�m em segundo lugar
(os funcion�rios est�o em primeiro); o diretor-executivo
Herb Kelleher enfatiza continuamente a conf�an�a como uma
for�a impulsionadora - estendendo-a para todo o pessoal
da companhia".

i) "Crise obriga Xerox a contratar funcion�rios "

A manchete acima de um artigo do jornal O Estado
de S.Paulo relata que � pol�tica da subsidi�ria brasileira
da Xerox investir nos per�odos de crise.

Por qu�?
As palavras do diretor-geral da Xerox, sr. Sales, esclarece:


92 PARTE C


PROJETO ORAR -ADMINISTRA��O EFICAZ

"Sempre que h� uma crise aumentamos nossa for�a
de vendas, porque s�o nesses momentos que elevamos
nossa participa��o no mercado. N�s crescemos em
todas as crises".

Caro leitor, voc� viu at� agora o primeiro dos
5 PROCEDIMENTOS DO L�DER EFICAZ:
� DESAFIAR O ESTABELECIDO.


Atente agora ao segundo procedimento do l�der
eficaz.

C-3 c

LNSPIRAR UMA VIS�O COMPARTILHADA

ivemos uma �poca em que assumir riscos � a

V

t�nica. E para assumir riscos os l�deres precisam do apoio
dos liderados. Estes, em �ltima an�lise, por fazerem parte
da estrutura empresarial, tamb�m precisam abra�ar os
riscos.

Os liderados s� assumem riscos se compartilharem
da vis�o da empresa e, ao mesmo tempo, ter l�deres que
inspiram credibilidade e confian�a. Como as empresas
tendem a perecer se n�o gerarem ou adaptarem-se �s
mudan�as e como todo processo de mudan�a envolve
riscos e as pessoas s� se arriscam nas condi��es citadas,
� imperativo que os fatores credibilidade, confian�a e vis�o
compartilhada fa�am parte dos prop�sitos do l�der eficaz.


93


O ESPIRITA DO S�CULO XX I

Para que, uma vez conquistada, a vis�o compartilhada
n�o morra, � necess�rio que todo o pessoal seja
suprido de informa��es, pois, como bem disse Jach
Welch, "as empresas n�o s�o complicadas. As complica��es
surgem quando as pessoas n�o t�m acesso �s
informa��es de que necessitam".

O mesmo Jack Welch, visando a desenvolver a vis�o
compartilhada em todo o seu pessoal, estabeleceu o programa
Work-Out. Para melhor compreend�-lo, leiamos o
coment�rio de Welch sobre sua din�mica e meta b�sica:

"O Work-Out tem uma meta pr�tica e uma meta
intelectual. O objetivo pr�tico � livrar-se de milhares de
maus h�bitos acumulados desde a funda��o da General
Electric. Como voc� iria querer mudar de uma casa depois
de 112 anos? Pense no que haveria nos arm�rios e
no s�t�o - aqueles sapatos que voc� usaria para pintar
a casa na pr�xima primavera, embora saiba que nunca
voltar� a pint�-la. Temos 112 anos de arm�rios e s�t�os
nessa empresa. Queremos esvazi�-los, come�ar com uma
casa totalmente nova, iniciar tudo de novo.

A segunda coisa que queremos fazer, a parte intelectual,
tem in�cio ao colocarmos os l�deres de cada empresa
da organiza��o diante de cerca de cem de seus
funcion�rios, de oito a dez vezes por ano, para que eles
ou�am o que seu pessoal pensa a respeito da empresa, o
que eles apreciam e n�o apreciam em rela��o ao seu trabalho,
sobre a maneira como s�o avaliados em rela��o �
maneira como empregam seu tempo. O Work-Out expor�
os l�deres �s vibra��es de suas empresas - opini�es,
sentimentos, emo��es, ressentimentos; n�o teorias abstratas
de organiza��o e gerenciamento.

Enfim, estamos falando em redefinir o relacionamento
entre chefe e subordinado. Queremos chegar a

94 PARTE C


PROJETO. O RA R -ADMINISTRA��O EFICAZ

um ponto em que as pessoas desafiem seus chefes a
cada dia: "Por que o senhor exige que eu fa�a coisas
in�teis? Por que o senhor n�o permite que fa�a aquilo
que o senhor n�o deveria estar fazendo, o que o deixaria
livre para cuidar de outros afazeres e criar? Essa � a fun��o
de um l�der - criar, n�o controlar. Confie que eu
cumpra a minha fun��o e n�o me fa�a perder todo o
meu tempo tentando chegar a um acordo com voc� em
rela��o � quest�o do controle."

Mas como conseguir que as pessoas se comuniquem
com tanta sinceridade? Re�na-as em uma sala e fa�a
com que elas debatam o assunto.

Essas sess�es do Work-Out, e eu j� participei de v�rias,
criam todo tipo de din�mica pessoal. H� pessoas
que comparecem e se escondem. Outras n�o gostam do
jantar organizado por n�o conseguirem se relacionar
com os demais participantes. Existem aquelas que aparecem
por se sentirem na obriga��o de prestigiar. Com a
continua��o das reuni�es, no entanto, aumenta o n�mero
de pessoas que criam coragem para se manifestar.
A norma passar� a ser aquele que diz: "Droga, n�o
estamos conseguindo. Vamos nos engajar nisso". Hoje,
a norma na maioria das empresas, n�o apenas na G.E.,
� n�o levantar quest�es fundamentais com um chefe nem
em p�blico nem em ambiente em que n�o haja
autoconfian�a. Esse processo vai gerar fun��es mais realizadoras
e recompensadoras. A qualidade da vida profissional
apresentar� uma melhoria radical."

O publicit�rio Marcelo Ponzoni, diretor da Rae,
MP Comunica��o, visando a elaborar um plano de
metas para o ano de 1999, distribuiu a seu pessoal
um memorando com as seguintes informa��es e perguntas
(que certamente � um procedimento criativo

PARTE C

95



O ESP�RITA DO S�CULO XXI

para inspirar vis�o compartilhada):
Nome do funcion�rio;
�rea de atua��o;
Retrospectiva do ano no seu ponto de vista;
Como voc� entende os objetivos da empresa?
Quais seus objetivos pessoais e profissionais?
Se ocupasse um cargo acima o que faria?
Cite alguns problemas da empresa e apresente suas

solu��es.
Cite algumas id�ias que trariam benef�cios para voc�
e, conseq�entemente, para a empresa.

Se voc� fosse respons�vel pelos recursos financeiros
para investimentos da empresa, em qual �rea e onde o
faria?

Quais cursos gostaria de fazer e quanto custam?
Quais itens gostaria que fossem mais esclarecidos
dentro da empresa?
O que voc� faria para mudar o aspecto visual da

empresa?
D� sugest�o de um tipo de evento social por m�s.
Observa��o: na aplica��o desse question�rio � fun


damental que as respostas sejam baseadas na sinceridade.
E a sinceridade nas respostas do pessoal s� estar�
presente se o l�der inspirar confian�a e credibilidade, que
� o caso do diretor Marcelo Ponzoni.

Caro leitor, voc� viu at� agora dois dos
5 PROCEDIMENTOS DO L�DER EFICAZ:


� DESAFIAR O ESTABELECIDO
� INSPIRAR UMA VIS�O COMPARTILHADA.
Agora vem o terceiro procedimento do l�der eficaz.

96 PARTE C


PROJETO ORAR - ADMINISTRA��O EFICAZ

C-3D

ERMITIR QUE OS OUTROS AJAM


homem a quem � negada a oportunidade

de tomar decis�es de import�ncia come�a a consi


derar importantes as decis�es que ele pode tomar.

Torna-se exigente com os arquivos, preocupa-se

se os l�pis est�o bem apontados, fica ansioso em ve


rificar se as janelas est�o abertas ou fechadas, incli


na-se a usar l�pis de duas ou tr�s cores diferentes."

Parkinson

"Os l�deres permitem que as pessoas ajam n�o pela
concentra��o de poderes, mas por sua dispers�o. Quando
as pessoas t�m maior poder de decis�o, mais autoridade
e mais informa��o, elas tendem mais a utilizar suas
energias para produzir resultados extraordin�rios."

Essa afirma��o de Kouzes e Posner p�e em evid�ncia
a necessidade de delegar poderes e responsabilidades.
A pessoa com poder � mais ousada, � mais din�mica. E
isso � cient�fico: o exerc�cio do poder altera a bioqu�mica
do c�rebro, estimulando a produ��o do neurotransmissor
serotonina, o horm�nio que regula o humor, a impetuosidade,
a auto-estima, a mem�ria e a agressividade
do indiv�duo.

Para permitir que os outros ajam, o l�der precisa
conhecer os princ�pios da lideran�a situacional. Do livro
Al�m da intelig�ncia emocional de Roberto Lira Miranda,
Editora Campus, transcrevo:

"Uma das mais importantes contribui��es da Teo-

PARTE C


O ESP�RITA DO S�CULO XX I

ria da Lideran�a Situacional, desenvolvida por Paul
Hersey e Kenneth Blanchard, foi chamar a aten��o para

o fato de que n�o existe e n�o pode existir ura �nico
estilo ideal de lideran�a ou, conseq�entemente, um padr�o
de comportamento r�gido para o l�der ideal.
Alguns l�deres acreditam mais em um padr�o autorit�rio
e diretivo, outros defendem uma gest�o francamente
democr�tica e participativa. A maior parte fica
no meio-termo.

A Lideran�a Situacional prop�s -e com isso tornou-
se o modelo de maior sucesso em todo o mundo que
o comportamento ideal do l�der n�o pode depender
de suas convic��es ou personalidade, mas sim da situa��o
espec�fica atravessada pelo grupo liderado e no n�vel
de maturidade ou prontid�o (compet�ncia e motiva��o
= saber e querer) de cada subordinado para o manejo
dessa situa��o.

Planejador, controlador, fazedor, condutor,
inspirador ou idealizador. N�o importa qual seja seu
perfil dominante, seu sucesso como l�der ser� determinado
pela sua capacidade de ajustar seu comportamento
�s necessidades situacionais espec�ficas de cada um
de seus subordinados".

Permita que os outros ajam e multiplicar� a qualidade
e o desempenho do seu pessoal.

Caro leitor, voc� viu at� agora tr�s dos

5 PROCEDIMENTOS DO L�DER EFICAZ

� DESAFIAR O ESTABELECIDO;
INSPIRAR UMA VIS�O COMPARTILHADA;
� PERMITIR QUE OS OUTROS AJAM.
Agora vem o quarto procedimento do l�der eficaz.

98 PARTE C


PROJETO O R A R. - .ADMINISTRA��O EFICAZ ...

C-3E

APONTAR O CAMINHO

Na primeira reuni�o de um rec�m-empossado
presidente de grande empresa multinacional com seus
diretores, estes ouviram do seu novo l�der: "Nossa empresa
est� precisando de disciplina e criatividade. Da disciplina
eu cuido". Quer forma mais clara do que essa
para apontar o caminho?

Mas aten��o: apontar o caminho n�o � simplesmente
dizer o que deve ser feito. Apontar o caminho exige do
l�der atitudes di�rias que reforcem seu ponto de vista.

Elaborar - pela intensa participa��o do pessoal -a
declara��o de miss�o da empresa � uma maneira de apontar
o caminho. Explica Stephen R. Covey em seu livro
Lideran�a baseada em princ�pios, Editora Campus:

"A sua declara��o de miss�o deve lidar com as quatro
necessidades b�sicas humanas:

1- Necessidade econ�mica ou financeira;

2- Necessidade social ou de relacionamento;

3- Necessidade psicol�gica ou de crescimento e

4- Necessidade espiritual ou de contribui��o.

A maioria das declara��es de miss�o n�o lida com
as quatro necessidades. Muitas omitem o aspecto psicol�gico
ou a necessidade de crescimento e desenvolvimento
humano. Algumas se omitem quanto �s rela��es
em que todos lucram, n�o mencionam a eq�idade nas
compensa��es econ�micas e o compromisso para com
um conjunto de princ�pios ou valores e para com o

PARTE C


O ESP�RITA DO S�CULO XXI


servi�o e a contribui��o � comunidade, aos fornecedores
e aos clientes, propriet�rios e empregados.

Esse problema cr�nico assemelha-se a um iceberg
submerso. Se a empresa tem uma 'miss�o' de qualquer
esp�cie, o problema n�o est� claramente evidenciado os
executivos podem n�o ver que a miss�o n�o est� sendo
profundamente compartilhada. Mas a falta de vis�o
de valores compartilhados � um 'prato cheio' para quase
todos os outros problemas".

APONTAR O CAMINHO
ALGUNS CASOS

a) Um dos bancos mais valorizados do mundo, o
Lloyds Bank, tem em seu presidente, Sir Brian Pitman,
uma marca hist�rica: Sir Pitman � considerado por analistas
internacionais o melhor banqueiro ingl�s do p�s-
guerra. Quando empossado como presidente, em 1983
(e no cargo at� hoje), soube apontar o caminho de forma
clara e num�rica; seu objetivo tem sido dobrar o valor
das a��es a cada tr�s anos e, desde que assumiu o cargo,
alcan�ou-o consistentemente (Fonte: revista Exame).

b) Sanford Weill, presidente da megafus�o Tavellers
Bank e Citicorp, que gerou o Citigroup, tem em sua sala
um quadro facilmente vis�vel no qual seus diretores, em
todas as reuni�es, podem ler O presidente n�o est� contente.

c) Jack Welch, presidente da G.E. e um dos l�deres
mais respeitados do mundo, t�o logo assumiu sua fun��o
na empresa, divulgou ao seu corpo de trabalho dos

100 PARTE C


PROJETO O RA R - .ADMINISTRA��O EFICAZ

quatro cantos do mundo: "A.G.E. em tudo que faz deve ser
a primeira ou a segunda em termos globais".

d) "Vamos colocar um honrem na lua."
Essa frase dita por John Kennedy � um dos exemplos
mais concretos de como apontar o caminho.

Kennedy poderia ter dito: 'Acho que vamos colocar
um homem na Lua", mas preferiu falar com convic��o e
vis�o a cl�ssica e afirmativa frase: "Vamos colocar um
homem na Lua".

A MELHOR OP��O!

APONTAR O CAMINHO POR MEIO
DE UMA MEXA AUDACIOSA

O l�der precisa apontar caminho procurando estabelecer
uma meta audaciosa, pois como bem disse Collins
e Jerry Fbrras, em seu livro Feitas para durar, Editora Rocco:

"Uma META AUDACIOSA envolve as pessoas pega-
as de jeito. � algo concreto, excitante, voltado para
algo altamente espec�fico. As pessoas a 'pegam no ar';
s�o necess�rias poucas ou nenhuma explica��o".

No citado livro os autores definem alguns pontos
que devem estar presentes ao definir uma META AUDACIOSA
para a sua empresa:

a) Uma META AUDACIOSA deve ser t�o clara e estimulante
de modo que precise de pouca ou nenhuma
explica��o. Lembre: uma META AUDACIOSA � uma meta

- como escalar uma montanha ou ir � Lua -, n�o uma
'declara��o'. Se as pessoas n�o se sentirem motivadas
com ela, ent�o n�o � uma META AUDACIOSA.
PARTE C 101


O ESPIRITA DO S�CULO XX I

Uma META AUDACIOSA deve estar muito longe da
zona de conforto. As pessoas da organiza��o t�m que
ter motivos para acreditar que podem atingir a meta,
no entanto esta deve exigir esfor�os her�icos e talvez
at� um pouco de sorte - como no caso da IBM 360 e do
Boeing 707.

Uma META AUDACIOSA deve ser t�o ousada e estimulante
por si s� de modo a continuar estimulando o
progresso mesmo que os l�deres da organiza��o desapare�am
antes da sua conclus�o - como ocorreu com o
Citibank e a Wal-Mart.

Uma META AUDACIOSA corre o risco inerente de,
uma vez atingida, fazer com que a organiza��o empaque
e fique vivendo a s�ndrome do 'chegamos l�', como aconteceu
com a Ford nos anos 20. Uma empresa tem que
estar preparada para evitar isso com METAS AUDACIOSAS
cont�nuas. Ela tamb�m deve complement�-las com
outros m�todos para estimular o progresso.

Por fim, e o mais importante, uma META AUDACIOSA
deve ser coerente com a ideologia central da empresa."
Concluindo, para motivar o pessoal:

Apontar o caminho � �timo - e necess�rio;
Apontar o caminho com uma
META AUDACIOSA � melhor ainda.


FA�A UMA NOVA POLENTA

Quando uma empresa implanta, por exemplo, o ISO
9000, ela passa - durante o processo de implanta��o




PROJETO ORA R - ADMINISTRA��O EFICAZ

por uma saud�vel efervesc�ncia. Uma boa lideran�a sabe
aproveitar o objetivo comum a ser alcan�ado e energizar
todo o seu pessoal. Nessa fase, a motiva��o costuma
estar presente. � um momento de saud�veis, e �s vezes
�speras, discuss�es, � o momento da vis�o compartilhada,
� o momento de desafiar o estabelecido, � o momento
em que todos sabem qual foi o caminho
apontado, � o momento da motiva��o cont�nua. At� que,
num dado instante, o processo se completa, o objetivo �
atingido, e a empresa recebe o certificado ISO 9000.

A partir da� haver� um certo esmorecimento por
parte do pessoal. A motiva��o desaparece, pois n�o h�
mais caminho sendo apontado. O objetivo j� foi atingido.

Se a lideran�a n�o se ativer a essa quest�o, a tend�ncia
� a empresa come�ar a descer os degraus da compet�ncia,
da criatividade e da produtividade.

O processo citado � semelhante ao ato de fazer polenta.

� preciso colocar os ingredientes na panela e ent�o
come�ar a mexer, mexer e mexer sem parar. Mexer a
polenta �, de forma an�loga, aquele momento em que a
empresa tem todo o seu pessoal energizado pelo fato de
estarem unidos para atingir um objetivo comum.

Ent�o a polenta fica pronta.

O cozinheiro n�o tem mais o que mexer.

E o momento de aproveitar o que foi feito. � o momento
de comer a polenta. Esque�a o que foi feito e
coma a polenta. Se n�o a comer, seis horas depois ela j�
n�o estar� mais t�o saborosa. No dia seguinte come�ara
a azedar.

De forma semelhante, quando um determinado processo
se conclui na empresa, coma-o, isto �, saboreie-o
e esque�a-o. N�o fique cantando os louros da vit�ria. �
passado.

PARTE C 103


O ESPIRITA DO S�CULO XX I

E invente alguma outra coisa.

Se n�o fizer isso, em pouco tempo sua empresa come�ar�
a ficar insossa e logo, logo ir� azedar.
Fa�a uma nova polenta.
Sua empresa n�o pode deixar de fazer polenta. Ao

acabar uma polenta, comece a fazer outra.

E agora, fa�a bastante polenta. E que seja numa panela
bem grande. Assim voc� passar� muito mais tempo
tendo que mexer. Em outras palavras, estabele�a uma
meta audaciosa para sua empresa. Assim o seu pessoal
ficar� energizado durante muito mais tempo.

Caro leitor, voc� viu at� agora quatro dos
5 PROCEDIMENTOS DO L�DER EFICAZ:


� DESAFIAR O ESTABELECIDO
� INSPIRAR UMA VIS�O COMPARTILHADA;
� PERMITIR OUE OS OUTROS AJAM;
� APONTAR O CAMINHO
Agora vem o quinto e �ltimo procedimento do l�der
eficaz.

C-3F

ENCORAJAR O CORA��O

"O verdadeiro l�der se preocupa com as pessoas.

O l�der coloca o bem-estar dos seguidores no mesmo
n�vel que o seu.

104 PARTE C


PROJETO O R AR -ADMINISTRA��O EFICAZ

Assim, a lideran�a esclarecida requer um senso de
inclus�o e de presta��o de servi�o, n�o de ego�smo.

E por que o l�der se preocupa?

Porque ele sabe do potencial que existe em cada um
de n�s. Ele respeita esses poderes e sentimentos n�o-
liberados... O l�der quer dar for�a a essas pessoas, libertar
esse potencial oculto. As pessoas sentem isso de
maneira intuitiva. Elas n�o s�o tolas nem burras. N�o
podem ser enganadas por muito tempo.

Elas sabem de cora��o que o verdadeiro l�der merece
confian�a.
Por isso se comprometem. Voluntariamente. Com
toda a mente, corpo e cora��o.
Grandes vit�rias s�o alcan�adas no cora��o das pessoas."


Robert Vanourek:

"Os verdadeiros l�deres travam contato com o cora��o
e a mente das pessoas, n�o apenas com suas m�os e
seus bolsos."

"Por n�o empregarem o cora��o das pessoas, as empresas
perdem um retorno precioso do investimento que nelas
fazem."

Kouzes e Posner

A NATUREZA HUMANA

No emaranhado de informa��es que um l�der recebe,
ele fica em d�vida ao definir um foco de atua��o em
rela��o � sua influ�ncia junto aos seus liderados. S�o
tantas as op��es, que o l�der pensa: "Por onde come�ar?"

PAKTE C 105


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

Comece respeitando a natureza humana.
Como respeitar a natureza humana � o que veremos
a seguir.

O VERBO AMAR

'Amar tanto a seus produtos, servi�os, seguidores,
clientes, consumidores e seu trabalho talvez seja o mais
bem guardado dos segredos da lideran�a."

Quando Kouzes e Posner, ap�s exaustivas e intensas
pesquisas, afirmaram a cita��o acima, deixaram claro
que uma das maiores descobertas da lideran�a moderna
� o fato de o amor ser a mais perfeita ferramenta de
neg�cios. Esse "novo" conceito vira de pernas para o ar

o que at� h� pouco se acreditava: o fato de o ramo de
neg�cios ser racionalista e calculista.
Hoje devemos afirmar que o ramo de neg�cios � -e
deve ser - racionalista e calculista sim. Mas n�o somente.
O ramo de neg�cios necessita, al�m da racionalidade
e do calculismo, que s�o sua base l�gica, de uma boa
dose de amor na conviv�ncia humana.

Portanto, encorajar o cora��o dos seus seguidores �
uma das atitudes imprescind�veis dos verdadeiros l�deres.

CONFIAN�A

Para encorajar o cora��o, o l�der precisa inspirar confian�a
e credibilidade nos seus liderados. Stephen R.
Covey diz em seu livro Lideran�a baseada em princ�pios:
"A confian�a � o fundamento de todos os relacionamentos e
organiza��es eficazes".

106 PARTE C


PROJETO O R A R -ADMINISTRA��O EFICAZ

Disse ainda Covey que inspira confian�a o l�der que
tem duas qualidades essenciais: car�ter e compet�ncia.

Seguindo a linha de pensamento de Covey, os autores
do livro Desafio da lideran�a, Kouzes e Posner questionaram,
em pesquisa feita com mais de 20 mil pessoas
em quatro continentes, quais seriam as caracter�sticas
b�sicas de um l�der admirado. Em outras palavras, quais
as principais caracter�sticas de um l�der que inspira confian�a.
A seguir, o resultado da pesquisa.

CARACTER�STICAS DO L�DER ADMIRADO
OU DO L�DER QUE INSPIRA CONFIAN�A
(em seq��ncia de import�ncia):

� HONESTO;

ANTECIPA OS ACONTECIMENTOS;

� INSPIRADOR;

� COMPETENTE.

ENCORAJAR O CORA��O
ALGUNS CASOS

a) TERAPIA DA SOLIDARIEDADE

Peter Drucker sempre defendeu a tese de que as pessoas
que executam trabalhos solid�rios na comunidade
(visita a orfanatos, asilos etc.) s�o mais produtivas nas
empresas. Essa realidade constatada em v�rias empresas
deve-se ao fato de que os indiv�duos que convivem
com o sofrimento alheio (e procuram reduzir esse sofrimento)
desenvolvem em si qualidades pr�prias dos gran-

PARTE C

107


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

des homens: solidariedade, fraternidade, amor e respeito
ao pr�ximo. Tais qualidades, postas em pr�tica na
empresa, certamente evitar�o melindres no contato
interpessoal, al�m do que torna as pessoas que executam
trabalhos solid�rios mais respons�veis e, como conseq��ncia
de tudo isso, passam a ser mais produtivas.

b) ESPIRITUALIDADE NAS EMPRESAS

O Los Angeles Times relata que num encontro de l�deres
empresarias de alto n�vel com Dalai-Lama a pergunta
base dos empres�rios foi: ''Como podemos introduzir
mais �tica e espiritualidade em nossos neg�cios e em nossa
vida cotidiana?"

Numa pesquisa feita pela Fortune, americanos com
rendimentos acima de 100 mil d�lares foram instados a
citar seus her�is. Madre Teresa foi uma das pessoas mencionadas
com maior freq��ncia.

O assunto espiritualidade nas empresas j� tomou
corpo, j� se cristaliza. A dimens�o espiritual do ser humano
� o item que j� faz parte dos rotineiros treinamentos
empresariais. J� n�o se discute a validade do
tema, mas como o implantar.

O homem espiritual � o homem reto, digno,
respeitador dos direitos alheios. O homem espiritual trabalha
em equipe. O homem espiritual valoriza e usa a intui��o.
Por tudo isso, o homem espiritual � mais produtivo.

No livro O redespertar espiritual no trabalho, Editora
Nova Era, seu autor, Jack Hawley, evidencia a diferen�a
entre religi�o e espiritualide:

"RELIGI�O:

Produto de um determinado tempo e local;

Destinado a um grupo;

108 PARTE C


PROJETO ORAR -ADMINISTRA��O EFICAZ

Concentra-se mais no caminho para o objetivo; c�


digos de conduta;
Um sistema de pensamento;
Um conjunto de cren�as, rituais e cerim�nias desti


nado a ajudar no progresso ao longo do caminho;
Institui��es e organiza��es;
Uma comunidade para compartilhar os fardos e as

alegrias da vida;
Um modo de vida."

"ESPIRITUALIDADE:
O objetivo, mais do que o caminho;
Destinada ao indiv�duo; uma jornada pessoal, par


ticular;
Cont�m elementos comuns a todas as religi�es

(amor, cren�a, regras b�sicas e assim por diante);
Uma aventura em dire��o � nossa origem individual;
Um estado al�m dos sentidos (al�m at� mesmo do

pensamento);
Investiga��o em dire��o ao Eu verdadeiro;
A transi��o da incerteza para a clareza."

c) A REGRA DE OURO

Do livro Viver bem � simples, n�s � que complicamos,
Alk�ndar de Oliveira, Editora Didier:

"Imagine um grande empres�rio que al�m de ser
um homem de sucesso tamb�m fosse um vision�rio.
Imagine que esse homem, mundialmente conhecido, resolvesse
pesquisar o porqu� do sucesso, isto �, resolvesse
pesquisar qual seria a raz�o de determinadas pessoas
destacaram-se pessoal e profissionalmente enquanto
outras ficam � margem da sociedade.

Imagine ainda que, para conseguir tal intento, esse

PARTE C 109


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

empres�rio financiasse todas as despesas dessa pesquisa
durante 25 anos. Durante 25 anos (um quarto
de s�culo!) seriam entrevistadas pessoas de sucesso.
Durante 25 anos seriam catalogadas e pesquisadas as
respostas dessas pessoas para se chegar a um denominador
comum.

Se tal ocorresse, seria uma pesquisa ser�ssima. E o
resultado dessa pesquisa deveria ser leitura e estudo obrigat�rio
de todas as pessoas e de todas as escolas.

Mas ser� que existiu um empres�rio com tal disposi��o
e vis�o de futuro?

Existiu. Seu nome: Andrew Carnegie. Um dos propulsores
do progresso dos Estados Unidos da Am�rica
do Norte. Um legend�rio homem de neg�cios.

Andrew Carnegie financiou essa pesquisa e colocou
� frente dela uma pessoa cujos estudos tornaram-na
tamb�m legend�ria. Um nome respeitado por todos os
consultores e pessoal ligado a treinamento e desenvolvimento
humano: Napoleon Hill.

Napoleon Hill em seu livro A lei do triunfo, Editora
Jos� Oympio, ensina-nos em 16 li��es como ser um
homem de sucesso. Uma dessas li��es � denominada
por ele de REGRA DE OURO e, conforme palavras dele
mesmo, deve ser a base de toda conduta humana.

Qual � a regra de ouro?
"NUNCA FAREI AOS OUTROS AQUILO QUE N�O
DESEJARIA QUE ME FIZESSEM."

Decepcionou-se? Esperava mais que isso? Mas creia,
a� est� o princ�pio dos princ�pios. A� est� a base real das
pessoas que realmente s�o um sucesso. Essa regra funciona
como uma alavanca m�gica. Aplique-a e se surpreender�
com os resultados alcan�ados.

Como aplicar a regra de ouro?

110 PARTE C


PROJETO O R A R - ADMINISTRA��O. EFICAZ

Usemos a empatia. Antes de falarmos ou agirmos,
coloquemo-nos no lugar do pr�ximo. Criemos o h�bito
de nos colocar no lugar do pr�ximo e ent�o ficar� f�cil
aplicar a regra de ouro.

UMA IMPORTANTE OBSERVA��O!

Cara irm�, caro irm�o esp�rita, precisamos sair da
mesmice.

Sabemos, pelas palavras de Kardec, que o Espiritismo
� uma Doutrina inovadora. No entanto, de forma
paradoxal, o movimento esp�rita mant�m-se muito atrasado
em termos de conceitos de lideran�a. N�o se inova.

Li em abril de 1999 um editorial, redigido por um
dos destacados l�deres esp�ritas brasileiros, que me preocupou,
apesar do alt�ssimo conte�do, que �, ali�s, caracter�stica
marcante dos textos do referido l�der.

Preocupou-me porque dizia o autor do editorial que

o Espiritismo deveria tomar cuidado em n�o seguir as
inova��es que est�o surgindo.
� bem verdade que o autor tem l� suas raz�es. Se
sairmos seguindo e adotando tudo o que aparecer de
inovador, corremos o risco de desfigurar nossa Doutrina
(tem gente que chega a acreditar que inovar � n�o seguir
Kardec!!!). Por isso, devemos sim tomar cuidado com as
diversas "inova��es" que est�o surgindo. Cautela, bom
senso e caldo de galinha n�o fazem mal a ningu�m.

Mas acontece que o autor generalizou. Ele n�o
enfocou que dever�amos tomar cuidado com certas inova��es.
Ele generalizou, repito. Deu a entender que devemos
deixar tudo como est�, que est� tudo bem e pareceu-
me, pelas suas palavras - que o Espiritismo est�

PARTE C 111


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

no caminho certo. Se olharmos com olhos de quem observa
o Espiritismo de fora para dentro (n�o somente de
dentro para fora), perceberemos nitidamente que uma
das caracter�sticas marcantes do movimento esp�rita atual
� a aus�ncia de medidas ousadas, conseq��ncia da
presen�a de l�deres eficientes mas n�o eficazes.

Portanto, irm�os esp�ritas, vamos inovar, vamos ser
ousados, vamos sair da mesmice. Como?

Basta seguirmos os 5 procedimentos do
l�der eficaz, mencionados nos cap�tulos anteriores:
� DESAFIAR O ESTABELECIDO;
� INSPIRAR UMA VIS�O COMPARTILHADA;
� PERMITIR QUE OS OUTROS AJAM;
� APONTAR O CAMINHO;
� ENCORAJAR O CORA��O.


Estude as atitudes de Jesus e de Kardec e descubra
que ambos foram ousados -e como foram ousados!
Ambos aplicaram todos os 5 procedimentos do l�der eficaz.

E n�s? Estamos sendo ousados?

Estamos sendo l�deres eficazes?

112 PARTE C


PROJETO ORAR



"Um dos maiores obst�culos capazes
de retardar a propaga��o da Doutrina,
seria a falta de unidade."

Allan Kardec

PARTE C 113


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

C-4A

CONSEQ��NCIA DO RELACIONAMENTO
DESARMONIOSO:
DIVULGA��O NEGATIVA DO ESPIRITISMO

Comentei logo nos primeiros cap�tulos desta apostila
a import�ncia de utilizar certa ousadia na divulga��o
da Doutrina Esp�rita. Acontece que, infelizmente,
alguns companheiros esp�ritas est�o sendo ousados onde
n�o deveriam ser.

Explico: existem ve�culos de divulga��o esp�rita (jornais,
revistas, televis�o) que divulgam em seus artigos
ou programas as diverg�ncias existentes entre os esp�ritas,
seja no campo das id�ias, seja no campo pessoal.
Talvez, repito, "talvez" esses pol�micos artigos ou programas
at� pudessem ser �teis � divulga��o de nossa
amada Doutrina se seus autores ou apresentadores soubessem
colocar em seus textos o respeito e a caridade
que devem existir tamb�m entre os esp�ritas. Mas o que
se v� s�o palavras ferinas, com pseudo-sustenta��o em
raz�es "l�gicas".

� verdade que existem no meio esp�rita muitos procedimentos
que merecem corre��es ou mudan�as. O Movimento
Esp�rita comete erros, como qualquer outro
movimento religioso. Por qu�? Porque somos seres imperfeitos,
portanto, pass�veis de erros. Mas procurar corrigir
ou tentar corrigir erros dos outros com ofensas �,
no m�nimo, falta de bom senso e, pior, contraria o princ�pio
harm�nico do Espiritismo.

114 PARTE C


PROJETO ORAR -- RELACIONAMENTO HARMONIOSO

H� algum tempo li num jornal esp�rita um ferino e
indelicado artigo com ferrenhas cr�ticas a um preeminente
esp�rita. Al�m de mim, mt�tas outras pessoas leram
aquele artigo, inclusive alguns pastores protestantes. Foi
um prato cheio para eles. Se, sem motivos, aquela fac��o
do protestantismo gosta de criticar o Espiritismo,
imagine s� tendo fatos reais para criticar...

O que fizeram os pastores com aquele "rico" material
em suas m�os? Pois bem, em rede nacional, divulgaram
em seu canal de televis�o o mencionado artigo
enfatizando o fato de que "nem os pr�prios esp�ritas se
entendem". Pena que o autor daquele artigo do jornal
esp�rita n�o conhece e n�o aplica aquele antigo ditado:
"Roupa suja se lava em casa". E, por desconhec�-lo, pre


judicou a divulga��o do Espiritismo.

Algum tempo depois da ocorr�ncia do incidente,
uma das revistas esp�ritas mais tradicionais do pa�s escreveu
um bel�ssimo editorial enfocando os erros cometidos
por alguns �rg�os esp�ritas, em rela��o �s cr�ticas entre
esp�ritas. Alertava sobre a necessidade de haver maior
compreens�o e bom senso entre os esp�ritas. Foi um texto
respeitoso e muito bem escrito. Um alerta necess�rio.

Mas veja s�, caro leitor, em abril de 1999 tive o
desprazer de ler nessa mesma conceituada revista esp�rita
a qual havia alertado os demais ve�culos de comunica��o
esp�rita sobre os malef�cios da m� imprensa, um
artigo em que ela cometia o mesmo erro que antes condenara.
Essa revista tamb�m esqueceu que "roupa suja
se lava em casa". Fez ela um desservi�o � divulga��o da
Doutrina. E, pela sua import�ncia e tradi��o no meio
esp�rita, o desservi�o dessa revista foi imenso.

Existem diverg�ncias entre padres, uma vez que s�o
humanos.


115


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

Existem diverg�ncias entre pastores protestantes,
uma vez que s�o humanos.
Existem diverg�ncias entre esp�ritas, uma vez que
somos humanos.
Mas voc� j� leu em algum jornal ou revista cat�lica

ou protestante alguma cr�tica aos seus seguidores?
Certamente n�o.
Eles t�m uma assessoria de imprensa que os orien


ta: "Roupa suja se lava em casa". O que o leitor quer ler
s�o textos consoladores e n�o discuss�es ef�meras nas
quais o ego e a maledic�ncia do autor predominam.

Diz Kardec, com sua sabedoria e bom senso (vide O
Livro dos M�diuns, cap�tulo XXIX, item 348):

"As reuni�es que se ocupam exclusivamente das comunica��es
inteligentes e as que se dedicam ao estudo
das manifesta��es f�sicas t�m cada uma sua miss�o; nem
uma nem outra estaria no verdadeiro esp�rito do Espiritismo,
se se olhassem mal, e aquela que atirasse a primeira
pedra na outra, provaria s� com isso a m�
influ�ncia que a domina; todas devem concorrer, embora
por caminhos diferentes, ao objetivo comum, que
� a procura e a propaga��o da verdade; seu antagonismo,
que n�o seria sen�o um efeito do orgulho superexcitado,
fornecendo armas aos detratores, n�o poderia sen�o pre


judicar a causa que pretendem defender".
Adaptando o texto de Kardec para a quest�o da m�
imprensa esp�rita, o que se v� hoje, com alguma freq��ncia,
excetuando a boa imprensa esp�rita que h�, e
em bom n�mero, s�o autores ou apresentadores de televis�o
que fornecem armas aos detratores da Doutrina
Esp�rita.
Diz o Esp�rito F�nelon (vide O Livro dos M�diuns,
cap�tulo XXXI, item 13):

PARTE C

116


PROJETO O R A R -RELACIONAMENTO HARMONIOSO

"Perguntastes se a multiplicidade de grupos, em uma
mesma localidade, n�o poderia engendrar rivalidades desagrad�veis
para a Doutrinal! A isso responderei que
aqueles que est�o imbu�dos dos verdadeiros princ�pios
desta Doutrina v�em irm�os em todos os esp�ritas e n�o
rivais; aqueles que vissem outras reuni�es com olhos
de ci�me, provariam que h� entre eles id�ia preconcebida
de ci�me, provariam que h� entre eles id�ia preconcebida
de interesse ou de amor-pr�prio e que n�o est�o
guiados pelo amor da verdade.

Asseguro-vos que se essas pessoas estivessem entre
v�s, a� semeariam logo a perturba��o e a desuni�o. O
verdadeiro Espiritismo tem por divisa benevol�ncia e
caridade, exclui toda outra rivalidade que n�o seja a do
bem que se pode fazer; todos os grupos que se inscreveram
sob a sua bandeira poder�o se estender a m�o como
bons vizinhos, que n�o s�o menos amigos, embora n�o
habitem a mesma casa.

Os que pretendem ter os melhores Esp�ritos por guia
devem prov�-lo, mostrando os melhores sentimentos;
que haja, pois, entre eles, luta, mas luta de grandeza de
alma, de abnega��o, de bondade e de humildade; aquele
que lan�asse a pedra em outro, provaria s� por isso que
� solicitado pelos maus Esp�ritos. A natureza dos sentimentos
que dois homens manifestem a respeito um do
outro � a pedra de toque que faz conhecer a natureza
dos Esp�ritos que os assistem".

Tomemos muito cuidado com a pedra que eventualmente
atiramos nos nossos irm�os esp�ritas, pois, repetindo
a frase final de Fen�lon: "A natureza dos sentimentos
que dois homens manifestem a respeito um do outro �a pedra
de toque que faz conhecer a natureza dos Esp�ritos que
os assistem".


117


O ESPIRITA DO S�CULO XX I


A MALEDIC�NCIA

cara(o) irm�(o) esp�rita:

A maledic�ncia - o falar mal dos outros - � um dos
maiores males do nosso s�culo.

Ser� que gostamos de falar mal dos outros?

Ser� que quando afirmamos:

"N�o estou falando mal de fulano. S� estou dizendo a
verdade", na realidade n�o estamos encobertando nosso
prazer de falar mal?

Conhecer-se a si mesmo. Esse � o caminho para o
nosso aprimoramento.

E com o objetivo de nos conhecermos melhor, sugiro
tirar c�pias das folhas seguintes e aplicar este teste
de autoconhecimento aos integrantes dos grupos de estudos
do Centro Esp�rita em que voc� atua.

Antes de aplicar o teste � conveniente ressaltar aos
que se propuserem a participar que este � um teste de
autoconhecimento particular. Isto �, ningu�m precisa
nem deve comentar o resultado. O objetivo maior � fazer
cada pessoa conhecer-se melhor e refletir sobre as
conseq��ncias nefastas da maledic�ncia.

Ap�s a aplica��o do teste e obten��o dos resultados,
fa�a reflex�es com seu grupo de estudo sobre:

1. A pergunta 903 de O Livro dos Esp�ritos.
1. As frases seguintes:
"N�o h� institutos de pesquisas no mundo capazes
de avaliar a quantidade de infort�nio e delitos desenca


118



PROJETO ORAR-RELACIONAMENTO HARMONIOSO

deados entre os homens, anualmente, resultantes de impress�es
falsas proclamadas como verdadeiras".

W. Vieira, T�cnicas de viver
"O tempo que se perde na cr�tica pode ser usado em
constru��o."

F. C. Xavier, Sinal verde.
FA�A SEU PR�PRIO TESTE:

EU E A MALEDIC�NCIA*

1. Ao surgir, numa conversa, coment�rios sobre
um deslize de algu�m, voc� se interessa em ouvir?
QUAL A SUA ATITUDE?
(0) Faz perguntas
(5) Ouve apenas
(10) Corta a conversa
2. Ao saber de uma infidelidade de parente ou
pessoa amiga, apressa-se em levar a not�cia adiante?
QUAL A SUA ATITUDE?
(0) Comenta com outros
(5) Pensa em falar, mas silencia
(10) Pondera e cala
3. Acha divertido e participa animadamente das
fofocas entre amigos(as)? QUAL A SUA ATITUDE?
(0) Participa contribuindo
(5) Apenas ouve e ri
(10) Evita as fofocas
* Extra�do do Jornal O Trevo, de julho de 1978. Autoria de Ney
Prieto Peres.
PARTE C 119


0_ ESP�RITA DO S�CULO XXI

4. Escandaliza-se ao saber de ocorr�ncias escabrosas
envolvendo pessoas conhecidas? QUAL A
SUA ATITUDE?
(0) Arregala os olhos exclama
(5) comenta com outros
(10) N�o se envolve e silencia
5. Sente-se atra�do(a) pelas conversas ou not�cias
sobre desastres e crimes passionais? QUAL A
SUA ATITUDE?
(0) Busca avidamente
(5) Apenas ouve e l�
(10) Evita ouvir e ler
6. Comenta com outros os defeitos de algu�m
por quem sente qualquer antipatia? QUAL A SUA
ATITUDE?
(0) Acentua os defeitos
(5) N�o chega a comentar
(10) Evita ver os defeitos
7. Sente, �s vezes, incontrol�vel impulso e deixa
transparecer aos outros um assunto reservado,
confiado por pessoa de sua intimidade? QUAL A
SUA ATITUDE?
(0) N�o resiste e fala
(5) Apenas sente vontade de falar
(10) Nem sente vontade, nem fala
8. D� ouvidos a conversas sobre problemas causados
por companheiros, no �mbito do Centro Esp�rita
em que colabora? QUAL A SUA ATITUDE?
(0) Comenta e d� ouvidos
(5) Ouve e silencia
(10) Pondera com toler�ncia
120 PARTE C


PROJETO .ORAR - Relacionamento HARMONIOSO

9. Algu�m lhe diz: "N�o gosto de fulano",
"beltrano � mal-encarado e presun�oso". Tendo
oportunidade, voc� conta � pessoa em quest�o o
que ouviu? QUAL A SUA ATITUDE?
(0) N�o resiste e transmite o que soube
(5) Apenas sente vontade de contar
(10) N�o conta
10. Usa, por vezes, express�es do tipo: "Aquele
cara � um chato", "veja o que beltrano me fez",
"fulano s� quer ser o bom" etc? QUAL A SUA ATITUDE?
(0) N�o resiste e comenta sua opini�o
(5) Tem sua opini�o, mas n�o comenta
(10) Procura ver o lado bom da pessoa
AVALIE-SE COMO SEGUE:

Adicione as pontua��es que est�o dentro dos pa


r�nteses que voc� assinalou.
Fa�a a soma.
Veja o resultado:

De 90 a 100 pontos: muito bom, excelente
resultado.

De 70 a 89 pontos: bom, mas deve se cuidar.

De 40 a 69 pontos: sofr�vel, lute bastante.

De 0 a 39 pontos: sem coment�rios, esforce-se
ao m�ximo.

PARTE C 121


O ESPIRITA DO S�CULO XXI

C-4c

ESTOU BEM COMIGO MESMO?

Circule com caneta sua auto-avalia��o para cada
um dos itens abaixo (quanto maior a avalia��o, mais
voc� � uma pessoa de bem com a vida e consigo mesma).

1. Sou mais de drenar o charco do que de maldiz�-lo?
123456789 10
2. Acho que, em rela��o �s li��es que me passam,
devo procurar aplic�-las em mim, em vez de pensar que
servem mais para os outros?
123456789 10

3. Sou mais de solucionar problemas do que de os
cultivar?
123456789 10

4. Sou mais de trabalhar para obter �xito do que de
querer �xito antes do trabalho?
123456789 10

5. Sou mais de olhar para o alto, onde fulguram os
astros, do que para baixo, onde repousam o p� e a lama?
1234 56 789 10

6. Sou mais de usar o bom senso frente �s
122 PARTE C


PROJETO O RAR -RELACIONAMENTO HARMONIOSO

incompreens�es do que de me perturbar com elas?
123456789 10

7. Sou mais de viver e irradiar alegria para conseguir
a paz do que de ter pensamentos e atitudes
derrotistas que prejudicam a paz e a harmonia?
123456789 10

8. Sou mais de refor�ar os atos positivos dos outros
do que ficar falando mal dos meus colegas, subordinados
ou chefes?
123456789 10

9. Sou mais de procurar me melhorar continuamente
do que de cultivar a autopiedade?
123456789 10

10. Sou mais de persistir do que de desistir da luta?
123456789 10
SOME E COMPARE O RESULTADO COM A AVALIA��O
ABAIXO:

80 a 100: Estou otimamente bem
70 a 79: Estou muito bem
50 a 69: Estou regularmente bem
30 a 49: Preciso modificar urgentemente parte

dos meus pensamentos e atitudes
1 a 29: Preciso dar uma guinada de 180� em
minha vida.

PARTE C 123


O ESPIRITA DO S�CULO XXI

C-4


O RELACIONAMENTO HARMONIOSO



Ter como meta o perfeito entendimento entre irm�os.

SEGUNDA:

Entender que somos imperfeitos. Portanto, o perfeito
entendimento n�o ocorrer� a curto prazo.

TERCEIRA:

Ter consci�ncia de que, se a curto prazo n�o houver
perfeito entendimento, conseq�entemente existir�o conflitos
interpessoais.

QUARTA:

Havendo conflitos interpessoais devemos:

� Evitar os conflitos indesej�veis;
� Administrar os conflitos desej�veis.
C-4E


ELO � UNI�O


1 Texto psicografado por Dora Incontri, na abertura do
10� Congresso Estadual do Espiritismo, em S�o Paulo - 29/5/97.

124 PARTE C


PROJETO ORA R -RELACIONAMENTO HARMONIOSO

congra�ados! Que ela brote com for�a e sinceridade
nos cora��es desejosos de contribuir de fato para a

semeadura das luzes do amanh�!

O mundo, como sabeis, atravessa momentos de
crise intensa, em que as consci�ncias desorientadas est�o
em busca de um roteiro que lhes restitua a f� na
humanidade, a id�ia do Ser Supremo e a nitidez dos
valores morais.

Ora, o Espiritismo representa o equil�brio de uma
Doutrina que esclarece, conforta e satisfaz os anseios da
raz�o e as car�ncias do sentimento.

Muitas das almas humanas nem sequer se d�o
conta das pr�prias necessidades espirituais e procuram,
em falsas teorias ou em arremedos doutrin�rio-
filos�ficos, a resposta �s suas inquieta��es.

Mas se o Espiritismo oferece essa resposta, se indica

o roteiro e � a mais poderosa luz entregue aos homens,
para lhes preparar o futuro, � pelos esp�ritas que o
Espiritismo se realiza no mundo. � pelos esp�ritas que a
filosofia esp�rita se dirige � raz�o moderna; que a religi�o
esp�rita se aninhe nos cora��es e que a ci�ncia esp�rita
prossiga e se firme nas intelig�ncias e nos espa�os em
que o homem ergue suas edifica��es culturais.
Por isso, s�o os esp�ritas que devem estar � altura do
legado de Kardec e do Esp�rito da Verdade! Sois v�s que
deveis esquecer melindres, dissens�es e o entrechoque
de opini�es pessoais para levantar o Espiritismo aos
olhos do terceiro mil�nio, com a dignidade e a for�a
que ele merece!

Que as diverg�ncias moment�neas se dissolvam
ao influxo do grande ideal de levar ao planeta a vis�o
de um futuro melhor, baseado numa consci�ncia
espiritual!

PARTE C 125


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

N�o malbarateis o tesouro recebido e ligai-vos
permanentemente �s falanges de Jesus, que zela pela
evolu��o terrena com o mesmo amor da primeira
hora e espera instrumentos fi�is e humildes para se
fazer sentir na Terra!

Que Deus vos aben�oe e permane�a nesse
movimento, que encerra em seu seio as sementes da
espiritualidade superior!

Bezerra

C-4F


TR�S REGRAS B�SICAS DA

EFICIENTE COMUNICA��O INTERPESSOAL


TODO MUNDO TEM RAZ�O

Mesmo quando nosso pr�ximo emite opini�es ou
argumentos contradit�rios, sem o racioc�nio l�gico ideal,
ele tem sua raz�o, mesmo que esta se fundamente
em uma premissa falsa.

Para expormos nossos argumentos com maior propriedade
temos que, obrigatoriamente, refletir sobre a
raz�o do pr�ximo em vez de, como a maioria procede,
tentar expor incontinente a nossa raz�o.

E para melhor entendermos e respeitarmos a raz�o
do pr�ximo, mesmo que n�o concordemos, uma qualidade
deve estar presente em n�s:

126 PARTE C


PROJETO ORAR -RELACIONAMENTO HARMONIOSO

A EMPATIA

Empatia � a capacidade que todo comunicador tem,
ou deve desenvolver, de colocar-se no lugar do ouvinte.

Voc� n�o fala para paredes ou cadeiras. Voc� fala
para seres pensantes, divagadores por natureza. Se o
ouvinte n�o se interessar pelo assunto, a� sim voc� passar�
a falar para paredes ou cadeiras.

Essa qualidade deve estar presente no bom comunicador.
Ele deve ser emp�tico, o que significa a preocupa��o
de colocar-se no lugar do outro ao transmitir a mensagem,
saber como e o que o outro gostaria de ouvir.

Quando se fala para uma pessoa o comunicador
deve estar atento �s diferen�as individuais, que constituem
as principais causas dos insucessos dos
comunicadores n�o-habilidosos.

Como exemplo do uso da empatia, veja a seguir parte
do livro Fazer acontecer, de J�lio Ribeiro, Editora Cultura.

"...Tomemos por hip�tese uma companhia que resolve
lan�ar um novo produto para completar a sua linha
de inseticidas. O pensamento 'com esse produto vamos
nos tornar l�deres na categoria' enche o diretor de
marketing de entusiasmo. Mas n�o necessariamente o
vendedor. Para ele, o novo produto representa mais um
item na sua lista. Mais uma cota para preencher. Mais
tempo com cada cliente. A troco de que ele vai aderir?

Talvez a coisa possa mudar de figura numa conversa
do tipo:

� Manolo, o que voc� acha de a gente colocar na
linha de inseticidas um produto que ajude a vender os
outros? Estava pensando que, sem uma mata-baratas,
nossa linha est� incompleta. O cliente tem que comprar
produto por produto. T� com vontade de completar a
PARTE C 127


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

linha com o melhor mata-baratas do mercado. A id�ia �
permitir ao vendedor oferecer uma linha completa. Se der
certo, o vendedor pode faturar mais, em menos tempo,
com menos esfor�o. Al�m disso, se o cliente comprar a
linha completa, a gente tira a concorr�ncia da jogada. O
cliente passa a comprar s� do vendedor. O que voc� acha?

Se o Manolo e sua equipe tiverem que se entusiasmar,
acho mais prov�vel que se liguem a alguma coisa
que lhes traga benef�cios. E isso � verdade para a equipe
da f�brica, para a diretoria, a mulher do caf�, os clientes,
as ag�ncias de propaganda e todas as pessoas que de
uma forma ou de outra possam colaborar para que os
objetivos sejam atingidos".

Saber que todo mundo tem raz�o n�o implica em
dizer que todos est�o certos. Ter raz�o � ter a sua verdade
particular, a qual, por ser relativa, nunca � a verdade
total ou absoluta.

"Toda verdade tem tr�s faces: uma, a verdade como
voc� a v�; outra, como eu a vejo; e a terceira, a verdadeira."

Nahum Maneia

"Levei a vida inteira para descobrir que os outros
tem suas raz�es."

Chesterton

"Quando me preparo para discutir com um homem,
passo um ter�o do tempo pensando em mim - no que vou
dizer - e dois ter�os pensando nele e no que vai dizer."

Abraham Lincoln

"A resist�ncia a uma id�ia nova aumenta na propor��o
do quadrado de sua import�ncia."

Lei de Russel

128 PARTE C


PROJETO ORAR -RELACIONAMENTO HARMONIOSO

A segunda regra da COMUNICA��O INTERPESSOAL

LEI DO REFOR�O POSITIVO

Vamos esclarecer a import�ncia de elogiar - refor�ar
- o que o nosso pr�ximo faz de correto, de positivo.

Para entender melhor, veja parte do livro Fazer
acontecer.

"N�o se esque�a de ser sempre um ca�ador de acertos,
n�o de erros.

� tolice apontar constantemente os erros da equipe,
esperando que com isso ela n�o erre mais. E melhor
estimular os acertos, para que o grupo fique desejoso
de acertar sempre. Uma equipe assustada, em vez de
tentar fazer o que � o melhor para resolver os problemas
da empresa, passa a tentar adivinhar aquilo que o
cliente quer.

Quando a equipe sabe que o seu trabalho � apreciado,
passa a trabalhar bem, por simples satisfa��o pessoal.
� quando fica at� de madrugada para tentar uma
solu��o melhor; � quando negocia uma vez mais um
plano de m�dia para conseguir condi��es que nem o cliente
esperava; � quando fica alegre por algu�m ter gostado
do trabalho criativo".

A melhor f�rmula para uma cr�tica construtiva � a
F�rmula PNP (Positivo/Negativo/Positivo), isto �, ao
criticar construtivamente algu�m:

Comece e termine dizendo coisas positivas; Insira a
cr�tica entre as coisas positivas.

Exemplos:

Errado (NPN):

"Voc� errou. Geralmente n�o erra. Mas n�o deveria
ter cometido esse erro t�o banal."

PARTE C 129


O ESPIRITA DO . S ECU LO X XI

Certo (PNP):

"Voc� � um �timo profissional. Hoje errou nesse projeto.
Mas o importante � que geralmente voc� acerta."

Refor�ar o positivo � tamb�m saber escolher as palavras
adequadas. Veja os exemplos do Dr. Tom Mcdougal
(dentista): um mestre no uso de palavras positivas:

ELE FALA EM VEZ DE

Cancelamento Mudan�a de hor�rio
Sala de espera Sala de recep��o
Pagar Combinar o tratamento
Cuspir Esvaziar a boca
Passar o motor Preparar o dente
Inje��o Pequena picada
Sentir� dor Sentir� certo desconforto

A terceira regra da COMUNICA��O INTERPESSOAL

LEI DA N�O-RESIST�NCIA

Quando nosso pr�ximo est� nervoso, intempestivo,
fora de si, qualquer tentativa de conversa firme resultar�
em discuss�o improdutiva.

Nesse caso, o correto � ceder, dominar nossos impulsos,
adiar a discuss�o para o momento em que ele
estiver mais calmo.

O texto abaixo esclarece melhor o que � a lei da n�o-
resist�ncia.

"O tronco de bambu se ergue ereto, forte e conserva o
esp�rito s�bio ao se deixar levar suavemente pela natureza.

Quando o vento o a�oita com rudeza, nunca resiste;
cede e se dobra acompanhando o fluir natural, por�m
nunca se quebra.

S� se vence cedendo."

130 PARTE C


PROJETO OR A R -RELACIONAMENTO HARMONIOSO

A SEGUNDA MILHA

Texto de Irm�o Jos� (esp�rito)

"Se algu�m te obrigar a andar uma milha, vai com
ele duas."
(Mateus, 5:41)

A compreens�o � um estado superior da alma.
Aquele que compreende est� sempre disposto a ceder
e esperar.

Quando Jesus nos recomenda uma caminhada mais
longa com quem nos obriga a acompanh�-lo durante
certo trecho de caminho, o Mestre faz um apelo � nossa
capacidade de compreens�o.

Se f�ssemos ofertar �s pessoas somente o que elas
pr�prias nos ofertassem, n�o sair�amos do lugar em
mat�ria de entendimento.

Algu�m deve tomar a iniciativa de renunciar em
benef�cio da paz.

Dentro do lar, diariamente somos chamados a longas
caminhadas na estrada do perd�o.

No relacionamento com o pr�ximo, carecemos de
andar muitas l�guas por dia, no que diz respeito � solidariedade
fraternal.

Nas tarefas profissionais que abra�amos, torna-se
imprescind�vel a perseveran�a diuturna, se logramos alcan�ar
o �xito almejado.

No combate �s imperfei��es que trazemos no �ntimo
do ser, n�o podemos esmorecer logo nos primeiros
passos da marcha redentora.

PARTE C

131


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

Na seara do bem, a vida nos pede para que percorramos
exaustivas trilhas, aprendendo a contornar obst�culos.


Quem mais caminha mais oportunidades encontra.
Muita gente desiste de seguir adiante quando estava
prestes a concluir a jornada.
H� quem desista da compreens�o no exato momento
de colher os frutos de tal semeadura.

Aconselhando-nos uma caminhada al�m das expectativas
de quem a ela nos obrigasse, Jesus, uma vez mais,
revela-se profundo conhecedor da alma humana...

� que doando aos outros o que os outros n�o esperam
de n�s, estimulamo-os � reflex�o sobre nosso gesto
de maior desprendimento.

Daremos a eles uma prova de nossa capacidade de
ir al�m das exig�ncias, porque a segunda milha � aquele
trecho da jornada em que as mudan�as que esperamos
operar nos outros podem acontecer.

A primeira milha � a do dever, da obriga��o, j� que
todos os que vivemos em sociedade somos exortados ao
m�nimo de esfor�o pela conviv�ncia pac�fica.

A segunda milha � a que Jesus aguarda que percorramos
ao lado dos companheiros intolerantes e arbitr�rios,
exigentes e orgulhosos, pois � justamente nela que
os nossos exemplos come�am a falar mais alto, tocando-
lhes a alma.

Portanto, n�o reclamemos de cansa�o.

Como Jesus, que ainda agora prossegue conosco
na expectativa de que mudemos, caminhemos com os
amigos de nossa estrada quantas milhas forem necess�rias,
se efetivamente desejamos v�-los transformados.

Pelo modo de carregar a cruz, antes mesmo de alcan�ar
o topo do Calv�rio, Jesus j� havia modificado

132



PROJETO ORAR -RELACIONAMENTO HARMONIOSO

dezenas de pessoas que lhe acompanhavam o mart�rio
silencioso e, ainda hoje, aquela segunda milha percorrida
pelo Cristo permanece como um apelo eloq�ente �
consci�ncia de toda a Humanidade.

C-4 G


1 . O Espiritismo � o mais revolucion�rio projeto
filos�fico-cient�fico com conseq��ncia religiosa que o
mundo j� conheceu.
Nenhum acontecimento social, hist�rico, filos�fico,
cient�fico, religioso pode se comparar, em termos de
import�ncia, com o advento do Espiritismo.

Algu�m at� poderia dizer: "A vinda de Cristo foi um advento
mais importante do que o surgimento do Espiritismo''.

Ser�?

Ser� que para um construtor de pr�dios a base s�lida
de sua obra, isto �, a estrutura de concreto que vai sustentar
o edif�cio � mais importante do que a obra final?

Ser� que se esse mesmo construtor s� assentar a
base s�lida, mas n�o concluir o edif�cio, este teria
serventia?

Ser� que para nosso Mestre Jesus a fundamental
obra b�sica que Ele construiu com Sua presen�a na Terra
� mais importante que Sua obra te�rica completa,
que � o Espiritismo?

PARTE C 133


O ESP�RITA DO S�CULO XXI

Todos os adventos religiosos, filos�ficos e cient�ficos
que implicaram uma maior compreens�o da vinda
de Jesus � Terra foram importantes. N�o vou excluir o
m�rito de nenhum deles. A vinda de Jesus, por exemplo,
foi um momento inesquecivelmente memor�vel
para o nosso planeta. Mas a vinda de Jesus foi o necess�rio
anteparo para o futuro surgimento da Terceira Revela��o,
pelo surgimento do Esp�rito Consolador, que �

o Espiritismo. Em nada essa realidade elimina os m�ritos
de Jesus, pois para quem no momento desta leitura
come�a a conjeturar conceitos ou preconceitos discordantes
ao que estou dizendo, vale a pena relembrar: o
Espiritismo � obra de Jesus.
O Espiritismo n�o � obra de Allan Kardec.

Kardec foi o eficiente e afinado instrumento da bondade
e da vontade de Jesus.
Kardec foi o codificador do Espiritismo, n�o o criador.
Jesus � o Mestre.
Portanto, caro leitor, acredito que agora ficamos de

bem, pois voc� percebeu que n�o estou desvalorizando
Jesus, pelo contr�rio, estou refor�ando a amplitude de
Suas obras terrenas.

Mas a s�ntese dessa reflex�o � a consci�ncia que cada
um de n�s deve ter de que o Espiritismo constitui o mais
revolucion�rio projeto filos�fico-cient�fico com conseq��ncia
religiosa que o mundo j� conheceu.

***

2. Certa vez participei como palestrante convidado
de um semin�rio esp�rita e nosso objetivo era procurar
caminhos para a melhor evolu��o do Espiritismo. Lan134
PARTE C


PROJETO ORA R - RELACIONAMENTO HARMONIOSO

cei algumas id�ias que, segundo pesquisa posterior feita
pela pr�pria comiss�o organizadora, foram aprovadas
pelo p�blico.

Um dos respons�veis pelo evento, julgando que minhas
id�ias poderiam ser postas em pr�tica, convidou-
me para ir a Bras�lia e a outras regi�es do pa�s para
come�armos um intenso movimento com a finalidade
de divulg�-las melhor.

Aceitei o desafio prontamente.

Desde 1997 aguardo a concretiza��o do que foi combinado.
A coisa ficou s� no convite.
N�s, os participantes daquele semin�rio, perdemos
tempo.

Houve um intenso trabalho pr�vio para organizar

o semin�rio, os palestrantes investiram horas ou dias
de estudo e preparo.

Para qu�?

Para nada.

Parece que o objetivo era apenas a realiza��o do semin�rio.


Percebi, mais uma vez, que o Movimento Esp�rita �
bom (n�o vou dizer �timo) para preparar previamente
um congresso ou semin�rio, � regular (n�o vou dizer
bom) para fazer acontecer o congresso ou semin�rio, mas
n�o � eficaz para tirar do semin�rio conclus�es e a��es
pr�ticas, pr�prias de pessoas fazedoras.

Interessante � que tenho percebido que ap�s o t�rmino
de um Congresso a preocupa��o maior passa a
ser a prepara��o do pr�ximo Congresso. E as a��es conseq�entes
de um Congresso como ficam?

Nos treinamentos que dou em empresas, a parte
mais importante n�o � o preparo pr�vio do evento; a

PARTE C 135


O ESPIRITA DO S�CULO XXI

parte mais importante tamb�m n�o � o evento em si; a
parte mais importante s�o as a��es pr�ticas p�s-evento.
Ser� que no Movimento Esp�rita tamb�m n�o poderia
ser assim?

3. N�s, esp�ritas, sabemos que existem Centros Esp�ritas
(que assim se autodenominam) que trabalham
com cromoterapia, florais de Bach etc. e conseguem bons
resultados de curas. Fazem os doentes sa�rem f�sica e
mentalmente recuperados. Cabe a n�s, esp�ritas, respeitar
as mais diversas modalidades e formas de cura. S�o
meios �teis de minimizar o sofrimento alheio.
Se temos por obriga��o respeitar a forma dos outros
agirem (n�o devemos respeitar o livre arb�trio?) e at�
elogiar o fato de descobrirem mais uma maneira de ajudar
a quem precisa, temos, por outro o lado, o direito de
pedir aos l�deres dessas institui��es para n�o as denominar
de Centros Esp�ritas.

Releia Kardec.

Voc�, caro irm�o, assim agindo, com o nobre prop�sito
de ajudar ao pr�ximo, prejudica o foco do Espiritismo,
al�m de levar as pessoas a acreditarem que Espiritismo
e Casa de Recupera��o s�o a mesma coisa. Ou seja, o doente
vai at� o lugar em raz�o de um mal f�sico ou espiritual,
cura-se, e depois volta para sua resid�ncia esquecendo-se
completamente da import�ncia do Centro Esp�rita em sua
vida. Talvez esse doente rec�m-curado nem mesmo tenha
acesso � profundidade da Doutrina Esp�rita, que � o que
ocorre na maioria das vezes.

136 PARTE C


PROJETO O R A R -RELACIONAMENTO HARMONIOSO

O bom l�der sabe que determinar o foco � o passo
fundamental para conseguir sucesso em sua empreitada.

N�o pense que o Espiritismo n�o seja uma Casa
de Recupera��o. Ele o �, sim. Mas atua como um meio,
n�o como um fim. A pessoa que imagina o Centro
Esp�rita principalmente como uma Casa de Recupera��o,
tem uma vis�o desfocada do Espiritismo.

Uma Casa de Recupera��o atende um doente por
um tempo determinado, at� que ele se cure.

O Espiritismo n�o � uma Casa de Recupera��o, apesar
de poder e dever agir como tal (mas repito, como
um meio, n�o como um fim). O Espiritismo � sim, uma
Escola, que tem o objetivo de educar - para sempre, e
n�o por um tempo determinado - o esp�rito imortal.

Por que hoje muitos indiv�duos procuram o Centro
Esp�rita para se curar de um mal qualquer, e depois
de curados n�o voltam mais?

Porque o Espiritismo est�, de forma err�nea, vendendo
essa imagem de Casa de Recupera��o.

Adotar cromoterapia, florais de Bach etc. �
desfocar o Espiritismo. � n�o abrir os olhos do indiv�duo
ao profundo conhecimento e entendimento que
a Doutrina Esp�rita pode a ele proporcionar por toda
a sua vida imortal, e n�o apenas por um momento
em que precisou ser curado de determinado mal.

Se quiser, caro irm�o, continue a adotar a
cromoterapia, divulgue e aplique os florais de Bach,
sabemos que existem muitas formas de sermos �teis
� Humanidade, mas, por favor, mude o nome de sua
institui��o. Para o bem da exata compreens�o do que
� o Espiritismo, n�o a denomine de Centro Esp�rita.


PARTE C 137


O ESP�RITA DO S�CULO XX I

Para bem delinear o que n�o � um Centro Esp�rita,
transcrevo a seguir um artigo da Revista Esp�rita de Campos,
que esclarece o que o Espiritismo n�o adota e n�o
pratica.

No Espiritismo n�o se adotam atos, objetos, cultos
exteriores e muitos outros, como:

Exorcismo para afastar maus esp�ritos;

Sacrif�cios de animais e de seres humanos;

Rituais de inicia��o de qualquer esp�cie ou natureza;

Paramentos, uniformes ou roupas especiais;

Altares, imagens, andores ou outros objetos materiais;


Promessas, despachos, riscadura de cruzes e pontos,
pr�tica de atos materiais oriundos de quaisquer
outras concep��es religiosas ou filos�ficas;

Rituais e encena��es extravagantes de modo a impressionar
o p�blico;

Elabora��o de hor�scopo, exerc�cio da cartomancia
e outras pr�ticas similares;

Administra��o de sacramentos, como batizados e
casamentos, concess�o de indulg�ncias e sess�es f�nebres
ou reuni�es especiais para preces particulares a
desencarnados;

138 PARTE C


PROJETO ORA R- RELACIONAMENTO HARMONIOSO

Talism�s, amuletos, ora��es miraculosas, bentinhos,
escapul�rios, breves ou quaisquer outros objetos e coisas
semelhantes;

Pagamento ou retribui��o de qualquer natureza por
benef�cio recebido;

Atendimento de interesses materiais para "abrir caminhos";


Dan�as, prociss�es e atos an�logos;

Hinos ou cantos em l�nguas mortas ou ex�ticas;

Incenso, mirra, fumo, velas ou subst�ncias outras
que induzam a pr�ticas de rituais;

Qualquer bebida alco�lica.


PARTE C 139


SUGEST�ES DE ESTUDOS E LEITURAS
PARA o L�DER ESP�RITA

O l�der esp�rita, al�m de ler os livros que nosso meio
oferece, precisa ler outros livros. Por esta raz�o incluo, no
item c, abaixo, sugest�es de bons livros n�o esp�ritas.

As sugest�es a seguir s�o temporais, isto �, est�o
circunscritas � pesquisa feita pelo autor na �poca da reda��o
deste livro. Obviamente no intervalo de tempo
entre a reda��o do livro e a sua leitura, muitos outros
excelentes livros foram editados.

a) LITERATURA FUNDAMENTAL

1 .Todos os livros das Obras B�sicas e artigos da Revista
Esp�rita de Allan Kardec;
2.Todos os livros de autoria de Emmanuel, Andr�
Luiz, Joanna de Angelis e outros de n�veis equivalentes;

b) LITERATURA IMPORTANT�SSIMA

Todos os livros de Herculano Pires, Jorge Andrea,
Le�n Denis, Richard Simonetti, Wilson Garcia, Cairbar
Schutel, Hem�nio C. Miranda, Carlos Rizzini, Yvonne

A. Pereira (m�dium), Suely Caldas Schubert (m�dium)
entre outros equivalentes.
ARRUDA, Luzia Helena Mathias. A vontade. Edi��es
CELD.
BONILHA, Pedro. Quem � seu filho. Editora Didier.
CAF�, S�nia. O livro das atitudes. Pensamento.

141


O Espirita do S�CULO XXI

CARVALHO, Vianna de. � luz do espiritismo. Alvorada.
CARVALHO, Vianna. Enfoques esp�ritas. Capemi
Editora.
GUIMAR�ES, Luiz P. Nosso Lar. Vademecum Esp�rita.
INCONTRI, Dora. A educa��o segundo o Espiritismo.
FEESP
Irm�o Jos� (Carlos Bacelli). Evangelho e doutrina. Editora
Didier.
Irm�o Jos� (Carlos Bacelli). Passo a passo. Editora
Didier.
LEAL, Vianna de Carvalho (Divaldo Pereira Franco).

Reflex�es esp�ritas.
MENDON�A, Jer�nimo. Crep�sculo de um cora��o.
Rumo Editora.
SILVA, Carlos Eduardo da. Guia orientativo ao expositor
esp�rita. FEESP
VIEIRA, Guaracy Paran� Leal (Divaldo Pereira Franco).
Perfis da vida.
Esp�ritos Diversos (Carlos Bacelli).Perseveran�a. Editora
Didier.

c) LITERATURA IMPORTANTE

ALMEIDA, Napole�o Mendes de. Dicion�rio de quest�es
vern�culas. Caminho Suave.
BLANCHARD, Kenneth e JOHNSON, Spencer. O ge


rente minuto. Record.
BRANDEN, Nathaniel. Auto-estima e os seus seis pilares.
Saraiva.
CAMERON, J�lia. Guia pr�tico para a criatividade.
Ediouro.

142



SUGEST�ES DE ESTUDOS E LEITURAS RARA O L�DER ESP�RITA

CAMPOS, Vicente Falconi. TQC - controle da qualidade
total. Funda��o Christiano Ottoni.
CANFIELD, Jack e MILLER, Jacqueline. Cora��o no
trabalho. Ediouro.
CARNEGIE, Dale. Como evitar preocupa��es e come�ar
a viver. Record.
CARNEGIE, Dale. Como fazer amigos e influenciar pessoas.
Record.
COVEY, Stephen R. Os 7 h�bitos das pessoas muito
eficazes. Best Seiler.
DEEP, Sam e SUSSMAN, Lyle. Torne-se um l�der eficaz.
Campus.
GIBLIN, Les. Como ter seguran�a epoder nas rela��es

com as pessoas. Maltese.
GOSS, Tracy. A �ltima palavra em poder. Rocco.
HAMEL, Gary e PRAHALAD, C. K. Competindo pelo

futuro. Campus.
HATAKEYAMA, Yoshio. A revolu��o dos gerentes. FCO.
1 FiAWLEY, Jack. O redespertar espiritual no trabalho.
Nova Era.
JONES, Laurie Beth. Jesus CEO: com Jesus no cora��o

da empresa. Ediouro.
KONDO, Yoshio. Motiva��o humana. Gente.
KOUZES e POSNER. O desafio da lideran�a. Campus.
MALTZ, Maxwell. Liberte sua personalidade.

Summus Editorial.
MARGERISON, Charles e MCCANN, Dick.

Gerenciamento de equipes. Saraiva.
MASUR, Jandira. O frio pode ser quente? �tica.
MIRANDA, Roberto Lira. Al�m da intelig�ncia emoci


onal. Campus.
OLIVEIRA, Alk�ndar de. Curso de Comunica��o Verbal
(apostila).

143


. O Esp�rita do S�culo XXI ; , ._

OLIVEIRA, Alk�ndar de. Viver bem � simples, n�s � que

complicamos. Editora Didier
OLIVEIRA, Marques. Como conquistar falando.

Ediouro.
OLIVEIRA, Milton de. Energia emocional. Makron

Books.
PORTER, Michael. Estrat�gia competitiva. Campus.
RIBEIRO, J�lio. Fazer acontecer. Cultura.
ROHDEN, Huberto. O serm�o da montanha. Martin

Claret.
STEWART, Thomas A. Capital intelectual. Campus.
WEILL, Pierre. O corpo fala. Vozes.
WEILL, Pierre.Rela��es humanas na fam�lia e no tra


balho. Vozes.

144


ALK�NDAR DE OLIVEIRA,
fundador e professor da
Escola de L�deres, de Orat�ria
e Vendas, � especialista em
treinamentos e consultorias
empresariais nas �reas de
comunica��o, comportamento,
motiva��o, criatividade e
lideran�a. � consultor de
empresas, conferencista e
professor de comunica��o
verbal, al�m de ministrar
semin�rios no meio esp�rita.

Graduado na �rea de
Exatas, concluiu estudos
circulares superiores em
did�tica do ensino e psicologia
da aprendizagem. E criador
do m�todo Auto-Estima em
Altae Resultados 100%. Entre
seus clientes est�o a Aventis
Pharma, McDonald's,
Mercedes-Benz do Brasil,
Tramontina e Volkswagen
Servi�os. E autor
de Torne Poss�vel o Imposs�vel,
Viver � Simples, N�s � Que
Complicamos, Espiritualidade
na Empresa e Trabalho
Volunt�rio na Casa Esp�rita.

Contato com o Autor:

alkindar@zaz.com.br



De: Reginaldo Mendes ,




Olá, pessoal:

                   Este é mais um livro de nossa campanha de doação  e digitalização de livros para atender aos deficientes visuais.

                   Agradecemos ao irmão José Bernadino pela doação e ao irmão Fernando  Santos pela digitalização.

                    Pedimos que não divulguem em canais públicos ou Facebook. Esta nossa distribuição é para atender aos deficientes visuais em canais específicos.


O Grupo Allan Kardec lança hoje mais um livro digital !

Desejamos a todos uma boa   leitura !

O Espírita do Século XXI - Alkindar de  Oliveira

Sinopse:
Com o propósito de mostrar caminhos  para abraçarmos nossos sérios compromissos de espíritas, este livro expõe e explica  os principais procedimentos para divulgar a Doutrina Espírita



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BLOG DOS AMIGOS DO REGINALDO

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